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Análise 

e Modelagem de Processos de Negócios: Técnicas de
Modelagem (mais difundidas) ­ Parte 5

Fluxo Contínuo de Melhoría contínua ­ Melhoras sempre, evoluir e desenvolvimento focado no bem estar das futuras gerações, criando o
futuro.

BPMN (Business Process Modeling Notation) – Padrão para modelagem de processos. Técnica especialmente
voltada para definição e documentação de processos de negócios. É o resultado de várias empresas de modelagem,
que produziam suas próprias notações, com interesse de criar um padrão de modelagem de processos de negócios
capaz de facilitar o entendimento e treinamento do usuário. Rica em oferta de elementos de modelagem, mas os
elementos mais utilizados em processos de negócios são somente quatro: atividades, gateways (decisões), eventos
e sequência de fluxos (sequence flows). Estima­se mais de 40 softwares que oferecem suporte para o BPMN,
dentre eles estão o WBI Modeler (IBM), ARIS Business Architect (IDS Scheer), Intalio Designer, TIBCO Business
Studio, iGrafx e Savvion Process Modeler. Entre suas vantagens estão: padronização e gestão feitas pela OMG
(Object Management Group), um grupo de empresas­membros, consolidadas e com boa reputação no mercado de
padrões abertos; permite evoluir para o padrão XPDL 2.0m linguagem de descrição de workflow; oferecer várias
ferramentas de modelagem; com o intuito de reduzir a lacuna entre o desenho de processo de negócio e sua
implementação o BPM permite a conversão do BPD (Business Process Diagram) para a linguagem de execução de
processo de negócio BPEL (Business Process Execution Language). As desvantagens são: Integração do BPMN
em outras ferramentas depende de sua representação textual e o BPMN não é destinado ao manuseio de diferentes
visões, ele é focado apenas em processos.

UML  (Unified  Modeling  Language)  –  Linguagem  de


representação  gráfica  controlada  pela  OMG,
com  softwares  orientados  a  objetos,  buscando  a
qualidade  da  identificação  dos  requisitos  funcionais  e
não  funcionais.  Inicialmente  foi  criado  com  a
metodologia  para  suporte  ao  desenvolvimento
de softwares, mas atende ao mapeamento de processos
por  meio  dos  diagramas  de  atividades  o  UML/AD
(Activity  Diagram).  Possui  estrutura  própria,  contém  um
conjunto  de  13  diagramas,  permitindo  a  criação  de  13
tipos  de  diferentes  modelos.  Ferramentas  conhecidas
são  Rotional  ROSE,  Visio,  Star  UNL,  Visual­Paradigm,
MagicDraw  e  ArgoUNL.  Considerado  ser  o  diagrama  de Meus amigos de T.I. deve ser bem familiarizados com
essa técnica.
atividades  mais  adequado  para  a  modelagem  de
processos  de  negócios  e  para  automação  de  fluxo  de
trabalho (workflow). Vantagens: Facilidade de entendimento tanto pelo técnico de TI quanto o analista de negócios;
Diversidades  de  diagramas;  Disponibilidade  de  recursos  de  modelagem  para  diferentes  aspectos  do  negócio,  tanto
de  suas  funções  e  processos,  como  desenho  de  base  de  dados,  arquiteturas  de  aplicação  e  muito  mais;
Padronizada  e  usada  por  muitas  ferramentas  de  softwares  dedicadas  ao  desenho  de  processos
de software.Desvantagens: Embora possa descrever atividades de negócio e controlar o fluxo entre elas, a UML foi
desenvolvia com foco na Engenharia de software. O objetivo de visualizar, especificar, construir e documentar.

IDEF (Integrated DEFinition) – Originou­se de uma iniciativa do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
(Dod) visando a criação de um método que permitisse a modelagem de requisitos para sistemas. Início na década
de 70, sendo padronizado posteriormente pelo National Institute of Standards and Technology (EUA). Essa técnica
permite analisar processos por meio da construção de modelos que refletem sua funcionalidade atual para projetar a
situação ideal de operacionalidade de negócio. Há atualmente 16 tipos de diagrama, no que se refere à modelagem
de processos de negócios se aplicam com a propriedade a IDEF0 (Modelagem de Função) e a IDEF3 (Captura de
Descrição de Processo). Vantagens: Provado seu uso em quase todos os contextos possíveis; Muitas ferramentas
tecnológicas oferecem suporte de modelagem ao IDEF; Fácil aprendizagem; a especificação de atividades permite
analisar processos mais complexos; Características de ICOMs, ou seja, input, control, output e mechanism. IDEF0,
ótima para o desenho de processos, sintaxe e semântica bem definidas, foca o valor do produto de um processo,
maneira controlada de detalhamento da descrição do processo. IDEF3, fácil utilização para a captura de informação
sobre processos, permite o detalhamento das descrições o que torna fácil a compreensão dos diagramas, excelente
perspectiva temporal sobre processo, permitindo toda interpendência de tempo para garantir a implementação de
uma solução prática e confiável. Desvantagens: Os modelos poderão ficar tão concisos que somente especialistas
irão entender, poderão ser interpretados como uma sequência de atividades, a abstração distanciada ou livre do
tempo, sequência e decisão lógica dificultam a sua compreensão pelas pessoas de fora da área de processos e os
tipos de informação necessários aos modelos podem ser difíceis de manter.

EPC (Event­Driven Process Chain) – A cadeia de processos orientada por eventos faz parte da ferramenta ARIS
da IDS/Scheer. Modelagem de processos baseada no controle de fluxos de atividades e eventos e suas relações de
dependências. Foi desenvolvida pelo Institute for Information Systems e SAP. O ARIS utiliza a EPC como ele
central de integração conceitual de suas visões: organização, função, controle, dados e saídas. Não se restringe a
aspectos isolados de modelagem, mas tem múltiplos objetivos: além da construção de modelos, atende as ações de
análise, simulação e ‘otimização” de processos. Os modelos EPC têm a estrutura “Evento­Atividade­Evento”, sendo
que devem iniciar e terminar com eventos. Sua sequência é padrão “evento­atividade­evento”. Vantagens: Notação
gráfica simples; Permite integração de elementos de diferentes visões; Capacidade de exportação para vários
formatos­padrões. Desvantagens: Não ser padronizado por entidade independente e a necessidade de indicar um
evento após cada atividade pode trazer um efeito negativo em processos de larga escala ou complexos, uma vez
que vários eventos são dispensáveis. Principais ferramentas que utilizam a EPC: ARIS Business Architect (IDS
Scheer AG), VISIO (Microsoft) e EPC­Tools (open Source).
Selecionar o melhor para a estrutura e realidade da empresa

Seleção da Técnica Mais Adequada
Foi realizado um estudo comparativo que poderá ser útil pelos resultados que já possui, como servir para a sua
própria análise comparativa. Esse estudo chama­se VIDE – VIsualize all moDel drivEn programming (VIDE, 2008).
O modelo VIDE foi desenvolvido por um consórcio de empresas e universidades, com o apoio do European
Commission within Sixth Framework Programme.

A TÉCNICA DEVE...

       1 ­ Ser capaz de descrever os processos de negócio sob a ótica dos usuários (stakeholders): permitir a descrição
dos componentes dos processos de negócio como atividades, fluxos de controle, decisões e informações e permitir
a modelagem de todo o processo, de forma contínua e integrada, incluindo qualquer tipo de atividade, inclusive
manuais.
       2 ­ Permitir aos usuários descreverem os objetivos dos processos ou regras do negócio.
       3 ­ Usar termos que sejam familiares para os usuários (stakeholders), como “atividade”, ao invés de termos
técnicos, como “método”.
       4 ­ Ser intuitiva, o que significa que a notação possa ser aprendida em curto espaço de tempo. Padrões e notações
já consagrados podem reduzir o tempo de aprendizado.
       5 ­ Possuir objetos compatíveis com outras técnicas­padrões de mercado.
       6 ­ Possuir notações gráficas intuitivas e amplamente difundidas, e ser independente de plataformas e
metodologias.
       7 ­ Ter o suporte de ferramentas gráficas de modelagem com boa aceitação no mercado.
      8 ­    Ser intercambiável entre ferramentas e plataformas existentes no mercado, o que fica facilitado pelo uso de
padrões independentes (mantidos por entidades autônomas).
       9 ­ Ter sintaxe e semântica descritas formalmente para evitar ambiguidades.
1      10 ­ Ser capaz de manipular modelos de processos e cenários complexos e/ou de grande escala.
1    11 ­ Ter suporte à descrição de Workflows, conforme padrões já identificados (Wfw, 2008).
12 ­ Ser estruturada, para facilitar e acelerar a leitura e o entendimento dos modelos.

Fonte: Análise e modelagem de processos de negócios: foco na notação BPMN (Business Process Modeling
Notation) / Rogerio Valle, Saul Barbará de Oliveira, organizadores. ­ 1. ed. ­ 5. reimpr. ­ São Paulo: Atlas, 2012

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