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MORTE

ENFERMAGEM – 3º SEM.
Assistência de Enfermagem

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MORTE

“Morremos de morte igual, mesma morte


severina: que é a morte que se morre de velhice
antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia (de fraqueza e de
doença é que a morte severina ataca em
qualquer idade, e até gente não nascida).”

João Cabral de Melo Neto


FMT - Enfermagem - T IV - 3º
semestre - Dez/09
Direitos do paciente à luz da
legislação brasileira
 1) O paciente tem direito a atendimento humano,
atencioso e respeitoso, por parte de todos os
profissionais de Saúde. Tem direito a um local digno e
adequado para seu atendimento;
 32) o paciente tem direito a morte digna e serena,
podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família
ou responsável, por local ou acompanhamento, e ainda
se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e
extraordinários para prolongar a vida;
 33) o paciente tem direito a dignidade e respeito,
mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis
devem ser avisados imediatamente após o óbito;
 34) o paciente tem direito a não ter nenhum órgão
retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação;
Aproximação da Morte
 Proporcionar conforto é o objetivo primário da
equipe de enfermagem à pessoa agonizante;
 Dependerá das circunstâncias, estado emocional
e crenças, bem como do grau de sensibilidade e
preparo da equipe que presta atendimento;
 Deve-se envolver a família e pessoas próximas
nos cuidados.

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Alterações que antecedem a morte

 S/S neurológicos: agitação psicomotora, estado de


inconsciência, diminuição ou abolição de reflexos,
relaxamento muscular, queda da mandíbula,
incapacidade de deglutição, acúmulo de secreção
orofaríngea, relaxamento esfincteriano e midríase.

 S/S cardiocirculatório e respiratório: pulso filiforme,


hipotensão arterial, choque, taquicardia ou bradicardia,
dispnéia acentuada, respiração ruidosa e irregular,
cianose, equimoses, pele pálida e fria, sudorese fria e
viscosa.

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Cuidados paliativos

 “Da mesma forma que existe uma


preparação para o nascimento, é preciso
ter uma diante da morte”.

 O objetivo do grupo de cuidados paliativos


é preparar o enfermo e seus familiares
para uma passagem tranquila.

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Cuidados paliativos
 O primeiro passo é aliviar a dor do doente. Se
não há mais meios de tratar a enfermidade, a
idéia é controlar ao máximo os sintomas e
diminuir a agonia.
 Como há muitos pacientes que preferem ficar
em casa, a assistência pode ser prestada a
domicílio.
 "O sofrimento somente é intolerável quando
ninguém cuida"
(Cicely Saunders)

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Chamando a família de um
paciente em iminência de
morte
 Ajudar alguém enlutado requer compaixão,
discernimento e muito amor da sua parte. Não diga
simplesmente: Se houver algo que eu possa fazer...
descubra você mesmo este “algo”, e depois tome a
devida iniciativa.

 “Os médicos têm o costume de olhar apenas para a


doença. Ao perceberem que não é possível fazer mais
nada, deixam o paciente de lado. É preciso entender que
o foco do tratamento é o doente, e não seu problema de
saúde”.
Marco Tullio de Assis Figueiredo

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O Enlutado
 Sintomas físicos, que são decorrências
fisiológicas normais do enlutamento:

 Solidão e isolamento;
 A forte intensidade do luto às vezes acompanhado
por sentimentos de pânico ou idéias suicidas;
 Medo do colapso nervoso, muitas vezes referido após
a experiência de ver ou ouvir o morto;
 Falta de um espaço para a expressão de culpa ou
raiva, uma vez que a família está enlutada e, muitas
vezes, não oferece espaço para essas manifestações.
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O que fazer...

 Escute - Seja “rápido no ouvir”, uma das


coisas mais prestimosas que podemos
fazer é partilhar a dor da pessoa enlutada
por escutar.
 Inspire confiança - Assegure-lhes que
fizeram tudo o que era possível (ou aquilo
que sabe ser verdadeiro e positivo).

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O que não fazer...
 Não evite o contato com eles por não saber o
que dizer ou fazer;
 Não se precipite em aconselhá-los a desfazer-se
dos objetos pessoais do falecido antes de
estarem dispostos a fazer;
 Não os pressione para deixarem de sentir pesar;
 Não evite mencionar a pessoa falecida;
 Não se precipite em dizer: “Assim foi melhor”.

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Realizando os cuidados
terminais
 Objetivo último da medicina "curar às vezes,
aliviar freqüentemente e confortar sempre“
(Adágio Francês do século XVI)
 Geralmente o médico comunica o óbito a família.
 É necessário lembrar que o cadáver merece todo
respeito e consideração, e que sua família deve
ser atendida com toda a atenção, respeitando-se
sua dor e informando-a cuidadosamente, de
modo compreensível, sobre os procedimentos a
serem realizados.
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Realizando os cuidados
terminais
 Após a constatação do óbito inicia-se o preparo do
corpo: limpeza e identificação, evitar odores
desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar
a posição do corpo antes que ocorra a rigidez
cadavérica.

 Durante o ritual de preparo do corpo, as cortinas em


torno dele devem ser cerradas ou os biombos colocados
ao redor do leito, evitando mal-estar aos demais clientes
do lado, que muitas vezes percebem o ocorrido por
intermédio da linguagem não-verbal que a equipe utiliza.

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Preparo do corpo
 Antes de preparar o material a ser utilizado, verificar se
há necessidade de realizar a higiene do corpo;
 A seguir, providenciar algodão, pinça pean ou similar,
atadura de crepe, éter para remover esparadrapo, maca
sem coxim, lençóis, biombo (se houver outros pacientes
no quarto) e etiqueta de identificação preenchida e
assinada pelo enfermeiro ou responsável. Após a limpeza
do corpo e retirada de drenos, sondas, cateteres e
outros objetos, realizar o tamponamento de cavidades -
caso não haja contra-indicação religiosa/cultural e se
esta for a rotina normal da instituição.

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Preparo do corpo
 Antes que ocorra a rigidez cadavérica, fechar os
olhos do morto, colocar dentadura ou ponte
móvel (se houver) e, com o auxílio de ataduras
de crepe, fixar o queixo, pés e mãos.
 Os valores e pertences devem ser entregues aos
familiares – na ausência dos mesmos, arrolados
e guardados em local apropriado.
 Após esses procedimentos, dar destino
adequado aos aparelhos e materiais utilizados
na reanimação e providenciar a limpeza da
unidade.
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OBRIGADO
Espera-se que a equipe de enfermagem,
mediante o cuidado profissional, desenvolva
suas ações objetivando não somente assistir o
ser humano no instante sublime que é seu
nascimento, mas se comprometer com esse
momento desconhecido em sua essência, ou
seja, o momento da morte.

FABIANO C.

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