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FACULDADE DE ECONOMIA

Curso de gestão

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

EMPRESA: BETÕES AZUL, LDA

Discente:
Osvaldo João Levessene Domba

Supervisoras: Dra. Mara Come

Dra. Éssita viagem

Maputo, Março de 2021


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RELATÓRIO DE GESTÃO
DA BETÕES AZUL, LDA

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AGRADECIMENTOS
Ao terminar este trabalho não posso deixar de agradecer a todos os que contribuíram para a sua
realização, e cujo contributo foi essencial, dentro e fora do âmbito académico.
Aos Professores que muito fizeram na transmissão de conhecimentos teóricos e práticos do
presente curso, aos orientadores Essita Viagem e Mara Come que materializaram a eficácia do presente
trabalho. Foi fundamental o seu entusiasmo desde o início, a disponibilidade, o incentivo, a
colaboração e a amizade sempre manifestadas, bem como nunca duvidar das minhas capacidades para
sua execução. Devo ainda o facto de pela primeira vez “sentir” que, a Gestão e um Gestor sempre
poderão ser úteis à sociedade.
Ao meu par de Simulação Empresarial, Bénia Magenge, que juntos fizemos a materialização dos
conhecimentos adquiridos no campo académico para a prática empresarial que culminou no presente
relatório, agradeço ainda a oportunidade de discutir ideias, obtendo sugestões e esclarecimentos de
grande valor, pelos conhecimentos e disponibilidade, fundamentais para a realização deste trabalho e a
força que soube transmitir nos momentos de maior desânimo.
À Dra. Eulália Madime pela orientação extrema indispensável à elaboração deste trabalho.
Aos meus colegas de curso, pelo companheirismo e apoio moral durante a elaboração deste
trabalho e pelos excelentes anos de convívio.
Ao Instituto Nacional da Marinha pela bolsa integral concedida
À minha esposa, Maria Dores pelo apoio prestado diariamente para chegar a este momento.
À todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a concretização deste trabalho, e que
não estão aqui referidos, muito obrigado.

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Sumário Executivo
O presente relatório final surge da conclusão da disciplina de Simulação Empresarial ministrada no
laboratório onde, através de técnicas utilizadas nos cursos de Gestão e de Contabilidade e Finanças, os
estudantes de licenciatura nos cursos ora mencionados, realizam actividades que lhes permitem ter
prática dos processos contabilísticos, burocráticos e de gestão de situações e fenómenos de
representação da vida real das empresas.
Com efeito, os estudantes Osvaldo Domba (Gestão) e Bénia Magenge (Contabilidade e Finanças)
levaram a cabo actividades da Betões Azul uma empresa que se dedica na produção de batão pronto e
artefactos de cimento.
Este relatório está estruturado em quatro secções, nomeadamente:
A ) Relatório no qual se faz uma exposição fiel e clara sobre a evolução do negócio, do desempenho e
da posição da empresa, bem como uma descrição dos principais riscos com que a mesma defronta;
B ) Conjunto das demonstrações financeiras as quais foram preparadas em conformidade com o Plano
Geral de contas baseado nas Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro-NIRF;
C ) Processo relativo ao cumprimento das obrigações legais composto pelo relatório do auditor
independente e do fiscal único; e
D ) Informação Complementar.

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Mensagem dos Sócios-gerentes
A Betões Azul enfrentou um ano de muitos desafios, mas conseguiu atingir boa parte dos seus
objectivos. A actividade no primeiro ano foi desafiante, devido aos aspectos internos da economia
do nosso país, bem como factores externos à empresa. Sob o ponto de vista económico-financeiro,
o ano de 2017 foi positivo com um resultado líquido no valor de 737.697,61Mt.
O objectivo dos sócios ao criar esta empresa era estabelecer uma empresa forte e dinâmica, e
tornar-se uma escolha de referência para os clientes, investidores e colaboradores.
O crescente número de construções de infra-estruturas no país, com principal destaque para a
região sul, que constituí a principal fonte de receita para a empresa derivada do aumento de obras
em que nossa actividade é indispensável.
No ambiente macroeconómico pode-se destacar a subida generalizada dos preços da matéria-
prima e de alguns produtos bem como das taxas de juro, o que afectou o custo dos empréstimos
financeiros obtidos pela empresa e os custos operacionais, e consequentemente o aumento de
preços sem fugir a moda praticada pelos seus concorrentes directos. Sendo o primeiro ano de
actividade, pode-se concluir que a empresa teve um bom desempenho, perspectivando um futuro
de contínuo crescimento e desenvolvimento da mesma, através da melhoria da qualidade dos seus
produtos e aumento da carteira de clientes.
Para o ano seguinte, tendo em conta a previsão de agravamento do contexto económico no
país, a Betões Azul encarará as suas actividades com um nível de diligência forte com o objectivo
fulcral de expansão das actividades da empresa, passando a realizar operações comerciais com
outros países a nível internacional para além de Portugal, pois acredita que a melhor forma de
enfrentar a crise é expandir o número e o volume de negócios da empresa.
A cultura de serviço será mantida ao nível e de acordo com os padrões exigidos pelas
principais partes interessadas, neste caso os investidores, colaboradores, clientes, fornecedores,
Estado e público em geral. Os clientes são o motivo da existência da empresa e para tal, será
necessário sempre, fornecer produtos de alta qualidade, fidelizando o cliente sempre.

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Assim, para atingir os objectivos preconizados, pretende-se incrementar o investimento em
capital financeiro e humano como forma a tornar a empresa forte e competitiva.

Como Sócios-gerentes, agradecemos a todos pela confiança depositada na empresa e pelo apoio
prestado para o alcance dos seus objectivos.

Maputo, 10 de Fevereiro de 2018


Os Sócios
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Osvaldo Domba
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Bénia Magenge

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índice
Agradecimento
s......................................................................................................................................................................... 2
Sumário Executivo............................................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................13
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA........................................................................................................14
2.1. IDENTIDADE ORGANIZACIONAL.............................................................................................15
2.2. Estrutura e Organograma.................................................................................................................16
3. ENVOLVENTE MACROECONÓMICA...............................................................................................21
3.1. Economia no âmbito nacional..........................................................................................................21
3.2. Economia no âmbito internacional...................................................................................................22
3.3. Economia no âmbito de mercado de actuação..................................................................................23
3.4. Responsabilidade de higiene e segurança no trabalho......................................................................26
3.5. Responsabilidade Social..................................................................................................................27
4. ASPECTOS RELEVANTES DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA.....................................................28
4.1. Actividades operacionais.................................................................................................................28
4.2. Actividades de Investimento............................................................................................................29
4.3. Actividades de Financiamento.........................................................................................................30
5. ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE...................................................................................................30
5.1. Análise PEST...................................................................................................................................30
5.2. Análise SWOT.................................................................................................................................32
5.3. Michael Poter...................................................................................................................................33
5.4. Estratégia de gestão.........................................................................................................................35
6. ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA..............................................................................................39
6.1. Rácios..............................................................................................................................................39
6.2. Fundo de maneio..............................................................................................................................43
6.3. Desvios entre a demonstração financeira previsional e as reais.......................................................44
6.4. Perspectivas futuras.........................................................................................................................45
7. DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS..................................................................................................47
8. NOTAS ÁS DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS.........................................................................54
9. PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS E FISCAIS...............72
9.1. Declaração do Técnico de Contas....................................................................................................73
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9.2. Relatório dos auditores independentes.............................................................................................74
9.3. Relatório e Parecer do Fiscal Único.................................................................................................76
9.4. CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA..........................................................78
9.5. Acta relativa à assembleia-geral de apreciação de contas................................................................79
9.6. MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS......................81
9.7. Apuramento do lucro tributável.......................................................................................................85
9.8. MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS....................................................................................86
10. CONCLUSÕES...................................................................................................................................90
11. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................91
12. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR.................................................................................................92
12.1. Anexos.........................................................................................................................................92

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1.INTRODUÇÃO
De acordo com as disposições do código comercial, estatutos da sociedade e demais
disposições aplicáveis, é da competência da Direcção Geral da Betões Azul submeter o relatório de
gestão aos interessados.

O presente relatório pretende partilhar com o mercado, colaboradores, clientes, fornecedores,


parceiros e sócios os acontecimentos da Betões Azul referente ao exercício económico findo em
31 de Dezembro de 2017.

Neste relatório são abordados os indicadores de desempenho referentes ao período de 2017 e


as perspectivas para o exercício de 2018.

As Demostrações financeiras apresentadas foram preparadas em conformidade com o Plano


Geral de Contas baseado nas Normas Internacionais de contabilidade e Relato Financeiro-NIRF

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2.APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A Betões Azul, Lda (doravante designada empresa, entidade ou simplesmente Betões Azul)
situado na Avenida Tomás Ndunda nº 15 em Maputo, é uma sociedade comercial por quotas
constituída em 2015 e com início de actividades em 2017.

O Objectivo social da empresa é produção e comercialização de betão pronto e argamassa,


compra e revenda de artefactos de cimento.

A sociedade foi constituída com um capital social de vinte milhões de meticais integralmente
realizado conforme a tabela abaixo:

Tabela 1: Apresentação da empresa


Apresentação da empresa
Denominação Social Betões Azul
Actividade Principal Fabrico e comercialização de betão pronto e argamassas,
compra e revenda de artefactos de cimento.

Forma Jurídica Sociedade por quotas


Número de Sócios 2
Capital Social 20.000.000,00 MT
Sócios Bénia Magenge com a quota de 51% equivalente a 11
milhões de Meticais
Osvaldo Domba com a quota de 49% equivalente a 9
milhões de meticais
Sede Social Avenida Tomás Ndunda nº15, R/C
Cidade Maputo
País Moçambique

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Número de Contribuinte 400911501

2.1. IDENTIDADE ORGANIZACIONAL

2.1.1. Visão

 Tornar-se uma empresa reconhecida por sua eficiência em tudo o que realiza,
fortalecendo-se no mercado de negócios.

2.1.2. Missão
 Surpreender o nosso mercado alvo com produtos de qualidade, serviços ágeis e inovadores,
gerando valor para a sociedade e para os accionistas.

2.1.3. Objectivos
 Estar em constante crescimento no mercado nacional e internacional, desenvolvendo laços
cada vez mais fortes com os clientes;
 Conquistar a maior quota do mercado nacional e internacional;
• Fornecer produtos de alta qualidade continuamente;
• Estabelecer preços competitivos de modo a criar confiança nos clientes e ter um ambiente de
negócios saudável.

2.1.4. Valores
 Excelência em tudo o que faz;
 Respeito às pessoas, instituições e ao planeta;
 Compromisso com a verdade

2.2. Estrutura e Organograma

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Para fazer face ao nível de actividade, a empresa conta com 17 trabalhadores e 1 contabilista
contratado em regime de avença, obedecendo o organograma apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Organograma

2.2.1. Direcção Geral


 A Direcção Geral é responsável pela definição de políticas e directrizes da empresa, análise de
planos e projectos e avaliação dos resultados;

 Compete ainda a Direcção Geral a representação da empresa.

A Direcção geral é dirigida por um Director Geral com seguintes funções e responsabilidades:

 Orientar que cada departamento cumpra as funções atribuídas;

 É responsável por delegar as responsabilidades da empresa entre todas as direcçõeses;


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 Garantir a execução das decisões dos sócios;

 Fornecer informações aos sócios;

 Desenvolver estratégias para o benefício da empresa.

2.2.2. Fiscal Único


De acordo com o nº1 do Artigo 157 do Código Comercial, o Fiscal Único tem a função de fazer as
seguintes actividades:

 Fiscalizar os actos da direcção da empresa e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e
estatutários;

 Examinar e opinar acerca do relatório anual produzido pela direcção, além de analisar as
demonstrações financeiras;

 Verificar, oportunamente, a regularidade dos registos contabilísticos;

 O Fiscal Único pode solicitar esclarecimentos aos auditores independentes;

 Após ser feita a análise, este emite o seu parecer a respeito do que foi observado.

2.2.3. Direcção Administrativa e Financeira


 Administrar os recursos da empresa;

 Controlar da tesouraria, investimentos e riscos associados;

 Gerir as contas, impostos e planeamento financeiro da empresa;

 Divulgar dos resultados.

Esta direcção é dirigida por um Director Financeiro e Administrativo com seguintes funções e
responsabilidades:

 Assegurar a gestão financeira das operações da empresa;

 Desenvolver políticas e procedimentos financeiros e de orçamentação, além de ser responsável


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por liderar e desenvolver o trabalho da equipa do departamento administrativo e financeiro e
do departamento de tesouraria.

 Assegurar o correcto reporte da informação financeira das actividades desenvolvidas.


Assegurar que os pagamentos de salários sejam feitos atempadamente e as obrigações
tributárias cumpridas

2.2.4. Direcção comercial


 O foco desta direcção é nos clientes externos da empresa;

 É responsável pelas vendas, garantindo a geração de receitas para a empresa;

 Criação de estratégias de divulgação e definição das formas de vendas mais adequadas para
alcançar o público-alvo, além de fidelizar a clientela;

Esta direcção é dirigida por um Director Comercial com seguintes funções e responsabilidades:

 Assegurar o cumprimento das metas estabelecidas para a equipa do departamento de


Marketing e departamento de vendas e garantir o bom relacionamento com os clientes,
atendendo, acompanhando e preparando ofertas e desenvolvendo estratégias de fidelização dos
mesmos;

 Definir um plano de expansão e crescimento de modo a aumentar a carteira de clientes da


empresa.

2.2.5. Direcção de Recursos Humanos


 Recrutamento do pessoal e a respectiva gestão;

 Busca soluções para conflitos, controla os horários de entrada e saída dos trabalhadores, as
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horas extras e estabelece políticas para a retenção de talentos, dentre as funções.

 Estabelecimento de políticas de motivação e treinamento, mudanças de carreira e promoções; e

 Procura melhorar as relações entre equipas e a qualidade de vida dos trabalhadores.

 Esta direcção é dirigida por um Director de Recursos Humanos com seguintes funções e
responsabilidades;

 Realizar toda a gestão de funcionários da empresa, delegando funções, observando se as


políticas internas estão sendo cumpridas e garantindo que o trabalho está sendo realizado
dentro do previsto pela legislação;

 Cuidar do andamento do trabalho, prezando pela adequação do profissional;

 Realizar todo o planeamento de carreira, gestão de pessoas, realização de avaliações de


desempenho, estruturação de treinamentos, aplicação de palestras e instituição de programas
voltados para o crescimento dos profissionais;

 Preparar líderes, que serão seus principais facilitadores nesse trabalho de desenvolvimento de
competências.

2.2.6. Direcção das Operações


 Administrar todo o processo de transformação dos insumos no produto final;

 Controlar a entrada e o consumo de matérias-primas;

 Dar suporte logístico à aquisição de insumos;

 Fazer a gestão do uso e da manutenção das máquinas e equipamentos e acompanhar o nível de


produtividade da empresa;

 Garantir que as operações de produção ocorram com eficiência utilizando recursos

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racionalmente.

Esta direcção é dirigida por um Director de Operações com seguintes funções e responsabilidades

 Gerir o fluxo de materiais tendo em conta a sua tipologia, classificação dos produtos e respeitar
o critério de gestão de stocks;

 Planear, organizar, analisar e coordenar os processos técnicos de produção;

 Gerir o orçamento de que dispõe e controlar os custos do departamento pelo qual é


responsável; e

 Melhorar as técnicas de trabalho para aumentar o desempenho na produção.

2.2.7. Funções dos sócios


 Os Sócios devem determinar os objectivos que devem ser alcançados pela empresa e assegurar
o cumprimento das actividades que contribuirão para o seu alcance;

 Formulam políticas e dirigem operações relacionadas ao negócio da empresa;

 Identificam oportunidades de negócio que estão alinhados à estratégia organizacional e através


da observação aos concorrentes;

 Decidem que mercados específicos devem ser atacados.

3.ENVOLVENTE MACROECONÓMICA

3.1. Economia no âmbito nacional


Os desenvolvimentos ocorridos no ano de 2017 indicaram que o abrandamento do desempenho
económico de Moçambique foi persistente e levou à transição da economia, antes considerada de
crescimento rápido, para um ritmo de crescimento mais modesto, pouco acima do crescimento da

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própria população. Após ter sido registado um crescimento do PIB de 7%, em média, entre 2011 e
2015, o ano de 2017 caiu para 3,7% segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

As pequenas e médias empresas tiveram uma retracção ainda mais acentuada (principalmente
no sector de construções, que se contraiu pela primeira vez desde 1994). O seu crescimento e
capacidade de gerar empregos foram restringidos pela crise económica no período que se sucedeu
à revelação das dívidas ocultas, por via da redução da procura (tanto pelos consumidores privados
como pelo sector público), redução do investimento e do elevado custo do crédito.

As pequenas e médias empresas sofreram um crowding-out (quando o governo aumenta os


gastos públicos, para expandir a economia, mas o efeito é anulado devido ao aumento das taxas de
juros e consequente diminuição dos investimentos privados) e nem mesmo o crescimento
considerável das exportações de commodities foi suficiente para neutralizar os efeitos que essa
situação causou.

O sector privado registou o crescimento mais lento, uma vez que o sofreu de "crowding out" e
a gerar menos empregos. Desta forma, Moçambique transitou para uma trajectória de crescimento
reduzido motivado pela dívida oculta, recessão económica, que fizeram com que se registasse um
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3.7%. Esta desaceleração começou em 2016 onde
registou se um PIB de 3.8% depois de registar na média de 7% de 2011-2015 anteriormente
referenciado, isto revela que os factores que contribuíram para a desaceleração da economia
começaram em 2016.

3.2. Economia no âmbito internacional


Segundo as Nações Unidas, o ano de 2017 a economia mundial ganhou força com a
diminuição das fragilidades associadas à crise financeira global e teve o maior crescimento desde
2011, tendo atingido um crescimento económico de 3%, e que prevê continuar estável no ano
seguinte.

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A situação económica global oferece uma oportunidade aos países para se concentrarem em
criar políticas sobre questões de longo prazo. Entre elas, o crescimento económico de baixo
carbono, a redução das desigualdades, a diversificação económica e a eliminação de barreiras
profundas que dificultam o desenvolvimento. De forma geral, as condições de investimento
melhoraram num contexto de baixa volatilidade financeira, redução de fragilidade no sector
bancário, recuperação em vários sectores de commodities e uma previsão macroeconómica global
mais sólida.

As razões que podem afectar de forma negativa os investimentos incluem incertezas sobre
política comercial, impacto do ajuste do balanço nos principais bancos centrais, o aumento da
dívida e os riscos financeiros de longo prazo.

Por outro lado o ano de 2017 também foi marcado por mercados financeiros globais
incrivelmente dinâmicos. No entanto, essas condições ocorrem ao mesmo tempo em que existem
vários riscos.

Ademais, muitas economias em desenvolvimento e em transição que continuam a ser


vulneráveis e a correr riscos. Esses factores incluem contracção desordenada nas condições de
liquidez globais e a retirada repentina de capital.

3.3. Economia no âmbito de mercado de actuação

3.3.1. Construções no Mercado Exterior

A Betoes Azul opera especificamente no mercado português onde A actividade económica, no


primeiro semestre de 2017, continuou em recuperação na prossecução do ano anterior. O primeiro
semestre de 2017 registou taxas de crescimento do PIB positivas e mais sustentadas. Também o
Investimento bem como as exportações e importações aumentaram em volume.

A evolução demográfica, especialmente na dimensão migratória teve um impacto importante


na evolução da população activa, tendo esta, sofrido reduções muito significativas nos últimos
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tempos. No entanto este indicador apresentou, finalmente, no primeiro semestre de 2017, uma
variação positiva em relação a 2016. A taxa de desemprego tem vindo a diminuir
significativamente ao longo dos trimestres.

No sector da construção, o Investimento bem como o VAB no 1º semestre de 2017 registaram


variações positivas, saliente-se que desde 2007, que este último indicador no setor da construção
não apresentava uma variação positiva. Tanto o investimento público como o investimento privado
em construção mostraram evoluções muito positivas nos primeiros meses de 2017,
perspectivando-se que a produção neste sector continuará a crescer, estimando-se uma retoma no
segmento dos edifícios não residenciais e na engenharia civil.

A actividade económica portuguesa tem vindo a apresentar uma recuperação ao longo destes
últimos trimestres. O Produto Interno Bruto apresentou no segundo trimestre de 2017 um aumento
de 2,9% em volume (taxa de 2,8% no trimestre anterior). A procura interna manteve um contributo
positivo elevado, em resultado da aceleração do investimento. Por outro lado, verificou-se uma
desaceleração das exportações de bens e serviços de magnitude idêntica à observada nas
importações de bens e serviços.

No âmbito da actuação da Betões Azul no fornecimento de betão pronto, argamassa e


artefactos de cimento no mercado externo (Portugal) tinha 4 empresas concorrentes, é o caso de
Argabetão, Lda, Betaliz, Lda, Cimo Massa, Lda e Olsan- Betão Pronto e Argamassa que também
tem uma quota de clientela no mercado interno fazendo com que a empresa desenvolvesse
estratégias de concorrência para ser privilegiada. A Betões Azul através dos seus pontos fortes
teve uma diferenciação, pois conseguiu manter os seus clientes, por privilegiar a flexibilidade e a
alta qualidade dos seus produtos, tornando fácil á agregação de valor em seus trabalhos e,
consequentemente, conquistou a fidelidade de um maior número de clientes

O 1º semestre de 2017 o mercado português com a recuperação do setor da construção já

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assinalada em 2016 comprovando-se pela observação de alguns indicadores, nomeadamente o
Investimento e o VAB no sector, apresentando variações positivas bem como o aumento do
crédito à aquisição e habitação. Também o emprego nesta área tem vindo a recuperar, face a
períodos anteriores. O número de desempregados na construção tem vindo a apresentar uma
trajectória descendente.

No primeiro semestre de 2017, foram licenciados cerca de 9.609 edifícios, representado uma
subida homóloga de 18%. Também o licenciamento nos edifícios residenciais em construção nova
aumentou cerca de 25%.

A actividade da construção movimenta vários sectores, a montante e a jusante da sua cadeia de


produção, daí decorrendo que seja considerado um dos sectores impulsionadores da economia
nacional, não só pelo seu peso específico na criação de riqueza como também de emprego, tendo
em conta o seu óbvio efeito multiplicador, sendo, por isso, uma actividade fundamental para o
crescimento da economia. A Betões azul só teve transacções com o mercado exterior (Portugal) no
segundo semestre.

3.3.2. Construções no mercado Interno

O setor da construção civil em 2017 foi um dos que mais esteve a ser prejudicado pela crise
económica e financeira que Moçambique e o mundo enfrentam. A este cenário junta-se a
concorrência das empresas chinesas que, por apresentarem opções de baixo custo, ganham muitas
obras no país.

Na capital Maputo, mercado interno primário para os Betões Azul cada lado erguem-se obras
de grande envergadura. Trata-se de edifícios para escritórios, habitação e serviços de iniciativa
privada. À primeira vista, estas obras criam oportunidades para os empreiteiros nacionais. Mas, no
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terreno, nota-se que elas são erguidas por empresas estrangeiras. Muitas destas construções são
feitas por chineses que ganham concursos por terem opções de baixo custo. Este cenário só
prejudica os empreiteiros moçambicanos influenciando negativamente a Betoes Azul uma vez que
é indispensável na construção de edifícios

Em geral o volume de negócios do setor da construção aumentou 11% em 2017, após seis
anos de decrescimento, superando o crescimento verificado para o total das empresas (9%). O
aumento do volume de negócios foi transversal a todas as classes de dimensão: 14% nas pequenas
e médias empresas, 11% nas microempresas e 5% nas grandes empresas.

Por segmentos de actividade, a construção de edifícios registou um crescimento de 15%, que


contribuiu para a variação registada no sector como um todo, actividades especializadas registaram
um aumentou 9% e por fim 7% na engenharia civil.

Tendo em conta aos diversos factores económicos mencionados no presente capítulo onde a
economia nacional e internacional registou um abrandamento significativo, a Betões Azul como
seu primeiro ano de actividades estes factores afectaram sobremaneira a sua actividade ainda que o
mercado interno e externo em que atua é marcado por concorrência.

No que diz respeito ao fornecimento de betão pronto, argamassa e outros artefactos de cimento
a concorrência foi caracterizada com número inferior de empresas fazendo com que a Betões Azul
se identificasse com a sua flexibilidade de fornecimento dos seus produtos.

Havia no mercado Interno (Moçambique) apenas 3 empresas a fornecer o mesmo produto é o


caso da BetArga, Lda, Prontos, Lda e CBA, Lda e que os elementos comuns da concorrência com
estas empresas eram o preço e a qualidade do produto fornecido.

Estas condições fizeram com que a empresa tenha mais vendas no mercado interno uma vez
que tinha maior número de clientes e com mais oportunidades em relação ao mercado exterior.
Deste modo a Betões Azul aposta no mercado interno por ter boa carteira de clientes e de fácil
acesso.
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3.4. Responsabilidade de higiene e segurança no trabalho
A Betões Azul honra com a segurança dos seus colaboradores cumprindo com a legislação
aplicável e adquirido os equipamentos se higiene e segurança para que sejam asseguradas as
seguintes responsabilidades

 Assegurar o exercício da actividade em condições de segurança e de saúde (de acordo com os


princípios gerais de prevenção);

 Disponibilizar informação e formação adequadas para que os colaboradores possam


desenvolver a actividade em condições de segurança e de saúde;

 Adoptar medidas e instruir os trabalhadores para que possam cessar actividade em caso de
perigo grave e/ou iminente;

 Adoptar medidas de primeiros socorros e de combate a incêndio e evacuação, identificando os


colaboradores responsáveis pela sua aplicação;

 Vigiar a saúde dos colaboradores em função dos riscos a que estes se encontram
potencialmente expostos;

 Observar as prescrições legais, gerais e específicas, de segurança e saúde a serem aplicadas na


empresa;

 Suportar os encargos com a organização e funcionamento do serviço de segurança e saúde do


trabalho e respectivas medidas de prevenção.

3.5. Responsabilidade Social


A gestão da Betões Azul atenta para segurança dos seus colaboradores, respeito às pessoas,
bem-estar no ambiente de trabalho e impacto das suas operações na sociedade. Sendo assim, a
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empresa desenvolve programas que demostram o sério compromisso da mesma com o público
com que se relaciona, nomeadamente: Colaboradores, clientes, fornecedores comunidade e
Governo. Cada um desses programas tem em vista:

 Cultivar a excelência no clima organizacional, proporcionado um ambiente de trabalho


agradável;

 Cumprir a legislação trabalhista, que regula as relações individuais e colectivas de trabalho

 Integrar a política de meio ambiente, saúde e segurança como parte importante nos processos
de tomada de decisões.

Para o efeito celebrou um contrato de recolha e tratamento trimestral dos resíduos produzidos
com uma empresa do sector de gestão ambiental (Recicle, SARL).. Adicionalmente comprometeu-
se voluntariamente com a sociedade civil no apoio a entidades que prossigam fins sociais, culturais
e desportivos doando à liga de combate a fome em Moçambique no valor de 15.000,00 Mt.

4.ASPECTOS RELEVANTES DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA

Várias foram as actividades levadas a cabo para o alcance dos objectivos preconizados, nesse
contexto foram realizadas actividades operacionais, de investimento e de financiamento.

4.1. Actividades operacionais

4.1.1. Vendas

Em sede de vendas, vale referir que a principal fonte de rendimento para empresa foram as
empresas de construção civil.

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O primeiro trimestre foi marcado por dificuldade na produção devido ao atraso no processo de
inicialização das actividades. Não obstante a empresa conseguiu gerir as suas obrigações.

O segundo e terceiro trimestres foram marcados pelo aumento de trabalhadores, e clientes


potenciais as actividades da Betões azul, tendo atingido um nível de venda desejável. E devido ao
aumento de clientes a empresa teve que aumentar a força laboral para horar com os seus
fornecimentos dentro dos prazos acordados.

A matéria-prima usada para produzir os três tipos de Betão e a argamassa foram adquiridos nas
empresas de comércio a grosso de materiais de construção e equipamento (onde adquiria cimento e
areia), às empresas cuja actividade principal é a extracção de granito e rochas afins (onde adquiria
brita 1 e brita 2). A água que foi usada para a produção, assim como a mercadoria diversa foi
adquirida à SE Distribuição. A Betões Azul tem como principais clientes a SE Aprovisionamento,
Lda e as empresas de construção civil e obras públicas, a quem vendia todos os tipos de produtos.

4.2. Actividades de Investimento


Para a instalação da capacidade operacional, a empresa adquiriu activos tangíveis e intangíveis
no valor de 32.346.739.28 meticais distribuídos segundo as tabelas 2 abaixo:

Tabela 2 – Mapa do Imobilizado


Nº de Ordem Imobilizado Quantidade Valor de Aquisição
1 Equipamento básico 6 28.689.241.86
2 Mobiliário e equipamento administrativo e social 28 161.626.98
3 Equipamento de transporte 5 3.467.670.44
TOTAL 33 32.318.539.28

Tabela 2.1 – Mapa de equipamentos e mobiliário


Nº de

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Ordem Imobilizado Quantidade
Equipamento Básico
1 Autobetoneiras 3

2 Bombas de Betão 2
3 Central de Betão 1
Mobiliários e equipamentos administrativos

4 Computadores 3
5 Impressoras 2
6 Secretárias Administrativas 4
7 Mesa de reuniões 1
8 Cadeiras de serviço administrativo e da sala de reuniões 18
Equipamentos de Transporte
9 Viaturas Ligeiras de passageiros 2
10 Viaturas Ligeiras de mercadoria 3

4.3. Actividades de Financiamento


O valor do capital social da empresa é de 20.000.000,00MT. Dado ao elevado preço do
equipamento de produção, a empresa necessitou de fundos externos que culminou em constituir 3
empréstimos junto á banca, sendo um de curto prazo no valor 1.000.000,00Mt, outro de
médio/longo prazo no valor de 12.000.000,00MT e um Leasing para aquisição de Autobetoneiras e
uma Central Betão.

4.3.1. Leasing Financeiro


Descrição dos bens: Duas Bombas de Betão
Montante do financiamento: 16.350.000,00
Prazo: 10 Semestres
Valor das Rendas Variáveis: 1.635.000,00
Valor das Rendas Constantes:1.598.667,00
Valor Residual: 326,997.00
O plano financeiro do empréstimo de médio/longo prazo pode ser visto no anexo 6.
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5. ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE

5.1. Análise PEST


A análise PEST é uma ferramenta de pesquisa que permite estudar um conjunto de factores
macro- ambientais (sujeitos às constantes mudanças) que influenciarão a empresa. Esta enquadra
factores externos a organização geralmente que são de difícil quantificação. Sendo assim, este
método deve ser analisado em coordenação com outras ferramentas de análise que englobam
factores internos à organização. Os factores externos a organização são:

5.1.1. Políticos
 Incentivos a investimentos no sector de construções

 Altos padrões de segurança para a força laboral

5.1.2. Económicos
 Recessão da economia em 2017 em consequência da crise financeira que Moçambique
atravessa que pode ter influenciado negativamente a indústria de construção civil;

 Elevado número de investimentos em infra-estruturas habitacionais, empresariais (escritórios)


e melhoria das vias de acesso;

 Disponibilidade de mão-de-obra qualificada e não-qualificada;

 Desvalorização do metical em relação a moeda estrangeira;

 Subida generalizada de preços.

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5.1.3. Socioculturais
 Processo de urbanização, que advém da procura por melhores condições de vida.

5.1.4. Tecnológicos:
 Altas taxas de natalidade, fazem com que os jovens procurem habitação para as famílias que
vão constituir;

 Globalização, que permite que a empresa tenha maquinaria e meios de produção de última
geração, permitindo o fabrico de produtos acabados de melhor qualidade;

 O crescente uso de smartphones facilita a rápida difusão de informações acerca dos produtos.

5.2. Análise SWOT


Segundo Philip Kotler, A sigla SWOT provém das seguintes palavras em inglês: Strengths
(Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).

A análise SWOT é uma ferramenta muito importante que consiste no estudo das variáveis do
ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) que irão afectar a
actividade da empresa e é bastante útil para a gestão e planeamento estratégico de uma instituição.
Sendo assim, foi feita a análise da Betões Azul apresentada na Tabela 3

Tabela 3 – Análise SWOT

Análise SWOT

Forças (Strengths) Fraquezas


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(Weaknesses)
 Mão-de-obra especializada;  Linha de produtos reduzida;
 Quadros qualificados;  Pouca experiência dos gerentes na
 Conhecimento da área;
identidade dos concorrentes;  Barreiras ao comércio no exterior;
 Boa qualidade do produto  Distribuição limitada;
 Alta competência da direcção e  Equipa de funcionários que não se
dos funcionários. conhece.

Oportunidades Ameaças (Threats)


(Opportunities)

 Abertura ao Mercado no  Eventuais mudanças na


estrangeiro; legislação sobre o sector
 Diferentes finalidades do produto;  Flutuações cambiais;

 Formação de alianças ou  Perda de mercado para produtos

parcerias. substitutos;

 Elevado número de construções,  Altas taxas de juro praticadas pelo

que constituem potenciais banco.

negócios para a empresa;

5.3. Michael Poter


A análise das cinco forças Competitivas de Poter é essencial para identificar as ameaças a
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serem contornadas e as debilidades que poderão ser oportunidades para a empresa estabilizar-se no
mercado. A intensidade conjunta dessas cinco forças determina o potencial de lucro. Quanto
menor a intensidade desse conjunto de forças, maior é a possibilidade de sucesso da empresa. No
entanto independentemente de qual força pressiona mais a competitividade do sector, é tarefa da
empresa encontrar a melhor estratégia.

Figura 2; Ilustração de 5 Forças competitivas de Michael Poter

Como se pode observar na ilustração acima, a força competitiva mais intensa no mercado é o
poder da barganha dos clientes. Outra força significativa é proveniente dos produtos substitutos,

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seguida de maneira mais branda, pela força dos fornecedores e a rivalidade no sector.

5.3.1. Ameaça de entrantes potenciais

A ameaça de novos entrantes é quase inexistente devido aos investimentos iniciais necessários,
a regulamentação sobre as condições mínimas segurança e a forte identificação empresa de
construção.

5.3.2. Poder de barganha dos fornecedores

Para o fornecimento da principal matéria-prima, a empresa tem a sua disposição muitos


fornecedores com preços competitivos. Os custos de contratação e rescisão dos contratos de
fornecimentos são quase imateriais, por isso os fornecedores não exercem grande poder de
negociação.

5.3.3. Rivalidade no sector

No mercado de simulação empresarial, a rivalidade entre concorrentes é baixa devido ao


reduzido número de empresas de fornecimento de betão pronto, argamassa e artefactos de cimento.

5.3.4. Ameaça de produtos substitutos

Os produtos substitutos de betão pronto são quase inexistentes, por isso a empresa focaliza-se
em flexibilizar o fornecimento dos seus produtos para ser diferenciada e vencer a concorrência
pelos mesmos produtos.

5.3.5. Poder de barganha dos clientes

A principal Ameaça no sector de construções é o poder de barganha dos clientes. Os clientes


têm á sua disposição várias opções de fornecimentos de betão pronto, argamassa e artefactos de

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cimento. Com efeito, o cliente tem grande poder de negociação.

5.4. Estratégia de gestão


Ao lidar com as cinco forças competitivas, a Betões Azul escolheu a estratégia de
diferenciação do produto que consiste em diferenciar os produtos e serviços oferecidos,
concentrando as ações para obter algo inovador.

Para diferenciar os produtos e serviços a Betões Azul atribui valores e características


exclusivas que o tornem único no mercado. Para isso, é utiliza diversos métodos de diferenciação,
como investimentos em alta tecnologia, aprimoramento da marca e, principalmente, qualidades
diferenciadas e exclusivas.

Ademais, a Betões Azul realiza um Marketing muito forte, principalmente em feiras. Com
efeito, entre os dias 28 a 31 de Dezembro participou na feira das actividades económicas
organizada pela Associação comercial e industrial da Simulação empresarial. Esta participação
serviu para expor ao público os serviços prestados pela Betões Azul.

5.4.1. Técnicas de Marketing

A Betões Azul tem como centro das suas atenções o fornecimento de produtos ao cliente de
acordo com as suas necessidades com o intuito de superar as suas expectativas. Para tal, na sua
estratégia de Marketing estão definidos os seguintes pilares básicos denominados "Composto de
Marketing":

5.4.1.1. O Produto

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A empresa transaciona produtos manufaturados pela própria e outros adquiridos noutras
empresas do ramo.

Os produtos produzidos pela empresa são:

 Betão-15 (m³);

 Betão-20 (m³);

 Betão-25 (m³);

 Argamassa (m²).

Os produtos adquiridos noutras empresas para revenda são:

 Blocos 28x20x50cm;

 Blocos 20x20x50cm;

 Vigas;

 Manilhas simples de 150;

 Manilhas simples de 250;

 Lancis e;

 Sarjetas

Todos os produtos têm um elevado nível de qualidade de modo a satisfazer os desejos dos clientes.
Estes são entregues no local da obra do cliente. Os saldos das matérias e produtos acabados
constam no anexo 4

5.4.1.2. O Preço

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O preço praticado ao cliente é estabelecido de duas formas:

1- Para os produtos fabricados pela Betões Azul, o preço é estabelecido tendo em conta os
custos de produção (constituído pelo custo de aquisição da matéria-prima e de transformação
desta), adicionando o custo de transporte, a taxa de lucro e o Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA);

2- Para os produtos revendidos pela Betões Azul, o preço praticado é calculado tendo em conta
o custo de aquisição da mercadoria, adicionando o custo de transporte, a taxa de lucro e o Imposto
sobre o Valor Acrescentado (IVA).

O preço praticado aos clientes é competitivo no mercado, indo de acordo com a qualidade dos
produtos a serem fornecidos e a situação económica do meio envolvente. Para uma maior
conveniência dos clientes, foram disponibilizadas como formas de pagamento: transferência
bancária e letras. Isto permite que os clientes, mesmo não estando em condições de pagar no
momento da compra, adquiram os produtos e o pagamento fica por conta do desconto da letra.

Os produtos da Betões Azul. são comercializados a um preço competitivo no mercado, sendo


acessível às diferentes capacidades financeiras dos clientes.

5.4.1.3. A Praça

O produto é vendido às empresas do sector de construção civil de Moçambique e Portugal.


Tanto os produtos produzidos pela empresa, assim como os revendidos são entregues no endereço
marcado pelo cliente. Isto acontece porque o betão pronto e argamassa não é armazenável, quanto
aos produtos armazenáveis e que são revendidos pela Betões Azul, ao fazer-se a entrega no
domicílio do cliente, tem o objectivo de garantir maior comodidade ao mesmo. Para tal, a empresa
contrata serviços de transporte para fazerem a entrega. Estes são seleccionados tendo em conta o
custo, a rapidez e flexibilidade com que prestam os serviços.

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Todo o público pode encontrar a Betões Azul através do seu contacto electrónico ou dirigindo-
se à sede da empresa. Os colaboradores do departamento de marketing e do departamento de
vendas estão sempre dispostos a mostrar os catálogos dos produtos e negociar as ofertas, caso seja
necessário.

5.4.1.4. A Promoção

A promoção dos produtos é feita através de cartas enviadas por correio electrónico às
diferentes empresas. Além disto, a empresa participa em feiras comerciais onde interage com os
potenciais clientes e faz demonstrações dos produtos comercializados.

6.ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA
O primeiro ano de actividade da Betões Azul, foi de grandes desafios, principalmente por
tratar-se de uma nova empresa que surgiu numa altura em que a conjuntura económica era
desfavorável para o ambiente de negócios. Mesmo tendo em conta o cenário envolvente, a decisão
de constituir esta empresa foi tomada e os desafios enfrentados. Tratando-se do primeiro ano de
actividade, pode-se constatar que a empresa teve um desempenho satisfatório. Isto pode ser
explicado através da análise dos indicadores relacionados com a liquidez, actividade, estrutura de
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endividamento e rendibilidade.

6.1. Rácios

6.1.1. Liquidez

Os rácios de liquidez da empresa podem ser observados na Tabela 4. Estes proporcionam


informação respeitante à capacidade de cumprimento das responsabilidades exigíveis a curto
prazo, como por exemplo, o pagamento a fornecedores, outros credores correntes ou amortização
de financiamentos com maturidade inferior a um ano.

Tabela 4 – Rácios de Liquidez


Rácios de Liquidez Fórmula Resultado
Liquidez Geral (Activo Circulante/ Passivo Circulante) 4,09
Liquidez Reduzida (Activo Circulante-Inventários) / (Passivo Circulante) 6,18
Liquidez Imediata (Disponibilidades/ Passivo Circulante) 1,65

Segundo os rácios de liquidez geral e imediata, cujos valores são superiores à unidade, a
empresa tem a capacidade de satisfazer as suas obrigações de tesouraria de curto prazo recorrendo
aos meios financeiros líquidos resultante do vencimento das dívidas de curto prazo ou recorrendo
ao dinheiro disponível em bancos.

Por outro lado, o rácio de liquidez imediata indica que a empresa tem liquidez a curto para
fazer face a responsabilidades de curto prazo recorrendo apenas às disponibilidades financeiras
imediatas (bancos). Foi feita uma aplicação financeira para não ter um montante elevado parado
em bancos vide anexo 5

6.1.2. Rácios de funcionamento

A ilustra a administração de activos e a partir desta pode-se constatar que é possível que a
empresa venha a enfrentar dificuldades pois tem-se efectuado o pagamento dos passivos de curto
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prazo mais rápido do que se tem transformado os activos circulantes em numerário.

Tabela 5 – Rácios de funcionamento

Rácios de Funcionamento Fórmula Resultado


Prazo Médio de Pagamento (Fornecedores) / ((Compras )* (1+IVA) * 365) -

(PMP) (Dias)
Prazo Médio de Existências
(Existências) / ( (CMVMC) *365)
(PME) (Dias) 45,57
(Contas a receber)/ ((Vendas anuais * (1+IVA) 35,79
Prazo Médio de Recebimentos
* 365)
(PMR)
 Os Prazos Médios de Pagamento são inexistentes pois a empresa efectua pagamentos
imediatamente no momento da compra para melhor gerir a carteira de fornecedores e
manter uma confiança para o futuro.

 Os prazos médios de manutenção do stock são de aproximadamente 46 dias, tempo


suficiente para manter o stock e responder a solicitação dos clientes.

 Os prazos médios de recebimento são resultado das boas políticas de gestão de crédito
praticadas. A empresa leva 36 dias para receber o dinheiro de clientes. Com esta política a
consegue evitar a pressão sobre as suas disponibilidades para honrar com as suas
obrigações de curo prazo e obter ganhos resultantes da aplicação financeira.

6.1.3. Rácios de alavanca financeira, estrutura ou endividamento

A ilustra os rácios de alavanca financeira, estrutura ou endividamento.

Tabela 6 – Rácios de alavanca financeira, estrutura ou endividamento


Rácios de Alavanca Financeira Fórmula Resultado
Estrutura de Endividamento (Capitais Alheio) / (Capitais 54,33%
Alheio+Capital Próprio)
Debt to Equity Ratio Capitais Alheios/ Capital Próprio 114,71%
Estrutura de Endividamento do Capitais Alheios de Curto Prazo/ Capitais 15,04%
Capital Próprio Alheios
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Solvabilidade Financeira Capital Próprio/ Passivo Total 84,43%
Autonomia Financeira Capital Próprio/ Activo Liquido Total 45,78%
Estrutura Financeira Passivo/ Capital Próprio 118,44%

 O rácio de endividamento total ilustra o nível em que uma empresa é financiada com
dívida e no caso da Betões Azul, o resultado deste rácio indica que cerca de 54.33% dos
activos totais da empresa foram financiados por capital alheio. O ideal é haver um
equilíbrio entre financiamento por capitais próprios e o financiamento por capitais alheios.
E para haver equilíbrio a empresa deve continuar a pagar as suas obrigações de longo
prazo para reduzir o nível de endividamento
 O Debt to Equity Ratio indica que a empresa tem um nível instável de financiamento com
dívida pelo que está numa situação em que as dividas excedem o capital próprio.
 A estrutura de endividamento do capital próprio da empresa é de 15.04%, mostrando que
tem tesouraria suficiente para honrar com o seu exigível a curto prazo.
 A autonomia financeira da empresa é de 45,78%, o que significa que a actividade da
empresa é financiada em grande parte por capitais alheios.

6.1.4. Rácios de rendibilidade

A Tabela 7 apresenta os rácios de rendibilidade

Rácios de Rendibilidade Fórmula Resultado


Margem de Contribuição das (Margem de Contribuição/ Vendas) *100 42.71%
Vendas
Rendibilidade Operacional das (Resultado Operacional/ Vendas) *100 7.71%
Vendas
Rendibilidade Líquida das (Resultado Líquido/ Vendas) *100 1,86%
Vendas

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Rendibilidade do capital próprio (Resultado Líquido/ Capital Próprio) *100 3.56%
Rendibilidade do activo (Resultado Liquido) /Activo Líquido) *100 4.59%
(após impostos)

 Margem de contribuição: é a diferença entre a receita obtida e os custos e despesas


variáveis, que servirá para pagamento dos custos e despesas fixos. Para a Betões Azul, este
indicador atingiu 42%, o que é satisfatório pois, a empresa produziu e vendeu o suficiente
para cobrir os custos variáveis.

 Rendibilidade Operacional das Vendas: Este rácio mede a percentagem das vendas que resta
depois de cobertos todos os custos de exploração, incluindo provisões e amortizações e para
a Betões Azul, este indicador é satisfatório pois mostra-nos que há remanescente de 7,71%
depois da cobertura dos custos de exploração.

 Rendibilidade Líquida das Vendas: Este rácio mede a rendibilidade que a empresa tem
depois de pagos todos os custos, encargos financeiros e impostos. Pode ser útil para se
interpretar a rendibilidade da exploração e ajudar a complementar a análise com indicadores
de rendibilidade decompostos pelo método multiplicativo ou aditivo. Assim olhando para
este indicador podemos concluir que a Betões Azul, está num nível adequado pois 1.86%
mostra que a empresa tem um rendimento positivo depois de pagar os custos totais.

 Rendibilidade do capital próprio: Este indicador mede a rentabilidade dos capitais


próprios, ou seja, os capitais permanentes colocados à disposição da empresa pelos seus
accionistas (capital social + prémios + reservas). Assim que a Betões Azul, obteve uma
rentabilidade dos capitais próprios de 3.56% isso significa que ela obteve um lucro de 3.56%
por cada unidade monetária de capital próprio investido (investimento dos accionistas).

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 A Rendibilidade do Activo: também conhecida pela expressão em inglês Return on Assets  –
ROA, é um indicador de rendibilidade utilizado nas análises económicas e financeiras das
empresas e que procura avaliar a eficiência e capacidade de gestão dos activos detidos pela
empresa em termos de produção de resultados financeiros. Quanto maior o valor do ROA,
melhor será a performance da empresa na utilização dos seus activos. Assim para a Betões
Azul, a ROA indica-nos que a empresa é rentável em relação ao total de activos que ela
dispõe em 4.59%.

6.2. Fundo de maneio


O fundo de maneio é o valor que a empresa necessita para desenvolver a sua actividade de
forma normal e equilibrada, durante um período de tempo. De forma mais simplista, é uma espécie
de almofada financeira que as empresas devem assegurar para gerar liquidez a curto prazo.
A Tabela 8 ilustra o fundo de maneio da Betões Azul.

Tabela 8 – Fundo de maneio


Indicador Formula Resultado
Fundo de maneio Activo circulante - Passivo 13 238 088,36
circulante
A Betões Azul por consequência de ter um activo circulante superior ao passivo circulante, o
seu fundo de maneio é positivo. O que implica ter mais activos líquidos do que dívidas com
vencimento a curto prazo. Fazendo com que a empresa tenha capacidade financeira de honrar com
os seus compromissos a curto prazo.

6.3. Desvios entre a demonstração financeira previsional e as reais


A tabela 9 apresenta os desvios das principais contas da Demonstração de Resultados.

Tabela 9 – Desvios das principais contas da Demonstração de Resultados


Descrição Orçamento Desvio

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Realizado Previsto Absoluto %
Vendas de Bens e Serviços 39,639,836.94 49,276,000.00 9,636,163.06 20%
Custo dos Inventários Vendidos e 22,709,183.10 25,984,320.00 3,275,136.90 13%
Consumidos
Custos com o Pessoal 3,593,887.54 3,240,144.00 -353,743.54 -11%
Fornecimentos e Serviços de Terceiros 5,483,000.46 6,516,951.00 1,033,950.54 16%
Amortizações 4,562,387.58 7,015,408.50 2,453,020.92 35%
Imparidade de Contas a Receber 0.00 0.00 0.00 0%
Outros gastos e Perdas Operacionais 233,170.71 205,914.00 -27,256.71 -13%
Resultados Operacionais 3,058,207.55 6,313,262.50 -3,255,054.95 52%
Rendimentos Financeiros 20,693.97 0.00 7,863.44 0%
Gastos Financeiros 1,762,891.91 2,767,325.00 59,140.00 36%
Resultados Antes de Imposto 1,316,010.01 3,545,937.50 1,187,661.31 63%
Imposto Sobre Rendimento 578,312.00 1,134,700.00 132.616,17 49%
Impostos Diferidos 0.00 0 0.00 0%
Resultado Líquido 737,697.61 2,411,237.50 1,058,249.84 69%

A venda de bens e serviços não atingiu o nível desejado devido aos processos burocráticos
para a criação da empresa e inicialização da actividade, o que consideravelmente atrasou o início
das operações de produção e venda da empresa. Tendo começado a comercialização de seus
produtos no início do 2º trimestre. Contudo, não houve um desvio significativo, tendo em conta
que se trata do primeiro ano de actividade.

O custo dos insumos não atingiu um nível inicialmente previsto devido aos factores
mencionados no parágrafo anterior, tendo registado um desvio de 13%.

A conta de fornecimentos e serviços de terceiros registou um desvio de 11%, o que significa


uma boa gestão, considerando que durante o período em referência o custo dos serviços registou
uma inflação significativa.

O resultado líquido registou um desvio de 69% abaixo do resultado líquido previsto


inicialmente, eu é consequência do baixo volume de vendas derivado pela iniciação tardia das
actividades operacionais de produção e de comercialização como já mencionado anteriormente.

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Em cumprimento do nº2 do artigo 314 e do nº1 do artigo 315 do Código Comercial, A Betões
Azul Apresenta um resultado líquido positivo de 737,697. 61MT, que por decisão dos sócios da
empresa de incrementar a capacidade operacional e as vendas no ano seguinte, propõe à
Assembleia Geral que o valor seja distribuído como ilustra a tabela a seguir:

Tabela 10 – Aplicação de resultados


Distribuição do Resultado Percentagem (%) Valor
Reservas Legais 20% 147,539.52
Reservas Livres 20% 147,539.52
Distribuição de Dividendos 30% 221,309.28
Resultados Transitados 40% 295,079.04
Resultado Líquido do Exercício 100% 737,697.61

6.4. Perspectivas futuras


As perspectivas para o futuro são optimistas, mesmo tendo em conta que o país está a enfrentar
um período de crise económica e os indicadores mostram uma recuperação. Uma vez que o custo
das importações aumentou, prevê-se que haja uma preferência pelo betão produzido internamente
e outros produtos comercializados pela empresa, fazendo com que a Betões Azul. Possa ganhar
espaço ocupado pelas concorrentes estrangeiras.

Os potenciais investimentos em projectos de exploração de gás natural e carvão poderão


propiciar a construção tanto de infra-estruturas para a exploração, assim como infra- estruturas
habitacionais e turísticas.

Para fazer face à situação actual da empresa, pretende-se capacitar dos funcionários, como
forma de melhorar a sua performance, assim como realizar campanhas de angariação de clientes
como forma de aumentar as vendas em pelo menos 30%.

A seguir são ilustradas as perspectivas para o exercício de 2018, através do Balanced


Scorecard, uma ferramenta destinada ao acompanhamento das decisões estratégicas tomadas pela
empresa com base em indicadores previamente estabelecidos.
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Perspectiva Objectivo Meta Indicador Iniciativa
Financeira Aumentar receitas Aumentar em 30% a Volume de Desenvolver novas políticas
receita em 12 meses vendas de crédito para os clientes
Atrair novos Aumentar 30% do Nº de Buscar diferenciais em
Clientes clientes e reter número de clientes e clientes serviços e divulga-los
clientes existentes facturação

Controlo Melhorar o Atingir uma Satisfação do Incentivar e formar


Interno desempenho performance prestação Cliente funcionários para melhorar o
de serviço de qualidade desempenho

Aprendizagem e Ter um capital Formar todos Nº de Celebrar contractos de


crescimento humano funcionários sobre funcionários formação do pessoal
conhecedor novas abordagens de capacitados
prestação de serviços

Maputo 31 de Janeiro de 2018

Os membros da Direcção Geral

------------------------------------ --------------------------------------

Osvaldo Domba (Sócio Gerente) Bénia Magenge (Sócia Gerente)

-----------------------------------

Luís Melo (Director Geral)


7.DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS
São apresentados nesse capítulo o conjunto das demostrações financeiras que compreendem
(de acordo com o Quadro Conceptual do PGC-NIRF):
 Um Balanço;
 Uma Demonstração dos Resultados;
 Uma Demonstração dos Fluxos de Caixa;
 Uma Demonstração das Alterações no Capital Próprio; e
 Notas Explicativas (notas descritivas, informações adicionais e mapas suplementares).

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Balanço em 31 de Dezembro de 2017
ACTIVOS Notas 31/12/2017
Activos não correntes   27,784,351.70
Activos Tangíveis 6 32,318,539.28
Activos Intangíveis 7 28,200.00
Amortizações de activos tangíveis 6.3 e 6.4 -4,556,950.39
Amortizações de activos intangíveis 6.3 e 6.4 -5,437.19
Outros Activos Não Correntes -
Activos Correntes 17,515,939.73
Inventários 9 2,835,390.59
Clientes 12 e 14 3,322,257.77

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Devedor Estado 3,310,332.91
Outros Activos Correntes 8 999,992.46
Caixa e Bancos 13 7,047,966.00
Total de Activos 45,300,291.43
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS 35,031,879.46
Capital Próprio 17  
Capital Social 17.1 20,000,000.00
Outras Variações do Capital  
Resultado Líquido 17.2 737,697.61
Total do Capital Próprio 20,737,697.61
Passivos Não Correntes 20,284,742.45
Empréstimos Obtidos de Médio e 20,284,742.45
Longo Prazo
Outros Passivos Não Correntes -
Passivos Correntes 18 4,277,851.37
Fornecedores 0.00
Empréstimos Obtidos de Curto Prazo 15 e 16 3,050,108.04
Imparidade Acumulada 0.00
Imposto Corrente 578,312.00
Imposto Diferido  
Outros Credores 275,722.19
Acréscimo de Gastos 373,709.14
Total de Passivos 24,562,593.82
Total de Capital Próprio e dos Passivos   45,300,291.43
O Técnico de Contas O Director Geral

Pedro Fosenca Luís Melo

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Demonstração dos resultados por naturezas em 31 de Dezembro de 2017

Descrição Nota Dezembro de 2017


Vendas de bens e serviços 19 39,639,836.94
Variação da produção e de trabalhos em curso  -
Investimentos realizados pela própria empresa  -
Custo dos inventários vendidos ou consumidos 9 22,709,183.10
Custos com o pessoal 18.1 3,593,887.54
Fornecimentos e serviços de terceiros 18.2 5,483,000.46
Amortizações 6.3 4,562,387.58
Provisões  -
Ajustamentos de inventários  -
Ajustamentos de contas a receber  -
Outras perdas operacionais (1) 18 233,170.71
Resultado operacional 3,058,207.55
Rendimentos financeiros 18.7 20,693.97
Gastos financeiros 18.5 1,762,891.91
Ganhos/perdas imputados de associadas  -
Resultado antes de impostos 1,316,009.61
Imposto sobre o rendimento 578,312.00
Resultados líquidos do período 737,697.61

O Técnico de Contas O Director geral

Pedro Gomes Fonseca Luís Melo

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Demonstração dos resultados por funções em 31 de Dezembro de 2017

Descrição Nota Valores em Meticais


Vendas de bens e serviços 19 39,639,836.94
Custo das vendas de bens e serviços 9 22,709,183.10
Resultado bruto   16,930,653.84
     
Outros rendimentos    -
Gastos de distribuição    
Gastos administrativos 18  13,639,275.58
Gastos financeiros 18  1,762,891.91
Rendimentos/ganhos financeiros 18.7  20,693.97
Outras perdas operacionais (2) 18  233,170.71
Resultados antes de impostos   1,316,009.61
Imposto sobre o rendimento   578,312.00
Resultados líquidos do período   737,697.61

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Pedro Gomes Fonseca Luís Melo

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Demostração dos fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2017
Fluxo de caixa para actividades operacionais Nota
Recebimento de clientes 12 41.136.250,45
Pagamentos a fornecedores 18.2 29.887.151,52
Pagamentos ao pessoal 18.1 3.157.971,25
Caixa Gerada pelas operações 13 8.091.127,68
Outros pagamentos operacionais 18 6.266.826,32
Caixa líquida gerada pelas actividades operacionais 1.824.301,36
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aquisição de activos tangíveis 6 37.210.967,98
Aquisição de activos Intangíveis 7 1.032.986.46
Recebimentos respeitantes a:
Subsídios ao Investimento
Caixa liquida usada nas actividades de investimento 10,11,15 e16 38.243.954,44
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos 10,11,15 e16 27.001.214,00
Realização de aumentos de capital social e outras contribuições dos sócios 17 e 17.2 20.000.000,00
Cobertura de prejuízos pelos detentores de capital
Doações
Outras operações de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Reembolso de empréstimos e outros financiamentos obtidos 2.561.600,00
Juros e gastos similares 8 971.994,92
Caixa líquida usada nas actividades de financiamento 43.467.619,08
Variação de caixa e equivalentes de caixa 13 7.047.966,00
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
Caixa e equivalente de caixa no final do período 13 7.047.966,00

O Técnico de Conta O Director Geral

Pedro Gomes Fonseca Luís Melo

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NUIT: 400 911 501
Demonstração da variação dos capitais próprios em 31 de Dezembro de 2017
Natureza dos Capital Social Reservas Excedente de Outras Resultados Outras Resultados Total Total do
Movimentos Legais revalorização reservas transitados Componentes líquidos do capital Próprio
período
Saldo no início de 2017 20.000.000,00
Alterações do período
Movimentos em reservas
Resultado líquido do 737.698.00 737.698.00 737.698.00 737.698.00
período
Resultado absoluto do
período
Aumento do Capital
Social
Outras contribuições de
capital
Outras operações
Dividendos
Saldo no fim do período 20.737.698.00
de 2017

O Técnico de Contas O Director Geral

Pedro Gomes Fonseca Luís Melo

48
8.NOTAS ÁS DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nesse capítulo apresenta-se um conjunto notas ou divulgações exigidas pelas Normas de
Contabilidade e de Relato Financeiro que integram PGC-NIRF, dando informações acerca dos
pormenores das Demostrações Financeiras

1) Entidade a reportar
2) Base de preparação
2.1) Base contabilística
3) Moeda Funcional e de apresentação
4) Principais julgamentos, estimativas e pressupostos contabilísticos
4.1) Imparidade
4.2) Alterações de políticas contabilísticas, estimativas e erros
5) Transação em moeda estrangeira
6) Activos tangíveis
6.1) Reconhecimento mensuração
6.2) Custos Subsequentes
6.3) Amortizações/Depreciações
6.4) Vida útil
7) Activos Intangíveis
8) Investimentos Financeiros
9) Inventário
10) Locações
11) Leasing Financeiro
12) Contas a receber e disponível
13) Bancos
14) Clientes
15) Empréstimos obtidos não correntes
16) O empréstimo bancário de médio e longo prazo
17) Capital Próprio
17.1) Capital social
17.2) Reservas

49
18) Gastos, ganhos e fornecimentos correntes
18.1) gastos com o pessoal
18.2) Fornecimentos e serviços de terceiros
18.3) Perdas operacionais
18.4) Rendimentos e ganhos financeiros
18.5) Gastos e Perdas Financeiras
18.6) Gastos Administrativos
18.7) Rendimentos/gastos financeiros
19) Instrumentos financeiros e gestão de riscos
19.1) Risco de mercado
19.2) Risco Cambial
19.3) Risco da taxa de juro
19.4) Risco de Liquidez
19.5) Risco de crédito
19.5.1) Clientes
20) Gestão do capital
21) Eventos Subsequentes

50
1) Entidade a reportar

A Betões Azul doravante designada Betões Azul, empresa ou entidade, é uma sociedade por
quotas, registada na Republica de Moçambique e foi constituída em 2017 na sequência da
disciplina de Simulação Empresarial, A sua principal actividade é a produção e comercialização de
betão pronto, argamassa e artefactos de cimento.

O ano de 2017 é o primeiro ano da actividade da entidade. A entidade foi constituída e é


domiciliada em Moçambique.

Endereço registado: Avenida Tomás Ndunda nº 15, Maputo-Moçambique

2) Bases de Preparação

2.1) Base contabilística

As Demostrações Financeiras foram preparadas de acordo com o plano Geral de Contabilidade


baseado nas normas Internacionais de Relato Financeiro (doravante denominado PGC-NIRF). As
Demostrações financeiras são elaboradas com base nos seguintes princípios:
 Base de acréscimo: os efeitos das transacções e de outros acontecimentos são
reconhecidos quando ocorrem e são registados na contabilidade e relatados nas
demostrações financeiras dos períodos a que dizem respeito.
 Continuidade das operações: a entidade não tem intenção e nem necessidade de cessar
suas operações ou de reduzir significativamente o seu volume e continuará a operar no
futuro previsível.

Para que a informação produzida pela empresa seja clara e útil para os utilizadores, a sociedade
adoptará, na sua contabilidade, os seguintes princípios:
 Compreensibilidade;
 Relevância (materialidade);
 Fiabilidade (representação fidedigna, substância à forma, neutralidade, prudência e
plenitude); e
51
3) Moeda Funcional e de apresentação

As Demostrações financeiras são apresentadas em meticais, que constitui a moeda funcional da


empresa. Todos os montantes foram arredondados a unidade de metical mais próxima.

4) Principais julgamentos, estimativas e pressupostos contabilísticos

4.1) Imparidade

A imparidade das contas a receber é estabelecida quando há evidências de que a empresa não
receberá a totalidade dos montantes em dívidas conforme as condições originais das contas a
receber

4.2) Alterações de políticas contabilísticas, estimativas e erros

Este é o primeiro ano de actividade da Betões Azul pelo que, não ocorreu qualquer alteração
de políticas, estimativas nem identificação de erros que tivessem efeito no período corrente ou
períodos futuros.

As políticas contabilísticas usadas foram adoptadas pela primeira vez, não afectando qualquer
outro período antecedente.

Durante o exercício a que respeitam estas Demonstrações Financeiras foi alterado o sistema de
custeio de permanente como tinha sido previamente estabelecido no início de actividade para o
sistema de inventário Periódico ou Intermitente.

5) Transacção em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor á data das
transacções. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos

52
para metical á taxa de câmbio em vigor na data do correspondente movimento. As diferenças
cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados.
6) Activos Tangíveis

6.1) Reconhecimento mensuração

Os activos tangíveis utilizados pela entidade do decurso da sua actividade são registados ao
custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumulada.

O custo inclui as despesas que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo e todas as
despesas que sejam directamente atribuíveis para colocar o activo em condições de executar o
trabalho para o qual o mesmo se destina.

Na data de início de actividade, a entidade decidiu adoptar como custo considerado para os
seus activos tangíveis o valor reavaliado.

6.2) Custos Subsequentes

Os custos de se substituir parte de um item de activos tangíveis são reconhecidos no valor


contabilístico do item, se for provável que os benefícios económicos futuros incorporados em parte
desse item fluirão para a empresa e o seu custo poder ser mensurado de forma fiável. Os custos
diários com a prestação de serviços de manutenção aos activos tangíveis são reconhecidos em
resultados conforme forem incorridos.

6.3) Amortizações/Depreciações

O método de amortização a ser utilizado é o Método de Quotas Constantes para todos os


activos, mas relativamente as autobetoneiras, central de betão, e bombas de betão poderá ser
alterado o cálculo de amortizações, passando a fazer de acordo com a produção gerada, ao longo
do desenvolvimento das actividades (após analisada a real situação da empresa) pois acredita-se
que os bens ora mencionados terão um desgaste acelerado dada função desempenhada por estas.
As amortizações detalhadas do período podem ser vistos no anexo 3
53
O método de amortização/depreciação será revisto para cada grupo de imobilizado no final de
cada período contabilístico. Ou ainda quando existir alteração significativa no modelo de consumo
esperado dos benefícios económicos futuros incorporados ao activo.

Tabela 12 - Amortizações
Amortizações do exercício Valor
Activos tangíveis 4.556.950.39
Activos intangíveis 5.437.19
Total 4.562.387.58

6.4) Vida útil

Avaliações à vida útil atribuída aos activos tangíveis e intangíveis da empresa são feitas numa
base anual assim como os ajustes dos seus valores residuais e são feitas as devidas reavaliações
quando aplicáveis e se necessário.

A avaliação da vida útil baseia-se no estado físico do activo e da sua capacidade e condição
operacional.

7)Activos Intangíveis

Os activos intangíveis são inicialmente mensurados pelo seu custo. O custo do activo
intangível compreende o seu preço de compra, incluindo direitos de importação e impostos não
reembolsáveis. Após dedução dos descontos comerciais e abatimentos, e quaisquer custos
directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição necessária para o mesmo
ser capaz de funcionar de forma pretendida.

Após o reconhecimento no momento inicial, os activos intangíveis são registados por uma
quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer amortização
acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes.

54
Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em
activos intangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos intangíveis exceda o seu
valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados de
exercício. A Betoes Azul procede a reversão das perdas por imparidade nos resultados do período
caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo

8) Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros são reconhecidos pelo custo de aquisição. Quando os


investimentos financeiros tiverem, à data do balanço uma quantia registada superior ao seu valor
de marcado, a diferença encontrada deduzida da quantia registada através do correspondente
ajustamento. Este ajustamento é reconhecido nos resultados do período. Quando deixarem de
existir os motivos que levaram à sua constituição, o ajustamento é reduzido ou revertido.

Tabela 4: Investimentos Financeiros


Descrição Valor
Depósitos a prazo 1.000.000.00
Outros instrumentos financeiros 999.992.46
Total 1.999.992.46

9) Inventário

A sociedade adoptou o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente. O método de custeio a


utilizar será o método FIFO (as primeiras a entrar são as primeiras a sair) para matéria-prima assim
como para os produtos acabados, bem como os produtos adquiridos pra revenda. A sociedade
optou por esse método de forma a garantir que não haja rupturas de stock e que seja possível
controlar as entradas e saídas de bens dentro da organização.

Descrição Mercadorias MP, Auxiliares e Total


55
Materiais
Existências Iniciais
Compras 12.935.889.00 12.608.685.00 25.544.574.00
Reg. Das Existências 0 0 0
Existências Finais 1.289.374.00 1.546.017.00 2.835.391.00
Custo dos 11.646.515.00 11.062.668.00 22.709.183.00
Inventários

10) Locações

A determinação de um contracto é ou contem uma locação é baseada na substancia do


contracto, atentando à determinação de qual entidade que retém substancialmente os riscos e
vantagens inerentes à propriedade do bem locado.

Nas locações financeiras, as quais transferem substancialmente para a Betoes Azul, todos os
riscos e vantagens, o custo do activo ‘e registado como um activo tangível, e a correspondente
responsabilidade é registada no passivo.

A depreciação é registada como gasto na demostração de resultados

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital (tal
como inicialmente reconhecido como passivo). Os encargos financeiros são suportados nos
exercícios a que se referem.

11) Leasing Financeiro

A entidade adquiriu 2 Bombas de betão em 2017 por leasing financeiro para instalação da

56
capacidade de produção, o valor de contrato é de 14.000.214,00Mt a taxa de juro de 9% por 6 anos
sendo a primeira prestação foi paga na data de celebração do contrato.

12) Contas a receber e disponível

Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros pagamentos fixos ou determináveis


que não são cotados num mercado activo. Estes activos são reconhecidos inicialmente pelo justo
valor acrescido dos custos de transacção directamente atribuíveis. Depois deste reconhecimento
inicial, empréstimos e contas a receber são mensurados pelo custo amortizado através do uso de
método de taxa efectiva, deduzidos de eventuais perdas por imparidade.

13) Bancos

Bancos incluem saldos de depósitos à ordem e depósitos a prazo com maturidade três meses ou
menos a partir da data de aquisição que são sujeitos a um risco insignificante de alterações no seu
justo valor, e são utilizados pela empresa na gestão dos seus compromissos de curto prazo.

Tabela 5 – Caixa e bancos


Outros Activos correntes Valor
Depósito à ordem 6.047.996.00
Total 6.047.996.00

14) Clientes

Esta rúbrica apresenta o valor que a empresa tem a receber de seus clientes, bem como os
adiantamentos feitos pelos mesmos e descreve clientes que devem a Betões Azul
57
Tabela 3 – Clientes
Clientes Valor
Costa Soares Construções, Lda -c/c 4.125.160.03
Cs Project, Lda -c/c 1.206.621.24
Construções Magueta-títulos a 100.000,00
receber
Adiantamento de Clientes (2.109.523.51)
Total 3.322.257.77

15) Empréstimos obtidos não correntes

Considera-se empréstimo corrente à obrigação bancária cuja maturidade é maior de um ano.

Tabela 6 – Empréstimos obtidos não correntes


Outros Activos correntes Valor
Empréstimo de médio e longo prazo 20.284.742,45
Total 20.284.742,45

Empréstimo corrente - Considera-se empréstimo corrente à obrigação bancária cuja maturidade


é menor de um ano

Tabela 7 – Empréstimos correntes


Empréstimo de Curto Prazo Valor
Empréstimo de curto prazo 3.050.108,04
Total 3.050.108,04

16) O empréstimo bancário de médio e longo prazo

O saldo correspondente ao empréstimo bancário e leasing obtido junto ao Banco Online até 31
de Dezembro para o reforço da capacidade instalada de maquinaria para a produção, vence juros a
taxa de 9%. O montante Valor Total do Empréstimo líquido concedido diz respeito ao que a
entidade irá pagar nos próximos exercícios económicos.

Tabela 19 – Empréstimos e outros financiamentos obtidos

58
Empréstimos e outros financiamentos obtidos Valor
Valor Total do empréstimo concedido Bruto 30.051.322.04
Valor pago de juro e capital 6.716.471.55
Valor Total do Empréstimo líquido concedido 23.334.850,49

17) Capital Próprio

17.1) Capital social

O capital social da Betões Azul é de 20.000.000.00Mt integralmente subscrito e realizado


pelos sócios da empresa.

17.2-Reservas

A Direcção Geral Propôs a aplicação de 100% do resultado líquido na proporção de 20% para
reservas legais e 10% para reservas livres, 30% dividendos e 40% para resultados acumular. A
proposta de aplicação de 20% para reservas legais é consistente com o artigo 314º do Código
comercial o qual refere que a entidade deve transferir para reserva legais 5% dos seus lucros
líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital social.

18) Gastos, ganhos e fornecimentos correntes

18.1). Gastos com o pessoal

No decurso das suas actividades a entidade contou com17 trabalhadores permanentes que teve
um impacto custoso de 3.593.887.94Mt

Tabela 10 – Custos com pessoal


Custos com Pessoal Valor
Remunerações dos trabalhadores 3.156.928.40
59
Encargos sobre remunerações 137.499. 54
Outros gastos com pessoal 299.460.00
Total 3.593.887,94

18.2) Fornecimentos e serviços de terceiros

Tabela 11 – Fornecimentos e serviços de terceiros


Fornecimentos de Serviços de Terceiros Valor
Água 122,858.81
Electricidade 1,325,279.09
Combustíveis 639,932.70
Material de escritório 14,777.21
Artigos para oferta  
Manutenção e reparação 316,280.00
Transportes de pessoal  
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 85,016.25
Comunicações 19311.92
Honorários  
Publicidade e propaganda  
Deslocações e estadias 499,172.68
Rendas e alugueres 244,470.60
Seguros 105,334.91
Vigilância e segurança 41,266.10
Limpeza, higiene e conforto 877,837.38
Trabalhos especializados 443,740.00
Outros fornecimentos e serviços 1,082,245.81
Total 5,817,523.46

18.3) Perdas operacionais

Tabela 13 – Perdas operacionais


Perdas operacionais Valor
Doação a liga de combate a fome em Moçambique 15.000,00
Total 15.000,00

60
18.4) Rendimentos e ganhos financeiros

Tabela 14 – Rendimentos e ganhos financeiros


Rendimentos e ganhos financeiros Valor
Juros obtidos 7.155.56
Depósitos bancários 7.155.56
Outros rendimentos e ganhos financeiros 13.538.41
Outros ganhos financeiros 13538.41
Total 20.693.97

18.5) Gastos e Perdas Financeiras

Tabela 15 – Gastos e Perdas Financeiras


Gastos e Perdas Financeiras Valor
Gastos e perdas financeiras
Empréstimos bancários 844.000.00
Descontos de títulos 1.879.85
Outros Juros 381.965.77
Câmbios desfavoráveis realizados 328.813.41
Outros gastos e perdas financeiras 206.232.48
Total 1.762.891.51

18.6) Gastos Administrativos


Tabela 17 – Gastos Administrativos
Gastos Administrativos Valor
Gastos com o Pessoal 3.593.887.94
Fornecimentos e serviços de terceiros 5,817,523.46
Amortizações 4.562.387.58
Outros gastos e perdas operacionais 233.170,71
61
Total 14,206,969.69

18.7) Rendimentos/gastos financeiros

Tabela 18 – Rendimentos/gastos financeiros

Rendimentos/ Gastos Financeiros Valor


Rendimentos Financeiros (20.693.97)
Gastos Financeiros 1.762.891.51
Total 1.742.197.54

19) Instrumentos financeiros e gestão de riscos

A exposição aos riscos da moeda, credito, liquidez e taxa de juro ocorre no decurso normal do
negócio da empresa. Os riscos da empresa são continuamente monitorados.
Os instrumentos financeiros apresentados no balanço incluem os recursos de caixa, clientes e
fornecedores.

Nesta nota é dada informação a respeito da empresa a cada um dos riscos acima mencionados,
dos objectos da empresa, politicas e processos para mensurar e gerir o risco, e do processo
mediante o qual a empresa realiza a gestão do seu capital.

A Direcção geral é inteiramente responsável por estabelecer e supervisionar a estrutura de


gestão e de risco da empresa.

As políticas de gestão de riscos a empresa são estabelecidas para identificar e analisar os riscos
enfrenados pela empresa para definir limites e controlos de risco adequados e para monitorar os
riscos e a adesão aos limites. Politicas e sistemas de gestão de riscos são revistos periodicamente
por forma a reflectir as mudanças nas condições de mercado e nas actividades da empresa. A
empresa, através da sua formação e das normas e procedimentos de gesto, visa desenvolver um
ambiente de controlo disciplinado e construtivo no qual todos os trabalhadores compreendam as
suas funções e obrigações.
62
O fiscal único da empresa supervisiona como a gestão monitora o cumprimento das políticas e
procedimentos de gestão de riscos da empresa e analisa a adequação da estrutura de gestão de risco
em relação aos riscos enfrentados pela empresa.

19.1) Risco de mercado

O risco do mercado é o risco das alterações nos preços do mercado, tais como alterações em
taxas de câmbio e de juros afectarem as receitas da empresa ou os valores dos seus instrumentos
financeiros. O objectivo da gestão de risco do mercado é gerir e controlar as exposições ao risco
do mercado dentro de parâmetros aceitáveis optimizando o retorno sobre o risco.
19.2) Risco Cambial

A empresa incorre em riscos, como resultado das compras e vendas em moeda estrangeiras. A
moeda em que a empresa realiza os seus registos e que dá origem ao risco cambial é o doar norte-
americano (USD)

A empresa procura atenuar o efeito do risco cambial contraindo empréstimos quando for
efectivo em termos de custo, em meticais. Além disso, a empresa compra moeda estrangeira
sempre que as taxas se apresentarem favoráveis de modo a liquidar os passivos denominados em
moeda estrangeira.

19.3) Risco da taxa de juro

Devido a conjuntura económica, o nível de exposição às alterações nas taxas de juro sobre os
empréstimos da empresa é baixo. A política geralmente adoptada pela gestão da empresa é
assegurar que os seus empréstimos sejam negociáveis a taxas relacionadas com o mercado, como
forma de se precaver contra o risco da taxa de juro.

19.4) Risco de Liquidez

O risco de liquidez é o risco de a empresa no ser capaz de cumprir as suas obrigações


financeiras a medida que se vencem. A abordagem da empresa para gerir o risco de liquidez
destina se a assegurar na medida do possível que a empresa tenha sempre liquidez suficiente para
63
fazer face às suas responsabilidades sob condições normais e sob pressão sem incorrer em perdas
inaceitáveis ou em riscos a reputação da empresa.

O risco de liquidez é gerido de forma activa através de projecções do fluxo de caixa, de modo
a assegurar a disponibilidade de fundos suficientes para qualquer investimento de curto prazo e
longo prazo. Os empréstimos bancários de curto prazo são usados para gerir este risco.

Tipicamente a empresa garante que tem fundos suficientes à disposição para satisfazer os
custos operacionais esperados por um período de 90 dias, incluindo a manutenção de aplicações
financeiras, isto exclui o impacto potencial de circunstância extremas que não se possam prever
com algum grau de razoabilidade, como por exemplo desastres naturais.

19.5) Risco de crédito

O risco de crédito é o risco de a empresa incorrer em perdas financeiras, no caso de um cliente


ou contraparte para um instrumento financeiro não cumprir as suas obrigações contratuais e for
principalmente for originados pelos devedores da empresa.

A gestão segue uma política de crédito que permite monitorar continuamente a exposição ao
risco de crédito. As avaliações à carteira de crédito são realizadas periodicamente ao crédito dos
clientes. A gestão está a tratar esta área como de foco prioritária. A máxima exposição ao risco d
de crédito é representada pela quantia escriturada de cada activo financeiro no balanço.

19.5.1) Clientes

A exposição da empresa ao risco de crédito é principalmente influenciada pelas características


individuais de cada cliente. Os dados demográficos da base de clientes da empresa incluindo o
risco de falha de pagamento da indústria e do país em que os clientes operam tem menos
influência no rico de crédito.

A empresa estabeleceu uma política de crédito, no âmbito da qual cada novo cliente é
64
individualmente analisado quanto a sua qualidade de crédito antes dos termos e condições de
pagamento serem oferecidos. Em casos de concessão de créditos, são estabelecidas as condições
de pagamento sendo estas sujeitas à aprovação pelo Director comercial, Director financeiro e
Director Geral.

Caso fosse necessários a empresa estabeleceria um subsídio para fazer face a imparidade que
representa a sua estimativa das perdas incorrida no que respeita a clientes. Entretanto não houve
indício que conduzisse ao registo de tal imparidade.

20) Gestão do capital

A política da Direcção Geral é manter uma base de capital forte e manter a confiança do
investidor, credor e do mercado e sustentar o desenvolvimento futuro do negócio. A direcção geral
monitora o crescimento do número de sócios, assim como o retorno do capital que aa empresa
define capital próprio.

A Direcção Geral procura manter em equilíbrio entre os retornos mais altos que se apresentem
possíveis e os níveis mais baixos de empréstimos contraídos e usufruir daas vantagens e segurança
oferecidas por uma posição de capital prudente, o objetivo da empresa é atingir um retorno solido
do capital próprio.

21) Eventos Subsequentes

De 31 de Dezembro de 2017 até a data de relato não ocorreram eventos significativos que
mereçam a divulgação ou ajustamento nas demostrações financeiras.

O técnico de contas O Director Geral

--------------------------------- ------------------------------------
(Pedro Fonseca Gomes) Luís Melo
65
9.PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
LEGAIS E FISCAIS
A presente Secção apresenta o processo relativo ao cumprimento das obrigações legais (de
natureza Fiscal e comercial) e elementos de continuidade nomeadamente:
 Declaração do técnico de contas
 Relatório de auditoria
 Relatório do fiscal único
 Convocatória para a assembleia geral
 Acta relativa a assembleia geral de apreciação das contas
 Modelo 22 e notas explicativas do preenchimento dos campos
 Modelo 20 e seus anexos
 Mapa discriminativo dos impostos

66
9.1. Declaração do Técnico de Contas

(Art. 39º do RCIRPS e Art. 40º do RCIRPC)

Pedro Fonseca da Cunha Gomes, Contabilista Certificado, membro nº 684/cc/ocam/2013,


NUIT 128792921, declara que os elementos constantes do Modelo 20, Declaração Anual de
Informação Contabilística e Fiscal, previsto na alínea c) do nº 1 do Artigo 36º do Regulamento do
Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (RCIRPC), referente ao exercício
fiscal de 2017, respeitante ao sujeito passivo Betões Azul, NUIT 400911501 são a expressão da
verdade e estão em conformidade com o normativo contabilístico aprovado para o sector.

Maputo, 20 de Marco de 2018


Contabilista Certificado
Pedro Gomes

OCAM

Certifica-se que o requerente é membro desta Ordem e está habilitado a exercer a actividade
como Contabilista Certificado desta empresa.
Maputo, 20 de Marco de 2018
67
A Secretária Geral

Assinatura da OCAM
___________________________

Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado


pelo Decreto nº 8/2008, de 16 de Abril, Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto nº 9/2008, de 16 de Abril Aprovado pelo Despacho
de 19 de Abril de 2012 (BR I Série Número 16)

68
EOLD AUDITORES, LDA
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Inscrito na OCAN sob o nº 278


NUIT: 400912468

9.2. Relatório dos auditores independentes


Aos Sócios da Betões Azul

Relatório sobre as Demonstrações Financeiras

Auditamos as demonstrações financeiras da Betões Azul que compreendem o balanço em 31


de Dezembro de 2017, as demonstrações de resultados, do rendimento integral, das alterações nos
capitais próprios e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e as notas, contendo um
resumo das principais políticas contabilísticas e outra informação explicativa.

Responsabilidade da gerência pelas Demonstrações Financeiras

A gerência é responsável pela preparação e apresentação apropriada destas demonstrações


financeiras, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro em vigor, e pelo
controlo interno que determine ser necessário para possibilitar a preparação de demonstrações
financeiras isentas de distorção material devida a fraude ou erro.

Responsabilidade dos Auditores

A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião sobre estas demonstrações


financeiras, baseadas na nossa auditoria. Conduzimos a auditoria em conformidade com as
Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que cumpramos com os requisitos
éticos e executemos a auditoria com o objectivo de obter um grau de segurança razoável sobre se

69
as demonstrações financeiras estão isentas de distorção material.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos destinados a obter prova de auditoria


sobre as quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras. Os procedimentos
seleccionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção
material das demonstrações financeiras, devido quer a fraude, quer a erro. Ao efectuar essas
avaliações de risco, o auditor considera o controlo interno relevante para a preparação e
apresentação apropriada das demonstrações financeiras pela empresa a fim de conceber
procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não com a finalidade de
expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno da Empresa. Uma auditoria também
inclui a avaliação da adequação das políticas contabilísticas usadas e da razoabilidade das
estimativas contabilísticas efectuadas pela Direcção, bem como a avaliação sobre se é adequada,
em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para
proporcionar uma base para a nossa opinião de auditoria.

Opinião

Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma apropriada, em


todos os seus aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Betões Azul em 31 de
Dezembro de 2017, e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa no exercício findo naquela
data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Maputo, 28 de Fevereiro de 2018

A Auditora Chefe

.
____________________________________

70
Elisabeth Osvaldo

71
SHILON, LDA
Sociedade Unipessoal de Revisores Oficiais de Contas

Inscrito na OCAN sob o nº 98


NUIT: 400421032

9.3. Relatório e Parecer do Fiscal Único

Aos Sócios da Betões Azul

Em conformidade com os requisitos legais e estatutários aplicáveis, o fiscal único vem por este
meio reportar aos sócios as constatações do trabalho realizado sobre as demonstrações financeiras
da Betões Azul, do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.

No âmbito das suas competências, o Fiscal Único acompanhou a actividade da Empresa ao


longo do exercício económico de 2017, verificou a exatidão dos documentos de prestação de
contas e das políticas e práticas contabilísticas.

O Relatório relativo à acção fiscalizadora desenvolvida pelo Fiscal Único, no decurso do ano
de 2017 é aqui apresentado e emite-se o parecer sobre o Relatório de Gestão, às demonstrações
financeiras preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro e a proposta
de aplicação de resultados do exercício de 2017 apresentados pela gerência da Betões Azul.

Relatório

O Fiscal Único acompanhou, com periodicidade e extensão adequadas, a evolução das


actividades da empresa, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento das
normas e regulamentos aplicáveis, com base na informação fornecida pela Direcção, de natureza
contabilística, financeira e de auditoria interna, bem como a fornecida pelos Auditores Externos,
tendo obtido da Direcção as informações e os esclarecimentos solicitados. Recebemos plena
cooperação da gestão no desempenho das funções de Fiscal Único e no fornecimento da
72
informação por nós solicitada.

Com base nos relatórios dos auditores externos independentes e procedimentos executados, o
fiscal único recomenda que os sócios aprovem as demonstrações financeiras anuais da Betões
Azul, que compreendem o Balanço, Demonstração de resultados por natureza e por funções,
Demonstração dos fluxos de caixa e demonstração de variação dos capitais próprios do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2017.
Maputo, 27 de Fevereiro de 2018
O Fiscal Único

André Rosaldo

__________________________

73
9.4. CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA
Nos termos dos Estatutos da sociedade, é convocada a Assembleia Geral ordinária da
sociedade Betões Azul a ter lugar pelas 14:00 horas do dia 28 de Março de 2017, na sede social,
sita na Avenida Tomás Ndunda, nº 15, Cidade de Maputo, com a seguinte agenda:
1.Deliberação sobre o Relatório de Gestão e Contas;
2.Parecer do Fiscal Único, referentes ao exercício económico de 2017;
3.Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;
4.Apreciação e deliberação sobre outros assuntos de interesse da Sociedade.

Maputo, 10 de Março de 2018

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Osvaldo Domba

74
ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL

9.5. Acta relativa à assembleia-geral de apreciação de contas

ACTA N.º 002

Aos vinte e oito de Março do ano de dois mil e dezoito, pelas nove horas, na sede da empresa
Betões Azul, pessoa colectiva n.º 400 911 501, sita na Avenida Tomás Ndunda, nº 15, Cidade de
Maputo, sociedade por quotas, com o capital social de 20.000.000, 00 (vinte milhões de meticais),
reuniram em Assembleia-Geral, os sócios da empresa, com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto um: Deliberação sobre as Demostrações Financeiras bem como sobre o Relatório e Parecer
do Fiscal Único, referentes ao exercício económico de 2017.
Ponto dois: Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

Estiveram presentes os sócios:


 Bénia Magenge, com a quota 11.000.000,00Mt (Onze milhões de meticais), representando
51% do capital social;
 Osvaldo Domba, com a quota de 9.000.000,00Mt (Nove milhões de meticais), representando
49% do capital social;
O presidente da Assembleia deu início aos trabalhos pela ordem constante na convocatória
Ponto um: As contas do exercício de 2017 foram apresentadas, onde registou se um lucro de
737,697.61Mt (Setecentos e trinta e sete mil, Seiscentos e noventa e sete meticais e sessenta e um
centavos). Depois de postas à análise, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs as mesmas à
votação, tendo sido deliberado por unanimidade a sua aprovação.

Ponto dois: O destino do lucro obtido foi discutido pelos sócios, que apresentaram as suas
opiniões sobre diferentes possibilidades, e foi também deliberado por unanimidade que os
resultados tivessem a seguinte afectação:
 20% (147.539.52Mt) para constituição de reservas legais;
 10% (73.769.761Mt) para constituição de reservas livres

75
 30% (221.309.28Mt) para distribuir pelos sócios;
 40% (295.079.04 Mt) para transferir a Resultados transitados.

Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Geral encerrou a reunião, às onze
horas, tendo se lavrada a presente Acta que vai conter as assinaturas dos presentes.

Maputo, 28 de Março de 2018

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral A Secretária

Osvaldo Domba Susy Ataide dos Santos

76
9.6. MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS
CAMPOS

77
78
79
80
9.7. Apuramento do lucro tributável

9.7.1. Campo 219- Donativo


Em conformidade com o artigo 34, nº 1 alínea a) do CIRPC :

São também considerados custos ou perdas do exercício donativos em dinheiro ou em espécie


concedidos pelos contribuintes até limite de 5% da matéria coletável do ano anterior se as
entidades beneficiárias: a) forem associações constituídas nos termos da lei nº 8/91 de 18 de
Junho (lei da livre associação, e sua regulamentação. E as demais associações ou entidades
publicas ou privadas, que sem objectivos de proselitismo confessional ou partidário, desenvolvem,
sem fins lucrativos acções no âmbito da lei 4/94 de 13 de Setembro (Lei de mecenato)

No âmbito de responsabilidade social a Betões Azul doou 15.000.00Mt a Liga Moçambicana


de Combate a Fome, uma entidade constituída no âmbito da lei do mecenato. Tendo em conta que
este é o primeiro exercício económico da empresa, e consequentemente sem matéria colectável no
exercício anterior, o total do valor doado não é aceite como custo fiscal.

9.7.2. Campo 229 – Encargos com viaturas ligeiras de passageiros

De acordo com o artigo 36, nº 4 do CIRPC

Não são dedutíveis para efeitos de determinação o lucro tributável 50% dos encargos
relacionados com viatura de passageiros, designadamente, rendas ou alugueres, reparações e
combustível, excepto tratando se de viaturas ‘a exploração de serviço público de transporte ou
designadas a ser alugadas no exercício da actividade normal do respectivo sujeito passivo em
prejuízo das reintegrações e amortizações não aceites como custo fiscal, nos termos a
regulamentar e do disposto das alíneas h) e i) do nº 1 do presente artigo.

A empresa despendeu 952.430,00Mt na compra de gasóleo e manutenção de 3 viaturas


ligeiras. Após os cálculos relevantes, o montante não aceite fiscalmente ascendeu 476.215.00Mt.

81
9.8. MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS

82
83
84
9.8.1. MAPA DISCRIMINATIVO DOS IMPOSTOS (IRPS IRPC E IVA)
MAPA de IRPS e INSS

Período Rendimento de trabalho Rendimento Rendimentos Seguranç Total


independente s Prediais a Social
Profissionais
I Trimestre 13.950.00 14.000.00 8.400.00 44.425.50 80.775.50
II Trimestre 41.617.50 14.000.00 8.400.00 58.575.30 122.592.80
III Trimestre 41.617.50 14.000.00 8.400.00 59.066.56 123.084.09
IV Trimestre 79.207.50 14.000.00 8.400.00 78.556.80 180.164.30
Total processado 176.392.50 56.000.00 33.600.00 240.624.1 506.616.69
9
Total Pago 97.185.00 42.000.00 25.200.00 162.067.3 326.452.39
9

Mapa do IVA
Período IVA a pagar IVA a receber Saldo
Trimestre I 2.895.698,41 2.895.698.41
Trimestre II 338.352.97 3.234.051.38
Trimestre III 214.371.23 3.448.422.61
Trimestre IV 42.074.46 3.490.497.07
Total 3.490.497.07 3.490.497.07
Mapa do IRPC
Período IRPC a pagar Saldo
Trimestre I
Trimestre II
Trimestre III
Trimestre IV 578.312.00 578.312.00
Total 578.312.00 578.312.00

10. CONCLUSÕES

Com a simulação empresarial, pude entender que é uma metodologia de aprendizagem


85
centrada no estudante, e que é veementemente de prática.

Conferiu-me competências académicas e profissionais de relevo com as práticas empresariais.


Obtive competências profissionais, pessoais e éticas além das Competências académicas e ainda
importantes unidades curriculares baseadas no “aprender fazendo” dando assim confiança ao
empregador.

No sentido restrito o sistema SAGE teve grande contributo para a aquisição de competências e
aptidões na prática de contabilidade bem como o planeamento e auto-organização das tarefas.

A escassez de tempo para realizar as tarefas que compõem o projecto foi a dificuldade que se
transformou em um desafio e que foi ultrapassado. Por outro lado, pude aprender a ser pontual na
execução das tarefas e aperfeiçoamento na realização de enquadramento fiscal das operações de
imposto no âmbito do cumprimento dos prazos estipulados.

11. BIBLIOGRAFIA

Princípios de Finanças Empresariais: Brealey, R., Allen, F. e Myers, S., 2007 8ª Edição, McGraw-
86
Hill de Portugal
Fundamentos de Gestão financeira- Birgham
Princípios de administração financiera -Gitman
Finanças Empresariais: José Paulo Esperança, Fernanda Matias 2009 Texto
CALDEIRA Meneses
Análise Financeira - Técnicas Fundamentais: João Carvalho das Neves 2004 Texto Editores
Balcão Único de atendimento- BAU
Código Comercial
PGC-NIRF
Relatório anual estático de Portugal
Relatório Anual do Instituto Nacional de Estatística
Relatório Anual das Nações Unidas
CIRPC –Código do Imposto de responsabilidade para pessoas colectivas

12. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

12.1. Anexos
87
Nesta secção apresenta-se a informação complementar do relatório, nomeadamente:

 Balancete progressivo analítico antes do apuramento dos resultados

 Balancete progressivo analítico após o apuramento dos resultados

 Mapa de amortizações e reintegrações

 Inventário de existências

 Inventário das aplicações financeiras

 Inventário do activo fixo

 Contractos de locação financeira e respectivo plano de serviço da divida actualizado

 Contractos de empréstimo de médio e longo prazo

 Contractos de seguros

 Nota discriminatória de devedores e credores por acréscimo e diferimento

 Quadro resumo com os elementos de identificação dos trabalhadores

 Plano de férias

88
ANEXO 1: BALANCETE ANTES DE APURAMENTO DE RESULTADOS

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90
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ANEXO 2: BALANCETE APÓSAPURAMENTO DE RESULTADOS

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ANEXO 3: AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES

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ANEXO 4: INVENTÁRIO DE EXISTÊNCIAS

INVENTÁRIO DE EXISTÊNCIAS
Mapa Resumo do Stock-FIFO
Descrição Unidade Entradas Saídas Saldo
Agua lt 139,840.00 124,388.26 15,451.74
Cimento kg 5,385,575.12 5,121,865.47 263,709.65
Areia fina m3 1,461,194.30 1,181,348.76 279,845.54
Areia Grossa m3 7,166.51 6,977.55 188.96
Brita 1 kg 1,704,812.97 1,337,019.49 367,793.48
Brita 2 kg 3,910,096.29 3,384,434.76 525,661.53
Bloco de 15 Un 2,481,600.00 2,448,896.00 32,704.00
Bloco de 20 Un 2,593,500.00 2,566,248.30 27,251.70
Bloco de 28 Un 319,200.00 257,355.00 61,845.00
Vigas Un 26,334.00 20,628.30 5,705.70
Lancil 100X25 Un 5,146,800.00 4,910,905.00 235,895.00
Lancil 100X20 Un 399,000.00 88,418.40 310,581.60
Lancil Circ 100X20 Un 299,250.00 - 299,250.00
Manilha 250 Un 1,400,689.50 1,263,273.90 137,415.60
Manilha 150 Un 175,560.00 36,867.60 138,692.40
Sarjeta Un 73,530.00 53,922.00 19,608.00
Total 25,523,764.69 22,802,548.79 2,721,215.90

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ANEXO 5: MAPA DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS E DEPÓSITO A PRAZO

Descrição Data da Valor Taxa Período Situação Data de


constituiçã de juro vencimento
o
Depósito a Prazo
Banco Online 15/11/2017 1.000.000.00 2.8% 180Dias Não 14/05/2018
vencido
Investimento Financeiro
Subscrição de 450.000 31/12/2017 999.992.46 - Indeterminado
Acções no fundo de
acções

ANEXO 6: CONTRATO DO EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO


Locação financeira e respectivo plano de serviço da dívida actualizado à data de
31/12/2017;
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Leasing nº 20018 Valor residual: 280.024,2
4
Data: 2017-02-21 8
Rendas constantes: 1.498.348,9
Primeira Renda: 5% 4
Obs: Prazo: 6 Anos
Fornecedor: Se 900001 Se Distribuição, SA. MZ Taxa juro: 8%
Taxa
Primeira
IVA: Renda: 5%
Bem: 2 Bombas de Valor: 14.000.214,0
BetãoSe911501Betões Azul
Empresa: 0
Nº Prestações: 12
Prestações
N Data C.Div. Inicio Amortizações C.Div no fim Juros Comissõe IVA Porte Total
s s Prestação
1 21/02/2017 14,001,214.00 700,060.70 13,301,153.30   4,800.00 119,826.3 80.00 824,767.02
2
2 21/08/2018 13,301,153.30 966,302.81 12,334,850.49 532,046.1   254,719.3 80.00 1,753,148.2
3 2 6
3 21/02/2018 12,334,850.49 1,004,954.92 11,329,895.57 493,394.0   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 2 6
4 21/06/2018 11,329,895.57 1,045,153.12 10,284,742.45 453,195.8   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 2 6
5 21/02/2019 10,284,742.45 1,086,959.24 9,197,783.21 411,389.7   254,719.3 80.00 1,753,148.2
0 2 6
6 21/08/2019 9,197,783.21 1,130,437.61 8,067,345.60 367,911.3   254,719.3 80.00 1,753,148.2
3 2 6
7 21/02/2020 8,067,345.60 1,175,655.12 6,891,690.48 322,693.8   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 2 6
8 21/08/2020 6,891,690.48 1,222,681.32 5,669,009.16 275,667.6   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 2 6
9 21/02/2021 5,669,009.16 1,271,588.57 4,397,420.59 226,760.3   254,719.3 80.00 1,753,148.2
7 2 6
10 21/08/2021 4,397,420.59 1,322,452.12 3,074,968.47 175,896.8   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 2 6
11 21/02/2022 3,074,968.47 1,375,350.20 1,699,618.27 122,998.7   254,719.3 80.00 1,753,148.2
3 2 5
12 21/08/2022 1,699,618.27 1,430,364.21 269,254.06 67,984.73   254,719.3 80.00 1,753,148.2
2 6
13 21/02/2023 269,254.06 269,254.06 0.00 10,770.16   47,604.12 80.00 327,708.34
Plano Financeiro do Leasing

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Empréstimo nº 212271 Valor: 12.000.000,00M
T
Data: 2017-04-08 Prazo: 6anos
Empresa: Se911501 Betões Azul Nº Prestações: 12
Justificação: Compra de Equipamento Taxa de juro: 0.09

Empréstimos de MLP

N Data C.Div. Inicio Amortizações C.Div no fim Juros Imp. Selo Total
Prestação
1 8/10/2017 12,000,000.00 1,000,000.00 11,000,000.00 540,000.00 21,600.00 1,561,600.00
2 8/08/2018 11,000,000.00 1,000,000.00 10,000,000.00 495,000.00 19,800.00 1,514,800.00
3 8/10/2018 10,000,000.00 1,000,000.00 9,000,000.00 450,000.00 18,000.00 1,468,000.00
4 8/10/2019 9,000,000.00 1,000,000.00 8,000,000.00 405,000.00 16,200.00 1,421,200.00
5 8/10/2019 8,000,000.00 1,000,000.00 7,000,000.00 360,000.00 14,400.00 1,374,400.00
6 80/4/2020 7,000,000.00 1,000,000.00 6,000,000.00 315,000.00 12,600.00 1,327,600.00
7 8/10/2020 6,000,000.00 1,000,000.00 5,000,000.00 270,000.00 10,800.00 1,280,800.00
8 8/04/2021 5,000,000.00 1,000,000.00 4,000,000.00 225,000.00 9,000.00 1,234,000.00
9 8/10/2021 4,000,000.00 1,000,000.00 3,000,000.00 180,000.00 7,200.00 1,187,200.00
10 8/04/2022 3,000,000.00 1,000,000.00 2,000,000.00 135,000.00 5,400.00 1,140,400.00
11 8/10/2022 2,000,000.00 1,000,000.00 1,000,000.00 90,000.00 3,600.00 1,093,600.00
12 8/04/2023 1,000,000.00 1,000,000.00 0.00 45,000.00 1,800.00 1,046,800.00

Plano Financeiro de Empréstimos de MLP

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ANEXO 7: INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO
MAPA DE INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO
Vid
Valor de Ano de Taxa de
Designação Qt Marca a
aquisição aquisição depreciação
útil
Equipamento básico

Bombas de betão 2 14,001,214.00 Água 2017 6 16.67%


Autobetoneiras 3 10,954,687.50 Ifa 2017 6 16.67%
Central Betão 1 3,733,340.36 Água 2017 6 16.67%
Sub total   28,689,241.86       0.50
Equipamentos de Transporte
Camioneta Peugeot
3 1,791,492.19 Peugeot 2017 5 20.00%
2 lugares
Ford Ranger 1 587,297.48 Ford 2017 5 20.00%
Peugeot 107 1 1,088,880.77 Peugeot 2017 5 20.00%
Sub total 5 3,467,670.44       0.60

Mobiliário e equipamento administrativo


Tangíveis

Computador Portátil
1 29,760.00 2017 4 25.00%
Standard HP
Computador
2 35,960.00 2017 4 25.00%
Standard HP
Impressora 1 11,036.00 Canon 2017 4 25.00%
Impressora
1 9,300.00 2017 4 25.00%
Multifunções Canon
Mesa de reuniões 1 18,784.44 Umbila 2017 10 10.00%
Cadeira para
serviços
18 39,447.18 2017 10 10.00%
administrativo e da
sala de reuniões Umbila
Secretária
4 17,339.40 2017 10 10.00%
administrativa Umbila
Sub total 28 161,627.02     10  
Total de Activos
33 32,318,539.32        
Tangíveis
Activos intangíveis
Intangíveis

Software de Gestão
1 28,200.00 2017 4 25.00%
(Intangível) Sage

Su total 1 28,200.00        

Total Geral   32,346,739.32        

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ANEXO 8: RELAÇÃO DOS CONTRATOS
Objecto de Contrato Empresa Fornecedora Valor do contrato Pagamento
Arrendamento António Pedro Reis 20.000,00 Mensal
Restauração Restaurante Piri Piri, Lda N/A Trimestral
Contabilidade Pedro Fonseca de Cunha Gomes 70.000,00 Trimestral
Fornecimento de combustível Energia do Niassa, Lda. 384.876,00 Trimestral

Assistência técnica de equipamentos Telefónica, Lda. 115.000,00 Quando solicitado


Auditing & Accounting, Lda Auditoria 30000 Quando Solicitado
Revisão e Reparação automóvel Auto Venta, Lda. 29.784,45 Trimestral
Comunicações Comunicações -, MZ,SA Consumo Trimestral
Água Águas - MZ,SA Consumo Trimestral
Electricidade Eléctrica -MZ,SA Consumo Trimestral
Formação de trabalhadores Se Distribuição, Lda Nº de Quando Solicitado
Formandos
Seguro de vida Emose, Sa 2.618,70 Anual
Seguro multirriscos Emose, Sa 148.418,05 Anual
Seguro automóvel Emose, Sa 1.016,16 Anual
Seguro de acidentes de trabalho 108.175,86 Anual
Serviços de Medicina CheckUp,Lda. 27.097,20 Trimestral
Serviços de Limpeza Servilimp, Lda. 210.000,00 Trimestral
Manutenção de portas e Caixilharias Caixilharia de Maputo, Lda. 23.700,00 Trimestral
Manutenção e Reparação de Nos tratamos, Lda 10.000,00 Trimestral
eletricidade e pichelaria
Trimestral

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ANEXO 9: MAPA DE DEVEDORES E CREDORES POR ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Valores em MT
Acréscimo de gastos Estimativas
Acréscimo de juros de leasing 123.0000.00
Acréscimo de juros de empréstimo de MLP 126.000.00
Água 24.105.00
Electricidade 158.000.00
Comunicações 2.010.00
Total de acréscimos 533.115.00
Acréscimo de rendimento
Juros a receber 7.155.56
Total de Acréscimo de rendimento 7.155.56
Gastos Diferidos
Seguro Multirrisco – Betoneira e Central de 24.667.65
Betão
Seguro Acidentes de trabalho 66.660.08
Seguro Multirrisco- Bombas de betão 44.112.67
Seguro de vida dos Sócios-Gerentes 1.773.69
Seguro da Viatura AGP018MC 219.01
Seguro da Viatura AGP016MC 219.01
Seguro da Viatura AGP017MC 219.01
Seguro da Viatura AGP038MC 219.01
Total de Gastos Diferidos 152.250.29
Total de Acréscimos e Diferimentos 373.709.15

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ANEXO 10: QUADRO RESUMO DOS TRABALHADORES

N° de Vencimento Regime de
Nome Completo Idade Nivel de Formação Data de Admissão Vínculo Função
Ordem Base Mensal Segurança Social
1 Luís Fernando Melo 36 Anos Superior 12/28/2016 Efectivo Director Geral 52,500.00 Normal
2 Bénia Francisco Magenge 35 Anos Superior 12/28/2016 Efectivo Gerente 42,000.00 Normal
3 Osvaldo Levessene Domba 32 Anos Superior 12/28/2016 Efectivo Gerente 42,000.00 Normal
4 Igor Fernando Basso 37 Anos Superior 1/2/2017 Efectivo Chefe de Recursos Humanos 29,400.00 Normal
5 Susy Ataide dos Santos 27 Anos Superior 1/2/2017 Efectivo Secretaria 8,400.00 Normal
6 Bruno César Alves Marcelino 25 Anos Superior 1/2/2017 Efectivo Empregado de Escritorio 7,158.00 Normal
7 Maria Antonio Jose 32 Anos Médio 1/2/2017 Contratado Empregada de Escritorio 7,158.00 Normal
8 Bruno Sangoi Carlesso 37 Anos Médio 1/2/2017 Contratado Encarregado Geral 9,780.00 Normal
9 Antonio Luiz Ortigara 38 Anos Médio 1/2/2017 Contratado Encarregado Geral 9,780.00 Normal
10 Eric da Cruz Severo 36 Anos Médio 1/2/2017 Efectivo Indiferenciado 7,158.00 Normal
11 Alex Rovian Zonner 26 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Indiferenciado 7,158.00 Normal
12 Paulo Eduardo Santos Paiva 25 Anos Básico 1/4/2017 Efectivo Motorista 8,664.00 Normal
13 Marcos Felipe Pinheiro 40 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Motorista 8,664.00 Normal
14 Helder Callegaro Velho 42 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Operador de Central 10,020.00 Normal
15 Thiago de Carvalho Rêgo 39 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Operador de Central 10,020.00 Normal
16 Marcos Roberto 43 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Condutor Manobrador 10,500.00 Normal
17 Mauricio Felipe Bemfica Oliveira 45 Anos Básico 1/4/2017 Contratado Mecânico 10,200.00 Normal

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ANEXO 11: MAPA DE FÉRIAS

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Meses
Ordem Nome Do Trabalhador Categoria Professional Departamento
J F M A M J J A S O N D
1 Luís Fernando Melo Director Geral Direcção Geral                        
2 Bénia Francisco Magenge Sócio-gerente Direcção Geral                        
3 Osvaldo Levessene Domba Sócio-Gerente Direcção Geral                        
Director de Recursos
4 Direcção de RH                        
Igor Fernando Basso Humanos
5 Susy Ataide dos Santos Secretária Direcção Geral                        
Bruno César Alves Administrativo e
6                        
Marcelino Empregado de escritório Financeiro
Administrativo e
7                        
Maria António José Empregada de escritório Financeiro
Marketing e
8                        
Bruno Sangoi Encarregado Geral Vendas
Produção e
9                        
António Luís Ortigara Encarregado Geral Operações
Produção e
10                        
Éric da Cruz Severo Indiferenciado Operações
Administrativo e
11                        
Alex Rovian Zonner Indiferenciado Financeiro
Paulo Eduardo Santos Administrativo e
12                        
Paiva Motorista Financeiro
Produção e
13                        
Marcos Felipe Pinheiro Motorista Operações
14 Hélder Callegaro Velho Operador de Central Produção e                        
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Operações
Produção e
15                        
Thiago de Carvalho Rengo Operador de Central Operações
Produção e
16                        
Marcos Roberto Condutor Operações
Produção e
17                        
Maurício Felipe Oliveira Mecânico Operações

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Avenida Tomás Ndunda, nº15|Maputo – Moçambique
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