ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.

9881-87554-1-EDSM1011201628

Carvalho LKCAA, Souza IBJ de, Leal SRMD et al. Avaliação da Cobertura Vacinal contra Hepatite B...

ARTIGO ORIGINAL
AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL CONTRA HEPATITE B
EVALUATION OF THE IMMUNIZATION COVERAGE AGAINST HEPATITIS B
EVALUACIÓN DEL ALCANCE DE LA VACUNA CONTRA LA HEPATITIS B
Líndia Kalliana da Costa Araújo Alves Carvalho 1, Isabela Bastos Jácome de Souza2, Samira Rêgo Martins de
Deus Leal3, Antonio Dean Barbosa Marques4, Rosane da Silva Santana5, Adélia Dalva da Silva Oliveira6
RESUMO
Objetivo: avaliar a cobertura vacinal contra hepatite B. Método: estudo de natureza descritiva e
epidemiológica realizado por meio dos relatórios emitidos pelo Programa Sistema Informatizado do Programa
Nacional de Imunização (SI-PNI), o qual é de domínio público, no município de Teresina-PI. Após a coleta,
procedeu-se a tabulação dos dados. Realizou-se análise descritiva simples, utilizando-se o software de
planilha eletrônica Excel. Os achados mais significativos foram apresentados em figuras. Resultados: houve
um aumento no número de doses aplicadas ao longo dos anos, faixa etária menor de 01 (um) ano e a de 1 ano
de idade houve um aumento anual do número de doses aplicadas principalmente nos anos de 2010 a 2012.
Conclusão: a verificação das coberturas vacinais contra a população com idades entre 1 a 29 anos ainda
necessitam de intensificação, uma vez que as doses de vacinas aplicadas variam muito a cada ano.
Descritores: Cobertura Vacinal; Vacinação; Hepatite B.
ABSTRACT
Objective: to evaluate the immunization coverage against hepatitis B. Method: a descriptive and
epidemiological study conducted through the reports issued by the Computerized National Immunization
Program (SI-NBP), which is in the public domain, in the city of Teresina-PI. After collection there was
performed the tabulation of data. There was conducted the simple descriptive analysis using the software
Excel. The findings more meaningful were presented in figures. Results: there was an increase in the number
of doses applied over the years, younger age of 01 (one) year old and 1 year of age there was an annual
increase in the number of doses applied mainly in the years 2010 to 2012. Conclusion: the verification of
vaccination coverage against the population aged 1 to 29 years old still need to intensify, since the doses of
vaccines administered vary greatly each year. Descriptors: Vaccination Coverage; Vaccination; Hepatitis B.
RESUMEN
Objetivo: evaluar el alcance de la vacunación contra la hepatitis B. Método: este es un estudio descriptivo y
epidemiológico, realizado por los informes emitidos por el Programa de Información del Sistema del Programa
Nacional de Inmunizaciones (PNI-SI), que está en el dominio público, en el municipio de Teresina-PI. Después
de recoger procedió la tabulación de los datos. Se llevó a cabo un análisis descriptivo simple, utilizando el
software de hoja de cálculo Excel. Los hallazgos más significativos se presentan en las figuras. Resultados:
hubo un aumento en el número de dosis aplicadas en los últimos años, el grupo de menores de 01 (un) año y 1
año de edad se registró un aumento anual del número de dosis aplicadas principalmente en los años de 2010
hasta 2012. Conclusión: la verificación del alcance de la vacunación en la población de 1 a 29 años todavía
necesita de intensificación, ya que las dosis de vacunas aplicadas varían considerablemente cada año.
Descriptores: La Cobertura de Inmunización; Vacunación; Hepatitis B.
1
Enfermeira, Mestre em Saúde da Familia pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail:
lindiakalliana@hotmail.com; 2Enfermeira, Mestre em Saúde da Família pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina (PI), Brasil. E-
mail: isabelinhajacome@hotmail.com; 3Enfermeira, Mestre em Farmacologia Clínica pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Teresina
(PI), Brasil. E-mail: samirarmd@hotmail.com; 4Enfermeiro, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Fortaleza
(CE), Brasil. E-mail: antonio-dean@hotmail.com; 5Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto e da Criança pela Universidade Federal do
Maranhão - UFMA. Teresina (PI), Brasil. E-mail: rosane_santana5@hotmail.com; 6Enfermeira, Doutoranda em Políticas Públicas pela
Universidade Federal do Piauí (UFPI). Teresina (PI), Brasil. E-mail: aoliveira@uninovafapi.edu.br

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Carvalho LKCAA, Souza IBJ de, Leal SRMD et al.
INTRODUÇÃO
A hepatite viral é caracterizada por um
grupo de doenças do fígado que são
ocasionadas por uma infecção viral dos
hepatócitos. É acarretada por infecções virais
diferentes e está associado a um dos cinco
vírus específicos que infectam os hepatócitos.
Estes agentes foram designados vírus da
hepatite humanos e são chamados de HAV,
HBV, HCV, HDV, e HEV.1
A infecção com a hepatite viral crônica
afeta 550 milhões de pessoas em todo o
mundo, sendo que 350 milhões estão
infectadas com o vírus da hepatite B (VHB),
185 milhões pelo vírus da hepatite C (HCV) e
15 milhões, com o vírus da hepatite delta. A
hepatite viral provoca mais de 1 milhão de
mortes por ano, países de baixa renda sofrem
mais com essa problema devido ao acesso
limitado aos serviços de saúde, só na áfrica
aproximadamente 100 milhões de pessoas são
estimados para estar infectado com HBV ou
HCV em contrapartida nos países ricos a média
chega a 23 milhoes.2
Hepatite B (HBV) é um vírus de ADN que
pode ser adquirido por meio de exposição,
tanto vertical como horizontal, a sangue
infectado ou outros fluidos corporais, as
formas de contágio mais importantes são a via
sexual, a inoculação percutânea através de
objetos perfurocortantes e a transmissão
vertical, seja por via transplacentária, no
momento do parto, ou durante o aleitamento
materno e através dos cuidados neonatais, o
período de incubação é de 1 a 4 meses.
Durante a fase prodrômica, os pacientes
podem sentir uma reação sickness like soro,
que é seguida por anorexia, náusea, dor
abdominal no quadrante superior direito e
icterícia.3
Neste contexto, a principal forma de
prevenção é por meio da vacinação contra
hepatite B. Como o VHB é uma das principais
causas de câncer de fígado no mundo, a
vacinação não previne apenas a hepatite como
também o câncer, ou seja, a mesma previne a
doença aguda, impedindo a cronificação da
hepatopatia. Mais de 80 países já adotaram a
vacinação para toda a população como
estratégia de combate à doença.4
A vacina contra hepatite B é indicada em
três doses, sendo a segunda e a terceira doses
aplicadas um e seis meses, pessoas com até 24
anos, 11 meses e 29 dias foram incluídas no
programa de imunização. Além disso, adultos
dos 25 aos 59 anos, vulneráveis não vacinados
ou sem comprovação de vacinação anterior, a
saber: gestantes, após o primeiro trimestre de
gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros,
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policiais militares, civis e rodoviários;
caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de
penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e
domiciliar; agentes funerários, comunicantes
sexuais de pessoas portadoras de VHB;
doadores de sangue; homossexuais, bissexuais
e transexuais; pessoas reclusas; manicures,
pedicures e podólogos; potenciais receptores
de múltiplas transfusões de sangue;
profissionais do sexo; usuários de drogas
injetáveis, inaláveis e pipadas; e portadores
de DST devem receber a vacina.5
Desta forma a hepatite é caracterizada um
grave problema de saúde pública, no Brasil
estima-se que pelo menos 15% da população já
foi exposto ao HBV, algumas áreas têm uma
prevalência mais elevada de HBV, como a
Amazônia ocidental e até mesmo algumas
partes do sul do Brasil, a cobertura vacinal é
um componente importante na prevenção
dessa infecção, conhecer a cobertura vacinal
real é importante para a avaliação e melhoria
das estratégias de prevenção atuais.6
A partir do exposto, este estudo objetiva
avaliar a cobertura vacinal contra hepatite B.
MÉTODO
Estudo de natureza descritiva, quantitativo
e epidemiológico. Os dados foram coletados
por meio dos relatórios emitidos pelo
programa Sistema Informatizado do Programa
Nacional de Imunização (SI-PNI), que é ligado
ao Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde – DATASUS referentes ao
acompanhamento da cobertura vacinal contra
a Hepatite B no município de Teresina-PI que
foram registradas no programa no período de
2008 a 2012, mediante a utilização de um
formulário previamente elaborado. Foram
incluídos indivíduos de ambos os sexos, com
faixa etária entre zero e 29 anos que
apresentaram o esquema vacinal, contra o
VHB, completo ou incompleto, referente às
três doses do calendário vacinal.
Após a coleta procedeu-se a tabulação dos
dados. Realizou-se análise descritiva simples,
utilizando-se o software de planilha eletrônica
Excel. Os achados mais significativos foram
apresentados em Figuras.
Durante a pesquisa foram observados todos
os aspectos contidos na resolução do
Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/12, que
regulamenta pesquisas envolvendo seres
humanos.
A discussão dos dados foi feita com base na
produção científica sobre a temática.
Considerando, que a pesquisa foi realizada a
partir de uma base de dados de domínio
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público, não foi necessária submissão a Considerando o período de estudo

Comitê de Ética em Pesquisa. proposto, a Figura 01, a seguir, demonstra o
número de doses aplicadas de vacinas contra
RESULTADOS
hepatite B no intervalo dos anos de 2008 a
2012:

Anos Números de Doses

2008 260.130
2009 253.244
2010 259.157
2011 334.479
2012 466.336
Total 1.573.346
Figura 1. Número de doses da vacina Hepatite B aplicadas por ano no
município de Teresina no período de 2008 a 2012.
Fonte: DATASUS
Analisando a Figura 1 percebe-se que A Figura 2, a seguir, mostra as doses
crescimento no número de doses ao longo dos demonstradas na Figura anterior, distribuídas
anos, o ano de 2012 obteve valores mais por faixa etária no período de 2008 a 2012.
expressivos quando equiparado aos demais.

Faixa- 2008 2009 2010 2011 2012 Total

Etária
< 1 ano 180.946 183.792 186.524 225.873 338.293 1.115.428
1 ano 37.080 37.800 42.648 60.806 64.710 2.430.44
2 anos 1.588 1.635 1.227 502 635 5587
3 anos 1.358 1.034 910 270 160 3732
4 anos 13.695 16.149 15.872 17.552 23.236 86.504
5 a 10 anos 1.652 214 179 110 152 2.307
11 a 14 6.363 2.182 2.308 1.510 1197 13.560
anos
15 a19 anos 12.279 6.971 8.186 7.101 6.698 41.235
20 a 24 2.668 2.141 740 12.977 17.186 35.712
anos
25 a 29 2.501 1.516 563 7.778 14.069 26.427
anos
Figura 2. Número de doses da vacina Hepatite B aplicadas por faixa-etária no
município de Teresina no período de 2008 a 2012.
Fonte: DATASUS

A faixa etária menor de 1 ano e a de 1 ano antes era até 19 anos, a partir de 2011 de 20 a
de idade houve um aumento anual do número 24 anos e em 2012 passou a ser 25 a 29 anos.
de doses aplicadas principalmente nos anos de Isto ocorreu devido ao aumento do número de
2010 a 2012, de 02 (dois) e 03 (três) anos casos de hepatite B ter aumentado nessa
ocorreu uma variação no número de doses, população, considerada sexualmente ativa.
sendo que nos anos de 2008 e 2009 teve o Essa cobertura vacinal tende a aumentar em
maior número e nos anos de 2010 a 2012 2013 estendendo para a população com faixa
houve um número menor. Na faixa etária de etária de 30 a 49 anos.
05 ocorreu uma diminuição das doses por ano, Os adolescentes têm sido considerados um
com exceção de 2010, entre 15 a 19 anos há grupo com risco elevado de exposição ao VHB,
uma variação significativa e de 20 a 29 anos pois apresentam tendência a relações sexuais
houve uma diminuição do número de doses sem proteção e com múltiplos parceiros,
aplicadas nos anos de 2008 a 2010 e um experiências com drogas ilícitas e uso abusivo
aumento exponencial nos anos de 2011 e de álcool. Além disso, os adolescentes são
2012. suscetíveis à pressão negativa de seus
DISCUSSÃO parceiros, além da sensação de
invulnerabilidade e imortalidade, e
Analisando os dados da Figura 1 percebe-se apresentam dificuldades em associar
que houve um aumento no número de doses comportamentos de risco atual e
ao longo dos anos tendo em vista que o consequências futuras. Assim, estudos têm
Ministério da Saúde promoveu várias mostrado um aumento da positividade para o
campanhas estendendo a faixa etária que VHB na adolescência que se estende até a
idade adulta.7
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Considerando as vacinas como instrumentos
de uma prática de alcance coletivo, entende-
se que o ato de vacinar, em sua dimensão
individual, resulta em proteção não só do
indivíduo vacinado contra determinadas
doenças, mas também na proteção da
coletividade em que esse sujeito está
inserido. Dessa forma, essa ação mesmo
quando realizada na rotina das Unidades de
Saúde toma uma dimensão coletiva, visto
estar voltada a indivíduos inseridos em
determinado contexto social e em uma
realidade epidemiológica específica.
Ao analisar a Figura 2 pode-se afirmar que
na faixa etária menor de 1 ano e a de 1 ano de
idade houve um aumento anual do número de
doses aplicadas principalmente nos anos de
2010 a 2012. Esse aumento é justificado
devido à expansão do número de equipes da
Estratégia Saúde da Família abrangendo, desta
forma, um maior número de família, o que
propiciou um acompanhamento mais próximo,
principalmente com as visitas dos agentes
comunitários de saúde e dos outros membros
da equipe.
Nas faixas etárias de 2 e 3 anos houve uma
variação no número de doses aplicadas por
ano, sendo que nos anos de 2008 e 2009 teve
o maior número de doses aplicadas e nos anos
de 2010 a 2012 houve um número menor de
doses aplicadas da vacina contra a Hepatite B.
Já na idade de 4 anos, houve uma crescente
no número de doses aplicadas anualmente
com exceção do ano de 2010 quando
aconteceu uma discreta diminuição do número
de doses aplicadas.
Na faixa etária de 5 a 10 anos ocorreu uma
diminuição significativa do número de doses
aplicadas da vacina nos anos de 2008 a 2012,
o mesmo acontecendo na faixa etária de 11 a
14 anos, com exceção do ano de 2010 em que
houve um aumento do número de doses.
O aumento do número de doses em
menores de 01 ano consequentemente diminui
o número de doses em outras idades da
infância tendo em vista que de acordo com o
calendário básico de vacinação, as doses de
vacinas da hepatite B devem ser
administradas até 1 ano de idade. As doses
desta vacina em crianças com faixa etária
maior de 01 ano são doses atrasadas. Com a
expansão das equipes a partir do ano de 2010
houve um aumento do número de doses em
crianças menores de 1 ano e um decréscimo
nas outras faixas etárias da infância
demonstrando assim um acompanhamento de
qualidade desta população no município de
Teresina.8
A vacinação é ofertada pela Atenção
Básica, sobretudo pela Estratégia Saúde da
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Família, que busca a complexa integração de
ações individuais e coletivas, curativas,
preventivas e de promoção em saúde, com o
objetivo de proporcionar o enfrentamento e a
resolução de problemas de saúde, em um
território definido. Pela análise da Figura
percebe-se a necessidade das equipes de
Saúde da Família investirem no processo de
educação em saúde, sensibilizando os
adolescentes quanto à necessidade de
vacinação.
Apesar da adoção de um calendário
nacional de vacinação e as vacinas serem
oferecidas à população, sua utilização
depende da decisão pessoal do adolescente
para se vacinar. A promoção de educação,
com recursos da própria comunidade e a
reorganização das práticas de saúde nas salas
de vacinação, bem como a
corresponsabilização pela proteção são passos
para uma ação mais abrangente em termos de
solução dos problemas de saúde, em especial,
a melhoria da cobertura vacinal.9-10
Ao observar a faixa etária de 15 (quinze) a
19 (dezenove) anos verificamos que há uma
variação muito grande no número de doses
aplicadas anualmente, ocorreu uma
diminuição significativa do número de doses
do ano de 2008 ao ano de 2009, em 2010 volta
a ter um aumento do número de doses e nos
anos seguintes 2011 e 2012 novamente volta a
cair o número de doses aplicadas nessa faixa
etária.
Nas faixas etárias de 20 a 24 anos e 25 a 29
anos houve uma diminuição do número de
doses aplicadas nos anos de 2008 a 2010 e um
aumento exponencial nos anos de 2011 e
2012. Esse acréscimo no número de doses
aplicadas no ano de 2011 deve-se ao
Ministério da Saúde ter estendido a faixa
etária para 20 a 24 anos e foi realizada
intensa campanha nacional de vacinação
contra a hepatite B nessa faixa etária, e no
ano de 2012, o Ministério da Saúde estendeu
novamente a faixa etária para 25 a 29 anos,
justificando, assim, o acréscimo do número de
doses.
CONCLUSÃO
A verificação das coberturas vacinais contra
a população com idades entre 1 a 29 anos,
ainda necessita de intensificação, uma vez
que, as doses de vacinas aplicadas variam
muito a cada ano, merecendo, assim de uma
maior sensibilização dos gestores locais, dos
profissionais de saúde e da sociedade para
obtenção de resultados satisfatórios.
Entendemos que a cobertura vacinal na
população de Teresina, ainda pode ser
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Líndia Kalliana da Costa Araújo Alves Carvalho
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