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Introdução

Nesta prática, houve a compreensão do Método de Monte Carlo, método importante e que pode ser utilizado para
inúmeras aplicações. Também programou-se em linguagem Fortran, utilizando software Force 2.0, de modo a
simular o comportamento de uma reação A=B=C, também utilizando dos princípios do Método de Monte Carlo, no
que diz respeito à questão dos sorteios e ao modelo de Urna de Ehrenfest.

Simulação do Equilíbrio: o Método do Monte Carlo

O método de Monte Carlo pode ser utilizado para inúmeras aplicações, como por exemplo XXX.

Uma maneira possível de resolver as equações da cinética química é o uso desse método. As simulações com o
método de Monte Carlo podem ser realizadas através de sorteios manuais e ou numéricos, utilizando um
microcomputador ou uma simples calculadora de bolso. Tal método estatístico para descrever o equilíbrio
termodinâmico também é conhecido como modelo da urna de Ehrenfest. Esse modelo foi desenvolvido para provar
estatisticamente o teorema H de Boltzmann, que descreve a rota irreversível para o equilíbrio termodinâmico.

Método do Sorteio

Para a compreensão do conceito de equilíbrio, foi utilizado o Método de Monte Carlo fazendo-se a simulação da

reação do tipo . Imaginou-se que as moléculas, dentro de seus respectivos compartimentos, seriam
numeradas. Na simulação, utilizou-se N=20. Inicialmente, elas se encontravam todas no compartimento A (ou
estados que caracterizam suas propriedades, em particular, químicas). Os compartimentos B e C estavam vazios
(t=0) Fez-se, então, o primeiro sorteio. Se existisse uma molécula em A com o número igual ao que foi sorteado (no
primeiro sorteio sempre existirá), a mesma vai para o compartimento B; quimicamente isso significa que A se
transformou em B. Realizou-se um novo sorteio. Desta vez, procurou-se em B uma molécula que correspondesse ao
número sorteado. Se houvesse, essa molécula teria 50% de chance de ir para C (transformar-se em C) e 50% de
chance de voltar para A (transformar-se outra vez em A). Essa decisão neste experimento foi tomada fazendo-se um
novo sorteio, de forma que de 1 a 10, a molécula ia para A e de 11 a 20 ia para C. Mas a decisão também pode ser
tomada lançando-se uma moeda, por ex., “cara” vai para A e “coroa” vai para C. Quando a molécula correspondente
ao número sorteado não existir no compartimento, nada acontece. Para o compartimento C não é necessário realizar
nenhum sorteio, uma vez que a reação segue irreversivelmente para C. Segue o sorteio e, desta vez, voltado
novamente para as moléculas do compartimento A, iniciando um novo passo. O processo de sorteio deve ser
repetido até que o equilíbrio seja atingido, ou seja, a variação do valor médio de ocupação nos compartimentos seja
mínima ou nula. Neste caso, o equilíbrio é atingido quando todas as moléculas estiverem “aprisionadas” no
compartimento C (ou que A e B tenham se transformado quimicamente em C).O método de sorteio pode ser
efetuado de forma manual ou automática, com o auxílio de microcomputador. Num primeiro momento, realizou-se

o sorteio, e fez-se o gráfico conforme os resultados obtidos para a reação . No gráfico temos
representada a porcentagem relativa de partículas (concentração) em função da jogada (tempo).

Gráfico 1- Porcentagem relativa de partículas (concentração) em função da jogada (tempo), para a reação A=B-C,
utilizando método de sorteio manual.

Pode-se notar que após a jogada há uma estabilidade no gráfico, ou seja, atingiu-se o equilíbrio.

Nota-se também que a concentração de A (número de moléculas no compartimento A), diminuiu com o tempo,
enquanto as concentrações de B e C aumentaram. A concentração de B (número de moléculas no compartimento
B), fica intermediária entre A e C, tendo momentos em que é maior que a de C. Com o passar do tempo (maior
número de jogadas), têm-se o aumento da concentração de C, como previsto pela própria reação, que é irreversível
no sentido de formação de C.

Método de sorteio utilizando microcomputador


Utilizando para a simulação da reação A=B=C o programa Force 2.0, que possui linguagem Fortran. Nota-se que,
após conhecimento da linguagem de programação e seus comandos, o método do sorteio manual torna-se
ineficiente, visto que fica muito mais difícil sua prática co um número maior de jogadas. Embora as reações sejam
diferentes, pode-se comparar as duas quanto ao número de jogadas e de partículas praticadas.

Temos abaixo o fluxograma simplificado para realização da reação A=B=C. Nota-se que a lógica empregada para a
simulação computacional é a mesma utilizada nos sorteios manuais. O procedimento diferente utilizado é somente o
emprego de um critério para os sorteios quando sorteada uma molécula do compartimento B. Isso faz com que o
equilíbrio se desloque mais no sentido de formação de C do que de formação de A. Isso pode ser conferido no
gráfico 2, gerado a partir da simulação computacional desta reação.

Gráfico 2- Porcentagem relativa de partículas (concentração) em função da jogada (tempo), para a reação A=B=C,
utilizando o método de sorteio com microcomputador.

Temos ao longo do tempo (ou ao longo das jogadas), a diminuição da concentração de A. Enquanto B e C
aumentam. Ao contrário da reação simulada, temos que a reação é reversível “para os dois lados”, logo, o
comportamento verificado é o de maior concentração de B.

Conclusão

A utilização do programa de simulação trouxe uma maior otimização no tempo de simulação, de modo que pode-se
realizar um número maior de sorteios, bem como um número maior de partículas em cada compartimento. Conclui-
se que o método pode ser utilizado para uma gama de situações, sendo uma alternativa aos métodos numéricos de
equações diferenciais , utilizados para a cinética química.

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