Ebook Guia de Voicings para Teclado

1
Está cansado das mesmas harmonias simples e procurando tocar

uma harmonia mais avançada? CLIQUE AQUI para conhecer o
curso que mais tem dado resultado aos seus alunos!
2
Isenção de responsabilidade
As informações contidas neste ebook são provenientes do

meu conhecimento através de pesquisas à livros, artigos,
material em áudio, vídeo e experiências pessoais como
músico e professor de música nestes mais de 20 anos de
carreira, mas mesmo assim eu costumo me denominar
como um eterno aprendiz.
Não garanto que este conteúdo trará os mesmos

resultados para todos os leitores, mesmo com todo o
meu esforço empreendido para te oferecer um material
de excelente qualidade e acredito fortemente nas
informações contidas nele.
É fato que a condição particular de um determinado

aluno pode não se adequar perfeitamente aos métodos e
técnicas aqui ensinados. É recomendável que você ajuste
as informações neste guia.
Ele se propõe a transmitir as informações de forma clara,

objetiva e agradável, não desfazendo de forma alguma de
qualquer outro método, correntes de pensamento,
materiais didáticos ou qualquer profissional.

3
Direitos autorais
Este ebook está protegido por leis de direitos autorais.
Todos os direitos sobre este guia são reservados. Você
não tem permissão para vender, nem para
copiar/reproduzir o conteúdo em sites, jornais, blogs ou
outros veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de
violação dos direitos está sujeita a ações legais.

4
Quem sou eu
Muito prazer, meu nome é Messias Pereira, eu venho de

uma família de músicos: meu pai foi maestro de coral,
minha mãe foi corista de um coral também, tenho um
irmão que é cantor, compositor e músico, hoje sou
casado, minha esposa Márcia também é envolvida com a
música, meus 3 filhos Andryw, Adryel e Andrey também
são cantores e músicos.
Bem, eu lembro que comecei a estudar piano com 11

anos de idade, eu sempre fui apaixonado pelo
5
instrumento mas confesso que aqueles exercícios

maçantes me desestimulavam, até que falei com meus
pais que não queria estudar mais, meus pais até tentaram
fazer com que eu reconsiderasse a minha decisão, até
que eles acabaram aceitando à contragosto a minha
decisão.
Fui crescendo e mesmo não estudando mais piano, vivia

rodeado por músicos, tentei estudar outros instrumentos,
até que quando cheguei aos meus 19 anos acabei me
rendendo ao piano novamente, como eu já tinha mais
consciência do que eu queria realmente, mergulhei de
corpo e alma, estudei muito o instrumento e estudo até
hoje, até porque a música é infinita!
Estudei piano clássico mas quando eu descobri o piano

jazz fiquei fascinado e passei a me dedicar e estudar mais
o piano jazz e a música popular.
Já toquei em diversas bandas, toco na igreja até hoje e

dou aula à 25 anos. Perdi a conta de quantos alunos eu já
tive.
Hoje eu me considero um músico mais autodidata do que

com formação convencional, graças ao enorme acervo
que possuo, fruto de aquisições feitas durante todos
estes anos.

6
Me sinto feliz em compartilhar o que aprendi durante

todos estes anos, porque eu acho que a música tem um
poder incrível de realizar coisas tremendas na vida das
pessoas!
Espero que a minha história sirva de inspiração pra que

você tenha a oportunidade de conhecer mais
profundamente o mundo fascinante da música.
Um abraço e bons estudos!

7
Um Pouco Mais Sobre o Meu Trabalho

Segue abaixo meu principais contatos, espero você!
Curso de Teclado que Recomendo:

* Harmonia de Gigante
Meu Canal de Vídeos no Youtube:

* Youtube.com/Metapiano
Minha Página no Facebook:

* Facebook.com/Metapiano
Meu Perfil no Instagram:

*Instagram/Metapiano

8
O Passo a Passo Único e Definitivo Para

Criar Harmonias Poderosas! Garantido

9
Sumário
Parte 1 – O Que São Voicings?................12
Parte 2 – Voicings Com Ornamentos Acima

da Oitava.................................................15
Parte 3 – Acordes Quartais......................19
Parte 4 – Voicings com Intervalos de 5ª..24
Parte 5 – Upper Structures ou

Simplesmente, Estruturas Superiores.....27
Parte 6 – Shell Voicings...........................30
Parte 7 – Voicings 3-7/7-3, Bud Powell ou

Guidetones.............................................33
Parte 8 – Clusters...................................36
10
Parte 9 – Voicings Urban Gospel ou New

Soul......................................................39
Conclusão.............................................44

11
Vamos começar?
Te desejo um ótimo estudo.
No que precisar, me chama. Ok!?

12
PARTE 1
O QUE SÃO VOICINGS?

13
Voicing é a arte de arranjar as vozes de um acorde. Nós

podemos inverter estes acordes e/ou abrí-lo de formas
diversas, ou ainda suprimir ou dobrar os sons, tudo isso
em função das necessidades estéticas.
Embora os voicings adequados dependam muito do

timbre específico de cada instrumento, algumas delas são
básicas e muito usadas em qualquer instrumento de
harmonia.
5 Voicings Para Tétrades Abertas
Ex.: C7M - contêm as notas dó – mi – sol – si
Tipo I: A segunda nota mais grave é tocada uma oitava

acima. Podemos omitir uma ou duas notas do meio,
eventualmente. Geralmente o tipo I soa bem em
qualquer posição.
Ex.: Da nota mais grave para a mais aguda:

dó – sol – si – mi
Tipo II: A terceira nota mais grave é tocada uma oitava

mais acima. Geralmente o tipo II soa melhor na posição
básica.

14

dó – mi – si – sol
Tipo III: As duas vozes do meio são tocadas uma oitava

acima. Geralmente o tipo III soa bem em qualquer
posição.

dó – si – mi – sol
Tipo IV: As três vozes mais altas são tocadas uma oitava
acima, eventualmente as duas notas do alto podem ser
omitidas. Geralmente o tipo IV não soa bem na terceira
inversão.

dó – mi – sol – si
Tipo V: A segunda e a quarta voz são alternadas e tocadas

uma oitava acima. Geralmente o tipo V soa melhor na
posição básica e no grave.

dó – sol – mi – si

15
PARTE 2
VOICINGS COM ORNAMENTOS ACIMA DA
OITAVA

16
Na ilustração do quadro abaixo apresentaremos apenas

algumas das possibilidades de voicings. As possibilidades
dependem apenas da criatividade de cada músico, mas
elas são suficientes para se harmonizar qualquer música
de uma forma moderna.
Na ilustração da tabela abaixo estaremos exemplifican-

do através de números para simplificar sua transposição
para todas as tonalidades.
O I grau será representado pelo número 1

O II grau será representado pelo número 9
O III grau será representado pelo número 3 ou 10
O IV grau será representado pelo número 11
O V grau será representado pelo número 5
O VI grau será representado pelo número 6 ou 13*
O VII grau será representado pelo número 7
Obs.: Nos acordes de dominante (V grau) a 6ª terá o

nome de 13ª e nos de III grau a 3ª terá a 10ª quando for
acima de uma oitava.

17
Acordes Maiores
1573
15793
17935
13695
136957
157369
1 3 6 9 #11
Acordes Menores
1 5 b7 b3
1 b7 9 b3 5
1 b3 6 9 5
1 11 b7 b3 5
1 b3 6 9 5 7
Acordes Dominantes
1 b7 9 3
1 b7 3 13
1 b7 b9 3
1 b7 3 #11
1 3 b7 #9
18
1 b7 3 b13
1 b7 9 3 13
1 b7 b9 3 13
1 3 b7 9 #11
1 3 b7 #9 5
1 3 b7 #9 b13
1 3 b7 9 #11 13
Acordes Semidiminutos
1 b5 b7 b3
1 b7 b3 b5 9
1 b10 b5 b7 11
Acordes Diminutos
1 6 b3 b5
1 6 b3 b5 7
1 6 b3 b5 9

19
PARTE 3
ACORDES QUARTAIS

20
São acordes em que os membros estão agrupados em

quartas justas ou quartas aumentadas.
Existem acordes que são construídos sobre intervalos

iguais como são as tríades aumentadas e os acordes
diminutos, os quartais também são ambíguos e
maleáveis, ou seja, podem ter como fundamentais
diversas notas como os próprios membros do quartal
como qualquer outra nota.
Ex.: quartal mi – lá – ré
Neste caso o baixo será a fundamental.

Se o baixo for dó: C69
Se o baixo for mi: E47
Se o baixo for fá: F67M
Se o baixo for sol: G69 e etc...
As escalas maiores e menores irão gerar 3 tipos

possíveis de quartais com 3 notas:
Quartal Puro: É formado por duas quartas justas

superpostas. Esta tríade será chamada simplesmente de
quartal.
Ex.: lá – ré – sol

21
Quartal Misto I: É formado por uma quarta justa e uma

aumentada.
Ex.: ré – sol – dó#
Quartal Misto II: É formado por uma quarta aumentada e

uma justa.
Ex.: sol – dó# - fá#
Obs.: Não é possível formar um acorde quartal com duas

quartas aumentadas superpostas porque a última nota
seria igual a primeira.
Os quartais diatônicos continuarão funcionando

harmonicamente mesmo sendo acrescentados outras
notas em quartas. Apesar do acréscimo destas notas, os
quartais continuarão ambíguos e aceitarão vários baixos
como fundamental.
Acordes Maiores
Ex.: No tom de lá
a) Sobre o 3º grau:
dó# - fá# - si – mi
dó# - fá# - si – mi – lá
22
b) Sobre o 4º Grau:
Ex.: ré – sol# - dó# - fá#

ré – sol# - dó# - fá# - si
ré – sol# - dó# - fá# - si – mi
c) Sobre o 6º Grau:
Ex.: fá# - si – mi – lá
d) Sobre o 7º Grau:
Ex.: sol# - dó# - fá# - si

sol# - dó# - fá# - si – mi
sol# - dó# - fá# - si – mi – lá
Acordes Menores
a) Sobre o 3ºm grau da melódica:
dó – fá# - si – mi
dó – fá# - si – mi – lá
b) Sobre o 3ºm grau da harmônica:
dó – fá – si – mi
dó – fá – si – mi – lá
23
c) Sobre o 6º grau da melódica:
fá# - si – mi – lá

24
PARTE 4
VOICINGS COM INTERVALOS DE QUINTAS

25
Eles também são usados na música popular mas com

menos frequência comparado com os acordes quartais.
Esses tipos de acordes são agrupados em intervalos de 5ª
justa.
Apresentaremos três tipos de acordes diferentes

baseados nos intervalos de quintas e eles irão atender os
três principais tipos de acordes: m7, V7 e 7M.
Acordes Menores (m7):
Com três sons: 1 5 9

Com quatro sons: 1 5 9 3m
Com cinco sons: 1 5 9 3m 7
Com seis sons: 1 5 9 3m 7 11
Obs.: Entre a 9ª e a 3ªm não existe o intervalo de 5ª.
Acordes Dominantes (V7):

Com quatro sons: 1 5 9 7
Com cinco sons: 1 5 9 7 11
Obs.1: Entre a 9ª e a 7ª não existe o intervalo de 5ª.

26
Obs.2: Uma 5ª acima da 11ª irá dobrar o 1º grau. O

resultado pode ser muito interessante muitas vezes.
Acordes Maiores (7M):

Com quatro sons: 1 5 9 3
1 5 9 13
Com cinco sons: 1 5 9 13 3
1 5 9 3 7M
Com seis sons: 1 5 9 13 3 7M
1 5 9 3 7M #11
Obs.1: Entre a 9ª e a 3ª não existe intervalo de 5ª.

Obs.2: O acorde 7M com a #11 soa um pouco mais
dissonante que os demais acordes.

27
PARTE 5
UPPER STRUCTURES OU SIMPLESMENTE,
ESTRUTURAS SUPERIORES

28
São tríades maiores ou menores que possuem pelo

menos uma nota de tensão.
Será sempre baseado no modo da estrutura do acorde.

A base da mão esquerda mais usado é uma tônica, a terça
maior ou menor e uma sétima maior ou menor também.
Nos acordes maiores: T – 3 – 7M/9 – 5 – 7M – 9
Obs.: Note que neste voicing estamos usando um acorde

maior com sétima maior e omitimos a 5ª na mão
esquerda e na direita estamos fazendo uma tríade maior,
ou seja, os acordes maiores aceitam uma tríade maior
uma 5ª justa acima.
Nos acordes menores: T – b3 – 7/7 – 9 – 11
Obs.: Neste voicing também fazemos um voicing,

omitindo a 5ª, porém com uma sétima menor na mão
esquerda e uma tríade maior um tom abaixo, com isso
chegamos à conclusão que os acordes menores aceitam
uma tríade maior um tom abaixo.
O acorde dominante por ter uma quantidade muito

grande de escalas que podem ser usadas sobre ele,
consequentemente admitirá muito mais acordes.

29
Tabela com algumas Upper Structures muito utilizadas,

exemplo no tom de dó (a mão esquerda será sempre
T – 3 – 7, por isso relacionaremos somente as tríades da
mão direita):
Tensões Tríades
b9 – 3 – b13 C#m
9 - #11 – 13 D
#9 - #11 – 7 Ebm
b9 - #11 – 13 F#m
b9 - #11 – 7 F#
#9 – T – b13 Ab
b9 – 3 – 13 A

30
PARTE 6
SHELL VOICINGS

31
Significa “carcaça” ou “quebrado”. Este voicing terá

uma tônica/7 ou tônica/3 ou 10 na esquerda. É um tipo
de voicing indicado para músicas rápidas. Na cadência
IIm7 V7 I7M, o encadeamento ficará:
Ex.: IIm7 V7 I7M

T 3 T 7 T 3 ou
T 7 T 3 T 7 (neste último também pode
ser: T 10)
No tom de dó (C) ficará:
Ex.: Dm7 G7 C7M

(ré - fá) (sol – fá) (dó – mi) ou
(ré - dó) (sol – si) (dó – si ou dó – mi(10ª)
Se for uma cadência II V I menor ficará:
Ex.: IIm(b5)7 V7 Im7

T b3 T 7 T b3 ou
T 7 T 3 T 7

32
No tom de Cm7 ficará:
Ex.: Dm7(b5) G7 Cm7

(ré - fá) (sol - fá) (dó - mib) ou
(ré - dó) (sol - si) (dó - sib)
Agora vamos juntar a mão direita, o que estiver antes

da barra será o que a mão esquerda irá fazer e o que
estiver depois da barra será o que a mão direita irá fazer,
fazendo a cadência IIm7 V7 I7M, ficará assim:
Ex.: IIm7 V7 I7M

T - 7/b3 – 5 T - 3/7 - 9 T - 7M/3 - 5
ou
T - b3/7 - 9 T - 7/3 - 13 T - 3/7M - 9
Se for num tom menor, será:
Ex.: IIm7(b5) V7 Im7

T - 7/b3 - b5 T - 3/7 - 9 T – 7/b3 - 5
ou
T - b3/7 - b5 T - 7/3 - b13 T - b3/7 - 9
Obs.: Posso usar tensões em todos eles.

33
PARTE 7
VOICINGS 3 - 7/7 – 3, BUD POWELL
VOICINGS OU GUIDETONES

34
“Guidetones”quer dizer “tons guia” e Bud Powell é o

nome do fundador deste estilo. Este tipo de voicing é
indicado para qualquer estilo de música, inclusive música
popular. A mão esquerda fará alternadamente T 3 7 e
T 7 3. Encadeando ficará:
Ex.: IIm7 V7 I7M

T b3 7 T 7 10 T 3 7 ou
T 7 b10 T 3 7 T 7 10
Se for no tom de dó (C) por exemplo, ficará:
Ex.: Dm7 G7 C7M

ré - fá - dó sol - fá - si dó - mi - si ou
ré - dó - fá sol - si - fá dó - si - mi
Obs.: Quando fazemos o II V I menor, somente

abaixaremos um semiton a 3ª do acorde I na mão
esquerda, quando acrescentamos a mão direita é que
teremos uma mudança maior, como veremos mais à
frente.

35
Agora vamos ver os Guidetones nas duas mãos, aplicados

no II V I maior:
Ex.:
IIm7 V7 I7M
T - 7/b3 - 5 T - 3/7 - 9 T - 7M/3 – 5(ou 3 –6)
ou
T - b3/7 - 5 T - 7/3 - 13 T - 3/7M – 9(ou 6 –9)
Se for menor, ficará:
Ex.:
IIm7(b5) V7 Im7
T - 7/b3 - b5 T - 3/7 - b9 T - 7/b3 - 5
ou
T - b3/7 - b5 T - 7/3 - b13 T - b3/7 - 9
(ou /6 - 9)

36
PARTE 8
CLUSTERS

37
“Cluster” é uma palavra em inglês que quer dizer

“cacho”, neste tipo de voicing a organização das notas
será predominantemente em segundas superpostas.
Estas segundas podem ser maiores ou menores.
O resultado é bem interessante quando juntamos as

notas do acorde com as tensões.
Este tipo de voicing é bem propício para os acordes

menores mas também pode ser utilizado nos acordes
maiores.
Vamos ver um exemplo no acorde C7M9(13), com a

mão esquerda antes da barra e a direita, depois:
Ex.: dó – mi – sol ou dó – sol – mi/lá – si – dó – mi
Obs.: Na esquerda podemos fazer a tríade fechada ou

aberta e na direita fizemos simplesmente um Am(add9).
Também podemos fazer um pouco mais tenso, ainda no

acorde de C7M9, desta vez tirando a 13ª.
Ex.: si – dó – ré/mi – sol – si

38
Obs.: 1. Desta vez o baixo é a 7ª maior.

2. Este voicing também pode ser usado no seu
relativo Am, a única diferença é que este acorde não tem
a tônica mas as outras notas estão presentes e se
encaixam muito bem no acorde além de assumirem
funções diferentes com relação ao C7M9. Seguindo a
ordem, as notas em C7M9 serão: 7M T 9 3 5 7M,
enquanto em Am7(9) as mesmas notas serão:
9 3 4 5 7 9.
Mais alguns exemplos de “clusters”, alguns estão sem

tônica mas você tem total liberdade de acrescentá-las.
Nos acordes maiores: 9/3 – 5 – 6 - T

5 – 6/7M – T - 9
7M – T/9 – 3 – 5
Nos acordes menores: 3m – 5 – 6/7M – 9

6 – 7M/T – 9 – 3m
T/9 – 3m – 5 – 7
Nos acordes dominantes: 3 – 5 – 13/7 – T

9 – 3 – 5/13 – 9
13 – 7/T – b9 - 3
39
PARTE 9
VOICINGS URBAN GOSPEL/NEW SOUL

40
O Urban Gospel ou New Soul é um estilo formado

basicamente da cadência II V I maior ou menor, neste
estilo de música o timbre do teclado influencia bastante
(recomendo que você pesquise na internet sobre os
timbres utilizados neste estilo de música), mas apesar
disso, ela se encaixa em qualquer estilo de música.
Este estilo de música tem algumas peculiaridades, por

exemplo, muitas vezes você encontrará uma 6ª maior em
acordes menores e semidiminutos, o que não é muito
comum na harmonia convencional.
Estes são alguns dos voicings usados no Urban

Gospel/New Soul:
Tipo I
Nos acordes maiores: T 5 T/3 6 7 3
Nos acordes menores: T 5 T/3 6 7 3
Tipo II
Nos acordes maiores: T 5 T/2 5 7
Nos acordes menores: T 5 3/4 7 9
Nos acordes semidiminutos: T 6 7/7 3 #5

41
Tipo III
Em todos os acordes: T 5/6 3
Obs.: É um tipo de “cluster”.
Tipo IV
Nos acordes maiores: T 5 T/9 5 T
Nos acordes menores: T 5 T/4 7 3
Nos acordes semidiminutos: T 5/7 3 6
Obs.: Neste tipo são usados os “quartais”.
Tipo V
Este tipo é um pouco diferente dos demais pois é
formado por acordes fechados na mão direita sobre um
outro na mão esquerda.
No campo harmônico ficará assim:
V/I IV/II V/III I/IV bVII ou IV/V I/VI #II/VII
Se formos fazer no tom de dó ficará assim:
G/C F/D G/E C/F Bb ou F/G C/A D/B

42
No acorde de cima acrescentamos uma 9ª e fazemos

um movimento que no New Soul é chamado de “Grace
Note”. Consiste em fazermos o acorde na esquerda e na
direita começamos com a quinta sempre presa e a nona
fazendo um movimento rápido para a terça, parecido
com uma apojatura.
Algumas vezes na direita é feito o acorde completo com

a nona e outras vezes só a terça e a quinta depois de ter
feito o “grace note”.
Nos acordes maiores: I/V

T 5 7/ T 9 3 5
IV/I
T 5 7/ T 9 3 5
V/bVII ou IV
T 5 7/ T 9 3 5
Nos acordes menores: IIm/IV

T 5 7/7 T 9 3 5
IIIm/V
T 5 7/7 T 9 3 5

43
VIm/I
T 5 7/7 T 9 3 5
VIIm/II
T 5 7/7 T 9 3 5
Obs.: 1.O acorde que seria o semidiminuto (VII) aqui irá

funcionar como um acorde menor normal.
2.Nos acordes menores e no dominante (V), faremos
a T 5 7 na esquerda e acrescentaremos uma sétima
maior no acorde da mão direita.
3.Na harmonia convencional o acorde IIIm não leva
uma 9ª maior, mas aqui levará.
Se formos montar estes voicings no tom de dó (C), com

a mão esquerda antes da barra e a mão direita depois,
ficará:
C7M/G9 Dm7/F7M9 Em7/G7M9 F7M/C9

G7/Bb7M9 ou F7M9 Am7/C7M9 Bm7/D7M9

44
CONCLUSÃO
Eu espero que tudo que foi passado aqui neste guia

tenha te ajudado e tenha te esclarecido um pouco do que
é este universo maravilhoso dos voicings no teclado.
É claro que este assunto não se resume ao que

apresentei aqui, envolve muito mais informações.
Infelizmente hoje dispomos de uma overdose de

informações desencontradas, principalmente na internet,
o que faz com que aquele que não tem noção de campo
harmônico, tétrades e notas ornamentais se sinta mais
perdido do que já estava e sem saber por onde começar.
O ideal é que a pessoa tenha um guia com um passo a
passo para que tenha resultados mais produtivos.
Ao longo de todo este ebook deixei disponível um link

que te leva a um curso completo que vai do básico ao
avançado e vai te ajudar a sair da mesmice, este curso se
chama Harmonia de Gigante.
Nele você aprenderá as técnicas de rearmonização,

harmonias e voicings poderosos muito mais profundos do
45
que apresentei, além de diversos encadeamentos e

progressões.
Qualquer dúvida, comentário ou informação, basta

entrar em contato comigo através dos nossos canais de
contato disponíveis neste guia.
Será uma honra falar com você. Um abraço!

46
Referências bibliográficas:
Guest, Ian: Arranjo Método Prático Vol.3
Improta, Tomás: Curso de Harmonia Popular Para Todos

os Instrumentos.

47


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Ex.: C7M - contêm as notas dó – mi – sol – si

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Ex.: Da nota mais grave para a mais aguda:

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Ex.: Da nota mais grave para a mais aguda:

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