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Ficha de trabalho 3

O que não vem nos jornais

Dia a dia, milhares de quilos de papel, por vezes ainda a cheirar a tinta,
desaparecem das mãos dos ardinas (...).
Na monotonia do quotidiano que se repete, há quem os leia no intervalo
apressado proporcionado por uma viagem de autocarro, no café, antes de entrar para
o trabalho, em período de lazer, no espaço recatado da casa de cada um. Lêem e
devoram a informação sobre o joelho, palavras, números, gravuras.
O jornal é um veículo de informação que, apesar de muitos lhe preconizarem a
morte, vai resistindo e moldando-se aos interesses das pessoas. (...).
Dir-nos-ão que entre nós, ainda assim são muito poucos os que lêem jornais.
Não bastará para tanto invocar que os preços são altos, que muitos não sabem ler,
que o interesse pela leitura nunca foi muito estimulado. (...) Mas há outras razões,
mais ou menos ligadas a submissões políticas e económicas, falta de força e de
qualidade. Mas, pesquisemos também o conteúdo e a sua relação com os leitores, o
que nos faz vir à cabeça o último verso de uma (já) velha canção de Chico Buarque: "a
dor da gente não sai nos jornais"... o que sai, então? Sai a discussão política, a
economia e os grandes números de orçamentos e de empresas, as greves e as
disputas entre sindicatos, as "bombas" do desporto, as guerras...
Não vêm nos jornais, pelo contrário, as pequenas dores e alegrias das
pessoas, a não ser daqueles que conseguiram transpor o muro para a vida pública.
Não há espaço para as pequenas mutações que estão, finalmente, a mudar a vida de
todos, para os casos que, por serem pequenos, não deixam de ser grandes.

Luísa Bessa, in Jornal de Notícias 20-10-86


(adaptado)

Depois de ter lido com atenção o texto apresentado, responda de forma correcta, clara
e completa às seguintes questões.
I
1) Neste texto, são referidos diferentes tipos de leitor de jornais. Indique-os.

2) De acordo com o texto, os jornais relatam apenas um certo tipo de acontecimentos.

2.1) Indique os assuntos que são privilegiados pelos jornais?

2.2) Afinal, o que é que "não vem nos jornais"?


Ficha de trabalho 4

ANÁLISE TEXTUAL

1. Comente o texto acima, tendo em conta as seguintes afirmações sobre a


televisão:
a. “Subjuga os espectadores sem lhes permitir outra ocupação ou
entretenimento”.
b. “Diria que o milagre da televisão nunca poderá suprir o milagre do livro”
Ficha de trabalho 5

Texto A

Televisão (do grego tele – distante - e do latim visione - visão) é um sistema


electrónico de recepção de imagens e som de forma instantânea. Funciona a
partir da análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas e
da sua reconversão num aparelho - o televisor - que recebe também o mesmo
nome do sistema ou pode ainda ser chamado de aparelho de televisão. O
televisor ou aparelho de televisão capta as ondas eletromagnéticas e, através
dos seus componentes internos, converte-as novamente em imagem e som.

(informação baseada no site http://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão, consultado dia 27/10/2010)

Texto B

Para pensar…
Qual dos dois textos é um texto informativo? Porquê?
O que separa e aproxima estes dois textos? Qual te
parece mais interessante? Como técnico comercial,
qual te parece mais adequado e usarias para vender
uma televisão?
Texto C
Apesar da sua aparência lerda, o Telefascinatus é
uma criatura poderosa. Ele esconde-se por entre as
almofadas do sofá, nas cadeiras e perto dos bancos
e, logo que te sentas, entrega-te o telecomando. Ele
obriga-te a ligar a televisão e a ficar especado a
olhar para ela. Foste apanhado! O Telefascinatus
mantém-te em frente do ecrã durante horas a fio a
devorar programa atrás de programa. Sob a sua
influência, não conseguirás fazer nada, porque ele
impede-te de estudar ou de brincar. Apesar de os
cientistas estudarem há anos as diabruras deste
monstro, ninguém descobriu, até agora, um
antídoto. Uma das defesas mais eficientes é também a mais simples: desligar a
televisão assim que o programa terminar.

Stanislav Marijanovic, Monstros lá de casa

1. De que assunto trata este texto?


2. Explica por palavras tuas as expressões:
a) aparência lerda
b) criatura poderosa
c) ficar especado a olhar
d) devorar programa atrás de programa
3. Onde se esconde este monstro?
4. Qual é a defesa mais eficiente que deves usar para o monstro não te atacar?
5. Costumas ser atacado por este monstro muitas vezes?
5.1. Em que dias da semana e porquê?
5.2. O que é que ele te impede de fazer?
6. Este texto pode ser entendido como um texto informativo? Porquê?
NOTA

Quando participamos num debate há


aspectos e regras que não podemos
esquecer:

 Devemos opinar de modo


pertinente e claro sobre o tema ou
assunto que está em debate evitando a
fuga ao mesmo.

 Devemos participar sempre que


temos algo a dizer que julgamos ser importante para o esclarecimento do
assunto e não porque nos apetece intervir por intervir, a despropósito, só para
derem conta que também estamos presentes.

 Devemos procurar sempre fundamentar o que estamos a defender, não parece


ter qualquer sentido dizer eu penso assim porque me apetece e não tenho que
dar justificações a ninguém!

 Devemos desejar que todos participem, porque o debate será tanto mais rico
quanto mais alargado.

 Não podemos monopolizar o debate. Tu não és o único (a) a ter opinião sobre
o assunto. É preferível pedires a palavra mais do que uma vez do que fazeres
intervenções arrastadas e repetitivas.Por isso é bom que faças intervenções
claras, objectivas mas também curtas.

 Sempre que queiras intervir e usar da palavra, deves fazer ver essa intenção
ao moderador do debate e, portanto, pedir a palavra.

 Além disso, é importante que tenhas consciência que não deves interromper
ninguém quando está no uso da palavra. Podes não concordar com as suas
posições. Mas isso não te dá o direito de o interromper abusivamente.

 Se, não concordas com alguma opinião dos colegas ou do professor, deves
tomar nota e pedir a palavra no momento oportuno para depois dares a tua
opinião.

 Quem participa num debate deve procurar respeitar sempre a verdade e deve
procurar chegar à verdade.

 O Objectivo do Debate é o esclarecimento

 Quem participa no debate só deve defender ( as posições as teses, os


princípios) aquilo em que acredita.


 Todo o participante num debate pode questionar ou problematizar as posições
defendidas pelos outros participante, desde que o faça com respeito e
honestidade intelectual.

 Todo o participante no debate tem o direito de pedir esclarecimentos aos seus


parceiros acerca das posições que defendem e tem o direito de esperar ser
esclarecido sobre tais posições.

 Quem participa num debate deve procurar ser coerente e não deve entrar em
contradição, isto é, não deve defender uma posição e seguidamente a posição
contrária.

 Quem participa num debate tem o direito de mudar de opinião. Tal pode
acontecer a partir do momento em que aceite os argumentos apresentados
pelos outros participantes porque os considera mais válidos do que os seus.

 Quem participa num debate deve procurar sempre manter uma posição de
isenção, entendendo como tal que deve procurar ser independente, imparcial,
não sendo as suas opiniões condicionadas exclusivamente em função dos
gostos, simpatias ou interesses pessoais.

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