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- Tumores que acometem elementos posteriores da coluna: Osteoma osteóide,
Osteoblastoma, cisto ósseo aneurismático.
- Tumor benignos que causa dor noturna e melhora com AAS: Osteoma osteóide
- Diagnóstico diferencial de lesões epifisárias nos adultos : TGC (geralmente sem borda
esclerótica e sem calcificação intralesional) e condrossarcoma de células claras
- Tumor de partes moles, benigno com calcificação no interior: Hemangioma
- Tumor de partes moles que aumenta de volume após atividade física e regride após
repouso: Hemangioma
- Qual indicação de RNM em pacientes com metástase ? Tumor em coluna
- Paciente jovem, fise aberta com tumor em osso curto : Osteocondroma
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- Imagens em.... sugere:
Fig 5
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Fig 3 Fig 4
Fig 1 Fig 2
- Tumores na coluna:
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De maneira geral, apenas 10% tem compressão radicular
Dor é a principal queixa clinica
PRINCÍPIOS
Obs: Tumor de partes moles raramente causam dor, exceto os tumores da bainha
nervosa
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##Hipercalcemia: Pode estar presente em doença metastática, mieloma múltiplo e
hiperparatireoidismo.
- Reação periosteal:
Contínua
- Sólida
- Casca de cebola
Descontínua
- Paralela
- Perpendicular ( “raios de sol” )
- Triângulo de Codman
Obs: Todos esses padrões de reação periosteal são sinais de malignidade mas podem
estar presentes na infecção ou histiocitose.
Tumores malignos
TCG
Mieloma múltiplo
Local: RX simples + RNM de todo compartimento + TC se indicação + Arteriografia
Sistêmco: CO trifásica + TC de Tórax
### Mamografia não indicada rotineiramente como procedimento inicial, porque câncer
de mama é uma fonte rara de metástase sem uma lesão primária conhecida.
Conduta na metástase de origem desconhecida:
### PASSOS DE ROUGRAFF
- Anamnese e exame físico detalhado
- Exames laboratoriais já mencionados
- Rx do osso comprometido e rx de tórax
- CO
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- TC de Tórax, Abdome e Pelve
## 85% das lesões primárias foram identificadas com essa conduta.
Razões para que a Biópsia não deve ser feita até que a avaliação seja completa:
1. A lesão pode ser um sarcoma primário do osso que pode exigir técnica de biópsia
que possibilite futura cirurgia de salvamento do membro;
2. Outra lesão mais acessível pode ser encontrada;
3. Se for constatada carcinoma de células renais, o cirurgião pode considerar
embolização pré-op para evitar sangramento excessivo;
4. Se o diagnóstico de mieloma múltiplo for feito através de estudos laboratoriais,
uma biópsia desnecessária será evitada
5. O diagnóstico patológico será mais preciso se acompanhado por estudo
apropriado de imagem;
CHANCE DE METASTATIZAR
Biópsia
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Indicações de Biópsia:
Discrepância clinico-temporal
Lesão única
Ausência de identificação do sítio após a conclusão do estadiamento.
- Devem ser feito somente após o estadiamento.
- O seu trajeto é sempre considerado contaminado com células tumorais, por isso a
escolha do local é importante
- Se o torniquete for utilizado o membro pode ser elevado antes da insuflação, porém não
pode ser exsanguinado por compressão ( Ex: Faixa de Smarch). E deve ser esvaziado
para hemostasia, pois o hematoma pode contaminar de células tumorais.
- Não fazer incisões transversas, porque são difíceis ou impossíveis de excisar com a
peça. Fazer incisões LONGITUDINAIS.
- A incisão profunda deve ir através de um único compartimento.
- Se houver necessidade de fazer um furo no osso, ele deve ser REDONDO ou OVAL,
para diminuir a concentração de estresse e evitar uma fratura patológica. O furo deve ser
tamponado com Metacrilato para limitar a formação de hematoma.
- Fazer biopsia da PERIFERIA da lesão, pois é a área que contém tecido mais viável
para diagnóstico.
- Se um dreno for utilizado, ele deve sair em linha com a incisão e distal, de maneira que
o caminho do dreno também possa ser facilmente excisado em bloco com o tumor.
- Tipos de Biopsia: Incisional ou Excisional
- Pode ser feita por Aspiração com Agulha fina, biópsia de Agulha Oca, ou um
procedimento incisional aberto(associado complicações porém menor índice de erro na
amostragem).
###Indicações de ressecção primária (realizar ressecção sem biopsia prévia)
- Lesões menores que 5 cm
- Superficiais à fáscia (subcutâneo)
### O prognóstico de uma lesão é pior se: Lesão profunda, Lesão proximal, tamanho
maior do que 5 cm, lesões que envolvem feixe vásculo-nervoso.
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Radioterapia
## Tumores sensíveis a RT
Mieloma múltiplo
Ewing
Linfoma
Metástase (Exceto Ca RENAL sarcomatóide)
- RT também pode ser usada para tratamento pré-op de Sarcomas de tecidos moles, na
esperança de reduzir o volume tumoral e assim tornar mais fácil a ressecção.
- Complicação aguda mais comum: Irritação da pele
Sinovite vilonodular pigmentada extensa que não pode ser controlada por
cirurgia.
Grande TCG na coluna
Quimioterapia
- É o principal responsável pelo aumento da sobrevida dos pacientes
- Com a QT, a taxa de sobrevida atual de 5 anos para osteossarcoma é de
aproximadamente 70%.
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- QT “adjuvante” → Administrada pós operatório(após 2 semanas se ferida estiver
curada), para tratar micrometástase presumida
Agentes Alquilantes:
Margens Cirúrgicas
- Intralesional
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Padrão ouro para tumores malignos
- Radical
Ressecção de todo compartimento
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BARREIRAS NATURAIS
cortical óssea
periósteo
fáscia profunda
placa epifisária
cartilagem articular
septo intermuscular
Limites Geográficos
Halo de Esclerose
Ausência de crescimento
Sinais de Agressividade:
Rompe a cortical
Invasão de estruturas vizinhas
Limites imprecisos
Triângulo de Codman
Sinais de Atividade:
Intermediários
Insuflação, limites definidos, reação periosteal, presença de crescimento
Deformação das barreiras naturais adjacentes, sem ruptura, sem invasão de
estruturas vizinhas; A lesão é intracompartimental
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Tomografia – TC
Para estudar detalhamento das barreiras ósseas ( Bacia/coluna/pelve)
Avaliar ossificação, calcificação e integridade da cortical
Padrão ouro para diagnóstico do Osteoma osteóide
RNM
Avaliar relação com partes moles, se a lesão está intra ou extracompartimental
Avaliar relação com feixe neurovascular (corte Axial)
Padrão ouro para avaliar metástase salteadas (Obs: padrão ouro é a RNM, e não a
cintilografia)
OBS: Não diferencia lesão benigna de maligna
OBS: Solicitar RNM de todo compartimento nas ponderações T1, T2 e T1 com supressão
de gordura e contraste (Gadolíneo)
#### De um modo geral, qualquer neoplasia de tecido mole profundo a fáscia ou com
mais de 5 cm na sua maior dimensão apresenta probabilidade elevada de ser um
Sarcoma.
Cintilografia óssea
Para mapeamento, avaliar se a lesão é mono ou poliostótica
Altamente sensível para tumores ósseos
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# 3 fases:
Fase 1: Angiográfica (segundos)
Fase 2: Equilíbrio ou de permeabilidade capilar (5 min)
Fase 3: Fase Tardia (3h)
Marcadores:
Tecnécio 99
É o mais utilizado
Marcador de tecido ósseo, Fosfato de cálcio amorfo
OBS: Só fica positivo 2 semanas após infecção
Gálio
Marcador de Granulócitos e bactéria
Ruim para osso curto
É o mais sensível para avaliar metástase não pulmonar, mas não são usadas
rotineiramente
Positivo em 24/48h de infecção
Índio
Leucócitos radiomarcado
É o mais específico para Osteomielite
Resultado negativo exclui infecção
Usado em pseudoartrose
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Perguntas de Enneking
- Onde está a lesão ?
- O que o tumor faz com o osso ?
- O que o osso faz com o tumor ?
- Existe alguma característica que leva a pensar no diagnóstico da lesão ?
- Existe reação periosteal ou endosteal ?
CLASSIFICAÇÕES
Classificação de Enneking para Tumores benignos:
Benigno latente (B1) Benigno ativo(B2) Benigno agressivo(B3)
- Nunca malignizam
Rx: margens bem definidas
Com uma borda espessa de - tem margens bem definidas
osso reativo. Não há destruição mas podem expandir-se e
ou expansão cortical adelgaçar a crtical - são extracapsulares
- Permanecem encapsulados - permanecem encapsulados - podem metastizar
- Não deformam as barreiras - deformam a cortical,mas ini_ - não inibidos pelo
e intracompartimentais bidos por contato contato ( metastizam)
-Achados acidentais
Ex: Fibroma não ossificante, Ex: Oste.osteóide, Cisto Ex: TCG, Leiomioma
condroblastoma
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B1 B2 B3
Classificação de Enneking para Tumores Maligno:
Baixo grau – I
Intracompartimenta – IA
Extracompartimental – IB
Alto grau – II
Intracompartimental – IIA
Extracompartimental - IIB
Metastático – III
Intra ou extra, baixo ou alto grau
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(O tipo I é o mais comum em crianças e o tipo V, o 2º mais comum. Os demais são raros
em crianças).
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5. Tumores Cartilaginosos
Osteocondroma
Osteocondromatose múltipla
Condroma (incluindo encondroma e condroma periosteal)
Encondromatose múltipla (Doença de Ollier)
1- LESÕES FIBROSAS
- 50% dos paciente tem múltiplos defeitos corticais fibrosos → simétrico e bilateral ;
Destes pacientes, 5% apresentam neurofibromatose
- Diag Diferencial: TCG, Histiocitoma fibroso benignos, displasia fibrosa, xantogranuloma
- Tratamento :Conservador, expectante
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FIBROMA NÃO-OSSIFICANTE
- São os defeitos corticais fibrosos maiores, tem a mesma estrutura histológica
- Ocorre entre 10 e 20 anos
- Lesão metafisária excêntrica
- Apresentam risco de fratura patológica também se mais que 50% do diâmetro do osso
(indicado cirurgia)
- Indicações de Cirurgia: Lesão tão grande que uma frature é iminente, fratura patológica,
dor significativa.
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- Diferentemente do fibroma não-ossificante, são consideradas uma neopalasia
verdadeira
- Tratamento: Curetagem agressiva ou excisão ampla, devido tendência a recidiva local
DISPLASIA FIBROSA
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Poliostótica (menos frequente)
- Parece estar associada a uma série de distúrbios endócrinos.
- As alterações no osso são mais extensas que a monostótica : Arqueamento dos osso
longos, fraturas patológicas, dor, claudicação são presenças comuns
- Dor óssea pode ser sintoma inicial, fraturas de fadiga em áreas de estresse como colo
femoral. Melheres tem dor aumentada durante gravidez e períodos do ciclo menstrual
(receptores de estrógeno encontrados na DF)
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- Deformidade clássica: Cajado de pastor (curva + encurtamento)
- A deformidade parece ocorrer por fraturas por fadiga intermitentes, pelo osso displásico,
que deforma devido as forças mecânicas normais. Ou seja, o osso se torna deformado
por múltiplas fraturas de estresse, o que pode levar, eventualmente, a uma fratura
patológica
- Fratura patológica pode ser o primeiro achado em alguns pacientes.
- Fraturas de estresse dolorosa são especialmente comuns no colo femoral
### Embora o osso displásico consolide no tempo normal após uma fratura, o calo ósseo
resultante também é displásico, e a doença persiste.
- Não há critérios para indicar fixação profilática. Avaliar em paciente com doença
poliostótica, lesões grandes e dolorosas em osso de carga
- Exames laboratoriais sem alterações
- Qual o fator metabólico associado a fraturas mais precoces e maior risco de fratura
durante a vida ? FOSFATÚRIA
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- Padrão histológico mais comum: O padrão histológico chave revela trabéculas delicadas
de osso imaturo, sem linhagem osteoblástica misturado com o estroma fibroso com
células sem sinais sugestivos de malignidade.
- Diagnóstico diferencial: Cisto ósseo, fibroma não-ossificante, displasia osteofibrosa,
adamantinoma, osteossarcoma intramedular de baixo grau e doença de Paget
Tratamento:
- O objetivo do tratamento é prevenção das deformidades e das fraturas.
- Ressecção e curetagem + enxertia não está indicada de forma geral, pois a recidiva
geralmente ocorre, principalmente em crianças, e tendem a não corrigir as deformidades
ou aliviar os sintomas.
Obs: Se fizer enxertia, usar enxerto de osso cortical ao invés de esponjoso ( é uma das
poucas doenças em que se prefere enxerto cortical.
- Se rx característico, não há indicação de biopsiar
- Se rx não característico, fazer biospia
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- Se assintomático e sem risco de fratura patológica: Acompanhamento radiológico a
cada 6 meses.
Tratamento clínico: Bifosfonados
• Pacientes com doença poliostótica
• Seu maior efeito é sobre a dor
• Pode ocorrer espessamento cortical e/ou ossificação das áreas radioluscentes
Indicações de cirurgia:
deformidade progressiva
dor persistente
falha no tratamento conservador conservador
risco de fratura patológica
- Adiar o tratamento até que haja maturidade esquelética pelo risco de recorrência da
deformidade no esqueleto imaturo
Meio mais efetivo de fixação =Osteotomia + haste intramedular até osso não doente,
assim tentando prevenir a recorrência da deformidade
- A RT é contra=indicada pelo risco aumentado de transformação sarcomatosa.
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- Doença rara, pouco mais comum em Homens, primeira década de vida, região diafisária
da tíbia e fíbula, podendo avançar até metáfise.
## Lesão diafisária em homens na primeira década de vida
- A tíbia é aumentada e muitas vezes arqueada ântero-lateralmente
- Maioria assintomática
- RX: Osteólise intracortical excêntrica com expansão da cortical
- Biópsia: Arquitetura zonal com tecido fibroso frouxo no centro da lesão e uma faixa de
trabéculas ósseas marginada por osteoblastos ativos na periferia.
- Diag diferencial: Displasia fibrosa monostótica, Adamantinoma
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- Se RX típico, não fazer biospia
- Se fratura patológica, tratamento com imobilização gessada
- Ressecção periosteal devem ser retardadas até o paciente atingir o mínimo de 15 anos.
- A deformidade pode ser corrigida em qualquer idade por osteotomia.
FIBROMA DESMOPLÁSICO
- Este tumor não metastatiza, mas recorrência ou recidiva local é comum (40 a 66% do
paciente)
- Tratamento: Ressecção Ampla, devido ao alto índice de recidiva
- RT não é recomendado, devido ao risco de transformação sarcomatosa
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- Respondem bem ao tratamento clinico com Meloxicam, Tamoxifeno e Indometacina,
assim como o tumor desmóide de tecidos moles
- Ocorre mais comum em pequenos ossos da mão ou do pé, mas foi descrito em ossos
trabeculares longos, costelas, coluna vertebral e pelve.
2- LESÕES CÍSTICAS
CISTO UNICAMERAL
- B2→B1
- Homem > Mulher (2:1)
- 10 – 20 anos
- Maioria ocorre no úmero proximal (75%) ou fêmur proximal, mas qualquer osso nas
extremidades pode ser comprometido
- Lesão insuflativa, central, Justa-fisária
- RX é característico (Sinal da Folha caída*), biópsia não é necessário
- Maioria são assintomáticos, 50% tem fratura patológica e 25% tem ruptura de uma
cortical adelgaçada.
- No passado, “cistos ativos” eram aqueles que faziam contato com a fise e “cistos
inativos” eram aqueles separados da fise por osso normal.
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- OBS: a obliteração de um cisto pode ocorrer após a consolidação de uma fratura, mas
não é regra.
- É raro, mas pode afetar a fise e causar parada do crescimento
- Indicações de Tratamento: Fratura patológica, iminência de fratura patológica(MMII)
- Técnica:
- Curetagem com ou sem enxerto ósseo (avaliar uso de enxerto ósseo se em MMII)
OBS: Recorrência após a curetagem de 25%, Nervo mais lesado é o RADIAL
Associada a terapia adjuvante com CRIOTERAPIA
ou
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- B3
- Provavelmente tumor não neoplásico vasocístico em osso normal ou com lesão pré-
existente.
- Maioria de localização excêntrica, dentro da cortical, sendo que menos de 7-8% estão
na superfície.
## Lesão excêntrica, metafisária e insuflativa, < 20 anos
- Pode acometer qualquer osso(Fêmur, tíbia, úmero), sendo que acometimento vertebral
é comum (elementos posteriores)
- RX: característico, com lesão expansiva lítica com aparência de “favos de mel”
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## Estágio 3
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CISTO EPIDERMÓIDE
- Cistos cheios de material ceratinoso e revestidos com epitélio escamoso.
- São encontrados mais frequentemente no CRÂNIO
- RX: defeitos de rarefação envolvidos por osso esclerótico.
### Cistos epidermóides também podem ser encontrados nas falanges dos dedos da
mão, e geralmente são considerados traumátricos.
TUMORES VASCULARES
HEMANGIOMA:
- Condição rara com lesões líticas difusas compostas por vasos linfáticos e sanguíneos e
geralmente associado com alterações angiomatosas em vísceras (principalmente baço)
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- Biópsia ( uma costela frequentemente é o osso acometido mais acessível) se faz
necessária para diagnóstico. Sendo prognostico de vida ruim caso acometimento extra-
ósseo.
OSTEOMA OSTEÓIDE
- B2→B1
- Mais comum em Homens jovens, primeiras 3 décadas de vida, mas podem ocorrer
ocasionalmente em idosos. ( HOMENS de 10-25 anos)
- Podem ocorrer em qualquer osso, mas há predileção por MMII e 50% deles ocorrem
na tíbia ou fêmur.
## Região DIAFISÁRIA DE OSSOS LONGOS (TÍbia e Fêmur) e elementos posteriores
da coluna.
- Podem ocorrer em osso cortical, esponjoso e 5% dos casos são subperiosteais.
- Podem ser multicêntricos e não ocorre malignização.
- Tipicamente dor é pior à noite e melhora com aspirina!!!!
- Quando peri-articular pode ocorrer rigidez e contratura e quando vertebral pode ocorrer
escoliose. Nas crianças podem ocorrer hipercrescimento e deformidades angulares
associadas.
- RX: geralmente característico e diagnóstico, mas TC pode ser necessária, sendo que
esta pode demonstrar o nidus (lesão lítica com esclerose em volta da lesão) enquanto RX
só mostra esclerose. Na TC imagem clássica em “olho de boi”.
- NIDUS < 1,5 CM
- Padrão-ouro para o Diagnóstico: TC
- Cintilografia: para detectar lesões menores, sendo o “Sinal da dupla densidade”
(captação focal de atividade aumentada com uma segunda área menor de captação
aumentada sobreposta a ela) é diagnóstico de osteoma ostóide.
- RNM: Mostra edema
## Diagnóstico diferencial com osteomielite subagudo
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- Tratamento inicial pode ser expectante (autolimitada em 2 a 4 anos)
- Para cura efetiva todo o nidus deve ser removido, geralmente ressecção em bloco,
sendo que caso a lesão seja na cortical, existe maior chance de fratura. Nestes casos,
pode-se proceder shaving do osso reativo até chegar ao nidus e então cureta-se ele.
- Pode-se usar Difosfato de metileno marcado com tecnécio na cirurgia para encontrar o
nidus e caso ressecção em bloco, realizar RX da peça para certificar ressecção
completa.
- Para lesões menores e localizadas pode-se realizar ressecção com trefina de forma
percutânea e guiada por TC.
- Alguns autores preconizam ablação por radiofreqüência com resultados semelhantes à
ressecção.
### Ressecção do nidus (Johnston → raspar o osso até encontrar o local e então curetar
o local exposto)
Guiado por TC
Retirado com trefina
Alcoolização
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OSTEOBLASTOMA
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- RX:
- Histologia
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Alguns autores indicam RT associada nas lesões da coluna para evitar recidiva ou
lesões dolorosas irressecáveis. A maioria não recomenda RT porque observaram
que algumas lesões incompletamente removidas permaneceram quiescentes.
5- TUMORES CARTILAGINOSOS
OSTEOCONDROMA
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- Ocasionalmente podem causar dor por irritação de tecidos vizinhos, sendo que
pseudoaneurismas de MMII já foram relatados por compressão. O mesmo pode ocorrer
com nervos.
- Achado clinico mais comum é massa palpável
- RX: osteocondromas podem ser de 2 tipos, com diferentes graduações entre eles:
Forma de pedículo – mais comum, geralmente com direção contraria
à fise que margeia ( crescimento centrífugo)
Base larga ou sésseis
- Possuem componente cortical e esponjoso em contiguidade com osso de origem.
- Coberta por capa cartilaginosa de alguns milímetros, geralmente irregular e não visível
ao RX, podendo em alguns casos ser observado calcificação dentro da capa.
### Se capa cartilaginosa muito espessa, deve-se desconfiar de degeneração para
condrossarcoma
- Tratamento cirúrgico se: lesão muito grande produzindo sintomas por pressão em
estruturas vizinhas ou quando alterações radiográficas sugerem malignidade.
- Transformação maligna em lesão isolada é rara (Menos de 1%) e deve ser desconfiada
quando lesão quiescente passa a crescer rapidamente em idade adulta
#### Geralmente transformação é pra condrossarcoma, mas também em
osteossarcoma e fibrossarcoma
- Se ocorrer, a maioria ocorre em homens entre 20-40 anos, e paciente que tem lesões
múltiplas. Nunca foi observado transformação maligna em lesão solitária.
- Tratamento: Ressecção deve ser realizada em bloco, com margem de osso normal
envolvendo sua base ou pedículo, e a bolsa sobrejacente inteira.
- Recorrência é rara e provavelmente causada por ressecção incompleta da capa
cartilaginosa
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OSTEOCONDROMATOSE MÚLTIPLA
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Lesão justacortical é excêntrica e localizada abaixo do periósteo com
defeito cortical bem definido.
Geralmente há diversos focos de calcificação dentro do tumor
(Calcificação em pipoca/flocos de neve)→ Pequenos focos de
calcificação dentro do tumor
### Diferenciação entre forma benigna e maligna é o principal problema dos patologistas(
biópsia tem características de malignidade)
- O diagnóstico depende muito mais das características clínica e radiográficas do que da
microscopia.
-Nos pequenos ossos podem possuir atipia e mesmo assim serem benignos. Já nos
ossos longos aparência celular geralmente benigna mas com grande chance de
recorrência.
- Tratamento → INTRALESIONAL ( curetagem + enxerto)
Se dá por curetagem extensa e geralmente preenchimento com enxertia óssea ou
metilmetacrilato. Atenção para não deixar pedaços na via permitindo implantação de
cartilagem no tecido mole (proteger bem incisão para não contaminar os tecidos moles
adjacente com células do tumor). Caso reoperação necessária, ressecar via. Nos casos
proximais atenção para recorrência que é frequente.
- Acompanhamento pós-op porque recidiva é frequente.
- Tratamento dos justacorticais se dá por excisão em bloco com margem de osso normal.
- Se transformação maligna→ Condrossarcoma
### Doença de Ollier→ 25% de malignização
### Síndrome de Maffucci→ 100% de malignização em Condrossarcoma
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## Acometimento unilateral
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- Geralmente são isolados mas em 1-2% dos casos podem ser sincrônica ou
metacronicamente multicêntricos, podendo representar múltiplas lesões primarias ou
metástases de lesão primaria única.
- Apesar de benignos, metástases pulmonares ocorrem em 3% dos casos, destes,
15% evoluem para a morte.
Maior risco de metástase em pacientes com lesão radiograficamente
agressiva e nas recorrências.
- TGCs malignos representam 5% dos casos e são classificados em primários(raro) ou
secundários (pós tratamento, geralmente com RT)
- Sintoma mais comum é dor progressiva que muitas vezes relaciona-se com a atividade,
inicialmente, e apenas mais tarde se torna evidente em repouso.
- Raramente a dor é grave, a não ser que tenha ocorrido uma fratura patológica.
- 10-30% dos pacientes, as fraturas patológicas são evidentes no exame inicial.
- Solicitar RX, TC de tórax, CO, RNM
- RX: geralmente diagnóstico com lesão excêntrica e puramente lítica na epífise de ossos
longos que geralmente poupa osso subcondral com margem mal definida,
frequentemente expandindo e quebrando cortical. Raramente envolve articulação.
## RX: Tumor lítico, expansivo, com grande afilamento da cortical envolvida, sem
neoformação óssea e nem reação periosteal
- TGC é raro nos imaturos e quando ocorre, geralmente se encontra na metáfise, sendo
que alguns sugerem que lesão migra para epífise na idade adulta
- RNM
Hipossinal em T1
Hiperssinal em T2
- útil para determinar extensão da lesão
- pode revelar presença de níveis líquidos pela presença de cistos ósseos
aneurismáticos, presentes em 20% dos pacientes
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- Histologia – diversas células multinucleadas gigantes (40-60 núcleos/célula) em mar de
células estromais mononucleares. Os vários núcleos dentro da célula gigante são
idênticos aos núcleos das células mononuclear (isso que diferencia o TCG de outros
tumores multinuclear).
- A célula característica do TCG tem aspecto semelhante ao: OSTEOCLASTO (TARO)
- A BIOPSIA PODE SER CONFUNDIDA COM TUMOR DE CÉLULAS MARROM.
São tumores frequentemente localmente agressivos:
OBS: Importante criar uma janela cortical, no mínimo tão grande quanto a lesão para não
deixar células tumorais residuais na área de transição adjacente a cortical.
- Adjuvância com:
Coagulador de feixe de argônio
Fenol
Álcool absoluto
Nitrogênio líquido
Cimento ósseo Polimetilmetacrilato(PMMA)
Eletrocautério
OBS: Não usar nitrogênio líquido por causa de potenciais complicações como fratura
patológica, problemas de cicatrização da ferida e lesão nervosa.
- Nos defeitos após curetagem ou ressecção podem ser usados enxertia ou cimento.
Evitar usar enxerto ósseo.
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### Se estágio 3→ RESSECÇÃO AMPLA+ RECONSTRUÇÃO BIOLÓGICA OU
MECÂNICA
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- Geralmente se apresentam como estágio 2 e ocasionalmente estágio 3, não sendo
agressivos como o TGC.
Tratamento
Curetagem extensa, associada a enxertia (porque é de baixa idade) ou
cimentação óssea
Sempre priorizar ressecção do tumor em relação à preservação da
cartilagem fisária!!!!
Seguimento:
Raio-x do membro e do tórax ao diagnóstico e a cada 6 meses por 3 anos e
então anualmente.
Recorrência em 10-20% dos casos
Metástases pulmonares benignas ocorrem em 1% dos casos e devem ser
ressecadas.
Transformação maligna para condrossarcoma é muito rara
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FIBROMA CONDROMIXÓIDE
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HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS – HISTIOCITOSE X
- Grupo de doenças com apresentação semelhante que pode afetar qualquer órgão do
corpo humano.
Lesão óssea isolada → Granuloma eosinofílico
Granuloma eosinofilico:
- Ocorre geralmente entre 5-20 anos, com sintoma de dor progressiva
- O quadro clínico pode ser semelhante a OSTEOMIELITE, com dor em repouso(e à
noite), sinais flogísticos e febre
Pode ocorrer em qualquer osso mas localizações mais comuns são:
Corpos vertebrais – VERTEBRA PLANA DE CALVÉ
Ossos planos
Diáfise de ossos longos
## “Vertebra plana” é uma manifestação comum, embora a histiocitose seja a causa mais
comum, outras causas incluem: Sarcoma de Ewing, linfoma, leucemia, doença de
Gaucher, cisto ósseo aneurismático, infecção.
### Elementos anteriores da coluna
Raio-x
Na coluna vertebral manifestação comum é a vértebra plana (causa mais
comum)
Nos ossos planos lesões bem delimitadas, “DE SACA-BOCADA” e
puramente líticas, podendo ter aspecto de “um orifício dentro de um orifício”
quando envolvimento das 2 corticais.
Na diáfise de ossos longos – pode apresentar aparência permeativa
agressiva com reação periosteal (DD ewing, infecção e linfoma)
Cintilografia pode detectar lesões múltiplas, mas em 30% dos casos são falso-
negativas.
Histologia
Identificação de células de Langerhan!!!!! Célula grande histiocítica com
núcleo indentado, membrana celular denteada e citoplasma eosinofilico
abundante.
55
–
Positivo para marcador da proteína S-100
Pode conter células multinucleadas e aglomerados de eosinófilos
Microscopia eletrônica pode identificar organelas características nas células
de Langerhan, chamadas de Grânulos de BIRBECK
Diagnóstico exige biopsia!!!!!!! No entanto, tratamento geralmente é
conservador
Tratamento
Podem ser realizadas infiltração com corticoide, radioterapia e
curetagem, com ou sem enxertia.
Caso assintomática pode ser tratado conservadoramente pois pode haver
regressão espontânea
Descartar infecção antes de infiltrar ou realizar enxertia
Na vértebra plana, pode-se tratar conservadoramente, sendo que pode
haver crescimento ósseo se fises abertas. Brace pode ser mantido para
analgesia e radioterapia caso sintomas neurológicos leves. Descompressão
+ artrodese caso sintomas graves ou progressivos.
Baixa taxa de recorrência e complicações nas lesões isoladas. Nas sistêmicas
podem ser progressivas e necessitarem de quimioterapia.
Lesões pseudotumorais
1- Condromatose sinovial
2- Sinovite Vilonodular Pigmentada
Primária (idiopática)
Secundária ( ocorre com deterioração da articulação e artrite)
56
–
2. Transicional, com doença sinovial ativa e corpos livres
3. Avançada, com corpos livres, sem doença sinovial
- Clínica: Dor, adm limitada e derrame articular recorrente
- Ao RX:
Calcificações redondas, bem limitadas, próximas à articulação
Mais comum em ombro, cotovelo e joelho
Freqüentemente lesões múltiplas
Não visível ao RX, a menos que haja calcificações
Necessário RNM ou US
57
–
- Curso: Se ocorrer separação da membrana sinovial, haverá corpos livres intra-
articulares e potenciais sintomas de impacto ou mobilidade reduzida.
- A deterioração articular é rara
• Tratamento
- Quando há envolvimento ósseo (30 a 40%), presença de lesões líticas bem definidas,
com bordas escleróticas próximas da articulação.
• Na RNM:
- Massa nodular de partes moles
- Articulação do joelho em 60 a 80% dos casos
58
–
- Hipossinal em T1 e T2
• Tratamento:
- Ressecção e sinovectomia aberta, talvez com sinovectomia adicional com irradiação
- Curável, mas com recidiva alta.
SARCOMAS ÓSSEOS
Generalidades
- Sarcoma: Neoplasia Maligna Mesenquimal
Sarcoma→ Origem músculo esquelética
Maligna→ Atipia, anômala, maior chance de metástase
59
–
Mesenguimal→ Tec de sustentação, forma osso, colágeno, cartilagem
OBS: Carcinoma: Glândula, epitélio
60
–
## Tipos de Reconstrução
Biológica:
- Realizar em paciente mais jovens, que tem prognóstico melhor
- Se cirurgia definitiva (cura)
Desvantagens: Tempo cirúrgico maior, maior risco de infecção, necessita retirar
apoio até consolidação
Mecânica
- Endoprótese
- Uso de aloenxerto, aloprótese
Vantagens: Cirurgia mais rápida, libera mobilização precoce
Desvantagem: Maior chance de infecção, Necessita revisão(trocar prótese)
61
–
OSTEOSSARCOMA
62
–
10% são diafisários primariamente e apenas 1% são epifisários primários.
Pode ser lítico ou blástico, mas mais comumente é misto.
Caso rompa cortical pode haver massa em partes moles.
Reação periosteal – pode haver formação do triangulo de CODMAN, “raios
de sol entre nuvens” ou “cabelos em pé”
- Pulmão é o local mais comum de metástase e por isso sempre solicitar raio-x de tórax e
TC de tórax.
### Sempre estadiar antes da biópsia ( já citado a importância disso no resumo de
biospia)
63
–
São divididos em primários e secundários:
Primários
Convencional, central ou Alto grau – maioria dos casos
Intramedular de baixo grau
Parosteal - Justacortical
Periosteal - Justacortical
De superfície de alto grau
Telangiectásico ( DD de Cisto ósseo aneurismático e TCG)
Pequenas células
Secundários
Pós RT
Secundário a Paget
OSTEOSSARCOMA CONVENCIONAL/CLÁSSICO
64
–
65
–
OSTEOSSARCOMA PERIOSTEAL
OSTEOSSARCOMA PAROSTEAL
-Mais em MULHERES
- Raro, de baixa malignidade, se originando na superfície óssea e então invadindo cortical
e medular apenas tardiamente.
- Geralmente massa de consistência lobulada na topografia do fêmur distal em região
posterior
- TC – auxilia no diagnóstico diferencial com:
Miosite ossificante (ossificação mais madura na periferia da lesão, enquanto o
sarcoma é mais maduro centralmente)
Osteocondroma (fácil DD pois osteocondroma apresenta medular com medula
óssea em continuidade com a do osso acometido)
66
–
OSTEOSSARCOMA DE ALTO GRAU DA SUPERFÍCIE
OSTEOSSARCOMA TELEANGECTÁSICO
Puramente lítico
- Aparência radiográfica invasiva ou insuflado semelhante ao cisto ósseo aneurismático
e TCG
- Macroscopicamente assemelha-se a um cisto cheio de sangue com apenas uma parte
sólida muito pequena
- Histologicamente parece um cisto aneurismático com sangue rodeado por trabéculas,
mas nestas existem células tipicamente malignas.
- Raro, alto grau de malignidade, composto por pequenas celulas azuis que podem
parecer um sarcoma de Ewing ou Linfoma.
- Caso osteóide em pequena quantidade, pode ser de difícil diferenciação com material
fibrinoso do Ewing. As vezes são necessários estudo citogenética ou imunohistoquímica.
OSTEOSSARCOMA SECUNDÁRIO
67
–
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
68
–
- OBS: Protocolo na cirurgia de ressecção e endoprótese: Vancomicina 2g e Gentamicina
240mg na indução anestésica e Vancomicina 1g 12/12 hrs por 72horas
- Qual acesso para endoprótese do joelho: Medial
69
–
CONDROSSARCOMA
70
–
Outras doenças – condromatose sinovial, fibroma condromixóide, condroma
periosteal, condroblastoma, tratamento radioterápico prévio e displasia
fibrosa.
Raio-x
Geralmente imagem é diagnóstica, com início intramedular (igual
encondroma) e matriz irregular calcificada. Imagem agressiva, destrutiva.
Calcificações descrita como: Pontilhado, “pipocas” ou em “forma de
virgula”
######## Padrão algodonoso
71
–
Em alguns locais como as mãos, imagem mesmo que agressiva pode ser ainda
benigna, já em fêmur proximal ou pelve, provavelmente maligna ( Por isso que o
diagnóstico é clinico radiográfico, porque o padrão histológico dos 2 pode ser
igual).
- Também é muito importante para o Diagnóstico diferencial o tamanho da capa
cartilaginosa do Osteocondroma avaliado pela TC ou RNM, sendo que se >2cm em
paciente com esqueleto maduro, considerar condrossarcoma secundário
Histologia
Células malignas entremeadas por matriz cartilaginosa, hipercelularidade,
células binucleadas, desenho permeativo e aprisionamento de trabéculas
ósseas. Estas são características de malignidade. Difícil diagnóstico
diferencial com encondroma.
Caso exista qualquer quantidade de osteóide presente, o diagnóstico é
osteossarcoma condroblástico.
Sempre objetivar grande quantidade de amostras.
Falar na prova oral: Células esféricas, arredondadas, com matriz cartilaginosa,
vacuolizadas e BASOFÍLICA – “AZUL”
72
–
CONDROSSARCOMA DESDIFERENCIADO
- Representa sarcoma de alto grau (geralmente osteossarcoma, seguido em frequentcia
por fibrossarcoma e histiocitoma fibroso maligno) adjacente a condrossarcoma típico de
baixo grau.
- Imagem radiográfica mais agressiva adjacente a imagem típica de condrossarcoma.
CONDROSSARCOMA MESENQUIMAL
Alto grau de malignidade com pequenas células azuis arredondadas com ilhas de
cartilagem com aparência benigna.
Regiões celulares geralmente apresentam desenho de crescimento semelhante a
um hemangiopericitoma em “chifre de cervo”
Aparência radiográfica similar a de um condrossarcoma clássico.
TRATAMENTO
## Não responde a QT e RT
- Recorrência por contaminação intra-operatória pode ocorrer em até 90% dos casos,
pois células cartilaginosas sobrevivem bem em ambiente avascular, pois são células
cartilaginosas. Por conta disso muitas vezes nas lesões típicas em ossos sacrificável
pode-se indicar cirurgia sem biopsia previa para diminuir chance de contaminação.
## Por isso que o prognóstico depende da localização e tamanho e grau
histológico do tumor
## Depois da ressecção ampla, a recorrência local é menor que 10%, e pode ser
tratada com nova ressecção ou amputação.
- Metástases pulmonares devem ser tratadas com ressecção.
QT não é utilizada no condrossarcoma clássico, mas atualmente utiliza-se
nos desdiferenciados e nos mesenquimais.
Radioterapia apenas paliativa para as lesões cirurgicamente inacessíveis.
PROGNÓSTICO
- Depende fundamentalmente:
Tamanho e grau do tumor
Localização da lesão
- Lesões de baixo grau → 90% de sobrevida em 10 anos
- Lesões de alto grau(convencional) → 20-40% de sobrevida em 10 anos
< 15% de sobrevida em 5 anos nos casos desdiferenciados
73
–
OBS: Como são de crescimento lento, metástase local ou pulmonar podem ser
detectadas até anos ou décadas depois, por isso seguimento com RX local e TC de
tórax.
SARCOMA DE EWING
## Se origina na metáfise, com tem extensão para toda diáfise, geralmente no momento
do diagnóstico nós encontramos com acometimento na diáfise.
- Mais comum em Homens, e Raro em pacientes com descendência africana ( RARO
EM MELANODÉRMICOS)
- Dor é o sintoma mais comum, geralmente insidiosa e de longa duração antes do
diagnóstico (atraso diagnóstico em média de 34 semanas).
- Discrepância clínico-radiológica
- Grande Diagnóstico diferencial é a OSTEOMIELITE:
Também ocorrem febre, eritema e edema.
Exames laboratoriais apontam leucocitose, VHS elevado e PCR elevada.
74
–
Biópsia aspirativa de Ewing pode confundir diagnóstico pois aspirado pode
assemelhar-se macroscopicamente com PUS, e material ser enviado apenas para
microbiologia. Sempre encaminhar para Anatomo-patológico.
-Raio-x
Classicamente lesão destrutiva na diáfise de osso longo, com reação
periosteal em “casca de cebola”, apesar de que geralmente origem é
metafisária, com extensão diafisária.
OBS: Não adianta biospia essa área de reação periosteal em casca de cebola
Skip metástases não ocorrem como no osteossarcoma,porque geralmente
todo osso é acometido.
Nos ossos planos aparente lesão destrutiva não específica.
- RNM – sempre deve ser solicitada pois acometimento geralmente é maior do que se
visualiza no raio-x, assim como para avaliar acometimento de partes moles que costuma
ser grande. Sempre solicitar de todo o compartimento.
- Sempre solicitar raio-x e TC de tórax por pulmão ser local mais comum de metástases.
- Cintilografia óssea deve sempre ser realizada pois osso é o 2 o local mais comum de
metástases.
Na suspeita de Ewing sempre realizar o aspirado de medula óssea para excluir
Doença sistêmica difusa.
- Histologia
Pequenas células azuis com muita pouca matriz intercelular.
75
–
Citogenética e histoquímica são necessários para diagnóstico diferencial de
Ewing e outros tumores de pequenas células azuis ( EX: Osteossarcoma
de pequenas células e Linfoma)
Translocação t(11;22)(q24;12) é a mais comum no Ewing, ocorrendo em
90% dos casos
Outras Imunohistoquímica:
Linfoma: PAS negativo e Reticulina positivo
### Mil perguntas: Questão 471- Os 2 anticorpos mais importantes para o
diagnóstico diferencial entre Ewing e Linfoma na imunohistoquímica é
LCA(antígeno-leucocitário comum) e CD-99
Rabdomiossarcoma embrionário: Cora-se positivo para Desmina, mioglobina e
actinas músculo-específicas.
Hemangiopericitomas: Coram-se positivo para Fator VIII
Carcinoma metastático de pequenas células coram-se positivo para Citoqueratina.
76
–
-Fatores prognósticos - TARO
Metástases à distância (PIOR). Apenas 20% de sobrevida a longo prazo.
Tamanho do tumor ao diagnóstico
Localização (proximais – cintura escapular e pélvica- tendem a ser maiores ao
diagnóstico do que os distais)
HISTOLOGIA NÃO É PROGNÓSTICA POIS TODOS SÃO CONSIDERADOS DE
ALTO GRAU DE MALIGNIDADE!!!!
Leucocitose, PCR e VHS elevados são marcadores de doença avançada e por
isso considerados prognósticos.
Idade de apresentação, mais velhos (>12-15 anos) e sexo masculino também são
de pior prognóstico.
Alterações genéticas secundárias, como expressão aberrante de p53, podem
comprovar-se importantes.
Se após cirurgia, recorrência rápida (até 1 ano) também é pior prognóstico
Se houver baixa resposta a QT neo
- Diagnóstico Diferenciais:
- Osteomielite crônica
- Osteossarcoma
- Histiocitose de células de Langerhans
## Quanto a histologia, os diagnósticos da família Ewing/PNET são:
- Neuroblastoma metastático
- Rabmiossarcoma
- Linfoma
- Askin – É o Ewing da caixa torácica
- Tratamento:
### São sensíveis a RT e QT
77
–
Decisão acaba sendo de acordo com caso, geralmente com realização de novo
estadiamento após neo-adjuvância e caso lesão passível de ressecção com
margem ampla, realiza-se cirurgia. Caso contrário, opta-se pela RT.
- Casos recorrentes são de péssimo prognóstico, com sobrevida de 20% em 5 anos,
sendo que tempo para recorrência é muito importante fator prognóstico, principalmente
no 1o ano.
CORDOMA
- Tratamento básico é ressecção com margens amplas, mesmo que com seqüela de
déficit neurológico, pois tumor crescendo cursará com este, associado ainda de
metástases.
78
–
- Caso impossibilidade de ressecção adequada ou margens comprometidas, realiza-se
RT
- Não há comprovação de uso de QT
- Metástases são tratadas com ressecção.
ADAMANTINOMA
79
–
TUMORES VASCULARES MALIGNOS
80
–
Osteocondroma
- Sintoma mais comum é dor, com 20% de chance de fratura patológica no diagnóstico.
Raio-x
Aparência agressiva, líticos com margens mal definidas, geralmente
adjacente a lesão previa conhecida (Ex: Paget, infarto ósseo)
Reação periosteal ausente, a não ser que exista fratura patológica
associada.
Histologia
- Histiocitoma fibroso maligno → Células fusiformas de alto grau de malignidade
dispostas em um padrão estoriforme “RODA DE CARROÇA” OU “RODA DE CARRO”.
- Fibrossarcoma → É o de um neoplasma de células fusiformes dispostas em um padrão
de ZIQUEZAQUE.
Não há produção de osteóide, porque se tiver é Osteossarcoma
Tratamento
- Maioria dos serviços com tratamento similar ao do osteossarcoma, mas são mais
radiosensíveis.
- RT também pode ser usada nas margens comprometidas ou contaminação intra-op.
- Prognóstico de acordo com presença de metástases, tamanho e localização do tumor,
grau histológico e resposta à QT.
Idade avançada é fator de mau prognostico.
Não há diferença no prognostico entre lesões primárias e secundárias.
Nos de alto grau, sobrevida de 65% em 5 anos.
81
–
## MM e metástase de carcinoma devem ser DD de qualquer lesão óssea em paciente
>40 anos.
- Dor é sintoma mais comum, geralmente movimento dependente, ao contrário da dor
na metástase que contínua e noturna, mas diferente de outros tumores, alterações
sistêmicas são comuns.
Fraqueza, perda de peso, anemia, trombocitopenia, neuropatia periférica
(principalmente nos casos com tipo osteoesclerótico), hipercalcemia,
insuficiência renal., aumento do VHS.
- Causa anemia, porque eles ocupam o lugar das células hematopoiéticas na medula e
inibem a proliferação dos eritroblastos.
- Destruição óssea causa a liberação cálcio(hipercalcemia) que gera ou agrava a IR
## Os níveis plasmático de imunoglobulina Ig está baixo, o que predispõe a infecção (
principal causa de morte)
82
–
- Diagnóstico
Imunoeletroforese sérica com gamopatia (pico) monoclonal.
Imunoglobulina (sangue)
Hemograma completo e bioquímica
Proteinúria de Bence-Jones ( Representa a cadeia leve do componente M,
presente em 80% dos casos)
RX de todo esqueleto para estadiamento
Biópsia de medula óssea
#### Critério diagnósticos obrigatório de MM são : plasmocitose medular > 10% e mais
pelo menos um dos seguintes:
componente M no soro > 3g/dL
componente M na urina
Uma série de raio-X de todo o esqueleto que mostra lesões líticas em pelo
menos três ossos diferentes.
Uma biópsia mostrando um tumor de células plasmáticas (plasmocitoma)
dentro ou fora do osso.
83
–
####O diagnóstico de Plasmocitoma solitário se faz quando:
-Histologia:
- Lâmina de células plasmáticas, estas são células arredondadas pequenas e azuis com
núcleo “MOSTRADOR DE RELÓGIO” e citoplasma abundante com halo perinuclear.
- Produção amilóide pode ser abundante e diagnóstica (exceção para pacientes em
hemodiálise crônica)
84
–
## Imunohistoquímica importante com cadeias leves monoclonais kappa e lambda,
diferentemente das células da osteomielite, com cadeias policlonais.
###Outro marcador importante é o CD56
OBS: Linfoma mostra positividade para CD45 e CD20.
Tratamento:
###Tratamento primário é a QT
LINFOMA
- Raio-x
- Geralmente lesão mal definida de destruição óssea, geralmente diafisária e permeativa.
-Pode ser totalmente normal, à despeito de envolvimento medular extenso. Diagnóstico
pode apenas ser realizado em RNM ou cintilografia.
- Cortical pode estar espessada, mas reação periosteal não é comum.
- Grande extensão do osso pode estar acometida.
Sempre considerar em DD de lesão diafisária destrutiva.
85
–
- Estadiamento
Sempre incluir Hemograma completo, bioquímica, cintilografia óssea, TC de tórax,
abdômen e pelve além de biópsia de medula óssea.
- Histologia
- Mistura de células pequenas e grandes linfóides com núcleos clivados e não clivados.
- Podem parecer sarcomatosas e outras podem ser de difícil DD com Ewing e carcinomas
Imunohistoquímica com marcadores positivos para Reticulina,
marcadores lifoides, Queratina negativa e PAS negativo
Pacientes com linfoma ósseo primário(55% de sobrevida) possuem melhor
prognóstico que os secundários (25% de sobrevida em 5 anos)
### Tratamento primário é a quimioterapia
Tratamento local geralmente com radioterapia, sendo tratamento cirúrgico
raramente indicado, mais comumente para fraturas patológicas.
CARCINOMA METASTÁTICO
- Malignidade ortopédica mais comumente tratada, sendo que 50-80% dos carcinomas
apresentam metástases ósseas na morte.
## 8000 sarcoma ósseo/ano X 1 milhão Carcinoma/ano
- Em paciente com história conhecida de carcinoma prévio, mesmo de longa data, nova
lesão óssea detectada deve ser considerada metástase.
## Em qualquer paciente > 40 anos com nova lesão óssea agressiva deve ser
considerada como metástase óssea de carcinoma ou mieloma múltiplo.
86
–
Metástases mais comuns são de:
Mama e Próstata, seguidos de
o pulmão>rim>tireóide>TGI.
OBS: Mama e próstata são incomuns de gerar metástase sem antes ter feito o
diagnóstico da lesão primária. Por isso não é indicado por exemple fazer Mamografia no
estadiamento de metástase de origem desconhecida.
Raio-x
Imagem pode ser variável, geralmente agressiva, podendo serem líticas,
blásticas ou mistas.
Mama e próstata → tipicamente BLÁSTICA
Tireóide e rim – tipicamente LÍTICA
Pulmão – tipicamente MISTA
- Histologia
- Geralmente similar ao da lesão primária. Nos casos bem diferenciados, diagnóstico
é fácil. Já em casos mais indiferenciados, principalmente CÂNCER RENAL
SARCOMATÓIDE, podem ser necessários marcadores na imunohistoquímica.
Tratamento cirúrgico profilático para fratura patológica pode ser indicado. São
fatores sugeridos de indicação de fixação profilática:
Dor não responsiva a RT
Lesão >2,5cm
Destruição cortical >50%
Avulsão patológica do pequeno trocânter
87
–
Outra indicação seria pelos CRITÉRIOS DE MIRELS. Somatória DE 8 OU + seria
indicativa de profilaxia.
1 2 3
LOCAL MMSS MMII PERI-
TROCANTÉRICAS
DOR LEVE MODERADA GRAVE
TAMANHO <1/3 1/3-2/3 >2/3
LESÃO BLÁSTICA MISTA LÍTICA
88
–
DOENÇA DE PAGET
# Barra de Giz
Obs: Não união é comum
- Geralmente assintomáticos, diagnóstico incidental ( RX por outras causas ou
Fosfatase alcalina alta)
- As manifestações clínicas são: Dor óssea, deformidade, fratura patológica, artrite
secundária, perda auditiva se afecção do osso temporal, compressão medular ou
radiculopatia
- Alterações metabólicas: Hipercalciúria e Hipercalcemia ( geralmente em poliostótico)
- Pode ser necessário biópsia para o diagnóstico.
89
–
• História e exame físico
• Raio X
Lesões osteolíticas precoces
Evoluem para lesões escleróticas
Crânio e ossos longos
Cintilografia óssea com Tc99
Para identificar outros focos, se é mono ou poliostótica
Para verificar atividade da doença
Alteração nas 3 fases
Pouco específico e alta sensibilidade
10 a 15% podem ser normais
FA, cálcio e fósforo, albumina
Elevação de FA tem relação com atividade da doença
90
–
Histologia:
### Biópsia geralmente mostra um padrão característico de “MOSÁICO”, com lamelas
alargadas, linhas de cimento irregular e de tecido conjuntivo fibrovascular
## Fases da doença:
• Fase ativa
• Fase LÍTICA (precoce)
» Predominam osteoclastos - TARO
• Fase MISTA (intermediária)
» Equilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos
• Fase ESCLERÓTICA (tardia)
» Predominam osteoblastos
• Fase inativa
• Permanece o osso esclerótico sem atividade celular significativa
91
–
Degeneração sarcomatosa é frequente
- Ocorre em aproximadamente 1% dos pacientes, principalmente na forma poliostótica
da doença, geralmente para osteossarcoma, condrossarcoma ou histiocitoma fibroso
maligno, mas também fibrossarcoma e TGC.
## Degeneração sarcomatosa
- Tratamento:
- Analgesia, uso de bengalas (previne queda, evita fratura, alivia dor)
• Indicações de tratamento:
• Dor óssea
• Envolvimento neurológico
• Prevenção de fraturas ou deformidades em pacientes jovens com
doença ativa.
• Hipercalcemia por imobilização
• Na preparação para cirurgias ortopédicas (para reduzir sangramento)
• Calcitonina
• Na fase lítica, mais precoce
• Calcitonina do Salmão:
• Dose de 50 a 100U SC/dia por um mês, seguida de três injeções por
semana por vários meses, com a duração da terapia dependendo da
atividade da doença e resposta do paciente.
• A normalização da fosfatase alcalina é incomum e só ocorre em pacientes
com pequeno aumento do turnover Ósseo
• A supressão da atividade da doença não persiste por longo tempo após a
suspensão da droga.
• Bifosfonados
• Na fase esclerótica
• Análogo do pirosfosfato é um potente inibidor da reabsorção óssea, sendo
usado com sucesso no tratamento da Doença de Paget
• Tratamento de primeira escolha. Ex: Alendronato, Zoledronato
• 6 meses de tratamento
• Remissão dos sintomas pode durar meses ou anos
• Reiniciar novo ciclo de tratamento quando sintomas reaparecem
• Acompanhar com fosfatase alcalina
92
–
### Tratamentro com bifosfonado antes da cirurgia reduz o sancramento per
operatório
OBS: Bifosfonado na Displasia fibrosa, Paget e carcinoma metastático
“DESVIOS ARTERIOVENOSOS INTRAÓSSEOS PODEM DESENVOLVER-SE E
LEVAR A UM EXCESSIVO SANGRAMENTO DURANTE PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS” – TARO
MIOSITE OSSIFICANTE
93
–
DOENÇA DE GAUCHER
94
–
95