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CLAUDIA ROSEGHINI

Construção: Edifício Residencial


CPF 295.324.758-00

- EPI – ESTUDO DE PEQUENO IMPACTO -

- MCE - MEMORIAL DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO -

CONSTRUÇÃO CIVIL

EMPREENDIMENTO LOCALIZADO:
LOTEAMENTO MIRAGEM, QUADRA Q, LOTE 27 - BURAQUINHO
LAURO DE FREITAS - BAHIA.
INSC. MUNI.40806004400000.

Elaborador do Documento:

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ENG. DEIVID ALCÂNTARA SANTOS


CREA – 60113BA

January de 22
Lauro de Freitas – BA

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1. INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO

1.1. OBJETIVO GERAL


Elaboração do MCE - Memorial Descritivo do Empreendimento e EPI - Estudo de Pequeno Impacto para
solicitação de licença ambiental para construção.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Solicitação de licença ambiental para construção de casas para fins residenciais com área que
corresponde a 1.238,86 m² em sua totalidade.
1.3 COORDENADOR TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO:
Nome: Deivid Alcântara Santos.
Categoria profissional: Engenheiro Ambiental CREABA nº A 60113.
E-mail: deividalcantara@yahoo.com.br.
Telefone: (071) 981818-2367.
Endereço: Rua Travessa Abelardo Andréa, nº 23, Centro, CEP. 42.703-0202. Lauro de Freitas – BA.
1.4 DADOS DO PROPRIETÁRIO
Proprietária do terreno por escritura pública de compra e venda.
Razão Social: Pessoa Física: CLAUDIA ROSEGHINI
CPF: 295.324.758-00
Endereço: Avenida Praia de Pajussara, n.14, Cond. Horto Vilas, Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas – Ba.
1.5 ELABORADOR DO ESTUDO
Nome: DEIVID ALCÂNTARA SANTOS
CPF: 803.239.365-04
Endereço: Rua travessa Abelardo Andréa, n.23, centro, Lauro de Freitas – Bahia. Cep. 42.703-020.

2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO (LOCAL DA OBRA)


2.1 ENDEREÇO COMPLETO DO EMPREENDIMENTO
LOTEAMENTO MIRAGEM QUADRA Q, LOTE 27, BURAQUINHO, LAURO DE FREITAS - BAHIA.
INSC. MUNI. 40806004400000.
2.2 INDICAR EXATAMENTE A LOCALIZAÇÃO PROPOSTA EM RELAÇÃO AO MUNICÍPIO

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IMAGEM 01 – LOCALIZAÇÃO DO CONDOMÍNIO.

2.3 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA ESPECIFICA AS CONSTRUÇÕES VIZINHAS (NUM RAIO DE 500 METROS
DOS LIMITES DO EMPREENDIMENTO), A DIREÇÃO NORTE NA PLANTA E PRINCIPAIS ACESSOS.

IMAGEM 02: PRINCIPAL VIA DE ACESSO E RAIO DE 500M DO CONDOMINIO.

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2.4 SITUAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Em processo de obtenção de Licença de Construção.
2.5 ÁREA DO EMPREENDIMENTO
QUADRO DE ÁREAS
Área construída e /ou a ser construída 1.081,08 m²
Área ocupada 472,56 m²
Área Permeável 766,30 m²
Área total do terreno 1.238,86 m²

2.6 MÃO DE OBRA


2.6.1 Indicar Número de funcionários
O quadro de funcionários do empreendimento será constituído por:

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
Cargo / Função Quantidade Carga horária diária
Engenheiro e/ou
01 08
Arquiteto
Mestre de Obras 01 08
Carpinteiro 01 08
Pedreiro 06 08

Total de funcionários: 09

2.7 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO


2.7.1 Indicar o período de funcionamento e o número de turnos diários:
O período de funcionamento será de seis dias por semana, sendo de segunda a sábado
totalizando uma jornada de 44 horas semanais, no período de 08:00 às 17:00 h de segunda a
sexta – feira e 08:00 as 12:00 h no sábado.

2.8 INVESTIMENTO TOTAL


R$ 880.000,00 (Oitocentos e Oitenta mil reais).

2.9 LISTAR NOMES E ENDEREÇO DOS ÓRGÃOS AOS QUAIS ENCAMINHADOS O PROJETO PARA
AUTORIZAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE INDICANDO A SUA DECISÃO.
Departamentos responsáveis por licenciamento ambiental e emissão de alvará conforme requisitos
legais do município de Lauro de Freitas.

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3. PLANEJAMENTO DA OBRA

3.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


Período total: 24 meses
Cronograma de Execução

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

LEMPEZA DO TERRNO

REVITALIZAÇÃO MURO

RETIRADA DE PAVIMENTO INTERNO

LEMPEZA DO TERRNO

TERRAPLANAGEM

CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO

ACABAMENTO DO EDIFÍCIO

3.2 CANTEIRO DE OBRAS


O empreendimento em questão terá canteiro de obras. O mesmo contara com banheiros químicos
para uso e para contenção dos efluentes gerados pelos colaboradores durante a atividade de
construção, com descartes periódicos por batelada por meio de caminhões limpa fossa e posterior
destinação a EMBASA.

3.3 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA


O terreno encontra-se plano e sem árvores.
3.3.1 DETALHAMENTO DAS ETAPAS:
3.3.1.1 Cercamento:
Utilização da estrutura atual de tapumes de madeira, com retirada posterior.
3.3.1.2 Supressão da Vegetação:
Na área em questão não existe indivíduos arbóreos ou qualquer tipo de vegetação.
3.3.1.3 Terraplanagem:
A área já se encontra terraplanada.
3.3.1.4 Destinação da terra excedente:
A terra excedente extraída durante a movimentação não possível de aproveitamento
destinado para aterro controlado.
3.3.1.5 Medidas de controle e Limpeza:
Caso ocorra derramamento de solo e/ou sujeira na via pública decorrentes dos
serviços de movimentação de terra e transporte, será executada a limpeza imediata da
via pública. Sendo responsabilidade do Proprietário e do Responsável Técnico a
limpeza através da contratação de caminhão pipa com água de reuso. Para evitar
dispersão de material particulado utilizaremos a técnica de umectação do solo.

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3.4 FORNECIMENTO DE ENERGIA
3.2.1 informar fonte de abastecimento de energia utilizado.
O fornecimento de energia será realizado pela COELBA – Companhia de Eletricidade do Estado
da Bahia.

3.5 FORNECIMENTO DE ÁGUA


3.5.1 Informar fonte de abastecimento de água utilizado.
O fornecimento de água para desenvolvimento será realizado pela EMBASA.

3.6 CONTROLE DE POLUIÇÃO


3.6.1 Efluentes líquidos
A atividade em questão utilizará Banheiros químicos. O efluente gerado será devidamente
contido no compartimento com descartes periódicos por batelada sendo estes enviados
para EMBASA para destinação final.
Quantificação Efluente:
 Nº de Funcionários (Flutuantes): 09
 Per capta de geração: 50l/dia
 V= 09 X 50
 Volume dia= 450 l/dia
Serão adotados 04 banheiros químicos, totalizando uma capacidade de acumulação de
880 litros. Logo a periodicidade de limpeza deverá ser observada com a periodicidade para
02 dias.
3.6.2 Banheiros
O canteiro de obras irá utilizar 04 banheiros químicos com capacidade de acumulação de
220l cada.

- ESPECIFICAÇÕES:
• Cabina Sanitária Química, individual e portátil;
• Confeccionada em polietileno de alta densidade resistente e lavável;
• Com caixa para dejetos;
• Assento sanitário com tampa e descarga;
• Teto translúcido, para aproveitamento da iluminação externa;
• Piso antiderrapante;
• Entradas de ventilação;
• Trinco resistente à violação e com indicação “livre / ocupado” externo;
• Porta objetos ou gancho para pendurar bolsa ou casaco;
• Com mictório;
• Com porta papel higiênico e porta papel toalha;
• Higienizador com gel, para lavagem a seco e assepsia das mãos;
• Dimensão aproximada: 2,20 m de altura, 1,20 m de largura, 1,15m de
profundidade,
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com abertura da porta em aproximadamente 180°.

Caixa de
Acumulaçã
o

3.6.2.1 Informar onde são lançados os efluentes líquidos e tipo de tratamento.


Os dejetos gerados nos banheiros químicos serão contidos temporariamente no seu
sistema de acumulação, onde periodicamente serão descartados por bateladas através de
caminhões limpa fossa devidamente licenciados para transporte e credenciados a
EMBASA, sendo esta responsável pelo tratamento do efluente. O responsável pela
atividade irá reunir os tickets de descarte da EMBASA para evidenciar o controle.

3.6.2.2 Emissão atmosférica


3.6.2.2.1 Informar se há emissão de particulados, fumaça ou odor.
Durante as fases da obra existe a possibilidade de geração de material particulado de
baixa dispersão e emissão de gases veiculares. O potencial de dispersão pode ser
classificado pela composição do material, granulometria das partículas e composição dos
gases provenientes de execução de atividades e procedimentos realizados ao longo da
obra.
Iremos atentar para o adequado armazenamento e transporte dos materiais, e o controle
das atividades potencialmente geradoras de materiais particulados para que não ocorra
dispersão significativa destas no entorno. Durante a as atividades com potencial de maior
geração, utilizaremos a técnicas para evitar a dispersão da fração pulverulenta e o
“enlonamento” das cargas nos caminhões tipo caçamba para devida movimentação. A

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inspeção e o controle de manutenção dos veículos utilizados nas atividades iram garantir
o devido funcionamento dos mesmos para que não ocorram geração de gases poluentes.

3.6.3 Ruído
As ondas sonoras emitidas por fontes diversas de ruído se propagam no meio ambiente
de várias formas. Em zonas urbanas, um dos maiores responsáveis pelo ruído são os
veículos automotivos (carros, caminhões, ônibus), além dos ruídos provocados por
aeronaves.
- Área Diretamente Afetada e Entorno:
Na área influência direta - AID os níveis de pressão sonora encontrados são característicos
de uma zona urbana de média densidade em expansão, com vias arterias de movimento
moderado, com trafego de veículos e maquinários constates por conta das atividades de
construção de empreendimentos imobiliários do entorno.
A Emissão de ruídos e vibrações: com a implantação do empreendimento, serão gerados
ruídos, barulhos e vibrações provenientes de maquinários, equipamentos de transporte e
veículos automotores, prevendo-se que os níveis de poluição sonora fiquem dentro dos
limites permitidos para os tipos de atividades a serem desenvolvidas. Uma das
características da poluição sonora é o seu imediatismo, da mesma maneira que se inicia
tão logo comecem as atividades ruidosas, também cessa no instante em que estas
terminarem, logo, a reversibilidade do impacto ambiental é total e imediata. O incômodo
para a população residente nas proximidades poderá ser atenuado por conta da realidade
do cenário atual.

3.6.4 Informar limite máximo de emissão de ruídos e mecanismos de amenizá-lo.


Os limites máximos pré-estabelecidos na Lei municipal de Lauro de Freitas n. 1.536/2014,
tendo como intervalos 60 dB no período diurno que compreende ao horário de 07h00min
as 18h00min e 55dB no período noturno compreendido entre 18h00min as 07h00min.

ZONAS DE USO DIURNO NOTURNO

Todas as ZPM, ZEIA, ZAE.


55 dB (A) 50 dB (A)

Todas as ZPT, ZPR, ZEIS, ZOC, ZRU, ZEUS, ZUTR. 60 dB (A) 55 dB (A)

Todas as CAD 70 dB (A) 60 dB (A)

Todas as ZIN 70 dB (A) 60 dB (A)


Tabela 1 - ANEXO I - LIMITES MÁXIMOS PERMISSÍVEIS DE RUÍDOS.

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Sendo esta, uma atividade caracterizada como serviços de construção civil a mesma Lei
supracitada define como limites específicos outros intervalos conforme a tabela d o
ANEXO III - SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

ATIVIDADE NÍVEL DE RUÍDO

80 dB (A) para qualquer zona, permitido somente no horário


Atividades não confináveis
diurno

Limite da zona constante na Anexo I acrescido de 5 (cinco) dB (A)


nos dias úteis em horário diurno. Limite da zona constante na
Atividades passíveis de confinamento
Anexo I para os horários vespertino e noturno nos dias úteis e
qualquer horário nos domingos e feriados
Tabela 2 - ANEXO III - SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

A propagação do som pode ser prejudicada pela presença de obstáculos na trajetória de


propagação. Assim, as barreiras naturais existentes no entorno do empreendimento irão
desempenhar este papel tornando-se um fator atenuante. As modificações topográficas –
mudanças que devem ocorrer na área em questão, serão de baixa relevância no sentido
de modificação estrutural dos níveis diferenciais das cotas existente. No cenário em
questão utilizaremos como barreira a estrutura de alvenaria existente no local, criando
assim uma barreira ao redor dos equipamentos e veículos geradores de ruído.

3.6.5 Resíduos Sólidos


3.4.4.1 Informar destinação dos resíduos sólidos
O PGRCC – Plano de gerenciamento de resíduos da construção civil encontra-se em
anexo.

3.7 POLÍTICA AMBIENTAL E SISTEMA DE GESTÃO


O responsável pelo empreendimento tem como objetivo realizar as atividades com qualidade e
eficiência, tendo como meta oferecer as melhores condições de segurança e sustentabilidade
durante todas as atividades. Para criação de uma política e sistema de gestão ambiental, serão
adotadas as práticas e ferramentas descritas abaixo.

 Programa de mitigação dos impactos negativos;


 PGRCC - Plano de gerenciamento de resíduos da construção civil;
 Ações de educação socioambiental (Folhetos e Cartazes);
 Programa de orientações de Saúde, Segurança, Qualidade e Meio Ambiente (Folhetos e
Cartazes);

3.8 TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE OCUPACIONAL.


A prática de ações de sensibilização, mobilização e educação socioambiental para os
trabalhadores do empreendimento utilizarão mecanismos como: diálogos semanais de segurança;
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folhetos educativos, dentre outros materiais de conscientização que possam atingir as seguintes
metas:

 Minimização, reutilização e segregação dos resíduos sólidos na origem, bem como seus
corretos acondicionamentos, armazenamento e transporte;

 Diminuição dos riscos e o uso adequado de EPI’s no canteiro de obras;

 Uso racional de materiais e produtos visando à preservação dos recursos naturais.

4. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
As informações que compõem a caracterização do ambiente físico basearam-se em dados primários e
secundários por meio de observações em campo e pesquisas bibliográficas de fontes confiáveis de
órgãos públicas e privadas que fundamentaram os temas: clima, geologia, geomorfologia e águas. O
Plano de saneamento Básico Municipal de Lauro de Freitas / 2017, bem como dados do IBGE, INMET e
INEMA, foram utilizados como fonte de informações para fundamentar os temas abordados aqui neste
documento.

4.1 MEIO FÍSICO

4.1.1 Clima
A área estudada apresentou-se com o tipo climático adaptado para Região, tendo suas
características principais região de clima quente e úmido com estação seca no verão e
chuvas no inverno, tendo a ocorrência das máximas no outono (entre 21/03 e 21/06). As
temperaturas médias anuais variam de 21,9 °C a 25,4 °C, sendo a pluviosidade média de
1800 a 2000 mm. As chuvas ocorrem predominantemente nos meses de abril, maio e
junho, sendo o mês de maio notadamente o mais chuvoso. O período seco compreende-se
entre setembro a novembro. A direção predominante dos ventos é SE (alísios), com
variação para E, no verão, de novembro a janeiro. Assim como em Salvador a velocidade é
baixa 2 a 3,0 m/s. No litoral, o atrito dos alísios com o continente dar origem às brisas
marítima e terrestre, confere o conforto térmico às áreas costeiras nordestinas,
amenizando as altas temperaturas diárias. O movimento das brisas nas costas nordestinas
é muito importante para impedir que se formem, em torno das cidades, anéis de poluição
atmosférica como em São Paulo. As brisas representam um fator de dispersão das
partículas sólidas e dos gases emanados dos agentes da poluição atmosférica.

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De acordo com a classificação de Thornthwaite, Lauro de Freitas e consequentemente a
área que irá ocorrer a construção estão localizadas na região climática B1r A', que
corresponde a tipologia climática úmida a sub-úmida, com pequena deficiência hídrica e
ocorrências de precipitações entre o outono e inverno, excedentes hídricos entre 300 a
600mm e índice hídrico de 40 a 20%. (Mapa Climatológico fig. 01, Tabela de classificação -
Thornthwaite Fig. 02.)

Tabela de classificação - Thornthwaite.

Por meio dos dados climatológicos analisados pode-se classificar o clima da região como
tropical úmido, com temperaturas elevadas no verão e amenas no inverno, definindo duas
estações distintas: uma úmida e uma semi-úmida.
Neste caso especifico da AID – Área Influência Direta no período que ocorrerá às
atividades corresponde ao seco (menor incidências de chuva), o que irá favorecer sua
execução exigindo menores cuidados quanto às questões de qualidade do ar atmosférico
do entorno, por conta da dispersão dos materiais constituintes do solo, uma vez que se
trata de uma área pavimentada.

4.1.2 Geomorfologia do local

A geomorfologia da região consiste em rochas sedimentares, estas feições são


comumente denominadas na literatura como “planícies costeiras” ou “planícies
litorâneas”, e frequentemente o termo “restinga”, que tem significado bastante diverso. A
Área de Influência Direta (AID) encontra-se localizada em perímetro urbano, e por este
motivo os aspectos e condições geomorfológicos do local por se tratar de um perímetro
destinado para fins de empreendimento de construção civil encontram-se
descaracterizada com modificações das cotas de nível originárias. O local apresenta

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declividade de baixa significância, com cobertura vegetal descaracterizada, ausência de
pontos de erosão e solo exposto.

4.1.3 Pedologia
De acordo com classificação da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da
Bahia por meio de dados fornecidos pelo IBGE a classe do solo da localidade em questão é
definida como Latossolo. Os solos que ocorrem no município de Lauro de Freitas são
classificados como: Latossolo Vermelho Amarelo, Podzólico Vermelho Amarelo
(Argissolos), Podzol (Espodossolos), ocorrendo ainda Areia Quartzosa Marinha (Neossolos
Quartzarênicos).
De um modo geral, as condições geotécnicas do solo apresentam uma boa resistência ao
cisalhamento e condições satisfatórias para compactação, por conta da distribuição
granulométrica do material que o compõe.

4.1.4 Recursos Hídricos


De acordo com INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia) o
município de Lauro de Freitas está inserido na Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte. Os
principais rios existentes são: Rio Joanes, Rio Ipitanga, Rio Sapato, Rio Caji, Rio Areia ou Itinga,
Córrego do Quingoma. O PDDM estabelecido pela Lei 1.330/2008 define as seguintes bacias
municipais: I - na Bacia da Cachoeirinha; II - Na Bacia do Cabuçu; III - Bacia do Caji; IV - Bacia do
Picuaia; V - Bacia do Baixo Ipitanga; VI - Bacia do Sapato, perímetro onde o empreendimento está
inserido.
Os rios Joanes e Ipitanga atravessam as regiões abrangidas pelos municípios de Salvador, Lauro
de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé. O
rio Ipitanga atravessa a porção mais central do município de Lauro de Freitas, ao longo do principal
eixo estruturante da cidade, associado a Av. Santos Dumont (BA-099), recebendo contribuição de
esgotos de Salvador, especialmente de bairros populosos, carentes de saneamento básico, como
São Cristóvão, Fazenda Grande e Itinga, representando um vetor de contaminação que foge à
jurisdição municipal. As águas da bacia hidrográfica dos rios Joanes e Ipitanga são utilizadas para
abastecimento doméstico de parte da cidade de Salvador, bem como: Candeias, Lauro de Freitas,
Simões Filho, Dias D ‘Ávila, Madre Deus e São Francisco do Conde. Represadas através de
barramentos como: Joanes I (abastecimento de Salvador e Lauro de Freitas) e Joanes II
(abastecimento do Pólo Petroquímico e CIA Norte), e Ipitanga I (regularizar as águas do rio
Ipitanga complementar a produção de água potável de Salvador e Lauro de Freitas), Ipitanga II
(fornecimento de água bruta e ou tratada às indústrias do CIA) e Ipitanga III (acumulação e

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transposição das águas do rio Joanes no período de estiagem e que as reverte para Ipitanga I e II).
Afim de que ocorra o reforço no sistema de abastecimento de Salvador, além de fornecer água
para os demais municípios da Região Metropolitana de Salvador.

Em relação aos recursos hídricos ou águas superficiais, a área de influência direta (AID) do
empreendimento, encontra-se localizada na Bacia do Rio Joanes. Esta bacia composta por uma
rede de drenagem bem desenvolvida, apresentando uma extensão linear de 75 km. As principais
nascentes do rio Joanes encontram-se situadas nos municípios de São Francisco do Conde
(Fazendas Gurgainha e Gurgaia) e São Sebastião do Passé (Usina Cinco Rios).

4.2 Meio Biótico


4.2.1 Flora
A vegetação de Lauro de Freitas é configurada pela Mata Atlântica, mais especificamente
em Floresta Ombrófila Densa e Formações Pioneiras, com Influência Marinha (Restinga).
A área em questão encontra-se situada em zona urbana densa consolidada, por este
motivo a mesma não possui características e aspectos que representem a formação da
flora de origem. As definições características da vegetação local encontram-se totalmente
modificada, porém, hoje é possível perceber a presença de outras espécies inseridas neste
local por conta da ação antrópica para fins paisagísticos e urbanísticos.

4.2.2 Fauna
De acordo com levantamento bibliográfico feito para compor o diagnóstico da fauna, ou
seja, o conjunto de animais presentes em toda área de influência do empreendimento, foi
possível identificar a ocorrência de anfíbios, répteis, aves e mamíferos de pequeno porte.
Por se tratar de empreendimento localizado em um perímetro de solo exposto, a área não
apresenta características do bioma natural de origem, e condições favoráveis de habitat
para fauna local, por esse motivo, é possível perceber raros aparecimentos de aves em
curso de voo, repteis e anfíbios de maior facilidade de adaptação em meios urbanos.

5. IMPACTOS AMBIENTAIS
5.1 Listar os possíveis impactos ambientais gerados pelo empreendimento
Meio Físico
IMPACTO 01: Provável redução da capacidade de permeabilidade do solo
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Ação Geradora: Medida de controle e limpeza
Descrição e Análise: Ocorrência devido à compactação do solo ocasionada pelas
ações geradoras, favorecendo o escoamento superficial e a instalação de processos de
enchentes.
Classificação: baixo, negativo, direto, local, temporário, reversível, curto prazo.
Mitigação: Criar sistema de drenagem com captação compatível para o sistema de
drenagem pluvial urbano.

IMPACTO 02: Provável incidência de poluição sonora


Ação Geradora: Medida de controle e limpeza
Descrição e Análise: Durante a etapa de limpeza do terreno haverá utilização de
equipamentos, gerando ruídos e vibrações transitórias permeando os níveis normais
para a região.
Classificação: Fraco, negativo, direto, local, temporário, reversível, curto prazo.
Mitigação: Executar o serviço com intensidade de ruídos e vibrações dentro das
exigências normativas; diminuindo a emissão de ruídos e vibrações que possam
perturbar demasiadamente as áreas circunvizinhas.

Meio Antrópico

IMPACTO 01: Possível aumento de acidentes envolvendo os funcionários e


transeuntes
Ação Geradora: Medida de controle e limpeza
Descrição e Análise: Existência da possibilidade de o ocorrência de acidentes
envolvendo veículos, pedestres e funcionários.
Classificação: Fraco, negativo, direto, local, temporário, reversível, curto prazo.
Mitigação: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) de acordo com o tipo de
serviço realizado; sinalização de orientação aos usuários; restrição de acesso às áreas
que oferecem riscos; aplicação de treinamento e conscientização dos trabalhadores
para a prevenção de acidentes e atendimento de primeiros socorros quando
necessário; para a operação de máquinas e equipamentos, todas as medidas de
segurança devem ser tomadas para proteção aos trabalhadores, e as máquinas devem
ser utilizadas sempre em boas condições.

IMPACTO 02: Geração de empregos diretos e indiretos


Ação Geradora: Contratação de mão de obra.
Descrição e Análise: Para execução do empreendimento, o empreendedor deverá
contratar mão de obra especializada e não especializada, promovendo o incremento
na oferta de emprego local/regional contribuindo para a redução do desemprego.
Classificação: Positivo, direto, local, temporário, reversível, médio, curto prazo.
Mitigação: Priorizar a contratação de mão de obra da região.

IMPACTO 03: Aumento de expectativa da ampliação da oferta de empregos e de


demanda de serviços.
Ação Geradora: Contratação de mão de obra e consumo local de bens e serviços.
Descrição e Análise: Considerando um maior número de pessoas circulando na
região, inclusive com contratação de mão de obra local, haverá um maior volume de
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recursos financeiros em circulação e, consequentemente, um aumento no consumo,
levando a melhoria/aumento na receita de empresas locais e regionais
(fornecedores).
Classificação: Positivo, indireto, regional, temporário, reversível, médio, curto prazo.
Mitigação: Priorizar a contratação de mão de obra, aquisição de insumos,
ferramentas e logística da região do empreendimento.

6. MEDIDAS MITIGADORAS
6.1 Descrever as medidas mitigadoras que serão adotadas para evitar, controlar ou minimizar os
impactos gerados.
Este conteúdo foi abordado nas tabelas acima.
7. MEIO SOCIOECONÔMICO
Trata-se de uma área inserida em um perímetro urbano consolidado, que por sua vez apresenta
aspectos de desenvolvimento devidamente controlados pela legislação municipal no que cerne as
questões de uso e ocupação do solo, apresentando altas taxas de adensamento populacional por
conta do processo de verticalização sofrida nas imediações do entrono nos últimos 15 anos. Avaliando
um raio de cerca de 500m podemos perceber um grande número de residências em regime de
condomínios habitacionais verticalizados e horizontais, segundo dados do IBGE apresenta densidade
de 2.833,38 hab/km².

7.1 Atividades econômicas, emprego e renda.


Mais da metade das atividades econômicas do município correspondem ao ramo de serviços,
sendo comércio seu segundo seguimento e indústria a última, conforme senso IBGE 2018.

7.2 Infraestrutura, habitação, tráfego.


Conforme conteúdo descrito nos tópicos acima é possível perceber que por se tratar de uma área
inserida em meio urbano consolidado, a infraestrutura presente instalada no local encontra-se
bastante estruturada e desenvolvida. Presença de vias para trafego de veículos sinalizadas,
drenagem, praças, iluminação, provimento de energia elétrica de diferentes fases, água e internet.
As habitações da localidade apresentam consonância com o plano diretor de desenvolvimento
urbano no que cerne as delimitações de uso e ocupação do solo, respeitando seus limites e
elementos definidos no código de obras do município, controlando assim aspectos negativos de
impactos gerados pelo desordenamento. No caso especifico da área em questão, a mesma
encontra-se inserida em uma via ocupada em quase toda a sua totalidade por edificações
residenciais e de serviços. Sendo assim a consolidações desta edificação que visa construir
unidades pluridomiciliares, encontra-se em total harmonia com o espaço público e urbano local.

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Por se tratar de uma edificação para uso domiciliar, o empreendimento em questão não irá atrair
fluxo de trafego para localidade de forma a causar impactos negativos.

7.3 Lazer, uso do solo, esportes, recreação e atividades culturais.


As opções de lazer da localidade são bastante diversificadas, uma vez que o entrono apresenta
varais opções de entretenimento, bem como atividades de recreação e esportes ligadas a
atividades costeiras por se tratar de uma região com lindas praias. A gastronomia apresenta forte
presença com vários, bares restaurantes e cafés.

7.4 Conclusões
Concluímos que os impactos ambientais, mesmo aqueles considerados como permanentes podem
ser administrados de modo a viabilizar o empreendimento, uma vez que a maioria dos impactos
vistos no diagnostico ambiental são reversíveis. Como se trata de construção civil, daremos ênfase
aos impactos gerados em sua implantação.
Este estudo aborda, de forma clara e objetiva que a instalação deste empreendimento mostra
impactos temporários e reversíveis apenas na sua fase de construção. Após esta fase os impactos
serão sanados e a permanecia dos impactos positivos irão permanecer em harmonia com
desenvolvimento local.

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DECLARAÇÃO DE VERACIDADE DE INFORMAÇÕES PRESTADAS POR TERCEIROS

Declaro, na qualidade de representante legal do empreendimento, que as informações que constam no Memorial
Descritivo para Licenciamento Ambiental de Construção Civil, são VERDADEIRAS sendo estas fornecidas por minha
pessoa na forma de contratante dos serviços de consultoria para elaboração deste documento.

Fico CIENTE através deste documento, que declarar fato sabendo ser inverídico, pode vir a constituir crime
apurável cabendo a mim as responsabilidades.

Lauro de Freitas, 17 de January de 2022.

_________________________________________
CLAUDIA ROSEGHINI
CPF. 295.324.758-00

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