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Indíce

1. Introdução....................................................................................................................................1
1.1. Metodologia de Pesquisa..................................................................................................................2
1.1.1. Tipo de Pesquisa........................................................................................................................2
1.2. Objetivos..........................................................................................................................................3
1.2.1. Objetivo Geral...........................................................................................................................3
1.2.2. Objectivos Específicos...............................................................................................................3
2. Stress Pós-Traumático.................................................................................................................4
2.1. Sinais................................................................................................................................................4
2.2. Causas...............................................................................................................................................4
2.3. Sintomas...........................................................................................................................................5
2.3.1. Lembranças Persistentes............................................................................................................5
2.3.2. Reações Físicas..........................................................................................................................5
2.3.3. Comportamento de Esquiva.......................................................................................................5
2.3.4. Excitação Exagerada..................................................................................................................5
2.3.5. Crenças e Emoções Negativas...................................................................................................5
2.4. Diagnóstico do Stress Pós-Traumático.............................................................................................6
3. Técnicas da Terapia Cognitivo Comportamento Usadas no Stress Pós-Traumático..................6
3.1. Exposição.........................................................................................................................................6
3.2. Dessensibilização Sistemática..........................................................................................................6
3.3. Relaxamento.....................................................................................................................................7
3.4. Enfrentamento do Estresse................................................................................................................7
3.5. Parada do Pensamento e Autoinstrução............................................................................................7
4. Conclusão....................................................................................................................................8
5. Referências Bibliográficas...........................................................................................................9

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1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa foi elaborado para uma avaliação em grupo.

O estudo refere-se a uma reflexão sobre a Transtorno de Stresse Pós-Traumático.

O transtorno de stresse pós-traumático (TSPT) é um tipo de transtorno de ansiedade que pode se


desenvolver em pessoas que vivenciaram um evento traumático. Essa condição causa sofrimento
intenso e prejuízos a vários aspectos da vida, como trabalho e relacionamentos. Saiba quais as
opções comprovadamente eficazes de tratamento, como a psicoterapia.

A abordagem do Transtorno de Stresse Pós-traumático (TSPT) tem aspectos diferentes da


maioria dos outros transtornos psiquiátricos. O TSPT ocorre sempre após um evento traumático
importante, um trauma psicológico, logo, existe a possibilidade de prevenção do
desenvolvimento do transtorno. Apesar de não haver indicadores claros de quais indivíduos
desenvolvem a doença, nem da incidência precisa do transtorno após o evento estressor,
estratégias de prevenção tendem a ser intervenções custo-efetivas.

Para avaliar o devido papel das diversas intervenções, tanto para prevenção como para
tratamento do TSPT, os autores discutem nesse capítulo os estudos clínicos que avaliam a5
efetividade e a segurança dessas abordagens. O foco da discussão são as Revisões Sistemáticas
de Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), já que se tratam do melhor nível de evidência para
tomada de decisões em terapêutica. Quando da ausência desse tipo de pesquisa, os próprios
ensaios randomizados são considerados a melhor fonte de informação, tendo seus resultados
apresentados. Para identificação de estudos relevantes, as bases de dados Medline e Cochrane
Library foram pesquisadas, sem restrição quanto a data, periódico ou língua de publicação.

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1.1. Metodologia de Pesquisa

Segundo SALVADOR, (1982, p.47), é um instrumento técnico ou meios a seguir para solucionar
as principais estratégias da execução do projeto.

1.1.1. Tipo de Pesquisa

O Presente Trabalho de pesquisa quanto ao tipo de pesquisa é científico e quanto ao método de


pesquisa é bibliográfico. Que segundo Gil (2008), consiste no uso de obra literárias ou de
material já publicado com o objetivo de analisar posições diversas em relação a determinado
assunto.

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1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

 Compreender o estudo da Transtorno de Stresse Pós-Traumático

1.2.2. Objectivos Específicos

 Descrever as Causas e Sintomas do Transtorno Stress Pós-Traumático


 Destacar as Técnicas da Terapia Cognitivo Comportamento Usadas no Transtorno Stress
Pós-Traumático

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2. Stress Pós-Traumático

O Stress Pós-Traumático é uma grave perturbação psicológica que ocorre quando uma pessoa é
exposta a um evento traumático causador de ansiedade extrema e pânico como, por exemplo,
acidentes naturais, atos de violência ou guerras. Nem todas as pessoas que passam por estes
eventos ficam traumatizadas ou condicionadas, apenas ficam as que não conseguem gerir
corretamente as emoções sentidas.

A Perturbação de Stress Pós-Traumático caracteriza-se por pensamentos intrusivos, pesadelos ou


flashbacks de um evento traumático passado, procura incessante de evitar estímulos, pessoas,
situações ou atividades que despoletem memórias associadas ao evento traumático, estado de
constante de alerta e insónias. (Calhoun KS, Resick PA, 1999)

Resumidamente, esta perturbação causa um enorme sofrimento e problemas a nível pessoal,


social e profissional. O individuo com esta perturbação tem uma maior tendência para o suicídio
e para se automatizar.

2.1. Sinais

Recorda a experiência traumática de forma involuntária, tem pesadelos frequentemente, tem


reações desproporcionais perante pequenas coisas que fazem lembrar o acontecimento, chora
facilmente sem motivo aparente, sente dificuldade em adormecer ou em manter o sono, recusa
persistente de pensamentos, conversas, sentimentos, locais, pessoas e situações que façam
lembrar o acontecimento mantém distância emocional e social de pessoas anteriormente
significativas, vive num estado de alerta permanente. (Breslau, N. & Davis, G.C.1992)

2.2. Causas

A maioria dos casos de Stress Pós-Traumático é despoletada por experiências pessoais, no


entanto, também sucede como reação a testemunhos dessas ocorrências a terceiros. Pode ocorrer
em qualquer altura, desde a infância à terceira idade, estimando-se que tenha uma prevalência de
1 a 14% durante a vida. Algumas das situações mais comuns que podem desencadear Stress Pós-
Traumático são testemunhar ou vivenciar situações de morte, de risco de vida ou de ameaça para
a integridade física (incluindo acidentes, desastres naturais, crime violento, doença grave,

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internamento em cuidados intensivos, combate militar, abusos/maus tratos físicos e sexuais,
assalto ou violação). (Brewin, C. R. 2005)

2.3. Sintomas

É natural ficar abalado na sequência de uma experiência como as citadas acima. Para algumas
pessoas, no entanto, os sentimentos e pensamentos perturbadores associados ao episódio
persistem por meses ou mesmo anos, o que pode indicar um quadro de estresse pós-traumático.
A pessoa pode apresentar sintomas como:

2.3.1. Lembranças Persistentes - reviver involuntariamente o trauma através de memórias


angustiantes e repetitivas, pesadelos ou sensação de que o evento traumático está acontecendo
novamente (“flashbacks”).

2.3.2. Reações Físicas - circunstâncias que remetem à lembrança do trauma podem desencadear
sintomas fisiológicos, incluindo sudorese, náusea e tremores.

2.3.3. Comportamento de Esquiva - evitar lugares, pessoas e atividades que trazem recordações
dolorosas. A pessoa também pode ser incapaz de lembrar ou falar sobre o ocorrido.

2.3.4. Excitação Exagerada - inclui ficar em estado de alerta constante, explosões de raiva,
dificuldade para dormir e para se concentrar.

2.3.5. Crenças e Emoções Negativas - por exemplo, dificuldade de confiar nos outros e manter
relacionamentos próximos; perda de interesse em atividades; sentimento de culpa e vergonha.

Irritabilidade ou explosões de fúria, dificuldade de concentração, instabilidade emociona,


Insónias e pesadelos, pensamentos intrusivos, medo constante, mal-estar psicológico, reações
dissociativas, distúrbios alimentares, reações de evitamento.

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2.4. Diagnóstico do Stress Pós-Traumático

Avaliação de um médico com base em critérios específicos, o médico faz o diagnóstico do


transtorno de stresse pós-traumático quando:

 A pessoa foi exposta direta ou indiretamente ao evento traumático.


 Os sintomas têm ocorrido por um mês ou mais.
 Os sintomas causam angústia significativa ou prejudicam o desempenho de atividades de
modo significativo.
 O médico também verifica se os sintomas poderiam ter sido causados pelo uso de um
medicamento ou outro transtorno.

O stress pos-traumático frequentemente não é diagnosticado, pois causa sintomas tão variados e
complexos. Além disso, a presença de um transtorno por uso de substâncias pode distrair a
pessoa quanto à presença do stress pois traumático. Quando ocorre um atraso no diagnóstico e no
tratamento, o stress pois traumático pode se tornar cronicamente debilitante. (García, C. B.2005)

3. Técnicas da Terapia Cognitivo Comportamento Usadas no Stress Pós-Traumático

Diante de um quadro de stresse pós-traumático, um terapeuta cognitivo-comportamental tem


alguns recursos à sua disposição para lidar com essa situação e melhorar a qualidade de vida do
paciente.

3.1. Exposição

Em muitos casos, o transtorno pós-traumático envolve uma forma de fobia, um medo excessivo
de alguma coisa ou situação. Nesses casos, o primeiro passo do tratamento é permitir que a
pessoa se exponha a situações cotidianas que normalmente acionam seu trauma, desenvolvendo
recursos para controlar suas reações e evitar que elas interfiram negativamente no seu dia a dia.
Isso permite que a pessoa retome algumas de suas atividades o quanto antes.

3.2. Dessensibilização Sistemática

O próximo passo em muitos tratamentos de estresse pós-traumático é a dessensibilização, ou


seja, fazer com que uma determinada situação se torne menos e menos aversiva. Para isso, o
paciente é exposto àquilo que desencadeia sua reação de estresse de forma gradual. Primeiro, ele
se imagina na situação e utiliza algumas técnicas para minimizar suas reações. Com o tempo, ele

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será gradualmente colocado na situação real, utilizando os mesmos recursos para evitar ter uma
crise ou aprender a lidar com ela.

3.3. Relaxamento

Muitos transtornos são originados por causa do estresse e da ansiedade, deixando uma pessoa
tensa a maior parte do dia. Uma forma de minimizar seu impacto negativo é encontrar formas de
contrabalancear esse estresse. Para isso servem técnicas de relaxamento, como exercícios de
respiração, concentração e meditação. É um método cognitivo bem eficaz para lidar com várias
situações do dia a dia, sendo aplicável para a maioria dos tratamentos. Além disso, a redução do
estresse permite que o tratamento seja aprofundado em outras áreas. (Beek J. 1997)

3.4. Enfrentamento do Estresse

Claro que, dependendo da situação, o relaxamento não é a única técnica disponível, ou mesmo a
mais eficiente. Muitos contextos envolvem mais estresse do que pode ser normalmente contido
com esses procedimentos. Um gestor que lida com múltiplos setores, por exemplo, tem muitos
problemas para lidar todo dia. (Beek J. 1997)

Nesses casos, é possível desenvolver formas de enfrentamento do estresse, seja evitando a


situação estressante, desenvolvendo processos para lidar com o problema rapidamente ou
contendo suas reações emocionais o suficiente para que elas não sejam prejudiciais.

3.5. Parada do Pensamento e Autoinstrução

Não faltam histórias de pessoas que têm problemas emocionais e ouviram algum conselho como
“apenas tente parar de se sentir assim”. Claramente, isso não é o suficiente para lidar com esse
tipo de problema, mas também não é um conselho completamente incorreto. (Beek J. 1997)

As técnicas de parada do pensamento e autoinstrução, são, essencialmente, um esforço ativo para


identificar pensamentos negativos e afastá-los conscientemente. Porém, não é o mesmo que
simplesmente “não sentir mais isso”. É uma forma de enfrentamento e controle das emoções
negativas, sempre contando com o apoio de um profissional para elaborar certas questões e
assegurar o sucesso do tratamento.

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4. Conclusão

A perturbação de stress pós-traumático é pois uma perturbação a considerar na nossa sociedade


que merece toda a nossa compreensão e respeito. De facto será difícil de imaginar um dia-a-dia
pautado com medos, pensamentos introsivos e a sensação que o mundo não é mais um local
seguro para se viver. São inumeras as implicações que esta patologia produz nas vidas destas
pessoas que tudo o que pedem é para de reviver aquela situação tão dificíl pela qual tiveram de
passar. Estas experiências traumáticas mais do marcar o sujeito vão mesmo incapacitá-lo, vão
introduzi-lo a um mudo que não é mais o seu e daí a importância de uma intervenção eficaz para
desenvolver ao sujeito todas as experiências de vida a que tem direito e toda uma qualidade de
vida que deve desfrutar.

A importância do Transtorno de Stresse Pós-Traumático como um problema de saúde primário


deve ser reconhecida e enfatizada, e os profissionais da área devem estar preparados para
diagnosticá-lo precoecemente, por ser muitas vezes confundido com hiperatividade, transtorno
de conduta, transtorno de humor ou ansiedade.

Em crianças, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento, menores os transtornos de


desenvolvimento da personalidade e de ansiedade apresentados a longo prazo. A intervenção e
tratamento precoces evitam a cronificação do TSPT, especialmente na presença do evento
estressor crônico, que pode levar a desregulação afetiva, alterações da consciência, distúrbios de
auto-percepção e transtornos das relações interpessoais e do sistema de valores, com danos
permanentes e graves a toda a personalidade em formação da criança, tanto maiores quanto
maior o tempo de exposição ao evento traumático.

Atualmente, a abordagem multi-disciplinar é de grande importância para um manejo adequado


do indivíduo que apresenta Transtorno de Stresse Pós-Traumático, incluindo psiquiatras,
psicólogos, neurologistas e outros especialistas da saúde, visando o reconhecimento adequado da
patologia e o tratamento eficaz para o caso específico. O estilo de vida atual leva à exposição
dos indivíduos a inúmeras situações elencadas como desencadeantes do TSPT, que não
diagnosticado no momento apropriado passa de um tratamento de baixa complexidade para um
nível cada vez maior de envolvimento de profisiionais, tempo e afastamento do trabalho com
diminuição da capacidade produtiva do indivíduo.

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5. Referências Bibliográficas

1. Calhoun KS, Resick PA. Transtorno de estresse pós-traumático.In: Barlow DH, org. Manual
clínico dos transtornos mentais.Porto Alegre: Artes Médicas; 1999. p. 63-118.

2. Beek J. Terapia Cognitiva Comportamental: terapia e pratica. Porto Alegre 1997

3. Breslau, N. & Davis, G.C. (1992). Posttraumatic stress disorder in a urban population of
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4. Brewin, C. R. (2005). Systematic Review of Screening Instruments for Adults at Risk of


PTSD. Journal of Traumatic Stress, 1 (18), 53-62.

5. García, C. B. (2005). Efectividad de una intervención cognitivo-conductual para el trastorno


por estrés postraumático en excombatientes colombianos. Univ. Psychol. Bogotá (Colombia), 4
(2), 205-219.

6. González, P. P. R. (2003). Trastorno de estrés postraumático en mujeres víctimas de violencia


doméstica: Evaluación de programas de intervención. Tese de doutoramento não não publicada.
Madrid: Universidad Complutense de Madrid.

7. Maia, A. C. (2006). Trauma, PTSD e Saúde. In C. M. L. Pires, Stresse pós-traumático –


Trauma, PTSD e Saúde. In C. M. L. Pires, Stresse pós-traumático – modelos, abordagens &
práticas (pp.19-35). Portugal: ADAF.

8. Mingote, J. C., Machón, B., Isla, I., Perris, A: & Nieto, I. (2001). Tratamiento integrado del
Trastorno de Estrés Postraumático. Revista de Psicoanálisis, 8.

9. Heim, C. & Nemeroff, C. B. (2009). Neurobiology os posttraumatic stress disorder. CNS


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10. Lyttle, N., Dorahy, M. J., Hanna, D. & Huntjens, R. J. C. (2010). Conceptual and perceptual
priming and dissociation in chronic oosttraumatic stress disorder. Journal of Abnormal
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