Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISCED-UIGE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
SECÇÃO DE ENSINO DE QUÍMICA
POR:
UÍGE/2021
JORGE ALFREDO DOS SANTOS
UÍGE/2021
i
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À Deus Criador de todo o universo pelo fôlego de vida, inteligência e pelas bênçãos que me
concedeu durante a minha formação, pois que a ciência sem Deus é morta.
À minha esposa Helena Manuel Fernando, pelo apoio, carinho e compreensão durante o
período da elaboração deste trabalho.
Aos meus pais Alfredo Capitão e Joana Jorge, por me conceder a educação, carinho e auxilio
na minha formação acadêmica.
Aos meus Orientadores Alves Mbunga Makonga (Msc) e Matiaba Lubelo (Lic.) que de uma
maneira competente, paciente e carinhosa, muito me auxiliaram no desenvolvimento deste
trabalho.
Ao Afonso António Panzo Teca pelo auxílio na formatação deste trabalho até na sua fase
conclusiva.
Aos meus colegas de turma, mas que de maneira harmoniosa contribuíram directa ou
indirectamente para a concretização deste trabalho.
RESUMO
O trabalho de pesquisa que se desenvolveu teve como tema Proposta metodológica para
ensino de hibridação de orbitais moleculares aos alunos da 11ª classe. Dentre os conceitos
químicos, o estudo da hibridação dos orbitais moleculares é de suma importância, pois explica
como os átomos se ligam para formar moléculas, esclarece que os átomos no seu estado
fundamental e activado não faz ligação com os outros átomos, mas no estado hibridizado sim,
formando os orbitais moleculares e permite identificar o tipo de hibridação em que a cada
átomo faz. Estando presente em quase todas as ligações covalente normais. O objectivo foi
elaborar uma proposta metodológica para noções de fenómenos de hibridação dos orbitais
moleculares aos alunos da 11ª classe, que facilitasse superar as dificuldades que os alunos
apresentavam. Para se alcançar os objectivos desta pesquisa e validar a sua hipótese, foi
necessário utilizar diferentes métodos e técnicas. O trabalho de campo desenvolveu-se em três
(3) etapas, onde na 1ª- aplicou-se o pré-teste, 2ª- aplicou-se a proposta metodológica em
forma de um algoritmo na sala de aula, usando um plano de aula e na 3ª- aplicou-se o pós-
teste para verificar o grau de aprendizagem dos alunos face a proposta metodológica
elaborada e ensaiada aos alunos. Quanto os resultados obtidos no pré-teste verificaram-se
duma forma geral, que muitos alunos apresentavam séries debilidades, sobre o fenómeno de
hibridação dos orbitais moleculares, tais como; identificar os tipos de hibridação dos átomos
do elemento central nas moléculas. Quanto os resultados obtidos no pós-teste os alunos
apresentaram resultados satisfatórios, isto porque houve um aumento significativo das notas
obtidas no pós-teste. Duma forma geral, muitos alunos superaram as suas dificuldades, sobre
o fenómeno de hibridação dos orbitais moleculares.
ABSTRACT
The research work that was developed had as its theme Methodological proposal teaching of
hybridization of molecular orbitals to students of the 11th class. Among the chemical
concepts, the study of the hybridization of molecular orbitals is of paramount importance, as it
explains how atoms bond to form molecules, clarifies that atoms in their fundamental and
activated state do not connect with other atoms, but in the hybridized state yes, forming the
molecular orbitals and allows identifying the type of hybridization in which each atom does.
Being present in almost all normal covalent bonds. The objective was to develop a
methodological proposal for the notions of hybridization phenomena of molecular orbitals to
11th grade students, which would make it easier to overcome the difficulties that the students
presented. In order to achieve the objectives of this research and validate its hypothesis, it was
necessary to use different methods and techniques. The fieldwork was developed in three (3)
stages, where in the 1st - the pre-test was applied, 2nd - the methodological proposal was
applied in the form of an algorithm in the classroom, using a lesson plan and in the 3rd - the
post-test was applied to verify the students' degree of learning in face of the methodological
proposal elaborated and tested to the students. Regarding the results obtained in the pre-test, it
was found that, in general, many students had series of weaknesses, about the phenomenon of
hybridization of molecular orbitals, such as; identify the types of hybridization of the atoms of
the central element in the molecules. Regarding the results obtained in the post-test, the
students presented satisfactory results, because there was a significant increase in the grades
obtained in the post-test. In general, many students overcame their difficulties regarding the
phenomenon of hybridization of molecular orbitals.
Z: Número Atómico
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
ÍNDICE
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................... i
AGRADECIMENTOS ...............................................................................................................ii
RESUMO ..................................................................................................................................iii
ABSTRACT .............................................................................................................................. iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................ v
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. vi
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................vii
0. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2.2. Proposta metodológica para fenómenos de hibridação dos orbitais moleculares ............. 27
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 48
SUGESTÕES ........................................................................................................................... 49
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 50
APÊNDICES ............................................................................................................................ 51
x
1
0. INTRODUÇÃO
Situação esta que foi constatado em setembro de 2019, quando lecionava a estrutura da
molécula aos alunos da 11ª Classe do liceu do Dange-Quitexe. Das observações feitas, os
alunos em causa apresentaram as seguintes dificuldades:
0.2.Problema científico
Assim segue a seguinte pergunta cientifica: Como superar as dificuldades dos alunos da 11ª
classe no ensino da hibridação dos orbitais molecular?
O objectivo geral do presente trabalho é elaborar uma proposta metodológica para o ensino da
hibridação dos orbitais molecular na 11ª Classe.
Se se elaborar uma proposta metodológica para o ensino da hibridação dos orbitais molecular,
então superar-se-iam as dificuldades que os alunos da 11ª classe apresentam na aprendizagem
desta noção.
0.5.Delimitação do tema
O presente trabalho possui uma parte introdutória, três capítulos e uma parte final.
3
No terceiro capítulo foram apresentados os resultados dos testes (pré e pós-teste) aplicados
aos alunos da 11ª Classe e a sua discussão.
4
Como é evidente não se pode entrar em profundidade da abordagem sobre hibridação dos
orbitais moleculares sem o conhecimento de certas noções essenciais.
Bohr precisou postular a existência dos números quânticos na sua teoria. Contudo, com o
progresso da compreensão da mecânica quântica, estes números ocorrem naturalmente ao se
resolver a equação de Schroedinger.
Os números quânticos são de grande relevância para descrever a posição dos electrões nos
átomos, os orbitais atómicos e moleculares. Para o estudo dos números quânticos, destaca-se
quatro números quânticos (Coelho, 2015): o número quântico principal (n), número quântico
secundário ou do momento angular (l), número quântico magnético (ml) e o número quântico
rotatório (spin em inglês, ms)
O número quântico principal indica a camada ou nível de energia, e caracteriza a órbita sobre
a qual se move o electrão. Existem sete (7) camada electrónicas designadas por notação de
letras maiúsculas (K,L,M,N,O,P,Q) (Feltre, 2004).
Em cada nível de energia (n) há um número máximo de electrões. Para saber o número
máximo de electrões possíveis em um nível de energia (n), devemos aplicar a fórmula 2n2, em
que n é o número quântico principal, conforme exemplificado na tabela a seguir (Martins &
Moretto, s/d).
5
Nível 1 2 3 4 5 6 7
Camada K L M N O P Q
Valor de n 1 2 3 4 4 3 2
2 8 18 32 32 18 8
Subnível s p d f
Valor de l 0 1 2 3
( ) 2 6 10 14
O número quântico magnético define a orientação das trajetórias descritas pelo electrão
quando o átomo é submetido num campo magnético exterior a si próprio (Feltre, 2004).
Para tal, existe algumas regras básicas sobre os números quânticos conforme se podem
apresentar:
Cada electrão é caracterizado por quatro (4) números quânticos (n, l ,ml e ms). Os electrões de
um átomo, segundo o seu número podem ser localizados sobre diferentes orbitais. Deste facto
descrevem os princípios e regras a seguir:
Os electrões agem de certa forma como se eles estivessem girando em torno de um eixo da
mesma maneira que a Terra gira. Esse movimento denominado spin tem duas orientações,
denominadas para cima ↑ e para baixo ↓. Somente dois electrões podem ocupar um
orbital e eles devem ter spins opostos (o princípio de exclusão de Pauli).
Esta regra ainda diz que: « se várias casas quânticas ou órbitas duma mesma subcamada estão
disponíveis de serem completadas os electrões aspiram ocupa-las todas antes de ocuparem
com dois a mesma casa»
Ex:
Através do esquema, o químico Linus Carl Pauling (1901-1994) sugeriu algo além do que já
havia com relação à distribuição de electrões dos átomos de elementos químicos. Para
melhorar a disposição, Pauling propôs os subníveis de energia. Através deles, seria possível
dispor os electrões do menor ao maior nível de energia de um átomo no seu estado
fundamental, conforme a figura 1.2
8
Fonte: https://www.todamateria.com.br/diagrama-de-pauling/
A distribuição dos electrões em um átomo pode ser feita pelo diagrama dos níveis energéticos,
que vimos anteriormente.
Ex:
A distribuição electrónica nos iões é semelhante à dos átomos, é importante salientar que os
electrões que o átomo irá ganhar ou perder (para se transformar num ião) serão recebidos ou
retiradas da última camada electrónica e não do subnível mais energético. Como pode se ver
nos exemplos a seguir:
9
a) ( )
b) ( )
Nota:
a) ( )
b) ( )
c) ( )
Praticamente todas as sustâncias que encontramos na natureza estão formadas por átomos
unidos. As intensas forças que mantém unidos os átomos nas diversas sustâncias se
denominam ligações químicos.
2) A ligação covalente, uma ligação que resulta quando os átomos partilham os electrões.
A ideia central no trabalho dele sobre ligação é que os átomos sem a configuração electrónica
de um gás nobre geralmente reagem para produzir tal configuração ou seja, é a tendência do
10
átomo em ceder ou receber electrões para atingir oito electrões na camada de valência, que
passou a ser chamada de Regra do Octeto.
O número de ligações covalentes que um átomo realiza está relacionado com o número de
orbitais incompletos que ele apresenta em sua camada de valência.
Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado avaliando apenas a família do elemento, de acordo
com a tabela abaixo:
Essa realidade não se aplica a alguns elementos químicos, como é o caso do carbono, berílio e
boro, os quais realizam ligações covalentes apenas após passarem pelo fenômeno
da hibridização.
Em 1926, surgiu no mundo da química, uma nova teoria de estrutura atômica e molecular
desenvolvida independentemente por três cientistas: Erwin Schroedinger, Werner Heisenberg
e Paul Dirac.
11
Essa teoria que foi chamada de mecânica ondulatória por Schroedinger e de mecânica
quântica por Heisenberg, se tornou a base de todo entendimento moderno para as ligações
químicas.
A proposta, de que o electrão tem propriedades de uma onda, bem como de uma partícula, foi
colocada por Louis de Broglie em 1923.
Podemos ampliar bastante a nossa compreensão da ligação química ao considerar a teoria dos
orbitais moleculares, segundo a qual os orbitais de dois átomos podem se combinar para
formar um outro orbital que envolveria, de alguma forma, os núcleos dos dois átomos, e seria
então um orbital molecular. Este orbital molecular poderia (como um orbital atômico) alojar
dois electrões e constituiria, então, a ligação química entre os dois átomos (Constantino,
2004):
Fica mais fácil começar examinando um exemplo bem simples, o do átomo de hidrogênio,
que tem apenas um electrão em um orbital 1s. Imagine dois átomos de hidrogênio se
aproximando um do outro, e lembre-se do princípio de exclusão de Pauli. Se os dois electrões
tiverem spins opostos, eles podem ocupar o mesmo orbital. Não é difícil imaginar que, à
medida que os dois átomos se aproximam, cada núcleo passa a influenciar também o orbital
do outro átomo, atraindo o seu electrão; pode então ser formada uma nova região do espaço,
com influência de ambos os núcleos, constituindo um novo orbital que pode alojar os dois
electrões. É fácil também admitir que a energia potencial dos electrões neste novo orbital é
12
menor do que a soma das energias dos dois nos antigos orbitais atómicos, pois cada electrão é
atraído agora por ambos os núcleos (Constantino, 2004). Como está ilustrado na figura 1.3
abaixo.
Esta delimitação de orbitais permitiu uma melhor compreensão das ligações químicas,
definindo a chamada teoria do orbital atômico. Esta teoria permite determinar quantas
ligações um átomo pode realizar, sendo esta determinada pelo número de electrões no orbital
da camada de valência (última camada ou camada externa). Como por exemplo a
distribuição electrónica do flúor, com dois pares completos e um electrões desemparelhado,
indicando que o flúor necessita de mais um electrão para se estabilizar (regra do octeto)
(Kamogawa, 2006).
Apesar das teorias de Lewis e Kössel permitirem determinar como as ligações químicas
ocorrem, ela não explicava porque o carbono com uma distribuição electrónica 1s2, 2s2, 2p2
poderia fazer quatro ligações químicas, sendo que o átomo de carbono somente teria dois
electrões desemparelhados (consequentemente duas ligações) (Salomons & Fruhle, 2005).
Para explicar as quatro ligações do carbono, foi necessária uma outra teoria, denominada
teoria do orbital molecular, que propunha que as ligações químicas seriam realizadas pela
união dos orbitais de cada átomo e estes poderiam se modificar (unindo orbitais) formando
orbitais chamados híbridos.
Com essa distribuição electrónica, o carbono não é capaz de se ligar a quatro átomos de
hidrogênio, mas apenas a dois.
Se, no entanto, um electrão do orbital 2s for transferido para o orbital 2pz vazio, o carbono
passará a ter quatro electrões desemparelhados (estado excitado), sendo, portanto, capaz de
fazer quatro ligações. Desse modo, explica-se a tetra valência do átomo de carbono
(Kamogawa, 2006).
Quando as funções de onda referente a cada electrão, estão em fase, ocorre a sobreposição dos
orbitais atómicos. Assim as amplitudes se somam e a interferência recebe a denominação de
interferência construtiva dos orbitais atómicos, e forma-se o orbital molecular ligante. A
função de onda que representa o orbital molecular ligante é representada matematicamente
pela equação.
14
Toda a informação acerca das propriedades do sistema está contida na função Ψ. Se a função
psi não depende explicitamente do tempo, diz-se que o sistema se encontra num estado
estacionário. Para que a função psi possa dar origem a uma probabilidade, ela deve ser
continua, assim como suas derivadas, e deve ser mono-valorada, isto é, deve ter um só valor.
Quando as funções de onda psi, referente a cada electrão, estão fora de fase as amplitudes
passam a ter sinais contrários e, portanto, não se somam, para esta situação aparece a
formação do nodo ou nó e a interferência recebe a denominação de interferência destrutiva
dos orbitais atómicos, e forma-se o orbital molecular antiligante. A função de onda que
representa o orbital molecular antiligante é representada matematicamente pela equação
(Silveira, 2014).
Na formação da molécula do hidrogênio, pode ser utilizado dois orbitais atómicos s com o
mesmo sinal de fase, e nesta situação, forma -se o orbital molecular ligante sigma. E também
pode ser utilizado, dois orbitais atómicos s com o sinal de fase diferente, e formar o orbital
molecular antiligante sigma* conforme apresenta na figura 1.4 abaixo.
15
Figura 1.4. Formação da molécula do Hidrogênio, utilizado como orbital molecular ligante e
antiligante.
Na formação da ligação pi (π), será utilizada a molécula do eteno, pois nessa estrutura,
encontramos a ligação π.
Essa ligação, é formada através dos orbitais p. Quando os dois orbitais atómicos p, se
encontram com o mesmo sinal de fase, a interferência é construtiva e forma-se o orbital
molecular ligante π, de menor energia e, portanto, mais estável.
É possível também ser utilizado, dois orbitais atómicos p com o sinal de fase diferente, nessa
situação temos uma interferência destrutiva e forma-se o orbital molecular antiligante π* de
maior energia. Como ilustrado na figura 1.5.
16
Figura: 1.5. Ligação dos orbitais p com interferência construtiva e destrutiva por orbital molecular antiligante π*
de maior energia
O orbital molecular ligante sigma é o que mostra a menor energia quando comparado com o
orbital molecular ligante pi, por esta razão, as ligações pi são consideradas mais fracas que a
ligação sigma.
A palavra hibridar ou hibridizar faz lembrar o fenómeno genético: Duas espécies diferentes
cruzam-se e nasce uma nova espécie, com características diferentes das anteriores (Feltre &
Yoshinaga, 1974).
A teoria da hibridização1 foi inicialmente proposta por Linus Pauling2 para explicar a
geometria dos compostos orgânicos. Acabou se tornando uma teoria extremamente valiosa e
importante porque explica simultaneamente a geometria e a valência (que, por outras teorias,
seria considerada anômala) não só do carbono e seus compostos, mas também dos outros
elementos (Constantino, 2004).
1
Também chamada “hibridação”; há um certo desacordo entre autores sobre qual seria a forma mais correta.
2
Linus Carl Pauling, 1901-1994, notável químico norte-americano, ganhou duas vezes o prêmio Nobel:
de química em 1954 e da Paz em 1962, por sua postura de combater as armas atômicas devido aos perigos da
radiação. Uma frase de sua autoria lhe dará uma idéia dos problemas que cientistas humanitários podem
enfrentar: “A couple of days after my talk, there was a man in my office from the FBI saying – Who told you
how much plutonium there is in an atomic bomb? And I said –Nobody told me. I figured it out.”
17
Os átomos adquirem estabilidade quando todos seus orbitais ficam com 2 electrões, ou seja,
cada orbital fica com um par de electrões de spins opostos. A maioria dos átomos apresentam
pelo menos 1 orbital com apenas 1 electrão e diremos que se trata de orbital com electrão
desemparelhado, ou orbital incompleto (Feltre & Yoshinaga, 1974)
Uma das formas de completar o orbital é a do átomo se associar com outro átomo que possua
também electrões desemparelhados.
Quando pensamos em como os átomos que constituem uma molécula estão dispostos no
espaço uns em relação aos outros (o que estivemos chamando acima de geometria da
molécula), percebemos que:
1. Se tivermos apenas dois átomos, consideramos apenas a distância entre eles (distância entre
os centros dos núcleos).
2. Se tivermos três átomos, temos que considerar ainda o ângulo formado pelos eixos das duas
ligações (os eixos são as retas que passam pelo centro dos dois núcleos);
Nesse caso, o carbono formaria duas covalências simples, devido aos seus dois orbitais
incompletos, e uma covalência coordenada empregando os dois electrões s2. Na prática, isso
não acontece. Na imensa maioria de seus compostos, o carbono forma 4 valências iguais.
1) Hibridização sp3
a) Hibridização sp3 para o átomo de carbono
18
O carbono se localiza no grupo 14 ou família IVA da tabela periódica, possuí quatro electrões
na camada de valência e de acordo com a mecânica quântica, a configuração electrónica de
um átomo de carbono em seu estado de energia mais baixo recebe a denominação de estado
fundamental e é representado por (Silveira, 2014):
Segundo a teoria, o carbono só seria capaz de se combinar após receber energia suficiente
para promover ao orbital pz um dos electrões 2s.
A distribuição dos electrões no nível quântico n=2 (camada de valência) envolve os orbitais
Ψ2s, Ψpx, Ψpy e. Ψ2pz. Esta distribuição permite ao carbono estabelecer duas ligações
covalentes, uma vez que existem apenas dois electrões desemparelhados. Esta distribuição
electrónica impossibilita o carbono de realizar quatro compartilhamentos eletrônicos e fica em
desacordo com os postulados básicos da química lançados de formas independentes por
Kekulé, Couper e Butlerov; que propuseram que o carbono é tetravalente e forma quatro
ligações (Silveira, 2014).
Por outro lado, Le Bel e Van’Hoff propuseram para o carbono a capacidade de formar quatro
ligações simples, em um modelo espacial tetraédrico. Neste modelo o carbono se encontra no
centro de um tetraedro com suas valências voltadas para o vértice. Para o carbono formar as
quatro ligações é necessário a hibridação dos orbitais descritos pelas funções de onda Ψ2s,
Ψ2px, Ψ2py e Ψ2pz.
Para acontecer a hibridização é preciso que ocorra a combinação linear das funções de ondas
responsáveis pelos orbitais s e p, essa combinação linear vai gerar uma função de onda para
cada orbital hibridado. O número de orbitais novos formados é igual ao número de orbitais
atómicos originários da combinação linear (Coelho, 2015).
Por exemplo, no caso do carbono, a combinação linear será realizada com a função de onda
que descreve o orbital Ψ2s com as funções de onda que descrevem os orbitais Ψ2pz,Ψ2py e
Ψ2px, perceba que a combinação linear está sendo efetuada com o uso de quatro orbitais
atómicos, sendo assim, serão gerados na combinação linear das funções de onda, quatro novos
orbitais de mesma forma geométrica descritos pela função de Ψsp3, como está demonstrado
na figura 1.6. (Silveira, 2014)
19
Que ocupam cada um dos orbitais Ψsp3; esse ângulo corresponde a 109º,5. Os quatro orbitais
sp3 semipreenchidos possuem a mesma energia.
Para o nitrogênio, que apresenta cinco electrões na camada de valência, a distribuição nos
quatro orbitais descritos pela função de ondaΨsp3, será realizada com o preenchimento de
electrões nos orbitais hibridados, como mostra a figura 1.7 abaixo.
Como o nitrogênio possui cinco electrões para serem distribuídos, um dos orbitais Ψsp3 vai
receber dois electrões. Esse orbital preenchido com dois electrões vai provocar repulsão
eletrostática com os electrões que se encontram nos orbitais vizinhos, para que essa repulsão
seja minimizada torna-se necessário a troca da geometria de tetraédrica para piramidal.
Na geometria piramidal o ângulo entre os orbitais Ψsp3 passa a ter um valor de 107º. Esse par
de electrões que ocupa um dos orbitais, recebem a denominação de electrões não ligantes do
20
nitrogênio ou electrões n. Veja como fica à disposição dos orbitais Ψsp3 para o nitrogênio na
geometria piramidal.
Para o oxigênio, que apresenta seis electrões na camada de valência, a distribuição nos quatro
orbitais descritos pela função de onda Ψsp3 será realizada da seguinte forma, conforme figura
1.7 abaixo.
Como o oxigênio possui seis electrões para serem distribuídos, dois orbitais
Estes dois orbitais preenchidos, cada um com dois electrões, irão provocar repulsão
eletrostática entre si e repulsão eletrostática com os electrões que se encontram nos orbitais
vizinhos, para que essa repulsão seja minimizada, torna-se necessário a troca da geometria de
tetraédrica para angular.
Na geometria angular o ângulo entre os orbitais Ψsp3 passa a ter um valor de 105º.
Como o oxigênio tem dois orbitais preenchidos (com dois electrões), dizemos que o oxigênio
tem dois pares de electrões não ligantes, ou dois pares de electrões n.
21
2) Hibridização sp2
A hibridização sp2 se forma pela combinação linear entre as funções de onda que descrevem
os orbitais 2s e dois dos orbitais 2p, deixando um dos orbitais 2p sem formar combinação
linear. Esse orbital 2p que não participa da combinação linear das funções de onda, isto é,
não participa do processo de hibridização, é responsável pela formação de uma nova ligação
denominada de pi (Salomons & Fruhle, 2005).
A combinação linear entre as funções de ondas do orbital Ψ2s com os outros dois orbitais
2p,(vamos considerar o Ψ2px e o Ψ2py), dão origem a três novos orbitais denominados de
Ψsp2 que são responsáveis pela formação da ligação sigma. O carbono com hibridação sp2
forma três ligações sigmas utilizando três orbitais Ψsp2 (Silveira, 2014).
A segunda ligação química que pode ser formada é a pi, que se forma através do orbital
Ψ2pz, que não foi utilizado na combinação linear das funções de onda, (não participou do
processo de hibridação). A disposição espacial do carbono com hibridização sp2, mostra três
orbitais híbridos Ψsp2 dispostos em um plano formando entre si um ângulo de 120º, tendo o
orbital Ψpz que não participou do processo de hibridização, localizado de forma
perpendicular ao plano que contém os orbitais hibridados Ψsp2 (idem).
O boro por ser um ametal forma ligações covalentes com seus orbitais hibridados sp2. Todos
os compostos BX3 são deficientes em electrões e por este motivo aparecem nas reações
orgânicas como ácidos de Lewis. O diborano (B2H6) é utilizado na reação de hidroboração de
alcenos, para a obtenção de trialquilboro. É um ácido de Lewis por possuir um orbital p vazio,
ilustrado na figura 1.9 e figura 1.10 abaixo.
3) Hibridização sp
a) Hibridização sp nos átomos de C e Be
A combinação linear dessas duas funções de onda (Ψ2s e Ψ2px) dá origem a duas novas
funções de onda que descrevem o orbital hibridado Ψsp. Esses dois orbitais hibridados estão
dispostos em uma geometria linear e formam entre si um ângulo de 180º.
23
Os dois orbitais descritos pela função de onda Ψsp serão responsáveis pela formação de duas
ligações sigmas. Os dois orbitais Ψ2pz, Ψ2py que não foram utilizados na combinação linear,
são utilizados na formação de duas ligações π.
Este processo de hibridização segue a mesma linha de raciocínio aplicada anteriormente nas
hibridações sp3 e sp2, mudando apenas a combinação linear dos orbitais.
A hibridização do carbono do tipo sp acontece somente quando ele realiza duas ligações pi (π)
e duas ligações sigma (σ). Há, nesse caso, então, duas possibilidades: o carbono pode fazer
duas ligações duplas ou uma ligação simples e uma tripla, conforme se observa a seguir
(Fogaça, 2021):
O átomo de carbono quando possui duas ligações duplas, então ele apresenta somente duas
nuvens eletrônicas, cuja distância máxima possível forma um ângulo de 180ºC. Portanto, sua
geometria é linear.
Se mais de dois átomos estiverem envolvidos em uma molécula, as formas dos orbitais devem
coincidir com a forma das ligações (trigonal, tetraédrica, etc.).
Os átomos quando efetuam uma determinada ligação química formam ângulos entre si
adotando uma determinada geometria para a molécula formada. Pode-se dizer que a geometria
molecular é determinada pela posição adotada entre os núcleos dos átomos ligantes.
De acordo com a Teoria de repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência, os pares dos
elétrons do átomo central, localiza-se em posições determinadas pela maior repulsão possível
entre eles e a partir daí definem a geometria molecular. Essa situação confere a molécula
maior estabilidade estrutural.
24
1 –Geometria Linear: é estabelecida por moléculas diatômicas e triatômicas que não possuem
elétrons livres no átomo central e a hibridação do átomo central é sp.
3- Geometria Tetraédrica: com ângulo de 109° 28’. Acontece em moléculas que possuem
cinco átomos (moléculas pentatômicas). Quatro nuvens eletrônicas fazem ligações com outros
quatro átomos ao redor do átomo central.
4- Geometria bipiramidal: acontece quando são formados por seis (6) elementos, onde o
átomo central apresenta 5 átomos ao seu redor.
Conclui-se então que a geometria é função dos elétrons da camada de valência do átomo
central, os quais adotam a situação de maior angulação possível entre eles, ou seja, a situação
de maior estabilidade. conforme a tabela 1.1. apresenta.
3
https://en.wikipedia.org/wiki/Trigonal_planar_molecular_geometry
4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_molecular_octa%C3%A9drica
25
A escola funciona também com um total de 38 professores sendo dois (2) professores
lecionando a disciplina de Química.
2.1.2. Amostragem
O trabalho de campo desenvolveu-se em três (3) fases essências que se distinguem em:
2.1.3.1. Pré-teste
Assim, nesta pesquisa, o pré-teste permitiu então avaliar o nível de conhecimentos que os
alunos tinham sobre o fenómeno de hibridação dos orbitais moleculares e a técnica utilizada
neste teste foi o questionário, aplicado em forma de uma prova escrita aos 44 alunos.
Elaborou-se um questionário com uma questão (1) questão tendo seis (6) alíneas com as suas
alíneas e aplicou-se aos 44 alunos, e a cada alínea valia 3,3 valores. E este questionário foi
realizado no dia 19 de setembro de 2019, com uma duração de 90 minutos, na turma única da
11ª classe do período de manhã.
2.1.3.3. Pós-teste
O pós-teste é considerado como o conjunto de perguntas que são feitas aos alunos com a
finalidade de informar se estes aprenderam ou não o conteúdo ensinado
(https://www.niduu.com.blog/Metodológia.Acedido aos 02.04.2019, s.d.).
Assim, depois da administração das duas aulas, aplicou-se o referido teste que teve um
questionário semelhante ao aplicado no pré-teste e o mesmo foi aplicado no dia 24 de
setembro de 2019. Tal como no pré-teste, neste teste usou-se também a mesma ponderação.
Após correcção dos testes, os resultados foram tratados estatisticamente usando várias
ferramentas como: medidas de tendência central, Tabelas e gráficos para facilitar a
visualização dos dados. Assim, para o tratamento de dados recorreu-se à folha de cálculo do
Microsoft Excel seguindo as seguintes etapas seguindo as seguintes etapas:
5
É o estado em que o átomo apresenta seus electrões localizados em níveis e subníveis de menor conteúdo
energético.
6
É o estado em que o elemento recebe estímulo energético do meio provocando deslocamento de electrões
situados em um orbital completo na camada de valência para o primeiro orbital vazio da mesma camada.
28
Condições:
7
É o estado onde ocorre a fusão dos orbitais incompletos da camada de valência para formar orbitais híbridos
29
PASSOS DO ALGORITIMO
1.a) Resolução
H B H
Hibridização sp2
Assim, na molécula de BH3, o elemento B sofre hibridação sp2 e apresenta uma geometria
trigonal plana.
1.b) Resolução
H (Z=1): 1s1
2sp3 1s1
H C H
H
33
Tetraédrica (109,5º)
Hibridização sp3
Assim, na molécula de CH4, o elemento C sofre hibridação sp3 e apresenta uma geometria
tetraédrica.
1.c) Resolução
H (Z=1): 1s1
2sp 1s1
H Be H
Hibridização sp
1.d) Resolução
2sp2 1s1
H O H
Tetraédrica (109,5º)
Hibridização sp3
Assim, na molécula de H2O o elemento O sofre hibridação sp3 e apresenta uma geometria
Tetraédrica.
1.e) Resolução
S (Z=16): 1s2, 2s2, 2p6 3s2 3p4 F (Z=9): 1s2 2s2 2p5
F F
F S F
F F
Octaédrica
Hibridização sp3d2
Assim, na molécula de SF6 o elemento S sofre hibridação sp3d2 e apresenta uma geometria
Octaédrica.
38
1.f) Resolução
S (Z=15): 1s2, 2s2, 2p6 3s2 3p3 Cl (Z=9): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
Cl
Cl P Cl
Cl Cl
Bipirâmide trigonal
Hibridização sp3d1
Assim, na molécula de PCl5 o elemento P sofre hibridação sp3d1 e apresenta uma geometria
Bipirâmide trigonal.
40
Respostas Total de
Questões Certas Erradas alunos
Nº % Nº % Nº
Q1. a) 5 11,4 39 88,6 44
Q1. b) 4 9,1 40 90,9 44
Q1.c) 5 11,4 39 88,6 44
Q1. d) 6 13,6 38 86,4 44
Q1. e) 2 4,5 42 95,5 44
Q1.f) 0 0,0 44 100,0 44
Média 3,666667 8,3 40,33333 91,7 44
50 42 44
39 40 39 38
40
Respostas
30
20 Certas
5 4 5 6 Erradas
10 2 0
0
1 2 3 4 5 6
Questões
A partir das respostas certas e erradas obtidas neste teste diagnóstico verificou-se duma forma
geral, que muitos alunos apresentavam séries debilidades, sobre o fenómeno de hibridação
nos orbitais.
Este quadro levou ao pesquisador elaborar uma proposta metodológica procurando inverter o
quadro inicial, com a atenção em verificar também a causa do grande défice das habilidades
dos alunos no pré-teste.
Xi Fi
0 8
1 5
2 0
3 8
4 6
5 2
6 13
7 2
8 0
9 0
10 0
11 0
12 0
13 0
14 0
15 0
16 0
17 0
18 0
19 0
20 0
Soma 44
Aplicando a ferramenta estatística do Excel, os resultados das medidas de tendência central ou
de localização obtidos no pré-teste estão apresentados na Tabela 3.3
Parâmetros Pré-Teste
Média 3,522727273
Mediana 4
Moda 6
Variança 6
Desvio padrão 2,4
Máximo 7
Mínimo 0
Intervalo de confiança 0,7
Coeficiente de variação (%) 67,5
Analisando e interpretando os resultados com base nas notas que os alunos obtiveram nota-se
que:
43
Em relação a mediana 50% dos alunos obtiveram uma nota inferior a 6 valores e
50% dos quais tiraram uma nota superior a 6 valores, na qual a nota mais obtida
foi de 6 valores, que corresponde a moda (Mo = 6).
A distribuição é assimétrica positiva, pois a moda excedeu à mediana e esta a
média, onde a côa se encontrou a esquerda.
A variabilidade é grande, pois o desvio padrão é de 2,4 e uma variância de 6
valores da média.
A nota máxima obtida é de 7, que corresponde a uma percentagem de 35% da
ponderação máxima e a nota mínima obtida é de zero (0) valores.
Em relação a este critério, a situação é preocupante, pois que as notas obtidas são muito baixo,
o que demonstra existir mesmo dificuldades por parte destes alunos.
Respostas
Questões Certas Erradas Total de alunos
Nº % Nº % Nº
Q1. a) 34 77,3 10 22,7 44
Q1. b) 40 90,9 4 9,1 44
Q1. c) 35 79,5 9 20,5 44
Q1.d) 40 90,9 4 9,1 44
Q1. e) 36 81,8 8 18,2 44
Q1.f) 40 90,9 4 9,1 44
Média 37,5 85,2 6,5 14,8 44
44
40 40 40
40 35 36
34
35
30
Respostas 25
20 Certas
15 10 9 8 Erradas
10 4 4 4
5
0
1 2 3 4 5 6
Questões
A partir das respostas certas e erradas obtidas neste teste, os alunos apresentaram resultados
satisfatórios, isto porque houve um aumento significativo das notas obtidas no pós-teste.
Duma forma geral, muitos alunos superaram as suas dificuldades, sobre o fenómeno de
hibridação dos orbitais.
As notas obtidas pelos alunos no pós-teste, vão de 11 aos 19 valores e estão distribuídas
conforme se apresentam na Tabela 3.5.
45
yi Fi
0 0
1 0
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
7 0
8 0
9 0
10 0
11 6
12 11
13 1
14 7
15 4
16 3
17 6
18 3
19 3
20 0
Soma 44
Parâmetros Pós-teste
Média 14,32
Mediana 14
Moda 12
Variança 7
Desvio padrão 2,6
Máximo 19
Mínimo 11
Intervalo de confiança 0,4
Coeficiente de variação (%) 18,1
Em relação aos resultados apresentados na Tabela 3.6, nota-se que:
A mediana é igual a 14 valores, isto significa que 50% dos alunos obtiveram uma nota
inferior a 14 valores e 50% dos alunos tiraram uma nota superior a 14 valores, na qual
a nota mais obtida foi de 12 valores (Mo = 12).
46
Tem-se confiança de 95% de que a média real dos valores obtidos pelos alunos
encontra-se dentro dos limites do intervalo 11 e 19.
A nota máxima obtida é de 19 valores, que corresponde a uma percentagem de 95% da
ponderação máxima e a nota mínima obtida é 11 valores (55% da ponderação
máxima).
Os dados analisados são significativos, pois os alunos obtiveram bom aproveitamento e maior
parte esteve acima dos 70% da ponderação máxima
Como se pode ver nos dados obtidos no pré-teste e pós-teste verificou-se uma mudança
significativa conforme se representam na Tabela 3.7 e gráfico da Figura 3.3.
Pré-teste Pós-Teste
Questões Certas (Pré-teste) Erradas (Pré-teste) Certas (Pós-teste) Erradas (Pós-teste)
Q1. a) 5 39 34 10
Q1. b) 4 40 40 4
Q1. c) 5 39 35 9
Q1. d) 6 38 40 4
Q1.e) 2 42 36 8
Q1.f) 0 44 40 4
50 42 44
39 4040 39 3840 40
40 34 35 36
Certas (Pré-teste)
Respostas
30
20 Erradas (Pré-teste)
10 9 8
5 5 6 Certas (Pós-teste)
10 4 4 4 4
0 0 0 0 02 00 Erradas (Pós-teste)
0
1 2 3 4 5 6
Questões
A partir da Tabela 3.7 e da Figura 3.3, vê-se os dados comparativos do nível de conhecimento
que os alunos apresentavam antes e depois da aplicação da estratégia, e se pode avaliar o grau
da eficiência e eficácia desta estratégia metodológica.
47
A média no pré-teste foi de 3,52 valores, ao passo que no pós-teste é de 14,32 valores,
cujo crescimento verificado é de 10,8 valores.
A mediana no pré-teste foi de 4 e no pós-teste a mediana cresceu para 14, o que
significa que no teste diagnóstico maior parte dos participantes tiveram nota inferior a
6, contrariamente ao pós-teste, na qual maior parte teve nota superior ou igual a 12
valores.
A nota mais frequente no pré-teste foi de 6 valores, e no pós-teste cresceu para 12
valores.
No pré-teste a nota máxima conseguida foi de 7 valores (35% da ponderação máxima)
contra 19 valores no pós-teste, correspondendo 95% da ponderação máxima;
No pré-teste, vê-se que não houve positivas. Observa-se que no pós-teste todas as
notas foram positivas e não houve negativas.
48
CONCLUSÕES
SUGESTÕES
Em função das constatações feitas durante a investigação e elaboração deste trabalho, a fim de
se melhorar o ensino das ligações químicas, sugere-se o seguinte:
Que os professores de Química não sejam apenas reféns dos manuais da reforma
educativa, mas que se apoiem noutras publicações que tratam sobre o assunto.
50
BIBLIOGRAFIA
Azevedo, C. (24 de 10 de 2019). Fonte: https:www.nido.com /glob / Gestão. Acedido aos 24.
10. 2019.
Brown, T. L. (2005). Química, a ciência central (9ª ed.). São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Feltre, R. (2004). Química Geral (6ª Edição ed., Vol. volume 1). São Paulo, São Paulo,
Brasil: Moderna.
Feltre, R., & Yoshinaga, S. (1974). Atomística: Teoria e exercícios . São Paulo: Moderna.
Kamogawa, M. Y. (2006). Química orgânica - Ciência do alimento. São Paulo: USP. Fonte:
kamogawa@esalq.usp.br
Libano, J. (2006). Didática. (C. editora, Ed.) São Paulo. Fonte: Didática de Pedagogia.
Marconi M & Lakatos E. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica (5ª ed.). São paulo:
Atlas.
Martins, L. C., & Moretto, S. A. (s/d). Química Geral e Inorgânica. São Paulo:
UNIP:Interactiva.
Salomons, T., & Fruhle, C. (2005). Química Orgânica (8ª ed., Vol. 1). Rio de Janeiro: LTC-
Livros Técnicos e científicos.
Estimado (a) aluno (a)! O nosso objectivo não é medir a capacidade, mais sim, verificar
o nível de conhecimento acerca do assunto que diz respeito a hibridação dos orbitais
moleculares.
a) BH3
b) CH4
c) BeH2
d) H2O
e) SF6
f) PCl5
A2
Disciplina: Química
Sala nº: 17
Duração: 45 minutos
Data: 19/09/2019
Objetivos Específico: No final desta aula os alunos da 11ª serão capazes de:
b) Motivação
2) R: O fenómeno de hibridação é o nome dado à fusão ou à união de orbitais 2. O que entendes por fenómeno de
atômicos incompletos, fenômeno que aumenta o número de ligações covalentes hibridação?
II – Desenvolvimento
±30Minutos a) Estado fundamental: É o estado em que o átomo apresenta seus electrões Conceituar os seguintes termos:
localizados em níveis e subníveis de menor conteúdo energético. a) Estado fundamental
b) Estado activado: É o estado em que o elemento recebe estímulo energético b) Estado activado
c) Estado hibrido
do meio provocando deslocamento de electrões situados em um orbital
completo na camada de valência para o primeiro orbital vazio da mesma
camada.
c) Estado hibrido: É o estado onde ocorre a fusão dos orbitais incompletos da
camada de valência para formar orbitais híbridos
Exercicios sobre o fenómeno de hibridação dos orbitais moleculares 1. Demostre o fenómeno de hibridação e
o tipo de hibridação na seguinte
1.a) Resolução molécula:
Aplicando a proposta metodológica tem-se: a) BH3
Passo 1: Determinar a distribuição electrónica do átomo
H B H
H Be H
± 5Minutos IV – Aplicação
1.c) Resolução
Aplicando a proposta metodológica tem-se: Demostre o fenómeno de hibridação na
Passo 1: Determinar a distribuição electrónica dos átomos seguinte molécula:
O (Z=8): 1s2, 2s2, 2p4
H (Z=1): 1s1 c) H2O
Tarefa
Tetraédrica (109,5º)
Hibridização sp3
1.e) Resolução
Aplicando a proposta metodológica tem-se:
Passo 1: Determinar a distribuição electrónica dos átomos
S (Z=16): 1s2, 2s2, 2p6 3s2 3p4 F (Z=9): 1s2 2s2 2p5
Passo 2: Determinar os estados fundamentais dos átomos
S (Z=16): 1s2, 2s2, 2p6 3s2 3p4 F (Z=9): 1s2 2s2 2p5
F F
F S F
F F