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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CÍVEL DA


COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO – RJ.

MILENA GOULART SOUZA RODRIGUES,


brasileira, solteira, servidora pública, portadora da Identidade R. G.
n.º07353691-4 IFP/RJ, inscrita no CPF sob o n.º028.951.777-08,
residente e domiciliada na Rua Mário Alves, n.º61, apto 1005, Icaraí,
Niterói – RJ, CEP 104.220-270, vem mui respeitosamente perante Vossa
Excelência, através do advogado que esta subscreve, com escritório à
Rua Abageru, n.º25, apto 201, Vila Kosmos, Rio de Janeiro – RJ, tel:
(21)981654266, CEP 21.220-160, onde recebe intimações, propor a
presente

AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL POR


INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA C/C DANOS MATERIAIS E
MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA, consubstanciada no artigo
475, 927, 186, 187 todos do Código Civil, artigo 300 do Código de
Processo Civil, artigos 2º e 48 do Código de Defesa do Consumidor, em
face de

EBC CRED PROMOTOR DE VENDAS EIRELI,


inscrita no CNPJ sob o número 13.443.812/0001-53, com sede na Praça
Ana Amélia, n.º09, 10º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20020-
040; MULTIPLUS CONSULTORIA FINANCEIRA, CNPJ n.º
05.327.427/0001-12, situada na Av. Rio Branco, número 115, 17º andar,
Centro, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20.040.004 e NEXTPAR
PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA, inscrita sob CNPJ
n.º06.934.416/0001-63, com seu ato constitutivo registrado na Junta
Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJA, NIRE
332.0723357-5, com sede na Avenida Rio Branco, n.º115, pav 16,
Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20040-004, pelos fatos e fundamentos a
seguir:

Preliminarmente – da Justiça Gratuita


A autora é hipossuficiente, não podendo arcar com as
custas e despesas processuais que por ventura incidirem no presente
processo, sem se privar de suas necessidades de subsistência.
Vale informar que ao não adimplir sua
contraprestação, a ré causou danos de ordem material diminuindo
consideravelmente o poder aquisitivo da autora que, atualmente, devido
a isso, se encontra com grandes problemas financeiros. O que torna
impossível para ela arcar com as custas sem prejudicar as suas
necessidades e as de sua família.
Vale acrescentar que a autora vendeu um carro para
continuar pagando as parcelas de responsabilidade da empresa ré,
conforme o contrato firmado. Além de se encontrar em situação
vexatória, a autora vem se desfazendo de seu patrimônio para adimplir a
contraprestação incumbida à empresa ré.
Assim, requer a concessão dos benefícios da Justiça
Gratuita, conforme disposto na lei 13.105/2015 em seus artigos 98 e 99.
Não entendendo desta forma, requer que Vossa Excelência conceda o
parcelamento das custas processuais, conforme o §6º do artigo 98 do
mesmo dispositivo legal, ao final do processo.

Dos fatos e do direito

A autora tem contratado junto à ré 02(dois)


instrumentos particulares de cessão de crédito registrados em cartório, o
PRIMEIRO firmado na data de 30/10/2017 no valor de
R$67.356,63(sessenta e sete mil, trezentos e cinquenta e seis reais e
sessenta e três centavos), no qual a ré se obrigou ao pagamento de 96
parcelas de 1.678,00(mil seiscentos e setenta e oito reais) pelo crédito
cedido pela autora conforme comprovante de depósito/transferência; o
SEGUNDO firmado na data de 21/03/2019 no valor de
R$48.887,00(quarenta e oito mil, oitocentos e oitenta e sete reais), no
qual a Notificada se obrigou ao pagamento de 72 parcelas de
R$2.133,96(dois mil, cento e trinta e três reais e noventa e seis centavos)
pelo crédito cedido pela autora conforme comprovante de
depósito/transferência. (doc. j)
Ocorre que a ré não realizou o pagamento pactuado referente às
parcelas do mês de abril e maio/2020 do PRIMEIRO CONTRATO no
valor de 1.678,00(mil seiscentos setenta e oito reais) cada; da mesma
forma também não procedeu o pagamento pactuado referente às parcelas
do mês de março, abril e maio/2020 do SEGUNDO CONTRATO, cada
uma no valor de R$2.133,96(dois mil, cento e trinta e três reais e noventa
e seis centavos). (doc. j.)
O título da cessão de crédito que a ré deixou de adimplir vem
gerando danos materiais que reduzem o poder aquisitivo da autora
consideravelmente. Além de suportar o estresse e a impotência de não
conseguir fazer a empresa ré cumprir com as cláusulas contratuais, a
autora vem pagando as parcelas do empréstimo que realizou junto ao
Banco do Brasil S/A, importante dizer também que a autora vendeu um
carro para isso, ou seja, vem se desfazendo de seus bens na injusta tarefa
de assumir o ônus da empresa ré no contrato firmado entre ambas.
São cinco parcelas em atraso. Assim, a autora teve que retirar
R$9.757,88 (nove mil, setecentos e cinquenta e sete reais e oitenta e
oito centavos) de seu orçamento mensal atual para pagar as parcelas
de responsabilidade da ré, conforme contrato acostado.
Se essa situação perdurar no tempo, dada a obrigação periódica da
ré, a autora passará a não ter recursos para pagar e comprometerá sua
credibilidade pessoal e seu crédito junto ao seu banco por culpa da ré.
Vale registrar que a autora buscou contato por muitas vezes com
os representantes da ré, não logrou nenhum êxito. A empresa ré se
omitiu a cada contato, até o ponto de não mais atender ligações, retornar
contatos e apagar sua página das redes sociais. Portanto, a presente
medida é necessária para a resolução dos contratos.
Outra curiosidade é a forma do instrumento particular de cessão de
crédito utilizado como contrato de adesão, uma forma que imprime
complexidade desde o primeiro ato, em que o cedente CEDE E PAGA O
CRÉDITO ao cessionário, e o cessionário lhe dá 10%(dez por cento)
desse valor à título de juros compensatórios e se obriga pelo contrato a
pagar as parcelas que o cedente se comprometeu no empréstimo
realizado junto ao CEDIDO, ou seja, ao Banco do Brasil no caso.
Uma clara deturpação da função social do contrato civil de cessão
de crédito, comumente usado para compensações entre empresas, aqui é
utilizado como um instrumento de recolher fundos de pessoas físicas e
aplica-los no mercado especulativo de capital empurrando todo a
responsabilidade com a instituição financeira para a parte mais fraca do
contrato, ou seja, a autora, no caso.
Assim, na falta do pagamento da parcela ao Banco, a
responsabilidade não recai diretamente na ré, compromete apenas o
financeiro e o crédito da autora que é uma pessoa juridicamente e
financeiramente muito mais frágil.
Da Aplicação do Código de Defesa do Consumidor
Outro ponto que deve ser exposto é a grande produção de
contratos por parte da empresa ré. A ré é conhecida como uma empresa
financeira que busca o contato com seus clientes via telefone, ela possui
agentes treinados e capacitados para oferecer os serviços, ou seja,
contratos de adesão de cessão de crédito, mútuo, etc.
Esses agentes são instruídos para buscar indivíduos com renda
fixa, até entre seus próprios parentes, tais como, servidores públicos,
militares, pensionistas, e assim oferecerem vantagens em troca de um
contrato, à primeira vista, lucrativo. Este advogado fez contato com
alguns empregados da empresa ré e das outras empresas do mesmo
grupo financeiro, o treinamento foca em “vender” o máximo de
contratos.
Eles vão à casa do cliente, utilizam técnicas de persuasão, firmam
a seriedade e comprometimento da empresa, deixam contatos para sanar
dúvidas, aparelham todo um cenário de segurança, confiança e retorno
para conseguirem ao final fechar o instrumento particular.
Desta forma está clara a relação de consumo existente entre a
autora e a ré, conforme preceitua o artigo 2º do Código de Defesa do
Consumidor:
“Artigo 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final.”
Explanado o procedimento da empresa, é certo que a presente
rescisão estará amparada pelo Código de Defesa do consumidor.
Acrescente-se que há disparidade de poder financeiro e jurídico entre a
empresa ré e a autora. A primeira é uma empresa do ramo financeiro
com grande poder aquisitivo, a segunda é uma pessoa comum que
trabalha para obter renda suficiente para subsistir. É importante entender
que há o princípio da vulnerabilidade, que é central para a
operacionalização das técnicas protetivas do CDC.
A desigualdade entre consumidor e fornecedor é um dado objetivo
no exame das relações submetidas ao CDC. Uma das causas dessa
desigualdade está no caráter vulnerável do consumidor. A
vulnerabilidade “é multifária, decorrendo ora da atuação dos
monopólios e oligopólios, ora da carência de informação sobre
qualidade, preços, crédito e outras características dos produtos e
serviços. Não bastasse tal, o consumidor ainda é cercado por uma
publicidade crescente, não estando, ademais, tão organizado quanto os
fornecedores”(GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código de Defesa do
Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 9. ed. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2007, p. 7).

O consumidor não tem qualquer controle sobre essas estruturas


nas quais os fornecedores se organizam, nem sobre o ciclo de produção,
o que o torna desconhecedor dos meandros da relação de consumo e
sujeito às regras dos titulares da produção, além de ser frágil contratual e
economicamente.

O CDC tem uma visão protetiva apta a discernir essa posição


vulnerável do consumidor nas relações de consumo. Trata-se de uma
proteção destinada a manter ou restituir o equilíbrio contratual nas
relações estabelecidas entre fornecedor e consumidor.

A concretização desse conceito tem-se dado na jurisprudência do


STJ:

O critério da vulnerabilidade tem servido para atenuar a teoria


finalista para se “autorizar a incidência  do  Código  de  Defesa  do 
Consumidor nas hipóteses  em  que  a  parte (pessoa física ou jurídica),
embora não seja  tecnicamente  a  destinatária  final do produto ou
serviço, se apresenta  em  situação de vulnerabilidade” (STJ. AgRg no
AREsp 837.871/SP, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado
em 26/04/2016, DJe 29/04/2016).

Assim, conclui-se que, na relação, a autora deve ser assistida pelo


Código de Proteção ao Consumidor conforme preceitua o artigo 48 do
dispositivo legal:
 “Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos
particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo
vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos
termos do art. 84 e parágrafos.”
O que vem em seguida é a busca da autora em reaver aquilo que se
gastou, ter amenizados os danos causados pela empresa ré e a resolução
do contrato.
Da Rescisão
O instituto da cessão de crédito não exige forma, mas o que se tem
no presente caso é uma perversão intencional de um dispositivo
contratual que foi feito para agilizar a vida civil. O objetivo da empresa
ré é conseguir montantes de dinheiro para jogar na especulação
mercantil, render juros, capitalizar a todo custo sem qualquer
consideração dos efeitos da inadimplência do contrato na vida dos
clientes cedentes.
Ao não cumprir as cláusulas do instrumento firmado entre as
partes a ré torna a obrigação plenamente exigível. Pois o inadimplemento
da contraprestação devida por uma parte permite que a outra parte, que
cumpriu com a sua prestação no contrato, busque a prestação
jurisdicional para a resolução do contrato.
O Código Civil preceitua em seu artigo 475 o seguinte:
“Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução
do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em
qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.”
Ocorre que a empresa ré não cumpriu e nem estipulou prazo para
cumprir o pactuado, deixou a autora numa situação de incômoda
insegurança jurídica e financeira.
Desta forma, amparada pela lei, conforme disposto acima, a autora
fará valer seu direito de ter a resolução dos contratos, pois não se traduz
em justiça o comprometimento do seu patrimônio para cobrir a
negligência da empresa ré.
A autora busca a Resolução por Inexecução Voluntária pelo
inadimplemento do contrato por parte da empresa ré, gerando a extinção
do contrato desde sua origem. As prestações cumpridas devem ser
compensadas, mas a empresa ré deverá arcar também com as perdas e
danos aqui descritas.
O dispositivo legal mencionado acima descreve a Cláusula Tácita
que autoriza o término da relação contratual nos casos de
inadimplemento das obrigações.
Das Perdas e Danos
A empresa ré causou danos materiais no importe de
R$9.757,88(nove mil, setecentos cinquenta e sete reais e oitenta e oito
centavos) à autora pelo não adimplemento do disposto no contrato, não
assumiu as parcelas de forma irresponsável. Vale lembrar que este valor
é provisório, com probabilidade altíssima de dobrar ou triplicar.
Além do desgaste mental que uma perda material dessa pode
causar, soma-se a isso o estresse, a perda de um automóvel para o
pagamento das parcelas em atraso, o sentimento de impotência na
tentativa de contato com a ré, sempre sem retorno, sempre sem respostas,
o sentimento de impotência perante as contas que vencem e não são
pagas devido à falta de dinheiro da autora, o estresse acumulado ao ter
que se privar de alguns bens, lazeres e caprichos individuais tão comuns
e que atualmente não podem ser pagos.
Os danos causados pela ré atingiram a esfera material e moral da
autora de forma conjunta, não há que se falar em mero aborrecimento. O
mero aborrecimento é uma situação adversa que pode ser contornada
facilmente.
No presente caso temos uma prestação custosa demais para que a
autora assuma mensalmente, é um dano que recai diariamente no
financeiro e no psicológico dela. Como uma pergunta que se repete a
cada dia e que gera cada vez mais insegurança, “pingando” nos seus
pensamentos constante e repetidamente como uma “gota” na cabeça:
“Será que vão pagar? Será que vai dar pra pagar? E se não der pra
pagar?”.
O Código Civil pátrio é preciso no seu artigo 927:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Na certeza das perdas e dos danos causados pelas atitudes da
empresa ré, ficará esta responsabilizada pela reparação deles. De forma a
reestabelecer o equilíbrio financeiro da autora e minimizar os amargores
que acompanham todo o exposto na presente.
É fato incontroverso que a empresa ré, pela natureza de sua
atividade financeira, implica risco para os direitos daqueles com quem
firma contratos.
A ré é conhecida por este advogado que gerencia numerosas
demandas contratuais no mesmo sentido de inadimplemento das suas
obrigações. Além disso, basta uma breve pesquisa processual com o
nome da empresa ré para listarmos as demandas na qual figura como a
parte reclamada/ré.
Portanto, pode-se afirmar que a responsabilidade civil da empresa
ré é objetiva, ou seja, independe de culpa. É público e notório que a
atividade desenvolvida pela empresa ré causa perdas, danos e risco aos
direitos do seu público, vistos os históricos de demandas, o clamor
público atual na busca da prestação jurisdicional para constituir o direito
de reaver os valores confiados à empresa ré.

Da Tutela Antecipada de Urgência


Na presente ação são clarividentes os elementos que atestam o
direito, dada toda documentação acostada, os termos do contrato, o
comprovante do cumprimento da contraprestação da autora e a ausência
da contraprestação da empresa ré que permitiu à autora buscar a
resolução do contrato.
Por todo o exposto vimos que os danos já ocorreram, e também
podemos vislumbrar que ainda há o perigo iminente da majoração
avultada desses danos materiais e, consequentemente, dos danos morais
já infligidos à autora.
Conforme preceitua o artigo 300 do Código de Processo Civil:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.”
Assim, é necessária a tutela antecipada no sentido de exigir o
pagamento referente às parcelas do mês de abril e maio/2020 do
PRIMEIRO CONTRATO no valor de R$1.678,00(mil seiscentos setenta
e oito reais) cada; da mesma forma o pagamento referente às parcelas do
mês de março/2020 e abril/2020 do SEGUNDO CONTRATO, cada uma
no valor de R$2.133,96(dois mil, cento e trinta e três reais e noventa e
seis centavos), perfazendo um total de R$9.757,88(nove mil,
setecentos cinquenta e sete reais e oitenta e oito centavos), mais as
parcelas que vencerem até da data do pagamento, efetivada a
citação.
Além do perigo de dano, a não concessão da tutela antecipada
trará um grande risco no sentido de omissão da empresa ré ao presente
processo. A autora vem tentando contato com a empresa ré há muito
tempo, como mencionado, não houve retorno.
Houveram informações, por meio de vídeo nas redes sociais e
contatos com outros clientes e funcionários da empresa ré, que são
uníssonas em afirmar: Que em contato com outras pessoas na mesma
situação, a empresa ré vem dizendo que haverá futuramente a
transferência dos contratos para a empresa MULTIPLUS
CONSULTORIA FINANCEIRA, CNPJ n.º 05.327.427/0001-12, situada
na Av. Rio Branco, número 115, 17º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ,
CEP 20.040.004; que a empresa é do mesmo grupo/capital e que houve
uma modificação na nomenclatura, ou seja, se aparentam vagas as
argumentações no sentido de ludibriar e confundir seu público.
Assim, conclui-se com isso que há risco na lida com a empresa ré,
há risco de omissão, há uma tentativa clara em confundir os clientes na
hipótese de buscarem a prestação jurisdicional.
A má-fé exala na forma do contrato de adesão, na falta de
comunicação da empresa ré, na tática de captação de clientes, nas
técnicas de persuasão que fazem parte do treinamento dos seus
“vendedores”.
Tudo isso em conjunto configura risco a quem busca uma
prestação jurisdicional, a concessão da tutela de urgência para o imediato
pagamento das parcelas em atraso acima mencionadas, e das que virão a
vencer até a citação, socorrerá a autora e pelo menos suspenderá os
danos iminentes.

Do Pedido
Ante ao exposto, requer:

1. Requer a procedência da presente que busca a resolução por


inexecução voluntária do contrato por parte da ré, que seja
constituída a extinção do contrato desde sua origem, com as
devidas deduções/compensações do montante final de cada
contrato:
O PRIMEIRO no importe de R$
O SEGUNDO no importe de R$
Valores estes a serem depositados da mesma forma
procedimental expressa no instrumento particular referente às
parcelas, na conta ----- agencia ------ BANCO DO BRASIL S/A.

2. A citação da ré, para que, querendo, ofereça resposta à


presente no prazo legal sob pena de revelia;

3. A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, conforme


disposto na lei 13.105/2015 em seus artigos 98 e 99. Não
entendendo desta forma, requer que Vossa Excelência conceda o
parcelamento das custas processuais, conforme o §6º do artigo 98
do mesmo dispositivo legal, ou seu pagamento ao final do
processo;

4. A observância e aplicação do Código de Defesa do


Consumidor no que couber na presente ação, conforme preceituam
os artigos 2.º e 48 do dispositivo legal;

5. A condenação da ré nas custas e honorários advocatícios a


serem fixados por Vossa Excelência conforme artigo 827 do
Código de Processo Civil.

6. A concessão liminar da TUTELA ANTECIPADA DE


URGÊNCIA, segundo os preceitos do artigo 300 do Código de
Processo Civil, exigindo o pagamento referente à parcela do mês
de abril e maio/2020 do PRIMEIRO CONTRATO no valor de
R$1.678,00(mil seiscentos setenta e oito reais); o pagamento
referente às parcelas do mês de março, abril e maio/2020 do
SEGUNDO CONTRATO, cada uma no valor de R$2.133,96(dois
mil, cento e trinta e três reais e noventa e seis centavos),
perfazendo um total de R$9.757,88(nove mil, setecentos e
cinquenta e sete reais e oitenta e oito centavos), mais as parcelas
que venceram até da data do pagamento, efetivada a citação.

7. Se concedida a liminar de antecipação de tutela de urgência,


requer a imposição de multa diária pelo não pagamento após o
prazo estipulado por Vossa Excelência, dado o receio e o risco
iminente de dano aos direitos da autora e a omissão da empresa ré
nas inúmeras tentativas de contato para solução do título.

8. Seja o Banco do Brasil S/A notificado para que tome ciência


da presente ação, da prática da empresa ré e para colaborar no que
for possível.

A autora provará o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito, especialmente prova documental, e naquilo que,
controvertido, lhe for exigido pelo juízo.

Nestes termos, com doc. j.,


Pede deferimento.
Rio de Janeiro – RJ, 15 de maio de 2020.

Leonel Francisco Narde da Silva


Advogado – OAB/RJ – n.º197.409

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