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I am Butterfly

Em um grande mundo como a Terra existem pessoas que são diferentes das
outras, eles vivem uma vida normal, mas sempre existem algumas pessoas ambiciosas
que desejam ser o centro do mundo, entre eles existe um homem chamado Drake,
nasceu com um dom, se sentia o centro do universo, o poder que tinha em suas mãos
não era poderoso, sendo sincero era um poder fraco em mãos comuns, mas nas mãos de
Drake esse poder se tornou um poder incrível, a história não foca em Drake pelo
contrario ele pode ser considerado vilão. A história foca nas pessoas no qual tiveram
suas vidas mudadas por culpa de Drake e agora elas querem vingança.

Capítulo I:

Aquele maldito sorriso(romance)

_Lucas acorda filho da puta. –Thalissa Dikin gritou pelo seu irmão mais velho.

_Ele já saiu, disse que tinha arrumar algumas coisas na escola. –Andrew desceu do
segundo andar enquanto penteava o cabelo.

_Imbecil você já era pra ter saído também. –Thalissa disse enquanto olhava para o seu
irmão que tinha um sorriso animado.

_Não, eu tenho uma hora ainda. –Andrew disse enquanto ia para cozinha para tomar um
café da manhã.

_São oito horas. –Thalissa disse enquanto também se arrumava para sair.

_Maldito horário de verão, maldito Lucas. –Andrew gritou após olhar a hora no celular
em cima do balcão.

_Idiota. –Thalissa disse enquanto arrumava suas coisas para sair.

Andrew saiu correndo de casa enquanto isso Thalissa fingia que estava se
preparando para sair, quando ficou sozinha em casa, ela subiu para o seu quarto e se
trancou lá dentro. Deitada em sua cama ouvindo música enquanto chorava até o
computador ligar e o jogo começar.

Nessa casa havia quatro pessoas Andrew o irmão mais velho de 18 anos, Lucas o
irmão do meio de 16 anos, Thalissa a irmã mais nova de 14 anos e também o tio por
parte de pai, Samon. Samon era um homem ocupado, sendo chefe de cirurgia de um
grande hospital nos Estados Unidos, então ele não tinha muito tempo de liberdade para
passar com os seus sobrinhos, a casa basicamente ficava na responsabilidade dos três.

A família Dikin era uma família em que todos integrantes tinham habilidades
diferentes, Lucas podia ser o irmão do meio no quesito de idade, mas graças a sua
habilidade, ele tem anos de experiências, a habilidade dele poderia ser considerada uma
das mais úteis que existem.
_Hoje é o dia. –Lucas tinha um olhar calmo enquanto apreciava seu delicioso sorvete de
chocolate.

Ele estava sentado numa das mesas da sorveteria aparentando estar esperando
algo acontecer. Vendo seu irmão mais velho passando em sua frente enquanto pedalava
rapidamente, um olhar de raiva apareceu no rosto de Lucas enquanto pensava “No final,
ele ainda veio de bicicleta” levantou rapidamente e começou a correr atrás de Andrew.

Andrew sabendo que estava atrasado para aula pedalava o mais rápido que podia
“Por que eu falhei no exame de motorista, coisas desse tipo poderiam ser evitadas”
pensava enquanto trocava para uma marcha mais leve para poder subir o morro. Lucas
que estava correndo em direção a ele não foi notado por Andrew que estava com pressa.

Uma coisa esquisita aconteceu com Andrew sua bicicleta começou a ser puxada
para uma direção em que ele não queria, ele pulou de sua bicicleta porque ele sabia que
algo do tipo não era normal, Lucas que estava suado em excesso por estar correndo e
usando uma blusa de frio em um dia quente finalmente alcançou Andrew logo em
seguida.

_Você não tinha ido para escola? –Perguntou Andrew um pouco surpreso por Lucas
está ali.

_Queria tomar um sorvete antes de ir para escola. –Lucas explicou bufando.

_Devo ir para lá? Com certeza são fantasmas. –Andrew perguntou com receio ao olhar
para o beco no qual sua bicicleta foi puxada.

_Bem, o fantasma não vai nos matar, então podemos ir. –Lucas disse andando em
direção ao beco.

_Espera imbecil, isso é uma péssima ideia. –Andrew disse caminhando até o lado de
Lucas.

_Relaxa fantasmas não existem. –Lucas disse rindo da cara de medo de Andrew.

_Claro que existem.

_Então talvez sua crush seja um fantasma então. –Lucas disse com um sorriso enquanto
apontava para uma jovem morena segurando a bicicleta.

_Marcela? O que você está fazendo aqui? –Andrew perguntou surpreso.

_Bem, eu meio que preciso da sua ajuda. –Marcela respondeu. _Mas eu não esperava
que seu irmão viesse junto.

_Pense em nós como um pacote dois em um. –Lucas disse passando o braço em volta
do seu irmão.

_Isso foi bem gay. –Comentou Andrew.


_Não seja homofóbico. –A fala e as ações se contradiziam já que ele se afastou
rapidamente de Andrew. _Somos irmãos como você pode sequer pensar em algo tão
nojento.

_Eu só pensei no quis você disse não parei pra pensar em tanto... Sinto vontade de
vomitar agora. –Andrew estava com o rosto um pouco pálido enquanto se apoiava na
parede.

_Bem vocês podiam, por favor, não me ignorar, eu realmente preciso da sua ajuda
Drew. –Marcela disse com um tom de urgência.

_Você podia ter esperado até na escola para me dizer isso. –Andrew disse com um
sorriso atencioso. _Mas é claro que eu posso te ajudar.

_Gado. –Lucas comentou ao ver sorriso esquisito de seu irmão. _Só espero te lembrar
de que ela pode ser um fantasma que rouba as bicicletas e depois a alma.

_Acho que o mais próximo de ser um fantasma aqui sou eu. –Uma voz soou de repente
atrás de Lucas.

O corpo de Lucas tremeu e reagiu rapidamente por reflexo socando para trás
mesmo não tendo nada lá a primeira vista, mas de repente o soco dele atingiu algo que
logo em seguida foi derrubado no chão dando um grito de dor.

_Seu merda, acertou meu nariz. –A voz soou com raiva e com um tom de choro.

_Eu soquei um fantasma, isso é como um sonho sendo realizado. –Lucas disse
impressionado consigo mesmo.

_Merda Jim. –Marcela murmurou com uma cara de raiva.

_Sério que o fantasma tem nome de Jim? Tipo podia ter um nome mais assustador agora
só falta dizer que ele é igual o gasparzinho, o fantasminha camarada, queria ter socado
algo no nível de uma divindade. –Lucas ficou decepcionado ao descobrir que derrotou
um fantasma tão fraco.

_Plano B, galera. –Marcela deu um suspiro.

_Drew sua namorada vai nos matar. –Lucas cutucou o ombro de Andrew que estava
paralisado de medo._Verdade você não lida bem com filme de terror...Merda nós vamos
morrer.

Quando Lucas disse uma mulher brilhante feito diamante caiu de um dos prédios
sem fazer nenhum barulho e avançou na sua direção, Marcela fez com que a bicicleta
levitasse e a jogou na direção de Andrew.

Andrew mesmo com medo desviou por instinto, agora voltando o foco para
realidade e lembrando a si mesmo que não podia morrer, perdeu totalmente o medo e
agora estava focando no que podia fazer para sobreviver a esses “fantasmas”.
_Me ajude Drew, eu não quero te machucar. –Marcela disse fazendo com que umas
latas de lixo flutuassem ao redor dela.

_Você não me parece muito confiável. –Andrew disse avançando em direção a


Marcela.

Podia ser considerada uma ação estúpida, mas por instinto e por ter assistido
muito filmes sabia que não teria como fugir dali a não derrotando ela.

Uma tampa de lata de lixo voou em direção em direção as suas pernas como se
fosse um disco e outra em direção a seu rosto como um escudo, foi rápido, mas não o
suficiente para se tornar impossível de desviar, esperando o momento certo ele se jogou
entre essas duas tampas, mas a tampa que estava vinda em direção a seu rosto caiu no
momento certo e atingiu sua nuca o deixando inconsciente.

Ao mesmo tempo Lucas e a mulher diamante estavam trocando golpes, para ser
exato Lucas estava desviando de todos os socos e chutes dela, em uma postura de boxe
a mulher diamante deu um rápido jab de esquerda, Lucas como se previsse isso usou
seu braço esquerdo para afastar o soco dela e ao mesmo tempo atacou com a perna
direita em direção à cabeça da mulher diamante, como se tivesse esperando isso ela
usou o braço direito para defender.

Lucas conseguiu afastar o braço esquerdo da mulher com sucesso e atingir em


cheio o braço direito dela, mas ela tinha um sorriso vitorioso enquanto Lucas tinha
lágrimas nos olhos e uma expressão de dor.

_Sua puta, que merda, que dor, que desgraça, isso é injustiça, caralha de merda. –Lucas
segurava sua perna com uma expressão de dor enquanto xingava e amaldiçoava a
mulher diamante.

_Isso é por socar meu namorado. –A mulher diamante chutou o rosto de Lucas, mas no
momento do chute sua perna não era diamante e sim uma simples perna normal.

Lucas caiu no chão com o ultimo pensamento sendo “Jim seu filho da puta”,
Marcela se aproximou com uma expressão como se tivesse tendo uma grande dor de
cabeça.

_O que fazemos agora? –Um jovem ruivo apareceu do nada enquanto segurava seu
nariz.

_Jim, seu nariz ele já parou de sangrar? –A mulher diamante tinha uma aparência
normal de uma adolescente normal.

_Acho que devemos levar os dois. –Uma jovem loira desceu de um dos prédios como se
tivesse voando.

_Gray, mas seu pai havia dito para ter levado apenas o Drew. –Marcela diz em
discordância.
_Sim, mas pelo o que eu vejo os dois são bastante unidos, então cedo ou tarde ele
acabaria descobrindo tudo ou o Andrew contaria tudo para ele desde o inicio. –Gray
disse analisando a situação com um suspiro.

_Mas ele pode acabar atrapalhando todo o plano. –A mulher diamante que agora era
apenas uma jovem com o cabelo castanho.

_Amanda não seja assim só porque ele socou o Jim, não foi culpa dele. –Marcela disse
tentando acalmar a cabeça quente da Amanda. _Se ele conseguisse manter a boca
fechada. –Murmurou baixinho.

_Porque não levamos esse Lucas para a casa dele e levamos Andrew para a base e
depois o próprio Andrew, depois que explicarmos a situação para ele, aí ele mesmo
inventa uma desculpa para contar ao próprio irmão. –Jim disse após fazer seu nariz para
de sangrar.

_É uma boa ideia pimentão. –Gray disse acenando a cabeça concordando com a ideia de
Jim.

_Jinzinho, meu amor, você é um gênio. –Amanda abraçou Jim e deu um beijo na
bochecha dele.

_Vocês acabariam pensando nisso cedo ou tarde. –Jim estava com o rosto vermelho
enquanto murmurava mexendo as mãos com nervosismo.

_Ok Marcela, você conhece Andrew e ele parece te ouvir, então vocês três levam ele. –
Gray deu a ordem para o grupo. _Eu sou mais que o suficiente para levar ele.

Os três concordaram e minutos depois desapareceram subindo o teto do prédio


enquanto carregavam o corpo inconsciente de Andrew deixando apenas Gray e Lucas
sozinhos.

_Vai se levantar? –Gray perguntou balançando o corpo de Lucas com o pé.

_Vai mais forte, mais forte, mais forte. –Lucas dizia cada vez mais alto com uma voz de
prazer.

_Que nojo, você é um masoquista de primeira linha. –Gray tinha uma expressão de nojo
enquanto olhava para Lucas no chão.

_Quando você sente tanto dor na vida, é melhor transformar ela em prazer. –Lucas
sorria com dor por causa do chute.

_E agora o que devo fazer com você? –Gray olhava para ele com um olhar pensativo.
_Você não parece surpreso com os meus poderes e dos meus amigos.

_Claro que estou surpreso a principio pensei que vocês eram fantasmas. –Lucas tinha
um olhar cheio de surpreso enquanto olhava para Gray e tentava se afastar.
_O plano era perfeito, analisamos a rotina de Andrew e hoje Marcela iria pedir para ele
ir com ela até nossa base, ele aceitaria tudo o que ela pedisse, porém quando você
começou a falar de fantasmas ele ficou com medo, assim tivemos que atacar vocês dois.
A principio olhamos principalmente para seu irmão sequer pensamos em você, mas o
que você fez foi como se quisesse chamar nossa atenção. –Gray dizia, mas foi
interrompida por Lucas que estava montado na bicicleta de Andrew.

_Então rainha da conspiração, eu tenho os meus motivos para duvidar de vocês, e sim
eu já sabia que existiam pessoas com poderes nesse mundo, um dia desses na escola eu
por acaso vi Marcela usando sua habilidade, senão me engano é magnetismo, então
quando vi essa bicicleta de ferro velho sendo atraído para o beco logo pensei nela. –
Lucas disse falando verdades misturadas com mentiras. _Porém o gasparzinho foi
realmente uma surpresa eu estava tenso então quando ele de repente falou então eu
soquei por instinto. –Lucas estava para pedalar para fora do beco quando seu corpo foi
impedido de mover por uma força misteriosa.

_Magnetismo, invisibilidade, transformação corporal e por fim telecinese. –Lucas disse


com um sorriso convencido.

_Oh, porque você não acha que o meu poder também não é magnetismo? –Gray
perguntou curiosa.

_Eu não tenho nada de metal comigo no momento. –Lucas disse. _Não se preocupe não
vou contar nada para ninguém, de uma perspectiva diferente você tem meu irmão como
refém, então eu vou matar aula no fliperama do shopping então quando soltarem-no me
liga.

Lucas foi solto e entregou um papel com seu número de celular anotado, Gray
pegou o papel e olhou para Lucas com um olhar suspeito.

_Sempre carrega isso com você?

_Claro, e se eu tiver a oportunidade de conhecer uma gracinha como você e não tiver
meu celular no momento. –Lucas disse dando uma piscadinha para Gray.

_Não sonhe alto Lucas, mas eu te ligarei. –Gray disse levitando até o topo do prédio.

_Não se preocupe com isso, eu nunca sonho, apenas enxergo a realidade. –Lucas disse
com um sorriso melancólico depois de Gray desaparecer de sua visão.

Mas Lucas devia ter esperado um pouco mais para dizer isso porque Gray ouviu
o que ele disse, e o sorriso melancólico que ele deu antes de partir do beco pedalando
com a bicicleta.

_Vou descobrir seus segredos Lucas. –Gray murmurou.

Lucas voltou para a sorveteria e pegou sua mochila, logo em seguida foi para o
fliperama.
Um quarto grande com várias camas, deitado em uma delas estava Andrew que
finalmente acordou e sentado ao seu lado estava Jim que estava rindo enquanto mexia
no celular.

_Jim, vem lanchar. –Amanda o chamou depois de entrar no quarto.

_Não posso tenho que vigiar ele. –Jim disse guardando o celular rapidamente.

_Porque você guardou o celular tão rápido. –Amanda disse olhando para Jim com um
olhar suspeito.

_Eu pensei que você ficava incomodada quando eu mexia no celular enquanto a gente
conversava? –Jim perguntou sentindo um mau presságio.

_Mas o jeito que você guardou foi como se tivesse escondendo algo de mim. –Amanda
disse tentando pegar o celular de Jim.

Jim como um adolescente normal por instinto tentou proteger seu celular,
“Merda” ele pensou olhando ao redor a procura de algo para mudar o assunto, não que
ele tivesse algum problema em emprestar o celular para sua querida Amanda é apenas
que por acaso ele estava vendo alguns memes que envolviam mulheres bonitas na praia
o que com toda certeza deixaria a ciumenta da sua namorada extremamente irritada com
ele.

_Olha o novato acordou. –Jim disse apontando para Andrew que até o momento estava
fingindo bem, mas não pode deixar de dar um leve sorriso quando via essa pequena
briga de casal.

_Marcelaaa. –Amanda gritou.

Marcela entrou correndo no quarto pensando que era algo urgente, depois dela
entrar Amanda nem explicou nada e apenas arrastou Jim para fora do quarto, ele tinha
um rosto vermelho de vergonha sabendo que agora não teria moral nenhuma com o
novato.

_Esses dois. –Marcela tinha um sorriso enquanto olhava para esse casal. _Andrew, você
acordou. –Ela notou Andrew que parou de fingir que estava dormindo.

_Oi. –Andrew respondeu com um sorriso de um jovem apaixonado, mesmo que ele
tenha sido sequestrado foi pelo amor de sua vida então para ele estava tudo bem.

_Por favor, se acalme tudo isso tem um motivo totalmente plausível que depois que
todos estivermos presentes nós iremos explicar. –Marcela disse com um sorriso gentil e
falou de maneira calma.

_Outros? –Diferente de Lucas, Andrew estava inconsciente quando Gray apareceu então
ele não sabia da existência dela.
_Relaxa, todos aqui são legais basicamente eles são minha família. –Marcela tentava
conversar com Andrew como se tivesse na escola.

_Então eu vindo aqui é como conhecer seus pais. –Andrew disse ficando nervoso de
repente.

_Sim, mas Andrew a gente não namora. –Marcela disse rindo pensando que era uma
piada de Andrew.

_Merda eu não trouxe nenhum presente. –Andrew disse segurando sua cabeça
pensando. _Talvez se eu sair agora ainda dá tempo pra comprar um vinho. –Tirando o
coberto que o cobria e colocando os pés no chão para levantar.

_Não, você tem que ficar aqui. –Marcela disse o colocando de volta na cama.

_Mas eles vão pensar mal de mim. –Andrew disse com uma sensação de culpa.

_Drew, nós te sequestramos. –Marcela percebeu que ele estava realmente falando sério.

_Eu sei, você estava um pouco tímida para me convidar então tacou uma lixeira em
mim. –Andrew estava prestes abraçar ela.

_Acorda. –Marcela disse dando um tapa na cara dele para ver se ele voltava para a
realidade.

Ele parou por um segundo, depois seu rosto foi ficando cada vez mais vermelho
até não aguentar mais a vergonha e cobriu a cabeça com o cobertor.

_Lucas tinha razão, o amor te deixa cego. –Andrew disse para si mesmo em voz alta.

_Com você foi um pouco exagerado. –Marcela comentou.

_Você tem poderes? –Andrew questionou para mudar de assunto.

_Sim e segundo o nosso chefe você também tem. –Marcela comentou com um sorriso.

_Vão me dissecar? –Andrew perguntou com certo medo.

_Não, se você colaborar. –Marcela disse brincando, porém Andrew começou a tremer
de medo. _Relaxa era uma piada. –Marcela fez um cafuné em Andrew através da
coberta.

_Você realmente não lida bem com terror. –Gray que estava no canto vigiando os dois
comentou.

_Gray já o levou para casa? –Marcela perguntou.

_Você está falando do Lucas? Ele está bem? –Andrew rapidamente se descobriu e se
sentou.
_Na verdade ele estava acordado e ouviu nossa conversa. –Gray ignorou Andrew e
conversou com Marcela.

_Isso não é um problemão? –Marcela perguntou tensa.

_Já lidei com ele. –Gray deu um sorriso misterioso.

_Você matou ele? – Andrew perguntou com raiva e medo por pensar que seu irmão
tivesse morrido.

Essas duas emoções foram tão intensas que causou uma reação tão grande no seu
corpo que ninguém naquele quarto esperava. Uma corrente elétrica começou a rodear o
corpo de Andrew, e em um instante a cama foi vaporizada.

_Não matei ele. –Gray rapidamente reagiu usando sua telecinese para tirar Marcela de
perto dele enquanto gritava a resposta da pergunta dele.

_Que bom. –Andrew disse, logo depois perdeu a consciência e desmaiou no chão.

Gray foi rápida, mas não foi mais rápida que um raio, por Marcela ter pode de
controlar metais sempre anda com muito deles no corpo para usar para se defender a
qualquer momento, mas por causa disso se tornou um para-raios o que acabou fazendo
com que alguns vestígios dos raios de Andrew a atingisse.

Gray ficou chocada quando viu Marcela inconsciente, mas mesmo com toda
surpresa ela se manteve calma e gritou para Jim ou Amanda que com toda certeza
estava alertas após ouvirem o barulho.

_Tragam o kit de primeiro socorros.

_Não precisa já tenho tudo aqui. –Um homem loiro chegou a local e pegou o corpo de
Marcela e rapidamente reagiu prestando os primeiros socorros.

Marcela não corria perigo de vida, apenas tinha leves queimaduras que iriam se
curar em uma semana se cuidasse de maneira correta, Jim e Amanda chegaram ao
quarto e viram Andrew desmaiado no chão e Marcela em uma das camas inconsciente.

_O que diabos aconteceu? –Amanda perguntou confusa com a cena.

_Ele despertou por minha culpa. –Gray disse se sentindo culpada.

_Não se culpe, pelo contrario isso é algo bom já que nos economiza tempo. –O homem
loiro disse indo checar o corpo de Andrew.

_Mas pai, por causa disso Marcela ficou ferida. – Gray disse cerrando o punho de raiva
de si mesma.

_Josh, ela está bem? –Perguntou Amanda enquanto olhava para as faixas que cobriam
as queimaduras nos braços de Marcela.
_Sim, daqui uma semana ela já vai estar de voltar nos seus 100%, ela só desmaiou por
causa do choque repentino. –Josh disse com um sorriso para acalmar a todos, mas em
sua mente tinha certo medo do trauma que ela iria ficar por causa da dor que ela teve
que suportar para fazer com que seu cérebro desligasse para que ela não morresse.

_E ele? –Perguntou Jim olhando para Andrew.

_Ele está bem, só está cansado por ter usado sua habilidade logo após o despertar. –Josh
soltou um suspiro de alivio depois de conferir a condição de Andrew.

_Realmente precisamos dele? –Amanda perguntou com raiva.

_Sim, com ele teremos um time completo, ele tem um imenso poder de fogo que nos
ajudara causando bastante dor naquele filho da puta. –Josh tinha um olhar de raiva ao se
lembrar de seu inimigo.

_Pai, tenho que te falar que ocorreu um erro quando abordamos o Andrew. –Gray falou
com Josh sobre a intervenção de Lucas na hora da abordagem.

Depois de ouvir sobre Lucas, Amanda ficou surpresa que ele estava acordado
mesmo depois de receber um chute na cara, Josh pensou antes de coçar a cabeça e dava
sua resposta de como lidar com toda a situação.

_Por ele ser irmão de Andrew podemos ficar tranquilo porque ele não contara pra
ninguém sobre nós, mas o fato de ele já ter contato com outros despertos faz com que
fiquemos atentos com ele, ainda mais porque ele também pode ser um desperto então
como diz o ditado mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda. –Josh disse
depois de pensar.

_Você está dizendo para trazermos ele para cá? –Amanda não gostava de Lucas por ele
ter socado a cara de Jim.

_Não exatamente, apenas devemos manter contato com ele e vermos se descobrimos
qual o desperto que ele se encontrou e ver se tem alguma ligação com DRAKE. -Josh
não conseguiu evitar de falar o nome de Drake cheio de ódio.

_Ele me deu seu numero de contato, então eu posso ligar para ele. –Gray lembrou do
número que Lucas deu para ela.

_Isso é bom, ligue para ele avisando que o irmão dele não voltara para casa hoje e
explique o nosso objetivo ocultando informações importantes. –Josh disse enquanto
pegava o corpo de Andrew e colocava em outra cama.

_Ok. –Gray disse saindo do quarto.

_E vocês dois para o treinamento, principalmente você Amanda. –Josh disse encarando
o casal.

_Tsk, ok. –Amanda disse estalando a língua e saindo do quarto.


_Amor, vamos nos esforçar juntos. –Jim disse para animar mais ficou vermelho por
achava vergonhoso dizer isso em voz alta.

Josh ficou sozinho, olhando para Marcela e Andrew que estavam inconscientes.
Ele tinha um sorriso sinistro cheio de ódio e empolgação.

_Eu estou perto irmão e eu vou mata-lo e destruir todos os seus sonhos.

_Fala gatinha como posso servi-lo? –Lucas que estava jogando aqueles jogos que
simulam corrida no fliperama.

_Como você sabia? –Gray estava do seu lado com um olhar de curiosidade.

_O que? –Lucas nem olhou para ela enquanto dirigia seriamente.

_Você sabe que tem colocar ficha, né? –Gray não conseguiu evitar comentar ao ver
como Lucas estava jogando a sério um jogo que estava pedindo para “insira uma ficha”.

_Gastei minha mesada com besteira semana passada, agora estou falido. –Lucas disse
batendo a cabeça no volante.

_Então pra que você veio aqui? –Gray olhava para Lucas como se tivesse olhando para
um idiota.

_Bem, eu meio que pensei que poderia achar algumas fichas jogadas no chão. –Lucas
não tinha coragem de encarar Gray.

O som do estomago de Lucas embrulhando atrapalhou a conversa e fez com que


Gray começasse a rir.

_Pensei que você seria o tipo de pessoa que era toda fria e calculista. –Gray confessou
suas suspeitas.

_Mas eu sou, estou sempre fazendo planos para vencer. –Lucas disse sorriso igual bobo.

_Quer ir ali comer alguma coisa? –Gray perguntou dando um sorriso gentil.

_Um viva para igualdade de gênero. –Lucas pulou rapidamente do banco de motorista.
_Vamos embora rápido as pessoas estavam olhando para mim como se eu fosse louco. –
Lucas agarrou o braço de Gray e a puxou para fora do fliperama.

_Me largue, por favor. –Gray tinha uma voz grave.

_Desculpa, não sabia que você tinha nojo de pobre. –Lucas disse a soltando com um
tom triste.

_Não é isso... Eu apenas tenho certo trauma. –Gray deu uma desculpa.
_Não se preocupa, também não gosto de pobre, mas é que sou viciado em gastar. –
Lucas disse com um olhar de nojo. _As vezes tenho que mendigar com minha irmã para
não andar com essas pessoas de classe baixa. –Com uma voz carregando desprezo.

_Tão contraditório. –Gray ria.

Chegando em um fast food, Gray pediu um sanduiche vegetariano e Lucas um x-


tudo, Lucas encarava o sanduiche dela com um olhar de pena.

_O que foi? –Gray perguntou estranhando o olhar dela.

_É que acabo de perceber que você é dessa espécie de garota que morre de fome.

_Como você acha que eu mantenho esse corpo de modelo? –Gray sorria enquanto
exibia seu corpo alto e esbelto com gordura nas partes certas.

_Tantos sacrifícios, bem eu como bastante e não engordo nada, sinto que tenho parentes
com a Magali. –Lucas tinha um sorriso vitorioso.

_Queime no inferno, por favor. –Gray o amaldiçoou com inveja.

_Claro, claro, tenho bastante tempo antes de chegar lá. –Lucas disse depois deu uma
mordida. _E o que aconteceu com meu irmão? –Lucas perguntou olhando para ela que
ficou momentaneamente surpresa.

_Ele sofreu um pequeno acidente. –Ela parou por um momento para ver a reação dele,
mas ele apenas a encarava esperando ela se explicar. _Eu meio que causei o seu
despertar.

_Uou qual o poder dele? –Lucas perguntou curioso enquanto chupava o canudo do seu
copo de coca-cola.

_Você não vai nem me perguntar sobre o que é um despertar? –Gray perguntou
surpresa.

_Bem não sou idiota, o nome é bem obvio, tipo estamos falando de poderes então
obviamente estamos falando que ele despertou seus poderes. –Lucas terminou seu
hambúrguer

_Você come rápido. –Gray estava na metade do seu sanduiche quando disse isso.
_Devemos ir para algum lugar mais privado.

_Sendo sincero eu estava prestes a fugir porque não tenho dinheiro para pagar por isso,
mas agora me sinto na obrigação de ficar aqui. –Lucas disse com um sorriso de
empolgação.

_Não é o que você está pensando panaca. –Gray disse com um olhar de desprezo.

_Sério? Tipo você me convida para um lanche e depois me convida para ir um lugar
mais privado, lógico que eu sei que nem todo mundo gostar de convidar as pessoas para
“ver netflix” porque o parceiro pode entender errado e pensar que realmente vão assistir
netflix. –Lucas começou a rir. _Eu realmente pensei que iríamos assistir Netflix, estava
muito empolgado para ver minha série favorita com ela. –Lucas não conseguia parar de
rir.

_Muito estúpido. –Gray começou a rir. _Ainda bem que eu não tava bebendo nada
senão acabaria cuspindo tudo.

_Quer ir para minha casa? –Lucas disse rindo.

_Nós não vamos transar. –Gray disse em tom sério.

_Eu sei, fica tranquila minha irmã tá em casa. –Lucas disse se explicando.

_Ela não devia ir para escola? –Perguntou Gray duvidando.

_Bem ela tem seus problemas e parou de ir à escola. –Lucas disse coçando a cabeça e
dando um sorriso um pouco sem graça.

Gray não perguntou mais nada e os dois foram para casa dele, chegando lá Gray
ficou surpresa por causa do quão grande ela era para um cara que vivia mendigando
como o Lucas.

_Você é rico? –Gray perguntou.

_Mais ou menos, tipo meus pais morreram e então recebemos uma grande herança e
moramos com meu tio que é o chefe de cirurgia de um grande hospital. –Lucas disse
rindo.

_Você... –Gray ficou sem graça e com raiva ao mesmo tempo, não conseguia repreender
ele por causa dele ter falado que seus pais estavam mortos.

_Fica tranquila, isso já é passado. –Lucas abriu a porta. _Welcome My House.

_Uou, ela é linda demais. –Gray elogiou a decoração da casa sinceramente.

_Minha irmã sempre teve um bom olho para decoração. –Lucas disse com orgulho
como se o elogio fosse para ele.

_Isso é realmente sensacional, ela deve ter um grande dom para isso. –Gray ignorou o
olhar presunçoso de Lucas e continuou elogiando.

_Vamos para o meu quarto. –Lucas disse andando em direção as escadas rumo ao seu
quarto.

_O caralho que vou entrar no seu quarto. –Gray disse rejeitando e sentando no sofá.

_Meu deus, você fala palavrão. –Lucas disse com um olhar surpreso. _Estava pensando
que você seria aquela moça toda educada, pura decepção que estou sentindo agora.
_Vai tomar no cu, você acha que não estou percebendo essa sutileza sua não? –Gray
dizia já sem paciência.

_Eu sou inocente e puro, nunca tive algum pensamento malicioso. –Lucas disse rindo da
raiva de Gray.

_Você até mentiu sobre sua irmã está aqui. –Gray reclamou.

_Mas a Tata está aqui. –Lucas comentou.

_O que é isso uma cachorra? –Gray comentou com um tom de deboche.

Descendo da escada estava Thalissa confusa com a confusão, Lucas segurando a


barriga tentando segurar a risada e Gray no sofá com o rosto todo sem graça.

_O que está acontecendo? –Thalissa perguntou olhando para Lucas.

_Essa jovem veio relatar a mim que Drew não aguentou a primeira vez e acabou
desmaiando, trágico. –Lucas dava sorrisos estranhos enquanto falava.

_Primeira vez? –Thalissa questionou dando sorrisos confusos enquanto olhava para
Gray. _Pensei que ele gostasse de uma menina morena.

_Sabe ele está naquela idade em que o amor vai e vem. –Lucas balançava a cabeça em
decepção.

_Não é essa primeira vez. –Gray interrompeu bufando de raiva.

_Ah então é aquela outra primeira vez. –Thalissa disse ao olhar para Gray com um
sorriso.

_Espera ela sabe? –Gray questionou surpresa.

_Sim, ela é a primeira desperta que conheci. –Lucas disse. _Ela consegue adivinhar o
número que você está pensando.

_Dois. –Disse Thalissa olhando para Gray.

_Como você...? –Gray olhou para Thalissa surpresa.

_Todo mundo sempre pensa em dois primeiro. –Thalissa disse com um sorriso
presunçoso.

_E isso funciona apenas uma vez por pessoa então você perdeu a oportunidade de
pensar em um número mais difícil. –Lucas comentou com um olhar decepcionado
enquanto murmurava. _Sério “dois”?

_Vocês realmente são irmãos, sinto que meu QI diminui enquanto conversamos. –Gray
comentou com a mão na cabeça.
_Retiro o que eu disse você é totalmente mal educada, tipo acabamos de nos conhecer e
você já me chama de idiota. –Lucas disse com um tom de voz meio rindo meio irritado.

_Ela é sua nova namorada? –Thalissa perguntou.

_Sim por favor entre no quarto e ponha os fones de ouvido. –Lucas olhou seriamente
para Thalissa.

_Você é bem imbecil sabia? –Thalissa comentou.

_Você agora está do lado dela? –Questionou Lucas.

_Eu desci aqui para comer alguma coisa, e vejo você falando merda para essa loira,
então estou do meu lado e o meu lado acha que você é apenas um vagabundo gastador
que merece ir pra puta que te pariu. –Thalissa comentou indo para cozinha e abrindo a
geladeira procurando algo para comer.

_Falando em gastador você podia me emprestar uma graninha só para eu sobreviver


mais duas semanas. –Lucas disse se aproximando de Thalissa e servindo ela um
delicioso cereal.

_Você já está me devendo o equivalente a duas mesadas e isso são dez mil dólares,
então não. –Thalissa disse enquanto comia o cereal e desembaralhava o seu cabelo
comprido.

_Vamos não seja mão de vaca. –Lucas rapidamente tirou um pente de não se sabe onde
e começou pentear o cabelo dela.

_Cinco mil de mesada. –Gray estava chocada com esse mendigo podre de rico.

_E qual é o poder dele? –Thalissa que estava comendo que nem um zumbi enquanto
tinha seu cabelo sendo penteado por Lucas perguntou para Gray.

_Deve ser algo relacionado ao som já que ele gosta de música. –Lucas comentou rindo.
_Você sabe que eu vou te pagar mês que vem. –Ele ainda tentava convencer ela de
conseguir uma grana.

_É relacionado a raios, o que ele pode fazer eu não sei, mas até o momento ele deixou a
minha amiga inconsciente. –Gray comentou cerrando os punhos, pois ela ainda se sente
culpada.

_Ele só perde para você no azar com garotas. –Thalissa comentou enquanto levantava a
cabeça para olhar para o Lucas.

_Ninguém compete comigo nesse quesito. –Lucas tinha um sorriso de orgulho.

Gray tinha um sorriso caloroso enquanto olhava para essa dupla de irmãos que
aparentava se dar bem, Thalissa acabou de comer e seu cabelo estava penteado o
máximo possível que Lucas poderia fazer com um pente e o pouco de tempo que ele
tinha.

_Eu vou te dar apenas quinhentos dólares. –Thalissa disse mexendo no celular enquanto
subia a escada sem olhar para trás ou se despedir.

_Muito obrigado, minha querida irmã a mais bela de todas as mulheres nesse mundo, a
perfeição das perfeições, a divindade da minha vida. –Lucas enchia sua irmã de elogios
enquanto ouvia uma notificação de um pix depositado na sua conta.

_Sou Gray, a propósito. –Gritou Gray ao ver que não tinha se apresentado.

_Ela é Thalissa, mas pode chama lá de Tata. –Lucas apresentou sua irmã que respondeu
com um grito de raiva.

_Pode não. –Thalissa gritou logo em seguida bateu a porta do seu quarto.

_Acho que ela gostou de você. –Lucas disse com um sorriso enquanto sentava no sofá e
colocava netflix na televisão.

_Você realmente gosta de indiretas, né? –Gray disse sentando em outro sofá.

_Você devia sentar do meu lado. –Disse Lucas batendo do seu ladinho.

_Você parece o tipo de pessoa que gosta de espaço. –Gray disse rindo dele.

_Você não podia estar mais enganada, vamos ao meu quarto para você ver como
podemos ficar apertadinhos. –Lucas disse dando um olhar de expectativa para Gray.

_Coloca o “divertidamente”, não me canso de assistir. –Gray disse ignorando-o.

_Eu sou a tristeza não vem me imitar não. –Lucas disse rapidamente enquanto colocava
o filme.

_Quê? –Gray perguntou confusa enquanto tirava os sapatos e deitava no sofá.

_Vai me dizer que enquanto você assiste a um filme, você não compara com qual
personagem você mais parece? –Lucas questionou como se olhasse para um ET.

_Sim, mas não nessa intensidade, no máximo eu penso “Ah essa personagem parece
comigo”. –Gray disse enquanto o filme começava.

_Eu sei, tipo olha para a tristeza e penso “Uau tudo o que você toca se tornar ruim,
hahaha, igual” - Lucas falava alto enquanto estava na cozinha fazendo pipoca de micro-
ondas.

_É mais no fim descobre que depois de todas as tristezas vêm às felicidades. –Gray
comentou enquanto assistia o começo do filme.
_Sim, mas para a felicidade aparecer à tristeza tem que sumir então contanto que eu
suma todas as coisas boas irão acontecer. –Lucas disse enquanto se apoiava no sofá que
Gray estava deitada.

_Isso... Não tinha olhado nessa perspectiva. –Gray disse pensativo enquanto olhava para
os olhos melancólicos de Lucas.

_Ela não desnecessária, mas no final ela tem que ser sacrificado para que todos fiquem
felizes no final. –Lucas disse olhando para o filme e vendo a tristeza sendo triste.

_Lucas, você está... –Gray foi interrompida pelo barulho do micro-ondas avisando que a
pipoca estava pronta.

Ele foi rapidamente para cozinha e trouxe dois potes de pipocas, alem de dois
copos de um litro de suco de maracujá. Entregando um pote e um copo para Gray, em
seguida deitando-se no sofá e concentrando no filme.

_Eu sou a nojinha. –Comentou Gray.

_Fresca e metida, realmente combina. –Lucas riu.

_Vai tomar no cu.

O filme passou, antes do final Lucas já estava desmaiado no sofá, Gray olhava
para ele confusa e ansiosa porque no final ela não falou nada sobre o fato seus motivos
de aparecer para conversar com ele e nem tirou suas duvidas, alem de não ter explicado
sobre Andrew.

_Se apaixonou? –Thalissa perguntou com um sorriso de zombação.

_Caralho, doida, de onde você surgiu? –Gray olhou para Thalissa assustada por ela de
repente aparecer do seu lado.

_Ele pode ser irritante 100% do tempo, mas no fundo é um cara legal. –Thalissa disse
enquanto pegava um pouco de pipoca que havia sobrado do pote de Gray.

_Eu não me apaixonei por ele, eu o conheci hoje não tem como eu ficar apaixonada por
ele. –Gray disse um pouco irritada.

_Então o problema é que você o conheceu hoje. –Thalissa disse pegando os potes e os
copos vazios e levando para cozinha.

_Não é nada disso. –Gray disse andando atrás dela.

_Eu sei, estou apenas zoando sua cara. –Thalissa disse colando tudo em cima da pia.

_Sobre o Andrew... –Gray queria aproveitar a oportunidade para falar dele, mas foi
interrompida.
_Eu sei sobre o despertar, então ele deve ficar de cama por hoje e não vai poder voltar
para casa, enquanto relacionado ao porque vocês estão com ele e qual seu objetivo eu
não vou acreditar em nada do que você falar, afinal nos conhecemos hoje, né? –Thalissa
disse encarando Gray com um sorriso amedrontador.

_Eu... Entendo, amanhã ele vai explicar tudo e você pode decidir se irá acreditar ou
não. –Gray parou um momento por ficar surpresa pele sorriso amedrontadora, mas
compreendeu.

_Que bom, que você entende.

_Como vocês sabem sobre os despertos? –Gray perguntou curiosa sobre isso.

_O que você sabe sobre eles? –Thalissa fez outra pergunta em vez de responder.

_Basicamente que é um genótipo inativo que algumas pessoas carregam consigo, que
podem se despertar fazendo com que as pessoas tenham alguma habilidade. –Gray deu
um resumo sobre o que sabia.

_Sim, mas essas “algumas pessoas” são pessoas em que através de toda arvore
genealógica tem alguma pessoa com esse genótipo, basicamente como diabetes ou
pressão alta, ou seja, é hereditário. –Thalissa olhou para Gray com um olhar surpreso,
mas é um surpresa de que Thalissa saiba sobre esse tipo de informação. –A família
Dikin, a minha família, é uma família nobre em que fazia com que seus descendentes se
casassem com despertos, sendo assim eu e meus irmãos temos 90% de certeza que um
de nós despertasse, então não foi muito surpreendente que um de nós despertasse.

_Então você já? –Gray questionou.

_Não, até então só Drew despertou. –Thalissa disse tomando uma caneca de chocolate
quente.

_Entendo, 90%. –Gray analisou. _Então vocês ainda podem despertar um dia?

_Provavelmente. –Thalissa disse encostada no balcão da cozinha passando dedo na


borda da caneca.

_Está ficando tarde, então tenho que ir agora. –Gray disse olhando para o celular e
vendo que já era mais de oito da noite.

_Eu te levo até a saída. –Thalissa disse apontando a porta para ela.

_Obrigada. –Gray agradeceu com um sorriso.

Depois de levar Gray até a saída, Thalissa voltou para a sala e viu Lucas deitado
vendo Pokémon, Thalissa deitou no outro sofá.

_Você não cansa de fingir que está dormindo não? –Thalissa questionou.

_Você devia parar de ler minha mente. –Lucas respondeu.


_Você sabe que não consigo. –Thalissa respondeu e mudou de canal colocando
Digimon. _Ela é legal.

_Mas? –Lucas questionou.

_Como dizem? Doutrinada, ela só pensa em vingança. –Thalissa disse abraçando a


almofada.

_Josh é um cara legal, mas nem tanto. –Lucas colocou em Pokémon novamente.

_Quem é pior? –Questionou Thalissa colocando em Digimon.

_Esses dois irmãos são farinhas do mesmo saco. –Lucas e seu Pokémon.

_Vai tomar no cu. –Thalissa disse saindo da sala irritada.

_Eu peguei o controle primeiro. –Lucas disse sorrindo enquanto via o Ash vira o boné
pra trás.

Capitulo II: Sonho ou Realidade

_Morra sol. –Andrew disse cobrindo a sua cabeça para se proteger do sol.

Andrew remexia na cama que estava deitado, mas sentia um grande desconforto,
finalmente se descobrindo para se levantar. Percebeu que não estava em seu quarto e
murmurou:

_Então não foi um sonho. –Seus olhos se arregalaram quando se lembrou da ultima
coisa que aconteceu. _Marcela.

Levantou desesperado e acabou tropeçando na coberta e caiu no chão, mas


levantou rapidamente, saindo do quarto e viu um longo corredor com várias portas, mas
subindo a escada um ruivo mexendo no celular apareceu.

_Você acordou. –Jim falou encarando Andrew.

_Cadê ela? –Andrew se aproximou de Jim.

_Quem? –Jim disse desaparecendo da visão de Andrew.

Andrew ficou surpreso, até mesmo deu um tapa na sua cara para ver se não
estava sonhando.

_Pra que isso cara? –Jim invisível perguntou.

Andrew sentiu um calafrio na espinha, e saiu correndo, quando estava prestes a


abrir uma porta Jim que ainda estava invisível correu para impedi-lo, mas não foi capaz.

_Meu amor você finalmente tomou coragem para darmos um passo à frente no nosso
relacionamento. –Amanda que estava lavando o cabelo no chuveiro disse com um
sorriso de excitação.
Jim correu para frente de Andrew para tampar sua visão, mas ele estava invisível
então foi um ato inútil. Amanda demorou um momento para perceber que quem estava
na porta era Andrew então seu corpo se tornou diamante no momento seguinte e depois
pegou um Shampoo que estava próximo e jogou gritando com raiva.

_Saia daqui seu filho da puta.

Porém Jim que estava na frente de Andrew foi atingido, e desfez sua
invisibilidade, Amanda tinha um olhar estranho no rosto quando perguntou:

_Você estava me espionando?

_Não, eu definitivamente não estava te espionando. –Jim rapidamente negou.

_Você não ama meu corpo? –Amanda disse mostrando seu corpo sem a transformação.

_É claro que eu amo, mas... –Jim estava para falar quando ouviu o comentário de
Andrew.

_Ela é gostosa pra caralho. –Andrew murmurou enquanto olhava sem nem piscar.

_Vaza daqui. –Jim deu um back kick no peito de Andrew o qual o fez sair rolando.

Jim saiu furioso do banheiro enquanto fechava a porta, como se fosse uma
pessoa totalmente diferente.

_Hora de você aprender uma lição. –Jim disse desaparecendo.

Quando Andrew se levantou tomou um soco na costela, ficando surpreso por não
saber de onde o soco veio, levantou a guarda para proteger a cabeça. Jim deu um chute
na parte de trás do joelho de Andrew o que fez perder o equilíbrio, nesse mesmo
momento ele pegou a gola de Andrew e o derrubou no chão com um puxão, quando
estava prestes a continuar espancando Andrew, ele foi jogado em direção à porta do
banheiro.

_O que você pensa que está fazendo? –Gray perguntou depois de ter usado a sua
telecinese em Jim.

_Foi mal, eu perdi a cabeça por um momento e acabei usando ele para desestressar. –
Jim apareceu e tinha um olhar arrependido.

_O que está acontecendo aí Jim? –Amanda gritou de dentro do banheiro enquanto


tentava abrir a porta.

_Nada, eu apenas estou envergonhado e não tenho coragem de ver seu rosto agora. –Jim
disse enquanto propositalmente a impedia de abrir a porta.

Gray ajudou Andrew levantar, o qual simplesmente ignorou a dor que estava
sentindo no seu corpo e perguntou preocupado:
_Onde está Marcela?

_Ela estava dormindo do seu lado. –Gray disse olhando esquisito para ele.

_Maldito sol. –Andrew disse pensando no que devia ter acontecido. _Faz sentido afinal
ela o sol da minha vida. –Ele disse sorrindo satisfeito.

_Você é igual o seu irmão. –Gray disse rindo.

_Lucas está bem? –Andrew perguntou.

_Sim, assistimos a um filme.

_Ele te perguntou qual personagem que você é?

_Sim, foi esquisito. –Confessou Gray.

_Verdade, mas no final é hilário. –Andrew disse rindo enquanto abria a porta do quarto.

_Realmente. –Ela riu, mas depois ficou com um olhar sério._Me desculpa pela piada de
mau gosto. –Gray se desculpou de coração.

_Não faça piadas desse tipo, é feio. –Andrew repreendeu com um olhar sério.

Ele parou do lado de Marcela que ainda estava dormindo e ajoelhou do lado da
cama e começou a chorar.

_Me desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa,


desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa,
desculpa, desculpa... –Ele não parava de se desculpar enquanto as lágrimas caiam dos
seus olhos.

_Andrew, ela só está dormindo. –Gray disse para consola-lo, mas ainda se sentia
culpada por ter causado isso.

_Eu sei, mas machucar quem você ama dói tanto, mas tanto. –Ele agarrou sua blusa e
começou a retorce-lá como se algo tivesse perfurando o seu coração.

_Relaxe Andrew, vocês podem compensar isso com o tempo. –Josh disse assim que
entrou no quarto.

_Com certeza farei isso. –Andrew limpou suas lágrimas. _E você é?

_Prazer, Josh, o pai da Gray. –Josh se apresentou e conferiu o estado de Marcela.

_Ok, mas quem é Gray? –Andrew perguntou olhando estranho para ele.

_Eu sou Gray.

_Ah sim, eu sou Andrew.


_Sabemos, estávamos atrás de você porque precisamos de ajuda. –Josh disse puxando
uma cadeira para se sentar do lado oposto da cama.

_Ok, entendi que vocês precisam de mim, lembro-me da Marcela fantasma dizendo algo
do tipo, mas as duas questões mais importante Pra quê?Porque eu? –Andrew encarou
tanto Josh quanto Gray.

_Seus pais foram mortos ano passado em um acidente de carro. –Josh disse secamente.

_E daí? –Andrew perguntou com um tom de raiva e dor.

_O acidente não foi um acidente. -Disse Josh calmamente enquanto encarava Andrew.

_Oh um clichê. –Andrew riu. _Você sabe que não vou acreditar em você nem um
pouco, né?

_Então vamos falar de outra coisa. –Josh assentiu. _O quanto você sabe sobre os
despertos?

_Que algumas pessoas têm o genótipo e outras não. –Andrew respondeu bem
resumidamente.

_Uma pessoa que despertou como você e eu, como devemos viver agora? –Josh
perguntou com um olhar calmo e sereno.

_Normalmente? –Andrew questionou com duvida.

_Você irá conseguir? Se você ficar com raiva alguém pode acabar morto pelo seu
descontrole. –Josh disse olhando para Marcela.

_Isso...-Andrew queria refutar, mas não encontrava as palavras certas.

_As pessoas têm certas reações se isolam, se enlouquecem, ganham uma síndrome de
controle, destroem suas próprias emoções. –Josh deu uma pausa por um segundo. _Qual
desses você vai ser?

_Eu...-Andrew conseguia imaginar a situação de perder o controle e acabar ferindo


alguém importante para ele, então ele não tinha coragem de falar que iria viver
normalmente.

_Eu vou te contar uma historia. –Josh sorriu com o desconforto de Andrew. _Numa
casa simples, com uma família gentil, um casal deu a luz a dois gêmeos.

_Pai, você vai contar sobre aquilo? –Gray que estava apenas ouvindo atentamente
interrompeu.

_Terei que contar alguma hora de qualquer jeito, então quanto mais cedo melhor. –Josh
sorriu tristemente para sua filha. _Esses dois eram unidos quando pequenos, mas o mais
novo de repente começou a ficar mais diferente, ele deixava de ficar com a família, se
isolava de todos os amigos, o mais velho preocupado questionou seu irmão “O que está
acontecendo?”, o mais novo sorriu como se tivesse ganhado um brinquedo novo “Eu
vou ser eterno”. –Josh parou de falar.

_Continue, por favor. –Andrew pediu.

_O mais novo havia despertado, seu poder o fez ficar mais arrogante, se achava o centro
do universo, sabia o que devia fazer. –Josh parou por um momento para explicar. _O
poder dele era simples assim que ele tivesse um objetivo teria uma lista de missões que
iria garantir o seu sucesso.

_Uou super útil para o dia a dia. –Andrew disse impressionado.

_Para pessoas sem grandes ambições talvez, ele queria conquistar o mundo mais depois
que viu que existiam pessoas mais poderosas que ele e viu que não era o único com
poderes desistiu, ele mudou de objetivo queria ser lembrado para sempre por toda
historia. –Josh se escorou na cadeira enquanto olhava para cima. _Pela sua habilidade
tem literalmente pavimentado o caminho para ele, o mais novo seguiu cada missão
arrisca e a primeira delas foi matar os próprios pais.

_Mas que porra. –Andrew disse surpreso com a mudança de eventos.

_O mais velho não entendeu as atitudes de seu irmão que logo em seguida desapareceu
de sua vida, anos passaram quando finalmente o mais velho despertou e usou seu poder
para encontrar o amor da sua vida, quando encontrou finalmente entendeu toda a
capacidade de sua habilidade então teve o objetivo de encontrar o irmão novamente. –
Josh segurava suas mãos com raiva. _Os poderes dos irmãos os tornavam o centro do
universo a sua maneira, quando os dois se encontraram o mais velho se arrependeu, pois
de acordo com as missões de seu irmão, os dois não deviam ter se encontrado. –Ele
cerrava os dentes de raiva enquanto falava até mesmo Gray tinha um olhar triste. _O
mais novo tentou matar o mais velho por ter interferido no seu objetivo, o mais velho
sobreviveu, porém sua alma gêmea não, a loucura quase alcançou a mente do mais
velho, ele decidiu matar seu irmão e destruir todos os sonhos dele e no meio do caminho
ele procurou outros despertos que também tiveram suas vidas afetadas pelo mais novo.

_Ele matou meus pais. –Andrew entendeu e disse.

_Sim. –Josh acenou e logo saiu do quarto com os punhos cerrados e com os dentes
rangendo pelo ódio que sentia de seu irmão mais novo.

_Pai. –Gray se levantou, mas não foi atrás dele. _Vem eu vou te levar pra casa.

_Ok. –Andrew tinha coisas para pensar e sabia que lugar que estava não era bom pra
isso. _Tchau Marcela.

Os dois saíram dali na moto de Gray, quando chegaram na dele, ela olhou para e
disse:

_Se você decidir, seu irmão tem meu contato, então é só pedir para ele.
Lembrar-se das perdas nunca é bom, então ela queria fazer algo para distrair e
assim ela se despediu rapidamente e saiu logo dali.

Andrew entrou em sua casa com passos pesados, ouvindo a casa silenciosa,
sentiu um vazio enorme, enquanto subia as escadas e parou na frente do quarto da sua
irmã, ele não era ingênuo sabia que ela não estava bem, faltavam às aulas, chorava até
dormir, se cortava.

Ele abriu a porta, ela estava jogando um jogo de FPS online, ele não tinha o que
dizer apenas pensava “Será que a morte deles não foi um acidente?”, fechou a porta e
desceu para cozinha “E mesmo que não tenha sido um acidente, eu devo fazer alguma
coisa para? Afinal eu me vingar não mudará nada”, enquanto esperava uma pizza
congelada esquentar no micro-ondas, subiu para o seu quarto e pegou sua guitarra, a
pizza estava pronta colocou o prato em cima do balcão e começou a tocar sua guitarra
sentado em uma cadeira que estava perto.

A música foi simples e suave, quando estava perto de terminar ela começou a
chorar, abraçou a guitarra com força.

_Pai. –Murmurou Andrew.

Lucas sentado na escada ouvia seu irmão tocando a música que seu pai
costumava tocar, quando seu irmão não conseguiu terminar a música ele se levantou e
foi em direção à cozinha.

Seu irmão não o havia notado, então ele pegou o pedaço de pizza e saiu de casa
fechando a porta com força, Andrew saiu de seu estupor e olhou para o balcão.

_Lucas, imbecil. –Andrew limpou as lágrimas e foi para o quarto guardar a guitarra.

Thalissa estava no seu quarto com mordendo os lábios e com olhos cheios de
lágrimas, ela agarrava seu braço e começava a coçar a ter sangrar, tentava trocar uma
dor por outra dor.

Lucas foi para um parque de diversões se divertir nessa noite de lua cheia,
andando em vários brinquedos casa assombrada, montanha russa, carrossel, roda
gigante, centopeia, entre outras.

Andando entre várias pessoas na bela iluminação do parque enquanto comia um


delicioso algodão doce rosa, mesmo depois de toda essa diversão Lucas ainda não
conseguia sorrir, às lágrimas caiam de seus olhos mesmo sem ele perceber, continuava
andando mesmo com as pessoas olhando para ele com rindo, curiosas, olhando com um
olhar de pena.

_Lucas? –Uma voz doce o chamou.

Por reflexo Lucas usou o algodão para tampar os seu rosto, um sorriso de prazer
apareceu em seu rosto e disse rindo:
_Que merda grudou no meu cabelo.

_O que você está fazendo?

_Gray, bem eu estava comendo, mas você me assustou. –Lucas disse tentando tirar o
máximo possível de algodão doce do cabelo.

_Não precisa disfarçar. –Gray se aproximou e começou a ajudá-lo. _Eu vi você


chorando.

_Se apaixonou? Homens sensíveis é a moda da década. –Lucas disse segurando a mão
de Gray que estava em seu cabelo.

_Sonhe. –Gray disse depois de soltar a mão de Lucas.

_Quer se divertir? –Lucas perguntou. _Vou te compensar pelo o hambúrguer.

_Estava se lembrando dos seus pais? –Gray perguntou caminhando.

_O idiota do meu irmão os trouxe a tona. –Lucas disse andando atrás dela.

_Ele te contou sobre nós? –Gray perguntou o guiando para fora do parque.

_Saí antes que ele tivesse a oportunidade. –Lucas ainda estava atrás dela.

_Entendo. –Gray o levou até o estacionamento do parque.

_Eu também não vou deixar ele me contar. –Lucas disse andando ao lado dela.

_Não tem interesse? –Gray subiu na moto dela.

_Deixa eu pilotar? –Lucas perguntou montando na garupa para impedir ela de partir.

_Você sabe andar? –Gray perguntou.

_Claro. –Lucas disse com um grande sorriso. _Mas eu quero pilotar agora.

_Filho da puta. –Gray disse ligando a moto ao ver que sua piada com jogo de palavras
havia falhado.

_Vamos, deixa só uma voltinha, vai. –Lucas disse balançando a moto.

_Fica quieto caralho, eu vou cair. –Gray gritou com raiva.

_Deixa, eu andar, deixa, deixa, deixa, deixa. –Lucas ficava repetindo.

_Só uma volta. –Gray se cansou e desceu da moto com dificuldade porque Lucas não
quis descer.

_Sobe aí. –Lucas disse ligando a moto.

_Eu não tenho capacete pra nós dois. –Gray disse.


_E eu não tenho carteira.

_Quer saber desce dela. –Gray disse querendo tirar ele dela.

Lucas acelerou a moto, mas logo parou ela porque Gray havia usado sua
habilidade de maneira sutil para ninguém perceber.

_Cara isso é uma sensação horrível, agora entendo porque muitos dizem que ter
paralisia do sono é horrível. –Lucas disse descendo da moto depois que Gray ter o
soltado.

_É cansativo lidar com você. –Gray suspirou.

_Pelo menos você esqueceu o que estava te deixando triste. –Lucas entregou a moto
para ela.

_Como você percebeu? –Gray olhou para ele intrigada.

_Um dom, talvez essa seja minha habilidade de desperto. –Lucas abria os braços como
se dissesse “Olhe para mim”. _Eu sou incrível.

_Pode ser. –Gray ficou curiosa e se aproximou do rosto dele.

_Se quiser me beijar fique a vontade. –Lucas não conseguia levar nenhuma situação a
sério.

_Não, isso não é uma habilidade, você deve ser apenas sensível a emoções de outras
pessoas. –Gray se afastou. _De todas as pessoas no mundo justo você tem a maior
empatia, irônico.

_Porque irônico? –Lucas perguntou curioso.

_Quer carona? –Gray perguntou.

_Isso é plágio, eu que tenho essa mania de trocar de assunto de maneira aleatória. –
Lucas disse irritado por ter alguém o imitando na cara dura.

_Por isso você é egoísta demais, essa mania é irritante então seria bom se você parasse
de fazer isso. –Gray disse colocando seu capacete.

_Eu vou aceitar sua carona. –Lucas disse, mas logo em seguida ficou incapaz de se
mover. _Ok, eu vou parar com essa mania. –Lucas disse estalando a língua.

Os dois andaram na moto dela, Gray fazia o máximo de desvio possível para
evitar a policia.

_Ei entra na direita, para irmos num lugar muito louco. –Lucas gritou para Gray várias
vezes para ela entender.
Ela não tinha nada para fazer essa noite, então ela aceitou e seguiu o caminho
passando numa horrível estrada de terra, adentrando em uma floresta. Eles chegaram
num lago.

_O que viemos fazer aqui? –Gray perguntou curiosa.

_Que frio dos infernos. –Reclamou Lucas tremendo de frio.

_Seu sofrimento está sendo meu divertimento desde ontem. –Gray comentou rindo.

_Vamos nos sentar aqui. –Lucas apontou para um banco simples feito de dois tocos com
uma tabua os ligando.

_Não viemos aqui para observar as estrelas né? –Gray perguntou olhando ao redor e
vendo que não havia nada.

_Hum? Você não gosta? Aqui a luz da cidade não alcança. –Lucas olhou para o seu se
encolhendo por causa do frio. _A visão é simplesmente deslumbrante.

_Admito é uma visão bonita. –Gray não tinha como negar o quão belo o céu estava
naquela noite.

Com várias estrelas enchendo o céu havia um silencio que reinou enquanto os
dois simplesmente contemplavam a bela imagem que estava em suas visões, presos em
seus próprios pensamentos e sentimentos. Lucas foi o primeiro a quebrar o silencio
dizendo de maneira simples, mas sem tirar os olhos do céu.

_Eu não quero me envolver no mundo de despertos.

_Algum motivo especial? –Gray também não o encarou e perguntou não esperando uma
resposta.

_Um desperto matou quem eu amava. –Lucas disse olhando para o céu os seus olhos
doíam um pouco porque ele olhava sem piscar.

_Como? –Gray olhou para ele surpresa.

_Na minha frente, nos meus braços, por minha culpa. -Lucas falava de maneira normal,
mas cerrava seus punhos de frustração. _Mesmo com minha habilidade eu não pude
fazer nada além de vê-la morrer.

_Você despertou? –Gray não deixou escapar esse detalhe.

_Sensibilidade zero, parece até eu. –Lucas deu uma fraca risada forçada.

_Me desculpa. –Gray se desculpou pelo deslize.

_Não se preocupa nos conhecemos há apenas dois dias não teria como você se importar
com os meus sentimentos. –Lucas parou de falar e voltou a encarar a estrelas
novamente.
Gray ficou em dúvida de como responder a esse comentário, não sabia se devia
pedir desculpas, então resolveu contar um pouco da sua historia.

_Minha mãe foi morta por um desperto. –Gray disse esperando uma reação de Lucas,
mas ele não disse nada. _Eu nem sabia sobre os despertos na época, quando aqueles
homens a atacavam, tentou o máximo me defender, ela morreu por minha culpa se eu
não tivesse lá, ela poderia ter fugido, quando meu pai chegou conseguiu matar aqueles
homens, mas minha mãe não resistiu até o hospital e ela morreu. –Gray não conseguia
segurar os seus sentimentos enquanto se lembrava de sua mãe.

Lucas não olhou para ela apenas se aproximou dela e abraçou encostando a
cabeça dela em seu peito, às lágrimas molhava o seu peito e às lágrimas dele molhavam
o cabelo dela, não tinha palavras para descrever a dor de ver alguém que ama morrer na
sua frente por sua culpa, tudo o que podiam fazer era consolar um ao outro. O tempo
passou até que eles voltassem ao normal.

_Eu preciso ir. –Gray disse se levantando um pouco envergonhada.

_Eu vou ficar aqui mais um pouco. –Lucas disse sorrindo com as bochechas coradas.

_Como você vai embora? –Gray perguntou já em cima da moto.

_Eu dou meu jeito. –Lucas disse enquanto encarava o lago.

_Então Adeus. –Gray ligou a moto e partiu.

_Adeus? Assim você magoa meus sentimentos. –Lucas estalou a língua. _Então quando
você vai sair? –Lucas gritou.

Um homem alto de óculos com um cabelo castanho claro saiu de trás de uma
arvore em que não parecia ter ninguém.

_Foi mal não queria estragar seu encontro. –O homem sentou no banco se desculpando.

_Luke Wolfgang, creio que ela não represente um perigo tão grande para um agente do
governo do seu calibre vir. –Lucas disse de maneira calma.

_Oh? Você sabe meu nome e também sabe sobre nós, interessante. –Luke apenas sorriu
quando sua identidade foi revelada. _Então o que deseja? Já que você levou ela para um
lugar isolado para me atrair.

_Acho que devia tirar os óculos e usar sua habilidade em mim. –Lucas disse tentando
aquecer com a boca.

_Você sabe muito talvez eu tenha que te matar. –Luke tirou seu óculos e olhou nos
olhos de Lucas.

Luke gritou de dor, começou a coçar a sua cabeça como se sentisse uma dor dos
infernos, quando de repente sentiu uma dor no seu peito como se seu coração tivesse
saindo do seu corpo e depois a sensação piorou como se seu corpo tivesse se dividindo
em dois.

Quando toda a sensação esquisita passou ele olhou para Lucas, depois deu uma
olhada ao redor e perguntou com um olhar curioso.

_Este é o futuro?

_Sim, agora você está um segundo a frente do segundo anterior. –Lucas disse sorrindo.
_Bem agora são seis, sete, oito e assim por diante.

_Interessante. –Luke sorriu tirou um arma que carregava consigo e atirou na cabeça de
Lucas e logo em seguida deu um tiro em si mesmo.

_Este é o futuro? –Luke perguntou sorrindo.

_Sim, agora você está um segundo a frente do segundo anterior. –Lucas disse sorrindo.
_Bem agora são seis, sete, oito e assim por diante.

_Habilidade interessante é essa que você tem. –Luke era obrigado a admitir isso.
_Efeito colateral?

_Bem toda vez que uso tenho que forçar uma divisão celular para mandar meu corpo
para o futuro então provavelmente vou morrer precocemente, porém o máximo que
consegui viver foi até os quarenta e sete anos, nunca tive uma morte natural então não
posso confirmar isso. –Lucas explicou sua opinião. _Mas você já sabe disso porque
você está me perguntando?

_Então você sabe que eu copio memórias? Como foi o futuro em que eu te contei isso?
–Luke perguntou curioso.

_Eu me juntei a agencia depois de Charles me recrutar e quando Silvia morreu me


tornei seu parceiro. –Lucas disse se preparando.

_Como assim a Silvia morreu filho da puta? –Luke agarrou a blusa de Lucas e
perguntou irritado apontando a arma o queixo dele.

_Esse é o futuro, se eu disse algo talvez isso se torne algo irreversível. –Lucas
respondeu normalmente. _Porque você não vive até lá e descobre?

Com essa sugestão Luke usou sua habilidade e viveu até o futuro depois de
matar Lucas, Andrew, Gray, Jim, Drake, Josh, Amanda, Marcela, Thalissa, Simon, entre
outras pessoas envolvidas entre eles, viveu tudo o que iria acontecer esperando o
momento para impedir, só que a maneira como aconteceu ela não pode evitar, não do
jeito que estava não tinha feito preparos o suficiente quando se viu em desespero, os
inimigos ao redor o matar e ele voltou.
_Como que você ainda consegue viver? –Luke tinha um rosto horrível, não conseguia
sorrir nem pensar direito enquanto tentava aceitar que nunca viveu nada do que ela
havia vivido por cinco anos inteiros, a dor da realidade foi horrível.

_Eu tenho que proteger minha família ainda. –Lucas sorria ao ver alguém finalmente
passar por aquilo que ele passou a vida inteira.

_Obrigado, agora eu sei o que tenho que fazer, talvez eu te consulte se precisar da sua
habilidade. –Luke se levantou com um olhar sério. _Eu não vou matar nenhum dos dois,
mas não vou deixar nenhum agente se aproximar dessa luta.

_Eu não podia pedir por nada mais, parceiro. –Lucas olhou para Luke que partiu
desaparecendo entre as arvores. _Afinal eu é que vou destruir esses filhos da puta.

Olhando ao redor para ver se não havia ninguém perto e também notando que o
celular não tinha sinal, coçou a cabeça e sorriu dizendo para si mesmo enquanto
caminhava pela estrada.

_Devia ter pedido carona.

No momento em que Lucas saiu de casa.

_Aquele imbecil roubou minha pizza. –Andrew disse como se tivesse com raiva, mas
tinha lágrimas em seus olhos. _O que eu devo fazer?

Andrew olhou para sua mão e tentou se lembrar do sentimento que teve quando
despertou, seu coração acelerou como se tivesse uma cobra saindo do seu coração e
deslizando para o seu e chegando na ponta do seu dedos de repente um relâmpago azul
saiu deles e atingiu o teto, ele cambaleou para trás por causa do susto.

_Mas que porra, isso é muito esquisito. –Andrew disse alto enquanto passava a mão em
seu peito por causa da sensação entorpecente. _É uma sensação esquisita.

Quando disse isso de repente sentiu algo errado e depois uma dor nas costas
porque um teclado de computador o havia atingido.

_Seu filho da puta, você queimou meu computador. –Thalissa disse com raiva.

_Foi mal. –Andrew disse com dor e olhando a parte do teto que havia atingido e vendo
que era onde ficava o quarto de Thalissa. _Você está bem?

_Não, estava na porra de uma ranqueada, você sabe o quão difícil é subir de rank. –
Thalissa estava puta.

_Tata, calma eu vou comprar outro, por enquanto você pode usar o meu. –Andrew
tentava acalmar ela.
_Quem vai querer usar aquela porcaria velha que não roda nem super Mario bros. –
Thalissa estava puta. _Eu vou usar o do Lucas e eu quero um novo duas vezes melhor
para ontem. –Ela disse subindo as escadas batendo pé fortemente.

_A puberdade é uma merda, até pouco tempo ela era uma menina tão doce. –Andrew
disse pegando as teclas que haviam se quebrado no chão. _Puberdade, né? –Repetiu a
palavra ao ver que tinha algo de errado.

“Ela mudou ano passado, antes disso nem se interessava tanto por computador,
agora fica presa dentro do quarto, não sai mais de casa, não vai na escola, fica se
cortando”, Andrew viu um pouco de sangue na blusa de Thalissa quando ela desceu as
escadas. “Se aquilo foi obra do irmão de Josh então eu tenho que perguntar ele, talvez
até a morte de Sandy tenha algo a haver com ele”, quando chegou nessa linha de
raciocínio percebeu algo muito importante.

_O foco dele é o Lucas, talvez a habilidade de desperto dele seja mais poderosa que a
minha, se eu despertei quando sentir raiva e medo de perder ele, talvez ele já tenha
despertado. –Andrew murmurou chocado. _Se o foco dele for o Lucas, então talvez a
próxima vitima seja eu ou Thalissa.

Andrew correu para cima e entrou no quarto de Lucas, onde Thalissa estava
jogando no computador dele.

_Oh filho do diabo, que susto dos infernos. –Thalissa deu um pequeno grito de susto.

_O que eu estou pensando eles não atacariam de repente. –Andrew riu de si mesmo ao
se ver tão desesperado.

_Quem atacar quem? –Thalissa perguntou.

_Ninguém, eu meio que sonhei acordado. –Andrew riu dando uma desculpa.

_Você tem que saber diferenciar a realidade da fantasia. –Thalissa deu uma bronca no
irmão. _E tem que parar de ficar até tarde jogando, isso já estava fazendo você ficar
louco, ainda mais agora que você tem poderes.

_Como você não ficou surpresa de eu ter poderes de repente? –Andrew perguntou.

_Bem o tio Samon, falou que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde com a gente e
aquela loira também falou que agora você iria soltar raios. –Thalissa falou ligando um
jogo de RPG no computador de Lucas.

_Então foi isso, admita é bem maneiro. –Andrew estava querendo se gabar.

_Sim, agora não precisamos mais pagar a conta de luz, isso é bastante útil. –Thalissa
acenou maravilhada com a ideia.

_Bem não era isso que eu tinha imaginado. –Andrew disse coçando a cabeça pensando
que seu poder só serviria para isso mesmo.
_Você também pode carregar meu celular em um segundo. –Thalissa continuou dando
ideias.

_Mas no momento eu provavelmente iria explodir ele. –Andrew se aproximando para


pegar o celular dela.

_Nem tente tocar ele. –Ela o afastou com um chute na barriga.

_Ok, ok, só não jogue até tarde.-Andrew disse saindo do quarto com uma mão no
estomago.

_Você realmente é o mais inteligente de nós. –Thalissa não pode deixar de comentar
depois de Andrew sair do quarto.

Andando em direção ao seu próprio quarto e deitando em sua cama, ele se sentia
muito cansado e com dor, pois tomou várias pancadas nesse dia, mas o principal
pensamento que tinha em sua mente era “O foco dele é o Lucas”, olhando para os seus
dedos e se concentrando para diminuir os raios que sairia deles, sentiu novamente uma
serpente deslizando do coração para os dedos só que dessa vez a serpente parecia ser
menor quando chegou na ponta dos dedos o relâmpago saiu e acertou a janela que deu
um grande estalo e quebrou em pedaços.

_Merda. –Andrew gritou.

Enquanto varria os pedaços de vidro, pensava sobre tudo e decidiu “Preciso ficar
mais forte e sei exatamente aonde poderei conseguir isso”.

Capitulo III:

Somos apenas peças de um tabueleiro

_O Andrew é um peão. –Lucas disse para Thalissa que estava sentada na sua frente.

_Que merda você está falando? –Thalissa questionou movendo um bispo para matar um
peão no tabuleiro de xadrez que estava em sua frente.

_Você não entende? Andrew ainda não sabe de toda a verdade, então ele é apenas um
peão. –Lucas explicou movendo um cavalo para matar o bispo.

_Faz sentido. –Thalissa moveu o peão duas casas para frente.

_Porém o peão é a melhor peça do jogo porque se ele sobrevive ele pode se torna o que
quiser. –Lucas respondeu fazendo o seu cavalo voltar para o lugar que estava antes.

_Mesmo que isso seja verdade, a chance é ínfima. –Thalissa disse avançando uma torre
para matar um peão.
_Verdade, mas ainda existe a chance, e o Jim é um bispo. –Lucas moveu um bispo para
matar a torre. _Por causa da sua invisibilidade, se bobear na frente dele você pode
morrer. –Lucas riu.

_Amanda é uma torre. –Thalissa entrou no jogo dele fazendo com que outra torre
matasse um dos cavalos dele.

_Com certeza, irá esmagar todos que estiverem no caminho do seu amor. –Lucas moveu
o bispo para o canto do tabuleiro. _Cheque.

_A Gray é uma égua. –Thalissa disse movendo o cavalo para matar o bispo.

_Isso é injusto, você usou apenas os seus sentimentos por ela para dizer isso. –Lucas riu
movendo a rainha algumas casas para frente.

_Eu não menti. –Thalissa moveu o bispo.

_ Ela já foi sua cunhada, tenha um pouco de respeito. –Lucas moveu um peão para
matar outro peão.

_Eu não posso perdoar ela. –Thalissa disse com raiva, movendo um peão para matar
outro peão. _Cheque.

_Sério? Cheque com um peão...filha da puta. –Lucas estalou a língua movendo o cavalo
para matar o peão.

_Agora a Marcela também morreu. –Thalissa disse movendo a torre para matar o
cavalo.

_Mas o Josh mata o Max. –Lucas riu movendo o rei para matar a torre.

_Vai fazer com todos os envolvidos? –Thalissa questionou movendo o bispo.

_Claro afinal todos são meras peças. –Lucas disse movendo matando um peão com
outro peão.

_Então eu sou a rainha. –Thalissa disse movendo a rainha para matar a outra rainha. _E
eu sou a única.

_Você acabou de matar a Priscila. –Lucas falou triste movendo o bispo para trás.

_Não fale sobre aquela puta. –Thalissa disse bufando de raiva.

_Que isso? Você sabe que ela te ama...Até demais. –Lucas comentou em tom de
zombação.

_Não quero ouvir isso de um mulherengo como você. –Thalissa estava irritada e moveu
a rainha para a mesma fileira que o rei de Lucas. _Cheque-mate, Alice me ajudou nessa.
–Ela riu ao cercar o rei com a rainha e o bispo.
_Droga, isso conclui meu teste. –Lucas guardava as peças de xadrez. _Uma pessoa que
ver o futuro nunca vai ganhar de uma pessoa que ler mentes numa partida de xadrez.

_Isso é obvio, mas qual peça você seria? –Thalissa perguntou um pouco curiosa.

_O coringa. –Lucas disse rindo.

_Você trocou totalmente o jogo. –Thalissa desaprovou o seu irmão.

_Pense comigo o coringa é a carta mais especial não escolhe um lado, mas é capaz de
ajudar a todos ao qual ele se unir a vencer. –Lucas disse tirando um coringa da manga.

_Porque você tem um coringa na manga. –Thalissa questionou. _Você queria usar ele
para me distrair pra poder vencer? Isso é hilário.

_Mas era um bom plano, usava essa historia toda de peças para tirar sua concentração. –
Lucas estava confiante nessa estratégia.

_O plano era bom, porém inútil contra mim, então agora posso jogar no seu
computador? -Thalissa levantou da cadeira e andou até as escadas. _Me traga um
quadrinho do flash que eu não tenho.

_Não tenho dinheiro. –Lucas disse mandando uma indireta pedindo dinheiro.

_Vou te dar apenas o suficiente para comprar para mim. –Thalissa disse mexendo no
celular.

_Claro, claro. –Lucas sorriu amplamente.

Lucas levantou vestiu um moletom do homem aranha, e partiu rumo a uma


convenção de quadrinhos. A viagem foi tranquila, já a convenção foi agitada pela
grande concorrência entre os fãs de super heróis, Lucas comprou vários quadrinhos,
roupas e bonecos de heróis. No momento ele estava encarando uma raridade de boneco
que poderia ser muito bem o único do mundo. Era um em que a mulher-maravilha
estava decapitando a criança shazam com a espada.

_Eu vou querer esse. –Lucas disse ao mesmo tempo que uma menina ruiva que
apareceu de repente.

_Eu disse primeiro. –Os dois repetiram ao mesmo tempo.

_Antes disso, vocês tem dinheiro? –O vendedor gordo questionou.

_Ugh. –A menina ruiva disse como se sentisse um dor no peito ao ver o preço de 5000
dólares estampados.

_Eu sou um gênio. –Lucas disse pegando o celular ao ter uma ideia. _Faça silencio por
um segundo.
Lucas disse ligando para alguém, antes da pessoa atender a ligação Lucas já
estava chorando e hiperventilando como se estivesse com medo.

_Drew, socorro. –Lucas disse com uma voz agitada cheia de medo.

_ “O que aconteceu?” –Andrew perguntou preocupado do outro lado da chamada.

_Eu fiz merda dessa vez, eu peguei dinheiro emprestado com agiotas. –Lucas parou um
momento para chorar alto o que chamou atenção de algumas pessoas em volta.

_ “Como você pode ser tão burro?” –Andrew questionou a inteligência do irmão.

_Eu preciso de 10.000. –Lucas começou bufar rápido, ele se imaginava na situação que
até começou a suar frio. _Rápido ele acabou de engatilhar a arma, socorro, socorro. –Ele
gritava por ajuda várias vezes até puxava um ranho no meio dos gritos.

_ “Calma pede para eles esperar cinco minutos que vou pegar dinheiro com a Tata,
relaxa irmão eu vou te ajudar”. –Andrew disse rápido e logo em seguida desligando a
chamada.

_Aguarda cinco minutos, ele vai providenciar o dinheiro. –Lucas sorriu para o gordinho.

_Você é um filho da puta genial. –O gordinho comentou.

_Tenho pena do seu irmão. –A menina ruiva comentou com certo pavor desse trapaceiro
em sua frente.

_Devia tentar, o truque é as lágrimas e voz desesperadora. –Lucas tentava introduzir a


jovem menina no caminho da filha da putagem.

_Eu só tenho dois amigos um falaria para eu tomar no cu e a outra me perguntaria se eu


poderia descrever as emoções que eu estou sentindo para ela anotar no caderno dela. –A
menina ruiva comentou balançando a cabeça se imaginando o que aconteceria se ela
tivesse feito isso.

_Seus amigos são engraçados. –Lucas disse vendo que o dinheiro havia sido
depositado._Aceita pix? –Lucas perguntou ao gordinho.

_Sim, por favor cuide bem dela. –O gordinho pediu entregando a boneca com cuidado
em uma caixa especial.

_Claro, claro. –Lucas pegou a boneca e estava pra partir quando foi impedido pela
ruiva.

_Por favor me dê essa boneca. –Ela pediu. _Eu sou muito fã dela.

_Então não é por acaso? –Lucas disse notando que ela vestia uma fantasia da mulher-
maravilha.
_Por favor eu vim até essa cidade por causa dessa boneca, mas eu vi outras coisas legais
e acabei me distraindo. –Ela confessou mostrando uma sacola cheia de outras coisas.

_Que maneiro você tem a versão do Batman do Thomas Wayne usando a espada para
matar o flash reverso. –Lucas olhou com interesse ao identificar um dos bonecos na
sacola.

_Isso... –A ruiva hesitou não querendo fazer uma troca dessas.

_Beleza, vamos jogar um jogo. –Lucas disse ao ver a hesitação dela.

_Um boneco por um boneco, eu aceito. –A ruiva se empolgou ao ouvir falar sobre
jogos.

_Vamos jogar alguns vídeo-games que tem por aqui. –Lucas disse apontando para uma
enorme fila.

_Não vá voltar atrás de sua palavra agora. –A ruiva sorriu como se já tivesse ganhado.

Quando chegou a vez deles, começaram a jogar uma partida de Injustice 2,


Lucas era um viciado em tudo e acabou ganhando facilmente da ruiva, mas antes de
poder comemorar.

_Melhor de três. –Ela disse não aceitando a derrota.

Como se realmente tivesse facilitado a ultima partida, a ruiva conseguiu ganhar


de Lucas com muita dificuldade, na terceira partida ela já havia se adaptado ao estilo de
jogo dele e o derrotou facilmente com um perfect.

_Melhor de cinco. –Lucas não ligava mais só queria continuar jogando. _Mas vamos
trocar de jogo quero ver sangue.

Lucas iniciou o jogo escolhendo Smoke e a ruiva escolheu o clássico Sub-zero,


Lucas se especializando em bater usando poder e ela usando combos difíceis, a batalha
foi difícil para os dois, quando um golpe pegava era uma sequencia difícil de sair, mas
no final a ruiva saiu vitoriosa.

_Ah merda, se eu tivesse escolhido o scorpion a situação teria sido. –Lucas reclamava
com raiva.

_Shounen, você tem talento, mas um grande caminho para conseguir superar essa
mestra aqui. –A ruiva estufava o peito de orgulho pelo sentimento de vitoria.

_Droga, aqui leva essa praga. –Lucas entregou a boneca da mulher maravilha.

_Oh, você realmente cumpriu a aposta. –A ruiva disse surpresa.

_Bem, não gastei meu dinheiro mesmo. –Lucas disse dando de ombros.

_Você é maléfico de uma forma estranha. –A ruiva disse sorrindo.


_Bem eu sou Lucas, prazer. –Lucas disse estendendo a mão.

_Alice, igualmente. –A ruiva apertou a mão dele.

_Isso, sabia que seu nome seria Alice. –Lucas comemorou.

_Espera como? –Alice questionou curiosa.

_Você tem cara de Alice, e eu apostei comigo mesmo que esse seria seu nome. –Lucas
tinha um olhar de quem saiu vitorioso.

_Você é viciado em apostas, né? –Alice perguntou rindo.

_Sou um pouco de tudo, sou um influencer famoso, esportista radical, apostador


fracassado, gamer amador, colecionador de tudo, fã de heróis, otaku iniciante. –Lucas
falava várias coisas que fazia.

_Herói favorito? –Alice perguntou.

_Depende se for a DC é sem duvidas o Flash e se for a Marvel o Homem aranha.

_Poderosos, independentes, inteligentes e comediantes. Compreendo o tipo de pessoa


que você é. –Alice analisou.

_Ei não tem como você me definir só pelo os meus heróis favoritos. –Lucas falou
incrédulo. _Por exemplo, eu sou muito manipulador, você não viu como eu manipulei
meu irmão?

_Verdade, mas não custa tentar. –Alice andou até uma fila. _Quer continuar jogando?

_Claro, não tenho nada para fazer mesmo. –Lucas sorriu ao ficar do lado dela na fila.
_Você só quer usar meu dinheiro né?

_Arlequina e gata negra. –Alice sorriu inocentemente.

_Maldosa, manipuladora, trapaceiras. –Lucas riu ao ver que estava sendo manipulado,
mas não se importou.

Minutos depois que Lucas ligou para Andrew, na base secreta de Josh, em um
campo aberto isolado. Gray e Andrew estavam suados enquanto ao redor tinha alguns
matos queimados e troncos de arvores destruídos.

_Espera você vai dar esse tanto dinheiro para ele? –Gray perguntou preocupada com o
que Lucas poderia fazer com tanto dinheiro.

_A ultima vez em que ele se envolveu com um agiota apareceu em casa cheio de
Hematomas com cinco dedos quebrados e cheio de hematomas pelo corpo, alem de ter
perdido dois dentes. –Andrew falou enquanto se lembrava do seu irmão jogado na
frente de casa cheio de machucados. _Espero que resolva tudo tranquilamente dessa
vez.
_Eu acho que ele está te passando a perna. –Gray deu uma opinião sincera.

_Eu não acho que ele brincaria com algo tão sério quanto os agiotas. –Andrew disse
guardando o celular. _Vamos continuar.

_Não, vamos descansar um pouco, faz apenas uma semana desde que você despertou
treinar demais vai fazer mais mal do que bem para você. –Gray disse pegando uma
garrafinha de água e bebendo.

_Fica tranquila eu aguento mais um pouco. –Andrew disse fazendo com que fios de
raios passassem entre seus dedos.

Balançando o braço para frente de baixo para cima fez com que três fios de raios
da grossura de um dedo e da altura de uma pessoas avançasse em direção a Gray como
se fosse uma garra. Ela que estava bebendo água, estalou a língua quando a mão vazia
fez com que uma das arvores ao redor a protegesse. A arvore pegou fogo, então ela
jogou na direção dele, primeiramente pensou em desviar, mas teve uma ideia diferente
depois de pensar bastante, fechando o punho e concentrou o máximo de eletricidade que
conseguia, sua mão mudou de cor ficando um pouco azulada, quando o tronco estava
cerca de meio metro de distancia ele socou com toda a força, a eletricidade concentrada
saiu de seu punho num formato de um punho elétrico, que quebrou o tronco em chamas
ao meio, pedaços de madeira voaram em sua direção, mas Gray usou a telecinese para
protegê-lo.

_Isso foi muito maneiro. –Andrew disse depois que a tensão passou.

_Perigoso você quis dizer, né? –Marcela que apareceu de repente olhou para com um
olhar de repreensão.

_Eu sabia que Gray me protegeria. –Andrew olhou para Gray que pressentiu algo de
ruim.

_Chega de treino por hoje, esse punho elétrico parece ser cansativo então devemos
treinar ele mais para ser mais fácil de usar e menos cansativo. –Gray disse saindo
rapidamente do campo de treinamento ao ver a cara de Marcela.

_Realmente me sinto descarregado. –Andrew riu de sua própria piada.

_Você tem que pensar mais em sua segurança. –Marcela o repreendeu.

_Relaxa, treinos assim não são tão perigosos. –Andrew tinha um sorriso inocente no
rosto.

_Diga isso para pessoa que quase virou carvão depois de ter incendiado metade da
floresta. –Marcela estava irritada. _Senão fosse por causa de Amanda, você estaria
morto e você deixaria Lucas e Thalissa sem um irmão mais velho.

_Eu sei que errei. –Andrew não pode refutar e abaixou a cabeça. _Mas eu preciso ficar
forte o mais rápido possível.
_Você não é o único que busca vingança. –Marcela disse com intenção de querer que
ele diminuísse o ritmo do treinamento.

_Eu não quero vingança por meus pais, eu quero proteger meus irmãos. –Andrew disse
vendo que Marcela confundia sua intenção.

_Isso... Isso só prova que eu estou certa, você precisa estar vivo para proteger eles. –
Marcela não estava mais irritada, mas ainda estava preocupada com a segurança dele.

_Eu aprecio do fundo do meu coração que você se preocupe tanto comigo, mas é um
risco que eu estou disposto a recorrer. –Andrew disse saindo do campo de treinamento
cerrando os punhos de determinação.

_Idiota. –Marcela disse com olhos tristes, mas Andrew não ouviu. _Assim você não vai
conseguir proteger ninguém.

Thalissa que foi deixada sozinha em casa estava entediada, cansada dos jogos do
computador do seu irmão e tinha que esperar algumas horas para instalar o jogo que ela
queria. Andava pela casa que ela finalmente estava se acostumando e considerando seu
lar, não havia barulho e esse silêncio era reconfortante para ela.

Quando seus pais morreram, foi quando ela despertou a sua telepatia, alem da
dor de perder os pais, teve que suportar a dor de ouvir o pensamento de todos ao redor,
isso a irritava demais causava tanta dor de ouvir a verdadeira face das pessoas que ela
não aguentava ir para escola, não aguentava sequer sair de casa, se trancou em seu
quarto, mas um dia se cansou e estava prestes a se matar quando Lucas a impediu e ela
viu todas as memórias dele, e entendeu que não era a única que estava sofrendo e que
não devia causar ainda mais sofrimento para aqueles que ela ama. Convivendo com
Lucas que tinha a capacidade de viver vários futuros e que cada coisa diferente criava
um futuro alternativo, ela aprendeu um pouco a controlar seus poderes para o limite de
simplesmente focar em uma pessoa por vez, mas ainda existia o medo e a desconfiança
das pessoas que vivem fora de sua casa. Então ela continuou se isolando da sociedade.

Em casa decidiu entrar no mundo dos jogos online, a sociedade dos jogos online
podia ser toxica, mas pelo menos ela não ouvia suas mentes, isso aliviava um pouco sua
dor.

Seus irmãos não a criticam e a tratam normalmente, sendo o apoio emocional de


Lucas que não consegue ser sincero com ninguém alem dela, e ele sendo o apoio
emocional dela por conhecer seu poder e entender a sua dor. Ela vive cada dia como se
fosse o ultimo e tudo o que ela deseja no momento é jogar mais uma partida de
overwatch.

_Lucas nesse momento deve estar em um encontro com a Alice. –Thalissa estava na
cozinha procurando na geladeira algo para comer.
_Ele devia simplesmente matar todos. –Thalissa disse com raiva ao ver que não tinha
nada para comer na geladeira.

_Aquele tarado por ruivas, não conseguiria ferir ninguém que ele goste. –Thalissa riu ao
se lembrar de quão inocente seu irmão é.

_Mesmo depois de Gray fazer aquilo com ele, o idiota ainda é capaz de sorrir
apaixonadamente para ela. –Thalissa pegou alguns ovos, mussarela e frango desfiado na
geladeira e farinha e sal do armário no armário.

_Certo, hora da master chef Tata cozinha o famoso omelete com frango e...falta o molho
de tomate. –Thalissa disse ao se lembrar de um ingrediente que faltava.

Fazendo a mistura de ovo com farinha de trigo e creme de leite, depois


despejando na frigideira, depois de um pequeno período de tempo colocando o frango,
fazendo quatro omeletes, colocando molho de tomate sobre ele e depois colocando três
omeletes no forno.

A campainha da casa tocou, antes de ver quem estava na porta, Thalissa já disse
com empolgada.

_Apenas o Drew para fazer os entregadores entregarem um dia depois do pedido.

Já na porta assinando o papel para aceitar a entrega, ela recebeu quatro grandes
caixas. Com ajuda do entregador ele as colocou para dentro, depois dele ir embora.

Thalissa estava desanimada.

_Nada é perfeito. –Disse Thalissa encarando as caixas que continham todas as peças de
um computador desmontado.

_Essa tarde será agitada. –Ela andou até a cozinha para comer as omeletes e depois
montar o seu computador.

_50 vitorias, 49 derrotas e 1 empate para mim, então parece que eu superei as mestra. –
Lucas disse orgulhoso.

_Você é ingênuo Luc. –Alice olhava para Lucas com pena. _52 derrotas, 53 vitorias
para mim, não teve nenhum empate eu ganhei aquela alem de temos que contar a partida
que jogamos hoje cedo. –Ela tinha um sorriso vitorioso.

_Não aquilo foi claramente um empate, eu sei que você pode falar que ela estava um
passo a frente, mas tudo isso é questão de perspectiva, por que da minha perspectiva os
dois chegaram ao mesmo tempo então foi um empate. –Lucas não aceitaria a derrota.

_Vamos jogar a ultima para decidir isso então. –Alice não aceitaria a derrota e nem o
empate.
_Alice sinto muito, mas por hoje chega. –Um jovem loiro chegou de repente
atrapalhando a empolgação da Alice.

_Max, mas eu queria jogar só mais um e isso encerra por hoje. –Alice implorava.
_Vamos eu sei que seu remédio ainda está fazendo efeito.

_Drake quer que nos reunir urgentemente. –Max balançou a cabeça como se não
pudesse fazer nada.

_@Lilac-razy, segue lá ai podemos jogar essa ultima partida. –Lucas disse passando seu
instagram para Alice.

_Ok. –Ela não queria aceitar, mas sabia que não tinha outro jeito.

_Vamos então.

Max e Alice entraram e desapareceram na multidão no sentido literal, porque a


habilidade de Max era teletransporte.

Em algum lugar nos Estados Unidos, jogando sinuca estava uma jovem com
cabelos pretos com as pontas pintadas de castanho claro e um homem loiro natural.

_Pai, eu literalmente controlo o som, de acordo com o senso comum eu poderia usar
minha habilidade de um milhão de maneiras diferentes para vencer, mas porque diabos
você não erra? –A jovem estava frustrada.

_Tenho dificuldades em errar. –O homem sorriu e encapou a bola preta encerrando um


jogo com uma vitoria perfeita.

_É irritante jogar com você, é mais legal jogar com a Alice. –A jovem balançou a
cabeça guardando o taco em seu devido lugar.

_Priscila, você pode fazer isso depois, eles devem chegar daqui a pouco. –O homem
disse apenas colocando o taco sobre a mesa.

_Falando no diabo. –Priscila disse ao ver que Max e Alice haviam chegado.

_Drake, eu trouxe ela. –Max disse de maneira respeitosa para o homem.

_Max, você é melhor sem o seus remédios, assim você é muito chato. –Priscila
balançou a cabeça em decepção.

_Eu prefiro ele assim, eu consigo manter um dialogo com ele. –Alice pensava o
contrario.

_Isso não importa. –Drake olhando para esses jovens rindo.

_Eu estava fazendo algo importante, hoje era pra ser um dia de descanso. –Alice estava
triste por não ter terminado a partida.
_Sair com um namorado não é tão importante assim. –Max zombou de Alice.

_Alice namora? –Priscila questionou surpresa.

_Eu o conheci hoje e ele não é meu namorado. –Alice negou de maneira calma.

_Qual o nome dele? –Priscila perguntou pegando o celular pra iniciar uma pesquisa.

_@Lilac-razy. –Max disse.

_Merda. –Alice estalou a língua.

_Caralho 200k, seu namorado é famoso e rico. –Priscila disse surpresa.

_Sério? –Perguntou Alice pesquisando o nome dele. _Ele realmente faz tudo o que ele
disse.

_Apaixonou? –Priscila perguntou curiosa.

_Não, mas agora quero terminar o jogo. –Alice sorria com uma grande vontade de
jogar.

_Viciada, talvez deva se internar. –Max comentou.

_O efeito do remédio tá passando. –Alice comentou em desagrado.

_Chega. –Drake interrompeu os jovens. _Por algum motivo o governo não vai mais
entrar em nosso caminho.

_Isso é algo bom. –Alice comentou aliviada.

_Pode ser. –Drake disse sem emoção. _Mas isso significa que alguém nos ajudou e eu
não consigo ver quem.

_Uou, sua habilidade está falhando. –Priscila tinha um sorriso de zombação.

_Não é hora pra brincadeiras. –Drake tinha um tom sério. _Vocês irão pra Los Angeles
e vigiarão aquela área, se encontrarem algo de suspeito reportem para mim.

_Eu estava lá, era só ter me mandado um zap que eu ficaria mais atenta. –Alice estalou
a língua novamente.

_Meu irmão deve estar por aquela área. –Drake ignorou Alice e continuou.

_Só isso? –Priscila estava começando a ficar entediada com tudo isso.

_Meu irmão provavelmente quer combater fogo com fogo, então tomem cuidado. –
Drake deu um ultimo alerta. _Max leve elas.

Max apenas acenou a cabeça e colocou as mãos no ombro de cada uma e


desapareceu antes que elas pudessem falar qualquer coisa a mais.
_Lucas, Lucas, o quanto será que você cresceu? –Drake sorriu misteriosamente
enquanto olhava a página do perfil do @Lilac-razy.

_Como foi o encontro com sua ex? –Thalissa perguntou para Lucas que estava comendo
comida japonesa no balcão da cozinha.

_Divertido. –Lucas comentou com dificuldade para pegar comida com os palitos.

_Pensei que gostasse mais da Gray? –Perguntou Thalissa já sabendo a resposta.

_Tata, eu tenho que confessar uma coisa, eu tenho um grande queda por ruiva e Alice é
simplesmente perfeita, eu quase abracei ela e me comportei como um lunático, foi
difícil resistir. –Lucas tinha um sorriso nojento.

_Porque ruivas? –Thalissa questionou.

_Porque arroz se chama arroz? Foi simplesmente uma coincidência, uma ironia do
destino. –Lucas disse enquanto desistia do palito e usava a mão para comer.

_Você tem mais de 50 anos e não sabe comer com os hashis? Simplesmente
vergonhoso. –Thalissa comentou.

_Da mesma forma que não sei construir um foguete, eu não me foquei em aprender isso
então não aprendi. –Lucas disse mexendo no celular. _Ela ta me seguindo, junto com a
Priscila e o Drake. –Lucas sorria igual bobo enquanto stalkeava a Alice.

_Você é um caso perdido de diversas formas. –Thalissa comentava em decepção.

_Lucas, e Agiota? –Andrew chegou perguntando preocupado.

_Agiota? –Lucas perguntou confuso.

_Espera, o dinheiro que você me pediu era para o Lucas? –Thalissa perguntou surpresa
ao ver o que Andrew estava pensando.

_Sim, ele foi enganado por um agiota de novo. –Andrew explicava para sua irmã o que
aconteceu.

_Drew, o Lucas nunca foi enganado por um agiota aquele vez foi quando ele estava
aprendendo a andar de moto de trilha e caiu feio, depois seus “amigos” o deixaram aqui.
Por que ele não queria ir para o hospital. –Thalissa explicava para o ingênuo do seu
irmão.

_Isso é mentira, né Lucas? –Andrew encarava seu irmão que estava se segurando para
não rir.

_Filho da puta. –Andrew xingou puto.

Thalissa não aguentou e começou a rir, Lucas também não aguentou mais a
segurar e começou a chorar de tanto rir.
Capitulo IV:

O amigo de ontem é o inimigo de hoje

_Ei, ei, ei, Jim. –Max gritou com um sorriso de empolgação.

_Max, a quanto tempo. –Jim forçava um sorriso enquanto suava frio.

_Você não tem ideia do quanto minha vida mudou depois daquele incidente. –Max
disse passando o braço em torno do pescoço de Jim enquanto o guiava para uma
caminhada.

_Jim, quem é esse? –Perguntou Amanda que estava sendo deixada para trás.

_Um amigo de infância. –Jim disse querendo afastar ela. _Nós vamos curtir um pouco
eu volto para o Jantar.

_Oh Jim seu garanhão, porque você não me apresenta essa gracinha. –Max tinha um
sorriso enquanto elogiava Jim.

_Max, essa é a Amanda, Amanda esse é o Max. –Jim forçava um sorriso.

_Prazer. –Amanda foi educada enquanto encarava Max para ver se descobria o que
deixava Jim tão nervoso.

_Muito obrigado por cuidar desse covarde por tanto tempo. –Max se curvava com um
sorriso. _Vou pagar um hambúrguer para você, vamos ali. –Max apontou para um fast
food que havia ali perto.

_Não precisa, não quero te incomodar. –Jim tentou negar, mas não conseguia tirar o
braço de Max.

_Deixa disso, finalmente nos reencontramos. –Max o arrastou até o fast food enquanto
Amanda os seguia analisando o relacionamento dos dois.

Dentro do fast food enquanto esperava os pedidos serem prontos Amanda estava
sentada ao lado de Jim e Max na frente dos dois.

_O que aconteceu com você? Depois daquele dia você sumiu? –Max questionou
encarando Jim com um sorriso brincalhão.

_Eu meio que fui adotado. –Jim disse meio sem graça.

_Que doido, eu também só que eu considero mais um emprego. –Max disse surpreso.

_Emprego? –Jim questionou estranhando o termo.

_Sim, tipo meu chefe pediu pra eu procurar algo aqui em Los Angeles, mas tem um mês
e não consegui ainda. –Max reclamava aceitando o lanche que o atendente trouxe.
_Obrigada. –Amanda agradeceu a garçonete. _Então Max, como você e Jim se
conheceram? –Ela perguntou comendo uma batata frita.

_Eu meio que fui expulso de casa, então eu conheci Jim que morava nas ruas e ele me
ensinou a sobreviver enganando pessoas boas, roubando dos ingênuos, lutando contra os
fracos, ganhando respeito dos arredores. –Max falava com um sorriso empolgado.

_Não tenho muito orgulho do que fiz naquela época. –Jim falou antes que Amanda
pudesse falar algo.

_Devia ter, graças a isso eu conseguir ser excepcional no meu trabalho. –Max tinha
apenas elogios para Jim.

_Relaxa Jim, eu sei que era necessidade da época. –Amanda consolava Jim dando um
abraço confortante nele.

Mas Jim estava duro, enquanto encarava Max não tinha coragem de tirar os
olhos dele porque apenas ele conhecia esse seu amigo.

_Sendo sincero eu estava presente naquele dia que você foi embora. –Max de repente
perdeu o sorriso.

_Merda. –Jim empurrou Amanda para longe dele depois de ouvir o que Max disse.

Max pulou do banco que estava e avançou para cima de Jim com um canivete na
mão. Jim se defendeu do canivete segurando o braço de Max, mas quando os dois se
encostaram desapareceram do banco, Amanda que foi empurrada caiu no chão e não
conseguiu reagir.

_Jim. –Amanda ficou desesperada quando viu os dois desaparecerem.

As pessoas ao redor não viram nada alem de uma jovem no chão cheia de
lágrimas, em outro lugar caindo do céu Max e Jim estavam trocando socos sem se
preocuparem com a queda.

Jim nem pensou em usar o seu poder porque não podia soltar o braço de Max,
senão ele iria morrer com a queda, caso Max se teletransportasse novamente. Quando
estava próximo do chão Max se teletransportou junto com Jim, no meio da rua cheia de
pessoas ao redor. No instante que encostou no chão Jim soltou Max e ficou invisível.
Max riu como um maníaco sem se importar com as pessoas ao redor.

_Ei, ei, ei, Jim é só você me dizer onde Josh está que não precisamos brigar. –Max
gritou alto.

Jim que estava nas sombras se perguntava o motivo de ele querer se encontrar
com Josh, mas não podia entregar a pessoa que o salvou das ruas desse jeito então
apenas se escondeu entre a multidão. As pessoas olhavam para Max como se fosse um
doido que falava sozinho, mas ele não se importava e como se tivesse uma brilhante
ideia gritou:
_Acho que vou ter que brigar com sua namoradinha então. –Max esperou um momento
porque ele conhecia seu amigo.

_Fique longe dela. –Jim gritou socando a cara de Max.

Max cambaleou para trás, mas ainda sim conseguiu segurar o braço de Jim, e o
socou no braço que estava segurando fazendo um soco horrível de um osso sendo
deslocado.

Jim gritou de dor, mas lembrou de seu treinamento e socou Max no rosto
novamente dessa vez Max não conseguiu manter o aperto e soltou Jim. Jim agiu
rapidamente e colocou seu braço no lugar de novo, mas não pode evitar de soltar um
gemido de dor, fazendo com que Max achasse sua posição e avançasse para atacar se
teletransportando para o local que ele estava.

Jim não sabia por onde ele iria atacar e rapidamente rolou para o lado desviando
do chute que Max deu ao aparecer de repente atrás da posição que estava anteriormente.
Jim pulou na direção dele para derruba-lo no chão, mas antes que suas costas pudessem
encostar no chão se teletransportou novamente.

Dentro de um pátio de uma prisão de alta segurança, Jim e Max apareceram no


meio da quadra de basquete.

Max chutou Jim que estava em cima dele, Jim ao ser acertado no estomago
vomitou um pouco, mas logo se afastou se escondendo entre os prisioneiros.

Os prisioneiros olhavam para um intruso com interesse, mas Max apenas gritou
para Jim com um sorriso maléfico.

_Se divirta na sua nova casa, enquanto eu brinco com sua namoradinha.

Dessa vez Max foi mais rápido e desapareceu antes que Jim encostasse nele
deixando o na prisão, ele permaneceu invisível enquanto socava o chão de raiva.
Tentando se acalmar pegou seu celular, mas estava quebrado então teve a ideia de usar o
telefone da prisão para ligar para Josh.

Amanda saiu correndo em direção a casa enquanto ligava para Josh, o desespero
estava estampado em seu rosto e o sentimento de culpa por não ter ajudado a pessoa que
ama. Atravessando a multidão de pessoas e carros e correndo para um lugar mais
afastado, sem olhar para trás, quando Josh a atendeu já estava bufando.

_Jim foi atacado. –Ela disse o problema diretamente.

_ “Quantos? Onde você está?”. –Josh perguntou com um tom de urgência.

_ Foi apenas um, eu estou na rua xx, mas a pessoa que atacou ele, usa teletransporte. –
Ela começou a chorar ao ver que não conseguia fazer nada.
_ “Relaxa, lembre-se do que treinamos, sem afobação e foco”. –Josh parou por um
momento e conferiu algo com sua habilidade. _ “Ele está vivo, só precisamos achar ele
e o teletransportador, apenas tome cuidado”. –Josh desligou o celular.

_Relaxar? Não me pede para relaxar. –Amanda estava irritada fazendo sua habilidade se
ativar a fazendo a se transformar um pouco.

_Mesmo numa cidade grande como essa, sua beleza se destaca entre as demais. –Max
disse aparecendo atrás dela e enfiando o canivete em suas costas.

_Você? –Ela estava completamente surpresa e olhou para ele com pavor.

_Sou eu. –Max sorriu tentando tirar a faca, mas não conseguiu pois estava crava nos
diamantes das costas dela.

_Onde está ele? –Ela estava completamente transformada em diamante e tirou o


canivete das suas costas.

_Uou, isso é inesperado. –Max tomou distancia dela em um instante. _Então isso é
combater fogo com fogo. –Max sorriu ao finalmente compreender o que Drake queria
dizer.

_Não me faça perguntar de novo. –Amanda disse avançando em direção ao Max.

Era uma ação inútil, afinal com o teletransporte era impossível para Amanda
acerta-lo. Mas ela não desistia, tentou o máximo se lembrar do treinamento o qual ela
não levava muito a sério.

Max era impaciente, teletransportou para trás dela e tentou esfaquear ela
novamente, mas o canivete foi completamente destruído. Porém ele se assustou, pois
caiu na armadilha de Amanda que havia deixado as costas expostas de propósito, sem
nem olhar para trás agarrou o braço dele, quando estava preste a soca-lo, ele usou o
teletransporte e levou os dois para uma queda livre da altura de um arranha céus.

Ela não tinha calma de Jim, já que ela nunca caiu daquela altura, então ela soltou
Max que desapareceu dali, sentindo uma sensação horrível da morte se aproximando e
tudo o que tinha em sua mente era a pergunta de se Jim estava bem, quando chegou no
chão o impacto foi enorme, abrindo uma grande cratera, sua habilidade protegeu seu
corpo, mas o impacto ainda agitou seus órgãos fazendo ela vomitar sangue e perdendo
sua transformação, ela mal conseguia manter a consciência.

_Tão fraca. –Max riu. _Fala onde Josh está que eu digo onde Jim está. –Max tentou
negociar.

Amanda tinha gratidão por Josh por ter ajudado ela quando precisava, mas o
amor que sentia por Jim era maior, então ela tentou rapidamente responder.

_Na casa perto... –Não conseguiu terminar a frase porque acabou vomitando mais
sangue.
_Que merda, fala logo. –Max disse impacientemente tirando outro canivete e colocando
sobre o pescoço dela.

Foi em um instante, todos os pelos no corpo de Max se arrepiaram, usando todos


os reflexos em seu corpo reagiu por puro instinto de sobrevivência, ele jogou seu corpo
para trás com toda a força que tinha. Era como se o mundo tivesse em câmera lenta, mas
foi só o seu cérebro reproduzindo o máximo que pode ver de uma lança elétrica que
estava mirado para acertar sua cabeça. As descargas elétricas contidas nessa lança ainda
acertaram Max o deixando com algumas queimaduras na perna.

Ele sentiu medo, porque fazia bastante tempo em que ele ficou tão próximo da
morte, olhando ao redor procurando de onde veio essa lança, viu que de um pouco
distante vindo do céu havia três pessoas se aproximando. “Reforços”, ele sabia também
sabia que era um dos poderosos, mas estava tão próximo de concluir a missão que não
queria desistir, porém mudou de ideia em um instante quando viu outra lança sendo
formada nas mãos de um dos jovens que estava se aproximando.

Teletransportou para próximo de Amanda com a intenção de leva-la, mas


quando se aproximou seu corpo foi impedido de mover e o seu confiável canivete, foi
enfiado no seu estomago, o ferindo gravemente. Decidiu recuar se teletransportando
para longe dali, sabia que sozinho e sem preparo não conseguiria vencer os três.

Amanda sorriu ao ver que seus amigos haviam chegado, sua consciência estava
para se apagar, mas Gray rapidamente injetou adrenalina em seu braço. Usando sua
telecinese para manter seu corpo firme a levitou rumo a um hospital.

A viagem foi rápida, Gray pousou em lugar seguro e carregou em seus braços
enquanto usava seu poder sutilmente para deixa-la mais leve. Entrando dentro do
hospital correndo, os enfermeiros vendo a jovem correndo e sangrando rapidamente a
socorrerão, Gray explicou que sua irmã havia caído do segundo andar da sua casa, eles a
levaram para sala de cirurgia, pois ela havia ferido um dos seus órgãos, com uma das
lascas de diamante muito pequena.

Gray esperava do lado de fora, minutos depois Marcela e Andrew chegaram e


perguntaram como ela estava.

_O médico disse que ela só precisa acordar e vai precisar de repouso por algumas
semanas. –Gray disse com um rosto sério.

_Eles são fortes. –Andrew disse cerrando os punhos de raiva.

_Eles conseguiram ferir, quem basicamente tem uma pele impenetrável. –Marcela
estava em choque e tinha um pouco de medo.

_Devemos ficar juntos o máximo possível de hoje em diante, já que isso significa que
eles estão na cidade. –Gray disse tentando se manter calma, mas dava para notar
indícios de raiva em sua voz.
_Eu tenho que ligar para o Lucas e a Thalissa. –Andrew lembrou-se de seus irmãos e
pegou o celular.

Gray e Marcela não discordaram apesar dos dois não terem entrado para o seu
grupo, eles ainda eram importantes então ouviram atentamente.

_Tata, Tata. –Andrew ligou para Thalissa primeiro, mas ela não atendeu.

_Ela deve estar jogando ou algo do tipo. –Marcela disse tentando acalmar a situação
tensa.

_Lucas vai atende logo. –Andrew estava muito ansioso.

_ “Oi? Drew... É meu irmão galera, espera um minuto... Hã, como assim eu não devo
atender uma ligação por estar no meio de uma live? Só para você saberem ele é
basicamente minha fonte de rende então ele tem prioridade”. –Lucas antedeu a ligação,
mas estava gravando uma live então deu pouca importância.

_Você está bem? Consegue falar com a Tata? –Andrew perguntou preocupado.

_ “To tranquilo, a Tata me expulsou de casa falando que tinha um jogo super
importante, aí eu decide gravar uma live”. –Lucas disse com uma voz animada para
entreter os fãs. _ “Até encontrei uma fã, diz oi, Priscila”. –Lucas colocou o celular no
ouvido da jovem que estava do seu lado.

_ “Oi, gostoso”. –Priscila disse com uma voz sedutora.

_ “Drew, cai nessa não, ela tem uma voz doce, mas só tem 14 anos... Não quero colocar
meu próprio irmão na cadeia”. –Lucas disse com uma voz triste. _ “Tenho que desligar,
meus fãs estão no limite do tédio”. –Lucas disse dando tchau e logo em seguida
desligando o celular.

_Ele com certeza está bem, Certo gostoso? –Gray disse rindo quando sentiu uma
sensação de alivio.

_Aquele idiota, nunca soube senti o clima, mas dessa vez foi bom. –Andrew disse
perdendo toda a tensão anterior. _Nunca vou deixar ele ouvir isso.

_Drew, desculpa você estava certo, temos que treinar ainda mais para proteger aqueles
que amamos. –Marcela disse fazendo uma promessa consigo mesma.

Max se teletransportou para uma casa que estava vazia, segurando seu estomago
que estava sangrando, andou para a cozinha mancando por causa da dor que sentia pela
queimadura dos raios. Abrindo a geladeira e pegou um litro de vodca, abrindo com a
boca despejou metade dele na barriga no mesmo instante que tirou a faca de uma vez,
usando o forro da mesa, para prensar o machucado por um tempo, depois procurou no
armário por uma faixa para enrolar no seu machucado.

_Alice, cadê a porra da faixa? –Max gritou puto.


Não obteve resposta, continuou andando pela casa procurando em cada canto da
casa, quando finalmente achou estava quase desmaiando pela perda de sangue, fez um
curativo quase perfeito, mas o suficiente para o machucado para de sangrar por um
tempo.

Max depois de enfaixar desmaiou sentado na cadeira, não conseguiu dar mais
um passo, Alice saiu de um dos quartos com fones de ouvido enquanto jogava em seu
celular, nem olhou para Max e saiu da casa jogando, minutos depois Priscila chegou
sorridente enquanto olhava algumas fotos que ela tirou com Lucas querendo se exibir
para Alice.

Diferente de Alice, ela notou que Max estava muito ferido e também desmaiado,
em vez de dormindo, ela o deitou no chão com o máximo de cuidado possível, tirando a
faixa com cuidado, ela notou a gravidade do ferimento.

_Que merda é essa? –Se perguntou surpresa com a bagunça que ele fez no tratamento.

Andou até a cozinha e pegou o kit de primeiros socorros que estavam nos
armários já abertos, sorriu imaginando a confusão que ela deve ter feito, voltou para
onde Max estava deitado, colocou luvas brancas e abriu levemente o ferimento para
fazer um check-up se a facada não havia atingindo nenhum órgão gravemente, por sorte
de Max o corte não foi muito profundo por conta da lamina não ser muito comprida e
Marcela não ter intenção de matar ele. Priscila como se tivesse acostumada pegou uma
agulha e uma linha, ela mesma suturou de forma perfeita. Depois enfaixou o ferimento
e o deixou deitado ali mesmo.

Horas se passaram e Amanda não havia acordado ainda, nesse momento


Marcela, Gray e Andrew estavam sentados no quarto da paciente esperando ela acordar,
Jim chegou correndo cheio de suor com uma cansaço enorme por ter usado sua
habilidade por tempo demais.

_Como ela está? –Jim perguntou preocupado se aproximando de Amanda e olhando


para a quão pálida ela estava sentiu um medo de perdê-la.

_Jim, acalme-se ela está bem, só precisa descansar. –Gray colocou a mão no ombro dele
suavemente.

_Foi minha culpa, se eu fosse mais forte. –Jim disse com lágrimas caindo de seus olhos
enquanto suavemente segurava a mão de Amanda.

_Não se culpe, não esperávamos que eles atacassem tão cedo. –Marcela disse tentando
consolar Jim.

_Mas como eles nos descobriram? –Andrew de repente perguntou.

_Drew, não é hora de falar sobre isso. –Marcela disse para Andrew com uma cara
irritada.
_Não Marcela, eu tenho que contar para vocês. –Jim tinha um rosto cheio de culpa. _A
pessoa que me atacou é um antigo amigo, eu apenas não esperava que ele se juntasse
com Drake. –Jim não conseguia deixar de ficar com raiva.

_Um amigo? Mas ele atacou vocês como se quisesse te matar. –Andrew comentou
estranhando.

_Max, é um psicopata completo, eu o conheci nas ruas depois que ele matou os seus
próprios pais. –Jim comentou se lembrando do passado. _Eu me separei dele depois que
ele matou todos do nosso grupo por causa do dinheiro. –Jim tinha um olhar de
desespero. _Eu que o levei para os meus amigos da primeira vez e agora eu fiz isso de
novo.

_Não é sua culpa. –Gray disse o abraçando.

_Amanda está ali, por minha culpa. –Jim se soltou do abraço e ficou ali.

_Não é sua culpa, meu coração. –Amanda disse com esforço.

_Amanda, você está bem? –Jim não aguentou e rapidamente a abraçou com força.

_Melhor impossível, ao ver que você está bem. –Amanda disse ainda fraca, mas com
um sorriso feliz aceitando o abraço.

_Me perdoa você se feriu pelo meu erro. –Jim disse chorando enquanto sentado na
cama.

_Não foi sua culpa, seu idiota. –Amanda disse enquanto acariciava o rosto de Jim.

_Eu não vou deixar isso acontecer mais, eu prometo. –Jim disse colocando a mão sobre
a mão de Amando e aproveitando o calor que ela tinha.

A enfermeira chegou e ficou emocionado por ver o amor que havia entre esses
dois jovens. Mesmo assim se manteve profissional ao seu trabalho e rapidamente
chamou o medico ao ver que a paciente havia acordado. O médico analisou a Amanda e
viu que ela estava bem e só precisava de uma noite de descanso para ter certeza que não
teria nenhum problema. O médico pediu que tivesse apenas um acompanhante no
quarto. Gray sendo responsável pediu para que ela ficasse por ver que Jim estava
extremamente cansado quase desmaiando ali mesmo e não tinha condições de
acompanhar Amanda.

_Levem Jim para casa, eu ficarei com ela. –Gray disse com olhar sério.

_Eu que vou ficar aqui. –Jim era contra.

Gray se aproximou dele e sussurrou em seu ouvido porque o médico ainda


estava presente:

_Se ele voltar, você não teria condições de protegê-la.


_Isso... –Ele não queria admitir, mas ele mais do que ninguém sabia sua própria
condição.

_Vamos Jim, eu te acompanho até em casa. –Andrew disse dando uma indireta que era
para ele fazer o que seria melhor para o casal.

_Amanda, eu já vou, amanhã cedo eu volto. –Jim disse dando um beijo de despedida em
Amanda.

_Descanse bem. –Amanda disse voltando a dormir.

_Ela precisa descansar, então peço que saiam. –O médico disse os guiando para sair do
quarto.

Quando os três saíram do quarto do lado de fora Josh estava esperando eles, ele
apenas deu um suspiro e os guiou para fora do hospital e quando todos entraram no
quarto ele fez uma pergunta:

_Ela está bem?

_Sim, ela só precisa descansar. –Marcela respondeu.

_Vocês ainda querem continuar? –Josh perguntou sabendo que eles entenderiam a
perguntar.

_Agora mais do que nunca. –Andrew foi o primeiro a responder com um olhar
determinado.

_Eu não posso deixar, deixar alguém sair impune depois de ferir uma amiga minha. –
Marcela disse também determinada.

_Alguém tem que os impedir eles. –Jim disse com uma calma assustadora.

_Então iremos para a segunda etapa do treinamento. –Josh disse e ligou o carro.

Lucas estava entrando em casa com um rosto sério, quem olhasse bem para ele
perceberia que estava suando frio, sentou no sofá da sala de estar murmurando:

_O futuro mudou.

_Como Priscila me encontrou hoje? –Lucas se questionava com um olhar pensativo.


_Isso é seis meses antes do previsto, o treinamento de Andrew deve está no começo
ainda, se continuar desse jeito Drake irá ganhar facilmente.

Algumas horas atrás em uma lanchonete, Lucas usava mascara e lentes de


contato lilás, enquanto conversava de maneira empolgada para uma live do Instagram.

_O porque uso o mascara? –Lucas disse ao ler uma pergunta que um fã mandou. _Sinto
que em um futuro próximo teremos que usar isso o dia inteiro, então já estou treinando.
–Ele disse rindo.
_Eu sei isso tampa meu sorriso lindo, mas é um sacrifício por um futuro mais calmo. –
Lucas disse enquanto feliz por alguém o elogiar de graça.

_Você é Lilac_razy, né? –Uma voz adorável perguntou para Lucas.

_O primeiro e único, ser mais perfeito do... –Lucas disse se virando para ver quem o
chamou, mas parou de falar quando viu aquele sorriso inocente de uma jovem de
cabelos pretos com pontas castanhas.

_Do universo? Você é realmente egocêntrico? –Priscila olhou para ele pegando uma
cadeira para se sentar do lado dele.

Lucas por um momento perdeu o sorriso e ficou com um olhar apavorado de


medo, mas voltou a sorrir como um idiota rapidamente quando perguntou para ela:

_Uou, uma fã?

_Pode considerar que sim. –Priscila disse o encarando com curiosidade por ela viu o
olhar apavorada que ele teve.

_O que eu faço galera é a primeira vez que eu esbarro em uma fã? –Perguntou Lucas
para as pessoas que assistiam a Live.

_Talvez me dizer seu nome verdadeiro? –Priscila perguntou.

_Que tipo de fã você é? –Lucas deu uma olhada que falava “como você não sabe de
algo tão obvio?” para Priscila.

_Uma seguidora nova. –Priscila o encarava intensamente. _Na verdade estou aqui
porque acho que você é o namorado da minha amiga.

_Namorado? Calma galera é obvio que eu contaria para o mundo todo se eu tivesse uma
namorada. –Lucas pedia para galera da live se acalmar. _Quem é sua amiga? -Lucas
tinha um olhar curioso.

_Essa aqui. –Priscila disse mostrando uma foto da Alice.

_Galera, eu confiei um segredo meu a vocês, aí vocês simplesmente contam para todo
mundo que eu tenho uma queda por ruivas, ai vocês me ferram. –Lucas reclamava para
o povo.

_Hum, então você é um pobre apaixonado. –Priscila ria com um olhar de pena.

_Não fala isso e se a minhas adoráveis fãs apaixonadas por mim, descobrirem? –Lucas
disse preocupado.

_Não se preocupa, tenho quase certeza que não existe nenhuma. –Priscila ria ao ver essa
pessoa sendo tão excêntrica.
_Como assim eu sou bonito o suficiente para uma cega? –Lucas perguntou irritado ao
ver um comentário de um fã. _Alguém me empreste um espelho de verdade.

Nesse momento o celular de Lucas começou a tocar, ele ficou com o rosto
preocupado por ele já estava no limite vivendo do nervosismo atuando em uma linha do
tempo em que ele não sabia o que iria acontecer.

_Oi? Drew. –Lucas estava preocupado com o que poderia ter acontecido para seu irmão
ter ligado, mas ele tinha que se manter atuando como alguém alegre e despreocupado. _
É meu irmão galera, espera um minuto. –Ele estava no limite, mas se manteve firme. _
Hã, como assim eu não devo atender uma ligação por estar no meio de uma live? Só
para você saberem ele é basicamente minha fonte de rende então ele tem prioridade. –
Lucas viveu mais futuros do que podia contar então mesmo estando ao extremo da
preocupação ainda conseguiu se manter no papel que ele mesmo criou.

_ To tranquilo, a Tata me expulsou de casa falando que tinha um jogo super importante,
aí eu decide gravar uma live. –Lucas disse animado e aliviado ao ver que seu irmão
estava bem. _Até conheci uma fã, diz oi Priscila.

_Oi gostoso. –Priscila disse com uma voz sedutora que os fãs masculinos adoraram.

_Drew, cai nessa não, ela tem uma voz doce, mas só tem 14 anos... Não quero colocar
meu próprio irmão na cadeia. –Lucas cometeu um deslize sua voz até falhou um pouco,
por que ele não devia saber que Priscila tinha 14 anos, com medo de cometer outro erro
decidiu encerrar a ligação. _Tenho que desligar meus fãs estão no limite do tédio. –
Quando desligou o celular voltou sua atenção para Live.

_Como você sabia que eu tenho 14? –Priscila sempre preta atenção aos detalhes.

_Se chama chute, sou bom nisso. –Lucas riu de Priscila. _Afinal a aparência é tudo. –
Lucas encarava Priscila como se tivesse analisando o corpo dela.

_Afinal a aparência ajuda é criar uma mascara para sociedade. –Priscila comentou
olhando ainda mais intensamente para Lucas.

_Galera, ela tem 14 e eu 16, isso não me torna um pedófilo. –Lucas ignorou Priscila e se
focou na Live. _Hoje vocês estão muito agressivos... Só porque eu não estou caindo de
moto ou de uma ponte ou de um avião, não quer dizer que não possa gravar um vídeo
sobre nada? –Lucas reclamava com os fãs.

_Videos desse tipo costumam ser um bate-papo com os fãs, mas você os ignora
bastante. –Priscila comentou.

_Então quer dar um passeio pela cidade? Agora esse vídeo será um encontro com uma
fã. –Lucas disse puxando Priscila antes de ela responder.

A tarde passou e os dois ficaram o tempo todo junto se “divertindo”, Lucas


estava querendo “conhecer” Priscila e descobrir o motivo dela ter vindo na cidade,
tentando achar a razão do porque ela veio tão cedo, mas ela não revelou nenhuma
informação. Depois de terem se separado sentado dentro um táxi, Lucas usou sua
habilidade, como o tocar de uma corda de violão seu corpo vibrou dando a impressão de
terem se transformado em vários de si mesmo por um segundo. Estando no futuro Lucas
viveu como normalmente vendo os eventos acontecerem mais uma vez, quando voltou
para o presente depois de morrer novamente, soltou um suspiro de alivio ao ver que os
eventos não se alteraram tanto. Remexeu no casaco e tirou um papel com seu número de
celular anotado.

_Era pra eu ter entregado isso para Alice. –Murmurou se sentindo muito idiota. _Por
causa disso ocorreu uma alteração na linha do tempo.

O taxista ignorou já estava acostumado com loucos que conversavam sozinhos.

Na casa dos Dikins de madrugada, um homem com trinta anos de cabelos pretos
e olhos cansado chegou em casa.

_Venham aqui agora. –Samon, o tio dos irmãos havia chegado em casa

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