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Programação Java para A Web Novatec
Programação Java para A Web Novatec
para a Web
Décio Heinzelmann Luckow
Alexandre Altair de Melo
Novatec
Copyright © 2010 da Novatec Editora Ltda.
ISBN: 978-85-7522-238-6
Histórico de impressões:
Outubro/2010 Primeira edição
Bibliografia.
ISBN 978-85-7522-238-6
10-08728 CDD-005.133
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Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 25
Se você ainda não está pensando tão alto e quer mesmo explorar tudo o que a comu-
nidade Java oferece, existem outras ferramentas interessantes que você poderá adotar
em projetos futuros. Novas ferramentas surgem a cada dia, e isso é o combustível
que faz a evolução constante da comunidade Java. Apesar de já termos definidas as
ferramentas principais que utilizaremos neste livro, vamos listar a seguir algumas
alternativas interessantes que você poderá explorar posteriormente.
IDE Descrição
NetBeans Ferramenta de desenvolvimento Java oficial da Sun (www.netbeans.org).
JDeveloper Ferramenta de desenvolvimento Java oficial da Oracle (www.oracle.
com/technology/jdev).
A seguir, vamos instalar e configurar cada uma das ferramentas que compõem nosso
ambiente de desenvolvimento.
O controle remoto em si não vingou: ele estava muito a frente de seu tempo. Na
época, as empresas de TV a cabo e vídeo por demanda não tinham condições de
viabilizar o negócio.
Depois disso, James Gosling foi encarregado de adaptar a linguagem Oak para a
internet, surgindo em 1995, assim, a plataforma Java.
Umas das principais diferenças entre a plataforma Java e as demais linguagens exis-
tentes na época é que o Java é executado sobre uma JVM, ou Java Virtual Machine.
Qualquer plataforma de hardware ou equipamento eletrônico que possa executar
uma máquina virtual conseguirá executar Java. Isso justifica o slogan “write once,
run anywhere”, ou, em português, “escreva uma vez, rode em qualquer lugar”.
Em nosso caso é necessário obter o pacote JDK (que também inclui o JRE). Dessa
forma, clique em Download na opção JDK 6 Update X. Na página seguinte, selecione
o ambiente (sistema operacional) de destino da instalação do pacote e a opção de
idioma. Prossiga o download conforme as instruções do site.
Configuração
Essa etapa da configuração só será necessária caso tenhamos que executar o Java por
linha de comando. A princípio isso não é obrigatório, pois utilizaremos a ferramenta
Eclipse para fazer o desenvolvimento Java. Porém, é interessante manter essa confi-
guração para uma necessidade futura.
No Windows, clique em Iniciar ➤ Painel de Controle ➤ Sistema. Clique na guia Avançado e no
botão Variáveis de Ambiente, conforme a figura 1.3.
A tela seguinte (Figura 1.4) exibe as variáveis de ambiente do Windows. Agora vamos
criar a variável que define o local de instalação do Java, que é utilizada por muitos
outros programas que precisam saber onde o Java se encontra, inclusive o Apache
Tomcat. Na região de Variáveis do Sistema, clique em Nova e preencha os campos com o
nome JAVA_HOME e valor com o caminho em que o Java foi instalado (na versão utilizada
no livro, C:\Arquivos de programas\Java\jdk1.6.0_18).
Agora temos que alterar a variável Path para conter o caminho para os programas
executáveis do Java. Na tela da figura 1.4, selecione a variável Path e clique em Editar.
Vá até o campo Valor da Variável e adicione um ; (ponto e vírgula) no final da linha (se
já não houver). Acrescente o texto %JAVA_HOME%\bin;.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 29
A variável PATH serve para que os programas possam ser executados por linha de comando
(DOS) em qualquer diretório, e não apenas naquele em que se encontra. Por isso é o caminho
definido nessa variável aponta para o \bin do JAVA_HOME, que é onde os executáveis do Java
se encontram.
O primeiro fará uma atualização da lista dos pacotes disponíveis para instalação
e o segundo fará o download e a instalação do Java 6 JDK. Quando o download
terminar, a instalação começará automaticamente. Porém, antes disso o apt-get irá
informar quanto de espaço em disco será necessário para a instalação e perguntará se
você deseja continuar. Responda à pergunta positivamente, como mostra a figura 1.6.
O próximo passo será ler e aceitar o contrato de instalação, conforme as figuras 1.7
e 1.8. Para aceitar o contrato, tecle TAB para selecionar o botão Ok e pressione ENTER.
Depois de terminado o processo de instalação, o Java já está pronto para uso. Para
garantir o sucesso da instalação execute o comando java –version no prompt de
comando, conforme a figura 1.9. Deverão aparecer três linhas com informações da
versão instalada.
Caso seja necessário, poderá ser utilizado o seguinte comando para desinstalar o
Java 6, usando também o apt-get:
sudo apt-get autoremove sun-java6-jdk
Instalação tradicional
Para a instalação em Linux é preciso selecionar a plataforma Linux correspondente
no site de download do Java (http://java.sun.com/javase/downloads/). Na página seguin-
te, clique sobre o nome do arquivo para realizar o download e o salve em /usr/java
(sugestão). Em nosso caso, o arquivo é o jdk-6u18-linux-i586.bin, conforme a figura 1.10.
Observe que não estamos obtendo o arquivo RPM, mas o binário simples.
Se você fez o download no Linux usando o Firefox, provavelmente o arquivo foi salvo na pasta
/home/<usuario>/Desktop. Via console, faça a cópia do arquivo para a pasta /usr/java
usando o comando cp /home/<usuario>/Desktop/jdk*.bin /usr/java.
Assim que a instalação iniciar, deve ser feita a leitura e aceitação do contrato de
instalação. Pressione ENTER até que todo o texto seja percorrido (ou pressione q para
ir até o final) e digite yes para continuar.
Terminada a instalação, o programa sugere que você se registre no site da Sun (op-
cional). Basta pressionar ENTER para finalizar a instalação.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 33
Configuração
Caso você tenha feito a instalação tradicional é necessário configurar o Java. Con-
tinuando na pasta /usr/java, observe que foi criada a pasta jdk<versão>. Em nosso
caso, jdk1.6.0_18, de modo que o diretório de instalação do Java ficou como /usr/java/
jdk1.6.0_18.
Agora será necessário configurar o Java. Para isso, edite o arquivo /etc/profile e adicione
as novas variáveis de ambiente com o seguinte conteúdo no final do arquivo:
export JAVA_HOME=/usr/java/jdk1.6.0_18
export CLASSPATH=.:$CLASSPATH
export PATH=$JAVA_HOME/bin:$PATH
Para editar o arquivo /etc/profile no Linux você pode utilizar qualquer editor de texto. O mais
utilizado é o vi ou o editor visual gedit.
vi /etc/profile ou gedit /etc/profile
Depois de salvar, abra um novo terminal e digite java –version para testar o funciona-
mento do Java. O resultado deverá ser semelhante ao exemplo a seguir.
java version "1.6.0_18"
Java(TM) SE Runtime Environment (build 1.6.0_18-b07)
Java HotSpot(TM) Client VM (build 16.0-b13, mixed mode, sharing)
Se seu sistema não exibir um conteúdo semelhante a esse, reinicie o sistema operacional
para forçar a aceitação das novas variáveis de ambiente.
Para a instalação em Linux até poderia ser utilizado o pacote ZIP, porém, a desvantagem dele
é que o arquivo ZIP, quando extraído, não traz as permissões dos arquivos. Dessa forma você
teria que aplicar manualmente as permissões de execução nos arquivos de script.
Nessa página existe também a opção do pacote Windows Service Installer, que permite a
instalação do Tomcat por meio de um assistente no Windows. No caso, optaremos
pelo pacote ZIP, pois no Windows só é necessário descompactá-lo.
No Linux e em modo texto você pode usar o comando wget para fazer o download de qualquer
arquivo da internet. No caso do download do Apache Tomcat, você pode executar o seguinte
comando:
wget http://caminho/para.o/arquivo.tar.gz
Para garantir a existência desse endereço, o melhor é copiar a URL de download do arquivo
no site e utilizar o wget para fazer o download.
Figura 1.13 – Console do Apache Tomcat, depois de ser inicializado com sucesso.
Abra seu navegador e digite http://localhost:8080. Deverá aparecer uma página como
a da figura 1.14.
36 Programação Java para a Web
Nesse modo de instalação, a variável de ambiente padrão do Apache Tomcat fica com
os valores seguintes. Essas variáveis de ambiente já foram configuradas na instalação
via apt-get, sendo mostradas aqui apenas para conhecimento.
CATALINA_HOME=/usr/share/tomcat6
CATALINA_BASE=/var/lib/tomcat6
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 37
Esse tipo de instalação utiliza não apenas a variável CATALINA_HOME, mas também CATALINA_
BASE. CATALINA_HOME aponta para o local de instalação do Apache Tomcat. Já CATALINA_BASE
aponta para o local dos arquivos específicos de uma instância do Apache Tomcat,
nesse caso, os aplicativos, bibliotecas, arquivos de configuração e temporários.
Instalação tradicional
Uma das vantagens de utilizar a instalação tradicional é que os arquivos ficam todos em
um único lugar, tornando mais simples sua manipulação no Apache Tomcat. Dessa
forma, a variável CATALINA_BASE nem é necessária.
Depois de realizar o download do arquivo, copie-o para a pasta /usr/java e, utilizando
o comando tar, extraia o arquivo nesse diretório, conforme a seguir.
tar xvfz apache-tomcat-6.0.26.tar.gz
Se você fez o download no Linux usando o Firefox, provavelmente o arquivo foi salvo na pasta
/home/<usuario>/Desktop. Via console, faça a cópia do arquivo para a pasta /usr/java usando
o comando cp /home/<usuario>/Desktop/apache-*tar.gz /usr/java.
e
shell> sh shutdown.sh
A execução do startup.sh vai gerar uma saída, conforme a figura 1.15.
Teste da instalação
Depois de inicializar o Apache Tomcat conforme o tipo de instalação, abra seu na-
vegador e digite http://localhost:8080. Deverá aparecer uma página como a da figura
1.16. No caso da instalação via apt-get, essa página poderá ser um pouco diferente,
mas também trará informações sobre o Apache Tomcat.
O primeiro indicativo de que você está tendo problemas com a numeração de portas
do Tomcat é se a página principal acessada por http://localhost:8080 não abre. Para
confirmar o problema, o melhor a ser feito é abrir o arquivo de log do Tomcat, lo-
calizado no diretório CATALINA_HOME\logs. Localize o arquivo mais recente com o nome
catalina.AAAA-MM-DD.log (Exemplo: catalina.2008-10-04.log). Localizar nesse arquivo o texto
a seguir é um indicativo que será necessário alterar algumas portas.
java.net.BindException: Address already in use: JVM_Bind
Lembramos que valores muito altos podem prejudicar o servidor, pois ele poderá estar
consumindo uma quantidade de memória desnecessária por um tempo muito grande.
■ Reload – Reinicia
■ Undeploy – Desinstala
Além disso, permite provocar um timeout em todas as sessões para cada aplicativo
para um tempo de vida determinado pelo acionamento do botão Expire Sessions. Esse
é um recurso muito interessante para forçar a liberação de memória em servidor de
produção. Na figura 1.17 você pode observar a tela do manager.
Abaixo da relação dos aplicativos, existem mais duas áreas nas quais é possível fazer
a instalação remota de aplicativos Java e visualizar as informações do servidor. Existe
também o link Server Status, que permite visualizar todos os processos em execução no
servidor que estão atendendo a requisições de usuários. Isso pode ser muito útil caso
você esteja tendo algum problema de desempenho no aplicativo. No link é possível
identificar se existe algum processo muito pesado em execução, por quanto tempo e
qual IP fez a requisição.
Porém, por padrão a instalação do Tomcat não define qualquer usuário com permissão
de acesso ao aplicativo manager, por questões de segurança. Para incluir um usuário
com acesso ao aplicativo de gerenciamento você deve alterar o arquivo CATALINA_HOME\
conf\tomcat-users.xml. É possível que ele esteja totalmente vazio, de modo que você deve
incluir duas linhas para deixá-lo como a seguir.
<?xml version='1.0' encoding='utf-8'?>
<tomcat-users>
<role rolename="manager"/>
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 41
O nome manager é a chave para definir o acesso ao aplicativo. Você só poderá alterar o
username e password ou definir novos usuários.
Para o valor de -Xmx você deve levar em consideração a quantidade de memória livre
no computador ou servidor. Para o valor de –Xms você deve considerar aquela quan-
tidade de memória que certamente será consumida pelo aplicativo. Um valor muito
baixo de –Xms fará com que o Java tenha que fazer muitas operação de realocação de
memória, o que consome muitos recursos da máquina e prejudica o desempenho.
Para definir estes parâmetros você deve criar a variável de ambiente CATALINA_OPTS,
como na figura 1.18.
O Apache Tomcat tem um arquivo padrão para atribuir variáveis de ambiente específicas para
uma determinada instalação. Sempre que o Tomcat for inicializado, ele executará (caso exista)
o arquivo setenv.bat ou setenv.sh. Nesse arquivo podem ser definidas variáveis de ambiente
como CATALINA_OPTS, JAVA_HOME ou qualquer outra que seja necessária.
42 Programação Java para a Web
Windows:
set CATALINA_OPTS=-Xms256m –Xmx1024m
Linux:
export CATALINA_OPTS="-Xms256m –Xmx1024m"
Figura 1.20 – Tela principal do JConsole, exibindo vários gráficos com estatísticas do processo monitorado.
44 Programação Java para a Web
Instalação no Windows
Para instalar o Apache Tomcat como serviço, primeiro vá até a pasta \bin da instalação
do Apache Tomcat via linha de comando. Nessa pasta deverá existir o arquivo service.
bat. A sintaxe de utilização será:
service.bat install/remove [service_name]
Saída do comando:
Installing the service 'Tomcat6' ...
Using CATALINA_HOME: C:\apache-tomcat-6.0.26
Using CATALINA_BASE: C:\apache-tomcat-6.0.26
Using JAVA_HOME: C:\Arquivos de Programas\Java\jdk1.6.0_18
Using JVM: C:\Arquivos de Programas\Java\jdk1.6.0_18\jre\bin\server\jvm.dll
The service 'Tomcat6' has been installed.
Na figura 1.22 podemos visualizar a aba Java do tomcat6w.exe, que é a aba mais útil na
configuração do Tomcat. Os principais campos a serem utilizados nessa tela serão o
Java Options, no qual será possível incluir parâmetros de inicialização, e Initial memory pool
e Maximum memory pool, que correspondem aos parâmetros –Xms e –Xms, respectivamente.
Também é possível controlar o serviço Tomcat6 ou qualquer outro criado por meio do
Gerenciador de Serviços do Windows em Painel de Controle ➤ Ferramentas Administrativas ➤
Serviços. Este será exibido com o nome amigável Apache Tomcat, conforme a figura
1.23. Se você clicar com o botão direito no serviço e em propriedades, verá o nome
físico atribuído (ex: tomcat6) e outras informações. Também será possível iniciar e
parar o serviço, mas não será possível fazer as mesmas configurações disponíveis no
tomcat6w.exe.
Mais informações sobre a configuração do Apache Tomcat como serviço podem ser
obtidas em http://tomcat.apache.org/tomcat-6.0-doc/windows-service-howto.html.
46 Programação Java para a Web
Para você ter uma ideia, utilizando o Eclipse, hoje é possível programar em C/C++,
COBOL, PHP e Progress entre outras. Além disso, ele oferece todos os recursos para
que você mesmo crie novos plug-ins para a ferramenta.
A seguir, faremos a instalação da ferramenta e a configuração e veremos dicas de
utilização.
Como você pode perceber, existem várias opções de pacotes de download: são diversas
combinações diferentes de plug-ins e recursos, cada uma com um objetivo específico.
Em nosso caso, a melhor opção é a Eclipse IDE for Java EE Developers. Nesse item, clique no
sistema operacional desejado à direita e veja que existem opções para Windows, Mac
OS e Linux 32 e 64 bits.
Na página seguinte será oferecido um local no qual você fará o download do Eclipse,
ou você pode percorrer a lista logo abaixo na mesma página e fazer o download de
um local mais próximo do Brasil, por exemplo. Clique no link de um local, conforme
a figura 1.25.
48 Programação Java para a Web
O arquivo para executar o Eclipse é o eclipse.exe. O mais prático é você criar um atalho
para esse arquivo e posicioná-lo em sua área de trabalho do Windows.
Na primeira vez que você executar o Eclipse, aparecerá uma tela perguntando qual
workspace você deseja trabalhar. O workspace é uma pasta do disco no qual serão
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 49
criados todos os projetos do Eclipse. Nesse caso, você tem duas opções: pode sempre
informar esse caminho manualmente ou configurar qual workspace deseja trabalhar
por meio do parâmetro –data no atalho.
Isso permite ter apenas uma instalação do Eclipse e vários atalhos apontando para
workspaces diferentes. O parâmetro –data deve ser informado em um atalho criado
para o eclipse.exe, conforme a figura 1.27.
Isso é principalmente útil quando você estiver utilizando o Eclipse para diversos fins,
por exemplo, Eclipse Faculdade, Eclipse JME, Eclipse Estudo Livro.
Se você fez o download no Linux usando o Firefox, provavelmente o arquivo foi salvo na pasta
/home/<usuario>/Desktop. Via console, faça a cópia do arquivo para a pasta /usr/java usando
o comando cp /home/<usuario>/Desktop/eclipse-*tar.gz /usr/java.
Esse comando gera uma pasta eclipse com o conteúdo da instalação do Eclipse IDE.
Observe que, no Linux, estamos adotando a pasta /usr/java como padrão para todas
as instalações de ferramentas Java.
Depois de extraído, entre na pasta eclipse e execute o comando ./eclipse para executar
o Eclipse IDE, conforme a figura 1.28.
Para o segundo atalho informe Nome como Eclipse – Java para a Web (ou como quiser)
e, no campo Comando, informe /usr/java/eclipse/eclipse –data /home/<usuário>/projetos/.
Observe que o parâmetro –data configura a pasta /home/<usuário>/projetos/ como a pasta
de projetos para esse atalho do Eclipse. Essa pasta não precisa existir imediatamente:
o Eclipse irá criá-la assim que necessário. Se você quiser criar um novo atalho para
projetos da Faculdade, por exemplo, utilize o caminho /home/<usuário>/projetos_faculdade.
Dessa forma, criar atalhos do Eclipse e usar o parâmetro -data para cada necessidade
mantém tudo organizado, conforme a figura 1.31.
A disposição das views dentro da perspectiva pode ser alterada livremente, excluindo
ou adicionando novas views que possam ser interessantes.
Geralmente, quando você executar algum servidor ou classe Java em modo Debug,
o Eclipse sugere automaticamente que essa perspectiva seja ativada.
No topo da janela Preferences, existe um campo com o texto “type filter text”. Qualquer palavra
que você digitar nesse campo fará com que o Eclipse só mostre as opções de configuração
que contenham essa palavra. Como essa janela contém muitas opções de configuração, e
esse número aumentará na medida em que você instalar novos recursos ou plug-ins, esse
recurso é bastante interessante. Um exemplo de propriedade muitas vezes necessária e que é
difícil encontrar é a configuração de Proxy. Digite proxy nesse campo e o Eclipse rapidamente
mostrará a opção correta para configuração: General ➤ Network Connections.
Outra forma de alterar a configuração do local no qual o servidor está instalado é pelo menu
Window ➤ Preferences: selecione a opção Servers ➤ Runtime Environment.
56 Programação Java para a Web
Para testar o funcionamento do Apache Tomcat por dentro do Eclipse, clique no bo-
tão que realiza a execução em modo Normal, na view Servers. Nesse mesmo instante,
na view Servers, a coluna State mostrará o texto Starting, e a view Console será exibida,
mostrando as mensagens de saída do servidor, indicando que ele está em processo de
inicialização. Na figura 1.37 você pode observar as mensagens do Console, indicando
que o servidor foi inicializado com sucesso.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 57
Figura 1.37 – View Console exibindo as mensagens de saída do servidor, durante o processo de inicialização.
É nesse momento que também poderão ocorrer os erros de conflito de portas, como foi
comentado na seção 1.3.2.1. Nesse caso o Eclipse também fornece um meio de alterar essa
configuração. Para isso basta dar um duplo clique no nome do servidor na view Servers, e será
exibida uma tela de configurações, conforme a figura 1.38. Você poderá alterar os números
de portas pela aba Ports.
Figura 1.38 – Tela de configuração do servidor, na qual é possível alterar os números de portas, entre outras
configurações.
A criação de projetos também pode ser feita pelo menu File ➤ New ➤ Dynamic Web Project.
Dependendo da perspectiva ativa pode ser que essa opção de projeto não seja apresentada.
Nesse caso, vá para New ➤ Other e selecione o item Web ➤ Dynamic Web Project.
Na tela que será exibida, informe um nome para o projeto, preferencialmente sem
espaços nem caracteres especiais. No campo Server Runtime, selecione Apache Tomcat
v6 – que foi o servidor que configuramos.
No quadro Configuration, clique no botão Modify e marque a opção JavaServer Faces –
clique em OK. Na tela de criação do projeto, clique em Next até chegar em JSF Capabilities.
Nessa tela selecione o Type igual a Disable Library Configuration e troque o URL Mapping Patterns
de /faces/* para *.jsf. Clique em Finish. A tela de configuração deverá ter ficado como
na figura 1.40.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 59
Esta opção do quadro Configuration não é obrigatória, mas é recomendada caso você
queria trabalhar com JavaServer Faces. O interessante é que ela habilita o assistente de
código (code completion) nos arquivos XHTML, auxiliando na utilização de tags e atributos.
Independentemente de você ter feito ou não esta opção, vamos configurar e instalar
completamente o JavaServer Faces de forma manual no projeto.
Depois de criado o projeto, este deve aparecer na view Project Explorer, conforme a
figura 1.41.
Agora que já estamos com o projeto criado e conhecemos sua estrutura, vamos criar
um arquivo JSP e testar sua execução no servidor. Como acabamos de ver, o local
correto para criar um arquivo JSP é na pasta WebContent. Dessa forma, clique com o
botão direito do mouse na pasta WebContent e vá até New ➤ JSP.
Será aberto um assistente para a criação de arquivos JSP. Informe o nome index.jsp
para o arquivo no campo File Name e clique em Finish. Depois disso, o arquivo index.jsp
estará criado, e seu Eclipse irá exibi-lo para edição, conforme a figura 1.42.
Se você observar a figura 1.42, perceberá que o texto Ola Mundo e Agora são: ficou sublinhado
por uma linha ondulada, igual ao MS-Word quando faz a correção de uma palavra. E é exatamente
isso que aconteceu, mas no momento esse não é um recurso interessante e podemos desligá-lo.
Para desligar o Spell Checking, abra a janela Windows ➤ Preferences, selecione a opção General ➤
Editors ➤ Text Editors ➤ Spelling e desmarque a opção Enable spell checking.
A figura 1.42 exibe uma alteração no arquivo, com a intenção de mostrar a seguinte
mensagem na tela:
Olá Mundo
Agora são: 13:55 (hora atual)
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 61
Figura 1.42 – Eclipse exibindo o arquivo index.jsp que acabou de ser criado.
Você pode perceber, na figura, a presença de uma janela mostrando o nome de classe
SimpleDateFormat. Isso foi consequência do uso da tecla de atalho Ctrl+Espaço, que reali-
zou o code-completion. Observe que digitamos apenas o texto simpledatef no arquivo
e pressionamos Ctrl+Espaço. O que o Eclipse fez foi sugerir um nome de classe que
iniciasse com simpledatef. Se você selecionar o nome SimpleDateFormat sugerido pelo
Eclipse, ele completará a palavra que você digitou e adicionará automaticamente o
import para essa classe, no topo do arquivo. Em arquivo JSP, o import é realizado na
diretiva de página (<%page%>), no parâmetro import.
O arquivo final ficará igual ao texto a seguir.
<%@ page language="java" contentType="text/html; charset=ISO-8859-1"
pageEncoding="ISO-8859-1"%>
<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/html4/loose.dtd">
<%@page import="java.text.SimpleDateFormat"%>
<%@page import="java.util.Date"%><html>
<head>
<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=ISO-8859-1">
<title>Teste inicial</title>
</head>
<body>
Olá Mundo.
Agora são:
62 Programação Java para a Web
Agora que o arquivo index.jsp está completo, vamos testar o projeto em ambiente web.
Para isso, vá até a view Server e clique com o botão direito do mouse no servidor configu-
rado e acione a opção Add and Remove Projects. A opção permite definir quais dos projetos
do Eclipse serão executados nesse servidor quando ele for colocado no ar. A tela que
será exibida pode ser vista na figura 1.43. Ali, você deve selecionar o projeto olamundo e
clicar em Add >> para adicioná-lo para execução no servidor, clicando depois em Finish.
Você deverá repetir esse mesmo procedimento para qualquer outro projeto que queira executar
no servidor. Nessa tela também é possível remover projetos. Se você deixar no servidor
somente os projetos que realmente está utilizando, o servidor subirá mais rapidamente e
consumirá menos memória.
Agora basta colocar o servidor configurado no ar para fazer o teste. Para isso, acione
o botão Start the Server na view Servers, conforme a figura 1.44.
Quando a coluna State da view Servers aparecer como Started quer dizer que o servidor
já está no ar: isso acontecerá muito rápido. Agora, se você abrir um navegador e
digitar o endereço http://localhost:8080/olamundo será exibida a página index.jsp que
acabamos de criar, sendo uma página igual à da figura 1.45.
O aparecimento dessa página conforme a figura 1.45 confirma que todo o nosso am-
biente de desenvolvimento está configurado e funcionando. Estamos prontos para
seguir adiante e conhecer cada etapa do projeto que será desenvolvido e aprender
todas as tecnologias necessárias para que ele se concretize.
1.5 MySQL
O MySQL é o banco de dados de código-fonte aberto mais popular do mundo,
tendo mais de 70 milhões de instalações no mundo todo. É utilizado por empresas
como Amazon.com, Google, Motorola, MP3.com, NASA, Silicon Graphics, Texas
Instruments e Yahoo! Finance.
O fato de ser de código-fonte aberto não significa que ele seja gratuito: isso dependerá
de como você utilizará o banco de dados. Para que o MySQL possa ser utilizado gra-
tuitamente, o aplicativo que o utiliza tem que seguir a licença GPL. Isso basicamente
significa que, se você não obtiver lucro com o seu aplicativo, não precisará pagar pelo
MySQL e que sempre deverá distribuir os códigos-fonte do MySQL junto com seu
aplicativo ou pelo menos indicar onde obtê-los.
64 Programação Java para a Web
Para a instalação em Windows, não obtenha a versão MySQL Essentials, pois ela vem com
várias ferramentas a menos no pacote.
Depois de clicar em Download você será direcionado para uma página na qual inicial-
mente será solicitado que você se cadastre, o que não é necessário: apenas clique no
link No thanks, just take me to the downloads! abaixo da tela de cadastro para escolher um dos
espelhos para o download. Nesse caso, espelho se refere aos vários locais do mundo
nos quais os arquivos da instalação estão replicados (espelhados).
MySQL Workbench
Além do próprio servidor, o MySQL também oferece outras ferramentas que fa-
cilitarão bastante a administração do banco de dados. Essas ferramentas também
estão disponíveis no site http://www.mysql.com/downloads, no link MySQL Workbench, ou
diretamente no endereço http://dev.mysql.com/downloads/workbench/.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 65
Configuração do MySQL
A configuração do MySQL pode ocorrer imediatamente após a instalação ou a qual-
quer momento pelo menu no qual o MySQL estiver instalado, em MySQL ➤ MySQL Server
5.1 ➤ MySQL Server Instance Config Wizard.
Na primeira tela, clique em Next. Na segunda, você poderá escolher Detailed Configuration
(Configuração detalhada) ou Standard Configuration (Configuração padrão). Neste capítulo
vamos abordar a configuração padrão, por isso, selecione a opção Standard Configuration
e clique em Next.
Na tela seguinte, será configurado o nome do serviço do MySQL Server e diretório
PATH. Deixeas configurações conforme a figura 1.48. Essas configurações instalam o
MySQL como um serviço do Windows e colocam seu diretório BIN em PATH, o que será
bastante útil na execução de comandos do MySQL no DOS. Clique em Next.
Figura 1.48 – Tela do assistente de configuração do MySQL no qual se instala o serviço e configura-se o
diretório PATH.
Nesse ponto, caso o MySQL já tenha sido instalado em sua máquina em alguma ocasião
talvez seja necessário trocar o nome do serviço, pois se já existir um com o respectivo Service
Name ocorrerá erro no final da configuração. Para garantir que já não haja um serviço com
o nome MySQL, vá em Painel de Controle ➤ Ferramentas Administrativas ➤ Serviços e procure o
nome em questão na lista.
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 67
Se você já teve alguma vez instalado o MySQL em seu computador – mesmo que tenha
desinstalado-o corretamente – a senha root definida continua valendo. Se você fizer uma
nova instalação do MySQL essa senha será solicitada por meio do campo Current Password,
que será exibido.
Instalação tradicional
Para a instalação do MySQL Server em Linux você deve ter feito o download do
pacote Generic Linux (glibc 2.3) (x86, 32-bit), Compressed TAR Archive, na qual o nome do arquivo
é mysql-5.1.45-linux-i686-glibc23.tar.gz.
Tome bastante cuidado ao fazer o download, pois o site é bastante confuso quanto a
isso. Existem diversos pacotes disponíveis, mudando somente o nome do arquivo no site.
Existem pacotes mysql-client, mysql-debug, mysql-shared-compat e embedded, entre outros. Porém,
apenas o pacote mysql-<versão> ou mysql-server-<versão> deve ser obtido para nosso objetivo.
Depois de realizado o download do arquivo, execute os comandos a seguir:
shell> sudo groupadd mysql ❶
shell> sudo useradd -g mysql mysql ❷
Capítulo 1 ■ Preparação do ambiente de desenvolvimento 69
Nas linhas ❶ e ❷ são criados o grupo mysql e usuário mysql, que sempre será utilizado
nos comandos das linhas ❺ e ❻. Na linha ❸ é feita a extração do arquivo tar.gz obtido
do site do MySQL. Essa extração gera uma pasta com o mesmo nome do arquivo.
Na linha ❹ é criado um atalho com o nome mysql apontando para a pasta extraída,
para facilitar o acesso.
Para alterar a senha do MySQL execute o comando a seguir, pois como padrão o
usuário root do MySQL vem com a senha em branco.
shell> sudo ./mysqladmin –u root password nova_senha
1.6 Conclusão
Finalizamos a instalação de todas as ferramentas que serão necessárias para o desenvol-
vimento do projeto proposto no livro. No decorrer da obra serão necessários novos do-
wnloads, apenas para instalação de componentes necessários aos projetos em construção.