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O Passeio de Dagon

Matilha Brac 19

Taylor passou toda a sua vida ouvindo sua mãe falar cruelmente
sobre gays, e sua atração por Dagon o tem confundido e envergonhado.
Dagon entende as dúvidas de seu companheiro e inseguranças, e ele se
esforça para convencer Taylor que o amor não conhece limites.
Dagon esperava que o irmão mais velho de Taylor, Joshua, que era
acoplado ao seu irmão Law, seria suficiente para convencer Taylor a
aceitar quem ele é, mas Taylor ainda se recusa a reconhecer plenamente
seu amor por Dagon, e Dagon logo se cansa.
Enquanto isso, o demônio interior de Taylor pode ser mais tangível
do que se poderia imaginar, e os companheiros, arriscam suas vidas para
ajudar Taylor a decolar em sua aventura mais incrível ainda.

Capítulo Um

— Eu não sei por que eu concordei em deixá-lo viver com Josh. Eu


juro, se você vira gay, eu vou matá-lo. — Sua mãe repetia.
Taylor estava sentado à mesa da cozinha olhando para sua mãe. Ele
não podia acreditar que ele estava de volta aqui.
— Você não pode transformar alguém em gay, Mãe. — Deus, em
que rocha é que ela vivia debaixo?
— Ele teve escolha, mas Josh não escolheu não ser. Mas não, ele
nem veio conversar comigo. — Ela jogou o pano de prato sobre a mesa e
fechou suas mãos e colocou ao lado do quadril, olhando com raiva para a
parede.
Taylor deitou a cabeça sobre a mesa e começou a bater a testa
contra a mesa. Depois da luta que ele passou para morar com seu irmão
mais velho, Josh, ele estava de volta aqui novamente.
Era um pesadelo. Ele teve umas duras quatro semanas e meia de
tortura. Não foi o suficiente? Por que ele não poderia sair agora em vez de
esperar dois dias até seu décimo oitavo aniversário? Exceto por que ele
seria trazido de volta no mesmo dia, ele havia se comportado muito bem.
Sua sentença não deveria ser reduzida?
— Se ele tiver passado para você, eu vou caçá-lo.
— Você não pode pegar homossexualidade. Você nasce assim. — Ele
rangeu os dentes. Este foi um pesadelo, e ele queria desesperadamente
acordar.
— Não, você não nasceu assim. Vá até seu quarto e descompacte
suas coisas. Precisamos sentar e rezar para que ele não mexa com sua
cabeça. Vou chamar o reverendo e ver...
Taylor assentiu. E subiu as escadas e foi direto para a janela do
quarto. Não havia como ele estar ficando para um exorcismo. Ele iria ter
dezoito anos em poucos dias. Ele poderia ficar por conta própria até então.
Foi melhor do que cheirar naftalina todos os dias, vendo sua mãe, e vendo
toda essa velharia.
Taylor jurou que os olhos dos oitenta gatos de porcelana o seguiam
com olhar. E aqueles paninhos todos? Ele sentiu vivendo em uma loja de
tecidos.
Taylor empurrou a janela, a abrindo silenciosamente, deslizou uma
perna para fora, e depois deslizou o resto de seu corpo para baixo sobre o
telhado da marquise. Ele não ligava para o que seu irmão Josh ou o
namorado dele disseram, nem para o que disse Dagon, o homem o fez
sentir coisas estranhas e todo atrapalhado por dentro. Ele não iria ficar
aqui.
O constante mau humor de sua mãe o estava conduzindo para
longe. Taylor deslizou do telhado, virou-se para sua barriga, e então
saltou para baixo. Havia um lugar que ele sabia que poderia se esconder,
na casa de seu melhor do amigo Tater. Sua mãe não sabia sobre Tater.
Nenhuma maneira que ele ia dizer a ela sobre ele também, ela só
saberia onde encontrá-lo quando ele quisesse.
O cara era o mais legal para estar ao redor, e eles sempre tiveram
um bom tempo. Tater tinha falado para Taylor que ele tinha um lugar para
ficar, se fosse necessário, e bem, ele precisava de um.
Taylor correu e finalmente caminhou até chegar ao grande celeiro
vermelho atrás da casa do Tater. Ele entrou e encontrou o seu amigo em
seu lugar habitual.
— Ei. — Ele murmurou enquanto fechava a porta do celeiro atrás
dele.
Tater levantou os olhos das muitas peças espalhadas de sua moto e
sorriu.
— Será que Josh te largou? — Seu amigo limpou as mãos em um
trapo e depois se levantou para cumprimentá-lo. Tater bateu no ombro de
Taylor, e apontou para uma caixa. — Sente-se.
— Não, Josh não me deixou. Minha mãe me fez voltar a morar com
ela.
Taylor pegou a caixa e virou de cabeça para baixo, sentado sobre o
plástico rígido. Ele agitou os tênis no chão de terra, desejando que sua
sentença de dois dias acabasse.
Tater sugou ar entre os dentes e levantou seu rosto como se
estivesse com dor.
— Sinto muito em ouvir isso. Porra, que merda.
— Você não tem ideia Posso ficar aqui?
— Bem, eu sou um adulto agora. Eu tenho que ser responsável.
Então você não pode ficar no meu quarto, mas você pode dormir no sótão.
— Tater apontou sobre seu ombro. — Você não pode deixar meus pais
saberem que você está aqui.
— Eu sei que acaba de completar dezoito anos, e é adulto agora. Eu
não vou deixá-los saber, obrigado. Poucos dias dormindo em um sótão
cheio de feno serão melhores do que dormir sob o mesmo teto que a mãe
mais estranha, como Josh se referiu a ela.
Taylor pegou uma chave de boca, balançando-a em torno de seu
dedo indicador como ele observou o trabalho Tater.
— Você já andou nisto? Cada vez que eu vejo isso, está em pedaços.
— Certa vez, mas então eu não gostei do som que saía dela, então
eu desmontei novamente.
Taylor bocejou. Tinha sido umas longas quatro semanas e meia,
cheia de shifters, homens fadas, e sendo forçado a voltar para a prisão
que sua mãe chamava de lar. Ele estava cansado.
Parecia que o peso das semanas não ia passar, mas finalmente
passou e agora ele pode realmente relaxar. Mais dois dias e tudo isso
estaria terminado.
— Eu estou indo para sótão. Boa Noite.
— Boa Noite, eu vou lhe trazer algo para comer de manhã. — Tater
limpou as mãos de novo e jogou o pano para a pilha de peças.
— Ok, eu vou estar aqui. — Taylor subiu a escada, tentando
encontrar o local mais macio para dormir, mas parecia não haver nenhum.
Deitou-se, pensando em um homem com longos cabelos pretos
ondulados, olhos grandes e verdes, e o mais incrível sotaque espanhol.
Taylor foi acordado com uma sacudida, lutando contra uma mão
sobre sua boca. Ele se afastou dos fardos de feno, tentando o seu melhor
para conseguir equilíbrio.
— Quieto. — Uma voz advertiu suavemente. Taylor sabia que era o
sotaque Dagon. Que diabos ele estava fazendo aqui? Ele balançou a
cabeça, e a mão foi removida. Ele seguiu os olhos de Dagon. O grande
motoqueiro apontou para baixo em direção ao celeiro para mostrar que
havia alguém lá em baixo, e parecia que eles estavam procurando por
algo.
Ele arregalou os olhos, quando um lobo muito grande se infiltrou no
celeiro, atrás do homem que vasculhava.
Dagon apertou a mão sobre a boca de Taylor novamente, parando
um grito que estava prestes a surgir, quando o lobo atacou o homem. O
grande motoqueiro virou o rosto de Taylor em seu peito, bloqueando seus
olhos de ver o que estava acontecendo lá embaixo, apesar de Taylor poder
ouvir tudo. Ele ouviu rosnado e assobio, e o barulho das peças da moto
de Tater sendo jogadas. Taylor tentou virar a cabeça para ver, mas Dagon
não permitiu.
— Você não precisa ver isso. — Sussurrou o homem.
Taylor acenou com a cabeça, cobrindo as orelhas com as mãos. Ele
não queria ouvir também. O que estava acontecendo lá embaixo? Nunca
antes teve ninguém o seguindo aqui.
A casa de Tater sempre foi um lugar que ele considerava seu
esconderijo. Pelo visto agora ele não tinha mais um esconderijo, mas
pelo menos não foi sua mãe quem o descobriu.
— Ok, você pode olhar agora. — As mãos aliviaram-se de seu corpo,
permitindo-lhe a opção de se mexer. Taylor recuou e olhou para Dagon
nos olhos verdes e grandes, cor de esmeralda. Ele abaixou a cabeça, sem
saber por que ele estava intimidado com o homem.
— O que aconteceu? — Ele perguntou quando foi mais para trás. Ele
não era gay, não importa o que Josh estava falando. Mas havia algo sobre
Dagon, que o deixou com mariposas no estômago, ou como um homem
psicótico para remédios. Sim, esse ultima se encaixam melhor, porque ele
estava louco para sentir esse caminho.
— Quando você e Josh estavam junto com Melonee, o cheiro dela se
fixou em vocês. Esse era um vampiro, atraído pelo cheiro. Vampiros são
atraídos pelo cheiro dos elfos.
— Oh grande, eu sou um imã para os vampiros agora. Eu sabia que
Melonee significava problemas no momento em que ela abriu a boca.
Taylor arrastou em direção à escada. Ele teve que sair daqui. Ele
gostou da ideia de homens transformando-se em lobos, quando Josh disse
a ele que era a coisa mais legal, mas os vampiros eram uma coisa
totalmente diferente. Eles bebem sangue, algo que fez Taylor tremer com
algo tão grotesco.
— Devagar, Taylor. — Dagon rapidamente veio atrás dele. Taylor não
queria parar. Além do fato de que ele queria correr para as montanhas por
causa de sua mãe e os vampiros, Dagon o confundiu.
Ele não sabia o que fazer com os sentimentos que ele tinha para o
homem. Quando ele estava próximo, sinos badalavam em sua mente e
Taylor saiu fora de si com pensamentos que ele sabia que não deveria ter.
Mesmo que ele adorasse seu irmão Josh, ser gay era errado. Sua
mãe colocou isso em sua cabeça e agora estava preso com isso. Sentiu-se
sujo com esses sentimentos, querer se arrastar para o colo de Dagon e
ronronar, isso é simplesmente errado.
— Não é seguro para você está por si. Pode haver mais de um, e eu
não estou disposto à chance de...
Taylor parou nas palavras, sentou na borda do sótão, e em vez de
descer, balançou as pernas e se perguntou por que a voz do Dagon
sempre o chamava. Ele prendeu a respiração quando o grande motoqueiro
sentou-se ao lado dele.
Sua mente estava em constante conflito com que era certo ou
errado, com o que foi ensinado por sua mãe. Sua voz era constante em
sua cabeça, dizendo que ele era uma abominação para querer Dagon. Não,
ele não queria que ele. Sim, ele queria. O inferno! Taylor não sabia o que
pensar.
— Por que você saiu de casa desta vez?
— Eu não podia ficar e ouvi minha mãe falando sobre Josh daquele
jeito. Não é certo. Taylor nunca iria contar a ninguém que ele adorava seu
irmão mais velho, mas ele ficava louco como o inferno, quando alguém
falava ou zombava de Josh.
Ele tinha ouvido na escola, como o bumbum de Josh era muito
grande ou como ele agiu como uma menina. Ele entrou em muitas brigas
para defender seu irmão, e faria de novo num piscar de olhos. Todo esse
amor homossexual o confundiu o inferno fora dele, mas Josh estava em
uma classe toda diferente.
Taylor nunca o olhou para ele dessa forma. Ele era apenas... Josh.
— Você tem que aceitar. Eu sei que não soa bem, mas tê-lo vagando
não é segura. Eu me preocupo com você, meu coração ficaria em pedaços
se algo acontecesse com você. Dagon pegou um pedaço de feno, e em
rolou entre os dedos. Taylor estava chocado com a sua confissão.
Por que alguém tão grande em estatura, que parecia precisar de ninguém,
se preocuparia com ele? Não fazia qualquer sentido para ele. Agora Taylor
tinha outra coisa confusa para pensar.
— Eu não quero estar lá. Confessou com uma voz infantil, odiando o
fato de que ele soava assim. Ele era um homem crescido e precisar soar
como um.
— Então me desculpe, mas você tem que voltar.
As palavras o rasgaram, embora soubesse que ele estava certo.
— Eu vou só sair de novo.
— Não, cachorrinho. Agora alguém vai estar nas sombras guardando
sua casa 24 horas por dia.
— O quê? — Taylor deu um pulo olhando para baixo em Dagon.
— Isso não é justo. Você não tem ideia do que é viver com ela.
Experimente, e aposto que depois de algumas horas você acharia que o
envenenamento seria uma melhor alternativa.
— Eu não quero enviar-lhe lá. Eu prefiro ter você comigo, pois assim
eu posso protegê-lo melhor, mas não temos escolha para os próximos
dias.
— Ela não tem que saber onde estou, talvez Josh pudesse me
esconder. — Esperança acendeu nele.
Dagon balançou a cabeça, e Taylor sabia que ele ia perder este
argumento. Uma pequena centelha que piscava morreu.
— Isso não seria justo para sua mãe. Não importa como ela é, ficar
sem saber onde esta sua criança é o pior pesadelo para um pai. Eu não
vou fazer isso com ela.
— Bem, fica ao lado dela. — Taylor se virou e desceu as escadas, e
afastou-se, pronto para dar o fora dali.
Ele deu um passo para trás quando viu o irmão de Dagon que estava
na porta do celeiro. Tryck tinha os mesmo olhos que Dagon, mas sempre
desconfiados. Ele assistiu Taylor passar, nenhum sorriso ou um
cumprimento.
Ele podia ouvir Dagon descendo as escadas e ir atrás dele.
— Taylor, eu lhe disse que não era seguro. — Disse Dagon,
conforme ele pegou Taylor pelo braço e girou em torno dele.
— Prefiro lidar com os vampiros a minha mãe. O que você está
fazendo? — Ele puxou seu braço de volta, caminhou para moto de Dagon.
Ok, andar de moto era uma coisa que ele gostava. Foi divertido como o
inferno. Uma pequena parte dele riu com o pensamento que seria uma
tortura montar novamente.
— Você vai falar comigo?
Taylor enfiou as mãos nos bolsos da frente, chutando a sujeira.
— Sobre o quê?
— Não fugir mais, sobre como manter-se seguro. Prometa-me que
você não vai tentar fugir novamente.
— Eu não posso. Se ela começar a falar aquelas coisas de novo.
Taylor observava enquanto Dagon enfiou a mão no interior da sua
jaqueta, e pegou um telefone celular.
— Eu comprei um novo para você e programei todos os números de
telefone do pessoal que vive na toca. Se ela começar falar sobre você ou
Josh, vá para seu quarto e me chame, ou qualquer outra pessoa. Só não
deixe a casa.
Dagon segurou o telefone preto brilhante e ele pegou. Ele não queria
que Dagon visse como ele estava animado por ter o seu próprio celular.
Dagon tinha tentado dar-lhe o seu próprio telefone antes dele voltar,
mas naquele momento Taylor estava muito chateado para aceitar. Este
aparelho parecia legal ele gostaria de ver o que tinha de interessante.
Talvez ele pudesse, finalmente, entrar na internet. Nem mesmo isso tinha
em sua casa fedida.
— Vamos lá. Vamos te levar para casa antes de você ser descoberto.
— Ela ligou para um reverendo mais cedo para me examinar e ter
certeza que Josh não passou para mim. — Disse Taylor olhando para o
telefone, incapaz de olhar para o homem lindo.
Seu polegar deslizou sobre a superfície elegante, constrangido com
as ações de sua mãe. Por que ele não podia ter uma mãe normal que fazia
biscoitos e os levava para a prática de futebol quando eram mais jovens,
em vez disso?
— Cara, isso é duro. Basta ter em mente que você tem apenas mais
alguns dias, e então você pode morar na toca. — Essa foi à única coisa
mantendo a sanidade de Taylor no momento, saber que ele poderia viver
com Josh novamente e ficar próximo de Dagon em breve. O que quer que
esses sentimentos significassem, ele sabia que estar próximo deste
homem o animava. O cara o fascinava e fazia ele se sentir seguro, ele não
sabia mais o que pensar.
Ele deu de ombros.
— Eu acho.
— Vamos lá, cachorrinho, vamos para casa.
Taylor subiu na traseira da moto de Dagon, observando Tryck vindo
até ele.
Desceram à estrada de terra, Taylor pulando na traseira da moto,
isto foi muito divertido. Ele queria que Dagon o levasse em uma longa
viagem apenas para que ele pudesse passar mais tempo na parte de trás
da moto. Ele sentiu uma sensação de liberdade como nenhum outro
quando Dagon e ele passearam de moto.
Foi um breve percurso e logo eles chegaram à casa de sua mãe. Ele
nunca se referiria a ela como sua casa, ele não se sentia como se a casa
fosse dele. Ele saiu de cima de moto de Dagon, perguntando aonde iria
agora.
— Suba as escadas para seu quarto, vou levar o primeiro turno. —
Dagon sorriu para ele, e seu interior tornou-se tudo amarrado. Talvez
fosse apenas algum tipo de culto ao herói? O cara parecia ser tudo o que
ele gostaria de ser ou poderia idolatrar. Ele não tinha certeza o que era,
mas o homem ficou em sua mente constantemente desde que encontrou.
Taylor subiu no telhado de marquise, não querendo explicar a sua
mãe por que ele estava entrando pela porta da frente quando ele deveria
estar em seu quarto, além do fato de que ele não queria ser exorcizado.
Ele subiu de volta através de sua janela, observando sua porta do
quarto aberta. Então, ela tinha vindo para levá-lo lá embaixo. Ele fechou e
trancou-a, e então ele se deitou na sua cama.
Taylor pensou em Dagon estar lá fora e vendo o seu quarto. Por que
essa emoção? Ele tocou seu novo telefone, discutindo se ele deveria
chamar Dagon ou não. Puxando a cadeira e colocando próxima a janela
aberta e depois colocou seus pés em cima da soleira, olhando para a noite
e tentando identificar Dagon.
Ele pulou quando seu telefone tocou. Taylor rapidamente apertou o
botão e atendeu antes de sua mãe ouvisse.
— Olá?
— Você está bem?
Taylor olhou para o quintal, mas não podia ver o homem.
— Não, eu não quero estar aqui.
— Eu sei.
Taylor puxou o buraco no joelho da calça jeans, pensando desde que
Dagon não estava bem na frente dele, talvez ele pudesse fazer algumas
perguntas que estava o matando.
— Dagon?
— Eu estou ouvindo.
As palmas de Taylor tornaram-se úmidas com a voz baixa e áspera.
— Por que cada vez que eu estou perto de você... eu me sinto
engraçado?
— É chamado de atração, cachorrinho.
— Atração?
Dagon suspirou profundamente no telefone.
— Eu prefiro dizer-lhe isso pessoalmente.
— Eu sou um medroso em pessoa. — Taylor riu.
— Sério? — Dagon riu baixinho. — Você não parece o tipo.
Taylor encolheu os ombros, esquecendo que Dagon não podia vê-lo,
ou talvez ele pudesse.
— O que é a atração?
— O destino parece pensar que você e eu seríamos compatíveis.
— Como um casal gay? — Taylor perguntou com os dentes cerrados.
— Ou uma equipe. — Ele ofereceu uma alternativa que para Taylor
era mais confortável no momento. Ele ainda estava tentando trabalhar
tudo isso em sua cabeça. A palavra equipe era melhor em sua opinião.
Ficaram ali sentados no telefone por um tempo, sem dizer nada,
perdidos em seus próprios pensamentos. Taylor percebeu o quão
confortável o silêncio estava. Ele não sente qualquer pressão para dizer
qualquer coisa. Mas uma questão passou em sua cabeça.
— Dagon?
— Sim, filhote?
— Por que o destino quis?
Dagon riu baixinho novamente.
— Não sei, mas a atração é o que nos diz que o destino tem
emparelhado nós dois juntos.
— Oh.
— Não tenha medo. Vou dar-lhe tempo para se ajustar, para se
acostumar com a ideia Não pense que você só tem alguns dias. Tome seu
tempo, tanto quanto você precisar.
— Obrigado. — Ele se sentia como se estivesse sob uma contagem
regressiva. Taylor relaxou em saber que Dagon estava disposto a esperar.
A ideia de estar com ele não o chateou. Esse foi o pensamento mais
confuso de todos.
“A homossexualidade de Josh vai pegar em você, eu lhe disse iria.”
Taylor estremeceu com a voz de sua mãe em sua cabeça. Por que não
podia livrar sua mente de suas críticas mental? Ele provavelmente poderia
classificar seus sentimentos um pouco melhor sem essas palestras que ela
constantemente fez em sua mente cada vez que ele pensava em Dagon.
— Eu não sou difícil. Eu sei o quanto isso é confuso, não saber quem
você é. Eu estive lá, questionei-me, inseguro e certo, ao mesmo tempo.
Taylor surpreendeu que alguém com um olhar tão feroz como Dagon
questionou-se. Fez mais fácil falar com ele, fez o lobo parecer alcançável.
Mais uma vez ele tentou identificar a localização de Dagon, mas só viu
sombras no pátio. O lobo era bom.
— Eu só não sei o que pensar agora.
— A vida é assim, por vezes fica confusa. As placas na estrada nem
sempre são claras. Tome seu tempo, cachorrinho.
— Obrigado. — Mais uma vez eles ficaram em silêncio, o telefone
colocado à sua orelha enquanto Taylor pensava em uma centena de coisas
e nada ao mesmo tempo. Ele fechou os olhos quando uma brisa quente
de verão soprou através de sua janela. Ele desejava que ele estivesse
andando na parte de trás da moto de Dagon em vez de ser preso em seu
antigo quarto.
— Podemos ir para um passeio?
— Eu vejo o quanto você gosta de andar de moto. — Dagon riu. —
Vamos ter tempo para isso mais tarde.
— Ok.
Silêncio.
Taylor estava realmente começando a gostar do cara, foi bom
ficarem juntos. Dagon estava mesmo disposto a dar o tempo que Taylor
necessitava, e ele era um espécime de boa aparência para um homem.
Taylor não achou que foi só atração que o atraiu para o motoqueiro. Dagon
tinha uma coisa que ele não sabia o que era, mas fez com que ele
quisesse ficar próximo dele o tempo todo. Ele começou a se perguntar se
ele realmente era gay e essa negação seria por tudo que sua mãe falava
sobre gays.
Ele sentiu-se abalado, mas não podia desligar, ele gostava da voz do
Dagon, era profunda, acentuada e reconfortante.
— Quantos anos você tem?
— Duzentos e dez.
— Caramba! — Ele sentou-se um pouco com a revelação.
Dagon bufou.
— Eu sou jovem em comparação com alguns dos outros. Maverick
está com quase 400.
Cabeça de Taylor estava girando e um largo sorriso se espalhou pelo
seu rosto.
— Será que você foi um atirador no Velho Oeste?
— Ao entardecer.
Taylor gostava disso, ele fechou os olhos mais uma vez, embalando o
telefone entre o ombro e a orelha, ouvindo a voz de Dagon, e o que ele
tinha experimentado ao longo desses últimos dois séculos, a voz de seu
companheiro embalando-o para dormir.
Seu último pensamento, antes dele cochilar, era que ele tinha
pensado em Dagon como seu companheiro e talvez ele pudesse se
acostumar com isso depois de tudo.

Taylor acordou com um sobressalto, com uma mão em seu ombro.


Ele olhou para cima para ver Melonee em pé ao lado dele com um sorriso
no rosto. Ela colocou seu dedo indicador sobre os lábios, indicando para
ele ficar quieto.
Ele pegou o telefone celular que estava preso ao seu rosto, visto que
a bateria tinha morrido. Empurrando-o no bolso, e se levantou da cama
com a ajuda da menina fada.
— Essa foi por pouco. Se você tivesse gritado, Dagon teria ouvido.
Os malditos lobos madeira e sua audição.
— Onde estamos? — Taylor perguntou.
— Em meu quarto. Achei que você queria estar fora da cadeia, ai eu
só pensei em você, e pronto, aqui estamos nós.
— Então, você me tirou de um lobo com audição excepcional, para
uma casa cheia deles?
Melonee parecia irritada.
— Eu não tinha pensado nisso.
Taylor deitou de volta em sua cama, colocando as mãos atrás da
cabeça.
— É legal. Apreciei o socorro. Então e agora?
— Eu não tinha pensado nisso também. — Ela sentou no chão e
cruzou suas pernas. — Eu apenas pensei que era injusto levarem você
para algum lugar que você não queria ir.
Ambos pularam quando a porta se abriu. Taylor relaxou quando ele
viu que era apenas Tangee.
— Brilhante ideia, pequena irmã.
— Ele não deve ser forçado a ir a algum lugar que ele não quer ir.
Tangee estendeu as mãos para cima.
— Eu não estava dizendo nada sobre isso. — Ele caiu na cama e
sorriu para ela.
— Oh. — Ela sorriu.
— Podemos ficar aqui dentro. — Taylor sorriu para seus cúmplices.

Dagon se levantou quando viu uma luz fraca no quarto do Taylor. Ele
resmungou, sabendo exatamente o que significava que a luz maldita.
Melonee.
Os dois se tornaram grandes amigos e companheiros desde as brigas
quando eles se conheceram. Dagon arrastou-se até a varanda, escalando o
teto solar e olhando para o quarto de seu companheiro.
Taylor não estava lá.
— Maverick. — Dagon falou em seu telefone celular que ele puxou de
seu casaco quando se sentou no telhado. — Sua filha sequestrou meu
companheiro.
O Alfa riu.
— Parece que eles se tornaram amigos. Eu vou verificar seu quarto.
— Eu aprecio isso. — Dagon desligou o telefone e se arrastou para a
janela.
Ele foi até o armário, se escondendo quando escutou um barulho de
chave na fechadura. Será que Taylor sabia que sua mãe tinha uma chave?
Ele viu pela fresta a mãe de Taylor entrar no quarto, e farejar ao
redor, maldição. Será que ela realmente estava apenas farejando seu
quarto? Que ser humano fez algo assim? Uma sensação desconfortável
estabeleceu em seu estômago. Algo sinistro estava acontecendo aqui, e
ele estava indo chegar ao fundo disso, especialmente com seu
companheiro de vivendo aqui.
Ele ia pedir o detetive Lewis, um dos companheiros, para verificar se
a mãe de Taylor era uma ameaça. Provavelmente nada que ele pudesse
fazer sobre isso, mas o pensamento de seu companheiro ficar aqui não o
estava deixando confortável.
A mãe de Taylor curvou e cheirou a colcha da cama. Ok, isso era
muito malditamente estranho.
O coração do Dagon parou quando Melonee, Taylor, e Tangee
brilharam na sala naquele exato momento.
Capítulo Dois

Dagon empurrou a porta do armário, correu pelo quarto, e pegou


seu companheiro em seu peito e girou o afastado apenas segundos depois
da mãe de Taylor atacar seu braço. Seu rosto não era humano.
Que porra é essa?
— Eu te disse que Josh o transformaria em gay! — Ela gritou.
Melonee colocou a mão no ombro de Dagon, agarrando mão de
Tangee enquanto eles brilhavam e apareceram no quarto de Melonee.
Maverick estava sentado em sua cama.
— Bem, eu disse para ela levar ele, não para trazer de volta.
— Que diabos foi isso? — Taylor gritou, agitando os braços ao redor.
— Ela não era humana.
Maverick se levantou, olhando para os quatro.
— Quem não era humano? — Ele franziu a testa enquanto esperava
por uma resposta.
— Minha mãe, seu rosto... — os dedos de Taylor foram para seu
rosto.
— Ele não pode voltar para lá. Sua mãe é... O inferno eu nem sei.
Ela cheirou sua cama, e depois quando esses três voltaram, seu rosto se
transformou em coisa estranha. Eu nem consigo explicar isso. — Dagon
nunca esqueceria aquela bizarra cara.
— Experimente. — Maverick disse, olhando confuso.
— Os olhos dela mudaram para preto, e seu rosto quase virou
escamoso. Eu disse que eu não poderia explicar isso direito.
Dagon viu surpresa nos olhos de Maverick. O Alfa sabia o que Dagon
estava falando.
— Dê-me sua mão, Melonee. Nós não temos tempo. — Maverick
virou-se para Dagon.
— Leve o seu companheiro para o escritório, Melonee e eu temos
que voltar na sua casa, antes que perdemos sua mãe. Dê-me sua camisa,
Taylor. Eu preciso do seu cheiro para nos acompanhar.
Dagon estava confuso como o inferno, enquanto observava seu
companheiro tirar a camisa. Dagon imediatamente puxou a jaqueta de
couro e cobriu Taylor com ela. Melhor. Ele agarrou Taylor e se dirigiu para
a porta do quarto.
— Sim, isso é bom. Agora ele está coberto de seu cheiro, vai. —
Maverick acenou rapidamente a Dagon que fechou a porta do quarto.
— O que está acontecendo? — Taylor perguntou quando eles
desceram as escadas e entraram no escritório do Maverick.
— Eu não tenho certeza, cachorrinho, e não vamos investigar por
enquanto. — Dagon fechou a porta do escritório, andando para trás e para
frente. Ele puxou o celular e chamou seus irmãos.
— Eu preciso de você e Law no escritório de Maverick. Tragam seus
companheiros. — Cinco minutos depois, seus irmãos entraram com seus
companheiros no reboque.
— O que está acontecendo? — Tryck perguntou, olhando para Taylor,
que estava sentado no sofá de couro.
— Um pesadelo muito ruim.
Dagon balançou a cabeça e relatou o que tinha acontecido até que
ele os chamou.
— Não, merda. — Josh ficou boquiaberto. — Mãe?
— Que diabos? — Taylor levantou-se, indo para seu irmão e abrindo
sua boca. — Esses são os dentes de vampiro?
— Eu vou explicar depois. — Josh bateu na mão de seu irmão mais
novo.
Taylor caiu de volta no sofá, chocado como o inferno de que Josh era
um vampiro. Como? Ele olhou para trás até para o irmão, mas não disse
uma palavra. Sua vida estava indo água abaixo, e ele sentiu que não tinha
controle sobre nada. Josh não.
— Eu sabia que este era um lugar de louco para estar numa matilha.
Mas não, vocês dois queriam estar na matilha de Brac. — Tryck estreitou
os olhos a Dagon e Law.
— Como se soubéssemos que toda essa merda ia acontecer. —
Defendeu Law, puxando Josh em seus braços. — Pelo menos eu encontrei
meu companheiro aqui, e você também. Então pare de reclamar.
— Maverick levou Melonee para procurar sua mãe? — Carter,
companheiro de Tryck, perguntou surpreso. — Ela é jovem demais para
isso.
— Tarde demais, eles já foram. — Disse Taylor.
Dagon puxou Taylor para ele.
— Como você está? — Dagon perguntou a Taylor.
— Eu acho que estou muito abalado agora. Mas vou deixar você
saber quando o meu cérebro derreter e eu começar a gritar.
Dagon puxou Taylor em seus braços, dando-lhe um abraço de apoio.
Taylor odiava que ele deu um ligeiro tremor de medo. Era para ele ser
forte, um homem, não um covarde.
Os três guerreiros se viraram, e puxaram seus companheiros para
trás quando a porta se abriu. Maverick e Melonee entraram.
— Eu acho que nós a perdemos.
— Exatamente o que ela é? — Dagon perguntou, sentando-se no
sofá de couro e puxando Taylor com ele.
— Um demônio.
— Você poderia repetir? Eu pensei que você disse um demônio. —
Taylor apontou um dedo para seu ouvido e depois olhou para o Alfa.
Maverick pegou a bola azul de stress de sua mesa, olhando para baixo,
para ela enquanto falava.
— Meu pai tratou uma vez. Eu era um filhote quando isso aconteceu.
A coisa fingiu ser minha tia.
— Espere, então onde está a minha mãe de verdade? — Taylor
interrompido.
— Algum tipo de estado hipnótico. Mais provavelmente uma
compulsão para visitar parentes ou algo assim. Minha tia estava em reais
férias nas Bahamas. — Maverick jogou a bola no ar.
— Ninguém disse que o mundo paranormal fazia sentido.

Dagon esfregou as costas de Taylor. Seu companheiro estava


sentado ali com sua boca aberta. Ele não poderia começar a imaginar o
que ele iria sentir se disse que sua madre era um demônio, e não apenas
agia como um, mas uma versão real.
— Então, além do tratamento facial, como você sabe se a pessoa é
quem eles são supostos ser ou um demônio?
Maverick chamou a ar bola.
— Os olhos. Eu presumo que Josh e Taylor nunca olharam para sua
mãe porque ela estava muito ocupada brigando com eles. Se tivessem,
teriam visto que a íris não era completamente da cor direita. Há mais uma
coisa, o cheiro de naftalina. Meu pai me disse que quando ele foi para casa
da minha tia, houve um cheiro forte pairando no ar. — O Alfa colocou a
bola de volta sobre a mesa, olhando para cada indivíduo na sala.
— Vão dormir um pouco, mas mantenham um olho aberto. Vou
informar todos os outros a fazer o mesmo.
— Então, basicamente, se ela se arrasta até aqui como outra
pessoa, não vamos saber até olhá-la nos olhos? — Taylor perguntou.
— E eu conheço a cor dos olhos de todos. — Dagon não gostou do
fato da voz de seu companheiro foi atado com tensão. A necessidade de
aliviar suas preocupações, Dagon estava pronto para lutar com todos os
inimigos no mundo para mantê-lo seguro.
— Não apenas isso, é a atitude também. — Josh disse para ele
mesmo. — Ela estava ficando fraca. Demônios, por algum motivo não
conseguem acompanhar a personalidade que estão imitando. Cedo ou
tarde sua real personalidade se mostrará.
— Então Dagon tem sido um demônio toda a sua vida. — Tryck
afirmou.
Dagon o ignorou e ajudou seu companheiro a ficar em pé.
— Vamos, vamos dormir um pouco.
Ele foi com seu companheiro para o seu quarto, mostrou para Taylor
o quarto que fazia ligação com seu.
— Eu vou deixar a sua porta do quarto aberto. Ok? Se algo
acontecer me chame.
— Não podemos simplesmente puxar o colchão aqui? Eu não quero
dormir em lá sabendo um demônio está atrás de mim.
Dagon puxou o colchão do quarto de hospedes para seu quarto, e
colocou o colchão ao lado de sua cama.
— Eu tenho um sono leve, então vá em frente e durma um pouco.
Eu vou cuidar de você. — Dagon se sentiu mais à vontade com Taylor no
mesmo quarto, sabendo que ele era mais capaz de observar seu
companheiro com ele dormindo ao lado dele.
— Você pode puxar o seu aqui também?
Dagon puxou seu colchão, jogando-o ao lado de Taylor, ambos
ficaram confortáveis em suas camas improvisadas.
Taylor acordou se esticou e bocejou, sentir hálito matinal foi à pior
coisa. Levantou-se e chegou ao banheiro para cuidar de suas necessidades
e depois escovar os dentes.
Hoje era seu aniversário.
Tinha passado dois dias e todos esperavam que ele pirasse a
qualquer minuto, a casa inteira estava observando uns aos outros, para
qualquer tipo de comportamento agressivo. Que foi difícil de fazer,
considerando a metade dos ocupantes eram shifters irritados.
Evan foi perseguido pelos guerreiros, o homem não era o senhor
sorriso para dizer o mínimo, mas ele não era um demônio. Ele foi chamado
de um monte de outras coisas embora. Seu companheiro Lewis
constantemente teve que tranquilizá-lo de que todos estavam bem.
Taylor olhou para seu reflexo no espelho, ele não parecia mais velho.
Ele parecia Taylor Tate. Alisou as mãos sobre a camisa e depois estendeu a
mão para a maçaneta. Suas mãos começaram a tremer então ele se
afastou.
Ele era um adulto agora, o que será Dagon esperaria dele hoje? O
homem disse que não era uma contagem regressiva, mas uma imagem do
grande homem pairava bem em sua frente.
Ele fechou a tampa do vaso sanitário e se sentou. E se Dagon estava
lá fora agora, deitado nu na cama?
Taylor não conseguia acalmar seu coração. Respirando fundo, ele se
levantou, por que estava agindo infantilmente. Seu companheiro disse que
ele tinha tempo.
Quando ele finalmente saiu, Dagon estava junto ao armário sorrindo
para ele. Os pulmões de Taylor pararam de funcionar quando Dagon
caminhou até ele e sustentou seu rosto com as duas mãos.
— Feliz aniversário, cachorrinho.
Taylor fechou os olhos, à espera de Dagon beijar seus lábios. Em vez
disso, os lábios secos tocaram sua testa. Taylor abriu os olhos e viu Dagon
caminhar para o banheiro.
Bem, ok então. Ele poderia lidar com isso. Por uma questão de fato,
ele gostou. Um largo sorriso se abriu na face de Taylor, quando ele saiu
para atender a porta do quarto quando uma batida soou.
Um beijo, legal.
— Feliz aniversário. — Alguns dos companheiros cantavam. Taylor
procurou pelo seu irmão Josh, mas não o viu.
Não era assim que acontecia antes. Seu irmão sempre fez questão
de ser o primeiro dizer parabéns para ele pela manhã, todos os anos.
— Obrigado. — Taylor afastou-se para permitir-los entrar.
— Eu trouxe uma coisa. — Johnny sorriu para ele.
Taylor agradeceu e aceitou a pequena caixa preta com uma fita cor
rosa. Ele abriu-a, e um colar com letras soletrando TAYLOR estava dentro.
As contas entre cada letra parecia algo precioso. O companheiro tinha
gosto.
— Obrigado, eu gosto de presentes caseiros. — Ele pegou o colar e
colocou em seu pescoço.
— É a minha vez. — Keata saltou para cima e para baixo, com outra
caixa na mão.
Taylor abriu, e um pedaço de papel enrolado estava dentro dela. Ele
pegou o papel e desenrolou. Apareceu à imagem de um homem e um lobo
entrelaçados, Taylor ficou espantado com a forma como foi desenhado.
Ele nunca teria imaginado que Keata tinha tal talento artístico.
— Obrigado, eu vou comprar um quadro para ele. — Ele colocou a
imagem em sua cômoda.
— Agora eu. — Gabby entregou-lhe um saco pequeno de presente.
Taylor abriu e tirou um par de sapatinhos de bebê. Mas que diabos?
— A maneira como as coisas estão indo por aqui, você pode precisar
deles. — Gabby e os outros riram.
Ele sabia que o meio vampiro tinha engravidado e dado à luz um
filho. Claro que não ia acontecer com ele. Não nesta vida ou na próxima.
— Obrigado. — Ele colou um sorriso nos lábios, dando Gabby um
abraço rápido.
— Nós também fizemos o café da manhã, por isso não demore. —
Johnny sorriu e bateu-lhe nas costas.
Isso deve ser interessante, ele suspirou interiormente. Taylor
observava enquanto os três deixaram a sala, ainda se perguntando onde
estava Josh.
Duh, o pensamento apenas o feriu. Se Josh era um vampiro ele
estava dormindo. E iria procurar seu irmão mais tarde.
Ele afastou o pensamento que Josh era um vampiro. Foi mais uma
coisa que de louco aconteceu na sua vida.
Uma coisa de cada vez, lide com uma coisa de cada vez.
Dagon saiu do banheiro completamente vestido e sorrindo para ele,
secado seu cabelo com uma toalha. Taylor observava, e um desejo de
passar os seus dedos por aqueles fios molhados fez suas mãos coçarem.
Ele as empurrou nos bolsos da calça.
— Os companheiros me fizeram café da manhã.
— Bom, vamos descer e comer. O que você gostaria de fazer hoje?
Havia apenas uma coisa que ele queria fazer.
— Vamos passear em sua moto.
Dagon riu e jogou a toalha de volta no banheiro.
— Como eu não sabia disso?
— Porque eu estou te usando para passear em sua moto, lembra? —
Taylor brincou.
Ele ficou tenso e depois relaxou quando uma mão grande cobriu as
dele, segurando enquanto caminhavam para a cozinha.
Mãos dadas, ele poderia fazer isso.
— Cheira bem aqui. — Dagon disse com uma voz profunda conforme
eles entraram na cozinha. George e Tank estavam no fogão, e seu
companheiro tentava não deixar Tank roubar bacon.
— Feliz aniversário, Taylor. — Tank sorriu para ele, um pedaço de
toucinho preso ao seu lábio inferior.
Taylor riu, apontando para os lábios de Tank para se livrar das
evidências. O guerreiro enfiou a língua para fora e pescou a carne de porco
e piscou para Taylor.
— Eu peguei isso. — George sorriu para Taylor.
Dagon puxou uma cadeira para ele, Taylor se sentou.
Seu companheiro serviu café e outras guloseimas e deu um copo de
suco de laranja também.
George deve ter cozinhado isso, era bom demais. Ele teria comido
isso se os outros tivessem preparado para ele, sendo gostoso ou não. Ele
não era ingrato.
— Bom dia, Senhor Aniversário. — Remi o guerreiro e seu
companheiro, Drew, entraram na cozinha.
— Bom dia. — Taylor mastigado um pedaço de bacon, enquanto
observava o dois homens se abraçar. Eles pareciam confortáveis assim.
Drew riu e abriu a boca para alguns ovos, Remi beijou-o depois de
dar a seu companheiro uma mordida.
Ele poderia fazer isso com Dagon? Taylor tomou um gole de suco de
laranja, vendo com o canto de seu olho Tank beijar no pescoço de George.
Parecia ter todo tipo de demonstração de carinho entre os casais
homossexuais, e não tiveram nenhuma preocupação que outros poderiam
vê-los.
— Terminei. — Taylor levou seu prato para a pia, ficando mais de
perto e olhou para Tank e George, vendo como George estava olhando
amorosamente nos olhos de Tank. Ele desviou o olhar, fixando o seu prato
na pia.
— Vamos dar um passeio. — Dagon tomou sua mão, e desta vez
Taylor sentiu-se mais confortável com o ato.
— Obrigado pelo café da manhã.
— Você é bem-vindo. — Foi tempo para George responder e Tank
beijou seus lábios. Taylor olhou por cima do ombro enquanto Dagon
puxou-o longe, vendo Drew sentado no colo de Remi e rindo.
Dagon puxou Taylor para seu quarto, entregando-lhe um capacete e
uma pequena jaqueta de couro grossa do armário.
— Eu comprei para você, vendo o quanto você gosta de andar.
Taylor examinou.
— Obrigado. — Parecia caro. Passou a mão para baixo no couro
macio como manteiga. Era muito confortável. Ele realmente gostava dele.
Taylor seguiu Dagon mais uma vez, enquanto se dirigiam para sua moto.
— Feliz aniversário. — Micah gritou para fora quando eles passaram
a porta da frente.
— Obrigado. — Parecia que ele estava dizendo muitos
agradecimentos está manhã.
Taylor não se conteve e olhou para bunda de Dagon. Ok, eu nunca
fiz isso antes. Ele observou os globos se movimentar e suas mãos
coçavam novamente para o tocar.
Ele seguiu Dagon para a linha de veículos até que chegaram à moto
do guerreiro. Taylor colocou seu capacete, à espera de seu companheiro
para chegar a primeiro lugar.
— Suba a bordo. — Dagon passou suas longas pernas até sentar na
moto, Taylor agarrou seus ombros grandes e deslizou por trás de seu
companheiro. Ele mordeu o lábio inferior, estava grato que Dagon não
podia ver o pau duro, ele estava ficando duro apenas de ter o homem
enorme na frente dele. Que diabos estavam acontecendo com ele? Era
como se ele completasse dezoito anos e, bam, homossexualidade
instantânea.
Se Josh estava certo, Taylor tinha sido gay o tempo todo, não teria
ele observado algum cara antes de Dagon? Ele não tinha?
Inferno, sua primeira experiência com o sexo foi com uma garota. O
que isso queria dizer? Taylor passou os braços em volta da cintura de
Dagon, segurando-se enquanto Dagon ligava a moto e cavou os
calcanhares no cascalho, no apoio do moto.
Taylor levantou a viseira momentaneamente inalando cheiro de
couro e homem. Ele agarrou-o de volta, se perguntando por que ele tinha
feito isso.
Dagon inclinou quando a moto começou a andar e ele dirigiu para a
estrada pavimentada, o barulho da moto, mais uma vez deu lhe uma
emoção como nada mais.
— Por favor, deixe-me passar por este passeio sem embaraçar-me.
— Taylor murmurou para si mesmo.
— Você está bem ai atrás?
Taylor se assustou com a voz de Dagon. Devia haver fones de ouvido
integrado nessas coisas.
— Eu estou bem. — Oh merda, Dagon tinha ouvido ele falar.
Não, espere, ele não queria saber.
Seus dedos agruparam na camisa de seu companheiro, a luta contra
a pulsação em seu pênis. Ele avançou para frente, permitindo sua ereção
tocar em Dagon, o atrito entre eles era emocionante. Taylor puxou para
trás, quando ele ouviu um grunhido baixo no fone de ouvido. Será que seu
companheiro sentiu o que ele tinha acabado de fazer?
Com outro movimento e Taylor fez de novo. A necessidade de aliviar
a pressão foi enorme, fazendo-o assumir riscos que ele caso contrário, não
teria ousado. Suas mãos acidentalmente escorregaram, aproximando-se
da masculinidade de Dagon. Se ele pudesse explorar o conteúdo, ele
ficaria feliz.
— Se a sua mão for mais para baixo, eu estou parando agora. —
Alertou Dagon no fone de ouvido.
Taylor lutou uma guerra dentro de sua cabeça. Será que ele queria
que ele parasse a moto?
Seu Pau disse que sim, seu coração medroso disse que não.
Ele não ia mentir para si mesmo. Estava curioso, queria saber como
seria deixar um homem foder ele.
Pensar sobre o assunto fez ele gay? Ele sabia que o fez.
Seu coração medroso ganhou, erguendo as mãos de volta a sua posição
original.

Dagon sabia que seu companheiro estava lutando com sua


sexualidade, tentando descobrir as coisas em sua cabeça, mas Taylor
estava se torturando demais. Ele podia sentir a ereção de Taylor atrás
dele, e quando as mãos de seu companheiro começaram a baixar...
Maldição, Dagon quase parou a moto.
Ele disse a seu companheiro que ele daria tempo, mas Taylor não
tinha ideia que ele estava ficando louco com essa situação. Dagon levou a
moto para a entrada, levando seu companheiro para a cidade.
— A auto-estrada? — a voz de Taylor estava agitada com emoção.
Ele sabia que fez a escolha certa. Seu companheiro estava se
tornando um aventureiro como ele. Dagon recostou-se um pouco,
desfrutando do contato. Aderência de Taylor se tornou mais firme,
inclinando-se para ele.
Se ele pudesse fazer seu companheiro compreender tudo o que
estava acontecendo, então talvez eles tivessem uma chance. Seus olhos se
focaram na estrada, não queria a sensação de Taylor para distraí-lo, ele
olhou para o limite de velocidade. Foi bem dentro do alcance legal.
Dagon tomou a rampa de saída, dirigindo pelas ruas da cidade até
que eles voltarem para a rua que ele queria, e depois dirigiu para uma
loja.
— Soverte? — Taylor perguntou curioso.
— Sim, bom dia para um. — Dagon colocou seus pés firmemente no
chão quando Taylor usou seus ombros para desmontar. Ele olhou para
baixo, vendo a ereção de seu companheiro, que estava tentando o seu
melhor para escondê-la.
Um sorriso insinuou em seu rosto ao saber que Taylor não era tão
imune a ele depois de tudo.
Puxando o capacete, Dagon desmontou e colocou-o sobre o assento.
Ele passeou para Taylor, de pé bem atrás dele quando ele estudou o
cardápio postado acima da janela.
— Eu só vou ter uma casquinha de chocolate.
— Só isso?
— Sim. — Respondeu Taylor.
— Duas casquinhas, por favor. — Ele disse a adolescente por trás da
janela.
Ela assentiu e se afastou.
— Então, como é a sensação de ser legalmente um adulto? — Ele
perguntou enquanto ele colocou uma mão no ombro de Taylor. Movimentos
sutis deviam ajudar Taylor a se adaptar à sua nova vida, não poderia
machucar. Se o destino tinha os emparelhado, então tudo o que ele tinha
que fazer era deixar Taylor se familiarizar com seu toque.
Taylor mudou um centímetro mais perto, encolhendo os ombros.
—Eu não me sinto diferente.
Dagon pegou os sorvetes, entregou um para Taylor e optou por se
sentar sobre os bancos de concretos em vez de em uma das mesas
próxima a loja.
Ele assistiu o tráfego de passagem, enquanto ele pensava na
reivindicação. A atração estava ficando mais forte. Cinco semanas tinham
sido angustiantes, enquanto seu companheiro estava em casa, mas agora
que ele estava com ele, era infernal na melhor das hipóteses.
Não era sobre sexo. Ok, não tudo de qualquer maneira. Tratava-se de ter
seu companheiro ligado a ele, compartilhando sua vida com alguém. Com
Taylor. Dagon nunca havia confessado a seus irmãos sobre seu desejo de
ter uma casa, um companheiro, uma vida com alguém que ele
amasse acima de todos.
Foi à sensação de ter essa pessoa, um indivíduo ao seu lado, a
pessoa que ele poderia compartilhar tudo, que o levou a chegar a
conhecer Taylor, para que ele pudesse reclamá-lo e começarem suas vidas
juntos.
Dagon lambeu o topo do sorvete enquanto ele olhava para os lados e
viu como Taylor estava praticamente a molestar o sorvete.
Ok, ele estava exagerando, mas vendo sua língua girando em torno
do sorvete e lambendo, o tinha deixado excitado em segundos. Ele
apostava um milhão de dólares que uma mancha molhada apareceu na
frente de sua calça jeans pela quantidade de pré-sêmen vazando, ele não
duvidava.
— Você deixou cair seu sorvete. — Taylor apontou para o chão.
— Acho que vou ter que comprar outro. — Dagon choramingou
quando língua rosa de Taylor correu para fora e lambeu o bigode de
chocolate.
— Desculpe-me.
Ele foi para o banheiro, baixou sua calça jeans e puxando seu pênis
livre, inclinou-se para frente e empurrou a maldita coisa até que ele
gozou. — Foda-se. — Ele não tinha certeza quanto mais disso, ele
poderia suportar. Você tem que esperar até Taylor está pronto.
Seu companheiro estava o deixando tão louco que ele estava
batendo punheta em locais públicos, pelo amor de Deus.
Dagon colocou o seu pau de volta na suas calças, lavou as mãos, e
orou para ele não ter que correr de volta aqui. Talvez sorvete não fosse
uma de suas ideias mais brilhantes.

Capítulo Três

— Você só quer segurar a escada, então pode olhar para minha


bunda. — Drew riu quando ele pendurou as fitas.
— Você é maldito certo. É o melhor emprego do mundo. — Remi
lambeu lábios, morrendo de vontade de pegar seu companheiro e correr
para o seu quarto com ele. Os dois estavam juntos por alguns anos agora,
e há nada neste mundo que Remi não faria por seu Andrew. Nada.
Ele mataria qualquer um por seu homem.

— Sai dessa. É para o aniversário do menino, não para você. —


George deu uma tapa na mão de Tank, sorrindo para seu companheiro
triste.
— Mas você é o melhor cozinheiro do mundo, e eu sou o melhor
comedor. Somos perfeitos um para o outro. — Tank fez beicinho.
— Você diz todas as palavras certas, mas eu vejo sua mão andando
por trás de mim para chegar a esse alimento, enquanto sua boca se
move. George ainda não podia acreditar o quanto estava feliz após
todo esse tempo. Ele riu quando pensou quão profundo que ele costumava
ser enterrado no armário, que bobagem. Todos os dias com Tank foi como
acordar para o mais belo nascer do sol.

— É o meu trabalho encher a tigela de ponche. —Caden golpeou a


mão de Mark à distância. — Então pare de tentar apertar a minha bunda.
— É melhor não reclamar. Você é muito perfeito para isso. — Mark
beijou o pescoço de Caden, pensando em sua antiga vida, sua vida muito
solitária.
Ele não era gay, mas para Caden, ele desfilaria em um collant. Ok,
talvez não, mas ele tinha a imagem. Levou apenas cinco segundos para
tomar a decisão, e ele deu um salto de fé, e a vida de Mark foi perfeita
agora.
— Ei, papai?
Mark virou-se para seu filho, Curtis, de pé ao lado dele.
— Sim?
— Você poderia deixar o meu outro pai terminar o que estava
fazendo antes de eu desidratar?
Mark riu. Estar com seus rapazes foi como voltar para casa todos os
dias.

— Cuide dos meninos. Vou verificar o bolo. — Heaven sorriu para


Murdock.
— Por isso. — Murdock perseguido Maddox. O segundo nascido foi o
causador de problemas, assim como seu pai.
Mateus foi agarrado a Heaven, assim como seu primogênito sempre
fez. Apesar de encontrar seu companheiro tinha sido uma estrada cheia de
pedra e buracos do inferno, Heaven mudou seu mundo.
Ele viu sua família rindo e brincando, se perguntando como seria
aquele que estava carregando agora. Seu coração se encheu de alegria
cada vez que seu companheiro sorria para ele.
O passeio pelo inferno valeu a pena, se agora estava vivendo dentro
do céu.
Sem trocadilhos.

— Lá vêm eles! — Gabby correu em círculos, com os braços voando


alto sobre a sua cabeça.
— Vai ser tudo bem, Abóbora. — Montana estendeu a mão livre e
apanhou seu companheiro exaltado. Ele reposicionou seu filho Nevada em
seus braços, o bebê se mexendo, e então puxou seu companheiro para
perto conforme todos silenciaram.
Montana sorriu para Gabby. Seu companheiro tinha passado por
algumas merdas, mas tudo isto levou ao seu filho nos seus braços, uma
decisão que eles tiveram, e que Montana nunca iria se arrepender. Sua
bola de fogo foi tudo o que ele poderia querer em um companheiro, com
diabetes e tudo.
— Eu te amo, Abóbora.
Gabby sorriu um grande sorriso pateta para Montana.
— Você ainda não está recebendo qualquer bunda. —
Montana tinha estado na casa do cachorrinho desde que começou a
dentição de Nevada, dizendo-lhe que a dor não valia a pena e eles só iriam
ter um filho. Ele sabia que seu companheiro mudaria sua mente. A ereção
de Gabby de manhã, tarde e noite, dizia que seu pau teria a chance de
mergulhar de volta em seu verdadeiro Abóbora em breve.

Dagon puxou sua moto na unidade de cascalho, atingido pelo desejo


de correr para o banheiro e bater punheta pela quinta vez. Taylor puxou os
ombros, desmontando da moto. Seu pau deslizou através do jeans pelas
costas de Dagon, fazendo o pau dele saltar e implorar por mais atenção.
Ele estava convencido de que Taylor ia fazer-lhe bater o recorde
mundial de maior número de sessões de masturbação em um dia.
— Vamos entrar. — Dagon falou com uma voz sufocada, pela
excitação.
O diabinho sorriu para ele, Taylor sabia o que ele estava fazendo.
Dagon não tinha nenhuma dúvida sobre isso.
Taylor colocou seu capacete sobre o assento da moto, puxou sua
jaqueta de couro e pendurou pelo braço.
— Eu tive um bom tempo, obrigado.
— Eu também. — Depois de mil viagens ao banheiro, e quase ser
pego duas vezes, por pessoas que ouviram seus grunhidos de frustração.
Que dia.
Abrindo a porta da frente e deixando seu companheiro entrar, Dagon
quase teve um ataque cardíaco quando a casa inteira pulou e gritou.
— Surpresa!
Teria sido uma surpresa se esses idiotas não o fizessem perder cem
anos de sua vida.
Todos começaram a cantar “Parabéns pra você”.
Seu companheiro estava sorrindo de orelha a orelha, e agarrou a
mão de Dagon, enquanto ele se aproximava mais perto. Se Taylor teve a
iniciativa de segurar sua mão foi um passo para o progresso. Ele teria que
agradecer aos deuses por hoje à noite.
Esperava.
Talvez.
Se não, ele ia dormir no banheiro... Nu.
Seu companheiro foi carregado pelos outros companheiros. Música
explodiu ao longo da toca. Com tantas pessoas, o excesso tinha
derramado para fora do salão de festas. Law rosnou quando ouviu a
musica alta.
— Eu gosto de bundas grandes e eu não posso mentir, os outros
irmãos não podem negar...
— Você pensa que é esperto, mas você não é! — Josh gritou em
algum lugar.
Dagon gargalhou.
O companheiro de seu irmão tinha uma grande bunda. Graças a
Deus Taylor não tinha herdado. Sua bunda era perfeita, uma pequena
bolha, e não um balão de ar quente.
Ele viu pelo canto do olho Nero e Cecil e os outros dançando.
— Vamos. — Taylor apareceu ao seu lado, puxando o para sala de
corpos suados e dançando. Dagon agarrou Taylor, virou-lhe ao redor, e
puxou sua bunda para sua virilha, Dagon balançou os quadris com a
música.
Bem agite, agite, agite, agite que bunda saudável tem bebê... De
volta...
Ele ficou chocado e satisfeito de que Taylor não só não protestou,
mas ele estava empurrando de volta para Dagon. Por que tem de haver
tantas pessoas? Seu companheiro parecia receptivo agora, e Dagon queria
testar essa teoria.
Porcaria.
Ele se afastou quando viu Melonee fazendo seu caminho em direção
a eles. Pelo visto a grande dança seria reservada para o seu quarto, era o
que esperava. Visões da pele de porcelana fizeram Dagon gemer.
— Eu quero dançar com ele. — Melonee puxou seu companheiro com
ela.
Após mais algumas músicas, e muitos momentos tensos quando
Taylor dançava sedutoramente com ele, todos eles foram para a sala de
jantar para cortar o bolo.
Taylor soprou as velas. Todos aplaudiram, e Dagon aproveitou o
momento para dar um beijo ardente na boca de seu companheiro.
Aplausos, gritos e assobios ecoaram pela sala.
— Feliz aniversário. — Dagon falou contra os lábios entreabertos de
seu companheiro. Sua mão estava no pescoço de Taylor e seu polegar
acariciou a nuca do seu companheiro.
— Hum. — Taylor respondeu.
— Sem sexo na sala. — Keata riu quando Maverick apertou as mãos
sobre as orelhas de Melonee, estreitando os olhos para Keata.
Keata apenas riu e balançou a cabeça para o Alfa.
Dagon esqueceu onde estavam. Tudo o que ele poderia ver foram os
belos olhos verdes, que combinavam com os seus. Taylor estava lá
olhando para Dagon como se quisesse mais, o brilho em seus olhos
lascivos.
— Bolo em primeiro lugar? — Remi perguntou.
A mente de Dagon descongelou, e a sala voltou ao ponto de vista, as
vozes se infiltrando em seus ouvidos.
— Sim, é claro. — Ele sorriu para Taylor, antes de entregar ao seu
companheiro a faca.
— Você tem o primeiro pedaço.
Todos começaram a se servir e havia mesas e parecia que todos
estavam se divertindo.
Pele de Taylor estava corada, e Dagon teve o prazer de vê-lo rindo
praticamente toda a noite.
— Obrigado.
Dagon se virou para ver Josh de pé ao seu lado.
— Por quê?
— Ele nunca teve uma festa de aniversário. Posso dizer que ele está
tendo o melhor dia de sua vida.
— Nem mesmo quando era criança? — Isso foi estranho. Os pais não
fazem sempre festas de aniversário para seus filhos?
Josh balançou a cabeça.
— Minha mãe não acredita nisso.
Dagon sentia por seu companheiro. Perguntou-se, não pela primeira
vez, que tipo de educação Taylor realmente tinha. Ele entrou na cova,
colocando a mão no ombro de Taylor buscando o contato com seu
companheiro, que sorriu para ele.
— Eu estou tendo um bom tempo.
O peito de Dagon apertou naquele sorriso. Ele sabia naquele exato
momento em que ele faria qualquer coisa para mantê-lo no rosto de
Taylor. Ele endureceu, agarrando Taylor e empurrando-o atrás de suas
costas conforme o cheiro de naftalina picou seu nariz.
Demônio.

— Vamos. — Dagon puxou Taylor em seu quarto, batendo a porta


fechada. — Eu não sei que pessoa está lá e eu não estou esperando para
descobrir.
Taylor assentiu.
Ele não deu a mínima para qualquer demônio fedorento porque ele
ainda estava encantado com aquele beijo incrível de mais cedo.
— Você está bem? — Dagon perguntou enquanto ele conduziu Taylor
para a cama, sentando-se e, em seguida, puxando Taylor ao lado dele.
Seus braços e coxas tocaram, e Taylor não protestou, querendo Dagon e
questionando a sua sanidade mental, ao mesmo tempo.
Tudo o que sabia era que quando ele estava perto dele, tudo parecia
certo, sentia completo.
— Uh-huh. — Olhos de Taylor foram fixados nos lábios de Dagon,
querendo outro beijo, necessitando, mais do que sua próxima respiração.
Puxou a cabeça de Dagon para baixo, beijando-o como se estivesse
possuído.
Dagon colocou as mãos sobre os ombros de Taylor e empurrou
Taylor de volta.
—Calma cachorrinho. — O lobo pegou seu rosto, e sua boca puxou
para um meio sorriso.
— Não há necessidade de se apressar.
Taylor não conseguia se concentrar. Sua mente estava em uma
névoa de luxúria induzida conforme ele sentou-se assim perto do homem
que o fez questionar sobre tudo.
O cheiro de couro envolveu seus pensamentos e o fez querer coisas
que nunca pensou querer.
— Por favor. — Implorou suavemente, sem saber neste momento o
que ele estava pedindo. Tudo o que sabia era que ele tinha uma dor
profunda dentro dele e queria estar com Dagon.
Por mais de um mês, Dagon tinha ocupado os seus pensamentos
todos os dias, cada sonho seu. Taylor não tinha certeza se era a adrenalina
ou a necessidade que o fazia tão ousado.
Havia uma tempestade de emoções colidindo dentro da Taylor. Uma
necessidade tão forte de estar com Dagon que ele jogou toda a cautela ao
vento e abriu seu jeans, empurrando a mão no fundo como ele tentou
aliviar a dor que sentiu como se seu sangue fosse entrar em ebulição.
— Cachorrinho. — Respiração de Dagon cresceu pesada, e os olhos
grudados na mão de Taylor. Taylor não tinha ideia de onde seu
comportamento arbitrário vindo, mas ele não podia parar, não agora, e
não quando o seu sangue sentia como se estivesse pegando fogo. Ele
puxou seu livre pau, espremendo até que pré-sêmen correu os lados de
seus dedos.
Dagon arrastou-se para trás um pouco, e puxou Taylor para seu colo.
Taylor tirou os sapatos, ouvindo-os bater no chão e tentando fazer o
melhor de si para se livrar de seus jeans. Dagon deslizou sua mão na
cintura, puxando-os para baixo.
Com seu pau totalmente liberado, Taylor corajosamente começou a
acariciar o eixo, incapaz de olhar para seu companheiro, mas incapaz de
sair, ele estava deitado no colo de um homem enquanto ele fez isso
também.
Ele gemeu quando a mão de Dagon juntou-se a sua, o aperto forte
enviando pulsos de necessidade em todo seu corpo.
Sua voz ecoou com um gemido gutural na sala silenciosa, a mão
calejada estava fazendo lento e torturante movimento em seu eixo.
— Dagon. — Taylor não era certo porque ele chamou o nome do
homem, e ele não tinha certeza se conseguiria manter sua sanidade
mental no momento de qualquer jeito.
— Cachorrinho, você tem certeza que está pronto?
Taylor não conseguia pensar agora, muito menos responder a
quaisquer perguntas.
Ele tirou a roupa de Dagon, querendo pele, necessitando ser tocado
no modo mais íntimo.
Dagon assentiu, colocando Taylor na cama e tirando a roupa, puxou
a camisa de Taylor livre para deixá-lo nu.
A respiração de Taylor engatado, e então seu mundo virou do avesso
quando Dagon esfregou seu corpo nu sobre o dele. Ele estendeu as pernas
e afastou-as, a sua virilha em chamas para ser saciado. Sua pele começou
a zumbir com o contato de pele contra pele.
Suas mãos chegaram e pousaram nos ombros de Dagon, e puxou
seu companheiro para baixo de encontro a ele.
Taylor queria lábios, dentes e língua. Dagon deu a Taylor o beijo
mais sedutor que ele jamais tivera. Abriu a boca conforme língua de
Dagon varreu dentro, roubando ar de seus pulmões.
Enrolou suas pernas na cintura de Dagon, tentando moer os seus
paus juntos.
Seus dedos apertaram na carne macia dos ombros de Dagon,
puxando-o para frente e empurrando-o para trás. Taylor estava perdendo
sua mente.
As mãos de Dagon exploraram seu corpo de maneira tão sensual que
Taylor achou que ele iria entrar em chamas.
A sensação do pau do homem contra ele não causou repulsa como
ele pensava que seria. Isso deu ainda mais coragem.
Ele pegou uma das mãos de Dagon e guiou para baixo e para trás.
Os olhos de seu companheiro estavam presos aos seus, com os olhos
questionando como Taylor mordeu o lábio inferior e assentiu.
Taylor assobiou quando um dedo foi inserido nele. Senti-me estranho
e maravilhoso.
— Relaxe, cachorrinho. Vou levar isso tão lento quanto você precisa.

Taylor acenou com a cabeça, tomando uma respiração profunda e


expirando conforme ele relaxava seu músculo e se concentrou nos olhos
verdes gramada de Dagon.
Seus olhos rolaram para trás da cabeça enquanto seu corpo
arqueava para fora da cama quando umas duchas elétricas de proporções
épicas choveram sobre ele. Dagon tinha esfregado sobre algo dentro dele,
e o mundo de Taylor começou a girar.
— Porra, você é lindo. — Dagon sussurrou.
Taylor perdeu o poder da fala. Fragmentos de quem ele era voltaram
conforme ele gozava.
Agarrando-se ao Dagon, envolveu os braços ao redor do pescoço do
seu companheiro, enquanto onda após onda seu sêmen era derramado.
Dagon puxou a mão livre, Taylor ficou tenso quando Dagon agarrou
o lubrificante.
— Olhe em meus olhos, cachorrinho. — Taylor fez, e viu o quão
profundo e escuro o verde tinha se transformado.
— Seu corpo é a minha admiração, seu sorriso mais bonito do que
uma centena de anjos. — À medida que seu companheiro falava, Taylor
sentiu Dagon violar ele.
Foi o mais estranho sentimento que ele já tinha experimentado. Ele
beliscou e queimou, e então lentamente facilitado em algo mais
emocionante da sua vida.
— Oh, Deus. Taylor sentiu o pau de Dagon todo o caminho até os
dedos dos pés. Ele inclinou mais, querendo que Dagon esfregasse esse
ponto novamente.
As mãos de Dagon eram como algemas quando ele agarrou os
pulsos de Taylor e empurrou-os acima de sua cabeça. Ele empurrou mais
forte, puxando para trás lentamente, permitindo que o pau grande
passasse no lugar doce, Taylor não ia sobreviver a isso.
Dagon puxou livre, e Taylor queria bater seus punhos no peito do
seu companheiro. Mas que diabos?
— Vire.
Taylor mudou-se rapidamente, querendo sentir Dagon de volta
dentro dele.
Suas pernas quase cederam quando Dagon mergulhou de volta,
pegou seus quadris, e sacudiu os dentes com a batida em sua bunda.
Taylor puxou os lençóis, rastejando pela cama, precisando escapar
do prazer cego que ameaçava consumi-lo. Dagon o acompanhou enquanto
ele martelou nele, seguindo-o até a cabeceira da cama, onde Taylor parou
sem nenhum lugar para ir.
— Dagon. — Ele gritou.
— Você me aceitar como seu companheiro, Taylor?
Os dedos do Taylor escavados na madeira, apertando sua mandíbula
com os golpes poderosos.
— Sim, Dagon.
Ele caiu para a esquerda quando Dagon mordeu em seu ombro, seu
corpo tremeu enquanto ele gozava pela segunda vez. Taylor puxou a
cabeceira com as mãos, seu corpo endureceu e se desintegrou. Dagon
gritou atrás dele, cobrindo suas costas e beijando onde tinha mordido.
— Você é meu agora. — Declarou Dagon.
A ultima célula ativa do cérebro de Taylor falhando, enquanto ele
acenou com a cabeça e caiu dormindo.
Dagon estava lá segurando Taylor como seu companheiro dormia,
ainda sentindo a burburinho do que ele só poderia descrever como o
melhor sexo de sua vida. Ele tinha sentido as fitas de suas almas se
entrelaçarem e se fundirem quando reivindicou seu companheiro.
Foi à emoção mais forte que ele já sentiu.
Taylor resmungou e se mexeu, Dagon passou a mão através do
cabelo de seu companheiro. Seu homem estava esgotado. Taylor se
aconchegou a Dagon. Ele sorriu.
Os cabelos na parte de trás do pescoço se arrepiaram, conforme a
sensação de estar sendo observado alertou seus sentidos. Ele examinou a
sala, mas não viu ninguém.
Dagon puxou Taylor mais perto.
Seus instintos nunca estiveram errados antes. Alguém estava aqui.
Ele rosnou baixo, avisando quem quer que fosse que ele estava
ciente de sua presença.
Dagon cobriu seu companheiro quando dois olhos de fogo
apareceram nas sombras do quarto.
Eles o hipnotizaram por um momento, segurando o seu olhar.
Um corpo inteiro saiu do canto escuro, o homem sorrindo de Dagon
enquanto seus olhos baixos para Taylor.
— Eu não vou prejudicá-lo.
Ok, mas o estranho não disse nada sobre a segurança de Dagon,
como se ele precisasse de proteção. Ele mentalmente bufou. Não nesta
vida.
O estranho pôs a mão no peito e deu uma ligeira saudação.
— Eu sou Panahasi, ou se preferir, o líder dos Guerreiros Demônios.
Dagon estava atordoado. Ele cresceu pensando apenas shifters
existiram. Uma vez que ele saiu de casa, ele havia descoberto shifters
tigre, vampiros, fadas, demônios e agora? Homem, como seus pais
estavam errados. Eles não eram as únicas criaturas paranormais.
Dagon mudou e uivou quando dez homens emergiram das sombras
atrás de Panahasi. Ele não era tolo o suficiente para pensar que ele
poderia defender seu companheiro dormindo destes homens.
Havia apenas muitos para ele para derrubar sozinho.
A porta do quarto se abriu. Maverick, Evan, Tank e Tryck se
aproximaram e rodearam sua cama, rosnando em advertência, e avisando
os intrusos para se afastarem, se não seriam atacados por lobos madeira.
Maverick foi o maior de sua raça. Desde o chão até a cabeça, ele
tinha um metro. Do focinho até a ponta de sua cauda era 1.85 de
comprimento, o monstro pesava mais de 150 kg, um animal sem igual.
— Nós não estamos aqui para prejudicar ninguém, mas se você não
mudar de volta, nós vamos nos defender. — Advertiu Panahasi.
Maverick foi o primeiro a voltar à sua forma humana.
— Quem diabos são vocês, e por que diabos esses malucos estão
sempre aparecendo na minha maldita casa?
Um dos homens demônio apontou para Maverick.
— Você é o único que está nu. E sinceramente não nos chamaria de
malucos.
Maverick rosnou e agarrou a calça jeans de Dagon do piso,
empurrando suas pernas enormes para nelas. Dagon mentalmente sorria
as calças não passou dos tornozelos do Alfa.
O homem era muito maldito alto para colocar calças de outra
pessoa. Foi difícil levá-lo a sério, vendo-o assim.
— Agora me diga. — Maverick ordenou.
Panahasi estava tendo um tempo duro para não sorrir, Dagon podia
ver os lados de sua boca puxando e puxando.
— Eu vou esperar enquanto você buscar suas próprias roupas. — Ele
riu.
— Cody! — Maverick gritou. Segundos depois, o sentinela apareceu,
enrolando seus lábios e curvando-se no comando do Alfa, e em seguida
correu para pegar algum jeans.
Maverick pegou a calça que Cody trouxe para ele momentos depois,
tirando a de Dagon e em seguida, colocando a sua, olhando para Panahasi
o tempo todo.
Dagon olhou para baixo para ver Taylor olhando para ele. Medo
brilhava em seus olhos. Ele se inclinou para baixo e lambeu o lado do rosto
de Taylor, aconchegou em seu pescoço antes de olhar para trás até aos
intrusos.
— Meu nome é Panahasi. Eu sou o líder dos Guerreiros Demônios.
Ele se acasalou, alertando-nos da sua presença. — Panahasi apontou para
Taylor.
Dagon curvou rosnou suavemente para os demônios.
— E por que o seu acasalamento os alertou? — Maverick perguntou.
— Porque ele é metade demônio.

Capítulo Quatro

Maverick estava atordoado, mas escondeu-o dos homens em pé no


quarto de Dagon. Os sentinelas cercavam, e todos armaram suas cabeça
para o lado como Panahasi continuou.
— A mulher, ou demônio como ela é, que o está caçando é sua
verdadeira mãe. — Maverick olhou para Taylor quando o jovem gritou.
— Não!
— Ela quer que ele volte e vai fazer de tudo para obtê-lo. É nosso
trabalho pará-la. — Um homem de pele escura se aproximou.
— Eu sou Donnchadh, mas me chamam de Donny.
— Bem, Donny, podemos cuidar dos nossos. — Maverick apontou
para os demônios. — Nós não precisamos de nenhuma ajuda externa.
— Você poderá reconsiderar uma vez que ela apareça e seus
companheiros comecem a desaparecer. Ela vai atacar seus guerreiros e
levá-los ao mesmo tempo. — Advertiu Panahasi. — Pense nisso antes de
seu ego o dominar você.
— Você me lembra de alguém de quem eu realmente não gosto. —
Maverick olhou para Tryck.
— E eu aqui pensando que tínhamos uma ligação. — Disse Tryck
como uma sobrancelha arqueada e ele revirou os ombros. — Então, como
vamos matá-la?

Ok, ele não ia entrar em pânico. Seu irmão era agora um vampiro e
sua mãe era um demônio? Que porra estava acontecendo neste mundo
louco em que vivia?
Ele não era um demônio, nem mesmo a metade. Taylor agarrou a
pele de Dagon, precisando de uma âncora conforme ele sentiu sua visão
ficar turva e ele ficou tonto.
Isto era algo maldito para tomar aos poucos, e seu irmão mais velho
Brad? Ele era humano, e Josh foi assim, antes o que aconteceu com ele,
Taylor ainda iria questionar seu irmão, porque ele é um demônio e eles
não foram?
Todos eles foram criados pela mesma mulher. Taylor observava
enquanto Josh arrastou para o quarto, deslizou por trás do Sentinela, e
correu para sua cama. Ele puxou o lençol até o peito.
Ele estava nu pronto para sair chorando, será que ninguém
percebeu?
Ele não tinha sequer começado a processar o fato de que ele dormiu
com um homem, quando tudo isso foi colocado em seus pés, será que ele
não podia ter um pouco de tranquilidade?
Ninguém prestou atenção ao fato de que um lobo estava sobre ele,
apenas um lençol cobrindo sua forma nua. Todos eles devem saber que ele
dormiu com um homem, mas ninguém disse nada.
Era como se eles viram esse tipo de coisa o tempo todo, bem ele
não, e estava nervoso.
Ele queria seu tempo para surtar, e ninguém estava dando a ele.
— Eles dizem que eu sou um demônio. — Disse para Josh, ignorando
todos os outros na sala.
Se eles se concentrassem em seu irmão.
— Eu sei.
— Você sabia?
— Não. — Josh balançou a cabeça. — Eu sei por que eu ouvi-los.
— Como?
Essa foi à grande questão que ele tinha. Como diabos eles não
sabem? Seus dedos se aprofundavam em pele do Dagon, sentindo a
histeria se aproximar à medida que ele pensava sobre tudo isso.
— Sei lá. — Josh deu de ombros.
— Eu posso? — Panahasi deu um passo em direção a Taylor, e os
lobos rosnaram.
Dagon foi o mais alto, mais profundo e mais assustador.
— Gostaria de aconselhar para não fazer isso. — Maverick apontou
para Dagon.
— Seu companheiro morreria para protegê-lo, e nós faríamos o
mesmo para proteger ambos. — Panahasi assentiu e deu um passo atrás.
— Eu respeito o vínculo.
Ele virou-se para Taylor.
— Você e seus irmãos são jovens demais para lembrar, mas seu pai
era solteiro com Brad e Josh. Ele conheceu sua mãe e namorou com ela.
— E plantou sua semente? — Ele poderia soar mais grave? Taylor
estremeceu. Pensar em seus pais tendo relações sexuais era nojento.
Pensar nessa coisa como sua mãe era ainda mais nojento.
— Ela não vai parar até que sua prole ser devolvida para ela. Apesar
de mal como ela é, seu lado maternal é forçá-la a caçá-lo.
Taylor lutou com o fato de que ela era sua mãe. A mãe que cresceu
com ele não foi sempre carinhosa. Ela o amava, e ele a amou.
— Eu não posso deixar você matá-la.
— Então ela vai ser contida. — Panahasi olhou para ele com olhos
simpáticos, fazendo com que Taylor se perguntasse como um demônio
poderia ser compreensivo.
— Eu preciso ficar sozinho, deixem-me. — Taylor disse com raiva.
— Meu escritório. — Maverick levou a tribo de demônios de seu
quarto, e Josh beijou seu rosto antes de sair também.
Dagon voltou a forma humana assim que o quarto estava vazio e a
porta fechada.
— Você está bem?
— Eu pareço bem? Eu só tive relações sexuais com um homem, meu
irmão é um vampiro, minha mãe é um demônio, e eu estou deitado nu
enrolado em um lençol, enquanto todo mundo discute a minha vida. Não,
eu não estou bem.

Merda, seu companheiro estava em pânico. Ele deveria ter ido lento,
e não ceder a Taylor. Ele sabia que Taylor era ainda hesitante, mas com
seu companheiro exibindo-se na frente dele, foi mais do que Dagon podia
suportar.
Muito tarde, agora tudo o que podia fazer era lidar com as
consequências. Dagon puxou Taylor em seus braços, seu companheiro
lutou para se libertar. Não foi apenas o sexo. A notícia dada de que ele era
meio demônio, e que sua mãe estava fora para recuperá-lo, teve seu peso
sobre Taylor.
— Calmo cachorrinho. — Dagon o abraçou apertado quando Taylor
parou de lutar e começou a chorar em seus braços. — Nós vamos lidar
com isso juntos. — As lágrimas de seu companheiro eram a sua ruína.
Doeu o coração ver seu companheiro com dor.
Taylor agarrou Dagon com um aperto de morte. Seu corpo magro
tremeu com soluços, as lágrimas lavando o que ele estava sentindo por
dentro.
Dagon abraçou ainda mais apertado seu companheiro, balançando-o
para frente e para trás, desejando que ele pudesse apagar tudo isso e
levá-los de volta há uma hora, quando Taylor recebeu o seu toque, e a
felicidade de seu homem, em amá-lo livremente sem nada em troca.
Ele não estava desistindo de seu companheiro. Se Taylor precisava
de tempo, ele daria.
Embora, depois de conhecer o corpo de seu companheiro do jeito
que ele fez agora, seria angustiante vê-lo e não tocá-lo.
O corpo de Taylor o acolheu e lhe deu o mais puro prazer. Se
somente na mente de Taylor sentisse o mesmo.

Dagon pôs os lábios na parte superior da cabeça de seu


companheiro, inalando o aroma de brisa e jasmim, seu pau ameaçou vir à
vida. Este não é o momento para isso. Dagon lutou contra o impulso,
sabendo Taylor estava muito angustiado para ir para outra rodada. Este
era o momento em que Taylor precisava dele.
Suas necessidades teriam que assumir uma posição de lado até que
seu companheiro estivesse bem.
O coração de Dagon quebrou quando seu companheiro falou com
uma pitada de lágrimas em sua voz.
— Eu não posso parar de amar você. — Ele parecia tão desesperado.
— Você acha que é errado para os homens amar uns aos outros,
cachorrinho? Isso é o amor. O que poderia ser errado com isso? Não
importa o que as pessoas dizem, apenas o que as pessoas envolvidas
sentem um pelo outro.
— Eu fui ensinado que é errado. Minha mãe me marcou com esses
ensinamentos.
Dagon se afastou, olhando para Taylor.
— E o que dizer de Josh?
Taylor baixou os olhos enquanto ele falava.
— Ele é diferente. Eu o amo não importa quem ele é.
— Então por que você não pode amar a si mesmo, não importando
quem você quiser ser? — Foi um ponto válido, e ele esperava que seu
companheiro considerasse.
Taylor mordeu o lábio inferior, olhando para Dagon e depois de volta
para baixo, seu semblante assumindo um olhar concentrado.
— Eu posso te querer?
Dagon riu.
— Sim, você pode me querer. Você pode me querer dia e noite e eu
nunca vou ter o suficiente.
— Podemos...
Dagon rolou Taylor debaixo dele, não deixando que seu companheiro
pensasse muito e criasse incertezas. Ele empurrou seu pau de novo em
Taylor, sua abertura ainda estava esticada a partir da reivindicação
anterior. O corpo de seu companheiro aceitou-o, levando-o avidamente.
Se Taylor estava aceitando isso, então ele iria mostrar a seu
companheiro que o amor entre duas pessoas do mesmo gênero pode ser
melhor ainda.
— Dagon, me faz voar. — Taylor implorou.
Dagon jogou o lençol fora do caminho do corpo de seu companheiro
e jogou as pernas de Taylor sobre seus braços, agarrando seus quadris e
puxando seu companheiro para baixo em seu pênis.
Taylor arquejou com cada movimento, pegando e puxando seu
cabelo.
Dagon mergulhou para baixo e sufocou a boca de seu companheiro
com a sua. Ele tateou entre eles, passando a mão entre sua ereção e a
entrada de Taylor.
Ele espalhou a perna direita de Taylor, empurrando a esquerda para
cima e sobre a cabeça de seu companheiro.
Ele não conseguia chegar a uma profundidade suficiente, longe o
suficiente no traseiro apertado para parar a fervura do seu sangue latino.
Taylor o levou a loucura, e ele amou cada minuto do passeio.
Dagon jogou pesado na bunda de Taylor, seu companheiro puxou seu
cabelo como rédeas em suas mãos. Taylor inclinou a bunda mais alto,
implorando para Dagon foder ele. As mãos de Dagon voaram, pegando a
cabeceira da cama para alavanca conforme ele fodia Taylor, ao ponto de
seu companheiro balançar a cama.
A pele em torno de seu pau esticou a cada estocada que Dagon
estava dando. Dagon assistiu em fascinação absoluta os dedos de Taylor
deslizando sobre o pau de Dagon enquanto ele bateu no buraco de Taylor.
Seus olhos estavam fechados para aqueles dedos ágeis, incapaz de
fazê-los. O formigamento na espinha sinalizou seu orgasmo iminente, mas
Dagon não queria vir, ainda não.
Não quando seu companheiro foi totalmente aberto para ele. Ele
lutou por controle, uma luta que ele podia perder se continuasse assistindo
o jogo erótico. Fechou os olhos para apenas sentir em vez de ver. Dagon
não tinha certeza de que foi uma opção melhor, a medida que seus
sentidos aguçaram uma vez que a sua visão sumiu.
— Estou gozando. — Taylor gritou para os céus, puxando a mão à
distância, e Dagon abriu os olhos. Taylor entrelaçou os dedos com os de
Dagon, empurrando duro quando seu sêmen começou a entrar em
erupção entre eles, pintando ambos com tiras brancas.
Dagon soltou-se, permitindo que o controle escapasse quando ele
gozou duro na bunda de seu companheiro. Ele rugiu, sentindo o seu corpo
tremer.
Os braços de Taylor caíram para a cama, um grande sorriso em seu
rosto bonito.
— Eu acho que te amo.
Dagon sorriu, caindo para o lado dele e abraçando seu companheiro.

— Estou feliz por ouvir isso.

Taylor lentamente desceu a escada em caracol, a sua parte inferior


protestando contra qualquer movimento que ele fez agora. O sexo foi fora
do normal, mas o deixou dolorido em sua parte inferior.
Você é uma abominação! Taylor empurrou a voz da sua mãe atrás de
sua mente. Ele não ia para lá.
Com sua mãe homofobia colocando ideias erradas na sua cabeça
sobre os gays por anos, ele não poderia simplesmente tirar fora de sua
cabeça.
Esses pensamentos estavam vindo com mais frequência agora, toda
vez que ele olhou para Dagon e sentiu a profundo sentimento para o
homem.
A toca estava animada, os outros companheiros jogando vídeo game
ou sinuca. Alguns dos guerreiros estavam ali também, provavelmente,
guardando-os e usando a mesa de sinuca como uma desculpa.
Ele odiava o fato de que essas pessoas tinham que estar em guarda
em sua própria casa por causa dele e sua mãe, a culpa comeu ele por
causa disso.
Taylor olhou ao redor, perguntando-se por que estava escuro aqui,
ele podia jurar que era de manhã e então viu as cortinas sendo fechadas.
Seu irmão Josh estava sentado em um dos dois sofás de camurça
envolvidos em uma conversa com alguns companheiros. Ele se aproximou
ao lado do Murphy quando ele tomou um assento.
— Então, explique-se. — Ele apontou para a boca de seu irmão.
— Depois que deixei mamãe e você. — Disse ele, e ambos
estremeceram ao mesmo tempo. — Eu fui para casa. E fui atacado, mas
ainda não sei por quem. O príncipe dos vampiros salvou minha vida,
transformando-me. Então agora eu sugo sangue. — Josh fez um som de
sugar no ouvido de Taylor.
— Então, porque essa mulher demônio me fez voltar para casa, você
quase morreu? — Taylor perguntou, irritado.
Ele adorava Josh. Ninguém poderia pedir um irmão mais velho
melhor, e ele quase morreu? Seu coração apertou com o pensamento de
não ter Josh ao redor. O mundo não seria o mesmo sem ele. Emoções
conflitantes giraram dentro dele, ele odiava sua mãe por tudo isso, mas
ainda amava ela. Ele a odiava por seu irmão quase morrer, mas ainda a
amava.
— Na verdade não. Se eu não tivesse o levado para casa, você
provavelmente teria sido atacado também. — Josh apontou enquanto ele
se inclinou para frente e olhou para Taylor. Olhos de seu irmão foram
gentis, compassivos, algo que ele não estava no momento.
— Não, nós teríamos estado seguros aqui. — Ele respondeu
amargamente.
A mulher demônio estava causando apenas problemas, e naquele
momento Taylor não se importava com o que Panahasi ou qualquer
daqueles homens demônio fizesse com dela. Ele sabia que ele estava
pensando com suas emoções, mas Josh era uma parte de sua vida, e
Taylor nunca queria que isso mudasse.
— Relaxe, um pouco irmão. — Josh se inclinou mais perto. — Fazer
sexo com Law é muito mais interessante. — Ele balançou as sobrancelhas.

— Eca. — Taylor não queria pensar Josh e Law tendo relações


sexuais.
Pensar em pessoas da sua família fazendo sexo era... eca.
Taylor percebeu os outros companheiros olhando para ele. Será que
ele estava diferente agora que ele era gay? Eles poderiam dizer que ele
dançou tango com Dagon? Ele se mexeu na cadeira, desconfortável com a
ideia de que eles provavelmente sabiam.
Mesmo que cada um deles fosse gay, ele ainda se sentia
envergonhado.
Desculpando-se, Taylor foi para entrada, Dagon apareceu antes que
ele pudesse fazer uma saída apressada. Ele passou por ele e desceu um
dos corredores, olhando para trás para se certificar de que ele estava
sozinho.
Por que não podia aceitar como se sentia sobre Dagon?
Ele estava realmente começando a se apaixonar pelo cara, e isso
assustou o inferno fora dele. Dagon tinha dito que estava tudo bem dois
homens se amarem, mas a ideia ainda não entrou direito em Taylor.
Ele não foi como Josh, então ele não estava indo desfilar com roupas
extremamente curtas e tops.
Ele era um homem.
Taylor enfiou as mãos nos bolsos da frente, tentando
desesperadamente descobrir as coisas. Ele nunca pensou em homem ou
mulher, embora sua primeira experiência fosse com uma garota.
Ele odiava o fato de que sua mãe colocou ideias anti-gay nele. Se ela
não tivesse, talvez ele não estivesse tomando tudo tão difícil.
Taylor se sentia mal, passando por Dagon sem dizer uma única
palavra. O cara estava tentando fazer o melhor, e Taylor não estava sendo
justo com ele.
Ele queria contar ao seu companheiro como se sentia, mas falar
sobre seus sentimentos era tão feminino. Era como se ele estivesse
passando por períodos quentes e frios, quando se tratava de seus
sentimentos pelo o guerreiro.
— Você não deveria estar vagando aqui sozinho.
Taylor olhou para cima e viu o guerreiro Ludo caminhando em
direção a ele.
O cara era intimidante como o inferno, embora ele usasse um
cavanhaque legal.
— Eu precisava ficar sozinho.
— Então eu vou acompanhá-lo à distância. Está bem? — Taylor
assentiu.
Não era como se o homem estivesse ao lado dele. Ludo ficou atrás
dele e deu-lhe o espaço necessário para limpar a sua desorganizada
cabeça. Ele olhou para trás, pensando consigo mesmo que Ludo era gay e
ele não escondia o fato quando estava próximo de seu companheiro
Murphy. De fato, suas mãos ficavam coladas no seu companheiro.
Por que não poderia ter essa confiança, essa atitude de “Eu não me
importo com o que os outros pensem de mim”? Talvez ele estivesse
analisando excessivamente sua nova identidade.
Era uma nova identidade, certo? Taylor estava ainda mais confuso
agora. Quem era ele?
Ele ficou agitado e irritado quando não conseguiu descobrir.
Por que ele tem que ser um companheiro? Por que não poderia ter
sua própria identidade em vez de ser companheiro de Dagon?
— Eu não sou a puta do Dagon. — Ele gritou para as fotos
penduradas na parede como se estivessem olhando para ele
acusadoramente.
— Eu sou Taylor Tate!
Oh não, ele podia sentir isso vindo a todo vapor, mas não poderia
saltar dos trilhos.
A crise nervosa, ou ataque de ansiedade, o que quer que fosse
chamado, estava chegando para ele com força total, após tudo o que tinha
acontecido nesses poucos dias.
Seu cérebro não poderia processar. Foi um turbilhão de emoções e
Taylor estava prestes a vomitar tudo isso para fora.
— Eu sou um homem, não uma menina! — Gritou uma vez mais a
imagem de dois lobos uivando juntos, usando-os como seu alvo de
agressão.
— Eu nunca gostei de homens antes, e não sei por que faço agora.
Isto é loucura. Minha vida era chata, mas era uma vida humana antes de
tudo isso. Eu quero de volta!
Ele deu um passo em direção à imagem e apontou para ela.
— Eu não quero ser a puta de Dagon. Eu quero ser meu próprio
dono. O que é tão difícil entender sobre isso? E por que diabos eu tenho
que ser parte demônio? Eu era um ser humano normal, e eu não quero
ser outra coisa senão isso!
Taylor bateu o quadro da parede, gritando a sua frustração, uma vez
que caiu no chão. Ele chutou e viu voando em direção ao salão.
— Foda-se, foda-se porra. Não, não, não!
Dois braços grandes circularam em torno dele, puxando-o perto de
um amplo peito. Dagon silenciou-o conforme eles foram para quarto.
Taylor esmurrou o peito de Dagon e seu companheiro não disse uma
palavra.
— Por quê? Por que o destino me escolheu? — Dagon balançou a
cabeça.
— Eu não sei cachorrinho. — Taylor inclinou-se para o guerreiro, sua
energia deixando-o depois de usar tanto em seu desabafo. Ele queria
voltar para o caminho que costumava ser. No entanto, ele não queria que
Dagon deixasse sua vida. Taylor não sabia o que pensar ou fazer, ele
deixou seu cérebro desligar e não pensou em nada.
— Eu sou Taylor Tate. — Ele sussurrou enquanto ele fechou os olhos.

Dagon tinha seguido a trás de Taylor, ficando para trás, permitindo


que seu companheiro tivesse o tempo que precisava, e ainda mantendo-o
a salvo de estar sozinho. Ele viu Ludo ficar para trás e sacudiu a cabeça
para o lado para dizer a Ludo que podia ir porque ele ia ser o único a
pegar Taylor quando ele caísse. E seu companheiro caiu duro.
Ele havia notado algumas cabeças olhando em torno do canto e
depois desaparecer. Quem não ficaria curioso com todo o ruído Taylor que
fez? Mas pelo menos eles tinham respeito suficiente por seu homem para
dar-lhe sua privacidade enquanto ele desmoronou.
— Quem sou eu, Dagon? Porque eu não sei, e eu me sinto tão
perdido. —Taylor murmurou no peito de Dagon.
— Eu não posso responder isso para você, cachorrinho. Você tem
que descobrir quem você é, e chegar a um acordo com esse
conhecimento. — Tão mal como Dagon queria dizer a Taylor que ele era
um companheiro agora e metade demônio, não ajudaria o homem a
aceitá-lo até que sua mente fez.
— Eu quero voltar ao meu apartamento e fingir que nada disso
jamais aconteceu. — Dagon sentiu o coração sendo rasgado. Se Taylor
desejava isso, consequentemente, que ele desejava nunca ter conhecido
Dagon. Ele manteve a dor sob controle, sabendo que seu companheiro
estava apenas trabalhando as coisas na sua cabeça, mas doeu como uma
cadela. Ele pegou Taylor e carregou-o para o quarto, deitando-lhe na cama
e em seguida deitou atrás dele, puxando seu companheiro mais perto.
— Você se arrepende do acasalamento comigo? —Ele sabia que era
uma questão egoísta considerando o que Taylor estava passando, mas ele
precisava saber.
— Não.
Ok, se Taylor não lamentava a reivindicação, então eles poderiam
trabalhar qualquer coisa. Enquanto seu companheiro quisesse estar com
ele, eles passariam por qualquer coisa.
— Então por que é tão difícil que você aceite o que temos? —
Perguntou ele no próximo do ouvido de seu companheiro.
— Essa é uma das coisas que eu estou tentando descobrir. — Taylor
chegou à mão e enxugou os olhos. — Eu não quero que você me deixe,
mas estou com medo.
— Dê-me tempo. Deixe-me mostrar-lhe que não há problema em
ser quem você está se esforçando para esconder. — Dagon afastou o
cabelo de seu companheiro, beijando sua têmpora, em seguida, descansou
seu rosto sobre a cabeça de Taylor.
— Eu não quero você, mas eu quero você. Isso faz sentido?
— Sim. Gostaria de dar um passeio na floresta? Um pouco de ar
fresco pode ajudar a clarear sua mente.
— Podemos ir para um passeio de moto em vez disso?
— Eu prefiro que você use o meu corpo do que a minha moto.
— Mas a sua moto é tão doce. — Taylor riu e enxugou seus olhos
novamente.
— Obrigado, moleque. — Dagon fez cócegas em Taylor e ele se
contorceu, escapou e correu dos dedos de Dagon.
— Tio. — Ele gritou.
— Você vai ver quem é tio. Vamos embora.

Tamera viu seu filho sair da casa com o shifter. Mesmo se fosse a
última coisa que ela fizesse, ela iria matar o lobo por reivindicar seu filho.
Era uma abominação dois homens ficarem juntos, e ele pagaria por
transformar sua prole em gay.
Ela não se importava com Josh ou Brad, eles não eram dela. Mas
Taylor sim.
Se ele lutasse com ela sobre isso, ela iria matá-lo, também.
Droga essa coisa de instinto materno estava em seu sistema, não
estava em sua natureza, e talvez liquidar o moleque iria livrá-la disso.
Hmm, não era uma má ideia

Capítulo Cinco

— Eu acho que Taylor tem necessidade de intervenção. — Cecil


esfregou a mão sobre queixo.
— Ele não vai aceitar que ele é gay, e está se destruindo.
— Oh, não. Eu não estou levando vocês em qualquer lugar. Maverick
arrancaria minha pele e minhas orelhas. — Carter ergueu as mãos, com as
palmas para fora, enquanto ele acenou. — Arrume alguém para fazer seu
trabalho sujo.
— Medroso? —Cecil desafiou-o.
— Em todos os ossos do meu corpo. — O elfo declarou
orgulhosamente.
—Excelente. — Cecil olhou para toca.
— George, tem outro companheiro escondido no armário, preciso de
sua ajuda.
— Você está falando sobre Taylor? — George passeou, retirando o
Stetson1 e coçando a cabeça.
— Como você quer lidar com isso?
— Outro clube de strip deve ajudá-lo.
George balançou a cabeça, os olhos estreitando a Cecil.
— Você esqueceu seu pequeno problema? Sua mãe quer recolocar o
cordão umbilical em volta em seu pescoço ....
Cecil estalou os dedos juntos, ele teve a maior ideia que veio a
mente.
— Panahasi.
— Deixe-me ver se entendi. Você quer ter um demônio com a gente
para impedir um demônio de tomar o filho dela? — George perguntou com
espanto.
— Algo de errado com essa ideia?
George sorriu largamente para ele.
1
O “Stetson”, primeiro chapéu western, nasceu em 1860, e tornou-se um ícone dos caubóis,
fazendo um enorme sucesso até hoje. O modelo que possui uma aba larga e um “Topo ou coroa”
alta para capturar o ar sobre a cabeça.
— Nenhuma coisa.
— Como podemos chamá-lo? — Nero perguntou quando ele andou
até ao grupo secreto dos companheiros.
— Gritando o nome dele? — Tangee sugeriu.
— Nah, eu acho que sei. — Cecil liderou o grupo de companheiros
para a biblioteca e fechou as portas, fechando as cortinas pesadas, e
depois virou para eles.
— Tem que ser escuro, de acordo com Maverick. Eles saem das
sombras.
— Parece história de terror. — Keata choramingou.
— Não, apenas estranho como o inferno. Pronto? — Ele olhou o
medo em suas faces.
— Oh, vamos lá. Eu sou o único que tem medo do escuro.
— O que vamos fazer? — Kyoshi perguntou.
— Panahasi. — Disse Cecil o nome e esperou. Chamando-o como
eles faziam quando eles queriam Carter deve funcionar como Tangee
sugeriu.
Eles só precisavam de alguma escuridão.
Todos eles saltaram quando olhos em chamas apareceram do lado da
estante, e depois apareceu um corpo maciço. Cecil olhou para trás do
demônio, tentando avistar algum tipo de porta de entrada para outro
mundo, mas seus olhos só viram o que eles deveriam ter visto, uma
alcova escura, nada mais.
Cecil tinha ouvido Maverick contando os guerreiros sobre o demônio,
mas ele nunca disse como o cara era sobrenatural. O cara tinha uma
massa corporal que era algo incrível. Ele era enorme, mais do que o Alfa
da matilha do Leste.
— Acho que você exige um público? — A voz do homem foi atada
com sarcasmo e um toque de irritação.
Cecil endireitou os ombros.
— Sim, você é a babá de Taylor?
O reflexo das chamas nos olhos do demônio elevou-se mais.
— Eu não sou uma babá.
— Qualquer que seja, queremos soltar Taylor e pensei que talvez
você pudesse vir junto para manter um olho nas coisas. Tem algum
problema com isso?
— Depende. Aonde você vai soltá-lo? — O líder encostou-se à mesa
e cruzou os tornozelos.
Cecil pensou que com certeza a mesa ia ceder, com a pressão.
— Um clube de strip.
Panahasi gargalhou, o que assustou como o diabo a todos. Ele soou
mais maníaco do que hilário.
— Brincadeira de criança, eu tenho um lugar melhor em mente. —
Disse ele após o riso psicótico.
Cecil não gostou do som disso, a julgar pela aparência com que o
cara falou.
— Como eu sei que você não está enganando-nos, em um esforço
para sequestrar o grupo?
— Que diabos eu quero com um grupo de seres humanos chorões?
Estou fazendo um favor, e não o contrário. — Panahasi levantou-se e
olhou para eles.
— Ótimo, então temos um acordo. Eu te ligo quando Taylor retornar
de sua viagem com Dagon.
O rosto do demônio contraiu-se com raiva.
— Ele deixou a cova?
— Duh, é isso que eu acabei de dizer. — Os lábios de Cecil se
contraíram como ele lutou com a vontade de rir.

O homem se virou nos calcanhares e volta para as sombras, sem


nenhuma outra palavra falada.
— Isso quer dizer que sim? — Blair perguntou.
— Quem sabe. — Cecil afirmou categoricamente. Não tinha saído à
maneira que ele pensou que seria. Agora tudo o que podiam fazer era
esperar pelo retorno de Taylor.

Taylor inclinou a cabeça para trás, abrindo a viseira do capacete


enquanto Dagon dirigia a moto, curtindo o sol no rosto, se sentindo mal
por que Josh nunca teria essa experiência novamente.
Seu irmão havia amado estar no sol.
— Fecha. — A voz de Dagon veio do fone de ouvido.
Como é que o cara soube?
— Eu tenho a audição excepcional. — Dagon respondeu ao
pensamento de Taylor.
Taylor abaixou a viseira no lugar, fez uma careta em protesto. Ele
queria cruzar seus braços sobre o peito, mas temia fazer isso nesta
velocidade.
Quando Dagon lhe deu a sua primeira viagem semanas atrás, o
homem tinha dirigido 120 km por hora. Agora que ele sabia que Taylor
gostava de velocidade, ele estava dirigindo no limite de velocidade
permitido. Taylor tinha um sentimento que o homem preferia pilotar mais
rápido.
Eles foram até uma pequena padaria cerca de trinta quilômetros da
casa. Os cheiros provenientes da loja tinham encharcado a boca de Taylor.
O cheiro de pão fresco assado e canela encheram o ar. Seu estômago
roncou no aroma.
Taylor foi feliz em tirar a jaqueta de couro, o calor do dia estava
tornando-se demais para seus braços. Sua pele sentiu-se vários graus
mais fria uma vez que ele deixou a jaqueta escapar de seus braços e
colocou-a sobre a moto. Ele removeu o capacete ao lado, sugando o ar
fresco. O suor escorria das têmporas.
Taylor puxou a bainha de sua camisa para cima e limpou o suor.
— Eu amo pão fresco assado. — Dagon disse quando ele segurou a
porta aberta para Taylor.
— É a melhor coisa para comer.
Conversa fiada, ele poderia lidar com isso.
— Ainda melhor com manteiga.
— Agora você está falando minha língua.
Taylor seguiu Dagon para o balcão, olhando para todas as coisas
deliciosas expostas no balcão. Moveu-se para baixo e olhou os que tinham
queijo.
— E comê-lo com queijo, hum.
Dagon sorriu.
— Eu acho que nós encontramos algo em comum.
Taylor pegou duas garrafas de refrigerante e cubos de queijo.
Dagon comprou uma fatia de pão fresco assado e um pequeno tubo
de manteiga.
Eles carregavam sua comida e bebida para um pequeno parque que
dava para um lago. Taylor chutou os pés em cima da bancada, apreciando
a visão pitoresca. Dagon alimentou-o com cubos de queijo e fatias
pequenas de pão com manteiga enquanto Taylor deitava sua cabeça no
colo de Dagon, testando sua bravura em um lugar tão público.
Ele respirou fundo e relaxou, tentando não ser muito inquieto.

Dagon ficou espantado quando seu companheiro deitou a cabeça em


sua coxa, seus pés firmemente plantados no banco circular de madeira.
Ele não estava reclamando, não em tudo.
Ele passou um pedaço de queijo nos lábios de Taylor, uma vez que
seu companheiro abriu para ele.
— Um bom dia para relaxar. — Ele comentou sem nenhuma razão
em particular.
Taylor acenou com a cabeça enquanto mastigava e depois engolia,
Dagon observou com interesse a maneira como os músculos da garganta
de seu companheiro funcionaram.
— É pacífico aqui. — Os dedos de Taylor agarraram-se à garrafa de
refrigerante, torcendo suas mãos ao redor dela. Dagon passou o polegar
suavemente sobre a bochecha de seu companheiro, amando o modo como
a pele era tão macia sob seu toque.
Sua mão se moveu mais para baixo, repousando no pescoço de
Taylor enquanto seu companheiro mastigava, sentindo o alongamento dos
tendões. Porra, ele estava ficando duro.
De alguma forma, seu companheiro percebeu isso porque sua
cabeça virou e ele olhou para a protuberância nas calças de brim de Dagon
e depois para ele. Ele visivelmente engoliu em seco, e depois lambeu os
lábios.
— Eu gostaria de tentar. — Puta merda, essas palavras quase
fizeram Dagon gozar em seu jeans. Ele olhou em volta, vendo um campo
aberto e grama alta. Sua mente ficou desesperada pensando em um
lugar.
— Siga-me. — Ele levantou-se do banco, levando-se para a grama
alta e colocando seu companheiro para baixo. Dagon baixou seu jeans,
preparando as coisas apenas no caso de Taylor querer.
Taylor rolou para o lado dele, puxando os ombros de Dagon,
enquanto ele inclinou-se e começou a beijá-lo. Dagon pegou seu rosto,
inclinou sua boca para tirar o máximo proveito daqueles lábios deliciosos.
Ele tomou um gole e beliscou, mergulhando a língua neles para um
gosto do paraíso. Seu companheiro gemeu, quando ele enfiou as mãos nas
calças jeans de Dagon e pescou seu pau, ele quase gozou. Um silvo deixou
os lábios de Taylor, que deslizou para baixo em seu corpo e olhou para seu
pau.
— Eu...
— Tudo o que você estiver confortável. Basta parar de me torturar.
Dedos de Dagon enrolaram dentro de suas botas, quando finalmente
os lábios de Taylor cobriram seu eixo.
Ele puxou suas mãos para trás da cabeça em um esforço para não
pegar a cabeça de seu companheiro e enfiar o pau até sua garganta.
Taylor explorou no início, dando lambidas pequenas e apertando seu
eixo bastante difícil.
— Você já teve o seu pau sugado, certo?
Taylor corou profundamente.
— Uma vez.
— Faça o que você gostaria que tivessem feito com você. Agora por
favor, faça antes que eu exploda. — Dagon estava perdendo sua mente.
Ele teve que respirar para controlar o sentimento crescente na suas bolas.
Taylor abriu a boca, tendo alguns centímetros de Dagon. Ele
rapidamente pegou a base, parando seu companheiro de tomar em
demasiado e asfixiar.
Ele bombeou-o lentamente enquanto Taylor lambeu ao redor de seu
eixo, balançando a cabeça em um esforço sincero para agradar a Dagon.
Sua outra mão desceu e acariciou a nuca de Taylor, a língua de seu
companheiro estava em torno da cabeça de seu pênis, lambendo o pré-
sêmen que estava fluindo.
— É uma sensação boa. — Ele encorajou.
Dagon colocou a mão na garganta Taylor, sentindo os músculos
trabalhar com um exercício diferente, um exercício que ele tinha acabado
de ter fantasiando. Taylor empurrou de joelhos, plantando suas mãos
sobre as coxas de Dagon, e balançou a cabeça mais rápido.
Parecia que mil picadas de agulha correram para cima de sua
espinha conforme suas bolas se aproximaram do seu corpo.
— Estou chegando. —Alertou Dagon, sacudindo seu pau mais rápido.

Taylor fez a coisa mais incrível, ele puxou o pau de Dagon e abriu
sua boca quando o sêmen do Dagon disparou, atingindo o seu
companheiro na boca, um pouco pousando em seu queixo. Taylor lambeu
o coroa, lambendo qualquer vestígio do seu sêmen.
Taylor sorriu para Dagon, e limpou seu queixo. Com o sol por trás de
seu companheiro, Dagon nunca tinha visto uma visão mais serena.
Os raios da tarde criaram uma coroa em torno da cabeça de Taylor,
fazendo parecer que ele não era da terra, mas um anjo que tinha descido
do céu.
Dagon traçou os dedos pelo rosto de Taylor, o polegar acariciando
seus lábios inchados.
— Você é perfeito.
— Você só está dizendo isso por que... — Taylor acenou com a mão
para o pau ainda expostos de Dagon, transformando em um escarlate
profundo.
— Não, eu diria isso mesmo que não tivéssemos relações sexuais,
embora ajude. — Ele sorriu para os olhos esperançosos de Taylor.
— Você realmente acha isso? — Taylor olhou para Dagon com nada
menos que adoração. Dagon penteou os dedos pelos cabelos, se pergunto
se Taylor ia surtar novamente, já que ele o chupou.
Ele encolheu-se quando viu o olhar, aquele que dizia que Taylor
estava em seu caminho para uma fusão nuclear.
— Agora relaxe, era apenas um boquete.
Quando viu a boca escancarada de Taylor, Dagon desejou que ele
tivesse formulado de forma diferente. Ele levantou-se, rapidamente
empurrando seu pau amolecido de volta em seu jeans.
—Eu estou bem, realmente. — Taylor guinchou fora.
Talvez ele devesse ajudar seu companheiro a ficar de pé. Ficar
ajoelhado diante de Dagon não poderia estar ajudando a questão.
— Foi o melhor. — Ele tentou uma tática diferente, esperando que
trabalhasse.
— É-é mesmo?

Ok, ele poderia lidar com a gagueira. Foi melhor do que chorar.
— Estou indo ao meu saco de recompensas agora, e pegando uma
estrela de ouro, para colocar em sua testa pelo entusiasmo que você
mostrou.
Taylor inclinou a cabeça e olhou para Dagon, seus olhos fecharam-se
ligeiramente. Talvez essa última parte tivesse sido demais.
— Eu nunca fiz isso antes. Eu posso não ser um profissional, mas eu
tentei. — Seu companheiro cuspiu.
Raiva era muito bom, foi uma emoção que Dagon estava
familiarizado e poderia lidar melhor do que lágrimas ou um colapso.
— Eu disse que você fez um bom trabalho.
— Oh, obrigado chefe. Posso conseguir um aumento? — Taylor ficou
em pé e sentou-se de volta no banco.
O cara era bipolar? Evidente que ele poderia agir dessa maneira.
— Nós devemos ir. É escuro lá fora. — Taylor pegou sua comida e foi
na direção da moto.
Esta montanha-russa de emoções estava fazendo a cabeça de Dagon
girar. Se Taylor ia virar o script cada vez que eles tiveram relações sexuais,
ele iria precisar de uma garrafa grande de aspirina.
Ok, então ele não fez da última vez, mas duas em três, contou muito
em seu livro. Dagon seguiu atrás dele como um bom guerreiro, pronto
para jogar Taylor sobre a sua moto.
Porra, ele estava duro novamente.
— Você vai fazer beicinho todo o caminho?
— Sim.
Dagon vestiu a jaqueta, colocou seu capacete, e passou a perna
sobre a moto. Por que ele estava repreendendo a si mesmo? Taylor foi
quem começou. Ele era um cara e com certeza não ia recusar o sexo com
seu próprio companheiro.
Agora Dagon estava tão confuso pela forma como Taylor agiu. Será
que ele deu a Taylor a impressão de que ele não estava interessado?
Dagon sentiu-se preso entre “a cruz e a espada” 2. Ele não tinha mais
certeza do que ele deveria fazer.
Ele esperou impacientemente enquanto Taylor subia nas suas costas,
decolando assim se seu companheiro estava sentado. Ele caiu na estrada
fazendo 144 km por hora, tão chateado agora que ele queria encontrar
uma pessoa anônima e bater o inferno fora dele. Ele não gostava de
duvidar de si mesmo. Taylor o fez sentir como se estivesse perseguindo o
próprio rabo e chegando a lugar nenhum.
— Você poderia diminuir o ritmo. Eu não acho que eu ficaria bem
como decoração de asfalto.
Por que ele teve que investir em capacetes com fones de ouvido?
— Fique quieto ai atrás.
— Por quê? Eu chupei o seu pau. Posso ganhar credito por isso?
— Deixe-me um momento quieto. Você está perturbando minha
raiva.
Dagon diminui a velocidade, pois as palavras de Taylor fizeram
sentido, nessa velocidade provavelmente ele não sobreviveria a um
acidente.
Ele foi direto estacionar sua moto e usou mais força do que o
necessário, quando baixou o pedal direito de sua Harley Softail 3 que hoje
2
A expressão usada originalmente em inglês “between the rock and a hard place” é equivalente ao
nosso ditado popular “Entre a cruz e a espada”, e é utilizada quando alguém se encontra em uma
situação difícil e que parece não ter saída.
3
Softail é a marca registrada que identifica uma família de motocicletas da fábrica norte-americana
Harley-Davidson. A lendária Harley-Davidson é uma das marcas mais admiradas pelos motociclis-
tas por ser ícone de gerações de apaixonados por motocicletas.
sofreu um monte de abuso.
Ele iria levá-la a amanhã para oficina de Marc para fazer uma
revisão.
— O que diabos aconteceu de errado com você? Law perguntou
quando viu o olhar no rosto de Dagon, quando ele entrou na toca.
— Pergunte ao homem bipolar. — Dagon empurrou seu braço atrás
das costas, apontando para seu companheiro.
— Você sabe que ele precisa de tempo. Pare de agir como um bebê
bundão, e pense nele por um momento. Se o sapato estivesse no outro
pé, como você estaria reagindo agora?
— Posso ser uma testemunha? — Tryck gritou e saltou para ficar em
pé, levantando a mão sobre sua cabeça como se estivesse em uma igreja.
— Amém, Law.
Law ignorou Tryck e continuou.
— Fazem o quê, dois dias? Cale a boca, aguente, e ajude-o a lidar
com isso.
— Foda-se. — Dagon murmurou, sabendo em seu coração que Law
estava correto. Ele tinha agido como uma criança mimada, enquanto seu
companheiro estava lutado para lidar com sua sexualidade.
Era apenas esse turbilhão de emoções de Taylor que estava dando-
lhe uma enxaqueca. Se ele disser que sim, ele quer dizer não? Não parecia
ser uma resposta certa. Ele esfregou o rosto, perguntando o quão
complicada a situação ia ficar.
Virou-se para pedir desculpas a Taylor, mas ele não estava de pé
atrás ele.
— Os companheiros o levaram. Deixe-o sair com os caras, e acalme-
se um pouco, coloque isso para fora. — Law jogou o braço sobre o ombro
de Dagon.
— Você vê irmão, é assim...
Taylor seguiu atrás de Cecil, correndo o mais rápido que podia de
Dagon. Por que ele surtar toda vez que teve relações sexuais?
Porque você teve o pênis dele em sua boca.
Ele não devia ter gostado de fazer isso, mas ele fez. Não, não, não,
não, estava errado. Então por que ele estava lambendo os lábios,
querendo provar o sêmen de seu companheiro de novo?
Ele não poderia afastar a cara carrancuda de sua mãe e as palavras
viciosas. Pareciam assombrá-lo cada vez que ele estava com Dagon
sexualmente.
“Você é uma abominação.”
“Você está indo para o inferno.”
“Você está doente, que cabeça torcida é a sua.”
“A homossexualidade de Josh passou para você.”
Taylor odiava o fato de que ele permitiu que essas reações
controlassem quem ele pensava que era um homem bom e que só se
preocupava com suas necessidades.
Dagon não merecia seus altos e baixos, seus quentes e frios. Taylor
queria rasgar seu cabelo para fora com esses sentimentos confusos que
lutavam dentro si. Se ao menos ele pudesse calar a voz da sua mãe que o
assombrava.
— Estamos te resgatando, e você tem que vir conosco.
As palavras de Cecil trouxeram Taylor para fora de seus
pensamentos, olhando para o companheiro como se ele tivesse perdido a
cabeça.
— Eu tenho?
— Sim, é a única maneira de que o grandalhão aceitaria o convite de
ir com agente. — Taylor olhou para trás do menor companheiro, vendo
Panahasi em pé ali, olhando entediado. Isso não poderia ser bom.
— Que diabos ele está fazendo aqui? — Taylor falou baixo. — Você
perdeu sua cabeça maldita? Ele é um demônio, D-E-M-Ô-N-I-O.
— Obrigado pela a grafia correta. Agora venha e coloque a sua
bunda em movimento. Nós não temos a noite toda. — Cecil agarrou o
braço de Taylor, puxando-o para o demônio.
— Oi. — Sua voz quebrou quando a palavra saiu, mostrando todos
os seus ossos covardes.
— Olá jovem Taylor. — As características do Panahasi se suavizaram
quando ele falou com Taylor. O que era apenas assustador vindo de um
homem que parecia tão intimidador posicionado na frente dele. As
características suaves não se encaixavam no seu rosto.
— Se você soubesse como eu tenho agido ultimamente, você não
estaria assim. — Taylor se encolheu quando Panahasi agarrou seu ombro
e deu um leve apertão. Ok, talvez leve para o líder, mas doía como o
inferno em sua delicada estrutura humana. Que dizer metade humana.
— O demônio está surgindo, isso é tudo. Você vai aprender a lidar
com ele.
— É melhor que seja logo antes de Dagon cansar.
Panahasi se abaixou, olhando diretamente nos olhos de Taylor.
— Emoções corrente, quente e frio, alto e baixo? — Taylor assentiu.
— É apenas o seu demônio tentando resolver-se dentro de você,
agora que ele tem sido desbloqueado. Está tentando aprender os teus
caminhos. Dê-lhe um tempo. — Panahasi levantou-se, dirigindo todos para
um canto sombreado.
— Vamos partir estilo demônio. — Ele piscou.
Taylor sentiu o ar sair dos pulmões enquanto seguia atrás do grande
o homem. Tonturas e desorientação correram seu corpo, e então eles
estavam entrando em algum tipo de clube. Estava escuro, barulhento e
cheirava a álcool ruim. O ato de deixar um quarto e terminando no que
parecia ser outro reino mexeu com seus nervos, mas Taylor conseguiu
sufocá-lo.
Seus olhos correram até o palco, viu uma mulher dançar mexendo
sua bunda para lá e para cá. A parte de cima cobria apenas o suficiente,
apesar de que foi menos revelador do que os shorts que ela usava.
Quando a mulher virou às costas as bochechas da sua bunda sorriram
para ele. Não o afetou em nada, então o que isso significa?
— Acho que estamos no lugar errado, Panny. O sexo lá em cima é
tudo errado. Meu gosto é um pouco mais no lado masculino. — Cecil
apontou para a mulher no palco.
— Não, você está exatamente onde precisa estar companheiro. —
Panahasi riu quando dez homens cercaram o grupo.
— Ah, merda, Maverick vai me matar por isso.

— Onde, exatamente, eles foram com Taylor? — Dagon perguntou


quando ele não conseguiu encontrar nenhum companheiro em qualquer
lugar.
Law e Loco estavam sentados no sofá de couro no escritório de
Maverick.
— Por quê? — Law levantou-se ao responder, o rosto mudando de
curiosidade para raiva. — Onde está o Carter?
— Isso é o que eu estou tentando descobrir. — Ele tinha farejado o
ar quando ele procurou por Taylor, mas não tinha cheirado qualquer coisa
parecida com naftalina.
— Não consigo encontrar nenhum deles.
Maverick levantou-se tão rápido que a cadeira caiu no chão.
— Encontre-os. — Ele rosnou baixo. — Com essa cadela demônio
atrás de Taylor, nenhum deles é seguros.
A caçada começou. Os guerreiros procuraram por todo a cova, mas
estava vazio.
— Será que o seu companheiro os levou para fora outra vez? —
Hawk perguntou.
— Não é provável. Cecil conhece os perigos. Além disso, não tem
veículos faltando, e Carter não ousaria levar-los em qualquer lugar.
Alguma coisa está errada.
O intestino de Dagon estava retorcendo-se com preocupação. Se a
mãe de Taylor o tinha sequestrado não havia como saber onde ela iria
levá-lo.
O peito dele apertou com o pensamento de nunca mais ver Taylor.
Ele tinha que encontrá-lo.

Capítulo Seis

Agora que Taylor sabia por que ele agiu vacilante em torno de
Dagon, ele queria estar com ele. Ele se sentou lá assistindo aos artistas no
palco, mas não estava realmente interessado no que eles estavam
fazendo. Sua mente estava em seu companheiro quando ele pegou seu
copo de água e tomou um gole.
Taylor brincou com a condensação que estava correndo pelas laterais
do vidro, vendo alguns dos companheiros pulando e se divertindo e outros
olhando curiosamente ao redor, assim como ele estava.
O lugar tinha algumas pessoas de aparência estranha, e ele usou a
palavra estranha vagamente. O lugar parecia a casa de todos os tipos de
criaturas místicas. Panahasi tinha assegurado que os elfos da sombra não
iriam incomodá-los, mas depois da performance de Ahm ao voltar na toca,
ele manteve um olho neles.
Havia elfos da floresta lá, bem como outros demônios e alguns
shifters. Panahasi apontou-os porque eles pareciam muito humanos para
os companheiros.
— Como está?
Taylor deu um sorriso apertado para um dos Guerreiros Demônios,
como Panahasi se referia a eles, e tomou outro gole. Se ele se lembrava
corretamente, nome deste era Hondo.
— Eu não acho que aquela mulher lá em cima está tendo algum
apelo para mim.
Hondo bufou e balançou a cabeça. — Aquilo não é uma mulher.
Aquele é Roxy. Ele apresenta-se aqui regularmente.
Taylor olhou novamente para o palco, agora com a nova informação.
Um cara? Ele era muito para um cara. Ele tentou visualizar alguma
protuberância na parte da frente, mas não viu nada. - Onde ele está
escondendo seus dotes?
Hondo riu. — Não sei, e eu não estou indo perguntar. Roxy é um
tanto quanto rainha do drama e fica irritada com as menores merdas.
Taylor acenou com a cabeça e depois olhou para trás, até Roxy. Ele
estava delineando a multidão de homens no clube que estavam
convulsionando e assobiando, acenando com dinheiro ao redor, buscando
alguma atenção do dançarino.
— Você está com problemas. — Hondo observou.
Taylor olhou para o guerreiro enorme enquanto ele tomava outro
gole. Ele nunca tinha “visto esse cara mais gordo” 4, então por que ele iria
queria derramar suas entranhas para ele?
Talvez tenha sido o jeito fácil com que Hondo falou com ele, que o
fez se sentir confortável, o que era bizarro como o inferno, considerando
que ele era um demônio. Não era suposto que eles fossem inerentemente
maus?
— Fazer dar certo, a coisa do acasalamento. — Ele deu ao demônio
uma pequena parte de seu problema.
— Por quê? Dagon não trata você bem? — A testa de Hondo
repuxou, a sua voz ficando áspera, em crescente ameaça.
Taylor sentiu vontade de rir. Ele não questionou se era porque eles
eram homens. Ele questionou sobre como ele foi tratado. Parecia que
todos ao seu redor não pensavam nada sobre dois homens estarem
juntos. Então, por que ele sempre ficava tão empacado sobre isso?
— Não, ele é realmente muito bom para mim.
O semblante de Hondo relaxou. Taylor sabia que eles estavam lá
para protegê-lo, mas será que Hondo lhe defenderia se seu companheiro
fosse tratá-lo mal?
— Isso é bom, mas então por que você está parecendo tão perdido?
— Eu não estou muito certo de conseguir compreender toda essa
coisa de amor entre homens. Eu fui criado para acreditar que era errado.
Apesar de meu irmão Josh.
Hondo inclinou a garrafa de cerveja de volta, tomando um longo
trago, antes de baixá-la e limpar a boca.
— O que há para compreender? Menina e menina, menino e menino,
menino e menina, isso realmente não importa. O gênero não deve ser um

4
A expressão usada originalmente em inglês “He didn’t know this guy from Adam” é equivalente ao
nosso ditado popular “Nunca o vi mais gordo”, e é utilizada para referir-se a alguém a quem nunca
se viu antes.
fator decisivo.
— Isso é o que eu tenho me dito. Mas, eu continuo a ouvir a voz
dela na minha cabeça gritando comigo por eu deixar Dagon me tocar. —
Taylor corou a dar o pequeno detalhe íntimo. Ele estava basicamente
dizendo a Hondo que ele e Dagon tinham fodido.
— Não, não deixe que ela te incomode. Essa é uma opinião, mas a
única opinião que conta é a sua. Você não quer ser acoplado a Dagon? Se
não quiser, posso fazê-lo desaparecer. — Hondo piscou para ele antes de
tomar outra bebida da garrafa escura.
— Nem pense nisso. Eu posso estar questionando as coisas, mas eu
quero mantê-lo. — Pronto, ele tinha dito isso em voz alta. Parecia que um
pequeno peso foi retirado dele com essa afirmação.
— Ele é quente.
— Mine. —A palavra saiu de Taylor sem ele conscientemente pensar
sobre ela. De onde veio isso?
— Parece que o seu demônio é muito territorial. — Hondo riu. —
Pare de lutar contra isso, de lutar contra o acasalamento e lutar contra
seu demônio. Será muito mais fácil se você simplesmente aceitar isso.
Taylor ainda estava tentando aceitar a ideia de que tinha algo dentro
dele. Pegou o guardanapo que veio com sua água, puxando pedaços dele e
soltando-os sobre a mesa.
— O que exatamente é o meu demônio?
— Quase como os shifters. É uma entidade real em você, está lá
para te proteger do mal. Embora você não esteja totalmente
desenvolvido, com tão pouca idade, você eventualmente mudará quando
ele for necessário. A maioria dos demônios atinge a maturidade em torno
dos cem anos humanos.
Bem, isso esclarece as coisas.
— Quantos anos você tem?
A boca de Hondo repuxou em um sorriso.
— Eu parei de contar quando cheguei em três mil. Demônios não
envelhecem e morrem como outras criaturas sobrenaturais. Nós
envelhecemos como os bons vinhos.
— Eu sou imortal? — Outra coisa para embrulhar em torno de sua
5
cabeça. Até agora ele pensou que levou as coisas “na esportiva” , ele
tinha dito para Josh relaxar quando o seu irmão quis pirar ao descobrir
que Law era um lobisomem. Cara, se ele soubesse que suas palavras
voltariam para mordê-lo, ele teria ajudado Josh a fazer as malas.
— Você é apenas meio-demônio, então tudo depende de quão forte
se torna o seu demônio. Com os meio-demônios, tudo é sobre que tipo de
demônio que eles têm em si. E antes que você pergunte, Dagon viverá
tanto quanto você. É uma consequência do acasalamento. — Hondo bateu-
lhe no ombro antes de ficar de pé, e Taylor balançou para frente com mão
grande.
Então, ele talvez fosse imortal, estava acasalado a um lobisomem,
um lobisomem do sexo masculino, sua mãe era um demônio que queria
arrebatá-lo de seu companheiro, e seu irmão era um vampiro. Dr. Phil 6,
aqui vou eu.
— Pare de lutar contra isso. — Hondo disse antes de deixar a mesa.
Taylor observou-o se afastar, perguntando-se se ele poderia abraçar
quem ele era, agora que ele sabia.
— Está se divertindo? — Cecil perguntou quando ele caiu na cabine
onde Taylor estava sentado. — É um cara lá em cima. — O companheiro
apontou para o palco e riu. — Ele me enganou perfeitamente.
— A mim também.
Cecil inclinou a cabeça e olhou para Taylor.
5
A expressão usada originalmente em inglês “took things in stride” é equivalente ao nosso ditado
popular “Levar na esportiva”, e significa levou as coisas tranquilamente, numa boa.

6
Phil McGraw, mais conhecido por Dr. Phil, é um psicólogo norte americano que se tor -
nou conhecido do grande público ao participar nos programas da conhecida apresentadora Oprah
Winfrey, como consultor de comportamento e relações humanas.
— Você sabe, George ainda estava no armário quando ele veio pela
primeira vez à cidade, não sairia nem para salvar a sua vida. Ninguém se
importa que você é gay. Todos nós somos. Inferno, eu estou mais curioso
sobre seu demônio do que sobre seu companheiro de cama.
— Então somos dois. Pois Hondo afirmou que eu vou me
desenvolver e talvez possa me tornar imortal.
— Isso pode acabar com um cara. Todo mundo tem todos esses
truques estranhos e legais na manga, e tudo o que eu posso fazer é
arrotar o alfabeto.
Taylor não tinha pensado em seu demônio como sendo legal. Talvez
ter isso dentro dele não fosse tão ruim, afinal.
— Eu sou gay — ele deixou escapar.
Cecil caiu a seu lado rindo.
— Eu sei. Você vai ficar bem.
O riso foi contagiante. Taylor sorriu e então começou a rir.
— Eu sou gay — repetiu ele.
— E orgulhoso disso. — Cecil inclinou-se sobre a mesa desgastada e
bateu juntas com Taylor. — Pau para a vida.
Desta vez, Taylor começou a rir.
— Um pau para a vida.
— Enquanto isso for bom.
— E grande.
— E ele sabe o que fazer com ele.
— E grande.
— Você disse isso.
Taylor riu.
— Essa á a parte mais importante.
O peso agonizante sobre ele estar com um homem parecia ter sido
tirado de seus ombros. Ele tinha que admitir que se sentiu bem como o
inferno, quando Dagon transou com ele. Mais do que bom, foi fodidamente
fantástico.
Alguns dos outros companheiros fugiram para a cabine, olhando de
Cecil para Taylor.
— O que há de tão engraçado? — Kyoshi perguntou.
Cecil apontou Taylor.
— Ele é gay.
Kyoshi levantou uma sobrancelha.
— E isso é notícia por quê?
— Ele está admitindo isso.
Kyoshi sorriu para Taylor.
— Parabéns por ter saído.
— Obrigado.
Ele estava animado agora para voltar para seu companheiro e ser
reivindicado novamente. Será que ele iria surtar depois? Deus, ele
esperava que não. Com o sentimento de ser aceito por todos e a emoção
de ter como companheiro um cara com um traseiro quente, ele esperava
que a euforia não desbotasse para histeria. Isso mataria seu humor...
Novamente.
— Oh, merda. — Taylor viu sua mãe no bar. Ela parecia estranha
como o inferno ali, usando um macacão de couro, considerando que ele
pensava nela como uma mulher colecionadora de pequenos enfeites e
bonecas.
— Nós precisamos ir. — Oliver sussurrou sobre a mesa para ele.
— Você acha? — Os olhos de Taylor examinaram a multidão, atrás de
seus guarda-costas, tentando obter a atenção deles, quando viu alguns
deles. Não houve necessidade de chamá-los. Eles já estavam descendo
sobre sua mãe. Tanto quanto ele odiava a ideia do que ela estava tentando
fazer, ele ainda a amava.
Ela era sua mãe.
— Vamos. — disse Panahasi como ele apareceu ao lado de Taylor. —
Meus homens vão cuidar dela. Vocês precisam voltar para a toca.
Ninguém argumentou. Todos eles correram para o homem grande e,
em seguida, foram levados para o lado do bar, recuando para o que Taylor
assumiu ser uma espécie de portal. Ele deu um suspiro de alívio quando
eles estiveram novamente na biblioteca.
— Mais tarde. —Panahasi andou para trás e levantou um sinal de paz
quando ele desapareceu nas sombras.
— Isso foi... Interessante — Drew disse desviando o olhar para o
canto onde Panahasi tinha acabado desapareceu e olhando para eles. —
Graças a Deus eu chutei as drogas. Isso foi alucinante o suficiente.
— Eu me diverti. — Johnny e Keata sorriram.
— Roxy era quente. —Johnny deu uma risadinha.
— E quem é Roxy?
Todos eles pularam e se viraram, vendo todo o grupo de sentinelas
ali olhando para eles.
— Uh, um travesti? — Tangee respondeu hesitante.
Taylor gemeu interiormente. Até ele sabia que Tangee tinha dado a
resposta errada.

Dagon trilhava de lá e para cá em seu quarto, sem saber como lidar


com esta situação. Seu companheiro tinha desaparecido por horas e agora
parecia ser um homem diferente. Esta era uma das suas mudanças de
humor entre quente e frio?
Ele estava quente agora, e Dagon não estava certo se ele permitiria
qualquer sexo, até que ele estivesse certo de que seu companheiro não ia
pirar. Além disso, agora ele estava chateado como o inferno com o seu
companheiro, por ele ter fugido quando o perigo estava ao redor deles.
— Você sabe o quanto você tinha me preocupado? — Ele rosnou.
Trilhou um pouco mais, não esperando por Taylor responder-lhe. — Um
recado teria sido bom, um rápido "Eu estarei de volta" ou qualquer coisa
parecida, para indicar que você estava saindo".
— Eu...
—"Não, não há desculpa. É o meu trabalho para protegê-lo, e isso é
difícil como o inferno que fazer quando não há um corpo para proteger. "
— Eu...
— Eu revirei esta casa de cima para baixo, procurando por você,
quase perdendo minha mente pensando que algo horrível tivesse
acontecido.
— Eu...
— Você o quê? — Dagon parou de andar e olhou para seu
companheiro, a espera de uma razão plausível para ele escapado para
fora da toca. Ele não poderia encontrar nenhuma, então talvez Taylor
pudesse iluminá-lo. — Bem?
— Eu saí.
Dagon franzido as sobrancelhas, imaginando o que no inferno seu
companheiro estava falando. —Saiu de onde?
— Do armário.
Demorou um segundo para o seu cérebro pegar as palavras de seu
cônjuge. Ele quis dizer isso, ou foi uma coisa momentânea? Ele queria
acreditar, queria muito acreditar, mas os colapsos de Taylor depois do sexo
o faziam hesitar.
— Eu estou contente.
— Eu sinto muito pela maneira como agi. Mas você tem que
entender que eu estava lutando com tudo isso. Não foi fácil.
— Eu sei. — Dagon puxou Taylor em seus braços, rezando para que
a declaração de seu companheiro tivesse significado. Isso iria tornar a vida
deles, bem como do demônio que ele tinha dentro dele, muito mais fácil.
Dagon colocou todos os seus ovos em uma cesta, confiando na
palavra de seu companheiro. Se Taylor não iria surtar, então ele ia fodê-lo
através do colchão e no chão.
Dagon tinha chegado a algumas conclusões por si mesmo, enquanto
procurava por Taylor. Seu companheiro estava trabalhando através de
quem ele era e o que estava acontecendo com ele, e Dagon tinha agido
como um egoísta de merda. Isto não era sobre ele. Isto era sobre Taylor
encontrando-se e aceitando ou rejeitando o que ele descobriu.
Ele sentia-se totalmente vulnerável. Não havia nada que ele não
faria por Taylor, mas vê-lo passar por essas mudanças tinha feito Dagon
questionar tudo em torno dele. Isto foi algo que ele não estava
acostumado, e o tinha perturbado. Com Taylor sendo o único ao redor, ele
tinha entrado diretamente na linha de fogo de Dagon, quando o mal-estar
estabeleceu-se dentro dele, espalhando-se sobre o homem que destino
tinha escolhido para ele.
Seus irmãos tinham sido corretos quando o confrontaram mais cedo,
mas Dagon jamais diria isso a eles.
Havia mais uma coisa que lhe ocorreu enquanto procurava, e ele
precisava deixar Taylor saber disso.
— Eu te amo.
Taylor olhou para ele em estado de choque, seus olhos arregalados
quando ele mordeu seu lábio inferior.
— Você não tem de dizê-lo de volta. — Ele acariciou um polegar
sobre a bochecha de Taylor. — Eu só queria que você soubesse disso.
Seu companheiro balançou a cabeça.
— Não é que eu não queira dizê-lo de volta. É só que... É difícil.
Dagon lembrou a si mesmo mais uma vez da luta interna que seu
companheiro estava passando. Ouvir as palavras teria sido bom, no
entanto.
— Eu faço, você sabe?
Ele levaria isso, se isso era tudo que o Taylor poderia lhe dar agora.
Sexo era uma coisa, mas expor-se emocionalmente era um passo muito
maior, e seu companheiro ainda não estava preparado. Dagon caminhou
para trás com Taylor, beijando aqueles lábios cheios e tentadores ao longo
do caminho. Ele deslizou a mão pelas costas de Taylor, correndo para cima
e para baixo de sua espinha.
Taylor inclinou a cabeça para trás, abrindo-se para Dagon e suas
explorações. Dagon aproximou-se para tocar o rosto de Taylor, colocando
as mãos em concha em seu queixo, quando ele beijou-o lentamente,
suavemente. Ele queria que seu companheiro soubesse exatamente como
se sentia. Foi Taylor que quebrou o beijo, empurrando a camisa de Dagon
para cima. Levantando os braços, permitiu que Taylor o despisse.
— Você tem um corpo bonito. — admitiu Taylor enquanto corava.
Dagon pensou que o colorido nas bochechas apenas adicionou maior
apelo à aparência do homem mais sexy que ele já tinha posto os olhos. Ele
beijou cada bochecha, a cor aprofundando-se. —Obrigado.
Um pensamento ocorreu a Dagon. Ele deu um passo para trás, os
olhos fixos em Taylor.
— Você está prestes a ter relações sexuais com um homem. Vou
foder essa sua bunda apertada, e esperançosamente você vai chupar o
meu pau. Você percebe isso, certo? — Ele rezou para que ao dizer isso em
voz alta, conseguisse impedir seu companheiro de sentir pânico depois.
O rosto de Taylor transformou-se em sete tons de vermelho
conforme ele assentiu.
— Eu sei.
Dagon tirou a camisa de Taylor, e fixou-se em um de seus mamilos.
Taylor gemeu quando sua cabeça caiu para trás, agarrando o cabelo de
Dagon, enquanto empurrava seu peito mais perto de boca de Dagon. Ele
beliscou, depois beijou, e finalmente soprou a pele molhada, observando
maravilhado como o mamilo aumentou e enrijeceu. Dagon beijou todo
peito de Taylor e, em seguida, fechou sua boca sobre o outro mamilo.
Taylor puxou seu cabelo mais forte, um gemido escapando de seus
lábios enquanto Dagon sugava a pele em sua boca. Ele abriu a calça jeans
de Taylor, enquanto brincava com os círculos marrons, empurrando o cós e
deixando livre o pau de Taylor.
Os quadris de Taylor ergueram-se, e Dagon olhou para baixo. A
ereção de Taylor estava tão dura, contra o seu abdômen inferior. As gotas
brilhantes de pré-gozo foram brotando e transbordando tornando a visão
mais erótica, enquanto sua boca encharcava-se antecipando o gosto seu
companheiro.
Dagon colocou Taylor para baixo, tirando seus sapatos, meias, e
calça jeans. Ele circundou a coroa com a língua, bebendo avidamente a
umidade que estava escapando. Taylor girou seus quadris, empurrando o
pau mais fundo na boca de Dagon. Ele abriu-se mais, dando o que seu
companheiro estava pedindo, e apreciando o sabor de carne salgada
contra a sua língua.
— Espere — Taylor resmungou. — Eu não quero gozar dessa forma.
Dagon sabia o que seu companheiro estava falando e não hesitou
em rastejar entre as pernas. Depois de lubrificá-lo e alongá-lo, Dagon
afundou em seu companheiro. Ele observou fascinado como a abertura de
Taylor se estendeu ao redor dele. Que visão gloriosa. Era como se seu
companheiro tivesse sido feito exclusivamente para ele.
Ele agarrou os quadris de Taylor, puxando o homem menor para ele
enquanto ele empurrou para trás e para frente.
— Eu te amo. —ele repetiu com um grunhido. Suas bolas estavam
apertando rapidamente, e ele sabia que não estaria segurando por muito
mais tempo. Deslizando ao redor, ele agarrou o pau de Taylor e
masturbou-o num ritmo combinado com o de suas estocadas, enquanto
seu companheiro arqueava suas costas. Taylor estava perto também.
— Venha para mim, cachorrinho. — A mão de Dagon ficou morna
num segundo, quando Taylor gritou o seu nome. Dagon deu algumas
estocadas mais antes de sentir o seu sêmen deixar o seu corpo, no
controle apertado de Taylor.
— Foda. — O corpo suado de Dagon entrou em colapso, puxando
Taylor junto com ele. Ele enlaçou seu companheiro, esfregando o nariz em
seu pescoço, enquanto desfrutava do clima de pós-sexo. Desta vez, Taylor
não teve um colapso. Seu companheiro aconchegou-se ainda mais nos
braços de Dagon, suspirando pesadamente, e depois bocejou alto.
— Sonolento?
— Uh-hum. — Taylor se virou, puxando os braços até o peito de
Dagon, e enterrando seu rosto nele. Dagon acariciou o cabelo de seu
companheiro, imaginando como Taylor conseguiu entrar em acordo com
quem ele era. Ele ainda não tinha claro o que aconteceu, se alguém tinha
ajudado seu companheiro, mas estava grato que Taylor estava finalmente
a aceitá-lo. Uma vez que Taylor adormeceu, Dagon delicadamente
desprendeu-se, e colocou a coberta ao redor de seu companheiro.
Ele colocou sua calça jeans e depois sua camiseta.
— Panahasi — ele chamou calmamente no canto sombreado do seu
quarto.
Dois olhos brilharam como fogo junto a ele, mas Dagon estava se
acostumando a estranha visão.
— Agora o quê? — O demônio perguntou enquanto ele saia da porta
sombria de outro reino. Isso era o que Dagon assumiu que estava
acontecendo quando o homem apareceu.
— Eu não sei se devo agradecer a você ou socá-lo pelo eu aconteceu
esta noite.
O grande homem deu de ombros, dando alguns passos na direção da
cadeira, suave e almofadada que estava posicionada em um lado da sala,
e sentou-se sem ser convidado.
— Eles me pediram, não o contrário. Você preferia que eu dissesse
que não e permitisse que eles levassem Taylor a um clube humano?
— Onde exatamente você foi? — Isto tinha estado na cabeça de
Dagon, mas ele deixou-o de lado quando a luxúria tomou conta dele.
Agora ele queria respostas.
— A um clube da região, ele estava seguro. Os Guerreiros Demônios
estavam todos presentes e de olho neles, inclusive eu.
— Exatamente o que são você e os Guerreiros Demônios?
Panahasi o estudou por um momento antes de responder a pergunta
de Dagom.
— Somos um grupo de elite de guerreiros enviados para encontrar
os demônios que tiverem ido para o mal. Nós também ajudamos aos
meia-raça que tiverem desbloqueado seus demônios, os ajudamos a
protegerem-se enquanto lutam com seu demônio novo.
— Demônios que tiverem ido para o mal? — Isso foi um paradoxo, se
ele alguma vez ouviu um. — Vocês não são caras inerentemente maus por
natureza?
— Um grande equívoco. —Panahasi acenou com a mão na frente
dele. — Vivemos como todas as raças, querendo famílias, amigos, e um
lugar para viver com segurança.
Dagon absorveu isto, não tenho certeza do quanto acreditar. Ele era
um demônio, afinal de contas. O filho da puta poderia estar soprando
fumaça do rabo, por tudo o que sabia. Dagon ficou mais perto de sua
cama, seu modo de proteção em pleno vigor enquanto seu companheiro
dormia.
— E o que dizer de Taylor?
— Como um dos meus guerreiros, Hondo, disse a ele, ele pode ou
não ser imortal. Tudo depende de suas forças e fraquezas como um meio-
demônio, e da entidade que reside nele agora. — Panahasi ficou de pé,
olhando para Dagon e depois para as sombras do quarto. — Sua mãe está
presa agora. Ele está seguro e tem mais ou menos aceitado quem ele é.
Os meus serviços e o dos meus homens não são mais necessários. Foi
bom conhecê-lo, Dagon Santiago. Cuide dele. — Com isso dito, Panahasi
curvou-se e entrou no canto escuro.
Capítulo Sete

Taylor olhou para o homem que dormia ao lado dele. Dagon era
realmente muito bonito de uma maneira áspera. Sua pele chiava cada vez
que seu companheiro que falava com aquele sotaque dele.
Ele traçou as veias grossas que corriam ao longo do bíceps de
Dagon, o pensamento no churrasco que Maverick anunciou que eles
estariam tendo esta noite. O evento aconteceria esta noite, para que
Gabby e Josh pudessem apreciá-lo também. O Alfa tinha dito que era um
evento marcando o final verão, e ele queria transformar numa tradição
familiar.
Eles descobriram que o filho de Gabby e Montana, Nevada, era
imune aos raios do sol, o que foi um alívio para ambos os pais. Não foi dito
como eles descobriram, e Taylor também não perguntou.
Taylor ainda não conseguia colocar em sua cabeça o fato de que um
homem tinha dado à luz. Dois deles, para ser exato, e Haven estava
grávido novamente. Ele aprendeu que Josh agora era capaz de engravidar.
Taylor sorriu para a possibilidade de ser um tio. Embora Brad tinha um
monte de crianças correndo ao redor, nenhuma de suas mulheres
permaneceu tempo suficiente para que Josh ou ele tivesse se conectado
com seus sobrinhos e sobrinhas. Se Josh deu à luz, sob este teto, o bebê
seria bem criado. Taylor estava animado. Ele adorava crianças pequenas.
A única parte desanimadora foi o fato de que Josh tinha tomado uma
injeção de controle de natalidade, válida por cinco anos. Talvez durante o
tempo que passasse, seu irmão mudasse de ideia
Taylor puxou sua mão para trás quando Dagon girou-se, puxando-o
próximo ao seu grande e expansivo peito. Taylor inclinou-se, usando a
força de seu companheiro para seu conforto. Ele gostava que Dagon fosse
muito maior do que ele. Embora ele não fosse impotente, Taylor gostava
da sensação de estar protegido.
— Bom dia, cachorrinho. — Dagon encostou o nariz em seu pescoço.
Taylor inclinou-se, sentindo-se mais livre do que nunca, agora que
ele não deixou aquela voz despedaçá-lo por dentro. Sua mão voltou a
admirar o grande músculo no braço de Dagon, as almofadas dos dedos
explorando e apreciando a beleza, enquanto seu companheiro acariciava
suas costas.
—Você está se sentindo bem? — Dagon beijou sua testa, cada uma
de suas pálpebras, e depois seu nariz, antes de tomar sua boca. Que
maneira de acordar. Taylor liberou-se, permitindo que o prazer crescesse
através dele.
— Agora eu estou. — ele respirou fundo quando ele quebrou o beijo.
— Eu te amo. — Ele sorriu. Finalmente teve a coragem de dizê-lo.
Dagon rosnou, empurrando Taylor sob ele. Ele sentiu o eixo duro
tocando em sua barriga, deixando-o saber exatamente o que Dagon
planejava fazer. Taylor mexeu-se ao redor, sorrindo para Dagon enquanto
ele libertou as pernas e envolveu-as em torno da cintura grossa de seu
companheiro, mal conseguindo fechar seus tornozelos cruzados.
— E o que o meu cachorrinho quer nesta brilhante e bonita manhã,
hein? — Dagon beijou Taylor ao longo do pescoço, quase o fazendo
esquecer qual era a pergunta.
— Você.
— Eu posso fazer isso. — Dagon acrescentou lubrificante ao seu
pênis e afundou-se em Taylor, que já estava esticado desde a noite
anterior.
Taylor limpou a garganta e fez o melhor som de macaco que
conseguiu reunir. Dagon aquietou-se e olhou para ele com a confusão
estampada em seu rosto.
— Isso é uma coisa de demônio?
Oh meu deus, porra, ele ia matar Josh. Taylor pegou um travesseiro
e colocou-o sobre seu rosto, tão humilhado que queria rastejar para baixo
de uma rocha em algum lugar. Ele balançou a cabeça para Dagon,
sentindo a queimadura rastejar até o pescoço e em seu rosto.
Dagon puxou o travesseiro, e Taylor finalmente liberou-o, atirando
seu braço sobre os olhos para que Dagon não pudesse ver seu rosto.
— Taylor?
— Josh! Ele é o responsável. Eu vou matá-lo. Ele me disse que eu
tinha de gritar como um macaco quando fizesse sexo anal com um
homem!
Para aumentar a sua mortificação, Dagon jogou a cabeça para trás e
soltou uma gargalhada alta e crescente que ecoou pelas paredes. Sua mão
esquerda foi para seu lado direito quando ele desembarcou no colchão, se
curvando e rindo tanto que ele estava até chorando.
Taylor pegou o travesseiro e começou a bater em Dagon com ele.
— Desculpe. —Dagon tentou escapar, mas começou a rir ainda mais
difícil. Taylor levantou-se, libertando o pênis de Dagon de sua bunda
quando ele rolou.
— Venha aqui, não fique bravo. — Dagon puxou Taylor de volta para
a cama, enxugando os olhos com a mão livre. — Foi bonitinho... — Dagon
começou a rir novamente.
Taylor estapeou a parte seus braços atrás da cabeça de seu
companheiro.
— Não, não foi.
Dagon puxou uma respiração profunda, tentando parar o riso que
continuava borbulhando.
— Faça novamente.
— Não. — Taylor fez beicinho, cruzando os braços sobre o peito. Ele
não podia ficar louco por muito tempo. Não era culpa de Dagon, foi Josh
quem o havia enganado para que ele fizesse a si mesmo de idiota, mas
Dagon poderia ter achado menos graça nisso. Taylor pensou sobre o que
ele tinha acabado de fazer, um sorriso quebrando em seu rosto.
— Aquilo foi engraçado. — admitiu após o embaraço inicial que
passou.
— Sim, foi. — Dagon estreitou os olhos. O anterior olhar de desejo
estava de volta, e os dedos dos pés de Taylor curvaram-se para dentro.
— Posso tentar novamente?
— Tentar o quê? — Dagon perguntou quando ele puxou Taylor de
volta para a cama.
— Sugar você. — E lá se foi seu rosto a queimar novamente. Taylor
abaixou a cabeça com o que ele tinha acabado de dizer, esperando o riso
de Dagon, o que não aconteceu. Seu companheiro pegou o lençol,
enxugando o lubrificante de seu pênis antes de concordar.
Desta vez, Taylor levou-o lento. Ele estudou com devoção o eixo na
frente dele, mergulhando a ponta do dedo na umidade que escapava da
cabeça e levando-o até sua língua. Era salgado e amargo. Ele se inclinou
para frente, colocando a ponta de sua língua para fora e degustando direto
da fonte. Ele sorriu quando o pênis saltou, obviamente apreciando o que
Taylor estava fazendo.
Seus lábios fecharam-se em volta da cabeça, sugando a pele macia e
deixando sua língua explorar as veias grossas e a abertura no topo.
Segurando a base, ele empurrou o pau de Dagon ainda mais em sua boca,
esticando os lábios amplamente conforme ele tentava o seu melhor para
conquistar a besta.
— Taylor. — Dagon gemia, passando as mãos nos cabelos de Taylor,
e massageando o couro cabeludo. Taylor apalpou o saco de Dagon,
rolando-o ao redor, em sua mão, conforme sua boca movimentava-se para
cima e para baixo, sugando o pênis cheio de veias.
— É isso aí, bebê.
Tomando as palavras de Dagon como um sinal de que ele estava
fazendo um bom trabalho, Taylor começou a bombear o pau em sua mão,
querendo provar o sêmen de seu cônjuge. Isto era uma meta dele agora,
um objetivo que ele estava se esforçando para conseguir.
— Eu estou perto, cachorrinho. —advertiu Dagon, tentando retirar-
se, mas Taylor não estava permitindo isso. Ele estava indo provar que ele
poderia fazer isso. Ele trancou os lábios em um sistema de sucção
apertada e engoliu o pênis ainda mais em sua boca, elevando o eixo em
todo o seu esplendor.
— Taylor! — Dagon gritou enquanto o sêmen quente encheu a boca
de Taylor, ele engoliu até a última gota. Puxando o pau de Dagon da sua
boca, Taylor enxugou o rosto e olhou para Dagon sob seus cílios.
— Minha vez, lindo. — Dagon empurrou-o para o colchão, engolindo-
o até a raiz. Taylor pulou e choramingou quando Dagon sugou-o com a
experiência que Taylor não tinha. Ele enrijeceu e gritou quando ele gozou,
seu corpo balançando com a sua libertação.
Dagon lambeu quaisquer vestígios e, em seguida, beijou o seu
caminho pelo corpo de Taylor, parando em sua boca e compartilhando o
gosto. Taylor sorriu na boca de Dagon, sentindo-se mais feliz do que ele
tinha sido há muito tempo.

Taylor ajudou a montar as mesas no quintal, incapaz de impedir que


surgisse um sorriso em seu rosto cada vez que ele olhou para Dagon. Seu
companheiro piscou para ele enquanto falava com alguns dos outros
guerreiros.
Pela primeira vez na vida de Taylor, ele estava apaixonado. Isso
atingiu-lhe esta manhã, quando ele olhava nos olhos de seu cônjuge. Ele
não podia imaginar uma vida sem ele.
— Eu conheço este que olhar. — brincou Tangee enquanto ele
ajudava Taylor a organizar a mesa. — Você está apaixonado.
Taylor corou em sete diferentes tons de vermelho, ao ouvir as
palavras de Tangee. Isto era verdade. Toda vez que ele olhava para seu
companheiro seu coração explodia de felicidade.
— É tão óbvio?
— Sim. — Tangee riu.
Caden e Nero vieram e ajudaram eles a começar a organizar a
comida. Taylor colocou três pilhas de pratos de papel no final de cada
mesa. Cecil e Blair adulteraram as bebidas e esvaziaram os cubos de
refrigerante nos barris de grande porte que estavam cheios de gelo,
empurrando as garrafas de suco ao lado deles.
Taylor inclinou a cabeça para trás e cheirou. O cheiro de carne
grelhada encheu sua boca de água.
— Ei, Taylor. —Oliver cutucou o ombro de Taylor com o seu. —
Precisa de mais ajuda?
Taylor apontou para a caixa enorme de sacos de lixo.
— Você poderia forrar os latões de lixo com os sacos.
— Considere feito. —Oliver pegou a caixa e foi até os latões.
Como é que ele acabou ficando responsável por conseguir tudo
organizado? O sol disse seu último adeus ao mergulhar no céu ocidental, o
crepúsculo trazendo os vaga-lumes para fora e enviando os pequeninos a
persegui-los. Uma melodia lenta começou a tocar em segundo plano, e
Taylor viu que Nero tinha montado uma bancada de DJ. Isto ia ser um
bocado de uma festa.
— Abram caminho. — George gritou, enquanto ele e Tank, junto com
mais alguns guerreiros, traziam as bandejas de comida. Taylor recuou e
viu que uma série de alimentos era colocada sobre as mesas.
Braços grandes circularam ele, quando Dagon beijou sua têmpora.
— Como você segurando, cachorrinho?
— Bem. Embora eu não saiba como eu acabei empurrado a
organizar tudo.
— Você é um líder nato.
Taylor balançou a cabeça.
— E você acredita nisso? Meu nome do meio é covarde.
— Você se vende barato, bebê — Dagon puxou Taylor para cima e
jogou-o por cima do ombro, Taylor se agarrou a parte de trás da camisa
de seu companheiro, em prol de sua estimada vida.
— Dagon! Coloque-me para baixo. — Taylor gritou.
— Você pode fazer uma pausa e me ajudar na grelha. — Dagon
abaixou-o e o colocou em seus pés, inclinando-se para um beijo. Taylor
olhou ao redor e então deu um rápido beijo em Dagon.
— Bom o suficiente. — Dagon riu como se estivesse sinceramente
divertido. Ele pegou o conjunto extra de pinças, entregando-os a Taylor. —
Você cuida da outra grelha.
— Como isso é uma pausa? Eu ainda estou trabalhando. —Ele disse
o óbvio enquanto ele sacudiu algumas costelas. Taylor gostou deste
trabalho ainda mais, porque ele tinha que estar ao lado de Dagon. Não
parecia muito um trabalho com um privilégio assim.
Taylor deixou cair a pinça quando seus olhos começaram a arder.
Parecia que eles estavam em chamas.
— Merda. — As palmas de suas mãos os esfregaram quando eles
irrigaram-se abundantemente.
— Está tudo bem aí com você? A fumaça da grelha vai queimar seus
olhos se você não tiver cuidado. — Ele podia sentir as mãos de Dagon em
seu rosto. — Abaixe suas mãos e deixe-me ver, cachorrinho.
Taylor baixou as mãos e piscou algumas vezes, tentando o seu
melhor para abri-los.
— Os seus olhos... Eles estão mudando. — Dagon engasgou. — Eles
estão parecidos com os de Panahasi.
— Como? Ele disse que eu era meio demônio.
— Isso é verdade, mas ele também disse que você iria descobrir-se
à medida que o demônio dentro de você evolui.
Taylor queria seus olhos verdes de volta. Ele gostou do fato de que
eles correspondiam aos de Dagon. Ele tentou esfregá-los novamente,
rezando para que ele pudesse de alguma maneira, ao esfregar, trazer o
verde de volta.
— Pare. — Dagon agarrou suas mãos. — Você pode piorá-los.
— Ao esfregá-los? — Taylor estava sendo sarcástico, mas não podia
evitá-lo.
— Você sabe alguma coisa sobre isso? Eu com certeza não sei merda
nenhuma. Talvez isso seja apenas temporário, apenas espere e veja. —
Dagon colocou sua mão em concha e despejando água de uma garrafa
nela e jogou nos olhos de Taylor. — Vale a pena uma tentativa.
Ele deu de ombros quando Taylor puxou a bainha de sua camisa para
cima e enxugou os olhos.
— Viu? — Dagon sorriu. — Eles voltaram para o verde.
— Sério? — Taylor tocou em seus olhos e então pensou no que ele
estava fazendo. Duh, como se ele pudesse dizer, sentindo-os.
— Nós vamos monitorá-los para ver o que acontece. — Dagon beijou
Taylor e depois caminhou de volta para sua grelha.
Taylor não gostou da ideia de seu corpo mudando e ele não tendo
qualquer controle sobre isso. Será que sua vida alguma vez se equilibraria,
e correria sem problemas? Parecia que ele tinha experimentado uma coisa
depois da outra nos últimos tempos, e sua mente estava tendo um
momento difícil manter o controle sobre tudo isso.
Taylor saltou quando sentiu uma mão roçar em suas costas e
descansar em concha sobre seu traseiro. Ele ficou tão submerso em seus
pensamentos que ele não tinha visto Dagon chegar. Recostou-se no peito
forte e musculoso, desfrutando da proximidade.
Ele está fazendo você gay.
Taylor tinha tido o suficiente da voz intrusiva de sua mãe. Estava
realmente começando a irritá-lo. Ele foi finalmente feliz agora, e ela estava
arruinando isso! Se ao menos houvesse alguma maneira de girar essa
maldita chave desligada!
— Cachorrinho?
Taylor fervia quando ele se virou em direção a Dagon.
— O quê? — Ele retrucou. Seu companheiro apontou para a grelha.
Taylor engasgou quando ele a viu levitar alguns centímetros do chão. Puta
merda! Ele tinha feito isso?
— Eu acho que sua raiva está fazendo isso. — Dagon se aproximou,
abraçando Taylor enquanto falava suavemente em seu ouvido. — Acalme-
se. Seja o que for que está lhe deixando furioso não vale à pena.
— Ela não vai calar a boca. — respondeu Taylor.
— Quem?
— Minha mãe. Tudo o que posso ouvir são as palavras críticas dela.
Elas não vão parar. — Ele bateu em sua têmpora, fazendo que a grelha
pairasse mais alto.
— Ela não está aqui. — O Alfa se aproximou, falando em voz baixa.
— Você está com Dagon, o homem que você ama. A opinião dela não
importa, Taylor.
Ele piscou algumas vezes e, em seguida, acenou para o Alfa. Taylor
não conseguia entender por que ele tinha se permitido ficar tão
malditamente louco.
Tão logo ele se acalmou, a grelha bateu no chão com um baque
forte. O que trouxe a atenção de Taylor ao redor. Ele olhou por um
momento, observando o silvo de fogo e fumaça, em seguida, como a
gordura escorria dos bifes.
Taylor pegou a pinça, sacudindo a carne antes de colocá-la para
baixo, e depois olhou para o chão. Ele tinha feito isso, tinha feito a grelha
sair do chão. Taylor roubou um rápido olhar para a multidão recolhida em
torno dele e depois de volta para o chão. Ele não se importou com toda a
atenção sobre ele agora.
— Você quer entrar? — Dagon perguntou.
Taylor acenou com a cabeça, reservando seus olhos de fazer contato
com alguém. Ele andava entorpecido ao lado de seu companheiro,
desejando que todos parassem de olhar para ele. Ele já estava
envergonhado o suficiente sem a atenção indesejada.
Dagon o guiou pelo cotovelo, levando-o pela porta da cozinha e
puxando uma cadeira à mesa, ajudando-o a sentar-se.
— Eu fiz isso. —Taylor olhou para Dagon, a boca abrindo e fechando
como um peixe.
— Está tudo bem, Taylor. Você não fez nada de errado.

Dagon se ajoelhou na frente de Taylor, se perguntando por que ele


não se sentia tão surpreso, quanto ele deveria ter estado. Poderia ser o
fato de que, com tudo acontecendo ao seu redor ultimamente, ele foi se
acostumando com a estranha porcaria.
Dagon escovou o cabelo da testa de Taylor e, em seguida, esfregou a
orelha com o polegar e o indicador.
— Vai ficar tudo bem, cachorrinho.
Taylor suspirou baixinho e olhou fora.
— Eu sei. Parece apenas que assim que me acostumo com alguma
coisa, outra coisa aparece, e no geral não são pequenas coisas.
O que foi extremamente verdadeiro. Seu companheiro tinha lidado
com mais merda nas duas últimas semanas do que a maioria tratava em
toda a vida.
— Você é forte. Você pode lidar com isso. Eu sei que você pode.
— Pode me emprestar um pouco desse otimismo? — Taylor sorriu e
inclinou-se para beijar os lábios de Dagon.
— Sempre que você precisar. — Dagon endireitou-se e ofereceu a
mão para ele, Taylor agarrou-a, e eles caminharam de volta para fora.
— Eu não acho que é seguro eu ser o homem da grelha. —disse
Taylor enquanto caminhavam de volta para as grandes, as unidades de
fumar. Dagon não ia ter seu companheiro de chapa de quem ele era.
— Você vai fazer muito bem. Tenho confiança em você. — Ele pegou
a pinça e entregou-a para Taylor. — Mostre a todos que você tem isto sob
controle. — Dagon piscou para seu companheiro.
— Eu me sinto melhor sabendo que você está atrás de mim nisso. —
Taylor aceitou a pinça.
— Você está bem? — Maverick perguntou quando ele se aproximou
de Taylor com Melonee e Cecil imediatamente ao seu lado.
— Eu não planejo fazer a grelha deixar o chão novamente.
Dagon pegou a pinça de Taylor e virou mais a carne, ouvindo o
assobio que soou quando a gordura pingou sobre o carvão. A brisa que
soprava sentia-se bem em sua pele quando ele voltou sua atenção para as
pessoas em pé perto de seu companheiro.
— Eu sabia que você era legal. — Melonee sorriu para Taylor.
— Como eu disse antes, faz o ser humano parecer chato. — Cecil riu.
— Você sobrenaturais estão superando-nos aqui.
— Eu ainda sou humano. — disse Taylor.
— Sim, e eu também. — Melonee riu.
Dagon riu quando ele pegou dois refrigerantes do cooler e entregou
um a Taylor. Ele tirou a tampa, tomando um longo gole antes de girar para
Maverick.
— Eu ouvi que você fará um anúncio esta noite.
— Depois do jantar. — Maverick estendeu sua mão para Cecil
enquanto se afastava.
— Você não odeia isso? — Melonee balançou a cabeça. — Ele é
sempre tão enigmático. — Ela correu quando viu seu irmão, Tangee.
— Essa só pode ser uma das mais estranhas famílias que eu já
conheci. — Taylor olhou para a multidão no quintal.
— Mas qualquer uma dessas pessoas iria se levantar e lutar por
você. —Dagon riu quando um dos gêmeos de Haven e Murdock andou até
eles. — Bem, quase todos.
Taylor abaixou seu tronco, pegando o pequeno em seus braços.
— Aposto que ele iria tentar. — Ele fez cócegas no estômago
Maddox, e que a criança gritou de alegria.
Dagon riu enquanto dava mais um gole no refrigerante,
perguntando-se como ele tinha sido tão malditamente sortudo, em
encontrar Taylor.
Ele banhou a carne e levou-a para a mesa. Dagon caminhou de volta
para a grelha e fechou-a antes de declarar a todos que a comida estava
pronta.
Eles tinham seis mesas de piquenique espalhadas, seis ou sete
pessoas em cada mesa, todos eles formando uma linha de mesas de bufê.
Dagon não estava certo do que ele queria comer. Tudo parecia bom.
Ele carregou seu prato e o de Taylor enquanto seu companheiro
levava suas garrafadas de bebida e os talheres.
— Porra isso é bom. — disse Dagon quando ele lambeu o molho de
churrasco de seus dedos. — Quem fez a salada de batata precisa de um
prêmio.
— Este seria eu. — Heaven falou da mesa ao lado. —Obrigado.
Dagon encheu seu talher da salada de batata de Haven e depois
abriu a boca para apreciar os sabores estourando em sua língua.
As conversas eram animadas e risos podiam ser ouvido por toda
parte.
Taylor bateu dois pratos de comida. Onde será que seu companheiro
colocava tudo isso? Ele era magro como o inferno, mas comia como se
tivesse dois estômagos. Dagon sorriu quando Taylor largou quatro costelas
em seu prato.
— Eu pensei que você parecia com você precisava de mais.
— Ah, você me conhece muito bem.
— Eu estou indo pegar mais antes que ele coma todas elas. — Law
se levantou e fez o seu caminho ao redor das mesas.
— Me traga alguns quando voltar. — gritou Tryck.
Dagon assistiu Nero, colocar uns tantos guardanapos no banco e
depois sentar-se. Seu companheiro, Gunnar, colocou guardanapos na
mesa antes de pousar o prato na frente do Nero. O pequeno companheiro
estalou um par de luvas azuis e depois sorriu para Gunnar antes de comer.
Ele riu ao companheiro de luvas azuis enquanto ele agradecia a sua
estrela da sorte por ele não estar ligado a alguém como ele.
Uma vez que todos tinham a barriga cheia e foram sentar-se a falar
uns com os outros, Maverick se levantou e limpou a garganta.
— Eu tenho um anúncio a fazer, então eu pensei que este
piquenique seria um bom momento, considerando-se que todos estão
aqui.— A voz do Alfa de timbre profundo espalhou-se em todo o quintal.
— Você está entregando as rédeas para mim. — gritou Tryck.
— Em seus sonhos. — Maverick bufou. — Como eu estava dizendo.
— Lançou um olhar glacial em Tryck antes de continuar. — Eu decidi que
alguma expansão é necessária.
— Você e Cecil terão um bebê? — Montana gritou.
— Não nesta vida. — Cecil gritou de volta enquanto ele agarrava a
mão do Melonee. — Eu não estou falando de você. — Ele sorriu.
— Posso terminar ou vocês querem continuar as adivinhações? —
Maverick puxou seu cavanhaque enquanto ele lançou um olhar para as
mesas. — Obrigado. Faz bastante tempo desde que o primeiro
companheiro entrou em nossas vidas. Muita coisa aconteceu desde então.
Nossa família cresceu em grandes dimensões. A toca pode acomodar
todos vocês, mas estou ciente de que alguns de vocês desejam ter suas
próprias casas.
Dagon sabia que o Alfa estava falando sobre os casais com filhos.
Não foi nenhum segredo que Haven queria uma pequena casa para ele e
Murdock, onde os gêmeos cresceriam, junto com as crianças que
surgissem no caminho.
— Eu tenho pensado muito sobre isso. O que eu proponho é que
alguns chalés sejam construídos nas terras Brac, atrás da toca, desta
maneira quaisquer casais que decidirem que querem um lugar para si
mesmos ainda permanecerão por perto. Também quero expandir na
cidade, construindo mais empresas para ajudar a comunidade com seus
problemas financeiros.
Todos começaram a bater palmas enquanto aplausos subiam com a
notícia. Maverick levantou as mãos até que a multidão aquietou.
— Eu já tenho uma longa lista de pessoas da cidade qualificadas
para realizar o trabalho. Uns poucos estão interessados em possuir
algumas dessas empresas. Se algum de vocês quiser um negócio para
chamar de seu, de todo jeito, me avise.
Dagon sabia que Haven era dono de uma barbearia, Murphy era
dono de uma livraria, Mark era dono de uma oficina, e Cody era sócio da
lanchonete. Seria bom ver mais negócios administrados pela matilha. Ele
sentou e pensou muito sobre tornar-se proprietário de uma empresa.
O que ele faria?
— Se alguém tiver alguma dúvida, vocês sabem onde é meu
escritório. — Maverick se sentou e começou a falar calmamente com Cecil.
— Eu posso ter um negócio próprio? — Taylor se virou para Dagon e
perguntou.
— Eu não vejo porque não podemos entrar em um negócio juntos.
Mas o que podemos fazer?
— Venderemos motocicletas. — Taylor riu. — O que mais seria?
— Santiago Motocicletas. Eu gosto disso. — Tryck sorriu.
— Vocês querem que todos nós entremos em um negócio juntos? —
Dagon olhou para seus irmãos.
Law encolheu os ombros.
—Por que não?
— Eu gosto dessa ideia — Taylor pegou seu prato e o de Dagon,
levando-os para a lixeira.
Sim, por que não?

Capítulo Oito

Taylor riu enquanto Dagon puxou-o pela floresta.


— De que maneira é isso?
Ele balançou a cabeça. Eles poderiam estar de pé em um pântano e
Taylor não se importaria, contanto que ele estivesse com Dagon.
— Perfeito.
Dagon parou de andar e girou em torno de Taylor, fazendo-o ficar de
rosto para uma árvore quando Dagon pressionou seu peito nas costas de
Taylor.
— Isso é o que eu estava esperando que você diria. — Ele podia
sentir a ereção de Dagon, dura e pronta, esfregando contra sua bunda.
Taylor gemeu, tinha se tornado rapidamente viciado na sensação do pau
de Dagon.
Seu buraco contraía-se com o pensamento de ser preenchido por
esse eixo de grande porte. Taylor tinha notado que ele já não ouvia a voz
de sua mãe em sua cabeça, e era mil vezes grato por esse milagre. Ele só
poderia adivinhar que ela tinha desaparecido quando ele finalmente
aceitou quem ele era.
Empurrou-se na ponta dos pés, querendo sentir o pênis de Dagon no
vinco de sua bunda. Suas terminações nervosas formigaram quando
Dagon esfregou a ereção contra sua bunda. Taylor podia sentir o seu
próprio pênis pressionando seu zíper, inchando-se com a necessidade.
— Eu posso sentir o seu desejo, e isso está me deixando louco. —
Dagon beliscou o ouvido Taylor, seu pau masturbando-se na ação. Taylor
pressionou sua bunda na pélvis de seu companheiro, desejando que as
roupas entre eles desaparecessem.
Ele engoliu em seco e depois ofegou como Dagon alcançou ao seu
redor e abriu seu jeans.
— Eu vou chupar o seu pau, Taylor.
Ele derreteu-se com palavras sexys e sujas. Seus dedos cavaram-se
na casca da arvore quando a respiração Dagon sussurrou em sua pele.
Taylor piscou os olhos enquanto seus lábios entreabriram-se, com o
coração acelerando a batida.
— Eu quero.
— Mmm, o que é que o meu cachorrinho quer? — As mãos de Dagon
descompactaram seu jeans, mas depois se afastaram. Taylor choramingou.
— Diga a Dagon o que você quer, e você poderá conseguir isso
agora mesmo. — Sua língua rodeando o lado das orelhas de Taylor
enquanto empurrava a perna entre as de Taylor. O dedo indicador de
Dagon inclinou a cabeça de Taylor para trás, seus narizes colidindo quando
a boca de Dagon desceu para tomar a sua.
Taylor esfregou sua bunda para cima e para baixo na perna Dagon,
sentindo o atrito contra suas bolas. Os dedos de Taylor cavaram mais
duramente na casca da árvore. Seus pés foram levantados do chão,
quando Dagon levantou a perna mais alto.
— Você está fazendo meu pau pulsar de esfregar sua bunda em toda
a minha perna. Por que você não faz isso nu? — Dagon colocou as mãos
em concha atrás da cabeça de Taylor, beliscando seus lábios antes de
puxar-se para trás e retirar sua perna.
Taylor empurrou as calças para baixo, puxou os sapatos, e depois
tirou todo o resto fora do caminho. Ele agarrou a casca quando ele
deslizou de volta para a perna de Dagon, gemendo quando seus testículos
esmagaram-se contra o músculo forte, sentindo o material de jeans Dagon
fazer cócegas em suas bolas.
— Diga-me que não somos um par perfeito. — Dagon cantou em seu
ouvido enquanto sua perna estremeceu sob Taylor. Ele caiu para a frente,
seu pau vazando sobre a perna de seu companheiro embrulhada pelo
jeans. O guerreiro passou as mãos ao longo das costas de Taylor,
apertando sua bunda, e fazendo-o gemer. Taylor empurrou-se para trás,
com a cabeça caindo para o lado, enquanto sua abertura roçava a coxa
musculosa de Dagon.
— Você está pronto para mim outra vez? — Dagon levantou Taylor
com as mãos, colocando-o em seus pés enquanto ele abriu sua calça
jeans, liberando o seu pênis. — Enrole suas pernas em volta de mim.
Taylor fez, enquanto Dagon colocava as mãos sobre a árvore, Taylor
inclinou para trás quando Dagon entrou nele. Sua cabeça girava enquanto
seu companheiro transava com ele contra a árvore. Taylor se agarrou a
ele. A pequena mordida da casca era minúscula em comparação com o
prazer seu companheiro lhe trazia.
— A combinação perfeita. — Dagon disse antes de tomar a boca de
Taylor em exigente frenesi. Dagon empurrou para ele, seus dedos cavando
nos lados de Taylor, seu rosto contorcendo-se, e sibilando enquanto ele se
enrijecia e então gozava.
Taylor choramingou quando Dagon saiu dele, mas seu gemido logo
morreu quando Dagon colocou-o em seus pés e então caiu de joelhos.
Taylor estremeceu diante da visão. O grande, forte e masculino Dagon
estava de joelhos, tomando o pau de Taylor em sua boca.
Sua cabeça caiu para trás, batendo na árvore quando Dagon
trabalhou em seu eixo com maestria. Taylor podia sentir seu pau bater na
parte de trás da garganta Dagon, e depois Dagon levando-o mais para
baixo sua garganta, trabalhando seus músculos e trazendo a Taylor tal
prazer que ele gritou, chorando para as árvores quando gozou goela
abaixo de seu companheiro.
Taylor caiu de joelhos, sua respiração irregular enquanto ele lutava
para respirar.
— Eu disse que somos um par perfeito. — Dagon riu enquanto ele
ajudou Taylor a se vestir. Dagon continuou, puxando sua calça para cima e
enfiando seu pênis mole de volta em suas calças.
— Vamos lá, cachorro. Fomos dar um passeio, certo?
Taylor acenou com a cabeça, sem saber o que Dagon estava dizendo,
sua mente ainda vibrando com o orgasmo explosivo.
— Você fica lindo corado. — provocava o Dagon, enquanto
caminhavam para fora em uma clareira.

Dagon curvou-se para baixo enquanto ele examinava o arranhão em


sua motocicleta. Não era grande, mas ele percebeu. Ele não gostava de
ver qualquer marca em seu bebê. Talvez possuir uma loja de motocicletas
era uma ideia melhor do que ele pensava.
Ele teria conseguido reparar o seu bebê imediatamente.
Dagon passou o pano sobre o risco, sabendo que isso não iria
remover a marca. Mas um cara pode sempre ter esperança.
Ele planejava levá-la hoje na oficina de Marc para fazer uma troca de
óleo e qualquer outra coisa que ela poderá precisar, enquanto ele e Taylor
vagabundeariam ao redor. Ele também queria procurar um potencial
terreno, encontrar a melhor localização para a loja. O Alfa havia deixado
claro que se alguém quisesse o seu negócio próprio, ele pagaria por isso.
Foi uma maneira de fazê-los sentirem-se realizados.
Comprar o terreno, construir a loja deles, e equipá-la não iria
prejudicar a carteira dos Santiago. Eles simplesmente nunca encontraram
um lugar onde quisessem se estabelecer. Agora que eles tinham. A vila
Brac era o lugar perfeito para se viver. Independentemente das
reclamações de Tryck, Dagon sabia que seu irmão amava este lugar.
Sentiria-se tão animado como uma criança numa loja de doces
quando chegasse a possuir o seu próprio negócio. Bem, possuir um
negócio familiar, na verdade.
Dagon se levantou e jogou o pano em seu alforje enquanto o
arranhão ficou olhando raivoso para ele, como se sua moto estivesse
acusando-o de ser demasiadamente duro com ela. Ele riu para si mesmo,
imaginando como alguém poderia estar apaixonado por uma motocicleta
como ele parecia estar.
— Pronto? — Tryck perguntou quando ele e seu companheiro, Carter,
aproximaram-se. Law estava bem atrás dele com Josh em seus braços.
Dagon olhou para cada homem e depois para a casa.
— Assim que Taylor aparecer aqui fora. — Eles haviam planejado em
uma noite de passeio, apenas saindo e curtindo a estrada aberta. Tinha
feito muito tempo desde que ele e seus irmãos montaram. Ele sentiu falta.
— Eu o vi conversando com Melonee na toca. — informou Law. —
Esses dois são como duas ervilhas em uma vagem.
Dagon estava feliz por seu companheiro ter se encaixado tão bem
aqui. Depois de tudo que Taylor tinha passado, ele temia que seu
companheiro fosse correr para as montanhas gritando e nunca mais olhar
para trás.
As coisas pareciam ter se acalmado nos últimos dois meses. Não
tinham ocorrido outros incidentes, e o relacionamento entre ele e Taylor
estava florescendo bem.
Dagon apertou a fivela em seu alforje, enquanto esperava por Taylor
se juntar a eles. Ele sorriu quando viu seu companheiro correndo pelo
gramado, vestido com sua jaqueta e com seu capacete debaixo do braço.
Taylor vivia para o passeio.
— Desculpe... Eu estava falando com a Melonee, e ela não me
deixava ir. — Taylor ofegava quando ele chegou até eles e parou ao lado
Dagon, um sorriso largo espalhado em seu rosto. Dagon nunca iria
conseguir expressar o quão lindo seu companheiro realmente era. Sua
respiração parecia ser capturada em seu peito cada vez que ele olhava
para Taylor.
— Vamos lá, cachorrinho. Vamos montar. — Podia ver os olhos de
Taylor escurecer com essas palavras. Taylor era ainda mais ligado em
montar do que Dagon era.
Os irmãos montaram em suas motocicletas, seus companheiros
trepados na garupa, quando todos os três deslocaram-se da estrada de
cascalho para a rua pavimentada. Dagon podia sentir Taylor segurando-o
firmemente em torno de sua cintura e sabia que esse era um daqueles
momentos pelos quais o seu companheiro vivia.
— Eu posso sentir seu pau ficando duro. — Ele riu para o fone de
ouvido. A protuberância pressionando em sua bunda era prova de suas
palavras.
— Toda vez que eu monto. — Taylor riu. Isso era música para os
ouvidos Dagon quando eles entraram na rampa de acesso à rodovia.
Eles saíram da rodovia, dirigindo suas motocicletas pela cidade
enquanto eles faziam o seu caminho para o “tudo-o-que-você-pode-
comer” bufê. O conceito era bom para grandes famílias, mas a franquia
não tinha ideia de quem eram os irmãos, entrando em seu
estabelecimento. Os irmãos Santiago podiam levar o negócio à falência,
comendo. Embora eles não fossem fazer isso.
Ele riu quando Carter puxou seu gorro, cobrindo as orelhas de elfo,
enquanto eles caminhavam para o lugar. Ele teve que admitir, que Tryck
tinha acabado bem quando o destino lhe deu Carter. Ele não estava muito
certo sobre as orelhas, no entanto. Dagon tinha vontade de puxá-las toda
vez que ele estava perto de Carter só para ver se elas eram reais.
— Toque elas e morra. —Tryck olhou para ele.
Dagon sorriu para seu irmão mais velho quando ele puxou Taylor
próximo ao seu corpo. Seu irmão o conhecia malditamente bem. Eles
pagaram por suas refeições e comeram até que Dagon sentiu como se ele
não pudesse se mover.

Taylor atravessou o restaurante para o banheiro masculino. Sua


barriga parecia que ia estourar de tanto comer. Ele nunca tinha ido a um
lugar como este, e era grato por isso. Ele pesaria uma tonelada agora, se
ele tivesse descoberto o restaurante antes. A comida era deliciosa.
Ele estava na pia lavando as mãos quando ouviu o choro vindo de
um dos reservados. Taylor pegou um punhado de toalhas de papel,
enquanto ouvia atentamente. Não era nenhum de seus negócios, e ele
sentiu como se estivesse invadindo a privacidade de alguém, mas ele não
podia simplesmente ir embora. Isso não era do feitio dele.
— Está tudo bem? — Ele gritou. Ele ouviu algumas fungadas e um
nariz ser assoado, mas a pessoa não lhe respondeu.
Taylor encolheu os ombros e jogou as toalhas de papel na lixeira
quando a porta do box foi aberta.
Ele esperou, curioso para saber se ele era honesto, para ver quem
iria sair. Ele ficou surpreso ao ver a beleza de cabelos escuros que surgiu,
enxugando os olhos dele e evitando o olhar intenso de Taylor.
— Você está bem? — Ele perguntou de novo. O homem ao lado dele
enrijeceu e balançou a cabeça. Taylor não era um homem volumoso, não
no mínimo, mas este homem era super delgado com características suaves
e angelicais. Ele parecia frágil para Taylor. — Existe algo em que eu possa
ajudá-lo? — Ele não tinha certeza do por que ele estava oferecendo sua
ajuda a esse estranho, porém uma profunda necessidade em seu interior o
obrigava a perguntar.
— Eu estou bem. — O homem falou suavemente, como se estivesse
sussurrando. Ele podia ver as mãos trêmulas do homem quando ele abriu
a torneira. Taylor sentiu-se desamparado, querendo ajudar esse estranho
por alguma razão maluca. Sua raiva surgiu quando ele viu um pequeno
hematoma no lado do rosto do homem esguio.
— Qual é seu nome? — Perguntou ele.
—Steven. —Os olhos do homem arregalaram-se enquanto olhava
para Taylor. Ele rapidamente pegou algumas toalhas de papel e secou as
mãos trêmulas.
— Eu quero que você pegue o meu número, Steven. Se precisar de
ajuda, ou apenas alguém para conversar, me ligue.
Steven piscou junto a Taylor, medo e curiosidade em seus olhos.
— Mas por quê? Você nem mesmo me conhece.
Taylor não poderia responder a isso. Ele não tinha certeza do por que
ele estava estendendo a mão a Steven. Ele só sabia que ele tinha que
ajudar esse estranho.
— Será que você aceitaria?
Steven rapidamente pegou seu telefone celular e entregou-o a
Taylor. Suas mãos tremiam na frente dele enquanto ele esperava que
Taylor salvasse o seu número nele.
— Estou falando sério, me chame de dia ou de noite.
— Obrigado. — Steven falou tão baixo que Taylor não tinha certeza
se tinha realmente ouvido. Taylor bateu o dedo indicador na bancada da
pia, imaginando o que ele devia fazer.
Steven tinha ganhado esse machucado em uma briga com um
desconhecido, algum tipo de acidente, ou alguém que ele conhecia estava
abusando dele? Ele odiava abandonar Steven a própria sorte.
— É alguém em casa? — Ele questionou.
— Eu tenho que ir. Obrigado...
— Taylor. Meu nome é Taylor Tate. Ligue-me, Steven. —Ele soava
um pouco enérgico em seu comando, mas ele odiava ver Steven, ou
qualquer outra pessoa, sendo abusada.
— Eu vou. — Steven lhe deu um sorriso fraco antes de correr para
fora do banheiro. Taylor seguiu-o para fora, esperando ver com quem ele
estava. Talvez ele pudesse dizer aos irmãos e eles poderiam ajudar Steven
se o abusador estivesse aqui.
Infelizmente, Steven caminhou para fora do restaurante. Ele
suspirou profundamente, sabendo que ele fez o melhor que podia,
considerando as circunstâncias.

— Podemos conversar? — Taylor pediu a Dagon quando eles


chegaram em casa. Ele tirou o casaco e pendurou-o no armário e depois
se sentou na cadeira para remover botas. Taylor não conseguia parar de
pensar Steven e no que ele poderia estar passando agora.
— Claro. — Dagon colocou suas botas ao lado da cama e sentou-se.
Taylor estudou seu companheiro por um momento, seus olhos
embebedando-se nas belas feições de Dagon. Ele nunca ia se arrepender
de sua decisão de ficar com o homem forte e sexy.
— Eu acho que sei o que eu quero fazer.
— Eu não estou acompanhando você, cachorrinho.
Taylor se levantou e começou a andar enquanto ele reunia seus
pensamentos.
— Eu ouvi Drew falando para um dos outros companheiros sobre
como se tornar um conselheiro no centro recuperação. — Ele parou e
olhou para Dagon antes de continuar. — Eu acho que eu poderia ajudar
um monte de gente assim.
Dagon parecia considerar esta notícia por um momento antes de
falar.
— É uma profissão nobre. Eu posso ver como Drew poderia
contribuir com sua experiência com drogas para ajudar os viciados, mas
quem você iria ajudar?
Taylor tinha pensado muito sobre isso durante toda a volta para
casa. A situação no banheiro o tinha perturbado mais do que ele tinha
pensado na hora.
Taylor conhecia os diferentes programas que Thomas, um dos
conselheiros no centro recuperação, tinha criado, e ele tinha pensado em
todos eles em sua cabeça.
— Eu quero ser um conselheiro de abuso. Eu quero ajudar aqueles
que estão sendo abusados. Essas pessoas procuram orientação. Acho
Maverick deveria montar algum tipo de abrigo para aqueles que procuram
escapar desse tipo de vida e querem começar de novo.
Dagon ergueu a mão, o rosto impassível, enquanto olhava para ele.
O coração de Taylor despencou. Dagon ia dizer que era uma ideia
estúpida, argumentar com ele que ele não tinha ideia do que ele estava
falando. Ele sentiu a raiva construindo-se dentro dele, e um pouco de
ressentimento também.
Taylor soube desde o momento em que ele saiu do banheiro qual era
o seu propósito na vida, e Dagon estava prestes a “jogar um balde de
7
água fria” nisso.
— Devagar, cachorrinho. — Ele baixou a mão, quando ele respirou
fundo. — Acho que você deve apresentar essa ideia para Maverick. Parece
que você já realizou um bocado de pensamentos sobre isso.
— Eu fiz.
— Então eu acho que isso é algo que você deve prosseguir.
— Sério? —Taylor tinha se armado para a argumentação que ele
sabia que teria pela cara de Dagon. Ele não estava preparado para seu
companheiro embarcar na ideia Não quando tinha parecido que ele queria
discutir em primeiro lugar.
— Por que você parece tão surpreso? — Dagon perguntou quando
ele estava de pé, atravessando a sala para puxar Taylor em seus braços. —
Eu acho que é uma ideia maravilhosa
— Você acha?
Dagon inclinou a cabeça de Taylor para trás, beijando-o suavemente
nos lábios.
— Qualquer pessoa disposta a ajudar a qualquer um, a um
desconhecido, tem o meu respeito e aprovação.
Taylor sabia que ele não precisa da aprovação de Dagon, mas
ajudava saber que seu companheiro estava atrás dele todo o caminho.
— Você acha Maverick vai fazer isso? Vai construir um abrigo?
— Acho que ele faria qualquer coisa por esta comunidade. Eu sei que
ele odeia abuso. Eu não consigo pensar em nenhuma razão para que ele
não estivesse a bordo desta ideia — Dagon começou a beijar ao longo do
pescoço de Taylor. — Você é sexy quando você está apaixonado por uma
causa

7
A expressão usada originalmente em inglês “shoot it full of holes” pode ser traduzida literalmente
como “disparar isso cheio de buracos”. Achei melhor utilizar nosso ditado popular “jogar um balde
de água fria”, pois as duas expressões possuem o mesmo significado, que seria transformar
entusiasmo em desilusão, desestimular, desanimar.
Taylor gemeu quando sua cabeça caiu para trás, sua pele
arrepiando-se ao toque de Dagon. Taylor pegou a frente da camiseta de
Dagon, puxando-a e passando-a por sua cabeça enquanto ele aferrou-se
em um dos mamilos de Dagon, sugando-o em sua boca enquanto ele
gemia.
— Droga, bebê. — Dagon colocou as mãos em concha atrás da
cabeça de Taylor, deslizando seus dedos pelo cabelo de Taylor. — Isso é
bom.
Taylor beliscado o disco marrom antes de fazer o seu caminho para o
outro. Estendeu suas mãos deslizando sobre a pele de Dagon, sentindo os
músculos da coxa e de seu abdômen quando ele abriu a calça jeans de
Dagon.
— Foda-se. Quaisquer causas mais você queira participar? — Dagon
perguntou quando ele empurrou o cós da calça para baixo, expondo o seu
pau endurecido. Ele começou a acariciar seu eixo enquanto Taylor beijou,
lambeu e chupou seu caminho para baixo do torso de Dagon.
Taylor riu com as palavras de seu cônjuge.
— Eu acho que uma é suficiente.
— Só não pare.
Taylor não planejava isso. Ele caiu de joelhos e lambeu o pré-gozo
que gotejava do pau de Dagon. Seu companheiro continuou a acariciar-se
enquanto Taylor lambia e chupava, entregando-se ao gosto erótico do
corpo de Dagon. Seu companheiro agarrou seu cabelo enquanto ele
alimentava Taylor com seu pênis. Era mau e sedutor ter Dagon
masturbando-se em sua boca.
Taylor abriu-se amplamente, sua língua chicoteando para pegar o
líquido claro quando ele correu para o lado da mão de Dagom.
— Me estás volviendo loco. — Dagon gemeu.
— Mmm, isso soa pervertido. O que você disse? —Taylor perguntou
quando ele chupou a cabeça do pau de Dagon entre os lábios.
— Você está me deixando louco.
O que era o objetivo de Taylor. Ele queria seu companheiro de
desconexo, suplicando com Taylor para deixar Dagon foder ele. Taylor
afastou-se, sorrindo para Dagon quando ele balançou sua língua para fora
mais uma vez.
— Você diabinho. — Dagon agarrou Taylor pelos braços, sacudindo-o
sobre a cama numa paixão cheia de luxúria enquanto ele desceu a calça
jeans de Taylor até os joelhos. — Eu vou te dar uma lição por ter me
provocado, cachorrinho.
Taylor riu e gemeu quando Dagon lubrificou-o e, em seguida,
afundou-se profundamente. Suas pernas estavam presas em seu jeans,
impedindo a sua necessidade de puxar as pernas para debaixo dele.
Dagon levantou seus quadris, conduzindo-se profundamente conforme ele
fodia Taylor de encontro ao colchão.
— Foda-me mais forte, Dagon. — Taylor gritou.
— Oh, um boca suja. Eu gosto disso. — Ele rosnou enquanto ele
fodia Taylor rápido, batendo em sua bunda mais arduamente. — Diga isso
de novo, cachorrinho.
— Foda-me mais forte, profundo e rápido. Me faça sentir seu pau.
Dagon riu quando ele enfiou os dedos mais profundamente nos lados
de Taylor, dando-lhe o que ele estava pedindo. Taylor agarrou as cobertas,
seu cérebro desequilibrado quando os poderosos golpes de Dagon o
levaram para outro mundo.
Suas pernas pressionadas contra seu jeans, desejando ficar livres
para que ele pudesse subir todo o caminho pela cama. Ele chutou,
tentando o seu melhor para livrar-se do tecido e liberar suas pernas. Ele
estava emaranhado neles, sem saída.
Taylor parou de se debater quando o pênis de Dagon trabalhou no
seu traseiro como mágica. Nunca em um milhão de anos ele teria pensado
que um homem fodendo ele seria uma sensação tão boa. Taylor estava
grato que ele não tinha lutado tão duramente, que tinha finalmente cedido
a seus desejos e permitido a Dagon reclamá-lo.
Sua abertura apertando-se mais conforme Dagon golpeava seu
traseiro, batendo no ponto doce de Taylor repetidamente. Seus olhos
rolaram para trás e seu pau pulsava quando Dagon colocou-se sobre ele.
Taylor alcançou entre seu corpo e a cama, agarrando seu pau e
espremendo forte, vibrando no instante em que a eletricidade disparou
através dele.
Ele gritou quando Dagon puxou-se para fora de sua bunda e virou-o.
Seu companheiro continuou a acariciar-se em um ritmo acelerado,
segurando o cabelo de Taylor com a mão livre. Ele sabia o que seu
companheiro queria, então Taylor abriu a boca.
— Oh foda. — Dagon gritou quando cordas de sêmen saíram de seu
pênis e pintaram o rosto de Taylor. Ele lambeu tanto quanto sua língua
conseguiu antes de Dagon puxar Taylor para cima e jogar ele na cama,
tomando pau de Taylor na garganta dele.
Taylor se contorceu e gritou enquanto Dagon chupava seu pau como
um louco. Taylor agarrou o cabelo de Dagon, puxando-o em um aperto
firme quando as bolas dele aproximaram-se de seu corpo e eletricidade
subiu por sua espinha.
— Oh Deus — Taylor gritou quando sentiu seu corpo explodir. Ele
fodeu a boca de Dagon, até que ele pensou que seu quadril travaria no
lugar.
Dagon afastou-se, sorrindo para Taylor enquanto ele lambia seu pau
limpo.
— Tem certeza de que não existem mais causas que você deseje
acompanhar?
Inferno, ele iria se juntar a cada uma até a última, se Dagon fodesse
ele desta forma todo o tempo.

Capítulo Nove
Maverick se encostou na mesa de piquenique, com os cotovelos
esticados, descansando sobre a mesa atrás dele. Seus tornozelos cruzados
enquanto estudava Taylor.
— Um abrigo, humm.
Taylor se sentou ao lado dele com suas mãos inquietas. Se o Alfa
não concordasse, todas as esperanças dele iriam cair aos seus pés.
— Quem iria executá-lo? — Maverick perguntou enquanto ele puxava
o seu cavanhaque.
— Thomas disse que adoraria. — Taylor sabia que ele deveria ter
falado primeiramente com Maverick, mas ele tinha que ter a certeza de
que todas as extremidades estavam amarradas antes de vir para o Alfa.
— Então você já falou com ele?
Taylor engoliu em seco e assentiu. Ele sabia que Maverick era um
Alfa justo, que era totalmente contra o abuso, mas o lobo o intimidava
como o diabo.
— Sim, senhor.
Maverick balançou a cabeça, ficando em silêncio mais uma vez. As
vísceras de Taylor enrolando-se, enquanto ele esperava por algum tipo de
sim ou não. Por que era tão difícil dizer isso? O Alfa o tinha sentado aqui
suando enquanto ele esperava apreensivo.
— Isto tem alguma coisa a ver com um esbelto homem de cabelos
negros?
A boca de Taylor estava aberta, enquanto olhava para Maverick.
— Como você sabe?
Risada Maverick era um timbre profundo como ele sacudiu a cabeça.
— Eu tenho meu método de Jedi.
O cara era assustador como o inferno.
— Seu nome é Steven. Eu o vi no banheiro do restaurante, onde
paramos para comer. Eu me senti impotente quando eu vi o hematoma do
lado do seu rosto, e não havia uma coisa que eu poderia fazer sobre isso.
— confessou Taylor enquanto ele brincava com a borda de sua camisa de
algodão azul.
Maverick se inclinou para frente, colocando os braços sobre as coxas
dele enquanto ele olhava para o quintal. Lá tinha o conjunto de balanços
de Melonee. Embora ela fosse uma pré-adolescente agora, ela ainda
balançava-se nele. Ali tinha também um jardim que ele sabia que Murphy
gostava de cuidar, mexendo em torno dele. E as mesas de piquenique
permaneciam montadas.
— Eu vejo isso às vezes, quando vou para a cidade. Estive aqui há
muito tempo e tenho testemunhado um homem olhando com raiva para
sua mulher ou uma criança com medo em seus olhos. É revoltante. Eu me
sinto impotente quando vejo hematomas no rosto de um jovem ou uma
esposa ou namorada chorando quando seu homem fala com ela. Eu quero
apanhar o agressor atrás da delegacia de polícia e ensinar-lhe como é se
sentir impotente e acuado.
Taylor ficou surpreso que alguém como Maverick pode se sentir
desamparado. Ele era alto, forte e intimidador. Ele não se parecia com
alguém que estaria para nada disso.
O Alfa concordou com a cabeça, olhando para Taylor.
— Eu acho que é uma ótima ideia Eu também acho que deveria ser
uma das primeiras coisas construídas. — Maverick sentou-se e colocou os
cotovelos novamente sobre a mesa atrás dele. Um largo sorriso se
espalhou pelo seu rosto. — Eu posso ver também alguns guerreiros
voluntariando-se para ajudar, você sabe, mantendo os abusadores à
distância.
— Eu tenho feito pesquisas sobre outros abrigos também. Nós
poderíamos oferecer aconselhamento financeiro. Nero poderia ajudar com
isso. Nós também poderíamos oferecer cortes de cabelo gratuitos para as
crianças. Haven poderia ajudar com isso. Poderíamos ainda oferecem
planos de pagamento para reparo de carros. Eu não acho que Mark se
oporia a esse serviço.
O rosto de Maverick ficou sério, enquanto olhava para Taylor. Ele
estalou os dedos e depois apontou para Taylor.
— Eu posso ver que você dedicou um bocado pensamentos para
isso. Eu gosto da compaixão, que você tem demonstrado. Acho que vou
chamá-lo de Centro de apoio Tate. Como é que isto soa?
Taylor ficou estarrecido.
— Eu não estou procurando reconhecimento com isto. Eu só quero
ajudar aqueles que estão procurando alguém para ajudá-los a sair de
qualquer dificuldade em que estejam metidos.
Maverick ficou de pé, um sorriso puxando o canto de sua boca.
— É por isso que ele vai carregar esse nome. — Ele virou-se e foi
embora, deixando Taylor olhando para suas costas em espanto.

Taylor atravessou a rua, depois de sair da livraria Murphy,


observando a construção do abrigo. Ele ficou espantado com a rapidez
com que Maverick tinha executado sua ideia, e teve tudo iniciado.
O edifício estava quase completo, e Taylor sentiu uma emoção correr
por ele, enquanto observava os trabalhadores construírem o seu sonho.
Depois de apenas dois meses ele estava assistindo a sua ideia nascendo.
Bem ao lado, os irmãos Santiago estavam tendo sua loja de
motocicletas construída. Taylor não tinha discutido com seu companheiro
quando ele disse que queria estar perto de Taylor, caso houvesse qualquer
problema. Na verdade, isso o fez sentir-se mais seguro, sabendo que seu
companheiro e seus irmãos estariam na porta ao lado
— Está indo muito bem. — comentou Dagon quando pisaram na
calçada. Taylor concordou. Era mais do que ele tinha ousado sonhar.
Maverick tinha dormitórios construídos na parte de trás, para aqueles
fugindo de alguém. Ele havia dito aos guerreiros que um lobo deveria
estar na patrulha, enquanto o abrigo abrigasse uma vítima.
Transeuntes curiosos pararam para ver, conversando uns com os
outros e perguntando o que estava sendo construído. Eles não iriam
anunciá-lo. As referências viriam através do centro da recuperação, e
então aqueles que necessitassem de abrigo seriam privadamente levados
para o abrigo. Iria anular o objetivo do abrigo, se todos soubessem onde
encontrar as vítimas.
Eles estariam divulgando para todos os serviços comunitários que
estariam sendo oferecidos, mas o lado feio das coisas seria mantido em
segredo. Taylor esperava que isso funcionasse dessa maneira. Ele não
estava muito certo de quanto abuso acontecia neste lugar, e ele orou para
as camas não enchessem. Isso significaria que eles tinham um problema
maior do que qualquer pessoa teria suspeitado.
Taylor foi até a loja de motocicletas, observando os olhos de Dagon
se iluminarem enquanto o telhado estava sendo colocado hoje. Tryck já
estava lá, vociferando a dos trabalhadores sobre como ele queria as
coisas.
Dagon deu uma risadinha.
— Ele tem sido mandão, desde que éramos filhotes. Eu não acho
que ele tenha dentro dele isso de ficar de braços cruzados e assistir.
Taylor ria com Dagon quando seu telefone celular tocou. O número
que exibia não era familiar para ele.
— Olá?
— T-Taylor?
A voz soava familiar, mas Taylor não poderia apontar de quem era
ela.
— Quem está falando?
— Steven.
Sinos de alarme dispararam na cabeça de Taylor. Ele atravessou a
rua para fugir do barulho da construção.
— Oi, Steven.
— Você lembra de mim? — Ele pareceu surpreso e um pouco
aliviado.
— Claro que sim. Existe algo em que eu possa ajudá-lo? — Taylor
andou um pouco mais para baixo, querendo dar a Steven atenção
ininterrupta. Dagon seguia de perto ao seu lado, as sobrancelhas
reunindo-se enquanto caminhava ao lado de Taylor.
— Eu não... Eu não estou certo de porque eu chamei. Você disse
para chamar se eu quisesse falar. — A voz estava trêmula do outro lado.
Taylor conseguia ouvir o medo que estava derramando-se sobre o
telefone.
Ele apontou para um banco do lado da lanchonete, Dagon sentou-se
quando Taylor se sentou ao lado dele.
— Eu estou ouvindo, Steven. — Podia ver Dagon eriçado, mas Taylor
retorceu sua face para cima e apontou para o abrigo. Dagon olhos se
arregalaram quando ele balançou a cabeça, entendendo ao que Taylor
estava se referindo.
— Aconteceu de novo. — Steven sussurrou.
— O que aconteceu, Steven? Foi golpeado de novo? — Dagon se
levantou e foi embora, Taylor ignorou-o enquanto se esforçava para ouvir.
—Steven?
— Sim. — Um pequeno sussurro soou pelo telefone.
Taylor fechou os olhos, o coração dele partindo-se pelo pequeno
homem.
— Eu posso ajudá-lo. Apenas me diga onde você está, e eu vou te
pegar. Eu o manterei em algum lugar seguro onde você possa ir.
— E-eu estou com medo.
— Eu sei. Mas se você me diga onde você está, eu posso te tirar daí.
— Taylor falou baixinho para Steven, esforçando-se para soar convincente.
Ele tinha que conseguir, ou Steven não lhe diria onde estava.
— V-você pode me ajudar?
— Sim. Vou lhe dar abrigo e uma nova vida, se é isso que você está
procurando. Podemos falar sobre isso quando eu buscá-lo. Vai me dizer
onde você está? — Taylor prendeu a respiração enquanto esperava Steven
responder.
— Ok.
Taylor correu para o dentro do restaurante, arrancando a caneta do
garçom, das mãos de Tangee. Ele pegou o bloco de pedidos, segurando o
telefone entre a orelha e o ombro enquanto ele anotava o endereço.
— É este o número onde eu posso chegar até você? — Ele acenou
agradecendo a Tangee quando ele entregou o bloco e caneta de volta para
o companheiro e, em seguida, decolou de volta para parte externa.
Exatamente em seguida Dagon estacionou em uma SUV 8, com Tryck
e Law no banco de trás.
— Eu estou no caminho. Eu devo estar aí em menos de 30 minutos.
Não saia a menos que você senta que sua vida está em perigo.
— Tudo bem. — Steven disse baixinho ao telefone.
— Eu não vou desligar. Basta ficar na linha comigo até eu chegar lá.
— Taylor?
Taylor empurrou o endereço para Dagon e acenou com a mão para
seu companheiro colocar a sua bunda em movimento. Dagon saiu do
estacionamento cantando pneu e atingiu a rampa de acesso, dirigindo
rapidamente para baixo da rodovia.
Taylor ficou olhando para os carros que passavam enquanto ouvia a
respiração Steven.

8
Um carro SUV é um carro como esse da foto ao lado, especialmente popular nos
Estados Unidos. É um carro esportivo com vários utilitários. Daí o nome. Ele é grande o suficiente
pra uma família, confortável, ao mesmo tempo esportivo e quase todos são 4 x 4.
— Você está aí?
— Sim. Eu só queria dizer obrigado.
Taylor fechou os olhos e soube que ele tinha feito a escolha certa
quando decidiu abrir o abrigo. Quando ele falou ao companheiro Drew,
sobre isso, Drew tinha se tornado tão animado como Taylor se sentia.
— Você é bem-vindo.
Ele podia ouvir Law ao fundo, falando ao telefone. Ele sabia que o
guerreiro estava conversando com Maverick.
— Nós precisaremos daquele abrigo esta noite. Existe alguma forma
deles poderem organizar o essencial completamente, para que o primeiro
ocupante possa dormir lá?
Taylor se esforçou para ouvir enquanto segurava o telefone, ouvindo
Steven respirar. Law deu Taylor um polegar para cima, deixando-o saber
Maverick estava tomando cuidado para que as coisas fossem finalizadas.
Ele soltou a respiração que ele estava segurando.
Taylor ficou em silêncio no telefone, enquanto eles saíram da
estrada, rodando pelas ruas da cidade até chegarem ao endereço que
Steven lhe dera.
— Estamos aqui fora. Estou enviando um amigo para pegar você,
Steven. Ele é muito alto, bem construído, com cabelo preto e olhos
verdes. — Taylor empurrou Dagon, acenando com a mão para seu
companheiro mover-se.
Dagon fechou a porta do caminhão, seus olhos explorando os
arredores, enquanto ele desaparecia no prédio de apartamentos.
— Alguém está batendo. — Steven sussurrou em pânico.
— É Dagon. Abra a porta para ele, Steven.
— O-Ok.
Taylor pôde ouvir a voz de Dagon na outra extremidade do telefone e
soube que seu companheiro estava ali.
— Eu vou desligar agora. Eu posso ouvir Dagon. Você está seguro,
Steven.
— O-Ok. — Steven desligou, e Taylor deixou uma corrente de ar
deixar os seus pulmões.
— Você está fazendo uma coisa boa. — Law deu um tapinha no
ombro Taylor.
— Obrigado. Mas agora começa a parte difícil. Ajudando Steven a
colocar sua vida nos eixos novamente. — Taylor sentou-se, olhando para a
rua além do para-brisa dianteiro. Ele não tinha ideia do que ele ia fazer,
mas ele estava disposto a ir ao máximo e além para ajudar Steven a
recomeçar sua vida.
— Foda. — gritou Tryck quando ele saltou da SUV, Law disparando
para fora logo após dele. Taylor balançou a cabeça, olhando sobre o banco
quando dois homens grandes se aproximaram de Dagon, um deles
gritando e agarrando Steven.
Steven foi encolhendo-se para trás quando Dagon empurrou o
homem apavorado para trás dele. Taylor saltou do veículo, puxando
Steven para longe, enquanto os irmãos Santiago cuidavam dos dois
homens.
— Entre. — Taylor abriu a porta traseira, subindo atrás de Steven.
— Eu tenho que ir. — Steven estendeu a mão para a maçaneta da
porta. — Se eu ir com ele, ele vai deixar seus amigos em paz.
Taylor agarrou o braço do homem amedrontado.
— Não nesta vida. Eles podem manejar isso sozinhos, confie em
mim.
Steven piscou para ele e então olhou sobre o banco para a rua atrás
dele.
— Você tem certeza? Eu não quero causar nenhum problema.
— Sem problemas. Você não é aquele que está causando problemas.
— Taylor olhou para trás para ver os irmãos caminhando em direção ao
veículo. Ele teve um vislumbre dos dois rapazes que tentaram levar
Steven, quando eles caminharam para dentro do prédio. Pareciam
chateado como o inferno. Taylor orou para que essa fosse a última vez que
eles viram eles.
Tryck deslizou no assento do motorista quando Law abriu a porta do
passageiro e ficou entrou. Dagon subiu na parte traseira e sentou-se ao
lado de Taylor.
— Você já encontrou Dagon. — Taylor apontou para seu
companheiro. — Esses são Tryck e Law. — Ele apontou para os dois
sentados na frente.
Steven aparentava querer fugir do caminhão quando Tryck e Direito
acenaram para o homem assustado.
— Você está seguro. Eles não vão machucá-lo.
Steven concordou e olhou para fora da janela. Deve ser assustador
como o inferno para ele estar com estranhos depois de ter sido abusado
por alguém em quem confiava. Taylor mentalmente bateu palmas para a
bravura de Steven. Taylor estava agora ainda mais determinado a ter
certeza de que Steven teria sua vida reunida de volta.
Tryck estacionou em frente à lanchonete, em seguida Taylor saiu,
acenando para Steven se juntar a ele. Ele queria que seu trêmulo colega
tivesse uma boa refeição em sua barriga. Ele era muito magro na opinião
de Taylor.
Seu companheiro e seus irmãos atravessaram a rua para verificar a
construção e para ver se o centro de apoio estava apto para Steven passar
a noite nele. Uma vez que o homem tinha comido, Taylor caminhou com
Steven até o outro lado da rua.
Maverick estava lá com Cecil, conversando com um dos
trabalhadores. Ele estendeu a mão e tocou o cotovelo de Steven,
apontando para o Alfa. Taylor limpou a garganta enquanto ele se
aproximava.
— Maverick, este é Steven.
O Alfa se virou e sorriu para o homem mais baixo. Com Maverick
medindo 2,05 metros de altura, todo mundo era menor.
— Olá, Steven.
Steven engoliu em seco e disparou um olhar sobre Taylor antes de
olhar novamente para Maverick.
— Oi.
Taylor puxou Steven para seu lado, explicando para ele para que o
edifício estava sendo construído, e que ele iria ficar ali a noite. Ele falou a
Steven de seu desejo de ser um conselheiro e que o homem era o seu
primeiro caso.
— Sinto-me honrado. — Steven riu suavemente. — Está tudo certo
para eu ficar aqui?
— Isso é o que Maverick — Taylor disse, apontando para o Alfa —
está discutindo com a equipe agora. Tenho certeza que estará. Se não,
temos uma abundância de quartos na toca para você ficar até que o
centro fique pronto.
Steven olhou para Taylor, inclinando sua a cabeça para o lado
quando ele passou a mão pelos cabelos pretos na altura dos ombros.
— Por que você está fazendo tudo isso para mim?
Dagon foi para trás de Taylor, envolvendo seus braços fortes em
torno de seus ombros, enquanto Taylor respondeu para Steven.
— Porque ninguém deve viver com medo. Eu acredito que todos
devem viver com satisfação, e não cumprindo a vida.
Dagon se abaixou e beijou Taylor em seu pescoço.
— Eu te amo.
Taylor podia sentir seu rosto esquentando.
— Eu também te amo. Agora deixe-me cuidar de Steven. — Ele
golpeou seu companheiro com sua mão.
Dagon sentiu o orgulho apertando em seu peito enquanto Taylor
conversava com Steven. Seu companheiro era corajoso, compassivo e
bondoso. Deus, o que era um tesão.
Remi aproximou-se, ele e Drew atravessando a rua. Dagon
conversou com Remi enquanto Drew falava com Taylor e Steven. Depois
que tudo foi resolvido, Remi se voluntariou para vigiar o local durante a
tarde, e Dagon se ofereceu para substituir Remi esta noite.
Com shifters desonestos, e agora com o agressor de Steven
envolvido, eles queriam garantir que Steven estaria a salvo.
Todo e qualquer um que pudesse ajudar vieram da toca, trazendo
camas e outros itens, e vendo como o abrigo estava parcialmente aberto
agora.
Dagon ajudou a trazer alguns balcões improvisados até que os que
Maverick as tinha encomendado fossem entregues. Ele percebeu como o
mestre de obras ficou observando Steven. Ele estava instalando a parte
elétrica com seus olhos constantemente seguindo os movimentos de
Steven, enquanto o primeiro ocupante do abrigo ajudava a organizar tudo.
Ele cutucou Law, apontando para o mestre de obras pois ambos o
viram assistindo a Steven.
— Você acha que é preciso manter um olho nele? — Dagon
perguntou quando ele cruzou os braços sobre o peito.
— Vou deixar Remi saber. — Law deixou o seu lado, enquanto Dagon
procurou seu companheiro. Taylor estava colocando algumas toalhas no
armário, cantarolando baixinho. Dagon nunca tinha visto uma visão mais
linda. Ele olhou ao redor do edifício, maravilhado com tudo isso que Taylor
estava fazendo.
— Eu posso sentir você me olhando. — Taylor sorriu enquanto ele se
virou, caminhando em linha reta para os braços de Dagon. Ele estendeu a
mão e plantou seus lábios sobre os de Dagon, dando-lhe um beijo quente.
— Você continua assim, cachorrinho, e eu serei obrigado a usar uma
dessas camas.
Taylor riu quando ele se afastou.
— Eu posso ver que trabalhar um do lado dos outro vai ser muito
interessante.
— Você não tem ideia — Dagon deu um tapinha na bunda de seu
companheiro enquanto ele piscou para ele.
— Pervertido.
— Provocador.
Dagon puxou Taylor através da construção quase concluída.
— Vamos jantar.
— Legal, eu estou morrendo de fome. Eu não comi, quando Steven
comeu. Eu estava esperando por você. — Taylor gritou para Drew que ele
e Dagon estavam indo apanhar algo para comer, Drew acenou para ele.
Eles saíram do prédio na bela noite. O crepúsculo estava saindo
agora, o momento favorito do dia para Dagon.
Eles avistaram Thomas, o conselheiro do centro recuperação,
sentado no balcão desfrutando de uma refeição.
— Como vão as coisas? — Perguntou ele antes de enfiar uma
garfada de puré de batata em sua boca.
— Bem. — Taylor sentou ao lado de Thomas, contando a ele sobre
Steven.
— Bem, parece que vocês abriram na hora certa.
—Parece que sim. — Dagon se sentou ao lado de Taylor.
— Como vai, Keata? — Ele perguntou ao companheiro Cody. Cody
possuía metade da lanchonete, e Keata vinha trabalhar com seu
companheiro todos os dias. Ele notou que Keata assumiu um papel mais
ativo na lanchonete. O companheiro ajudava George quando ele precisava
de auxílio, e servia os clientes quando a lanchonete ficava lotada. Agora
ele estava comendo na lanchonete.
— Eu estou bem. Como está você, Dagon? — O inglês do
companheiro tinha percorrido um longo caminho desde que ele chegou à
Vila Brac.
— Bem. Estou muito bem.
Frank anotou os seus pedidos, entregando-os a George quando
Dagon pôs a mão na parte de baixo das costas de Taylor. O contato fazia
ele sentir-se conectado ao seu companheiro de uma pequena maneira. Ele
podia sentir a total alegria proveniente de Taylor, no momento, e uma
sensação de paz estabeleceu-se dentro de Dagon.
Taylor inclinou suas costas contra Dagon enquanto ele conversava
com Thomas. Dagon passou o braço pelos ombros de Taylor, enquanto ele
falou com Keata.
Assim que terminaram de comer, eles se despediram e foram para
casa.

Remi observou o mestre de obras enquanto Drew falava calmamente


com Steven. Se o shifter pensava que ele faria uma investida em um ser
humano indefeso, Remi estaria arrancando as bolas dele e fazendo um
cordão como o das luzes da árvore de Natal.
Ele casualmente caminhou até o perseguidor, observando-o
enquanto ele trabalhava.
— Existe uma razão para você continuar observando Steven, ou
você está procurando descansar seu rosto no meu punho?
— O quê? — O mestre de obras virou-se para Remi, perplexidade em
seus olhos. Remi apontou para os olhos do homem, um sorriso tolo no
rosto.
— Não jogue esse jogo de inocente comigo. Eu estou vendo você
observá-lo, e eu não estou gostando nem um pouco. Se você fizer uma
investida sobre ele, eu esmagarei suas bolas com a minha fodida bota.
A chave de fenda caiu da mão do mestre de obras, enquanto ele
olhava para Remi, com os olhos arregalados.
— Você é um fodido louco ou coisa parecida?
— Ou coisa parecida. — Remi vociferou. — Eu vou estar te
observando. — Remi fez um V com os dedos, apontando de seus olhos
para os do mestre de obras. Ele murmurou com a boca “Eu estou de olho
em você” quando ele se virou.
Remi senti-se melhor sabendo que o supervisor sabia que ele estava
sendo observado agora. Ele tinha um sorriso de satisfação no rosto quando
ele se sentou atrás da mesa improvisada, observando o mestre de obras
olhando Steven.

Capítulo Dez

Dagon se sentou em uma cadeira dobrável na calçada, enquanto


observava o trabalho da equipe de construção em sua loja e no abrigo. As
pessoas andavam em torno dele, olhando para a sua figura sentada como
se ele tivesse perdido a cabeça.
Ele deu de ombros, não se importando com o que ninguém pensou.
Ele estava cansado e irritadiço, tendo ficado acordado a noite toda
patrulhando o abrigo. Um bom dia de sono e um banho quente era o que
ele queria e não necessariamente nessa ordem. Mas a única coisa que ele
mais queria era se enroscar ao lado de seu companheiro.
Ludo, um dos guerreiros, estacionou seu caminhão em frente a
Livraria de Murphy, e seu companheiro saiu do banco de trás. Deus, ele
era um colírio para os olhos. Ele esticou os braços acima da cabeça
enquanto suas costas estalavam. Foda-se, estava cansado.
Taylor o viu e correu através da rua.
— Eu senti sua falta. — Taylor se abaixou e deu um beijo grande e
molhado em seus lábios.
— Eu senti sua falta, também, cachorrinho. — Dagon passou as
mãos para baixo pelo lado de Taylor, desfrutando de sensação de tocar seu
companheiro.
Parecia que uma vida inteira tinha se passado desde que ele esteve
no quintal de Taylor e conversou com ele ao telefone. Eles não tinham
ouvido nada sobre a mãe de Taylor, e o irmão mais velho, Brad, tinha se
apropriado da casa. Josh e Taylor não poderiam se importar menos. Não
era como se Brad tivesse tido uma participação ativa em suas vidas de
qualquer maneira.
— Como está o Steven? — Taylor perguntou.
— Eu não sei. Eu não o incomodei. Ele foi para a cama na noite
passada, e eu fiquei aqui fora patrulhando a área. Ele pode estar
acordado. —Dagon ficou, esticando um pouco mais antes de seguir Taylor
para dentro. Estava alguns graus mais frio no interior do edifício. Maverick
teria o ar central instalado em uma semana ou duas, mas Dagon ficou ali
deixando sua pele refrescar-se enquanto Taylor caminhou para a parte de
trás, onde Steven estava dormindo.
Dagon inalou o cheiro do novo edifício, deixando o aroma de um
quarto recém-pintado envolver seus pulmões. Taylor e Steven
caminhavam para parte da frente. Dagon teve que segurar uma risada, ao
ver a aparência desgrenhada de Steven.
— Eu só queria que vocês soubessem que estamos em fase de
conclusão. — O mestre de obras entrou pela porta da frente, com os olhos
travados em Steven.
— Vou deixar Maverick saber. — disse Dagon enquanto ele andou
através do cômodo.
— O meu nome é Roman. — O mestre de obras estendeu a mão
para ele.
— Dagon — disse ele quando apertou a mão do homem. — Posso ter
uma palavrinha com você?
— Claro. — Roman caminhou para fora com Dagon. Ele virou-se,
acertando diretamente no rosto do mestre de obras.
— Eu não sei o que você está fazendo, mas se você aproximar-se de
Steven, eu vou chutar o seu fodido traseiro.
Roman rosnou enquanto ele olhava para Dagon.
— O que há com você shifters lobo? Vocês lobos Madeira são todos
idiotas psicóticos?
Dagon enfiou um dedo no peito de Roman.
— Eu não tenho ideia do que você está falando, mas aquele humano
ali já sofreu o suficiente. Ele não precisa de alguém tentando fazer
investidas sobre ele. Dê o fora daqui. — advertiu Dagon.
— Primeiro de tudo — disse Roman, empurrando suas luvas no bolso
de trás: — Eu não estou tentando fazer nenhuma investida para ele, como
você falou de forma tão eloquente. Ele é meu companheiro, então dê você
o fora. — Roman tomou uma posição, endireitando seus ombros quando
ele encarou Dagon.
— Bem, droga. — Dagon recuou. —Isso era tudo o que eu tinha a
dizer. — Ele passou as mãos pelos cabelos quando ele olhou para o abrigo
e depois de volta para Roman. — Olha, ele há pouco fugiu de algum
babaca que o usou como um saco de pancadas pessoal. Tudo o que eu
estou dizendo-lhe é que dê a ele algum espaço.
Ambos pularam quando o som de vozes gritando veio do abrigo. Eles
dispararam pela porta da frente para ver Steven encolhido em um canto e
Taylor levitando os móveis da sala inteira na porta de acesso para os
dormitórios.
— Cachorrinho? — Dagon perguntou quando ele se aproximou de
seu companheiro. Ele olhou por cima e viu Roman escondendo Steven
atrás dele.
— O que há de errado?
— Minha mãe. — ele gritou por cima do ombro. — Ela apareceu na
porta e veio atrás de mim com a maior maldita faca que eu já vi.
Dagon virou-se e apontou para a porta da frente.
— Leve Steven para fora daqui. Leve-o para onde você estiver
hospedado e mantenha-o seguro.
Roman assentiu e tirou Steven do abrigo.
— Espere, porque você está mandando Steven com ele? — Taylor
perguntou com uma voz cheia de pânico.
— Porque Roman é seu companheiro. Agora vamos pousar os
móveis para que possamos sair daqui. — Taylor olhou para a porta que ele
estava segurando os móveis contra e, em seguida, para porta da frente.
Ele lentamente apoiou os moveis no chão até chegar ao limite e depois
baixou os braços, correndo para porta da frente com Dagon em seus
calcanhares.
— Eu pensei que os guerreiros a tinham levado embora. — Taylor
falou ofegante enquanto corria pela rua.
— Acho que precisamos encontrar Panahasi e ter uma conversa com
ele.
Eles pularam na caminhonete de Dagon e aceleraram em direção a
toca. Dagon olhava pelo espelho retrovisor, como se Tamera fosse
aparecer na estrada atrás deles. Taylor manteve o cinto de segurança
prezando por sua estimada vida, quando Dagon fez a curva e atingiu a
estrada de cascalhos.
Ambos pularam para fora do veículo, atravessando o gramado,
fazendo o seu caminho até a porta. Dagon agarrou a mão de Taylor,
quando ele atirou-se em direção ao corredor para o escritório do Maverick.
Taylor deixou-se cair no sofá assim que Dagon fechou a porta do
escritório. O Alfa olhou curiosamente para os dois.
— Sua mãe decidiu fazer-lhe uma visita. — Dagon disse ofegante
enquanto apontava para Taylor.
Maverick ficou automaticamente de pé, agarrando as cortinas e
fechando-as até que a luz não podia penetrar as cortinas pesadas.
— Panahasi. — o Alfa gritou para fora.
9
Eles esperaram, Dagon olhando em volta como se Casper fosse
saltar a qualquer momento. Isto era uma bobagem.
— Panahasi! — Dagon rugiu.
Maverick sorriu levantando uma sobrancelha.
— Impaciente?
— Você está malditamente certo. — Dagon rosnou.
Olhos apareceram, e depois Panahasi entrou no escritório.
— Eu não sou o seu animal de estimação do caralho. Pare de me
chamar.
— Minha mãe esta solta. — Taylor deixou escapar.
Dagon estava de pé, andando em volta do líder demônio.
— Por que isso?
Panahasi revirou os olhos e jogou as mãos para cima.
— Porque o protetor julgou-a inocente. Por que mais?
— Que diabos é um protetor, e porque não nos disse que havia uma
chance de que ela pudesse ser solta? — Maverick exigiu quando ele andou
da janela até onde o líder demônio estava de pé. — Existe alguma coisa

9
Casper the Friendly Ghost (no Brasil, Gasparzinho o Fantasminha Camarada) é um
personagem norte-americano de desenho animado e história em quadrinhos da editora Harvey
Comics, voltado para o público infantil.
que precisamos saber?
— O protetor não é alguém com que você precisa se preocupar, e a
razão de eu não lhe dizer nada foi porque é extremamente raro alguém
ser considerado inocente.
— Mas havia uma mínima possibilidade. — Dagon cuspiu as palavras
desdenhosamente. — Você deveria ter nos avisado! — Gritou ele.
Taylor começou a puxar seu braço quando Panahasi endireitou os
ombros e inclinou-se para Dagon, seus rostos a poucos centímetros de
distância.
— Você não tem nenhum indício do que sou capaz, shifter. Eu sugiro
fortemente que você recue.
Taylor jogou as mãos para frente, e o sofá começou a levantar do
chão. Dagon torceu uma sobrancelha e olhou para seu companheiro,
Taylor encolheu os ombros.
— Eu tentei.
— Seus poderes são inúteis contra mim, jovem demônio, e eu sugiro
que você não experimente-os novamente contra mim. Minha paciência
tem limites.
— Você está ameaçando o meu companheiro?
— Existe mais alguma coisa que eu possa fazer por você? Eu
cuidarei do demônio, pode ter certeza.
Maverick encostou-se em sua mesa, beliscando a ponte de seu nariz.

— Obrigado.
— Obrigado? Por que diabos você está agradecendo-lhe? — Dagon
rosnou quando ele puxou Taylor próximo ao seu lado. Isto foi fodidamente
irreal. Dagon mal continha sua raiva quando o líder voltou para as
sombras. Suas mãos em punhos ao seu lado enquanto ele soprava um
fluxo constante de ar. Ele não permitiria que Panahasi o tirasse do sério.
— Precisamos deixar os outros saberem que a mãe de Taylor ainda é
uma ameaça. — Maverick saiu do escritório, deixando Dagon e Taylor ali.
— Bem, droga, isso não ajudou. — Dagon correu as mãos sobre a
cabeça de Taylor enquanto ele considerava o que deviam fazer. O abrigo
não foi oficialmente inaugurado, mas ainda tinha um ocupante para cuidar.
Steven precisava de aconselhamento e de outros serviços que ele
tecnicamente poderia obter a partir de Thomas, mas ele sabia que Taylor
queria fazer o seu trabalho.
— Precisamos verificar o Steven. — Taylor tinha lido seus
pensamentos, falando em voz alta. — Eu não me sinto bem o trazendo
aqui e, em seguida, deixando o mestre de obras levá-lo embora. Ele
confiou em mim, Dagon.
— Eu sei querido. Nós vamos encontrá-lo. — Dagon fez uma
varredura nos arredores, quando ele colocou Taylor em uma das
caminhonetes e dirigiu de volta à cidade. Seus sentidos estavam em alerta
máximo, observando todo mundo quando ele retornou ao local, todo
mundo estava limpando suas ferramentas e fazendo tudo aquilo que os
homens faziam quando foi um trabalho estava pronto.
— Você pode me dizer onde encontrar Roman? — Dagon, perguntou
a um dos trabalhadores.
— Ele está fora, na fazenda do Lakelands — um dos trabalhadores
respondeu por cima do ombro enquanto transportou uma carga de
drywall10 usadas na traseira de um caminhão. — Você sabe onde é?
Dagon sentiu-se estúpido como o inferno quando ele sacudiu a
cabeça. Era triste que, em sua própria cidade, um estranho tivesse que lhe
informar onde alguém vivia. Esperava que isso fosse mudar uma vez que
os novos negócios estivessem instalados e funcionando.
— Obrigado. — disse Dagon quando ele voltou para sua
caminhonete. Ele deslizou através do assento do banco, agarrando a mão
de Taylor e dando-lhe um aperto leve. — Estou pensando que talvez

10
O Drywall literalmente “muro seco” ou “parede seca”, é uma técnica de revestimento que substitui
as vedações internas convencionais (paredes, tetos, forros e revestimentos) de edifícios de
quaisquer tipos. Usualment é composto de chapas de gesso aparafusadas em estruturas de perfis
de aço galvanizado.
devêssemos deixar Steven digerir o que aconteceu antes aparecermos por
lá. O que você acha que irmos na parte da manhã? Ele está com o seu
companheiro afinal de contas, e Roman não vai deixar nenhum mal chegar
até ele.
— Eu me sinto terrível que Steven testemunhou tudo isso. Além do
fato de que ele deve estar provavelmente surtando com o que eu fiz, ele
já estava instável como o inferno desde o início. — Taylor murmurou. —
Mas você está certo. Provavelmente é melhor deixá-lo acalmar-se.
Embora Taylor não gostasse da ideia, ele sabia que Dagon estava
certo.

Taylor olhou para a velha casa branca. Ele queria chutar-se pelo que
aconteceu no abrigo. Steven havia confiado nele para ajudá-lo, e Taylor
tinha feito o pior.
— Vai ficar tudo bem, cachorrinho. — Dagon ficou o seu lado, assim
que saiu da caminhonete. Ele estava agradecido pela força de seu
companheiro. Dagon iria atrás dele até o fim neste caminho novo Taylor
estava tomando, e saber que alguém estava ao seu lado ajudava
tremendamente.
— Eu posso ajudá-los? — Um senhor mais velho veio à porta com
uma espingarda sobre o ombro. Maravilha, quanto mais de merdas
traumatizantes Taylor poderia trazer para Steven até agora?
— Estou à procura de Roman e Steven— Dagon gritou enquanto eles
andavam mais perto da varanda da frente. Dagon tinha puxado a mão de
Taylor até que ele ficou parcialmente atrás de Dagon. Seu companheiro
não parecia gostar do fato de o homem ter uma arma e nem Taylor.
— Você são amigos? — O homem perguntou quando abaixou
ligeiramente a arma.
— Sim. Você poderia dizer-lhes que Dagon e Taylor estão aqui fora?
— Dagon respondeu.
— Espere aqui mesmo. — O homem apontou para sua varanda com
a espingarda. — Se você pisar na minha casa sem ser convidado, eu vou
atirar em você.
— Ele parece simpático. — disse Taylor quando ele subiu na varanda
e se sentou no balanço que estava a esquerda da porta.
— Extremamente amigável. — Dagon rosnou quando ele ficou na
frente de Taylor, bloqueando sua visão. Taylor estendeu a mão e deu um
tapa de quadril Dagon, empurrando a cabeça para o lado.
— Mova-se.
— Não enquanto eu ainda estiver respirando. — Dagon grunhiu e
cruzou os braços sobre o peito.
— Taylor? — Steven perguntou quando ele saiu hesitante para a
varanda.
— Sou eu, atrás do Sr Montanha aqui. — Taylor moveu seu
companheiro para o lado enquanto ele se aproximava Steven. — Olha, eu
sinto muito que você teve de ver o que aconteceu ontem. Eu sei que você
deve estar censurando-se e lamentando a sua decisão de vir pra cá, mas
prometo que é seguro.
Steven balançou a cabeça enquanto ele olhou para a porta de tela.
— Roman explicou bastante para mim. Eu acho que entendo.
— Então você não está tentando correr de volta para a cidade?
— Por que eu faria isso? Eu estou bem, Taylor. —Steven enfiou as
mãos nos bolsos da frente, enquanto olhava ao redor da varanda da
frente.
— Então você vai voltar para o abrigo?
Steven balançou a cabeça.
— Eu prefiro ficar aqui. Sr. Lakeland é muito bom, assim como são
Roman e seus irmãos.
Que diabo Taylor deveria fazer agora?
— Eu marquei um encontro para você com Thomas, ele é um dos
conselheiros, para hoje às dez horas. — Taylor começou a entrar em
pânico. Todas as coisas pelas quais ele trabalhado pareciam estar caindo
aos pedaços ao seu redor.
— Eu vou. Eu só não quero ficar no abrigo. — Steven foi até as
escadas e sentou-se.
— É o abrigo? Diga-me o que você não gosta nele. — Taylor se
sentou ao lado de Steven nos degraus, puxando as pernas da calça
enquanto rezava para que ele não tivesse tomado a decisão errada de
abrir esta coisa em primeiro lugar.
Ele sentiu seu sonho explodindo com a brisa, os ombros caindo em
derrota. Dagon ajoelhou-se atrás dele, massageando seus ombros
enquanto Taylor via a sua primeira chance de uma vida significativa
escorregar por entre os dedos.
— Oh não, o abrigo é muito acolhedor. Eu apenas prefiro ficar aqui.
—Cabeça de Steven caiu para o lado quando os seus olhos se arregalaram.
— A menos que você queira que eu vá para lá.
— Ninguém está forçando você, Steven. Se você está mais
confortável aqui, então não nos importamos. — Dagon entrou em cena,
falando quando Taylor sentiu como se sua língua tivesse colada no céu da
boca. — Vamos lá, cachorrinho. Vamos para casa. — Dagon deu um
tapinha no ombro quando ele continuou parado.
— Você vai para a sua consulta hoje? — Taylor perguntou, antes de
ele se levantar e passar as mãos na parte de trás de sua calça, limpando-
a.
— Eu prometo. — Steven estendeu a mão para frente. — Obrigado
por me ajudar, Taylor.
Taylor sorriu enquanto apertou a mão de Steven.
— Esse é o meu trabalho. Chame-me se você precisar de alguma
coisa.
— Eu digo o mesmo para você. — Steven sorriu quando ele terminou
sentença de Taylor.
— Eu te vejo mais tarde no abrigo.
Taylor agarrou a mão de Dagon quando eles caminharam de volta
para a caminhonete.
— Eu quero passear.
Dagon riu enquanto subia para o lado do motorista.
— Eu quero que você passeie.

Taylor saltou na parte de trás da motocicleta de Dagon quando eles


dirigiram-se novamente para a pequena padaria a 30 milhas de casa. Era
crepúsculo agora, as estrelas brilhando quando Dagon estacionou no fundo
da padaria. Estava fechado, mas eles tinham trazido seus próprios
deleites.
Taylor partiu para o gazebo enquanto Dagon o seguia de perto. Ele
colocou o saco com pão e queijo no banco quando ele virou e passou os
braços em volta da cintura de Dagon.
— Parece que passou uma vida inteira desde que estivemos aqui.
— É, parece. — Dagon colocou pequenos beijos ao longo do pescoço
de Taylor. — Lembro-me de uma certa pessoa que se apavorou ao dar-me
um boquete. — Ele riu no pescoço de Taylor. — Agora ele é um
profissional.
— E eu me lembro de um engraçadinho que queria me dar uma
estrela dourada de puro entusiasmo. — Taylor riu. — A grama ainda está
alta. —Ele mexeu as sobrancelhas quando ele saiu correndo.
— Bom, eu terei meu pau sugado novamente, então. — Dagon
conduziu a perseguição.
O estrondo de gargalhadas seguia atrás de Taylor enquanto ele
corria pelo mato, ouvindo perto Dagon trás. Ele pulou quando um braço
estendeu a mão e agarrou-o. Ele gritou enquanto tentava soltar-se.
— Seu filho da puta. Eu disse que Josh iria passar isso para você. —
Sua mãe puxava-o para perto com suas unhas cavando dolorosamente em
seu braço.
— Por que você está fazendo isso? Você é minha mãe. — Taylor
chorava enquanto tentava se afastar, vendo o sangue escorrer lentamente
de seu braço. Isto era um fodido pesadelo.
— Somente pelo sangue, bicha. —Ela jogou Taylor no chão, puxando
uma longa faca serrilhada de dentro de uma bainha presa ao lado de sua
perna. — Eu não posso curá-lo, então eu vou te matar.
A visão de Taylor turvou-se quando a faca subiu ao ar. Ele estava
chorando, tentando limpar as lágrimas para que ele pudesse ver. Por quê?
Por que ele iria querer ver a sua própria mãe dando uma facada nele?
Taylor ficou com raiva. Ele não tinha feito nada errado, e sua mãe, um
fodido demônio, estava tentando matá-lo.
— Não! —Ele gritou enquanto ele levantava a mão, fazendo com que
a faca voasse para longe dela e caísse em algum lugar na grama alta.
— Eu vejo que os seus poderes estão crescendo moleque. Mas eles
não serão suficientes.
Taylor assistiu com horror como Dagon, em sua forma de lobo, pulou
do mato alto, combatendo sua mãe enquanto ele lutava para salvar a vida
de Taylor.
— Dagon! — Taylor saltou, correndo ao redor do par que lutava e se
sentindo impotente para fazer qualquer coisa.
— Afaste-se. — disse Panahasi quando ele emergiu da grama. O líder
levantou uma mão e depois atirou-a, sua mãe se levantando e voando
pelo ar. Ele viu dois dos guerreiros demônios com ele, eles a confrontaram
e em seguida, colocaram umas algemas de aparência estranha nela.
— Você seu fodido veado. Isto não acabou. Eu vou matar você. —Ela
lutou com seus captores enquanto ela era arrastada.
— Eu acho que desta vez o protetor tem um motivo para segurá-la.
— Panahasi curvou-se e, em seguida, afastou-se.
Dagon mudou, envolvendo os braços ao redor de Taylor quando ele
ficou ali, entorpecido.
— Ela tentou me matar. — disse ele em estado de choque.
— Eu sei cachorrinho. — Dagon passou as mãos para cima e para
baixo das costas de Taylor, acalmando-o como ninguém mais poderia. —As
coisas parecem loucas no momento, mas tudo vai melhorar.
Taylor bufou.
— Dificilmente. Vivemos em um mundo paranormal. As coisas
estarão sempre tendendo a ser atrapalhadas.
Dagon riu, o peito nu, vibrando com o riso.
— Verdade. Mas elas nunca vão ser tediosas.
Taylor atraiu os ombros de Dagon para si, enquanto ele embrulhou
as pernas em volta da cintura seu cônjuge.
— A vida com você nunca é chata. Agora, eu podia jurar que alguém
mencionou algo sobre um passeio.
Taylor riu quando Dagon rosnou, e jogou-se no chão com seus
braços abertos.
— Passeio de Dagon, ao seu serviço.

FIM

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