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Matilha Brac 19
Taylor passou toda a sua vida ouvindo sua mãe falar cruelmente
sobre gays, e sua atração por Dagon o tem confundido e envergonhado.
Dagon entende as dúvidas de seu companheiro e inseguranças, e ele se
esforça para convencer Taylor que o amor não conhece limites.
Dagon esperava que o irmão mais velho de Taylor, Joshua, que era
acoplado ao seu irmão Law, seria suficiente para convencer Taylor a
aceitar quem ele é, mas Taylor ainda se recusa a reconhecer plenamente
seu amor por Dagon, e Dagon logo se cansa.
Enquanto isso, o demônio interior de Taylor pode ser mais tangível
do que se poderia imaginar, e os companheiros, arriscam suas vidas para
ajudar Taylor a decolar em sua aventura mais incrível ainda.
Capítulo Um
Dagon se levantou quando viu uma luz fraca no quarto do Taylor. Ele
resmungou, sabendo exatamente o que significava que a luz maldita.
Melonee.
Os dois se tornaram grandes amigos e companheiros desde as brigas
quando eles se conheceram. Dagon arrastou-se até a varanda, escalando o
teto solar e olhando para o quarto de seu companheiro.
Taylor não estava lá.
— Maverick. — Dagon falou em seu telefone celular que ele puxou de
seu casaco quando se sentou no telhado. — Sua filha sequestrou meu
companheiro.
O Alfa riu.
— Parece que eles se tornaram amigos. Eu vou verificar seu quarto.
— Eu aprecio isso. — Dagon desligou o telefone e se arrastou para a
janela.
Ele foi até o armário, se escondendo quando escutou um barulho de
chave na fechadura. Será que Taylor sabia que sua mãe tinha uma chave?
Ele viu pela fresta a mãe de Taylor entrar no quarto, e farejar ao
redor, maldição. Será que ela realmente estava apenas farejando seu
quarto? Que ser humano fez algo assim? Uma sensação desconfortável
estabeleceu em seu estômago. Algo sinistro estava acontecendo aqui, e
ele estava indo chegar ao fundo disso, especialmente com seu
companheiro de vivendo aqui.
Ele ia pedir o detetive Lewis, um dos companheiros, para verificar se
a mãe de Taylor era uma ameaça. Provavelmente nada que ele pudesse
fazer sobre isso, mas o pensamento de seu companheiro ficar aqui não o
estava deixando confortável.
A mãe de Taylor curvou e cheirou a colcha da cama. Ok, isso era
muito malditamente estranho.
O coração do Dagon parou quando Melonee, Taylor, e Tangee
brilharam na sala naquele exato momento.
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Ok, ele não ia entrar em pânico. Seu irmão era agora um vampiro e
sua mãe era um demônio? Que porra estava acontecendo neste mundo
louco em que vivia?
Ele não era um demônio, nem mesmo a metade. Taylor agarrou a
pele de Dagon, precisando de uma âncora conforme ele sentiu sua visão
ficar turva e ele ficou tonto.
Isto era algo maldito para tomar aos poucos, e seu irmão mais velho
Brad? Ele era humano, e Josh foi assim, antes o que aconteceu com ele,
Taylor ainda iria questionar seu irmão, porque ele é um demônio e eles
não foram?
Todos eles foram criados pela mesma mulher. Taylor observava
enquanto Josh arrastou para o quarto, deslizou por trás do Sentinela, e
correu para sua cama. Ele puxou o lençol até o peito.
Ele estava nu pronto para sair chorando, será que ninguém
percebeu?
Ele não tinha sequer começado a processar o fato de que ele dormiu
com um homem, quando tudo isso foi colocado em seus pés, será que ele
não podia ter um pouco de tranquilidade?
Ninguém prestou atenção ao fato de que um lobo estava sobre ele,
apenas um lençol cobrindo sua forma nua. Todos eles devem saber que ele
dormiu com um homem, mas ninguém disse nada.
Era como se eles viram esse tipo de coisa o tempo todo, bem ele
não, e estava nervoso.
Ele queria seu tempo para surtar, e ninguém estava dando a ele.
— Eles dizem que eu sou um demônio. — Disse para Josh, ignorando
todos os outros na sala.
Se eles se concentrassem em seu irmão.
— Eu sei.
— Você sabia?
— Não. — Josh balançou a cabeça. — Eu sei por que eu ouvi-los.
— Como?
Essa foi à grande questão que ele tinha. Como diabos eles não
sabem? Seus dedos se aprofundavam em pele do Dagon, sentindo a
histeria se aproximar à medida que ele pensava sobre tudo isso.
— Sei lá. — Josh deu de ombros.
— Eu posso? — Panahasi deu um passo em direção a Taylor, e os
lobos rosnaram.
Dagon foi o mais alto, mais profundo e mais assustador.
— Gostaria de aconselhar para não fazer isso. — Maverick apontou
para Dagon.
— Seu companheiro morreria para protegê-lo, e nós faríamos o
mesmo para proteger ambos. — Panahasi assentiu e deu um passo atrás.
— Eu respeito o vínculo.
Ele virou-se para Taylor.
— Você e seus irmãos são jovens demais para lembrar, mas seu pai
era solteiro com Brad e Josh. Ele conheceu sua mãe e namorou com ela.
— E plantou sua semente? — Ele poderia soar mais grave? Taylor
estremeceu. Pensar em seus pais tendo relações sexuais era nojento.
Pensar nessa coisa como sua mãe era ainda mais nojento.
— Ela não vai parar até que sua prole ser devolvida para ela. Apesar
de mal como ela é, seu lado maternal é forçá-la a caçá-lo.
Taylor lutou com o fato de que ela era sua mãe. A mãe que cresceu
com ele não foi sempre carinhosa. Ela o amava, e ele a amou.
— Eu não posso deixar você matá-la.
— Então ela vai ser contida. — Panahasi olhou para ele com olhos
simpáticos, fazendo com que Taylor se perguntasse como um demônio
poderia ser compreensivo.
— Eu preciso ficar sozinho, deixem-me. — Taylor disse com raiva.
— Meu escritório. — Maverick levou a tribo de demônios de seu
quarto, e Josh beijou seu rosto antes de sair também.
Dagon voltou a forma humana assim que o quarto estava vazio e a
porta fechada.
— Você está bem?
— Eu pareço bem? Eu só tive relações sexuais com um homem, meu
irmão é um vampiro, minha mãe é um demônio, e eu estou deitado nu
enrolado em um lençol, enquanto todo mundo discute a minha vida. Não,
eu não estou bem.
Merda, seu companheiro estava em pânico. Ele deveria ter ido lento,
e não ceder a Taylor. Ele sabia que Taylor era ainda hesitante, mas com
seu companheiro exibindo-se na frente dele, foi mais do que Dagon podia
suportar.
Muito tarde, agora tudo o que podia fazer era lidar com as
consequências. Dagon puxou Taylor em seus braços, seu companheiro
lutou para se libertar. Não foi apenas o sexo. A notícia dada de que ele era
meio demônio, e que sua mãe estava fora para recuperá-lo, teve seu peso
sobre Taylor.
— Calmo cachorrinho. — Dagon o abraçou apertado quando Taylor
parou de lutar e começou a chorar em seus braços. — Nós vamos lidar
com isso juntos. — As lágrimas de seu companheiro eram a sua ruína.
Doeu o coração ver seu companheiro com dor.
Taylor agarrou Dagon com um aperto de morte. Seu corpo magro
tremeu com soluços, as lágrimas lavando o que ele estava sentindo por
dentro.
Dagon abraçou ainda mais apertado seu companheiro, balançando-o
para frente e para trás, desejando que ele pudesse apagar tudo isso e
levá-los de volta há uma hora, quando Taylor recebeu o seu toque, e a
felicidade de seu homem, em amá-lo livremente sem nada em troca.
Ele não estava desistindo de seu companheiro. Se Taylor precisava
de tempo, ele daria.
Embora, depois de conhecer o corpo de seu companheiro do jeito
que ele fez agora, seria angustiante vê-lo e não tocá-lo.
O corpo de Taylor o acolheu e lhe deu o mais puro prazer. Se
somente na mente de Taylor sentisse o mesmo.
Tamera viu seu filho sair da casa com o shifter. Mesmo se fosse a
última coisa que ela fizesse, ela iria matar o lobo por reivindicar seu filho.
Era uma abominação dois homens ficarem juntos, e ele pagaria por
transformar sua prole em gay.
Ela não se importava com Josh ou Brad, eles não eram dela. Mas
Taylor sim.
Se ele lutasse com ela sobre isso, ela iria matá-lo, também.
Droga essa coisa de instinto materno estava em seu sistema, não
estava em sua natureza, e talvez liquidar o moleque iria livrá-la disso.
Hmm, não era uma má ideia
Capítulo Cinco
Taylor fez a coisa mais incrível, ele puxou o pau de Dagon e abriu
sua boca quando o sêmen do Dagon disparou, atingindo o seu
companheiro na boca, um pouco pousando em seu queixo. Taylor lambeu
o coroa, lambendo qualquer vestígio do seu sêmen.
Taylor sorriu para Dagon, e limpou seu queixo. Com o sol por trás de
seu companheiro, Dagon nunca tinha visto uma visão mais serena.
Os raios da tarde criaram uma coroa em torno da cabeça de Taylor,
fazendo parecer que ele não era da terra, mas um anjo que tinha descido
do céu.
Dagon traçou os dedos pelo rosto de Taylor, o polegar acariciando
seus lábios inchados.
— Você é perfeito.
— Você só está dizendo isso por que... — Taylor acenou com a mão
para o pau ainda expostos de Dagon, transformando em um escarlate
profundo.
— Não, eu diria isso mesmo que não tivéssemos relações sexuais,
embora ajude. — Ele sorriu para os olhos esperançosos de Taylor.
— Você realmente acha isso? — Taylor olhou para Dagon com nada
menos que adoração. Dagon penteou os dedos pelos cabelos, se pergunto
se Taylor ia surtar novamente, já que ele o chupou.
Ele encolheu-se quando viu o olhar, aquele que dizia que Taylor
estava em seu caminho para uma fusão nuclear.
— Agora relaxe, era apenas um boquete.
Quando viu a boca escancarada de Taylor, Dagon desejou que ele
tivesse formulado de forma diferente. Ele levantou-se, rapidamente
empurrando seu pau amolecido de volta em seu jeans.
—Eu estou bem, realmente. — Taylor guinchou fora.
Talvez ele devesse ajudar seu companheiro a ficar de pé. Ficar
ajoelhado diante de Dagon não poderia estar ajudando a questão.
— Foi o melhor. — Ele tentou uma tática diferente, esperando que
trabalhasse.
— É-é mesmo?
Ok, ele poderia lidar com a gagueira. Foi melhor do que chorar.
— Estou indo ao meu saco de recompensas agora, e pegando uma
estrela de ouro, para colocar em sua testa pelo entusiasmo que você
mostrou.
Taylor inclinou a cabeça e olhou para Dagon, seus olhos fecharam-se
ligeiramente. Talvez essa última parte tivesse sido demais.
— Eu nunca fiz isso antes. Eu posso não ser um profissional, mas eu
tentei. — Seu companheiro cuspiu.
Raiva era muito bom, foi uma emoção que Dagon estava
familiarizado e poderia lidar melhor do que lágrimas ou um colapso.
— Eu disse que você fez um bom trabalho.
— Oh, obrigado chefe. Posso conseguir um aumento? — Taylor ficou
em pé e sentou-se de volta no banco.
O cara era bipolar? Evidente que ele poderia agir dessa maneira.
— Nós devemos ir. É escuro lá fora. — Taylor pegou sua comida e foi
na direção da moto.
Esta montanha-russa de emoções estava fazendo a cabeça de Dagon
girar. Se Taylor ia virar o script cada vez que eles tiveram relações sexuais,
ele iria precisar de uma garrafa grande de aspirina.
Ok, então ele não fez da última vez, mas duas em três, contou muito
em seu livro. Dagon seguiu atrás dele como um bom guerreiro, pronto
para jogar Taylor sobre a sua moto.
Porra, ele estava duro novamente.
— Você vai fazer beicinho todo o caminho?
— Sim.
Dagon vestiu a jaqueta, colocou seu capacete, e passou a perna
sobre a moto. Por que ele estava repreendendo a si mesmo? Taylor foi
quem começou. Ele era um cara e com certeza não ia recusar o sexo com
seu próprio companheiro.
Agora Dagon estava tão confuso pela forma como Taylor agiu. Será
que ele deu a Taylor a impressão de que ele não estava interessado?
Dagon sentiu-se preso entre “a cruz e a espada” 2. Ele não tinha mais
certeza do que ele deveria fazer.
Ele esperou impacientemente enquanto Taylor subia nas suas costas,
decolando assim se seu companheiro estava sentado. Ele caiu na estrada
fazendo 144 km por hora, tão chateado agora que ele queria encontrar
uma pessoa anônima e bater o inferno fora dele. Ele não gostava de
duvidar de si mesmo. Taylor o fez sentir como se estivesse perseguindo o
próprio rabo e chegando a lugar nenhum.
— Você poderia diminuir o ritmo. Eu não acho que eu ficaria bem
como decoração de asfalto.
Por que ele teve que investir em capacetes com fones de ouvido?
— Fique quieto ai atrás.
— Por quê? Eu chupei o seu pau. Posso ganhar credito por isso?
— Deixe-me um momento quieto. Você está perturbando minha
raiva.
Dagon diminui a velocidade, pois as palavras de Taylor fizeram
sentido, nessa velocidade provavelmente ele não sobreviveria a um
acidente.
Ele foi direto estacionar sua moto e usou mais força do que o
necessário, quando baixou o pedal direito de sua Harley Softail 3 que hoje
2
A expressão usada originalmente em inglês “between the rock and a hard place” é equivalente ao
nosso ditado popular “Entre a cruz e a espada”, e é utilizada quando alguém se encontra em uma
situação difícil e que parece não ter saída.
3
Softail é a marca registrada que identifica uma família de motocicletas da fábrica norte-americana
Harley-Davidson. A lendária Harley-Davidson é uma das marcas mais admiradas pelos motociclis-
tas por ser ícone de gerações de apaixonados por motocicletas.
sofreu um monte de abuso.
Ele iria levá-la a amanhã para oficina de Marc para fazer uma
revisão.
— O que diabos aconteceu de errado com você? Law perguntou
quando viu o olhar no rosto de Dagon, quando ele entrou na toca.
— Pergunte ao homem bipolar. — Dagon empurrou seu braço atrás
das costas, apontando para seu companheiro.
— Você sabe que ele precisa de tempo. Pare de agir como um bebê
bundão, e pense nele por um momento. Se o sapato estivesse no outro
pé, como você estaria reagindo agora?
— Posso ser uma testemunha? — Tryck gritou e saltou para ficar em
pé, levantando a mão sobre sua cabeça como se estivesse em uma igreja.
— Amém, Law.
Law ignorou Tryck e continuou.
— Fazem o quê, dois dias? Cale a boca, aguente, e ajude-o a lidar
com isso.
— Foda-se. — Dagon murmurou, sabendo em seu coração que Law
estava correto. Ele tinha agido como uma criança mimada, enquanto seu
companheiro estava lutado para lidar com sua sexualidade.
Era apenas esse turbilhão de emoções de Taylor que estava dando-
lhe uma enxaqueca. Se ele disser que sim, ele quer dizer não? Não parecia
ser uma resposta certa. Ele esfregou o rosto, perguntando o quão
complicada a situação ia ficar.
Virou-se para pedir desculpas a Taylor, mas ele não estava de pé
atrás ele.
— Os companheiros o levaram. Deixe-o sair com os caras, e acalme-
se um pouco, coloque isso para fora. — Law jogou o braço sobre o ombro
de Dagon.
— Você vê irmão, é assim...
Taylor seguiu atrás de Cecil, correndo o mais rápido que podia de
Dagon. Por que ele surtar toda vez que teve relações sexuais?
Porque você teve o pênis dele em sua boca.
Ele não devia ter gostado de fazer isso, mas ele fez. Não, não, não,
não, estava errado. Então por que ele estava lambendo os lábios,
querendo provar o sêmen de seu companheiro de novo?
Ele não poderia afastar a cara carrancuda de sua mãe e as palavras
viciosas. Pareciam assombrá-lo cada vez que ele estava com Dagon
sexualmente.
“Você é uma abominação.”
“Você está indo para o inferno.”
“Você está doente, que cabeça torcida é a sua.”
“A homossexualidade de Josh passou para você.”
Taylor odiava o fato de que ele permitiu que essas reações
controlassem quem ele pensava que era um homem bom e que só se
preocupava com suas necessidades.
Dagon não merecia seus altos e baixos, seus quentes e frios. Taylor
queria rasgar seu cabelo para fora com esses sentimentos confusos que
lutavam dentro si. Se ao menos ele pudesse calar a voz da sua mãe que o
assombrava.
— Estamos te resgatando, e você tem que vir conosco.
As palavras de Cecil trouxeram Taylor para fora de seus
pensamentos, olhando para o companheiro como se ele tivesse perdido a
cabeça.
— Eu tenho?
— Sim, é a única maneira de que o grandalhão aceitaria o convite de
ir com agente. — Taylor olhou para trás do menor companheiro, vendo
Panahasi em pé ali, olhando entediado. Isso não poderia ser bom.
— Que diabos ele está fazendo aqui? — Taylor falou baixo. — Você
perdeu sua cabeça maldita? Ele é um demônio, D-E-M-Ô-N-I-O.
— Obrigado pela a grafia correta. Agora venha e coloque a sua
bunda em movimento. Nós não temos a noite toda. — Cecil agarrou o
braço de Taylor, puxando-o para o demônio.
— Oi. — Sua voz quebrou quando a palavra saiu, mostrando todos
os seus ossos covardes.
— Olá jovem Taylor. — As características do Panahasi se suavizaram
quando ele falou com Taylor. O que era apenas assustador vindo de um
homem que parecia tão intimidador posicionado na frente dele. As
características suaves não se encaixavam no seu rosto.
— Se você soubesse como eu tenho agido ultimamente, você não
estaria assim. — Taylor se encolheu quando Panahasi agarrou seu ombro
e deu um leve apertão. Ok, talvez leve para o líder, mas doía como o
inferno em sua delicada estrutura humana. Que dizer metade humana.
— O demônio está surgindo, isso é tudo. Você vai aprender a lidar
com ele.
— É melhor que seja logo antes de Dagon cansar.
Panahasi se abaixou, olhando diretamente nos olhos de Taylor.
— Emoções corrente, quente e frio, alto e baixo? — Taylor assentiu.
— É apenas o seu demônio tentando resolver-se dentro de você,
agora que ele tem sido desbloqueado. Está tentando aprender os teus
caminhos. Dê-lhe um tempo. — Panahasi levantou-se, dirigindo todos para
um canto sombreado.
— Vamos partir estilo demônio. — Ele piscou.
Taylor sentiu o ar sair dos pulmões enquanto seguia atrás do grande
o homem. Tonturas e desorientação correram seu corpo, e então eles
estavam entrando em algum tipo de clube. Estava escuro, barulhento e
cheirava a álcool ruim. O ato de deixar um quarto e terminando no que
parecia ser outro reino mexeu com seus nervos, mas Taylor conseguiu
sufocá-lo.
Seus olhos correram até o palco, viu uma mulher dançar mexendo
sua bunda para lá e para cá. A parte de cima cobria apenas o suficiente,
apesar de que foi menos revelador do que os shorts que ela usava.
Quando a mulher virou às costas as bochechas da sua bunda sorriram
para ele. Não o afetou em nada, então o que isso significa?
— Acho que estamos no lugar errado, Panny. O sexo lá em cima é
tudo errado. Meu gosto é um pouco mais no lado masculino. — Cecil
apontou para a mulher no palco.
— Não, você está exatamente onde precisa estar companheiro. —
Panahasi riu quando dez homens cercaram o grupo.
— Ah, merda, Maverick vai me matar por isso.
Capítulo Seis
Agora que Taylor sabia por que ele agiu vacilante em torno de
Dagon, ele queria estar com ele. Ele se sentou lá assistindo aos artistas no
palco, mas não estava realmente interessado no que eles estavam
fazendo. Sua mente estava em seu companheiro quando ele pegou seu
copo de água e tomou um gole.
Taylor brincou com a condensação que estava correndo pelas laterais
do vidro, vendo alguns dos companheiros pulando e se divertindo e outros
olhando curiosamente ao redor, assim como ele estava.
O lugar tinha algumas pessoas de aparência estranha, e ele usou a
palavra estranha vagamente. O lugar parecia a casa de todos os tipos de
criaturas místicas. Panahasi tinha assegurado que os elfos da sombra não
iriam incomodá-los, mas depois da performance de Ahm ao voltar na toca,
ele manteve um olho neles.
Havia elfos da floresta lá, bem como outros demônios e alguns
shifters. Panahasi apontou-os porque eles pareciam muito humanos para
os companheiros.
— Como está?
Taylor deu um sorriso apertado para um dos Guerreiros Demônios,
como Panahasi se referia a eles, e tomou outro gole. Se ele se lembrava
corretamente, nome deste era Hondo.
— Eu não acho que aquela mulher lá em cima está tendo algum
apelo para mim.
Hondo bufou e balançou a cabeça. — Aquilo não é uma mulher.
Aquele é Roxy. Ele apresenta-se aqui regularmente.
Taylor olhou novamente para o palco, agora com a nova informação.
Um cara? Ele era muito para um cara. Ele tentou visualizar alguma
protuberância na parte da frente, mas não viu nada. - Onde ele está
escondendo seus dotes?
Hondo riu. — Não sei, e eu não estou indo perguntar. Roxy é um
tanto quanto rainha do drama e fica irritada com as menores merdas.
Taylor acenou com a cabeça e depois olhou para trás, até Roxy. Ele
estava delineando a multidão de homens no clube que estavam
convulsionando e assobiando, acenando com dinheiro ao redor, buscando
alguma atenção do dançarino.
— Você está com problemas. — Hondo observou.
Taylor olhou para o guerreiro enorme enquanto ele tomava outro
gole. Ele nunca tinha “visto esse cara mais gordo” 4, então por que ele iria
queria derramar suas entranhas para ele?
Talvez tenha sido o jeito fácil com que Hondo falou com ele, que o
fez se sentir confortável, o que era bizarro como o inferno, considerando
que ele era um demônio. Não era suposto que eles fossem inerentemente
maus?
— Fazer dar certo, a coisa do acasalamento. — Ele deu ao demônio
uma pequena parte de seu problema.
— Por quê? Dagon não trata você bem? — A testa de Hondo
repuxou, a sua voz ficando áspera, em crescente ameaça.
Taylor sentiu vontade de rir. Ele não questionou se era porque eles
eram homens. Ele questionou sobre como ele foi tratado. Parecia que
todos ao seu redor não pensavam nada sobre dois homens estarem
juntos. Então, por que ele sempre ficava tão empacado sobre isso?
— Não, ele é realmente muito bom para mim.
O semblante de Hondo relaxou. Taylor sabia que eles estavam lá
para protegê-lo, mas será que Hondo lhe defenderia se seu companheiro
fosse tratá-lo mal?
— Isso é bom, mas então por que você está parecendo tão perdido?
— Eu não estou muito certo de conseguir compreender toda essa
coisa de amor entre homens. Eu fui criado para acreditar que era errado.
Apesar de meu irmão Josh.
Hondo inclinou a garrafa de cerveja de volta, tomando um longo
trago, antes de baixá-la e limpar a boca.
— O que há para compreender? Menina e menina, menino e menino,
menino e menina, isso realmente não importa. O gênero não deve ser um
4
A expressão usada originalmente em inglês “He didn’t know this guy from Adam” é equivalente ao
nosso ditado popular “Nunca o vi mais gordo”, e é utilizada para referir-se a alguém a quem nunca
se viu antes.
fator decisivo.
— Isso é o que eu tenho me dito. Mas, eu continuo a ouvir a voz
dela na minha cabeça gritando comigo por eu deixar Dagon me tocar. —
Taylor corou a dar o pequeno detalhe íntimo. Ele estava basicamente
dizendo a Hondo que ele e Dagon tinham fodido.
— Não, não deixe que ela te incomode. Essa é uma opinião, mas a
única opinião que conta é a sua. Você não quer ser acoplado a Dagon? Se
não quiser, posso fazê-lo desaparecer. — Hondo piscou para ele antes de
tomar outra bebida da garrafa escura.
— Nem pense nisso. Eu posso estar questionando as coisas, mas eu
quero mantê-lo. — Pronto, ele tinha dito isso em voz alta. Parecia que um
pequeno peso foi retirado dele com essa afirmação.
— Ele é quente.
— Mine. —A palavra saiu de Taylor sem ele conscientemente pensar
sobre ela. De onde veio isso?
— Parece que o seu demônio é muito territorial. — Hondo riu. —
Pare de lutar contra isso, de lutar contra o acasalamento e lutar contra
seu demônio. Será muito mais fácil se você simplesmente aceitar isso.
Taylor ainda estava tentando aceitar a ideia de que tinha algo dentro
dele. Pegou o guardanapo que veio com sua água, puxando pedaços dele e
soltando-os sobre a mesa.
— O que exatamente é o meu demônio?
— Quase como os shifters. É uma entidade real em você, está lá
para te proteger do mal. Embora você não esteja totalmente
desenvolvido, com tão pouca idade, você eventualmente mudará quando
ele for necessário. A maioria dos demônios atinge a maturidade em torno
dos cem anos humanos.
Bem, isso esclarece as coisas.
— Quantos anos você tem?
A boca de Hondo repuxou em um sorriso.
— Eu parei de contar quando cheguei em três mil. Demônios não
envelhecem e morrem como outras criaturas sobrenaturais. Nós
envelhecemos como os bons vinhos.
— Eu sou imortal? — Outra coisa para embrulhar em torno de sua
5
cabeça. Até agora ele pensou que levou as coisas “na esportiva” , ele
tinha dito para Josh relaxar quando o seu irmão quis pirar ao descobrir
que Law era um lobisomem. Cara, se ele soubesse que suas palavras
voltariam para mordê-lo, ele teria ajudado Josh a fazer as malas.
— Você é apenas meio-demônio, então tudo depende de quão forte
se torna o seu demônio. Com os meio-demônios, tudo é sobre que tipo de
demônio que eles têm em si. E antes que você pergunte, Dagon viverá
tanto quanto você. É uma consequência do acasalamento. — Hondo bateu-
lhe no ombro antes de ficar de pé, e Taylor balançou para frente com mão
grande.
Então, ele talvez fosse imortal, estava acasalado a um lobisomem,
um lobisomem do sexo masculino, sua mãe era um demônio que queria
arrebatá-lo de seu companheiro, e seu irmão era um vampiro. Dr. Phil 6,
aqui vou eu.
— Pare de lutar contra isso. — Hondo disse antes de deixar a mesa.
Taylor observou-o se afastar, perguntando-se se ele poderia abraçar
quem ele era, agora que ele sabia.
— Está se divertindo? — Cecil perguntou quando ele caiu na cabine
onde Taylor estava sentado. — É um cara lá em cima. — O companheiro
apontou para o palco e riu. — Ele me enganou perfeitamente.
— A mim também.
Cecil inclinou a cabeça e olhou para Taylor.
5
A expressão usada originalmente em inglês “took things in stride” é equivalente ao nosso ditado
popular “Levar na esportiva”, e significa levou as coisas tranquilamente, numa boa.
6
Phil McGraw, mais conhecido por Dr. Phil, é um psicólogo norte americano que se tor -
nou conhecido do grande público ao participar nos programas da conhecida apresentadora Oprah
Winfrey, como consultor de comportamento e relações humanas.
— Você sabe, George ainda estava no armário quando ele veio pela
primeira vez à cidade, não sairia nem para salvar a sua vida. Ninguém se
importa que você é gay. Todos nós somos. Inferno, eu estou mais curioso
sobre seu demônio do que sobre seu companheiro de cama.
— Então somos dois. Pois Hondo afirmou que eu vou me
desenvolver e talvez possa me tornar imortal.
— Isso pode acabar com um cara. Todo mundo tem todos esses
truques estranhos e legais na manga, e tudo o que eu posso fazer é
arrotar o alfabeto.
Taylor não tinha pensado em seu demônio como sendo legal. Talvez
ter isso dentro dele não fosse tão ruim, afinal.
— Eu sou gay — ele deixou escapar.
Cecil caiu a seu lado rindo.
— Eu sei. Você vai ficar bem.
O riso foi contagiante. Taylor sorriu e então começou a rir.
— Eu sou gay — repetiu ele.
— E orgulhoso disso. — Cecil inclinou-se sobre a mesa desgastada e
bateu juntas com Taylor. — Pau para a vida.
Desta vez, Taylor começou a rir.
— Um pau para a vida.
— Enquanto isso for bom.
— E grande.
— E ele sabe o que fazer com ele.
— E grande.
— Você disse isso.
Taylor riu.
— Essa á a parte mais importante.
O peso agonizante sobre ele estar com um homem parecia ter sido
tirado de seus ombros. Ele tinha que admitir que se sentiu bem como o
inferno, quando Dagon transou com ele. Mais do que bom, foi fodidamente
fantástico.
Alguns dos outros companheiros fugiram para a cabine, olhando de
Cecil para Taylor.
— O que há de tão engraçado? — Kyoshi perguntou.
Cecil apontou Taylor.
— Ele é gay.
Kyoshi levantou uma sobrancelha.
— E isso é notícia por quê?
— Ele está admitindo isso.
Kyoshi sorriu para Taylor.
— Parabéns por ter saído.
— Obrigado.
Ele estava animado agora para voltar para seu companheiro e ser
reivindicado novamente. Será que ele iria surtar depois? Deus, ele
esperava que não. Com o sentimento de ser aceito por todos e a emoção
de ter como companheiro um cara com um traseiro quente, ele esperava
que a euforia não desbotasse para histeria. Isso mataria seu humor...
Novamente.
— Oh, merda. — Taylor viu sua mãe no bar. Ela parecia estranha
como o inferno ali, usando um macacão de couro, considerando que ele
pensava nela como uma mulher colecionadora de pequenos enfeites e
bonecas.
— Nós precisamos ir. — Oliver sussurrou sobre a mesa para ele.
— Você acha? — Os olhos de Taylor examinaram a multidão, atrás de
seus guarda-costas, tentando obter a atenção deles, quando viu alguns
deles. Não houve necessidade de chamá-los. Eles já estavam descendo
sobre sua mãe. Tanto quanto ele odiava a ideia do que ela estava tentando
fazer, ele ainda a amava.
Ela era sua mãe.
— Vamos. — disse Panahasi como ele apareceu ao lado de Taylor. —
Meus homens vão cuidar dela. Vocês precisam voltar para a toca.
Ninguém argumentou. Todos eles correram para o homem grande e,
em seguida, foram levados para o lado do bar, recuando para o que Taylor
assumiu ser uma espécie de portal. Ele deu um suspiro de alívio quando
eles estiveram novamente na biblioteca.
— Mais tarde. —Panahasi andou para trás e levantou um sinal de paz
quando ele desapareceu nas sombras.
— Isso foi... Interessante — Drew disse desviando o olhar para o
canto onde Panahasi tinha acabado desapareceu e olhando para eles. —
Graças a Deus eu chutei as drogas. Isso foi alucinante o suficiente.
— Eu me diverti. — Johnny e Keata sorriram.
— Roxy era quente. —Johnny deu uma risadinha.
— E quem é Roxy?
Todos eles pularam e se viraram, vendo todo o grupo de sentinelas
ali olhando para eles.
— Uh, um travesti? — Tangee respondeu hesitante.
Taylor gemeu interiormente. Até ele sabia que Tangee tinha dado a
resposta errada.
Taylor olhou para o homem que dormia ao lado dele. Dagon era
realmente muito bonito de uma maneira áspera. Sua pele chiava cada vez
que seu companheiro que falava com aquele sotaque dele.
Ele traçou as veias grossas que corriam ao longo do bíceps de
Dagon, o pensamento no churrasco que Maverick anunciou que eles
estariam tendo esta noite. O evento aconteceria esta noite, para que
Gabby e Josh pudessem apreciá-lo também. O Alfa tinha dito que era um
evento marcando o final verão, e ele queria transformar numa tradição
familiar.
Eles descobriram que o filho de Gabby e Montana, Nevada, era
imune aos raios do sol, o que foi um alívio para ambos os pais. Não foi dito
como eles descobriram, e Taylor também não perguntou.
Taylor ainda não conseguia colocar em sua cabeça o fato de que um
homem tinha dado à luz. Dois deles, para ser exato, e Haven estava
grávido novamente. Ele aprendeu que Josh agora era capaz de engravidar.
Taylor sorriu para a possibilidade de ser um tio. Embora Brad tinha um
monte de crianças correndo ao redor, nenhuma de suas mulheres
permaneceu tempo suficiente para que Josh ou ele tivesse se conectado
com seus sobrinhos e sobrinhas. Se Josh deu à luz, sob este teto, o bebê
seria bem criado. Taylor estava animado. Ele adorava crianças pequenas.
A única parte desanimadora foi o fato de que Josh tinha tomado uma
injeção de controle de natalidade, válida por cinco anos. Talvez durante o
tempo que passasse, seu irmão mudasse de ideia
Taylor puxou sua mão para trás quando Dagon girou-se, puxando-o
próximo ao seu grande e expansivo peito. Taylor inclinou-se, usando a
força de seu companheiro para seu conforto. Ele gostava que Dagon fosse
muito maior do que ele. Embora ele não fosse impotente, Taylor gostava
da sensação de estar protegido.
— Bom dia, cachorrinho. — Dagon encostou o nariz em seu pescoço.
Taylor inclinou-se, sentindo-se mais livre do que nunca, agora que
ele não deixou aquela voz despedaçá-lo por dentro. Sua mão voltou a
admirar o grande músculo no braço de Dagon, as almofadas dos dedos
explorando e apreciando a beleza, enquanto seu companheiro acariciava
suas costas.
—Você está se sentindo bem? — Dagon beijou sua testa, cada uma
de suas pálpebras, e depois seu nariz, antes de tomar sua boca. Que
maneira de acordar. Taylor liberou-se, permitindo que o prazer crescesse
através dele.
— Agora eu estou. — ele respirou fundo quando ele quebrou o beijo.
— Eu te amo. — Ele sorriu. Finalmente teve a coragem de dizê-lo.
Dagon rosnou, empurrando Taylor sob ele. Ele sentiu o eixo duro
tocando em sua barriga, deixando-o saber exatamente o que Dagon
planejava fazer. Taylor mexeu-se ao redor, sorrindo para Dagon enquanto
ele libertou as pernas e envolveu-as em torno da cintura grossa de seu
companheiro, mal conseguindo fechar seus tornozelos cruzados.
— E o que o meu cachorrinho quer nesta brilhante e bonita manhã,
hein? — Dagon beijou Taylor ao longo do pescoço, quase o fazendo
esquecer qual era a pergunta.
— Você.
— Eu posso fazer isso. — Dagon acrescentou lubrificante ao seu
pênis e afundou-se em Taylor, que já estava esticado desde a noite
anterior.
Taylor limpou a garganta e fez o melhor som de macaco que
conseguiu reunir. Dagon aquietou-se e olhou para ele com a confusão
estampada em seu rosto.
— Isso é uma coisa de demônio?
Oh meu deus, porra, ele ia matar Josh. Taylor pegou um travesseiro
e colocou-o sobre seu rosto, tão humilhado que queria rastejar para baixo
de uma rocha em algum lugar. Ele balançou a cabeça para Dagon,
sentindo a queimadura rastejar até o pescoço e em seu rosto.
Dagon puxou o travesseiro, e Taylor finalmente liberou-o, atirando
seu braço sobre os olhos para que Dagon não pudesse ver seu rosto.
— Taylor?
— Josh! Ele é o responsável. Eu vou matá-lo. Ele me disse que eu
tinha de gritar como um macaco quando fizesse sexo anal com um
homem!
Para aumentar a sua mortificação, Dagon jogou a cabeça para trás e
soltou uma gargalhada alta e crescente que ecoou pelas paredes. Sua mão
esquerda foi para seu lado direito quando ele desembarcou no colchão, se
curvando e rindo tanto que ele estava até chorando.
Taylor pegou o travesseiro e começou a bater em Dagon com ele.
— Desculpe. —Dagon tentou escapar, mas começou a rir ainda mais
difícil. Taylor levantou-se, libertando o pênis de Dagon de sua bunda
quando ele rolou.
— Venha aqui, não fique bravo. — Dagon puxou Taylor de volta para
a cama, enxugando os olhos com a mão livre. — Foi bonitinho... — Dagon
começou a rir novamente.
Taylor estapeou a parte seus braços atrás da cabeça de seu
companheiro.
— Não, não foi.
Dagon puxou uma respiração profunda, tentando parar o riso que
continuava borbulhando.
— Faça novamente.
— Não. — Taylor fez beicinho, cruzando os braços sobre o peito. Ele
não podia ficar louco por muito tempo. Não era culpa de Dagon, foi Josh
quem o havia enganado para que ele fizesse a si mesmo de idiota, mas
Dagon poderia ter achado menos graça nisso. Taylor pensou sobre o que
ele tinha acabado de fazer, um sorriso quebrando em seu rosto.
— Aquilo foi engraçado. — admitiu após o embaraço inicial que
passou.
— Sim, foi. — Dagon estreitou os olhos. O anterior olhar de desejo
estava de volta, e os dedos dos pés de Taylor curvaram-se para dentro.
— Posso tentar novamente?
— Tentar o quê? — Dagon perguntou quando ele puxou Taylor de
volta para a cama.
— Sugar você. — E lá se foi seu rosto a queimar novamente. Taylor
abaixou a cabeça com o que ele tinha acabado de dizer, esperando o riso
de Dagon, o que não aconteceu. Seu companheiro pegou o lençol,
enxugando o lubrificante de seu pênis antes de concordar.
Desta vez, Taylor levou-o lento. Ele estudou com devoção o eixo na
frente dele, mergulhando a ponta do dedo na umidade que escapava da
cabeça e levando-o até sua língua. Era salgado e amargo. Ele se inclinou
para frente, colocando a ponta de sua língua para fora e degustando direto
da fonte. Ele sorriu quando o pênis saltou, obviamente apreciando o que
Taylor estava fazendo.
Seus lábios fecharam-se em volta da cabeça, sugando a pele macia e
deixando sua língua explorar as veias grossas e a abertura no topo.
Segurando a base, ele empurrou o pau de Dagon ainda mais em sua boca,
esticando os lábios amplamente conforme ele tentava o seu melhor para
conquistar a besta.
— Taylor. — Dagon gemia, passando as mãos nos cabelos de Taylor,
e massageando o couro cabeludo. Taylor apalpou o saco de Dagon,
rolando-o ao redor, em sua mão, conforme sua boca movimentava-se para
cima e para baixo, sugando o pênis cheio de veias.
— É isso aí, bebê.
Tomando as palavras de Dagon como um sinal de que ele estava
fazendo um bom trabalho, Taylor começou a bombear o pau em sua mão,
querendo provar o sêmen de seu cônjuge. Isto era uma meta dele agora,
um objetivo que ele estava se esforçando para conseguir.
— Eu estou perto, cachorrinho. —advertiu Dagon, tentando retirar-
se, mas Taylor não estava permitindo isso. Ele estava indo provar que ele
poderia fazer isso. Ele trancou os lábios em um sistema de sucção
apertada e engoliu o pênis ainda mais em sua boca, elevando o eixo em
todo o seu esplendor.
— Taylor! — Dagon gritou enquanto o sêmen quente encheu a boca
de Taylor, ele engoliu até a última gota. Puxando o pau de Dagon da sua
boca, Taylor enxugou o rosto e olhou para Dagon sob seus cílios.
— Minha vez, lindo. — Dagon empurrou-o para o colchão, engolindo-
o até a raiz. Taylor pulou e choramingou quando Dagon sugou-o com a
experiência que Taylor não tinha. Ele enrijeceu e gritou quando ele gozou,
seu corpo balançando com a sua libertação.
Dagon lambeu quaisquer vestígios e, em seguida, beijou o seu
caminho pelo corpo de Taylor, parando em sua boca e compartilhando o
gosto. Taylor sorriu na boca de Dagon, sentindo-se mais feliz do que ele
tinha sido há muito tempo.
Capítulo Oito
7
A expressão usada originalmente em inglês “shoot it full of holes” pode ser traduzida literalmente
como “disparar isso cheio de buracos”. Achei melhor utilizar nosso ditado popular “jogar um balde
de água fria”, pois as duas expressões possuem o mesmo significado, que seria transformar
entusiasmo em desilusão, desestimular, desanimar.
Taylor gemeu quando sua cabeça caiu para trás, sua pele
arrepiando-se ao toque de Dagon. Taylor pegou a frente da camiseta de
Dagon, puxando-a e passando-a por sua cabeça enquanto ele aferrou-se
em um dos mamilos de Dagon, sugando-o em sua boca enquanto ele
gemia.
— Droga, bebê. — Dagon colocou as mãos em concha atrás da
cabeça de Taylor, deslizando seus dedos pelo cabelo de Taylor. — Isso é
bom.
Taylor beliscado o disco marrom antes de fazer o seu caminho para o
outro. Estendeu suas mãos deslizando sobre a pele de Dagon, sentindo os
músculos da coxa e de seu abdômen quando ele abriu a calça jeans de
Dagon.
— Foda-se. Quaisquer causas mais você queira participar? — Dagon
perguntou quando ele empurrou o cós da calça para baixo, expondo o seu
pau endurecido. Ele começou a acariciar seu eixo enquanto Taylor beijou,
lambeu e chupou seu caminho para baixo do torso de Dagon.
Taylor riu com as palavras de seu cônjuge.
— Eu acho que uma é suficiente.
— Só não pare.
Taylor não planejava isso. Ele caiu de joelhos e lambeu o pré-gozo
que gotejava do pau de Dagon. Seu companheiro continuou a acariciar-se
enquanto Taylor lambia e chupava, entregando-se ao gosto erótico do
corpo de Dagon. Seu companheiro agarrou seu cabelo enquanto ele
alimentava Taylor com seu pênis. Era mau e sedutor ter Dagon
masturbando-se em sua boca.
Taylor abriu-se amplamente, sua língua chicoteando para pegar o
líquido claro quando ele correu para o lado da mão de Dagom.
— Me estás volviendo loco. — Dagon gemeu.
— Mmm, isso soa pervertido. O que você disse? —Taylor perguntou
quando ele chupou a cabeça do pau de Dagon entre os lábios.
— Você está me deixando louco.
O que era o objetivo de Taylor. Ele queria seu companheiro de
desconexo, suplicando com Taylor para deixar Dagon foder ele. Taylor
afastou-se, sorrindo para Dagon quando ele balançou sua língua para fora
mais uma vez.
— Você diabinho. — Dagon agarrou Taylor pelos braços, sacudindo-o
sobre a cama numa paixão cheia de luxúria enquanto ele desceu a calça
jeans de Taylor até os joelhos. — Eu vou te dar uma lição por ter me
provocado, cachorrinho.
Taylor riu e gemeu quando Dagon lubrificou-o e, em seguida,
afundou-se profundamente. Suas pernas estavam presas em seu jeans,
impedindo a sua necessidade de puxar as pernas para debaixo dele.
Dagon levantou seus quadris, conduzindo-se profundamente conforme ele
fodia Taylor de encontro ao colchão.
— Foda-me mais forte, Dagon. — Taylor gritou.
— Oh, um boca suja. Eu gosto disso. — Ele rosnou enquanto ele
fodia Taylor rápido, batendo em sua bunda mais arduamente. — Diga isso
de novo, cachorrinho.
— Foda-me mais forte, profundo e rápido. Me faça sentir seu pau.
Dagon riu quando ele enfiou os dedos mais profundamente nos lados
de Taylor, dando-lhe o que ele estava pedindo. Taylor agarrou as cobertas,
seu cérebro desequilibrado quando os poderosos golpes de Dagon o
levaram para outro mundo.
Suas pernas pressionadas contra seu jeans, desejando ficar livres
para que ele pudesse subir todo o caminho pela cama. Ele chutou,
tentando o seu melhor para livrar-se do tecido e liberar suas pernas. Ele
estava emaranhado neles, sem saída.
Taylor parou de se debater quando o pênis de Dagon trabalhou no
seu traseiro como mágica. Nunca em um milhão de anos ele teria pensado
que um homem fodendo ele seria uma sensação tão boa. Taylor estava
grato que ele não tinha lutado tão duramente, que tinha finalmente cedido
a seus desejos e permitido a Dagon reclamá-lo.
Sua abertura apertando-se mais conforme Dagon golpeava seu
traseiro, batendo no ponto doce de Taylor repetidamente. Seus olhos
rolaram para trás e seu pau pulsava quando Dagon colocou-se sobre ele.
Taylor alcançou entre seu corpo e a cama, agarrando seu pau e
espremendo forte, vibrando no instante em que a eletricidade disparou
através dele.
Ele gritou quando Dagon puxou-se para fora de sua bunda e virou-o.
Seu companheiro continuou a acariciar-se em um ritmo acelerado,
segurando o cabelo de Taylor com a mão livre. Ele sabia o que seu
companheiro queria, então Taylor abriu a boca.
— Oh foda. — Dagon gritou quando cordas de sêmen saíram de seu
pênis e pintaram o rosto de Taylor. Ele lambeu tanto quanto sua língua
conseguiu antes de Dagon puxar Taylor para cima e jogar ele na cama,
tomando pau de Taylor na garganta dele.
Taylor se contorceu e gritou enquanto Dagon chupava seu pau como
um louco. Taylor agarrou o cabelo de Dagon, puxando-o em um aperto
firme quando as bolas dele aproximaram-se de seu corpo e eletricidade
subiu por sua espinha.
— Oh Deus — Taylor gritou quando sentiu seu corpo explodir. Ele
fodeu a boca de Dagon, até que ele pensou que seu quadril travaria no
lugar.
Dagon afastou-se, sorrindo para Taylor enquanto ele lambia seu pau
limpo.
— Tem certeza de que não existem mais causas que você deseje
acompanhar?
Inferno, ele iria se juntar a cada uma até a última, se Dagon fodesse
ele desta forma todo o tempo.
Capítulo Nove
Maverick se encostou na mesa de piquenique, com os cotovelos
esticados, descansando sobre a mesa atrás dele. Seus tornozelos cruzados
enquanto estudava Taylor.
— Um abrigo, humm.
Taylor se sentou ao lado dele com suas mãos inquietas. Se o Alfa
não concordasse, todas as esperanças dele iriam cair aos seus pés.
— Quem iria executá-lo? — Maverick perguntou enquanto ele puxava
o seu cavanhaque.
— Thomas disse que adoraria. — Taylor sabia que ele deveria ter
falado primeiramente com Maverick, mas ele tinha que ter a certeza de
que todas as extremidades estavam amarradas antes de vir para o Alfa.
— Então você já falou com ele?
Taylor engoliu em seco e assentiu. Ele sabia que Maverick era um
Alfa justo, que era totalmente contra o abuso, mas o lobo o intimidava
como o diabo.
— Sim, senhor.
Maverick balançou a cabeça, ficando em silêncio mais uma vez. As
vísceras de Taylor enrolando-se, enquanto ele esperava por algum tipo de
sim ou não. Por que era tão difícil dizer isso? O Alfa o tinha sentado aqui
suando enquanto ele esperava apreensivo.
— Isto tem alguma coisa a ver com um esbelto homem de cabelos
negros?
A boca de Taylor estava aberta, enquanto olhava para Maverick.
— Como você sabe?
Risada Maverick era um timbre profundo como ele sacudiu a cabeça.
— Eu tenho meu método de Jedi.
O cara era assustador como o inferno.
— Seu nome é Steven. Eu o vi no banheiro do restaurante, onde
paramos para comer. Eu me senti impotente quando eu vi o hematoma do
lado do seu rosto, e não havia uma coisa que eu poderia fazer sobre isso.
— confessou Taylor enquanto ele brincava com a borda de sua camisa de
algodão azul.
Maverick se inclinou para frente, colocando os braços sobre as coxas
dele enquanto ele olhava para o quintal. Lá tinha o conjunto de balanços
de Melonee. Embora ela fosse uma pré-adolescente agora, ela ainda
balançava-se nele. Ali tinha também um jardim que ele sabia que Murphy
gostava de cuidar, mexendo em torno dele. E as mesas de piquenique
permaneciam montadas.
— Eu vejo isso às vezes, quando vou para a cidade. Estive aqui há
muito tempo e tenho testemunhado um homem olhando com raiva para
sua mulher ou uma criança com medo em seus olhos. É revoltante. Eu me
sinto impotente quando vejo hematomas no rosto de um jovem ou uma
esposa ou namorada chorando quando seu homem fala com ela. Eu quero
apanhar o agressor atrás da delegacia de polícia e ensinar-lhe como é se
sentir impotente e acuado.
Taylor ficou surpreso que alguém como Maverick pode se sentir
desamparado. Ele era alto, forte e intimidador. Ele não se parecia com
alguém que estaria para nada disso.
O Alfa concordou com a cabeça, olhando para Taylor.
— Eu acho que é uma ótima ideia Eu também acho que deveria ser
uma das primeiras coisas construídas. — Maverick sentou-se e colocou os
cotovelos novamente sobre a mesa atrás dele. Um largo sorriso se
espalhou pelo seu rosto. — Eu posso ver também alguns guerreiros
voluntariando-se para ajudar, você sabe, mantendo os abusadores à
distância.
— Eu tenho feito pesquisas sobre outros abrigos também. Nós
poderíamos oferecer aconselhamento financeiro. Nero poderia ajudar com
isso. Nós também poderíamos oferecer cortes de cabelo gratuitos para as
crianças. Haven poderia ajudar com isso. Poderíamos ainda oferecem
planos de pagamento para reparo de carros. Eu não acho que Mark se
oporia a esse serviço.
O rosto de Maverick ficou sério, enquanto olhava para Taylor. Ele
estalou os dedos e depois apontou para Taylor.
— Eu posso ver que você dedicou um bocado pensamentos para
isso. Eu gosto da compaixão, que você tem demonstrado. Acho que vou
chamá-lo de Centro de apoio Tate. Como é que isto soa?
Taylor ficou estarrecido.
— Eu não estou procurando reconhecimento com isto. Eu só quero
ajudar aqueles que estão procurando alguém para ajudá-los a sair de
qualquer dificuldade em que estejam metidos.
Maverick ficou de pé, um sorriso puxando o canto de sua boca.
— É por isso que ele vai carregar esse nome. — Ele virou-se e foi
embora, deixando Taylor olhando para suas costas em espanto.
8
Um carro SUV é um carro como esse da foto ao lado, especialmente popular nos
Estados Unidos. É um carro esportivo com vários utilitários. Daí o nome. Ele é grande o suficiente
pra uma família, confortável, ao mesmo tempo esportivo e quase todos são 4 x 4.
— Você está aí?
— Sim. Eu só queria dizer obrigado.
Taylor fechou os olhos e soube que ele tinha feito a escolha certa
quando decidiu abrir o abrigo. Quando ele falou ao companheiro Drew,
sobre isso, Drew tinha se tornado tão animado como Taylor se sentia.
— Você é bem-vindo.
Ele podia ouvir Law ao fundo, falando ao telefone. Ele sabia que o
guerreiro estava conversando com Maverick.
— Nós precisaremos daquele abrigo esta noite. Existe alguma forma
deles poderem organizar o essencial completamente, para que o primeiro
ocupante possa dormir lá?
Taylor se esforçou para ouvir enquanto segurava o telefone, ouvindo
Steven respirar. Law deu Taylor um polegar para cima, deixando-o saber
Maverick estava tomando cuidado para que as coisas fossem finalizadas.
Ele soltou a respiração que ele estava segurando.
Taylor ficou em silêncio no telefone, enquanto eles saíram da
estrada, rodando pelas ruas da cidade até chegarem ao endereço que
Steven lhe dera.
— Estamos aqui fora. Estou enviando um amigo para pegar você,
Steven. Ele é muito alto, bem construído, com cabelo preto e olhos
verdes. — Taylor empurrou Dagon, acenando com a mão para seu
companheiro mover-se.
Dagon fechou a porta do caminhão, seus olhos explorando os
arredores, enquanto ele desaparecia no prédio de apartamentos.
— Alguém está batendo. — Steven sussurrou em pânico.
— É Dagon. Abra a porta para ele, Steven.
— O-Ok.
Taylor pôde ouvir a voz de Dagon na outra extremidade do telefone e
soube que seu companheiro estava ali.
— Eu vou desligar agora. Eu posso ouvir Dagon. Você está seguro,
Steven.
— O-Ok. — Steven desligou, e Taylor deixou uma corrente de ar
deixar os seus pulmões.
— Você está fazendo uma coisa boa. — Law deu um tapinha no
ombro Taylor.
— Obrigado. Mas agora começa a parte difícil. Ajudando Steven a
colocar sua vida nos eixos novamente. — Taylor sentou-se, olhando para a
rua além do para-brisa dianteiro. Ele não tinha ideia do que ele ia fazer,
mas ele estava disposto a ir ao máximo e além para ajudar Steven a
recomeçar sua vida.
— Foda. — gritou Tryck quando ele saltou da SUV, Law disparando
para fora logo após dele. Taylor balançou a cabeça, olhando sobre o banco
quando dois homens grandes se aproximaram de Dagon, um deles
gritando e agarrando Steven.
Steven foi encolhendo-se para trás quando Dagon empurrou o
homem apavorado para trás dele. Taylor saltou do veículo, puxando
Steven para longe, enquanto os irmãos Santiago cuidavam dos dois
homens.
— Entre. — Taylor abriu a porta traseira, subindo atrás de Steven.
— Eu tenho que ir. — Steven estendeu a mão para a maçaneta da
porta. — Se eu ir com ele, ele vai deixar seus amigos em paz.
Taylor agarrou o braço do homem amedrontado.
— Não nesta vida. Eles podem manejar isso sozinhos, confie em
mim.
Steven piscou para ele e então olhou sobre o banco para a rua atrás
dele.
— Você tem certeza? Eu não quero causar nenhum problema.
— Sem problemas. Você não é aquele que está causando problemas.
— Taylor olhou para trás para ver os irmãos caminhando em direção ao
veículo. Ele teve um vislumbre dos dois rapazes que tentaram levar
Steven, quando eles caminharam para dentro do prédio. Pareciam
chateado como o inferno. Taylor orou para que essa fosse a última vez que
eles viram eles.
Tryck deslizou no assento do motorista quando Law abriu a porta do
passageiro e ficou entrou. Dagon subiu na parte traseira e sentou-se ao
lado de Taylor.
— Você já encontrou Dagon. — Taylor apontou para seu
companheiro. — Esses são Tryck e Law. — Ele apontou para os dois
sentados na frente.
Steven aparentava querer fugir do caminhão quando Tryck e Direito
acenaram para o homem assustado.
— Você está seguro. Eles não vão machucá-lo.
Steven concordou e olhou para fora da janela. Deve ser assustador
como o inferno para ele estar com estranhos depois de ter sido abusado
por alguém em quem confiava. Taylor mentalmente bateu palmas para a
bravura de Steven. Taylor estava agora ainda mais determinado a ter
certeza de que Steven teria sua vida reunida de volta.
Tryck estacionou em frente à lanchonete, em seguida Taylor saiu,
acenando para Steven se juntar a ele. Ele queria que seu trêmulo colega
tivesse uma boa refeição em sua barriga. Ele era muito magro na opinião
de Taylor.
Seu companheiro e seus irmãos atravessaram a rua para verificar a
construção e para ver se o centro de apoio estava apto para Steven passar
a noite nele. Uma vez que o homem tinha comido, Taylor caminhou com
Steven até o outro lado da rua.
Maverick estava lá com Cecil, conversando com um dos
trabalhadores. Ele estendeu a mão e tocou o cotovelo de Steven,
apontando para o Alfa. Taylor limpou a garganta enquanto ele se
aproximava.
— Maverick, este é Steven.
O Alfa se virou e sorriu para o homem mais baixo. Com Maverick
medindo 2,05 metros de altura, todo mundo era menor.
— Olá, Steven.
Steven engoliu em seco e disparou um olhar sobre Taylor antes de
olhar novamente para Maverick.
— Oi.
Taylor puxou Steven para seu lado, explicando para ele para que o
edifício estava sendo construído, e que ele iria ficar ali a noite. Ele falou a
Steven de seu desejo de ser um conselheiro e que o homem era o seu
primeiro caso.
— Sinto-me honrado. — Steven riu suavemente. — Está tudo certo
para eu ficar aqui?
— Isso é o que Maverick — Taylor disse, apontando para o Alfa —
está discutindo com a equipe agora. Tenho certeza que estará. Se não,
temos uma abundância de quartos na toca para você ficar até que o
centro fique pronto.
Steven olhou para Taylor, inclinando sua a cabeça para o lado
quando ele passou a mão pelos cabelos pretos na altura dos ombros.
— Por que você está fazendo tudo isso para mim?
Dagon foi para trás de Taylor, envolvendo seus braços fortes em
torno de seus ombros, enquanto Taylor respondeu para Steven.
— Porque ninguém deve viver com medo. Eu acredito que todos
devem viver com satisfação, e não cumprindo a vida.
Dagon se abaixou e beijou Taylor em seu pescoço.
— Eu te amo.
Taylor podia sentir seu rosto esquentando.
— Eu também te amo. Agora deixe-me cuidar de Steven. — Ele
golpeou seu companheiro com sua mão.
Dagon sentiu o orgulho apertando em seu peito enquanto Taylor
conversava com Steven. Seu companheiro era corajoso, compassivo e
bondoso. Deus, o que era um tesão.
Remi aproximou-se, ele e Drew atravessando a rua. Dagon
conversou com Remi enquanto Drew falava com Taylor e Steven. Depois
que tudo foi resolvido, Remi se voluntariou para vigiar o local durante a
tarde, e Dagon se ofereceu para substituir Remi esta noite.
Com shifters desonestos, e agora com o agressor de Steven
envolvido, eles queriam garantir que Steven estaria a salvo.
Todo e qualquer um que pudesse ajudar vieram da toca, trazendo
camas e outros itens, e vendo como o abrigo estava parcialmente aberto
agora.
Dagon ajudou a trazer alguns balcões improvisados até que os que
Maverick as tinha encomendado fossem entregues. Ele percebeu como o
mestre de obras ficou observando Steven. Ele estava instalando a parte
elétrica com seus olhos constantemente seguindo os movimentos de
Steven, enquanto o primeiro ocupante do abrigo ajudava a organizar tudo.
Ele cutucou Law, apontando para o mestre de obras pois ambos o
viram assistindo a Steven.
— Você acha que é preciso manter um olho nele? — Dagon
perguntou quando ele cruzou os braços sobre o peito.
— Vou deixar Remi saber. — Law deixou o seu lado, enquanto Dagon
procurou seu companheiro. Taylor estava colocando algumas toalhas no
armário, cantarolando baixinho. Dagon nunca tinha visto uma visão mais
linda. Ele olhou ao redor do edifício, maravilhado com tudo isso que Taylor
estava fazendo.
— Eu posso sentir você me olhando. — Taylor sorriu enquanto ele se
virou, caminhando em linha reta para os braços de Dagon. Ele estendeu a
mão e plantou seus lábios sobre os de Dagon, dando-lhe um beijo quente.
— Você continua assim, cachorrinho, e eu serei obrigado a usar uma
dessas camas.
Taylor riu quando ele se afastou.
— Eu posso ver que trabalhar um do lado dos outro vai ser muito
interessante.
— Você não tem ideia — Dagon deu um tapinha na bunda de seu
companheiro enquanto ele piscou para ele.
— Pervertido.
— Provocador.
Dagon puxou Taylor através da construção quase concluída.
— Vamos jantar.
— Legal, eu estou morrendo de fome. Eu não comi, quando Steven
comeu. Eu estava esperando por você. — Taylor gritou para Drew que ele
e Dagon estavam indo apanhar algo para comer, Drew acenou para ele.
Eles saíram do prédio na bela noite. O crepúsculo estava saindo
agora, o momento favorito do dia para Dagon.
Eles avistaram Thomas, o conselheiro do centro recuperação,
sentado no balcão desfrutando de uma refeição.
— Como vão as coisas? — Perguntou ele antes de enfiar uma
garfada de puré de batata em sua boca.
— Bem. — Taylor sentou ao lado de Thomas, contando a ele sobre
Steven.
— Bem, parece que vocês abriram na hora certa.
—Parece que sim. — Dagon se sentou ao lado de Taylor.
— Como vai, Keata? — Ele perguntou ao companheiro Cody. Cody
possuía metade da lanchonete, e Keata vinha trabalhar com seu
companheiro todos os dias. Ele notou que Keata assumiu um papel mais
ativo na lanchonete. O companheiro ajudava George quando ele precisava
de auxílio, e servia os clientes quando a lanchonete ficava lotada. Agora
ele estava comendo na lanchonete.
— Eu estou bem. Como está você, Dagon? — O inglês do
companheiro tinha percorrido um longo caminho desde que ele chegou à
Vila Brac.
— Bem. Estou muito bem.
Frank anotou os seus pedidos, entregando-os a George quando
Dagon pôs a mão na parte de baixo das costas de Taylor. O contato fazia
ele sentir-se conectado ao seu companheiro de uma pequena maneira. Ele
podia sentir a total alegria proveniente de Taylor, no momento, e uma
sensação de paz estabeleceu-se dentro de Dagon.
Taylor inclinou suas costas contra Dagon enquanto ele conversava
com Thomas. Dagon passou o braço pelos ombros de Taylor, enquanto ele
falou com Keata.
Assim que terminaram de comer, eles se despediram e foram para
casa.
Capítulo Dez
9
Casper the Friendly Ghost (no Brasil, Gasparzinho o Fantasminha Camarada) é um
personagem norte-americano de desenho animado e história em quadrinhos da editora Harvey
Comics, voltado para o público infantil.
que precisamos saber?
— O protetor não é alguém com que você precisa se preocupar, e a
razão de eu não lhe dizer nada foi porque é extremamente raro alguém
ser considerado inocente.
— Mas havia uma mínima possibilidade. — Dagon cuspiu as palavras
desdenhosamente. — Você deveria ter nos avisado! — Gritou ele.
Taylor começou a puxar seu braço quando Panahasi endireitou os
ombros e inclinou-se para Dagon, seus rostos a poucos centímetros de
distância.
— Você não tem nenhum indício do que sou capaz, shifter. Eu sugiro
fortemente que você recue.
Taylor jogou as mãos para frente, e o sofá começou a levantar do
chão. Dagon torceu uma sobrancelha e olhou para seu companheiro,
Taylor encolheu os ombros.
— Eu tentei.
— Seus poderes são inúteis contra mim, jovem demônio, e eu sugiro
que você não experimente-os novamente contra mim. Minha paciência
tem limites.
— Você está ameaçando o meu companheiro?
— Existe mais alguma coisa que eu possa fazer por você? Eu
cuidarei do demônio, pode ter certeza.
Maverick encostou-se em sua mesa, beliscando a ponte de seu nariz.
— Obrigado.
— Obrigado? Por que diabos você está agradecendo-lhe? — Dagon
rosnou quando ele puxou Taylor próximo ao seu lado. Isto foi fodidamente
irreal. Dagon mal continha sua raiva quando o líder voltou para as
sombras. Suas mãos em punhos ao seu lado enquanto ele soprava um
fluxo constante de ar. Ele não permitiria que Panahasi o tirasse do sério.
— Precisamos deixar os outros saberem que a mãe de Taylor ainda é
uma ameaça. — Maverick saiu do escritório, deixando Dagon e Taylor ali.
— Bem, droga, isso não ajudou. — Dagon correu as mãos sobre a
cabeça de Taylor enquanto ele considerava o que deviam fazer. O abrigo
não foi oficialmente inaugurado, mas ainda tinha um ocupante para cuidar.
Steven precisava de aconselhamento e de outros serviços que ele
tecnicamente poderia obter a partir de Thomas, mas ele sabia que Taylor
queria fazer o seu trabalho.
— Precisamos verificar o Steven. — Taylor tinha lido seus
pensamentos, falando em voz alta. — Eu não me sinto bem o trazendo
aqui e, em seguida, deixando o mestre de obras levá-lo embora. Ele
confiou em mim, Dagon.
— Eu sei querido. Nós vamos encontrá-lo. — Dagon fez uma
varredura nos arredores, quando ele colocou Taylor em uma das
caminhonetes e dirigiu de volta à cidade. Seus sentidos estavam em alerta
máximo, observando todo mundo quando ele retornou ao local, todo
mundo estava limpando suas ferramentas e fazendo tudo aquilo que os
homens faziam quando foi um trabalho estava pronto.
— Você pode me dizer onde encontrar Roman? — Dagon, perguntou
a um dos trabalhadores.
— Ele está fora, na fazenda do Lakelands — um dos trabalhadores
respondeu por cima do ombro enquanto transportou uma carga de
drywall10 usadas na traseira de um caminhão. — Você sabe onde é?
Dagon sentiu-se estúpido como o inferno quando ele sacudiu a
cabeça. Era triste que, em sua própria cidade, um estranho tivesse que lhe
informar onde alguém vivia. Esperava que isso fosse mudar uma vez que
os novos negócios estivessem instalados e funcionando.
— Obrigado. — disse Dagon quando ele voltou para sua
caminhonete. Ele deslizou através do assento do banco, agarrando a mão
de Taylor e dando-lhe um aperto leve. — Estou pensando que talvez
10
O Drywall literalmente “muro seco” ou “parede seca”, é uma técnica de revestimento que substitui
as vedações internas convencionais (paredes, tetos, forros e revestimentos) de edifícios de
quaisquer tipos. Usualment é composto de chapas de gesso aparafusadas em estruturas de perfis
de aço galvanizado.
devêssemos deixar Steven digerir o que aconteceu antes aparecermos por
lá. O que você acha que irmos na parte da manhã? Ele está com o seu
companheiro afinal de contas, e Roman não vai deixar nenhum mal chegar
até ele.
— Eu me sinto terrível que Steven testemunhou tudo isso. Além do
fato de que ele deve estar provavelmente surtando com o que eu fiz, ele
já estava instável como o inferno desde o início. — Taylor murmurou. —
Mas você está certo. Provavelmente é melhor deixá-lo acalmar-se.
Embora Taylor não gostasse da ideia, ele sabia que Dagon estava
certo.
Taylor olhou para a velha casa branca. Ele queria chutar-se pelo que
aconteceu no abrigo. Steven havia confiado nele para ajudá-lo, e Taylor
tinha feito o pior.
— Vai ficar tudo bem, cachorrinho. — Dagon ficou o seu lado, assim
que saiu da caminhonete. Ele estava agradecido pela força de seu
companheiro. Dagon iria atrás dele até o fim neste caminho novo Taylor
estava tomando, e saber que alguém estava ao seu lado ajudava
tremendamente.
— Eu posso ajudá-los? — Um senhor mais velho veio à porta com
uma espingarda sobre o ombro. Maravilha, quanto mais de merdas
traumatizantes Taylor poderia trazer para Steven até agora?
— Estou à procura de Roman e Steven— Dagon gritou enquanto eles
andavam mais perto da varanda da frente. Dagon tinha puxado a mão de
Taylor até que ele ficou parcialmente atrás de Dagon. Seu companheiro
não parecia gostar do fato de o homem ter uma arma e nem Taylor.
— Você são amigos? — O homem perguntou quando abaixou
ligeiramente a arma.
— Sim. Você poderia dizer-lhes que Dagon e Taylor estão aqui fora?
— Dagon respondeu.
— Espere aqui mesmo. — O homem apontou para sua varanda com
a espingarda. — Se você pisar na minha casa sem ser convidado, eu vou
atirar em você.
— Ele parece simpático. — disse Taylor quando ele subiu na varanda
e se sentou no balanço que estava a esquerda da porta.
— Extremamente amigável. — Dagon rosnou quando ele ficou na
frente de Taylor, bloqueando sua visão. Taylor estendeu a mão e deu um
tapa de quadril Dagon, empurrando a cabeça para o lado.
— Mova-se.
— Não enquanto eu ainda estiver respirando. — Dagon grunhiu e
cruzou os braços sobre o peito.
— Taylor? — Steven perguntou quando ele saiu hesitante para a
varanda.
— Sou eu, atrás do Sr Montanha aqui. — Taylor moveu seu
companheiro para o lado enquanto ele se aproximava Steven. — Olha, eu
sinto muito que você teve de ver o que aconteceu ontem. Eu sei que você
deve estar censurando-se e lamentando a sua decisão de vir pra cá, mas
prometo que é seguro.
Steven balançou a cabeça enquanto ele olhou para a porta de tela.
— Roman explicou bastante para mim. Eu acho que entendo.
— Então você não está tentando correr de volta para a cidade?
— Por que eu faria isso? Eu estou bem, Taylor. —Steven enfiou as
mãos nos bolsos da frente, enquanto olhava ao redor da varanda da
frente.
— Então você vai voltar para o abrigo?
Steven balançou a cabeça.
— Eu prefiro ficar aqui. Sr. Lakeland é muito bom, assim como são
Roman e seus irmãos.
Que diabo Taylor deveria fazer agora?
— Eu marquei um encontro para você com Thomas, ele é um dos
conselheiros, para hoje às dez horas. — Taylor começou a entrar em
pânico. Todas as coisas pelas quais ele trabalhado pareciam estar caindo
aos pedaços ao seu redor.
— Eu vou. Eu só não quero ficar no abrigo. — Steven foi até as
escadas e sentou-se.
— É o abrigo? Diga-me o que você não gosta nele. — Taylor se
sentou ao lado de Steven nos degraus, puxando as pernas da calça
enquanto rezava para que ele não tivesse tomado a decisão errada de
abrir esta coisa em primeiro lugar.
Ele sentiu seu sonho explodindo com a brisa, os ombros caindo em
derrota. Dagon ajoelhou-se atrás dele, massageando seus ombros
enquanto Taylor via a sua primeira chance de uma vida significativa
escorregar por entre os dedos.
— Oh não, o abrigo é muito acolhedor. Eu apenas prefiro ficar aqui.
—Cabeça de Steven caiu para o lado quando os seus olhos se arregalaram.
— A menos que você queira que eu vá para lá.
— Ninguém está forçando você, Steven. Se você está mais
confortável aqui, então não nos importamos. — Dagon entrou em cena,
falando quando Taylor sentiu como se sua língua tivesse colada no céu da
boca. — Vamos lá, cachorrinho. Vamos para casa. — Dagon deu um
tapinha no ombro quando ele continuou parado.
— Você vai para a sua consulta hoje? — Taylor perguntou, antes de
ele se levantar e passar as mãos na parte de trás de sua calça, limpando-
a.
— Eu prometo. — Steven estendeu a mão para frente. — Obrigado
por me ajudar, Taylor.
Taylor sorriu enquanto apertou a mão de Steven.
— Esse é o meu trabalho. Chame-me se você precisar de alguma
coisa.
— Eu digo o mesmo para você. — Steven sorriu quando ele terminou
sentença de Taylor.
— Eu te vejo mais tarde no abrigo.
Taylor agarrou a mão de Dagon quando eles caminharam de volta
para a caminhonete.
— Eu quero passear.
Dagon riu enquanto subia para o lado do motorista.
— Eu quero que você passeie.
FIM