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Sistemática:
Pneumatologia
2010
O ESPÍRITO SANTO (Pneumatologia)
“Há vários motivos pelos quais o estudo do Espírito Santo é especialmente significativo para
nós”1:
1. O Espírito Santo “é o ponto em que a Trindade torna-se pessoal para o que crê”. Ele
“é a pessoa específica da trindade por meio de quem toda a Divindade Triúna atua
em nós” – 1 João 3:24.
2. “Vivemos no período em que a obra do Espírito Santo é mais proeminente que a dos
outros membros da Trindade”. No Antigo Testamento foi Deus Pai. Nos Evangelhos
foi Jesus Cristo. A partir do dia de Pentecoste é a obra do Espírito Santo que está em
maior proeminência.
1
ERICKSON, p. 344.
2
ERICKSON, p. 345.
3
ERICKSON, p. 345.
o Onisciência – 1 Co 2:10-11.
o Eternidade – Hb 9:14.
“A Bíblia deixa claro de várias maneiras que o Espírito Santo é uma pessoa e possui todas as
qualidades inerentes a isso”6.
3. Tem função de glorificar outra pessoa da Trindade – isto só pode ser feito por uma
pessoa – Jo 16:14; 17:4.
4
ERICKSON, p. 346.
5
ERICKSON, p. 346.
6
ERICKSON, p. 347.
7
ERICKSON, p. 348.
6. É possível cometer atos contra o Espírito Santo, como se faz a uma pessoa: é possível
mentir ao Espírito Santo (At 5:3-4), apagar o Espírito (1 Ts 5:19), resistir ao Espírito
(At 7:51) e blasfemar contra o Espírito Santo (Mt 12:31; Mc 3:29).
7. O Espírito Santo nos assiste em nossas orações – Rm 8:26 – isso só pode ser feito por
uma pessoa.
1. “O Espírito Santo é uma pessoa, não uma força vaga. Portanto, ele é alguém com
quem podemos ter um relacionamento pessoal, alguém a quem podemos e
devemos orar”.
2. “O Espírito Santo, sendo plenamente divino, deve receber a mesma honra e respeito
que dispensamos ao Pai e ao Filho”, podendo ser adorado. Ele não é inferior em
essência aos outros membros da trindade, “embora seu papel esteja às vezes
subordinado ao deles”.
4. “Deus não está distante. No Espírito Santo, o Deus Triúno chega perto de nós, tão
perto que, de fato, entra em cada pessoa que crê. Deus é até mais íntimo de nós
agora que na encarnação. Por meio da operação do Espírito, ele de fato torna-se o
Emanuel, ‘Deus conosco’”.
“A obra do Espírito Santo é de especial interesse para os cristãos, pois é particularmente por
seu trabalho que Deus se envolve de forma pessoal e atua na vida do crente”9.
“Muitas vezes é difícil identificar o Espírito Santo dentro do Antigo Testamento, pois este
reflete os primeiros estágios da revelação progressiva”10. O termo mais freqüente é “o
8
ERICKSON, p. 349-350.
9
ERICKSON, p. 351.
10
ERICKSON, p. 351-2.
Espírito de Deus”. Como se pode ter certeza que o Espírito de Deus no Antigo Testamento é
a mesma pessoa que o Espírito Santo no Novo Testamento? Algumas referências do Novo
Testamento ao Antigo Testamento nos dão esta certeza. Uma delas é a passagem de At.
2:16-21, onde Pedro diz que o que está acontecendo no dia de Pentecostes é o
cumprimento da profecia de Joel 2:28. É o cumprimento também da promessa de Jesus de
que os discípulos receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo (At 1:8).
5. O Espírito Santo não habitava continuamente na vida das pessoas, mas permanecia
por um tempo determinado para cumprir uma missão. Davi pede que Deus não
retire o seu Espírito Santo (Sl 51:11). No caso de Saul, temos o registro de quando o
Espírito Santo veio e quando se afastou dele – 1 Sm 10:6 e 16:14. A presença do
Espírito Santo em uma pessoa está aparentemente ligado à sua unção (separação,
consagração) para Deus para alguma obra específica. Veja os exemplos dos juízes,
Saul (1 Sm 10:6), Davi (1 Sm 16:13) e outros.
Apesar dessa ação limitada do Espírito Santo no Antigo Testamento, há profecias de que ele
atuaria mais universalmente: através de Jesus (Is 58:6; 61:1-2) e através do seu povo de uma
maneira geral (Joel 2:28-29).
6. É interessante notar que nem na prática de Jesus e nem no seu ensino vemos alguma
evidência do dom de falar em línguas.
11
ERICKSON, p. 352.
A obra do Espírito Santo na vida do ímpio: o Espírito Santo age no mundo trazendo
convicção do que é errado, do que desagrada a Deus (Jo 16:8-11). Ele age atraindo o homem
para Deus. Sem a influência do Espírito Santo o homem não procura Deus por si mesmo (Rm
3:10-12).
2. O Espírito Santo nos dá o poder necessário para viver a vida cristã e testificar – At
1:8. Foi após a descida do Espírito Santo que os discípulos tiveram a coragem e o
poder para falar abertamente de Jesus, apesar dos perigos.
4. O Espírito Santo tem uma função de ensino, nos lembrando das palavras de Jesus e
nos esclarecendo o seu sentido (iluminação) – Jo 14:26. Ele nos dirige em toda a
verdade – Jo 16:13-14.
6. O Espírito Santo produz a santificação na vida do crente, tornando-o cada vez mais
como Cristo – Rm 8:1-17. O crente deve andar no Espírito (Gl 5:16) e este produz o
seu fruto na vida do cristão (Gl 5:22-23).
7. “O Espírito também concede certos dons especiais aos crentes dentro do corpo de
Cristo”14. Estes dons são habilidades especiais que incluem as áreas intelectuais,
espirituais e atividades ministeriais.
12
ERICKSON, p. 356-7.
13
ERICKSON, p. 355.
14
ERICKSON, p. 357.
Os dons do Espírito Santo são uma fonte de confusão e divisão nos dias de hoje. No entanto,
este não é o intuito da concessão destes dons. Existem 3 passagens onde vemos listas de
dons: Rm 12:6-8; 1 Co 12:4-11; Ef 4:11. Antes de olhar para os dons individuais, algumas
considerações devem ser feitas:
2. A utilidade dos dons. Ef 4:12 nos ensina que os dons são para:
o O aperfeiçoamento dos santos,
o A obra do ministério,
o A edificação do corpo de Cristo (a Igreja). Os dons não são para a edificação
ou o prazer daquele que o possui, mas para a edificação da Igreja (1 Co 14:5,
12; 12:7).
5. A distribuição dos dons. É o Espírito Santo que faz a distribuição dos dons segundo a
sua vontade (1 Co 12:11; Hb 2:4). Não adianta ficar orando e suplicando por um dom
específico.
7. A diversidade dos dons (1 Co 12:4-6). A palavra grega para “dons” é carisma, que
significa “graça”. Os dons são uma dádiva gratuita. A palavra “ministérios”
(diakonion), significa “serviço”. Os diversos dons são usados para servir a Deus e ao
próximo. Diversidade de “operações” ou “formas de atuação” (energeo), de onde
tiramos nossa palavra “energia”. O Espírito Santo é quem “energiza” o seu povo a
viver a vida cristã e a fazer sua obra.
8. Todos os dons são importantes. Embora não sejam igualmente notáveis, todos os
dons são importantes (1 Co 12:22-26).
9. As listas de dons não são exaustivas. Repara-se que as listas de dons não são iguais.
Elas são provavelmente representativas. O Espírito Santo pode conceder qualquer
dom, mesmo os que não são especificamente mencionados na Bíblia. Dependendo
do local e das circunstancias, poderemos perceber a manifestação de dons
o Sentido amplo: Como vimos, um profeta é alguém que fala por Deus,
portanto, que prega a Palavra de Deus. Este dom se confunde também com
o dom de exortação ou da pregação poderosa da Palavra de Deus. Existem
ministério – Rm 16:1-4; At 16:14-15; Fp 2:25, 30. Muitas vezes este dom não tem
muita visibilidade.
12. O dom da palavra de conhecimento. Este dom parece ter sido mais importante na
igreja primitiva por causa da falta do Novo Testamento que temos hoje. Em Ef 3:3-5
o apóstolo Paulo parece relacionar este dom com as revelações que os apóstolos e
profetas recebiam (v. 5). Hoje temos o Novo Testamento completo e não precisamos
mais desse dom como na igreja neotestamentária. Mas podemos falar da palavra de
conhecimento como um dom que nos dá a capacidade de conhecer a Bíblia. A frase
“... conheça todos os mistérios e toda a ciência...” (1 Co 13:2) pode nos ajudar a
13. O dom da fé. Não é o dom da fé que salva, pois esta é acessível a todos. É, no
entanto, uma manifestação especial de confiança em Deus em alguma circunstância
difícil ou quase impossível. O dom não é só para edificação pessoal, mas para a
edificação de toda a igreja. Exemplos bíblicos: Noé, Abraão, Daniel, etc.
o A cura não é para todos (v. 30). Ela continua excepcional. A maneira
corriqueira de agir é através de meios convencionais.
15. Operações de milagres (1 Co 12:10, 28, 29). Milagres são intervenções sobrenaturais
nas leis que regem a natureza. Na Bíblia temos três termos que designam
intervenções sobrenaturais: sinais, prodígios e milagres.
o O objetivo dos milagres na Bíblia é geralmente para provar que Deus está
falando ou está agindo. Os milagres de Jesus foram para autenticar a sua
pessoa e a sua obra.
o Hoje em dia a autenticação do que uma pessoa prega é facilmente feita pela
Bíblia. Não é necessário milagres para confirmar o ministério de alguém. No
entanto, Deus é soberano e pode realizá-los quando bem entende. Milagres
continuam sendo eventos excepcionais.
o Chama muito a atenção o fato de que quando a Bíblia fala dos últimos
tempos, ela menciona com insistência os milagres feitos pelo inimigo e pelos
seus seguidores – Mt 24:24; 2 Ts 2:9-10; Ap 13:13-14. Nos dias de hoje é
muito comum ver religiões e movimentos que não têm nada com o
cristianismo promovendo milagres e curas milagrosas, sem contar as
inumeráveis igrejas evangélicas duvidosas. Como vivemos nos últimos dias,
precisamos muito do dom de discernimento (abaixo) para discernir o que
provem de Deus e o que provem do enganador de nossas almas.
o Satanás se disfarça para poder nos enganar – 2 Co 11:14. Ele faz de tudo
para nos enganar. Devemos examinar todas as coisas pela Palavra de Deus.
o De acordo com estes versículos, podemos dizer que o dom de línguas era a
capacidade milagrosa dada pela Espírito Santo de falar em outros idiomas
estrangeiros que não tivessem aprendido.
o O dom de línguas nunca foi para todos (1 Co 12:8-11). É evidente que o dom
de falar uma variedade de línguas não foi concedido a todos os crentes (veja
também v. 28-30). Hoje, alguns dizem que cada crente deve falar em línguas
como sinal do batismo do Espírito Santo. Isso é totalmente errôneo. O dom
de línguas não deve ser exigido de cada crente.
o Conclusões:
▪ O dom de línguas na Bíblia se refere a idiomas humanos conhecidos no
mundo.
▪ Estas línguas foram dadas como sinal aos judeus incrédulos.
▪ Este objetivo não tem mais sentido para os nossos dias.
▪ O dom de línguas não é para todos os crentes.
▪ O dom de línguas não é uma evidência de possuir o Espírito Santo ou do
batismo do Espírito Santo.
▪ O dom de línguas não edifica a igreja.
▪ Se alguém fala em línguas, a interpretação é obrigatória.
o Este dom é a capacidade milagrosa dada pela Espírito Santo de interpretar o que
se diz em outros idiomas estrangeiros que não tivessem aprendido.
Hoje, no meio evangélico, existe uma discussão a respeito da validade de todos os dons para
os nossos dias. Alguns diriam que todos os dons mencionados no Novo Testamento são para
os nossos dias (posição comum entre os Pentocostais). Outros diriam que não e
argumentariam que alguns dons mais extraordinários (tais como profecia, línguas e
interpretação, e talvez cura e expulsão de demônios) foram dados somente durante a era
apostólica, como “sinais” para credenciar os apóstolos durante o estágio inicial de pregação
do evangelho. Estes últimos são chamados de “cessacionistas”. Afirmam que esses dons não
são mais necessários hoje como sinais e cessaram no final da era apostólica, provavelmente
no final do primeiro século dC ou começo do segundo.
Devemos também notar que existe um grande grupo “intermediário” com relação a
essa questão, o grupo dos “evangélicos históricos”, que não são nem carismáticos ou
pentecostais por um lado nem estão entre os “cessacionistas” por outro lado, mas estão
simplesmente indecisos ou inseguros de que essa questão possa ser decidida a partir das
Escrituras.
Muito tem sido discutido acerca da continuidade ou não de certos dons usando as
seguintes palavras de Paulo:
O ponto principal dessa passagem pode muito bem ser que o amor permanece para
sempre, mas outro ponto, com certeza também importante, é que o versículo 10 declara
não apenas que esses dons imperfeitos vão desaparecer algum dia, mas que eles vão cessar
“quando vier o que é perfeito”. Paulo especifica um tempo: “Quando, porém, vier o que é
perfeito, então, o que é em parte será aniquilado”. E esta expressão: “Quando vier o que é
perfeito” em 1 Coríntios 13:10 refere-se ao tempo da volta de Cristo.
Alguns argumentam que “quando vier o que é perfeito” significa uma de várias coisas, tais
como “quando a igreja estiver madura” ou “quando as Escrituras estiverem completas” ou
“quando os gentios forem incluídos na igreja”. Para os que defendem a idéia de que
“quando vier o que é perfeito” significa “quando as Escrituras estiverem completas”. As
coisas imperfeitas mencionadas nos versículos 9-10 (profecia, línguas e conhecimento) são
meios incompletos de revelação, todos eles relacionados com o ato pelo qual Deus torna
sua vontade conhecida à sua igreja. Para eles, “o que é perfeito” nesse contexto deve
referir-se a algo na mesma categoria de “o que é imperfeito”. Portanto, “o que é perfeito”
nesse contexto deve referir-se a um meio de revelação, mas um meio completo. E esse meio
completo pelo qual Deus dá a conhecer sua vontade à igreja é a Bíblia. Então, por isso, para
os defensores dessa linha de pensamento “quando vier o que é perfeito” refere-se ao tempo
em que o cânon das Escrituras estiver completo.
Essas propostas não conseguem encontrar nenhum apoio no contexto imediato. Enquanto a
volta de Cristo é mencionada claramente no versículo 10, nenhum versículo neste trecho
menciona alguma coisa sobre o fechamento das Escrituras ou coleção de livros do Novo
Testamento ou ainda sobre a inclusão dos gentios na igreja ou acerca da “maturidade” da
igreja. Todas essas sugestões introduzem novos elementos não encontrados no contexto a
fim de substituir o único elemento, que é na verdade, a volta de Cristo.
Definição: O batismo do Espírito Santo é o ato pelo qual Deus nos torna membros do corpo
de Cristo. Esta definição é tirada do texto mais claro no Novo Testamento com relação a
este assunto – 1 Co 12:12-13. Estas palavras do Apóstolo Paulo são dirigidas aos coríntios, os
quais ele acusa de serem carnais e bebês em Cristo.
1 Co 3:1-3 é mais uma prova de que o batismo do Espírito Santo não tem relação com o
estado espiritual do crente, mas com a sua posição em Cristo.
o O batismo do Espírito Santo é o ato pelo qual Deus dá ao crente a sua posição
em Jesus Cristo.
o Jesus repete esta afirmação quando ele instrui seus discípulos a não se
afastarem de Jerusalém, mas esperarem a promessa do Pai – At 1:4-5.
o Atos 2:32-33 – É Jesus que batiza e não o Espírito Santo. Ele nos batiza pelo
Espírito Santo e nos coloca no seu corpo, a Igreja. Não há nenhum versículo na
Bíblia que ensina que o Espírito Santo realiza o batismo.
o Observe que em todas as passagens onde o apóstolo Paulo fala aos crentes
sobre o batismo do Espírito ele usa o verbo no passado, pois é uma experiência
já realizada (1 Co 12:13; Cl 2:12; Gl 3:27). Muitos hoje denominam “batismo do
Espírito Santo” um evento que acontece algum tempo após a conversão, mas
este não é o ensino bíblico.
O batismo do Espírito Santo é para todos? – 1 Co 12:13 e Gl 3:26-27 – Sem dúvida. Todos os
salvos são batizados com o Espírito Santo. É isto que une o crente a Cristo, o coloca no seu
corpo e o permite ser habitado pelo Espírito Santo. Todos os que não têm o Espírito Santo
não são salvos – Rm 8:9.
o Paulo, depois de ter declarado que todos são batizados pelo Espírito (1 Co
12:13), diz expressamente que nem todos falam em línguas (v. 30).
o A Bíblia não nos narra que o batismo do Espírito Santo fosse acompanhado de
gritos, agitação, tremedeiras, quedas no chão ou contorções. Pelo contrário,
Deus é um Deus de paz, decência e ordem (1 Co 14:33 e 40).
Porque foi necessário que os 120 discípulos em Atos 1 esperassem o batismo do Espírito
Santo após a sua conversão? Até o dia de Pentecostes o Espírito Santo não tinha vindo
habitar permanentemente os crentes. Jesus tinha prometido que o Espírito Santo viria após
o seu retorno ao Pai. O dia de Pentecostes foi o cumprimento dessa promessa. O dia de
Pentecostes não se repetirá mais, pois o Espírito Santo agora habita permanentemente nos
crentes.
Porque houve um espaço de tempo entre a conversão dos samaritanos e a sua recepção do
Espírito Santo (Atos 8:14-17)? O plano de Deus era que eles deveriam esperar o
recebimento do Espírito Santo até que os judeus e os apóstolos pudessem testemunhá-lo e
saber que eles também tinham recebido o mesmo Espírito.
Porque os discípulos de Atos 19:1-7 não tinham recebido o Espírito Santo? Estes homens
não eram crentes. Eles eram discípulos de João Batista e não conheciam os ensinos de Jesus
e nem sabiam que existia um Espírito Santo. O apóstolo Paulo os evangelizou e eles se
converteram a Jesus e receberam o Espírito Santo de imediato.
Conclusão: O batismo do Espírito Santo não é uma experiência, mas um fato que acontece
quando alguém se converte. Deus o coloca no seu Filho, Jesus, pelo Espírito Santo.
Deus quer nos encher com seu Espírito. Seu desejo é que seu Espírito inteiramente o nosso
ser para que ele possa nos transformar à sua imagem e nos santificar.
2. Jesus avisou com antecedência que o Espírito Santo traria plenitude ao cristão.
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10b).
“Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a
água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”(Jo 4:14).
“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá
sede... Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a
Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. 39 Isto ele disse com respeito ao Espírito
que haviam de receber os que nele cressem (Jo 6:35; 7:37b-39a)”.
3. O Novo Testamento nos dá vários exemplos de cristãos que estavam cheios do Espírito
Santo.
Pedro – Atos 4:8
Os diáconos – Atos 6:3
Estevão – Atos 7:55
Barnabé – Atos 11:24
Paulo – Atos 13:9
O Espírito ocupa toda parte de nosso ser que entregamos a ele. Podemos imaginar o Espírito
como sendo água. Quando derramamos água dentro de um recipiente, ela ocupa todo o
espaço vazio que não bloqueamos. O Espírito faz a mesma coisa na nossa vida. Jesus Cristo
compara o Espírito a uma fonte que jorra no nosso coração, ocupa-o todo e transborda em
rios de água viva. Mas o Espírito não pode encher as partes da nossa vida que bloqueamos.
Podemos impedir que o Espírito controle certas áreas da nossa vida e o Espírito não agirá
contra a nossa vontade.
Não devemos esquecer que o Espírito em nós é também a presença de Cristo. Se o Espírto
nos enche, é o próprio Cristo que nos enche. Sabemos que “nele, habita, corporalmente,
toda a plenitude da Divindade” e que nele recebemos a plenitude (Cl 2:9-10).