Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMEÇANDO DO ZERO
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
DO JUIZ
a) Poderes-deveres
II - velar pela duração razoável do processo: o juiz deve resolver a lide no lapso
temporal mais breve possível, fazendo com que a prestação jurisdicional seja eficaz.
Esse é o motivo pelo qual poderá o está autorizado a indeferir diligências inúteis ou
meramente protelatórias (art. 370, parágrafo único, CPC).
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça:
considerando que é o juiz quem preside o feito, deverá o mesmo cuidar para que haja
o zelo e respeito para com a justiça. Assim, deve o juiz punir os atos que vão de
encontro à dignidade da justiça, como, por exemplo, o ato que de embaraço à ordem
judicial, punido com multa. Outro exemplo é visto no artigo 360, CPC. Aqui o legislador
apontou que o juiz exerce o poder de polícia nas audiências, competindo-lhe manter
a ordem e o decoro, podendo ordenar que se retirem da sala os que se comportarem
inconvenientemente e até mesmo requisitar, quando necessário, a força policial.
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
B) Responsabilidades
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
C) Atuação processual
II- equidade: é o senso de justiça do juiz. Julgar por equidade seria adotar a solução
que ele - o juiz - acredite ser mais justa. O julgamento por equidade, em regra, não é
admitido em nosso ordenamento pátrio (pois a regra é a de que o juiz julgue com base
no que diz a lei). Excepcionalmente, o juiz decidirá por equidade, desde que a lei lhe
permita. É o que ocorre, por exemplo, com a fixação de honorários advocatícios nas
causas de valor inestimável ou irrisório (artigo 85, par. 8º, CPC).
III- inércia: o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte
(art. 141, CPC).
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
Em outros termos, significa dizer que o juiz é “livre” para formar o seu convencimento
com base no meio de prova constante dos autos (testemunhal, pericial, documental,
etc.), mas, na decisão, ele deverá informar quais foram essas razões, ou seja, deverá
dar publicidade ao raciocínio que utilizou para chegar àquela conclusão. Essa
“publicidade” serve para que a parte inconformada possa conhecer do raciocínio
empregado pelo juiz na decisão e, por consequência, possa “combatê-la” por meio do
recurso cabível.
VII- identidade física do juiz: por esta regra, o juiz, titular ou substituto, que concluir
a audiência julgará a lide. A regra é de fácil assimilação: se o juiz colheu toda a prova,
esteve “cara a cara” com as partes e testemunhas, ninguém estará tão apto a emitir a
decisão senão ele próprio.
Interessante que a regra da identidade física do juiz, presente no artigo 132 do CPC/73
não foi repetida no CPC de 2015. Porém a mesma não foi abolida. Primeiro, porque
tal mandamento é decorrente do princípio da oralidade. Em segundo lugar, porque, ao
que parece, o artigo 366 do CPC manteve a identidade física ao determinar que
“encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias”.
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
Apesar de não ser “pessoa” (mas, sim, “órgão”, sem personalidade jurídica,
portanto), o Ministério público é dotado de “personalidade judiciária” para figurar como
parte na defesa de suas prerrogativas institucionais, previstas em lei. Assim, o
Ministério Público está autorizado a atuar como parte nas ações de investigação de
paternidade (Lei nº 8.560/92), anulação de casamento (artigo 1.549, CC), ação civil
pública (Lei nº 7.347/85), ação civil de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92),
etc.
Atuando na qualidade de parte, cabe-lhe, no processo, os mesmos poderes e
ônus que às partes. Isto quer dizer que, além de gozar dos mesmos favores
processuais (poder de recorrer, participar de audiência, juntar rol de testemunhas,
impugnar documentos, etc.), o órgão ministerial também se sujeitará aos mesmos
encargos.
Mas não podemos equiparar totalmente o tratamento do representante do
ministério público àquele dado aos particulares. É que, em virtude dos interesses
relevantes que defende, o ministério público deve gozar de certas prerrogativas, não
concedidas aos litigantes particulares. É o que ocorre, por exemplo, com o prazo
dobrado para se manifestar-se nos autos (artigo 180, CPC), isenção no pagamento
das custas do recurso (artigo 1.007, parágrafo 1º, CPC) e a intimação pessoal, com
vista dos autos (artigo 180, CPC).
nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural ou urbana
e nas demais causas em que há interesse público ou social: o objetivo foi proteger
o interesse público, o qual não se confunde com o mero interesse patrimonial da
fazenda pública. O simples fato de uma pessoa jurídica de direito público figurar como
parte numa demanda não significa que haja interesse público que justifique a
intervenção ministerial (artigo 178, parágrafo único, CPC). É por isso que, em certas
aprenda.cers.com.br/andremota
ISOLADA COMEÇANDO DO ZERO
PROCESSO CIVIL DE ACORDO COM O NOVO CPC
AULA 05
3. Responsabilidade
Perceba que, assim como ocorre com o juiz, não existe, em nosso
ordenamento jurídico, a possibilidade de responsabilização pessoal do representante
do Ministério Público por ato culposo, mas tão somente doloso ou fraudulento. Isto
quer dizer que, se o jurisdicionado tiver prejuízo em virtude de ato culposo do
representante do Ministério Público, poderá apenas voltar-se com ação de
indenização contra o Estado (em se tratando do MP estado) ou contra a União (acaso
se trate de MP federal), não havendo que se falar em responsabilidade civil regressiva
em face do representante do MP.
DA ADVOCACIA PÚBLICA
Por fim, assim como ocorre com o juiz e membro do Ministério Público, o membro
da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo
ou fraude no exercício de suas funções
aprenda.cers.com.br/andremota