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GRUPO I

PARTE A
1. Esta cantiga versa sobre o sofrimento amoroso – coita de amor: “... hei no meu coraçom / coita d’amor...” (vv.
3-4).
2.
2.1 É evidente, ao longo de toda a cantiga, que o sujeito lírico não tem noção do que se passa consigo nem
consegue descrevê-lo. Sente-se entre a vida e a morte – “Ora nom moiro, nem vivo...” (v. 1) –,
completamente desconcertado – “… nem sei / como me vai, nem rem de mi...” (vv. 1-2) –, sem saber o que
fazer – “Nom sei que faço, nem hei de fazer,”
(v. 7) – não conseguindo vislumbrar o que será o seu futuro – “Nom sei que é de mim, nem que será,” (v.
13). O único facto de que ele tem a certeza é de estar a sofrer de tal forma por amor que sente estar a
enlouquecer – “senom / atanto: que hei no meu coraçom / coita d’amor… / tam grande que mi faz perder o
sem” (vv. 2-5).
3. Como se depreende do último verso do refrão, a “senhor” não tem conhecimento do estado de sofrimento em
que o sujeito lírico se encontra, situação que parece constituir-se como o ponto fulcral da sua coita amorosa:
estar apaixonado e o alvo do seu amor não ter sequer consciência disso, pelo que, desta feita, não poderá
aspirar a uma correspondência amorosa.
PARTE B
4. É possível identificar, na cantiga, a voz de um narrador – “Dizia la fremosinha” (v. 1) – bem como a personagem
principal da ação que está ser narrada e descrita e que mais não é do que o lamento de uma donzela
apaixonada e que sofre devido à ausência do amigo. Verifica-se, ainda, que o narrador coloca a personagem a
falar na primeira pessoa através do discurso direto – “Ai, Deus, val, / com’estou d’amor ferida,” (vv. 2-3).
5. Ambas as cantigas versam sobre o sofrimento causado pelo amor. Na primeira, uma cantiga de amor assistimos
à confissão do estado de insanidade e de angústia que o sujeito lírico experi menta por estar apaixonado e a sua
amada não ter conhecimento disso; na segunda, a de amigo, somos confrontados com a mágoa e o desespero
de uma donzela apaixonada que lamenta a ausência do amado.
GRUPO II
1.
1.1 C
1.2 C
1.3 D
1.4 C
1.5 B
1.6 A
1.7 B
2.
2.1 Espetadores, cartaz, público, filme, comédia.
2.2 Complemento oblíquo.
3. À letra, capital significa a cabeça (a parte principal) de um país.
GRUPO III
A resposta do aluno deverá contemplar, entre outros, os seguintes aspetos:
Cantigas de Cantigas de
amor amigo
Origem • provençal • autóctone
Sujeito de • trovador • donzela
enunciação
Objeto • a dona • o amigo
(a “senhor”)
Características • ser divinizado, • ser
da figura quase terrestre, de
feminina inatingível, cariz
da aristocracia essencialmente
popular
Características • vassalo • apaixonado
da figura • submisso • ausente
masculina • sofredor • mentiroso
Ambiente • palaciano • doméstico
• cortês • familiar
• rural
• marítimo

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