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Daniella Costa
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PROJETO CAVEIRA MINI 01 – AGENTE PCDF – 2020 (PÓS-EDITAL)
01. Em razão do princípio da legalidade penal, a Julgue o item subsequente, relativo à aplicação da lei
tipificação de conduta como crime deve ser feita por penal e seus princípios.
meio de lei em sentido material, não se exigindo, em
regra, a lei em sentido formal. 03. No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a
regra é a aplicação da lei apenas durante o seu período
Gabarito: E de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal
mais benéfica, que comporta duas espécies: a
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: retroatividade e a ultra-atividade.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item 04. A ação de grupos armados civis contra o Estado
subsequente. democrático constitui crime insuscetível de graça ou
anistia.
02. O princípio da adequação social se aplica à conduta
de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal Gabarito: E
incriminador em razão de se tratar de comportamento
socialmente aceito. COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Preconiza, basicamente, que não se pode reputar XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
criminosa uma conduta tolerada pela sociedade, ainda ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
que se enquadre em uma descrição típica. Como ordem constitucional e o Estado Democrático.
exemplo, a doutrina cita a não punição do tatuador que
lesiona a pele do seu cliente ao realizar o serviço. Nota-se que tal crime é inafiançável, além de ser
também imprescritível.
Diante disso, cabe ressaltar que pelo princípio da
adequação social não revoga nenhum tipo penal, o Considerando o Código Penal brasileiro, julgue os itens
tipo continua válido, só não ocorre a punição. a seguir, com relação à aplicação da lei penal e à teoria
de delito.
Além disso, a questão exigiu um entendimento do STJ.
05. Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se
Súmula nº 502, STJ: Presentes a materialidade e a praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
no art. 184, 2º, do CP, a conduta de expor a venda CDs
e DVDs piratas. produziu ou deveria ter sido produzido o resultado.
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COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 09. Por ter cometido homicídio logo após injusta
provocação da vítima, tendo agido sob domínio de
Vejamos o que diz o CP acerca do crime de abandono violenta emoção, Pedro estará isento de pena.
de incapaz:
Gabarito: E
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado,
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
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A questão narra muitas informações apenas para 11. Conforme a mais recente jurisprudência do STF, o
induzir vocês ao erro. crime de roubo se consuma quando o agente, depois de
cessada a violência ou a grave ameaça, tem a posse
Reparem o que nos é importante: Houve um homicídio pacífica e desvigiada da coisa subtraída.
privilegiado (aquele em que o autor comete sob
domínio de violenta emoção, logo em seguida à Gabarito: E
provocação da vítima).
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Além disso, a questão afirma incorretamente que se
houver o homicídio privilegiado, haverá isenção de Existem algumas teorias que tentavam definir o
pena. momento consumativo dos crimes de furto / roubo.
Na verdade, o homicídio privilegiado é causa de No entanto, para a sua prova, basta saber a teoria
diminuição de pena, de 1/6 a 1/3, e não uma causa de adotada pelo STJ e STF:
isenção de pena.
Teoria da Amotio / Aprpehencio - A consumação se
Art. 121 (...) dá quando a coisa subtraída passa para o poder do
agente. O proprietário perde a disponibilidade da coisa.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de Ou seja, a questão erra ao afirmar que o agente precisa
violenta emoção, logo em seguida a injusta ter a posse mansa, pacífica e desvigiada do bem para
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de que o crime se consume.
um sexto a um terço
O crime vai se consumar com a inversão da
No que se refere aos crimes contra o patrimônio, julgue propriedade do bem. Não importa se o objeto roubado
os itens subsequentes. sai, ou não, do campo de visão da vítima, nem se é
restituído. No instante em que o autor se apodera do
10. O reconhecimento do furto privilegiado é bem, o crime está consumado.
condicionado ao valor da coisa furtada, que deve ser
pequeno, e à primariedade do agente, sendo o privilégio Pedro e Marcus, penalmente responsáveis, foram
um direito subjetivo do réu. flagrados pela polícia enquanto subtraíam de Antônio,
mediante ameaça com o emprego de arma de fogo, um
Gabarito: C aparelho celular e a importância de R$ 300,00. Pedro,
que portava o celular da vítima, foi preso, mas Marcus
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: conseguiu fugir com a importância subtraída.
O privilégio, no furto, é uma hipótese de redução de 12. Nessa situação hipotética, Pedro e Marcus, em
pena, prevista para o crime de furto, sendo um direito conluio, praticaram o crime de roubo tentado.
subjetivo do réu, desde que satisfaça seus requisitos.
Gabarito: E
Vejamos:
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel: Caveiras, só pra reforçar o entendimento dos nossos
tribunais superiores quanto à consumação do crime de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. roubo, temos:
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13. Considere que João e sua organização criminosa No que concerne aos crimes contra a Administração
utilizem transporte marítimo clandestino para fazer Pública, julgue o item a seguir.
ingressarem no território brasileiro os cigarros
contrabandeados. Nessa situação, a pena pelo crime de 15. O agente de polícia que deixar de cumprir seu dever
contrabando será aumentada pela metade. de vedar ao preso o acesso a telefone celular,
permitindo que este mantenha contato com pessoas
Gabarito: E fora do estabelecimento prisional, cometerá o crime de
condescendência criminosa.
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Gabarito: E
O CESPE gosta de cobrar, também, a literalidade da lei,
como veremos a seguir. COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
O contrabando, que é um delito praticado, em regra, A conduta narrada na questão é tipificada pela doutrina
por particular contra a Administração Pública em geral, como prevaricação imprópria.
é assim previsto no CP:
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o
(...) ambiente externo:
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
contrabando é praticado em transporte aéreo,
marítimo ou fluvial. Noções de Direito Processual Penal
Ou seja, conforme afirma a assertiva, caso a conduta Julgue os itens subsequentes no que se refere à
criminosa seja feita por meio de transporte marítimo legislação processual penal.
clandestino, a pena não será aumentada da metade,
mas sim será aumentada pelo dobro. 16. A lei processual penal tem aplicação imediata, razão
por que os atos processuais já praticados devem ser
14. O crime de contrabando, como o praticado por João refeitos de acordo com a legislação que entrou em
e sua organização criminosa, foi tipificado no Código vigor.
Penal brasileiro em decorrência do princípio da
continuidade normativo-típica. Gabarito: E
Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, o CESPE é recorrente em cobrar o princípio
do tempus regit actum, ou princípio da aplicação
Inicialmente, vamos relembrar o que é o princípio da imediata da lei processual penal.
continuidade típico-normativa:
Tal princípio dispõe que a nova lei processual será
Trata-se de um instituto jurídico que ocorre com a aplicada desde logo, respeitando-se, porém, os atos
revogação formal de um tipo penal. Mas o que isso sob esfera da lei anterior.
significa?
O próprio CPP também dispõe nesse sentido:
A revogação formal nada mais é que a revogação de
uma lei que versa sobre um crime, mas apenas Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,
formalmente, ou seja, a conduta continua sendo sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a
considerada criminosa e, por isso, é transferida para vigência da lei anterior.
outro tipo penal.
17. Em regra, a norma processual penal prevista em
O crime de contrabando que hoje é previsto no art. 334- tratado e (ou) convenção internacional, cuja vigência
-A, CP, antes era tipificado juntamente com o delito de tenha sido regularmente admitida no ordenamento
descaminho, no art. 334, CP.
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Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange 21. A conclusão do inquérito policial é precedida de
todas as infrações penais, exceto as de menor potencial relatório final, no qual é descrito todo o procedimento
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou adotado no curso da investigação para esclarecer a
queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela autoria e a materialidade. A ausência desse relatório e
Lei nº 13.964, de 2019) de indiciamento formal do investigado não resulta em
prejuízos para persecução penal, não podendo o juiz ou
(...) órgão do Ministério Público determinar o retorno da
investigação à autoridade para concretizá-los, já que
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias constitui mera irregularidade funcional a ser
não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, apurada na esfera disciplinar.
após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá
reexaminar a necessidade das medidas cautelares em Gabarito: C
curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019). COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Em relação aos princípios constitucionais e processuais A hipótese prevista no CPP para que o MP posso
penais, julgue os próximos itens. determinar o retorno da investigação à autoridade
policial se dá no caso de diligências indispensáveis à
19. O dispositivo constitucional que estabelece serem denúncia.
inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos, bem
como as restrições à prova criminal existentes na Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a
legislação processual penal, são exemplos de devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
limitações ao alcance da verdade real. novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
denúncia.
Gabarito: C
Assim, segundo o professor Renato Brasileiro, tanto o
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: relatório final (que é uma espécie de resumo da
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investigação), quanto a ausência de indiciamento formal No entanto, por vezes, a banca cobra apenas a
do investigado não afetam o oferecimento da denúncia literalidade do dispositivo.
e não fazem com que o MP devolva os autos à
autoridade policial. Vejamos:
Caveiras, sendo uma questão CESPE, a gente sempre 26. Em regra, não se admite a decretação de prisão
espera alguma pegadinha. preventiva em caso de acusação pela prática de crimes
culposos.
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Gabarito: C fiança.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será Vejamos o que diz o CPP:
admitida a decretação da prisão preventiva:
Art. 322. A autoridade policial somente poderá
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de conceder fiança nos casos de infração cuja pena
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; privativa de liberdade máxima não seja superior a 4
(quatro) anos.
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, horas.
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
Assim, o Delegado só pode conceder liberdade
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar provisória com o pagamento de fiança e nos casos
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo em que a pena máxima não seja superior a 04 anos.
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência; Nos demais caso, a concessão da liberdade provisória
fica reservada à autoridade judiciária.
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou No que diz respeito à sentença e à coisa julgada, bem
quando esta não fornecer elementos suficientes para como aos juizados especiais criminais, julgue os itens
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado que se seguem.
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo
se outra hipótese recomendar a manutenção da 29. A existência de ação penal, em andamento, contra o
medida. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019). acusado não pode ser considerada indicadora de maus
antecedentes, mas obsta a transação penal.
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