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BOOGIE OOGIE

Carolina Rodriguez
 
Estamos em 1978. Ano de Copa do Mundo. Donna Summer e Bee Gees incendeiam as
noites cariocas. John Travolta é o ídolo do momento e Farrah Fawcett, a pantera, lança o
corte de cabelo mais copiado do mundo. As pistas de dança são embaladas pelo ritmo
da disco music. Seria um cenário perfeito para uma linda história de amor, não fosse um
acidente aéreo. A caminho da Igreja, no dia de seu casamento com Sandra (Isis Valverde),
Alex (Fernando Belo) presencia a queda do avião pilotado por Rafael (Marco Pigossi), que
acabou de ficar noivo de Vitória (Bianca Bin). Na tragédia, quem morre é Alex, o herói que
perde a vida ao salvar um desconhecido. Este é o ponto de partida de ‘Boogie Oogie’,
a próxima novela das seis, que estreia no dia 4 de agosto, com autoria de Rui Vilhena,
direção geral de Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez e direção de núcleo de Ricardo
Waddington.
 
A trama conta uma história de encontros e desencontros durante uma época de
efervescência e alegria, de tendências marcantes na moda, na música e no estilo de vida.
O estado de espírito divertido e contagiante caminhava ao lado do anseio pela liberdade.
Em meio a esse cenário único, Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin), duas jovens
de personalidades completamente opostas – que até o acidente com o monomotor não se
conhecem – descobrem que suas histórias de vida, na verdade, fazem parte de uma
vingança. E que o sangue que corre em suas veias não é o mesmo que o dos supostos
pais.
 
Como tudo começou
 
Enquanto Sandra (Isis Valverde) está prestes a subir ao altar, Vitória (Bianca Bin) recebe o
tão esperado pedido de casamento de Rafael (Marco Pigossi). De um lado, Sandra nos
preparativos de uma cerimônia simples, porém cheia de amor. De outro, papéis picados
caem do céu: Vitória, você quer se casar comigo?
 
É o momento mais feliz da vida de duas jovens que nasceram na mesma data e têm suas
vidas regidas pela mesma lua. Mas uma tragédia muda tudo e o destino provoca, como em
um piscar de olhos, o encontro entre Sandra, Vitória e Rafael.
 
Durante o romântico sobrevoo pela mansão de Vitória, o monomotor de Rafael apresenta
problemas e cai. Em um ato de bravura, Alex (Fernando Belo), que está a caminho de seu
casamento com Sandra, socorre o piloto. Ao retirá-lo das ferragens, no entanto, é ele quem
fica preso e morre na explosão da aeronave.
 
Desesperado ao saber que o homem que salvou sua vida estava a caminho do casamento,
Rafael segue para a Igreja e descobre que a noiva é a mesma mulher que fez seu coração
disparar na véspera da tragédia. Sandra e Rafael tinham se encontrado por acaso um dia
antes do acidente. Vestida de noiva, Sandra fica chocada ao receber a notícia da morte do
noivo que acabou de falecer.
 
O remorso e a compaixão tomam conta do jovem piloto. Atormentado pela nobre atitude de
Alex, Rafael sente-se responsável pelo sofrimento de Sandra e, na tentativa de amenizar a
dor da jovem, tenta ajudá-la a superar a perda. Vitória, por sua vez, não compreende a
angústia do seu noivo e não suporta a piedade que ele tem por Sandra. 
 
Mimada, prepotente e agressiva, Vitória não larga o amado por nada. Quer marcar logo a
data do casamento, mas Rafael hesita. Ele está em duvida do seu amor por Vitória. Uma
das grandes incentivadoras dessa relação é Cristina (Fabíula Nascimento), que sempre
empurrou Rafael para os braços de Vitória.
 
Casada com Mário (Guilherme Fontes), tio de Rafael, Cristina vê no namoro do sobrinho
com Vitória a chance de mudar de status social. O casal, que optou por não ter filhos para
curtir a vida, cuida de Rafael (Marco Pigossi) e de seu irmão, Serginho (João Vithor
Oliveira), desde que os dois ficaram órfãos.
 
Vitoria é a “princesinha da casa”, extremamente mimada pelo pai, Fernando (Marco Ricca).
Mal humorado e de pavio curto, ele é o dono da agência de viagem Vip Turismo, que é
coordenada com a ajuda do enteado Beto (Rodrigo Simas). A relação de pai e filha é tão
forte que causa ciúmes em Carlota (Giulia Gam), mãe de Vitória. Com ela, a filha tem
embates frequentes, cheios de bate-boca, geralmente contornados por Madalena (Betty
Faria), “a apaziguadora”.
 
Matriarca e dona da mansão na Gávea, bairro nobre do Rio de Janeiro, Madalena, mãe de
Fernando (Marco Ricca), comanda o alto astral do ambiente. Dona de uma energia de
fazer inveja, a vovó Madalena (Betty Faria) tem um verdadeiro coração de
mãe. Agradecida pelo ato de coragem de Alex, ela ajuda a família do jovem a se recuperar
da perda.
 
Era Alex (Fernando Belo) quem ajudava a mãe com as contas da casa. Com a sua morte,
dona Augusta (Sandra Corveoni) começa a ter dificuldade para controlar as despesas. Seu
outro filho, Pedro (José Loreto), só quer saber de reconquistar Sandra (Isis Valverde). No
passado, os dois tiveram um romance, mas depois Sandra o deixou por Alex. Agora, com a
morte do irmão, Pedro acredita que o caminho até o coração da moça está livre. Ou
melhor, quase.
 
No caminho de Pedro há um obstáculo: seu chefe. Pedro conheceu Sandra e se apaixonou
por ela logo após entrar para o exército e, no quartel, ocupar o cargo de ordenança do
tenente-coronel Elísio (Daniel Dantas) – o pai da moça. Militar respeitado dentro e fora de
casa, Elísio é um guardião dos bons costumes. Sua maior responsabilidade é educar os
filhos como cidadãos exemplares. Sua esposa, Beatriz (Heloísa Périssé), compartilha do
mesmo desejo. Além de Sandra, a filha mais velha, o casal tem outros dois herdeiros,
Otávio (Jose Victor Pires) e Cláudia (Giovanna Rispoli). Pela felicidade dos três, Beatriz é
capaz de tudo. 
 
Duas famílias, um destino
 
Os familiares das jovens Vitória e Sandra vivem em mundos opostos. Rica e frequentadora
da alta sociedade carioca, a família de Vitória (Bianca Bin) tem uma vida social agitada.
Em contrapartida, a de Sandra (Isis Valverde) vive no anonimato. Mais humilde, a rotina
deles se resume à agitação da vizinhança de Copacabana, onde vivem. 
 
O acidente de Rafael provocou faíscas e intensos conflitos entre as famílias. Enquanto
Sandra vive o luto, Vitória quer contar aos quatro ventos que está noiva. A discórdia entre
as duas é suficiente para as duas famílias declararem guerra. Mas o pior ainda está para
acontecer.
 
Quando bebês, Sandra e Vitória foram trocadas na maternidade. Sem que ninguém
soubesse, o crime, motivado por ciúmes, foi planejado por Susana (Alessandra Negrini),
ex-amante de Fernando (Marco Ricca). Ele a dispensou quando descobriu que sua
legítima esposa, Carlota (Giulia Gam), estava grávida. A desculpa caiu como uma luva
para encerrar de vez com o romance extraoficial. Financiada por Fernando, Susana muda-
se para Nova Iorque, mas não antes de trocar as crianças na maternidade. 
 
O segredo de Susana, guardado há 20 anos, virá à tona quando ela retorna ao Brasil e
descobre que Fernando, na verdade, tinha outra amante, Gilda (Letícia Spiller). Susana
decide contar toda a verdade, para que a vingança se complete e ela acabe de vez com
Fernando.
 
A revelação
 
A notícia da troca dos bebês cai como uma bomba e deixa todos em estado de
choque. Beatriz descobre que Vitória, sua verdadeira filha, é quem sempre esteve em
apuros quando ela sentia o coração apertado. Diante dos fatos, só resta realizar o teste de
paternidade. Mas essa história não interfere apenas na família das duas jovens...
 
Rafael (Marco Pigossi) e o irmão perderam os pais no incêndio do edifício Joelma, em
1974. Desde então, eles vivem com o irmão do pai, Mário (Guilherme Fontes), e sua
mulher, Cristina (Fabíula Nascimento). O tio recebeu os dois de braços abertos; já a
esposa não gostou muito da ideia. Ela até tinha carinho pelos meninos, mas sabia das
dificuldades financeiras que enfrentaria com a educação dos dois.
 
Apesar do marido afirmar que o esforço em educá-los seria um investimento para o futuro,
que eles retribuiriam o amor e a dedicação do casal, Cristina não encarou bem a situação
até enxergar no relacionamento de Rafael e Vitória a chance de mudar de vida. O
sobrinho, no entanto, nunca esteve seguro quanto aos seus sentimentos por Vitória.
Pressionado por Cristina, Rafael pede Vitória em casamento. Mas o seu reencontro com
Sandra, no meio da tragédia que marcou suas vidas, mexem com os sentimentos do
rapaz, que se vê apaixonado pela jovem.
  
Entre um conflito e outro, vem à tona a revelação da troca dos bebês, provocando uma
reviravolta no triangulo amoroso. A partir daí, Sandra e Vitória terão que enfrentar o desafio
de conhecer a vida que lhes foi tirada desde o nascimento. Nada será como antes.
 
Na esquina um orelhão, no canto da sala uma vitrola
 
Entra ano, sai ano e a vida segue. As coisas mudam e, muitas vezes, os detalhes passam
despercebidos. A rotina é tão forte, que mal se olha para o lado. Ao reproduzir o passado,
é preciso atenção. Recriar os anos 70 exigiu uma longa pesquisa.
 
As equipes de cenografia, assinada por Alexandre Gomes, e produção de arte, liderada
por Nininha Medicis, empenharam-se na reprodução do clima descontraído e empolgante
de 1978. Uma loja, uma cabine, a fachada de um prédio... Até mesmo uma carrocinha de
cachorro-quente e a famosa vitrola são protagonistas dessa história.
 
A trama central de ‘Boogie Oogie’ se passa na Zona Sul do Rio de Janeiro. Para reproduzir
esta atmosfera, a cidade cenográfica foi dividida em duas áreas: uma rua de Copacabana,
onde se localiza a casa da Sandra (Isis Valverde) e a de Inês (Deborah Secco), entre
outras personagens; e uma rua de Ipanema, endereço da agência de viagens Vip Turismo,
da discoteca Boogie Oogie, do curso de inglês, e da galeria com a boutique de Vitória
(Bianca Bin).
 
Cada local é bem distinto e herda as características do bairro. A Copacabana de ‘Boogie
Oogie’ apresenta uma mistura de estilos e um comércio que começou nas décadas de 40 e
50 e que chegou aos anos 70. Lojas que não existem mais, como as de revelação de
fotografias e as que vendiam disco de vinil, por exemplo, aumentam o ar vintage na cidade
cenográfica, com cerca de seis mil metros quadrados de área construída.
 
Para gravar cenas na área externa da casa dos Veiga Almeida da Silveira, a direção
escolheu uma locação com características arquitetônicas muito presentes em mansões na
década de 70. Já o interior é todo gravado em estúdio, no Projac, que contempla ainda
outros 12 cenários, como o ambiente da discoteca Boogie Oogie.
 
A casa noturna, destino de vários jovens da trama, apresenta uma mistura de detalhes de
várias boates daquela época. A partir de referências pesquisadas em material sobre a
Studio 54, a New York City, entre outras, a cenografia fez uma releitura desses ícones da
era disco. O resultado é um grande ambiente com luzes coloridas, espelho e muita fumaça.
Um amplo bar, sofás, pista de dança com cubos coloridos no piso, uma área para o DJ e
um palco dão o toque final.
 
Em paralelo ao trabalho da cenografia, a produção de arte ajudou a reproduzir os anos 70
de forma mais realista possível. Segundo Nininha Medicis, a referência básica veio de
filmes e documentários que retratam a época. “Vimos o filme “Saturday Night Fever”
(Embalos de Sábado à Noite) e também um documentário do Maurício Branco, chamado
“Rio 40 Graus”. Sempre começamos nosso trabalho fazendo pesquisa de referência e,
para isso, eu li diversos livros da época. O que também ajudou bastante foram as revistas
que compramos em sebo. Com esse material, pudemos ver como eram as casas, os
anúncios, os produtos, as roupas de cama e banho, toalhas de mesa e objetos de
decoração”, pontua Nininha.
 
Apesar de recriar uma época em que a Internet não existia, a ferramenta foi de grande
importância para a equipe. A pesquisa de fotos na web ajudou a identificar o que se usava
para decorar e compor o ambiente. “A partir daí começamos a trabalhar em cima de cada
cenário, em contato com a cenografia, seguindo o conceito de cada casa e cada família”,
explica a produtora.
 
A mansão da família de Vitória (Bianca Bin), por exemplo, tem um cenário mais minimalista
e com muito Op-art (Arte Óptica), um estilo artístico que utiliza ilusões óticas, bastante
marcante na época. “Utilizamos muitos objetos característicos daquela década, como
dragões chineses e obras de Palatnik (Abraham Palatnik). Temos a presença de muita
prata e vidro, já que é uma família de poder aquisitivo mais alto”, completa Nininha.
 
Já a casa de Elísio (Daniel Dantas) é mais simples e toda organizada. O tenente-coronel
do exército e pai de Sandra (Isis Valverde) mantém as coisas no lugar, como destaca
Nininha. “Lá é tudo etiquetado, como as pastas e os potes de condimentos. Também
podemos ver livros de guerra e medalhas”.
 
A produtora de arte explica que para marcar ainda mais os anos 70, a equipe utilizou muito
acrílico, cortiça e plástico. “Cada pessoa que entra no nosso almoxarifado encontra peças
que as fazem lembrar a época. Temos que construir o ambiente para a pessoa sentir-se
nesse universo”.
 
A discoteca é um dos cenários que reconstrói em detalhes o clima do período em que se
passa a trama. “Algumas características não encontramos nas casas noturnas de hoje em
dia, como o globo espelhado, o estroboscópio e a bagunça de cinzeiros. Vamos usar
muitos baldinhos de gelo e toda a aparelhagem de som do DJ, que era a estrela da noite”,
destaca.
 
Mas a era disco não se limitava às pistas de dança. Na época também se curtia muito a
praia e, para as cenas à beira-mar, a arte produziu pipas originais, pranchas de surfe com
apenas uma quilha, além de galão de mate e barraca de sol feita de pano. Os quartos das
personagens que entram no clima das ondas também estão cheios de referências.
 
Entre um estilo e outro, surfista ou admirador da disco music, é possível identificar os
códigos que ditavam a moda no final dos anos 70. Para ser cool e estar com o figurino em
dia, era importante usar roupas e acessórios de marcas importadas, trazidas muitas vezes
por aeromoças, como Inês, personagem de Deborah Secco.
 
“Para complementar o look da Inês, fizemos algumas pesquisas sobre os comissários de
bordo de companhias aéreas antigas e o que eles usavam como acessórios de viagem. A
partir daí, definimos que a Inês usaria uma bagagem estilizada e personalizada para a
novela, como mala de mão, mala midi, porta passaporte etc.”, pontua Nininha. Como a
personagem é jovem e divide o apartamento com um amigo, a casa seguiu uma linha mais
jovial. “Nela temos porta trecos e telefones de época, louça colorida, balde de cortiça e
muitos livros”, detalha.
 
Nininha destaca ainda a agência de turismo do personagem Fernando (Marco Ricca).
Como não existia computador nos anos 70, o papel é ainda um material   importante  do
escritório. “Mandamos fazer diferentes documentos de papel em gráfica, com a logomarca
da agência. Era muito comum também entregar brindes, como canetas, calendários e
chaveiros etc. Teremos também uma coleção de aviõezinhos”, diverte-se Nininha.
 
De um modo geral, a era disco é lembrada em todos os cantos da novela. “Em cenas
externas na cidade cenográfica, veremos muito velocípede, bicicleta, carrocinha de
cachorro-quente e sorvete, vendedor de algodão-doce, além de crianças pulando corda,
brincando de amarelinha, bambolê, andando de patins, entre outras atividades”, finaliza.
 
O colorido inspirador do figurino e o estilo marcante da caracterização
 
O ano de 1978 situa ‘Boogie Oogie’ em uma época de híbridos e o figurino da novela
retrata a transição do estilo hippie, bem marcado no início da década, para o exagero dos
anos 80. Tudo de uma forma bastante realista. Golas compridas e estampas, destaques
nos anos 70, misturam-se a calças legging, ombreiras e camisetas, que adiantam a década
de 80 e compõem o conjunto de peças que fizeram sucesso nas ruas naquele ano. O
clássico fica por conta da calça reta e da cintura alta. E o charme pelo glitter, paetês e
lantejoulas.
 
Filmes que retratam a época, principalmente entre os anos de 1975 e 1980, somaram na
composição do figurino da trama com peças características. “Eu quis colocar outros signos,
como meias de lurex com sandália, e algumas personagens com o estilo de John Travolta,
relembrando o ‘Embalos de Sábado à Noite’”, explica a figurinista Marie Salles.
 
Como resultado, a Inês (Deborah Secco) ganhou um estilo americano, com o uso de
calças pantera e o body. Ela é aeromoça e consegue os últimos lançamentos das
passarelas internacionais.  Já a Sandra (Ísis Valverde) traz a marca do hippie, com um
visual mais orgânico e natural. A personagem usa blusa de crochê, calças com lavagens e
outras com recortes, como se ela mesma fizesse a própria roupa. “Em contraponto, a
Vitória é super anos 80, sofisticada e moderna, e usa roupas com estampas coloridas e
minissaias curtas”, conta a figurinista. Para o figurino de Carlota (Giulia Gam), que é mais
sofisticado, chique e, ao mesmo tempo, minimalista, as peças foram confeccionadas pela
equipe de Marie.
 
Os homens também ganharam cuidados especiais. Amaury (Junno Andrade), que é dono
da boate Boogie Oogie, tem o estilo John Travolta, muito usado em 1978. Já o piloto
Rafael (Marco Pigossi) veste calça jeans, camiseta branca e casaco de couro, compondo
um visual aviador. Para os surfistas, a figurinista também reservou jaquetas e calças jeans,
peças que se completam com camisetas com estampa de surfe.
 
Muitas peças foram encontradas em brechós e lojas que guardam itens confeccionados
nos anos 70. Porém, a equipe também trabalhou na produção e confecção de roupas
especialmente para a novela. “Desenvolvemos muitas coisas, como a maioria dos jeans
das personagens. Eles precisavam ser de cintura alta, com a lavagem certa e modelagem
nas proporções corporais de hoje em dia, confortáveis. Também confeccionamos biquínis”,
conta Marie. O processo em ateliê durou cerca de três semanas. “A gente tinha os tecidos
aqui. Na confecção, desenhamos modelos e escolhemos as cores que vão para a costura
e modelagem”, revela a figurinista.

O que sobra em detalhes no figurino praticamente desaparece na caracterização. No dia a


dia das personagens femininos, a maquiagem é simples. O colorido da época entra em
ação nas cenas de festas e nas boates. O batom de cor com gloss por cima e os olhos
pintados com glitter e sombras marcantes, bem no clima alegre dos anos 70, são
reservados para a noite.
 
O estilo da caracterização de ‘Boogie Oogie’ caminha do hippie ao glamour, com as
personagens Sandra (Isis Valverde), que tem o cabelo comprido e natural, e Vitória
(Bianca Bin), que usa o cabelo loiro com estilo moderno. Referência da época, o corte de
cabelo da atriz Farrah Fawcett, na série “As Panteras”, pode ser visto na personagem Inês,
interpretada por Deborah Secco. O penteado escolhido para a atriz foi o mais copiado no
mundo nos anos 70.
 
Entrevista com autor Rui Vilhena

Rui Vilhena cursou Comunicação Social no Brasil e estudou roteiro na Universidade da


Califórnia em Los Angeles (UCLA), Estados Unidos, onde terminou o Programa de
Escritores (1991-1993). Também na Califórnia, ele cursou produção para TV e cinema no
El Camino College (1993-1994). Em teledramaturgia, Rui Vilhena escreveu cinco novelas
para Portugal, além de telefilmes, sitcoms e programas infantis. Na Globo, ele atuou como
colaborador de Aguinaldo Silva em ‘Fina Estampa’ (2011-2012).

Como é a história de ‘Boogie Ooogie’? 


‘Boogie Oogie’ conta a história de dois bebês que foram trocados no nascimento. Essas
famílias não têm noção do que aconteceu no passado e não se conhecem. Há um
acontecimento que faz com que elas se cruzem na trama e, a partir disso, todo esse
passado vem à tona e a história se desenrola. Mas há também, como toda novela precisa,
um bom mistério que tem a ver com a história da troca das crianças. O público vai
recebendo esse mistério em doses homeopáticas e como pedacinhos de um quebra-
cabeça. O telespectador gosta de brincar de detetive e acho que ele vai curtir bastante
esse lado “Sherlock Homes” da novela.
 
De onde nasceu essa história? Como você a criou?
Acho que a ideia central veio da vontade de fazer uma novela que se passasse nos anos
70. A partir daí, eu fiz uma pesquisa sobre o período. Eu tinha 18 anos em 1978, que é o
ano em que se passa a novela. Fui ver como era a vida nas discotecas, aquela alegria toda
no Rio de Janeiro, porque a cidade naquela época era realmente uma festa, uma
descontração muito grande. Tudo acabava na pista de dança. Eu quero transmitir na
história todo esse astral e toda essa alegria do Rio de Janeiro.
 
Foi por isso que você quis fazer em 1978? Por conta dessa alegria?
Sim. Acho que foi uma época muito marcante. Essa era disco e a música dos anos 70 até
hoje influenciam muito. Temos grandes cantores pops, como a Madonna e o Daft Punk,
que são influenciados pela estética e por tudo que aconteceu naquela década. Achei que
era mesmo um bom caminho começar por aí.
 
Como você define as protagonistas Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin)?
Elas são completamente opostas. São antagonistas. A heroína, Sandra (Isis Valverde), não
é daquele tipo comum, sobre a qual todas as mazelas do mundo desabam. Ela é uma
mulher forte, de personalidade, que troca um pneu se for preciso. Ela vai à luta, é
trabalhadora, batalhadora. A Vitória (Bianca Bin), apesar de ser uma menina rica e
mimada, dona de uma boutique, é um pouco indecisa e não sabe muito bem o que quer
em termos de profissão e carreira. Ela também tem uma personalidade muito forte. Como
as duas são do mesmo signo, regidas pela mesma lua, já que nasceram no mesmo dia do
mesmo ano, a luta entre elas vai ser intensa.
 
E a personagem da Deborah Secco? Ela é uma aeromoça. Escolher esse
personagem tem a ver também com a década de 70 e com o glamour da profissão
naquela época?
A personagem da Deborah Secco é muito divertida. Ela faz uma aeromoça meio
atrapalhada, que se mete em confusões com a melhor amiga, a Susana (Alessandra
Negrini). Por estar envolvida, pelo carinho que ela tem por essa amiga, e por tentar tirá-la
dessas grandes embrulhadas, ela acaba se envolvendo em confusões. O fato dela ser
aeromoça na trama traz um colorido muito grande, porque naquela época, no Brasil, você
não tinha muita roupa de fora, os discos e os últimos lançamentos. Eram as aeromoças
que traziam. Não havia como comprar por aqui. Portanto, a personagem da Deborah
Secco é aquela que traz a muamba toda dos Estados Unidos, as novidades, os discos, a
moda, o tênis... É uma personagem bastante forte.
 
E a boate? Qual a relação dela com a trama? O que podemos esperar da Boogie
Oogie dentro da novela?
Uma novela que se passa em 1978 tem que ter uma discoteca, porque elas eram os
templos da época. Tudo acontecia nas pistas de dança. Vamos ter todas as personagens
passando por elas. Vai ser um ambiente muito animado e alegre. Vamos ver como se
dançava nos anos 70 e o que se ouvia. Vamos poder reviver isso tudo.
 
A Susana (Alessandra Negrini) chega a ser uma vilã ou o público pode desenvolver
certa empatia por ela?
Se formos dividir a novela entre bons e maus, eu diria que a Susana (Alessandra Negrini)
está exatamente no meio. Assim como nós, que também não somos totalmente bons ou
maus, e temos as nossas qualidades e defeitos. É exatamente aí que a personagem se
encontra. Apesar do que ela fez no passado, e o público eventualmente a recriminará por
isso, acho que o telespectador irá entender o que a levou a trocar os bebês. É uma história
bastante polêmica na novela, porque apesar do ato ser condenável, o que a levou a
praticar essa atitude insana é questionável.
  
O que os telespectadores podem esperar de ‘Boogie Oogie’?
Quando eu sento para escrever ‘Boogie Oogie’, e penso nos capítulos, quero que as
pessoas sintam – ao ligar a televisão – que a festa vai começar. É uma novela “para cima”,
com muita emoção, mistério, suspense... Mas alegre e divertida. A novela é uma festa!
 
Entrevista com diretor-geral e de núcleo Ricardo Waddington

Com oito indicações ao Emmy Awards, o diretor de núcleo e geral de ‘Boogie Oogie’
acumula mais de 30 novelas e minisséries em seu currículo, como ‘Avenida Brasil’, ‘Brado
Retumbante’, ‘A Favorita’, ‘Mulheres Apaixonadas’, ‘A Cura’, ‘O Canto da Sereia’ e ‘Joia
Rara’. Ricardo, que começou na televisão como assistente de direção, em 1983, também é
diretor de núcleo dos programas ‘Video Show’ e ‘Amor & Sexo’.
 
O que mais chamou atenção na trama de Rui Vilhena?
‘Boogie Oogie’ é uma novela que retoma uma trajetória dos folhetins clássicos. É uma
novela em sua essência, como aquelas que assistíamos no final dos anos 70 e início dos
anos 80. Acho que o período tem muito a ver com a própria estrutura da história. Muito do
que o Rui propõe na trama, como as relações, o comportamento de algumas personagens,
e a própria trama em si são bem encaixados no comportamento dos anos 70. Naquela
época não existia celular, as pessoas recebiam cartas e batiam na porta uma das outras
para contar uma novidade, um período em que um segredo existia de verdade. Hoje, com
a velocidade da informação, é quase impossível guardar um segredo. 
 
Qual é o conceito e a linguagem estética que a direção vai utilizar na novela?
Narrar da maneira mais direta possível. A direção vai sempre acompanhar uma linguagem
que se preocupa, principalmente, em como o telespectador vai receber essa história. Isso
está determinando bastante não só a direção, mas toda a criação, como cenografia,
linguagem de câmera, luz, o figurino, a caracterização etc. Enfim, estamos fazendo uma
história para quem nos assiste. 

O que foi levado em consideração para a escolha do elenco? O seu contato com os
atores é bem próximo. Como isso poderá ser visto na construção dos personagens?
O principal dessa novela é o texto e o elenco, todo pensado justamente no contexto e no
clima da novela. Pensamos na melhor adequação para cada personagem. É um elenco
muito experiente, com atores consagrados. E toda essa bagagem nos ajuda a construir a
novela. Não é apenas o autor que faz a personagem. Existe uma troca entre elenco e
direção e toda a equipe. É um trabalho bem coletivo. 
 
A música é muito importante em qualquer novela. Como foi a escolha da trilha
sonora e a importância da música nessa trama, que se passa nos anos 70? 
A música é um elemento da narrativa. Existe uma memória muito recente desse momento
da história. Da mesma maneira que existe o figurino, a cenografia, eu digo que a música é
um elemento da narrativa de grande personalidade, que confere unidade à novela. Todas
as canções da trilha sonora são originais, não teremos regravações ou outras versões de
uma música. Isso tem sido um investimento nosso para novela. De cara, percebemos a
importância de manter a trilha original. 
  
Qual é a principal característica e desafio da direção de 'Boogie Oogie'?
A simplicidade é a principal característica. Mas isso não significa ser simplista. Queremos
que o público tenha acesso livre à história, sem obstáculos ou quebra-molas. Queremos
que ele tenha uma janela aberta para se divertir e se emocionar.
 
O que o público pode esperar de 'Boogie Oogie'? 
É, sem dúvida, uma novela em que as pessoas vão torcer muito. Temos os vilões e
grandes antagonistas e, em alguns momentos, esses antagonistas podem virar
protagonistas. É quando o público poderá torcer por eles. Esse deslocamento de lugar na
história vai ser um jogo muito interessante, além da música, do clima e dessa celebração
que o Brasil começava viver, da esperança e da luz no fim do túnel, apesar de a novela
não fazer menção ao momento político. Mas esse clima estará implícito por conta do
período em que se passa a trama.  

Perfil das personagens


 
Família Veiga Azevedo da Silveira
 
Madalena (Betty Faria) – Matriarca e dona da mansão na Gávea, ela comanda o alto astral
do ambiente. Com uma energia de fazer inveja, a vovó Madalena tem um verdadeiro
coração de mãe.
 
Carlota (Giulia Gam) – Falsa e manipuladora. É uma mulher fria. Casada com Fernando
(Marco Ricca), é mãe de Beto (Rodrigo Simas), fruto de uma relação anterior, e de Vitória
(Bianca Bin), que acredita ser sua filha biológica. Possui um segredo guardado a sete
chaves.
 
Fernando (Marco Ricca) – Dono da agência Vip Turismo, o pai de criação de Vitória
(Bianca Bin) é mal humorado e dono de um pavio curto. Casado com Carlota (Giulia Gam),
ele vive assombrado pela ex-amante Susana (Alessandra Negrini). Infiel, envolve-se ainda
com uma terceira mulher, Gilda (Leticia Spiller), mãe de seu filho Rodrigo (Brenno Leone).
 
Beto (Rodrigo Simas) – Filho do primeiro relacionamento de Carlota (Giulia Gam). Ele é
um típico malandro.
 
Vitória (Bianca Bin) – A suposta filha queridinha de Fernando (Marco Ricca) é esperta,
bonita e envolvente, porém mimada e inconstante. É namorada de Rafael (Marco Pigossi).
 
Ricardo (Bruno Garcia) – Filho mais novo de Madalena (Betty Faria) e irmão de Fernando
(Marco Ricca). Julga-se um gênio incompreendido. É pai de Daniele (Alice Wegmann) e
Filipe (Caio Manhente).
 
Luisa (Alexandra Richter) – Casada com Ricardo (Bruno Garcia), ela esconde a identidade
dos pais, os porteiros Gilson (Cacá Amatal) e Zuleica (Ana Rosa). É mãe de Daniele (Alice
Wegmann) e Filipe (Caio Manhente).
 
Daniele (Alice Wegmann) – A filha mais velha de Ricardo (Bruno Garcia) e Luisa
(Alexandra Ritcher). É é uma jovem esperta.
 
Filipe (Caio Manhente) – O irmão mais novo de Daniele (Alice Wegmann) é um
adolescente sem amigos e mau aluno.
 
Família Miranda Romão
 
Elísio (Daniel Dantas) – tenente-coronel do Exército e suposto pai de Sandra (Isis
Valverde). Seus filhos biológicos com Beatriz (Heloísa Périssé) são Otávio (José Victor
Pires) e Cláudia (Giovanna Rispoli).
 
Beatriz (Heloísa Périssé) – Dona de casa dedicada, ela é casada com Elísio (Daniel
Dantas). É a mãe coruja de Sandra (Isis Valverde), Otávio (José Victor Pires) e Cláudia
(Giovanna Rispoli) - ou pelo menos acredita ser.
 
Sandra (Isis Valverde) – Filha de Beatriz (Heloísa Périssé) e Elísio (Daniel Dantas), ela é
batalhadora e aprendeu a viver com dificuldades. É enfermeira e gosta de cuidar das
pessoas.
 
Cláudia (Giovanna Rispoli) – A irmã mais nova de Sandra (Isis Valverde) é uma
adolescente com fama de peste. Ambiciosa, a jovem não mede esforços para conseguir o
que quer.
 
Otávio (José Vithor Pires) – Retraído, medroso e triste, o filho do meio de Beatriz (Heloísa
Périssé) sofre com a atitude rigorosa do pai e com as artimanhas da irmã Cláudia
(Giovanna Rispoli).
 
Família Castro e Silva
 
Mário (Guilherme Fontes) – O corretor de imóveis é tio de Rafael (Marco Pigossi) e
Serginho (João Vithor Oliveira). É casado com Cristina (Fabíula Nascimento).
 
Cristina (Fabíula Nascimento) – Cheia de delírios de grandeza, ela é esposa de Mário
(Guilherme Fontes). Uma mulher mesquinha e interesseira.
 
Rafael (Marco Pigossi) – Criado pelos tios Mário (Guilherme Fontes) e Cristina (Fabíula), o
jovem piloto é noivo de Vitória (Bianca).
 
Serginho (João Vithor Oliveira) – Irmão de Rafael (Marco Pigossi), a quem admira e quase
idolatra. Muitas vezes, coloca sua felicidade em segundo plano por causa desse
sentimento.
 
Família Oliveira
 
Alex (Fernando Belo) – Noivo de Sandra (Isis Valverde), Alex é um rapaz trabalhador e
carinhoso. É filho de Augusta (Sandra Corveloni) e irmão de Pedro (José Loreto).

Pedro (José Loreto) – Filho de Augusta (Sandra Corveloni) e irmão de Alex (Fernando
Belo), Pedro é um jovem militar, revoltado e de comportamento agressivo. É apaixonado
por Sandra (Isis Valverde), com quem viveu um romance até perdê-la para seu irmão Alex
(Fernando Belo).
 
Augusta (Sandra Corveloni) – Mãe de Pedro (José Loreto) e Alex (Fernando Belo). Viúva,
criou os filhos sozinha. Sente-se atraída pelo vizinho Vicente (Francisco Cuoco).
 
Vizinhança de Copacabana
 
Inês (Deborah Secco) – Aeromoça divertida, Inês é apaixonada pela profissão. Filha de
Vicente (Francisco Cuoco), ela é também a melhor amiga de Susana (Alessandra Negrini).
 
Vicente (Francisco Cuoco) – Turrão, o pai de Inês (Deborah Secco) tem problemas de
saúde porque se recusa a tomar remédios. Viverá uma relação com a avó biológica de
Sandra (Isis Valverde), Madalena (Betty Faria).
 
Susana (Alessandra Negrini) – É a vingativa ex-amante de Fernando (Marco Ricca).
 
Tadeu (Fabricio Boliveira) – É formado em Relações Internacionais, mas trabalha na casa
de Carlota (Giulia Gam) como guarda-costas de Madalena (Betty Faria). É filho da
empregada doméstica Sebastiana (Zezé Motta) e teve seus estudos financiados por
Leonor Mascarenhas (Rita Elmor), a patroa da mãe.
 
Leonor Mascarenhas D’Andrea (Rita Elmor) – Sofisticada e glamourosa, ela é a única
herdeira de uma família de posses. Leonor é a promoter mais badalada do Rio de Janeiro.
Julga-se segura e independente.
 
Sebastiana (Zezé Motta) – Empregada de Leonor (Rita Elmor) e mãe de Tadeu (Fabricio
Boliveira).
 
Gilda (Leticia Spiller) – Funcionária da agência de viagens de Fernando (Marco Ricca),
com quem tem um longo caso amoroso. Mãe de Rodrigo (Brenno Leone).
 
Rodrigo (Brenno Leone) – O surfista é filho de Gilda (Leticia Spiller) e Fernando (Marco
Ricca). Se envolve com Daniele (Alice Wegmann), sobrinha de Fernando (Marco Ricca) e,
consequentemente, sua prima.
 
Paulo Fonseca (Caco Ciocler) – Jornalista e vizinho da família Miranda Romão, se
envolveu com Beatriz (Heloísa Périssé) no passado.
 
Diana (Maria João) – Portuguesa, ela conheceu Paulo (Caco Ciocler) em Londres e se
apaixonou por ele.
 
Ângelo (Marco Delgado) – Português apaixonado por Diana (Maria João).
 
Artur (Gustavo Trestini) – Empregado da Vip Turismo, onde também trabalha sua esposa
Célia (Thais de Campos). É trabalhador e um marido e pai dedicado.
 
Célia (Thais de Campos) – Esposa de Artur (Gustavo Trestini), com quem trabalha na Vip
Turismo.
 
Alessandra (Julia Dalavia) – A filha adolescente de Artur (Gustavo Trestini) e Célia (Thais
de Campos). É apaixonada por Rodrigo (Brenno Leone).
 
Gilson (Caca Amaral) – Porteiro de um prédio em Copacabana, ele é um homem humilde
e querido pelos moradores. É o marido de Zuleica (Ana Rosa) e pai de Luisa (Alexandra
Ritcher).
 
Zuleica (Ana Rosa) – Esposa de Gilson (Caca Amaral) e mãe de Luisa (Alexandra
Ritcher), a zeladora trabalha junto com o marido em um prédio em Copacabana.
 
Empregados Mansão – Família Veiga Azevedo da Silveira
 
Adriano (Eduardo Gaspar) – Motorista da família Veiga Azevedo da Silveira.
 
Leda (Marizabel Pacheco) – É uma das empregadas da família Veiga Azevedo da Silveira.
Trabalhadora, tem uma paixão secreta pelo motorista Adriano (Eduardo Gaspar).
 
Ivete (Aline Xavier) – A segunda empregada da família Veiga Azevedo da Silveira, ela  é
fofoqueira e sabe muito sobre a vida dos patrões.
 
Boate Boogie Oogie
 
Amaury (Junno Andrade) – O convencido dono da discoteca Boogie Oogie é um amante
da vida noturna e aposta todas as suas fichas no sucesso promissor da boate carioca.
 
Magali (Lyv Ziesi) – Garçonete, dançarina e cantora na boate
 
Cleiton (Luiz Navarro) – Garçom, dançarino e cantor na boate
 

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Tel: (21) 2444-5773

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Rio de Janeiro, 22 de julho de 2014


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