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Informatização de Ambulatório
Plano do Projeto
Fernando Acker
Felipe Scheeren
Luís Fernando Heckler
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Instituto de Informática
Índice
1 Introdução................................................................................................................................................ 3
2 Situação Atual..........................................................................................................................................3
3 Situação Futura....................................................................................................................................... 4
4 Escopo..................................................................................................................................................... 4
5 Equipe......................................................................................................................................................5
6 Estrutura Analítica do Projeto – EAP.......................................................................................................6
7 Cronograma.............................................................................................................................................7
8 Riscos.................................................................................................................................................... 15
9 Custos....................................................................................................................................................19
10 Qualidade............................................................................................................................................ 20
11 Comunicação.......................................................................................................................................21
12 Integração............................................................................................................................................22
13 Conclusão............................................................................................................................................ 22
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1 Introdução
O presente documento tem por objetivo apresentar o planejamento para a execução do projeto
de informatização do ambulatório de um hospital público, em conformidade com as boas práticas
recomendadas no PMBOK (do inglês Project Management Body of Knowledge). Trata-se de um projeto
fictício, de cunho didático, desenvolvido como trabalho prático da disciplina de Gerência e
Administração de Projetos do curso de Ciência da Computação. Salientamos, porém, que apesar do
projeto ser fictício, é baseado em fatos reais por meio da vivência e experiência do professor da
disciplina, Sérgio Zirbes, como diretor do departamento de informática do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre.
Diferentemente de um plano de projeto formal, neste plano que é de cunho didático, teremos
comentários no meio do texto de forma a ressaltar a importância e objetivo de cada item do plano.
Desta forma pretendemos fazer deste documento um instrumento de apoio didático à compreensão da
importância do plano de projeto.
2 Situação Atual
“Um grande hospital deseja informatizar seu ambulatório. Realiza cerca de 2000 consultas SUS
por dia, em 150 salas, utilizadas por mais de 60 especialidades diferentes.”
A esta definição inicial acrescentamos as premissas abaixo, que no caso de um projeto real
seriam levantadas com o cliente.
O ambulatório do Hospital conta ainda com:
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● gerador próprio;
● servidor central Linux (básico);
● automação em informática apenas em outras áreas;
● acesso web estabelecido e funcional;
● licenças de suíte de escritório e banco de dados do hospital (não por máquina).
3 Situação Futura
4 Escopo
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5 Equipe
Durante a fase de planejamento do projeto, mais importante que definir quem são as pessoas
que estarão envolvidas no projeto é definir quais são os perfis necessários. Tendo definidos os perfis, a
alocação das pessoas é mais facilmente organizada junto à equipe total disponível no hospital para a
execução de projetos. Com a definição de perfis, se identifica quais as competências requeridas a cada
tarefa, de forma independente de pessoas, o que torna mais simples a tarefa de substituir uma alocação
quando necessário no decorrer do projeto. Observa-se que esta lista de perfis não é rígida, podendo
sofrer alterações conforme avança-se no planejamento do projeto. É esperado que quando uma nova
atividade é incluída na Estrutura Analítica do Projeto (EAP), eventualmente é preciso incluir um novo
perfil na equipe do projeto, que ainda não estava previsto.
Desta forma, os perfis requeridos para a elaboração, execução e acompanhamento deste projeto
são:
Nome Função
Gerente de Projetos 1 Gerente de Projeto
Analista de Sistemas 1 Analista
Analista de Sistemas 2 Analista
Analista de Sistemas 3 Analista
Engenheiro Eletricista 1 Engenheiro Eletricista
Líder Técnico 1 Líder Técnico
Diretor do Ambulatório Stakeholder
Representante dos médicos do ambulatório Stakeholder
Enfermeira chefe Stakeholder
Diretor de Investimentos Stakeholder
Responsável do setor de licitações Stakeholder
Médicos Usuários do Piloto Stakeholder
Médicos Usuários Usuários
Enfermeiras Usuárias do Piloto Stakeholder
Enfermeiras Usuárias Usuários
Técnicos de suporte em informática Sem função específica
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Uma vez formalizados os objetivos do projeto e seu escopo, é preciso apresentar a Estrutura
Analítica do Projeto – EAP. Esta é uma ferramenta que auxilia o Gerente de Projeto bem como
patrocinadores, interessados e equipe a visualizar o detalhamento das ações do projeto, de forma a
apresentar as tarefas em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis, conforme pode ser
visualizado a seguir.
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Dentre as atividades percebe-se algumas que caracterizam-se por não estarem numeradas
hierarquicamente, que são as metas (no inglês milestones). Estas não são atividades de fato mas sim
marcos de controle do projeto, que identificam momentos especiais onde o Gerente de Projeto deve
realizar avaliações críticas dos resultados alcançados até então.
7 Cronograma
Após definida a hierarquia de atividades que compõem o processo é preciso organizá-las sob a
forma de um cronograma, onde cada atividade tem definida sua data de início, data de fim e prioridade.
Também são definidas as dependências entre atividades, de forma que a tornar facilmente identificável
quais são as atividades sucessoras e predecessoras de uma dada atividade.
O cronograma de um projeto de porte como este ou maior é muito difícil de ser gerenciado sem
um software de apoio ao Gerente de Projeto, pois este é um item 'vivo' do projeto, que deve ser
constantemente ajustado enquanto as atividades vão sendo executadas. O atraso na finalização de
uma atividade deve ser imediatamente ajustado para todas as atividades seguintes, de forma que o
Gerente de Projeto possa ter sempre uma visão realista dos prazos de execução das atividades futuras.
Como este item é geralmente grande para ser exibido em um documento em formato A4,
mostraremos primeiramente uma visão resumida das atividades e suas datas previstas, para depois
exemplificarmos a montagem de um gráfico de gant do cronograma em nível macro e, por fim,
demonstrarmos o gráfico de alocação dos recursos humanos por atividade.
1.3. Levantamento da 02/01/08 11/01/08 Enfermeira chefe, Engenheiro Prospecção detalhada sobre:
situação atual Eletricista 1, Representante dos - estrutura computacional:
médicos do ambulatório, qualidade e escalabilidade da
Analista de Sistemas 1, Líder rede de dados atual,
Técnico 1, Diretor do computadores e periféricos
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crítico do projeto e também os pontos de folga. No gráfico exibido optamos por destacar em laranja as
atividades de acompanhamento do projeto, que devem ser realizadas durante todas as etapas, bem
como as atividades que sinalizam o alcance de uma meta, representadas pelos pontos vermelhos.
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A ilustração 2 a seguir nos mostra a alocação dos perfis participantes no projeto. Com esta ferramenta o Gerente de Projeto pode
rapidamente realizar ajustes nos percentuais de alocação nos pontos onde perceber que um dado perfil está sobrecarregado, por exemplo dividindo
tarefas com outro perfil que esteja com alocação parcial e que possa atuar na mesma tarefa.
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A ilustração 3 exibe as atividades do projeto sob a forma de um gráfico de Pert, que é outra
ferramenta importante para o gerente de projeto ter visibilidade da hierarquia de execução das
atividades do projeto, de forma a ficar claras as dependências entre atividades sucessoras e
predecessoras. Outro ponto importante é a clara visualização do caminho crítico do projeto, que indica
ao Gerente de Projeto quais são as atividades em que eventuais atrasos na sua finalização podem
impactar gravemente no atendimento ao cronograma do projeto. Na ilustração abaixo, o caminho crítico
está identificado pelas atividades cujo ícone apresenta fundo cinza. Ressalta-se que no gráfico de Pert
são exibidas apenas as atividades que são folhas na hierarquia da EAP, ou seja, aquelas que terão
registro de tempo de esforço por seus executores.
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8 Riscos
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A partir do quadro anterior, podemos então representar um gráfico dos riscos, ferramenta que
auxilia o gerente de projetos a identificar onde concentram-se os riscos que devem receber maior
atenção.
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• Prevenção: Para evitar esses o outros problemas está sendo realizada a implantação do
sistema de forma gradual, tendo um projeto piloto para avalizar a instalação e evitar que o
processo todo tenha problemas decorrentes da mudança.
• Tratamento: Se mesmo com o piloto instalado e funcionando perfeitamente, no momento de
expandir o projeto a todo o ambulatório houver qualquer tipo de problema de software ou
hardware haverá o acionamento da garantia dada no contrato de aquisição dos serviços e
equipamentos.
9 Custos
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Como estimativa de custos entende-se o desenvolvimento de uma aproximação dos custos dos
recursos necessários para terminar cada atividade do cronograma. Nessa estimativa, em virtude de
dificuldades na apuração dos valores reais de determinados serviços, incluímos uma margem de
segurança para despesas não planejadas durante a definição do escopo do projeto num total de 15%
do custo total do projeto.
10 Qualidade
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11 Comunicação
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12 Integração
Estas são tarefas do Gerente de Projetos, auxiliado pelo Líder Técnico, onde é formalizado o
acompanhamento dos rumos e ações do projeto, desde seu início até seu fechamento. Planeja-se que o
Líder Técnico converse diariamente com a equipe em uma reunião rápida de acompanhamento a
exemplo das reuniões diárias (dailly meetings) propostas pela metodologia de gerência de projetos
ágeis Scrum. Nestas reuniões a equipe informa como está o progresso de suas atividades, bem como
sinaliza as dificuldades que estejam encontrando. Com base nestas reuniões o Líder Técnico auxilia o
Gerente de Projetos a preencher o diário do projeto, como parte da atividade 10.2 de acompanhamento
do cronograma. No caso deste projeto que é de longa duração, as reuniões de acompanhamento do
Gerente de Projeto com toda a equipe podem ser restritas ao alcance das metas (milestones) definidas
no calendário do projeto.
Porém ressalta-se que a qualquer momento o Gerente de Projetos pode convocar reuniões
gerencias com toda a equipe ou parte dela para alinhar mudanças na estratégia do projeto ou mesmo
para buscar comprometimento da equipe quando percebe que o desempenho está abaixo do planejado,
antevendo-se à uma situação mais critica que possa comprometer as entregas e objetivos.
13 Conclusão
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Projeto. Não se pode afirmar que o sucesso ou fracasso de um projeto está ligado às ações de uma
única pessoa ou a uma única etapa, mas sem dúvida é possível afirmar que o Gerente de Projeto e a
etapa de planejamento como um todo são elementos chave no ciclo de vida de um projeto, de qualquer
natureza.
É possível ainda perceber a importância de munir o Gerente de Projetos e sua equipe de um
software de apoio para no mínimo apoiar a organização da Estrutura Análitica do Projeto (EAP) e
definição dos recursos e suas alocações. Em um projeto de porte médio ou maior o uso de uma
ferramenta de apoio à administração de projetos mostra-se fundamental especialmente quando é
necessário realizar ajustes no cronograma do projeto.
Ressaltamos ainda a importância de seguir as boas práticas recomendadas no PMBOK, de
forma a elaborar, executar e acompanhar o projeto de forma organizada, clara e objetiva. Desta forma,
conforme dito anteriormente, não garante-se o sucesso de um projeto, mas dá-se um importante passo
na direção correta, de forma transparente à todos os envolvidos. É claramente percebido que a boa
gestão de projetos é inclusive uma ferramenta de transparência para a administração pública, onde as
instituições mais do que nunca devem prestar contas da origem, destino e justificativa dos
investimentos.
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