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14 gravitacaoVI
14 gravitacaoVI
14 de novembro de 2003
14. Gravitação
Desde tempos imemoriais o homem sempre esteve fascinado pelo movimento dos
corpos celestes e das possíveis consequências destes movimentos na nossa vida aqui na
Terra.
Por questões de fundo religioso, durante muito tempo supôs-se que o movimento
desses corpos aconteciam de modo que a Terra tinha uma posição privilegiada neste
concerto. Os religiosos acreditavam que o homem era o único ser vivo no Universo e o
criador naturalmente o colocou num local especial, num planeta especial.
Foi Isaac Newton quem mostrou os fundamentos de uma teoria da gravitação, que
comprovava as predições de Kepler e as observações de Tycho Brahe. Mas ia ainda
muito mais além ao analisar a interação entre duas massas quaisquer. Quando um corpo
de massa m1 está a uma distância r de um outro corpo de massa m2 , a força de atra-
ção entre eles está dirigida ao longo da reta que une os corpos e tem a forma:
m1 m 2
F =G
r2
onde
G = 6,67x10-11m3/kg.s2
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A maioria dos modelos que representam fenômenos físicos são lineares. Por
exemplo: a interação gravitacional entre três partículas pode ser considerada como a
composição da interação aos pares dessas partículas. Isso acontece por causa do Princí-
pio da Superposição.
Por causa deste princípio essa ciência se presta tão bem à aplicação do reducio-
nismo. É dito que a Física é um campo de estudo reducionista porque costuma-se anali-
sar os fenômenos extremamente sofisticados através da observação de cada uma das
partes simples que compõe este fenômeno.
onde !
! m 3 m1 r13 O
F31 = G rˆ13 rˆ13 = ∴ rˆ13 = 1
r13 r13 m3
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MT m
F (RT ) = G
RT2
MT
g =G
RT2
encontraremos que:
F (RT ) = m g
MT m
F (RT + h ) = G
(R T + h)
2
(RT + h )2
RT
MT m h
F (RT + h ) ≈ G 2
1 − 2
RT RT
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ou ainda:
h
F (RT + h ) = m g 1 − 2
RT
e quando a altura h for realmente muito menor que o raio RT da Terra, podemos des-
prezar as correções e considerar a aproximação trivial, de modo que:
F (RT + h ) = m g
onde definimos o peso do objeto com uma força constante e independente da altura, com
uma forma do tipo:
P=mg
dM → dx
M
⇒ dM = dx
M →L L
L
mM dx
F = ∫G
o
L (L + s − x )2
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mM
L+s
du mM 1 L +s mM 1 1 mM L
F =G
L ∫s u 2
=G
L
−
u s
=G −
L s L + s
=G
L s (L + s )
ou seja
mM
F =G
s (L + s )
dM → dy
M
⇒ dM = dy
M →L L
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E de maneira equivalente:
m M y mM ydy
dFY = G dy = G
r L
2
r L r3
ou seja:
+L / 2
mM ydy
FY = G
L ∫ (s
−L / 2
2
+ y2 )
3/2
y L L
s = tan β y = + 2 ⇒ tan β S = + 2s
∴
dy = s sec 2 β L L
y = − 2 ⇒ tan β I = − 2s
Logo:
βS βS βS
mMs s sec 2 β dβ mMs s sec 2 β dβ mM
FX = G
L ∫ [s (1 + tan β )]
βI
2 2 3/2
=G
L ∫β s 3 sec 3 β = G Ls ∫ cos β dβ
βI
I
FX = G
mM
(senβ S − senβ I )
Ls
Mas
senβ S senβ S tan β S
tan β S = = ∴ senβ S =
cos β S 1 − sen 2 β S 1 + tan 2 β S
ou seja:
L
2s L
senβ S = =
L
2
L + 4s 2
2
1+
2s
e de modo equivalente:
L
senβ I = −
L2 + 4s 2
e portanto:
mM L L
FX = G + − − = G mM 2L
Ls L + 4s 2 L + 4s 2 Ls L + 4s 2
2 2 2
ou seja:
mM 2
FX = G
s L2 + 4s 2
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Para o cálculo da componente y podemos observar que a simetria nos conduz a um re-
sultado nulo. Para cada contribuição para a componente FY oriunda de um elemento de
massa acima do ponto médio temos uma contribuição equivalente de um elemento de
massa simétrico abaixo do ponto médio. Podemos mostrar esse resultado calculando ex-
plicitamente a integral:
+L / 2
mM ydy
FY = G ∫ (
L −L / 2 s 2 + y 2 3 / 2 )
Usando a substituição:
y L L 2s
s = tan β y = + 2 ⇒ tan β S = + 2s ∴ cos β S =
L2 + s 2
∴
dy = s sec 2 β L L 2s
y = − 2 ⇒ tan β I = − 2s ∴ cos β I =
L + s2
2
ou seja:
mM
βS
(s tan β )(s sec 2 β dβ ) = G mM 1 β S
tan β dβ mM
βS
FY = G
L ∫ [s (1 + tan β )]
βI
2 2 3/2 ∫
L s β I sec β
=G
Ls ∫ senβ dβ
βI
FY = −G
mM
(cos β S − cos β I ) = 0
Ls
dθ
!
r senθ θ dF
α
m x
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!
A força elementar dF tem componentes x e s , onde a componente s está no plano
perpendicular ao eixo x . Ou seja:
! #
dF = i dF X + sˆdFS
e portanto:
FX = ∫ dF X = ∫ cos α dF
! !
F = iˆFX + sˆFS ∴
F = dF = sen α dF
S ∫ S ∫
m dM
dF = G
R2
dM
ρ=
dV
M
ρ=
V
dV = 2π (r senθ ) (r dθ) ( t )
e portanto:
dM = ρ dV = 2π ρ t (r senθ ) (r dθ) = 2π ρ t r2 senθ dθ
O ângulo α definido como aquele que a reta que une a partícula ao anel genérico,
faz com o eixo x , e é tal que:
a − r cosθ
cos α =
R
onde R é a distância entre a partícula de massa m até o anel genérico. Desse modo
dF X = [2π t ρ Gm r 2 ]
(a − r cos θ )(senθ dθ )
R3
onde
R 2 = (a − r cos θ ) + (r sen θ ) = a 2 + r 2 − 2ar cos θ
2 2
ou seja:
dF X = [2π t ρ G m r 2 ]
(a − r cos θ )(senθ dθ )
[a 2
+ r 2 − 2ar cos θ ] 2
3
e então:
FX = [2π t ρ G m r 2 ] ∫
π
(a − r cos θ )(sen θ dθ )
0 [a 2
+ r 2 − 2ar cos θ ] 2
3
Em termos da física envolvida o problema está encerrado, mas essa integral não
tem uma aparência muito simpática. Talvez fosse mais adequado fazer uma mudança de
variável e usar a distância R ao invés do ângulo θ . À partir da definição de R
podemos diferenciar e encontrar que:
RdR
2RdR = 2arsenθ dθ ∴ senθ dθ =
ar
e também que:
R 2 − a2 − r 2 r 2 + a2 − R 2
r cos θ = =
− 2a 2a
r 2 + a2 − R 2
a−
dF X =
[2π t ρ Gm r ] RdR
2
2a =
π t ρ Gm r dR 2a 2 − (r 2 + a 2 − R 2 )
R2 ar R R a 2aR
π t ρ Gm r R 2 + a2 − r 2 π t ρ Gm r a2 − r 2
dF X = dR = 1 + R 2 dR
a2 R2 a2
π t ρ Gm r a + r a 2 − r 2
FX = ∫ 1 + R 2 dR
a2 a −r
π t ρ Gm r a + r 1 a+r
FX = R a − r + (a − r )−
2 2
a2 R
a −r
π t ρ Gm r 2 1
[(a + r ) − (a − r )] − (a − r )
1
FX = 2
−
a + r a − r
2
a
π t ρ Gm r 4π r 2 t ρ Gm
FX = {(2r ) + (2r )} =
a2 a2
Mas o volume V da esfera é o produto de sua área 4πr2 por sua espessura t , ou seja:
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m(ρV )
FX = G
a2
mM
FX = G
a2
A força de atração entre uma casca esférica de massa M , cujo centro está a uma
distância a de uma partícula de massa m tem o mesmo valor da atração entre duas
partículas que distam de a > r e têm massas M e m respectivamente. Em outras pala-
vras: a casca esférica se comporta com se toda a sua massa estivesse concentrada no
seu centro.
A reta que liga um ponto desse anel e a origem das coordenadas faz um ângulo θ
com o eixo x , e o ângulo
! enfeixado por ele é dθ . Desse modo esse anel terá raio r.senθ
e largura r.dθ , e dF será essa força a ser calculada.
A reta que une a massa m até um ponto do anel tem um comprimento R e faz um
ângulo α com o eixo x .
!
A força elementar dF tem compo-
nentes x e s , onde a componente s
está no plano perpendicular ao eixo x .
Ou seja: !
dF r senθ
! #
dF = i dF X + sˆdFS
e portanto: ! !
F = iˆFX + sˆFS
FX = ∫ dF X = ∫ cos α dF
a
F = dF = sen α dF
S ∫ S ∫
Por simetria FS = 0 pois cada uma das contribuições infinitesimais tem um
equivalente de sinal contrário, que na integração tornará nula essa componente.
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m dM
dF = G
R2
dV = 2π (r senθ ) (r dθ) t
e portanto:
dM = ρ dV = 2π ρ t (r senθ ) (r dθ) = 2π ρ t r2 senθ dθ
O ângulo α definido como aquele que a reta que a massa da partícula ao anel faz
com o eixo x é de tal modo que:
a + r cos θ
cos α =
R
ou ainda:
dF X = [2π t ρ Gm r 2 ]
(a + r cos θ )(senθ dθ )
R3
onde
R 2 = (a + r cos θ ) + (r sen θ ) = a 2 + r 2 + 2ar cos θ
2 2
ou seja:
dF X = [2π t ρ G m r 2 ]
(a + r cos θ )(senθ dθ )
[a 2
+ r 2 + 2ar cos θ ] 2
3
e então:
FX = [2π t ρ G m r 2 ] ∫
π
(a + r cos θ )(senθ dθ )
0 [a 2
+ r 2 + 2ar cos θ ] 2
3
Em termos da física envolvida o problema está encerrado, mas essa integral não
tem uma aparência muito simpática. Talvez fosse mais adequado fazer uma mudança de
variável e usar a distância R ao invés do ângulo θ . À partir da definição de R
podemos diferenciar e encontrar que:
RdR
2RdR = −2arsenθ dθ ∴ senθ dθ = −
ar
e também que:
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R 2 − a2 − r 2 R 2 − a2 − r 2
r cos θ = =
2a 2a
R 2 − a2 − r 2
dF X =
[2π t ρ Gm r 2 ] − RdR a + 2a =
π t ρ Gm r dR 2a 2 + (R 2 − a 2 − r 2 )
−
R2 ar R R a 2aR
π t ρ Gm r R 2 + a 2 − r 2 π t ρ Gm r a2 − r 2
dF X = − dR = − 1 + R 2 dR
a2 R2 a2
π t ρ Gm r r −a a 2 − r 2
FX = − ∫ 1 + R 2 dR
a2 r +a
π t ρ Gm r r −a 1 r −a
FX = − R r + a + (a − r )−
2 2
a2 R
r +a
π t ρ Gm r 2 1
[(r − a ) − (r + a )] − (a − r )
1
FX = − 2
−
r − a r + a
2
a
π t ρ Gm r 2a
FX = [− 2a ] − (a − r ) 2
(r − a 2 )
2 2
2
a
π t ρ Gm r
FX = {− 2a + 2a} = 0
a2
Encontramos então, que é nula a força de atração entre uma casca esférica de
massa M e uma partícula de massa m colocada no seu interior.
Uma maneira alternativa de calcular a interação entre uma casca esférica de massa
M , raio r e espessura h , e uma partícula de massa m pode ser depreendida da figura
à seguir.
dA1 = r12 dΩ
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e também
dA2 = r22 dΩ
dM 1 = ρdV1 = ρhr12 dΩ
dM = ρdV = ρhr 2 dΩ
2 2 2
A força que cada uma dessas massas elementares exercerá na partícula, tem a forma:
m dM 1 m(ρhr12 dΩ )
dF1 = G r 2 = G = G m ρ h dΩ
1 r12
⇒ dF1 = dF2 = dF
m dM 2 m(ρhr 22 dΩ )
2
dF = G 2
= G 2
= G m ρ h dΩ
r 2 r 2
Toda a superfície será varrida por cones complementares, de modo que a contribui-
ção de uma região de uma região para a força gravitacional total, anulará a contribuição
da região complementar e desse modo a força de interação total é nula.
F = ∫ dF = ∫ G m ρ h dΩ
Ω Ω
mas
dΩ = senθ dθ dϕ
logo:
π
+
2 2π
F = G m ρ h ∫ sen θ dθ ∫ dϕ = 0
π 0
−
2
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∆U = UB - UA = - WAB
UB = UA - WAB
ou seja:
! ! !
U B = U A − ∫ F (r ) ⋅ dl
Vamos detalhar o cálculo da energia potencial em duas situações típicas: muito próximo
da superfície da Terra e muito longe da superfície.
Desse modo:
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B ! !
U B = U A − W AB = U A − ∫ F ⋅ dl
A
onde escolhemos UA como a origem da energia potencial e portanto com o valor zero.
Usando essas considerações, podemos dizer que:
! !
F = mg = − ˆj mg
!
dl = + ˆj dy
e
( )( )
U (y ) = − ∫ − ˆj mg ⋅ ˆj dy = mg ∫ dy = mg (y − 0 )
Y Y
0 0
U(y) = m g y
U(∞) = 0
Devemos considerar que:
!
F = −rˆF
Mm
F =G e !
r2 dl = −rˆ dl = + rˆ dr
e então:
ˆ Mm ˆ 1r 1
U (r ) = ∫ − r G 2 ⋅ r dr = GMm ∫ 2 = +GMm −
r r
dr
= −GMm − 0
∞ r ∞ r r ∞ r
e finalmente:
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U (r ) = −G
Mm
r
! ! ! !
F (r ) = −∇U (r ) = −rˆ F (r ) = rˆ G 2
dU Mm
⇒
dr r
Leis de Kepler
A humanidade sempre foi fascinada pelo céu noturno, com a infinidade de estrelas
e com os brilhantes planetas. No final do século XVI, o astrônomo Tycho Brahe estudou
os movimentos dos planetas e conseguiu fazer observações muito mais exatas que as
feitas anteriormente por outros observadores.
Com os dados de Tycho Brahe, Johannes Kepler descobriu que as trajetórias dos
planetas em torno do Sol eram elipses. Mostrou também que tinham velocidades maiores
quando orbitavam nas proximidades do Sol e menores quando estavam muito afastados.
Kepler estabeleceu, por fim, uma relação matemática precisa entre o período de um pla-
neta e a sua distância média ao Sol, e enunciou os resultados da sua investigação em
três leis empíricas do movimento dos planetas.
Física
Paul A Tipler
Vol 1 - Cap 11 - pag300
LTC - Editora - 2000
A Mecânica Newtoniana deduziu uma conclusão ainda mais geral. Quando um cor-
po está sob a ação de uma força que varia com o inverso do quadrado da distância (como
a força gravitacional) ele descreve uma órbita que é uma cônica (elipse, parábola ou hi-
pérbole). A órbita a ser descrita pelo corpo depende da sua Energia Mecânica. No caso
dos planetas temos órbitas fechadas - elipse e no caso dos cometas temos uma trajetória
aberta - hipérbole.
Para maiores detalhes da análise das Leis de Kepler o interessado deve consultar :
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Classical Machanics
Herbert Goldstein
Cap 3 - Sec 3-7
Addison Wesley - 1980
∆A ≈ r . (r . ∆θ )/2
onde r mede aproximadamente a distância entre o Sol e o planeta e ∆θ mede o ângulo
varrido pela linha quando o planeta se movimenta da posição inicial até a final. A taxa
com que essa área varia com o tempo é dada por:
∆A 1 2 ∆θ
= r
∆t 2 ∆t
dA 1 2 dθ 1 2
= r = r w
dt 2 dt 2
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dA L
=
dt 2m
Se dA/dt é constante como Kepler afirmou, isso significa que L também deve ser
constante - o momento angular deve ser conservado. Assim, a segunda Lei de Kepler é
equivalente á lei de conservação do momento angular
mM v2 M
F =G 2 =m ∴ v2 =G
R R R
1
K = 2 mv
2
E = K +U
Mm
U = −G r
A única força que está atuando é a gravitacional, portanto ela é a força centrípeta,
e desse modo:
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v2
K (r ) = − U (r )
Mm 1 1 Mm 1
F =G 2 = m $ K = mv 2 = G ⇒
r r 2 2 r 2
e desse modo:
E (r ) = − G
1 1 Mm
E = − U +U ⇒
2 2 r
Quando a Energia Mecânica é negativa (como neste caso) temos um sistema fe-
chado pois a partícula não é livre para se libertar do potencial e se afastar para uma dis-
tância infinitamente grande. Isso é decorrência do fato da energia potencial (que é negati-
va) ter um módulo maior que a energia cinética e como consequência a partícula estará
presa a este potencial. Em contraposição, a partícula será livre quando a energia mecâni-
ca for positiva.
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07 A que distância da Terra, medida ao longo da linha que une os centros da Terra e do
Sol, deve estar uma sonda espacial para que a atração gravitacional deste anule a da
Terra?
R-h h
R = 1,5x1011m
! !
MS = 1,99x1030kg Sol p FT Terra
MT = 5,98x1024kg
Sonda
Vamos considerar m a massa da son-
da. A uma certa altura h da Terra as
R
duas forças sobre a sonda serão iguais.
MS m
FS = G
(R − h )2
MT m
FT = G 2
h
MS MT MS 2
= ∴ h = (R − h )
2
(R − h )2
h2 MT
A física do problema está equacionada e resta agora resolver esta equação do se-
gundo grau. Definindo
MS
α=
MT
a equação toma a forma:
R R
αh =R−h ⇒ h = =
1+ α MS
1+
MT
Desse modo:
h = 2,6 x 108m
09 Na figura ao lado, duas esferas de massa m (m2 e m3) e uma terceira de massa M
(m1) estão nos vértices de um triângulo equilátero, e uma quarta esfera de massa m4
está no baricentro do triângulo. Se a força gravitacional resultante sobre esta quarta
esfera é nula, exprima a massa M em termos da massa m .
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y
m1 = M
m2 = m m1
m3 = m
m4 !
F1
Cada um dos ângulos internos de um tri- x
ângulo equilátero tem o valor de 600 , e ! !
portanto o ângulo entre a bissetriz deste F3 F2
ângulo e um dos lados vale 300. Quando m3 m2
dividido pelas bissetrizes, o triângulo
equilátero dá origem a seis triângulos
retângulos como mostrados ao lado. O !
ângulo α = 300 por ser a metade da bis- F3
setriz e β = 600 por ser complementar a β
α . Vale lembrar que a esfera central está
equidistante ( a ) das outras três esferas.
Com essas considerações, as forças têm α
a forma:
!
F = iˆFX + ˆjFY
FX = F2 senβ - F3 senβ = 0 ⇒ F2 = F3
m4M m m
F1 = F2 ⇒ G 2
= G 42 ∴ M =m
a a
10 Na figura à seguir, quatro esferas estão nos vértices de um quadrado de lado 2,0cm.
Qual o módulo e a direção da força gra-
vitacional resultante sobre uma esfera 500kg 300kg
colocada no centro do quadrado com
massa m5 = 250kg ?
m5
m1 = 500kg
m2 = 300kg
m3 = 500kg
m4 = 100kg
m5 = 250kg 100kg 500kg
a = 2cm = 0,02m
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y
A distância r entre cada vértice e o
centro tem a forma:
2 2
!
a a a2 F4
r = + =
2
! !
2 2 2 F3 F1
ou seja: x
a !
r = F2
2
!
F = iˆ(F1 − F3 ) + ˆj (F4 − F2 )
m1 m 5 m 1m 5
F1 = G r 2 = 2G a 2
m5
FX = F1 − F3 ∴ ⇒ FX = 2G (m1 − m 3 ) = 0
m3 m5 m3 m5 a2
F3 = G = 2G
r2 a2
m 4 m5 m 4 m5
F4 = G r 2 = 2G a 2
m5
FY = F4 − F2 ∴ ⇒ FY = 2G 2 (m 4 − m 2 )
m2 m5 m2 m5 a
2
F = G = 2 G
r2 a2
FY = 2 ⋅ (6,67 x10 −11 N ⋅ m 2 / kg 2 )
(250kg ) (100kg − 300kg )= - 0,166N
(0,02m )2
!
F = − ˆj (0,166N )
13 Fazemos uma cavidade esférica em uma bola de chumbo de raio R , de tal modo
que sua superfície toca o exterior da esfera de chumbo, passando também pelo seu
centro. A massa da esfera, antes de ser feita a cavidade, era M . Qual a intensidade
da força gravitacional com que a esfera côncava atrairá uma pequena esfera de
massa m , que está a uma distância d do seu centro, medida ao longo
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será simulada pela interação das esfera maciça e a de massa negativa com a pe-
quena esfera.
Vamos considerar que as esferas têm mesma densidade. Seja V o volume da esfe-
ra maciça e VB o volume do buraco que foi feito numa esfera maciça para construir
a esfera côncava. A massa da esfera maciça é:
4
M = ρV = ρ πR 3
3
e portanto a massa MR que restou depois de ter sido feito o buraco, foi:
7M
MR = M − MB =
8
mM m(− M B ) mM d2
FR = F + FB = G 2 + G = G 2 1−
d R
2
d R
2
d − 8 d −
2 2
e finalmente:
mM 1
FR = G 2 1 −
d R
2
81 −
2d
dF X = dF cos α
m dM
dF = G ∴
r2 dF = dF sen α
Y
m(λ R dθ ) senθ
dFY = G senα = GmλR 2 dθ
r 2
(
R + d + 2Rd cos θ
2
)
Integrando essas equações, encontramos:
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θ0
+
mM d + R cos θ
2
FX = G ∫ dθ
θ 0 − θ (R 2 + d 2 + 2Rd cos θ )3 2
0
2
θ0
+
mM 2 sen θ
FY = G ∫ dθ
θ 0 −θ (R 2 + d 2 + 2Rd cos θ )3 2
0
2
θ
u I = R 2 + d 2 + 2Rd cos 0
u = R 2 + d 2 + 2Rd cos θ 2
θ
∴ u S = R 2 + d 2 + 2Rd cos 0
du = −2Rd sen θ dθ 2
du
sen θ dθ = −
2Rd
mM 1 u du S
FY = −G ∫
θ 0 2Rd u u 3 2
I
como o limite inferior uI é igual ao limite superior uF essa integral é nula. e des-
se modo é nula a componente y da força de interação. esse resultado já poderia
ser antecipado se tivéssemos considerado que cada elemento de massa acima
do eixo x produz uma contribuição para FY que será anulada por um elemento
simétrico a ele abaixo do eixo x .
Já a equação que define FX não tem solução exata nas condições que foi pro-
posta.
θ0
+
mM d + R cos θ
2
FX = G ∫ dθ
θ 0 − θ (R + d 2 + 2Rd cos θ )3 2
2
0
2
e esse resultado nos diz que a barra e a massa quando estão muito distante se
atraem como se fossem massas pontuais.
Em segundo lugar vamos analisar as diversas possibilidades que acontecem
quando d = 0 .
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θ0 θ0
+ +
mM 2 R cos θ mM 2 mM θ
FX = G ∫ d θ = G 2 ∫
cos θ dθ = 2G sen 0
θ 0 − θ (R 2 ) 2
0
3
θ 0 R −θ 0 θ 0R 2
2
2 2
2 GmM
FX =
π R2
0) Porquê?
Podemos considerar um modelo para esse objeto como sendo composto de ma-
téria fria e sólida como a Lua, Terra e etc. Mas por outro lado podemos conside-
rando que o objeto estelar é composto de matéria não sólida, como as estrelas.
O que mantém esse objeto coeso? É basicamente a interação gravitacional ou
entra em questão outro tipo de interação entre a matéria.
Vamos considerar a interação entre uma pequena massa m que está na super-
fície da Terra com toda a massa da Terra:
mM T v2
F =G =m
RT RT
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2πRT
2
M 4π 2 3
G T =v2 = ∴ T2 = RT
RT T GM T
ou ainda:
3π 4 3 3π 3π
T2 = πRT = ∴ T =
GM T 3 Gρ Gρ
ρ = 3g/cm3 = 3x103kg/m3
G = 6,67x10-11m3/kg.s2
a) r = a
b) r = b
M 1m
FB = −G
b2
c) r = c
O ponto c é interno às duas cascas e portanto não existirá força gravitacional
atuando na massa m .
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! ! ! mm m m
FR = F12 + F32 = −iˆG 1 2 2 + iˆG 3 2 2
x (L − x )
onde na posição inicial A temos x = d e na posição final B temos x = L - d .
Como vamos exercer uma força que anule a força resultante, devemos ter:
! ! m m3
F = −FR = iˆGm 2 21 −
x (L − x )2
!
O vetor deslocamento é definido com dl = iˆ dx , e desse modo:
L −d
m m3
W AB = Gm 2 ∫ 21 −
(L − x )2
dx
d
x
ou seja:
L −d L−d
dx dx
W AB = Gm1m 2 ∫ − Gm m 2 ∫
d (L − x )
2 3 2
d x
u = L − x x A = d → u A = L − d
⇒
du = −dx x = L − d → u = d
B B
ou seja:
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L −d L −d
dx d
du du
I 2 = −Gm 3 m 2 ∫ = +Gm 3 m 2 ∫ = − Gm m 2 ∫
d (L − x )
2
L−d u
2 3
d u
2
L − 2d
W AB = G (m1 − m 3 )m 2 = 5,0x10-11Joules
(L − d )d
Como já foi indicado, o trabalho da força resultante tem sinal contrário ao traba-
lho calculado anteriormente:
WF = - WAB = - 5,0x10-11Joules
1 mM T 2 GM T
E= mv E2 − G =0 ⇒ vE =
2 RT RT
b) Mostre que a sua velocidade, quando estiver muito distante da Terra, será
v ∞ = 2gRT .
mM T
= m(4gRT ) − mgRT
1 1
E= mv 02 − G ⇒ E = mgRT
2 RT 2
1
E = mgRT = mv ∞2 ⇒ v ∞ = 2gRT
2
52 Uma esfera de massa M e raio a tem uma cavidade concêntrica de raio b , como é
mostrado na figura à seguir.
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M (r ) = ρV (r ) = ρ π (r 3 − b 3 )
4
3
π (a 3 − b 3 )
4
M = ρV = ρ
3
de onde encontramos que:
M 3
M (r ) = 3 3
(r − b 3 )
a − b
M (r )m m M 3
F (r ) = −G = −G 2 3 (r − b 3 )
r 2
r a − b 3
GmM b3
b≤r ≤a ⇒ F (r ) = − 3 r − 2
a − b r
3
r ≤ b ⇒ F (r ) = 0
b) Esboce também o gráfico da energia potencial gravitacional U(r) deste sistema
⇒ V (r ) = −G
mM
r ≥a
r
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U (r ) = U (a ) + ∫ F (r )dr
r
GmM b3
U (r ) = U (a ) − ∫ 3
r
r − 2 dr
aa − b3 r
r 2 r
1
r
U (r ) = U (a ) − 3
GmM
+b 3
a − b3 2 a
r a
GmM r 2 − a 2 1 1
⇒ U (r ) = −G
mM
b≤r ≤a − 3 3
+ b 3 −
a a −b 2 r a
Assim
GmM b 2 − a 2 1 1
U (r ) = −G
mM
0≤r ≤b ⇒ − 3 3
+ b 3 −
a a −b 2 b a
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0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
-0,01
F(r)
-0,02
-0,03
r
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
-0,05
V(r)
-0,1
-0,15
-0,2
r
54 Um sistema particular de três estrelas é formado por duas estrelas, cada uma de
massa m , em órbita ao redor de uma estrela central de massa M , ocupando a
mesma órbita circular de raio r . As duas estrelas estão, sempre, uma em cada ex-
tremo de um diâmetro da órbita. Deduza uma expressão para o período orbital das
estrelas menores.
mM m2 m m
F =G + G = G 2 M +
r 2
(2r )2
r 4
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Mas a força resultante sobre cada uma das massas menores, pode ser colocada
como a força centrípeta que age sobre ela, e desse modo, temos:
v2
F =m
r
G m 2πr 4π
3
v2 = M + = ⇒ T =
2
r
r 4 T G M + m
4
ou seja:
4πr 3
T =
m
G M +
4
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