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Estado Laico: Estado que não promove uma religião

Apontamentos de História nº 3
Revolução Americana (1776)
Antecedentes da Revolução Americana
- guerra dos 7 anos
- imposto de selo “Stamp Act”
- vontade de expansão negada

Confrontos entre os colonos e colonizadores


- Massacre de Boston (1770)
- Tea Party (1773)

Processo da Independência Americana


- militar: George Washington era comandante-chefe das milícias dos colonos americanos
- diplomática: Benjamin Franklin procura apoios na Europa, nomeadamente em França

A 4 de julho de 1776 foi aprovada a Declaração de Independência, com princípios


revolucionários: igualdade e a soberania popular, criando o primeiro regime liberal da História.

Revolução Francesa (1789)


Antecedentes da Revolução Francesa
- desigualdades sociais
- quebra da produção agrícola défice das finanças públicas
atraso manufatureiro + défice da balança comercial = Aumento da
aumento dos preços do trigo desigualdade contributiva tensão social
aumento do desemprego social

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão


- liberdade individual
- “todos os homens nascem e permanecem livres”
- “fazer tudo desde que não prejudique outrem”
- liberdade de opinião e imprensa
Destruição da sociedade de
- propriedade, segurança e resistência à opressão ordens do Antigo Regime

- igualdade
- “os homens nascem iguais”
- iguais perante a lei, justiça, administração e o imposto

Fases da Revolução Francesa


Monarquia Constitucional
Constituição de 1791
Foi uma solução conciliatória entre o liberalismo e os interesses do rei e notáveis do povo.
- estabeleceu uma monarquia constitucional soberania popular
- sufrágio censitário voto indireto
- igualdade de todos perante a lei, acabando com a sociedade de ordens
Na prática, a soberania social foi exercida por uma minoria da população, mais pela burguesia.
A implantação da Monarquia Constitucional não estabilizou a população, porque França vivia
um clima de exaltação e de disputas entre pessoas a favor e contra a revolução, o que causou
uma guerra civil e agravou a crise financeira.

Convenção
- clima de terror
- medidas extremistas e impopulares (prisão e morte do rei e rainha, etc.)
- medidas inovadoras (abolição da escravatura nas colónias, etc.)
- terminou com um golpe de Estado em 1794 e inaugurou o Diretório

Diretório
- o governo do Diretório de maioria burguesa e moderada
- nova constituição de 1795, que manteve o regime republicando entregando o poder a 5
diretores
- reprimiu os excessos
- liberalizou a Economia
- decretou o Estado Laico
- o próprio diretório reconheceu a necessidade de um governo forte e que impusesse a ordem
planeou o seu golpe de Estado em 1799 que iniciou o Consulado

Consulado
- novo poder executivo entregue a três cônsules
- tinha como líder o primeiro-cônsul, general Napoleão Bonaparte
- Napoleão focou-se na pacificação interna e externa, no direito de propriedade e reforma do
sistema fiscal e monetário
- foi considerado cônsul vitalício

Monarquia Imperial
- devido ao sucesso de Napoleão, foi considerado imperador hereditário
- assim, a república consular torna-se numa monarquia imperial que estabilizou o regime e a
vida dos franceses
- este foi o fim da revolução

Vagas Revolucionárias Liberais


- as revoluções americana e francesa expandiram os ideais do Liberalismo
- criaram uma “onda de revoluções” em vários países europeus e suas colónias
- revoluções foram levadas a cabo por forças políticas progressistas que visam a queda de
regime autocráticos, absolutistas ou colonizadores, submetidos a uma Constituição

Resistência Absolutista: Congresso de Viena


Disseminação das Império Napoleónico - derrotas de Napoleão
ideias revolucionárias - fim do Império (1815)

Congresso de Viena (1814-1815)


- novo mapa político – reforço do absolutismo
- desrespeito pela independência e liberdade dos povos
Revoluções Liberais (séc. XIX)
Revolução Liberal Portuguesa
Antecedentes
- Persistência do Antigo Regime (Absolutismo)
- sociedade desigual
- atraso económico do país

- Recusa de Portugal à aderência do Bloqueio Continental Invasões Francesas


- destruição, pilhagens, abalo da economia, perda de património
- atraso económico do país
- abertura dos portos do Brasil e Tratado de Comércio com o Brasil

- Domínio Inglês
- Beresford: comanda as tropas e preside à Junta Governativa de Portugal
- ação repressiva e abuso de poder faziam Beresford temido e odiado

Fatores de descontentamento da burguesia


- abertura dos portos do Brasil aos Ingleses, que significou o fim do exclusivo colonial
- tratado comercial com Inglaterra em que foram estabelecidas relações comerciais

Conjuntura económica de Portugal no início do século XIX


- das despesas e das receitas Fragilidade da
- baixa produtividade da agricultura e fraca competitividade da indústria economia portuguesa

A Implantação do Liberalismo em Portugal


- ocorreu a 24 de agosto de 1820 no Porto
- pronunciamento militar: revolução em marcha com apoio da burguesia e de militares
- “Manifesto aos Portugueses” – Objetivos da Revolução:
- recusa do domínio inglês
- respeito pela monarquia
- exigência do regresso do rei e da família real
- defesa da religião cristã e do catolicismo
- convocação das Cortes Constituintes
- criação de uma nova constituição
- formação da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino

Cortes Constituintes
- elaboração da Constituição de 1820
- tendência mais radical do liberalismo português
- defesa da soberania popular (defesa da limitação do poder do rei)
- não reconhecimento de privilégios políticos à nobreza e ao clero
- defesa da Câmara única nas cortes
- consagra os direitos e deveres dos cidadãos
- liberdade, igualdade, segurança e propriedade
- soberania da Nação
- consagra o exercício do poder
- divisão dos poderes (supremacia do poder legislativo)
- redução do poder do rei, mas com direito de veto suspensivo
- sufrágio direto e universal (com exceções)
- aprovação da legislação vintista
- reformas legislativas para abolir o Antigo Regime e a sociedade de ordens
- principais medidas:
- extinção da Inquisição e da censura
- consagração da liberdade da imprensa e do ensino
- nacionalização dos bens da Coroa
- extinção dos privilégios das ordens religiosas
- supressão da dízima
- reforma dos forais

Tendência Vintista
- radical
- progressista
- democrática

Carta Constitucional de 1826


- criou-se devido à resistência à implantação do liberalismo
- conciliação entre os princípios liberalistas e absolutistas
- caráter mais moderado e menos democrático

Guerra Civil entre libertistas e absolutistas


Após D. Pedro deixar escrito que o seu irmão D. Miguel deveria ser regente enquanto a
herdeira não era maior de idade e D. Miguel se proclamar rei absolutista e abusar do seu
poder, houve um confronto entre as duas faces do país. Após 3 anos de confronto, D. Miguel
rende-se e assina a Convenção de Évora Monte, na qual o obrigava a deixar o país e era
concedida amnistia total a crimes políticos, também mostrando clemência aos vencidos. O
liberalismo estava agora assente definitivamente em Portugal. Porém, isto criou um conflito
entre liberalistas vintistas (adeptos da Constituição de 1820) e liberalistas cartistas (adeptos da
Carta Constitucional de 1826), mas a Carta Constitucional foi, então outra vez, instituída.

Para Recordar:
Princípios Iluministas
- tolerância religiosa
- direito natural
- contrato social
- soberania social
- divisão dos poderes
- uso da Razão

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