Recursos são propriedades dos ambientes que determinam onde os
organismos podem viver. Os recursos podem ser bióticos, definidos como sendo qualquer substância ou objeto exigido por um organismo no curso do seu crescimento, manutenção e reprodução, ou abióticos, sendo derivados de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente. Ambos tipos de recursos são consumidos, tornando-se menos disponíveis para outros organismos, e assim, viram fatores críticos para a existência desses seres vivos. São, portanto, exauriveis. Por essas propriedades, recursos podem ser fonte para conflito e competição entre organismos. É possível afirmar que tanto as interações bióticas quanto as abióticas possuem papel fundamental sobre a configuração de características comportamentais, ecológicas e evolutivas das espécies. Fatores abióticos incluem todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como luz, temperatura, vento, substâncias inorgânicas, regime climático, pH, composição atmosférica, solo, entre outros.Fatores bióticos incluem as relações entre seres vivos em um ecossistema. Nesses fatores se encaixam, por exemplo, parceiros sexuais e alimentos (como plantas - seres autotróficos que servem de alimento principalmente para herbívoros e onívoros, e também animais, alimentos frequentes de animais carnívoros e onívoros). Uma vez que influenciam os organismos relacionados a ela, a microbiota normal também pode ser considerada um recurso biótico.A exigência de recursos é constante, os organismos são moldados pelas respostas evolutivas à seleção natural e estão direcionados para a procura de energia e recursos, que são os limitantes da vida e em última instância usados para produzir descendentes.Assim, organismos móveis tem potencial para captá-los por meio de sua locomoção. Já os organismos sésseis ou imóveis precisam contar com outras estratégias para isso, tais como o crescimento direcionado ou maneiras de captar os recursos que se movimentam em sua direção. Exemplificando, tem-se as plantas, que para buscarem e obterem recursos, como fosfatos, otimizam sua exploração do solo por meio da ramificação do seu sistema radicular. Recursos essenciais são os recursos que não podem ser substituídos por nenhum outro. Enquanto recursos - que não são essenciais - são os que podem ser substituídos por outros recursos, se enquadrando em outras categorias de recursos. Um recurso essencial A depende da presença de um recurso essencial B. Assim, um ser vivo que precise de magnésio, ferro, vitamina B12 e vitamina B9 para sobreviver, necessita de alimentos que supram sua carência desses nutrientes. Assim, supondo que participando da dieta desse organismo há a presença de somente um alimento X que possua quantidades significativas de magnésio e ferro, e somente um alimento Y que possua vitamina B12 e vitamina B9 em quantidades também significativas, esse organismo precisa dos dois alimentos, de forma que, um não substitui o outro, sendo assim, recursos essenciais. Exemplificando uma situação onde há a presença de um recurso que não é essencial, tem-se sementes de trigo em uma dieta de um frango no criadouro. Essas sementes podem ser perfeitamente substituídas por cevada, tendo em vista as mesmas funções nutricionais básicas no animal. Assim, a semente de trigo é um recurso que não é essencial, e assim, se enquadra em outras categorias de recursos. Recursos não essenciais podem ser complementares quando um junto a outro, fornece ao ser vivo um maior suprimento energético, por exemplo, do que quando os mesmos são consumidos separadamente. Assim, a união de dois recursos não essenciais permite ao ser vivo o menor uso dos mesmos, quando comparados à quantidade que seria necessária se fosse feito o uso individual de cada pelo organismo. Por exemplo, a união de um alimento que possua altos valores nutricionais de uma vitamina com outro alimento que possua baixo valor dessa mesma vitamina, mas possui alto valor nutricional de outra vitamina - presente em concentração menor no alimento A, permite que o ser vivo consuma uma menor quantidade desses dois alimentos juntos, do que se o mesmo fosse consumi-los separadamente para obter o mesmo ganho nutricional