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Resumo de Ecologia de ecossistemas

Isaac de Lacerda Aquino

Recursos são propriedades dos ambientes que determinam onde os


organismos podem viver. Os recursos podem ser bióticos, definidos como sendo
qualquer substância ou objeto exigido por um organismo no curso do seu
crescimento, manutenção e reprodução, ou abióticos, sendo derivados de
aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente. Ambos tipos de
recursos são consumidos, tornando-se menos disponíveis para outros organismos,
e assim, viram fatores críticos para a existência desses seres vivos. São, portanto,
exauriveis. Por essas propriedades, recursos podem ser fonte para conflito e
competição entre organismos. É
possível afirmar que tanto as interações bióticas quanto as abióticas possuem
papel fundamental sobre a configuração de características comportamentais,
ecológicas e evolutivas das espécies. Fatores abióticos incluem todas as
influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de
aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como luz,
temperatura, vento, substâncias inorgânicas, regime climático, pH, composição
atmosférica, solo, entre outros.Fatores bióticos incluem as relações entre seres
vivos em um ecossistema. Nesses fatores se encaixam, por exemplo, parceiros
sexuais e alimentos (como plantas - seres autotróficos que servem de alimento
principalmente para herbívoros e onívoros, e também animais, alimentos
frequentes de animais carnívoros e onívoros).
Uma vez que influenciam os organismos relacionados a ela, a
microbiota normal também pode ser considerada um recurso biótico.A exigência
de recursos é constante, os organismos são moldados pelas respostas evolutivas à
seleção natural e estão direcionados para a procura de energia e recursos, que são
os limitantes da vida e em última instância usados para produzir
descendentes.Assim, organismos móveis tem potencial para captá-los por meio de
sua locomoção. Já os organismos sésseis ou imóveis precisam contar com outras
estratégias para isso, tais como o crescimento direcionado ou maneiras de captar
os recursos que se movimentam em sua direção. Exemplificando, tem-se as
plantas, que para buscarem e obterem recursos, como fosfatos, otimizam sua
exploração do solo por meio da ramificação do seu sistema radicular.
Recursos essenciais são
os recursos que não podem ser substituídos por nenhum outro. Enquanto
recursos - que não são essenciais - são os que podem ser substituídos por outros
recursos, se enquadrando em outras categorias de recursos.
Um recurso essencial A depende da presença de um recurso
essencial B. Assim, um ser vivo que precise de magnésio, ferro, vitamina B12 e
vitamina B9 para sobreviver, necessita de alimentos que supram sua carência
desses nutrientes. Assim, supondo que participando da dieta desse organismo há
a presença de somente um alimento X que possua quantidades significativas de
magnésio e ferro, e somente um alimento Y que possua vitamina B12 e vitamina
B9 em quantidades também significativas, esse organismo precisa dos dois
alimentos, de forma que, um não substitui o outro, sendo assim, recursos
essenciais. Exemplificando uma situação onde há a presença de um recurso que
não é essencial, tem-se sementes de trigo em uma dieta de um frango no
criadouro. Essas sementes podem ser perfeitamente substituídas por cevada,
tendo em vista as mesmas funções nutricionais básicas no animal. Assim, a
semente de trigo é um recurso que não é essencial, e assim, se enquadra em
outras categorias de recursos. Recursos não essenciais podem ser
complementares quando um junto a outro, fornece ao ser vivo um maior
suprimento energético, por exemplo, do que quando os mesmos são consumidos
separadamente. Assim, a união de dois recursos não essenciais permite ao ser
vivo o menor uso dos mesmos, quando comparados à quantidade que seria
necessária se fosse feito o uso individual de cada pelo organismo. Por exemplo, a
união de um alimento que possua altos valores nutricionais de uma vitamina com
outro alimento que possua baixo valor dessa mesma vitamina, mas possui alto
valor nutricional de outra vitamina - presente em concentração menor no
alimento A, permite que o ser vivo consuma uma menor quantidade desses dois
alimentos juntos, do que se o mesmo fosse consumi-los separadamente para
obter o mesmo ganho nutricional

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