Você está na página 1de 27

ESTATÍSTICA I

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


1. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO

1.1 Coleta de dados – Pode ser classificada em direta ou


indireta.

1.1.1 Direta – Quando é feita sobre informações de


registro obrigatório ou através de questionário aplicado pelo
pesquisador.

Exemplos: Nascimentos, Casamentos, importações,


exportações, etc.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


1. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO
A coleta direta pode ser classificada em relação ao
tempo como:
• Contínua: Quando feita continuamente. (Nascimentos).
• Periódica: Quando feita em intervalos. (Avaliações mensais).
• Ocasional: Quando feita de forma emergencial. (Epidemia).
1.1.2 Indireta – Quando é feita utilizando de dados
obtidos através da coleta de dados direta.
Exemplo: Pesquisa sobre a mortalidade infantil, que é feita
através de dados colhidos por uma coleta direta.
PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU
1. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO
1.2 Crítica dos dados – após a coleta de dados, eles devem
ser verificados a procura de falhas e imperfeições que possam
influenciar nos resultados.
A crítica pode ser externa, quando se procura erros do
informante e pode ser interna, quando se procura erros
originais das coletas de dados.
1.3 Apuração dos dados – Consiste na soma e processamento
dos dados obtidos e a disposição mediante critérios de
classificação. Podendo ser feito de forma manual,
eletromecânica ou eletrônica.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


1. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO

1.4 Exposição dos dados – Os dados devem ser apresentados


de forma adequada (tabelas ou gráficos) tornando mais fácil
o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento
estatístico.

1.5 Análise do resultados – Este é o objetivo final do processo


estatístico. Passadas as fases anteriores (Estatística Descritiva),
fazemos uma análise dos resultados, tirando conclusões e
previsões (Estatística inferencial).

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
A quantidade de dados estatísticos, cresceu de tal forma
nos últimos anos que seria impossível manter-nos atualizados,
mesmo com uma pequena parte dessas informações
afetando diretamente nossas vidas.
Por isso, para uma melhor utilização das informações, é
necessário organizar e quando possível resumir dados, para
que possam ser apresentados de forma condensada em
tabelas ou gráficos.

A organização desses dados para apresentação se dão


por listas, tabelas e gráficos.
PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU
2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.1 Listas – Listar é dispor as informações em uma ordem ou
critério compatível com um fim determinado. A ordem pode
ser feita como:

• Crescente ou decrescente;
• Temporal;
• Alfabética.

As lista servem de ponto de partida para as tabelas e


gráficos, resumindo informações disponíveis em dado instante.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.1.1 Exemplo – Consideremos os dados seguintes, que
representam a altura (em metros) da seleção brasileira
feminina de handebol.
1,83 1,77 1,70 1,73
1,79 1,76 1,72 1,82
1,79 1,80 1,81 1,86
1,59 1,66 1,70 1,80
O que pode ser feito para que essa massa de informação
seja mais utilizável?

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
Em casos como esse, algumas pessoas consideram
interessante localizar seus valores extremos e as repetições,
que serão mais uteis estando em ordem crescente ou
decrescente.
1,59 1,66 1,70 1,70 1,72 1,73 1,76 1,77
1,79 1,79 1,80 1,80 1,81 1,82 1,83 1,86

Arrumar manualmente um conjunto grande de números


em ordem crescente ou decrescente, pode ser uma tarefa
difícil. Entretanto, se torna simples ao se usar um computador.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.2 Tabelas – Tem por objetivo, dispor as informações obtidas
em linhas e colunas, permitindo totalizar linhas e colunas e
estabelecer proporções, conforme as necessidade do estudo
estatístico.

Podem ser classificadas pelos dados que a compõem:

• Temporal (Histórica ou Cronológica);


• Geográfica (Territorial ou Espacial);
• Específica (ou categórica);
• Mista.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.2.1 Tabela temporal – a variável independente é o tempo, e
a dependente, a propriedade observada (mostra informações
relativas a determinadas datas ou períodos).
População brasileira (em milhões)

Ano População
1960 70,2
1970 93,1
1980 121,1
1990 146,8
2000 166,1

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.2.2 Tabela geográfica – Os dados relativos ao evento tratado
referem-se a local ou região particular em data fixa.
Áreas continentais (𝟏𝟎𝟔 𝒌𝒎𝟐 )
Continente Área
Ásia 43,608
África 30,335
América do norte 23,434
América do sul 17,611
Europa 10,498
Oceania 8,923

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.2.3 Tabela específica – A variável é o fenômeno descrito,
permanecendo imutáveis o local e a data a que ele se refere.

Distribuição de renda na Argentina

Classe % da renda

Pobres 8,2

Classe média baixa 18,7

Classe média alta 36,8

Ricos 36,3

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.2.4 Tabela mista – A mista é tida como descritora de funções
de mais de uma variável independente, exigindo sempre mais
de uma coluna.
Área e produção agrícola no Brasil
Produção
Região Área (𝟏𝟎𝟔 𝒌𝒎𝟐 )
(toneladas)
Norte 3,858 2,2

Nordeste 1,549 6,8

Centro-Oeste 1,602 20,0

Sul/Suldeste 1,503 49,3

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3 Gráficos – O gráfico é uma forma de apresentação dos
dados estatísticos, com o objetivo de produzir no usuário, uma
impressão mais rápida do fenômeno em estudo.

A representação gráfica de um fenômeno deve


obedecer a certos requisitos fundamentais para ser útil:

• Simplicidade: Destituído de detalhes de importância secundária.


• Clareza: Possibilitar correta interpretação de dados representados.
• Veracidade: Expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
Os principais tipos de gráficos são:
• Diagramas
• Cartogramas
• Pictogramas

2.3.1 Diagramas – São gráficos geométricos de, no máximo,


duas dimensões; para sua construção, em geral, fazemos uso
do sistema cartesiano. Dentre os principais destacaremos
alguns em seguida.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.1.1 – Gráfico em linha (curva/segmento) constitui uma
aplicação do processo de representação dos dados num
sistema de coordenadas cartesianas.
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÓLEO DE
DENDÊ (1987-92)

ANOS QUANTIDADE (1.000 t)


1987 39,3
1988 39,1
1989 53,9
1990 65,1
1991 69,1
1992 59,5

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.1.2 – Gráfico em colunas (barras) É a representação de uma
série por meio de retângulos, dispostos verticalmente ou
horizontalmente (barras).

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CARVÃO MINERAL


BRUTO (1989-92)

QUANTIDADE PRODUZIDA
ANOS
(1.000 t)

1989 18.196
1990 11.168
1991 10.468
1992 9.241

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
Exemplo de gráfico em barras.

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CARVÃO MINERAL


BRUTO (1989-92)

QUANTIDADE PRODUZIDA
ANOS
(1.000 t)

1989 18.196

1990 11.168

1991 10.468

1992 9.241

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.1.3 – Gráfico em colunas múltiplas é utilizado para
representar, simultaneamente dois ou mais fenômenos,
facilitando a comparação.

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL (1989-93)

VALOR (US$ 1.000.000)


ESPECIFICAÇÕES
1989 1990 1991 1992 1993

Exportação 34.383 31.414 31.620 35.793 38.783

Importação 18.263 20.661 21.041 20.554 25.711

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.1.4 – Gráfico em setores (pizza) É construído com base em
um círculo, e é utilizado sempre que desejamos ressaltar a
participação do dado no total.
REBANHO SUÍNO DO SUDESTE
DO BRASIL (1992)
QUANTIDADE
ESTADOS
(mil cabeças)
Minas Gerais 3363,7
Espírito Santo 430,4
Rio de Janeiro 308,5
São Paulo 2035,9
TOTAL 6138,5

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.2 Cartograma – São gráficos utilizados quando o objetivo é
figurar dados estatísticos diretamente relacionados com áreas
geográficas ou políticas.

• Representando dados absolutos (população), utilizando


pontos, em número proporcional aos dados.

• Representando dados relativos (densidade), utilizando


hachuras, em cores diferentes.

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
POPULAÇÃO PROJETADA DA REGIÃO SUL DO BRASIL - 1994
ESTADOS POPULAÇÃO (hab.) ÁREA (km²) DENSIDADE
Paraná 8.651.100 199.324 43,4
Santa Catarina 4.767.800 95.318 50,0
Rio Grande do Sul 9.475.900 280.674 33,8

POPULAÇÃO PROJETADA DA
REGIÃO SUL DO BRASIL – 1994

400.000
habitantes

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS
2.3.3 Pictograma – Constitui um dos processos gráficos que
melhor fala ao público, sendo sua representação gráfica
composta de figuras.

4 HOMENS

4 MULHERES

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU


2. ORGANIZAÇÃO DE DADOS

PROF. LEONARDO VINICIUS DUARTE DE ABREU

Você também pode gostar