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tão grande para o movimento negro que hoje seu nome batiza
Paulo.
Machado de Assis
. Uma das três primeiras mulheres eleitas no Brasil, se tornou a primeira mulher
negra a assumir a presidência da Assembleia Legislativa Catarinense. Nascida em 11
de julho de 1901, Antonieta teve a oportunidade de se alfabetizar ainda na infância,
condição restrita para pessoas de origem pobre e sob a herança da escravidão.
Cursou a escola para formação de normalistas na Escola Lauro Müller, por onde
iniciou sua carreira como professora, atuando ao longo da vida em colégios
tradicionais do Brasil. Em 1922 fundou o Curso primário Antonieta de Barros,
escola destinado à alfabetização da população empobrecida. pretendia ingressar no
curso de Direito, porém sem sucesso, posto que o curso não permitia o ingresso às
mulheres. A tentativa frustrada a encorajou a seguir com seu projeto de emancipação
feminina, concorrendo a uma vaga para deputada pelo estado de Santa Catarina.
Entre as pautas defendidas estavam: a conquista de direitos políticos e sociais para
todos por meio do acesso à educação básica e superior, a valorização do professor,
oportunidade em que aprova o projeto de lei de criação do dia do professor e a
proteção aos jornalistas. Respeitada e admirada por seu espírito de justiça, Antonieta
é um exemplo para o movimento negro. O processo de apagamento da história de
Antonieta dá conta de poucos registros sobre a professora, jornalista e deputada. Foi
por iniciativa de senadora Ideli Salvatti que a memória da parlamentar vem sendo
recuperada. Hoje, o programa voltado para a formação de jovens aprendizes de
Santa Catarina recebe o nome Programa Antonieta de Barros.