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Boa noite a todos, meu nome é gabriel brito e hoje vou estar

apresentando alguns dos nomes que tiveram grande influencia tanto


no combate a escravidão quanto na luta pela igualdade racial no
brasil e um pouco de suas biografias.

Zumbi dos palmares (1655)

Zumbi dos Palmares (1655-1695) foi o último líder do Quilombo

dos Palmares e também o de maior relevância histórica. Lutou

pela liberdade de culto e religião, bem como pelo fim da

escravidão colonial no Brasil. De todas as maneiras, não admitia a

dominação dos brancos sobre os negros e, portanto, tornou-se o

maior símbolo pela liberdade dos negros da história brasileira.

Zumbi nasceu aproximadamente em 1655, no Quilombo dos

Palmares. Hoje, o local é União dos Palmares, no estado brasileiro

de Alagoas. Em 1695, no dia 20 de novembro, Zumbi é delatado

por um de seus capitães, Antônio Soares, e morto pelo capitão

Furtado de Mendonça. O líder de Palmares tinha 40 anos de

idade. A data de sua morte, 20 de novembro, foi adotada como o

Dia da Consciência Negra. A importância de Zumbi dos Palmares é

tão grande para o movimento negro que hoje seu nome batiza

uma Faculdade: a faculdade Zumbi dos Palmares - FAZP - em São

Paulo.

Luís Gonzaga Pinto da Gama (1830

Luiz Gama foi um advogado, abolicionista, jornalista e escritor


brasileiro. Nasceu na Bahia, livre, em 1830, era filho de uma
africana livre e de um português. Aos 10 anos, seu pai o
vendeu como escravo e foi para São Paulo. No cativeiro,
aprendeu a ler e escrever e reconquistou a sua liberdade
após provar que havia nascido livre. Na sua missão de libertar
e garantir o direito dos escravizados, Luiz Gama valeu-se de
uma “brecha” no próprio sistema escravista: a lei de 7 de
novembro de 1831 que extinguiu o tráfico negreiro. Por esta
lei, aqueles trazidos para o Brasil depois desta data seriam
considerados livres. Luiz Gama dedicou-se com afinco e
gratuitamente a libertar pessoas escravizadas de várias
províncias do Brasil e estima-se que tenha libertado mais de
500 escravos. Mesmo não sendo “diplomado”, era advogado
autodidata com grande cultura jurídica. Luiz Gama possuía
uma provisão, documento que autorizava a prática do direito,
dada pelo Poder Judiciário do Império. Em 2015, a Ordem dos
Advogados do Brasil concedeu o título de advogado a Luiz
Gama, reconhecendo a sua importância como jurista e em
2018 recebeu o título de Patrono da Abolição da Escravidão
no Brasil

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Morro do


Livramento, no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, e morreu
na mesma cidade, em 29 de setembro de 1908. Durante sua
trajetória, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo
Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e
tornou-se notório, ainda em sua juventude, em jornais onde
publicava suas primeiras poesias e crônicas e muitas de suas
obras circulavam primeiro nos folhetins dos jornais e revistas.
Algumas das principais obras de Machado de Assis são:
memorias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas
Borba e Esaú e Jacó. Posteriormente, seus romances, coletâneas
de contos e poesias, foram publicados em livro. Além disso, foi um
dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1897, e seu
primeiro presidente. Dessa forma, sua atuação superou as
páginas de seus escritos, para tornar-se um dos que contribuíram
para a institucionalização do desenvolvimento intelectual e literário
no país.

Antonieta de Barros (1901

. Uma das três primeiras mulheres eleitas no Brasil, se tornou a primeira mulher
negra a assumir a presidência da Assembleia Legislativa Catarinense. Nascida em 11
de julho de 1901, Antonieta teve a oportunidade de se alfabetizar ainda na infância,
condição restrita para pessoas de origem pobre e sob a herança da escravidão.
Cursou a escola para formação de normalistas na Escola Lauro Müller, por onde
iniciou sua carreira como professora, atuando ao longo da vida em colégios
tradicionais do Brasil. Em 1922 fundou o Curso primário Antonieta de Barros,
escola destinado à alfabetização da população empobrecida. pretendia ingressar no
curso de Direito, porém sem sucesso, posto que o curso não permitia o ingresso às
mulheres. A tentativa frustrada a encorajou a seguir com seu projeto de emancipação
feminina, concorrendo a uma vaga para deputada pelo estado de Santa Catarina.
Entre as pautas defendidas estavam: a conquista de direitos políticos e sociais para
todos por meio do acesso à educação básica e superior, a valorização do professor,
oportunidade em que aprova o projeto de lei de criação do dia do professor e a
proteção aos jornalistas. Respeitada e admirada por seu espírito de justiça, Antonieta
é um exemplo para o movimento negro. O processo de apagamento da história de
Antonieta dá conta de poucos registros sobre a professora, jornalista e deputada. Foi
por iniciativa de senadora Ideli Salvatti que a memória da parlamentar vem sendo
recuperada. Hoje, o programa voltado para a formação de jovens aprendizes de
Santa Catarina recebe o nome Programa Antonieta de Barros.

Lélia Gonzalez (1935

Lélia de Gonzalez nasceu na cidade de Belo Horizonte em Minas


Gerais, em 1º de fevereiro de 1935. Aos oito anos, Lélia deixou a
capital mineira, partindo em direção ao Rio de Janeiro com toda a
família, onde permaneceu até o fim de sua vida, em julho de 1994.
em 1954, Lélia Gonzalez concluiu o Ensino Médio no Colégio Pedro
II, tradicional instituição de ensino carioca. Quatro anos depois,
graduou-se em História e Geografia. Em 1962, tornou-se bacharel
em Filosofia pela Universidade Estadual da Guanabara, atual UERJ.
Como professora universitária, lecionou na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da Universidade Gama Filho, também na capital
fluminense Lélia Gonzalez teve participação destacada em um dos
momentos mais significativos da história da população negra no
Brasil: ao lado de outros militantes, fundou em 1978, na cidade de
São Paulo, o Movimento Negro Unificado contra a Discriminação
Racial que em seu manifesto denunciava a falácia do mito da
democracia racial, reivindicava o fim da violência e da discriminação
sofrida pelos negros cotidianamente, além de exigir políticas públicas
em benefício da comunidade afro-brasileira. Lélia Gonzalez faleceu
no dia 10 de julho de 1994, na cidade do Rio de Janeiro, em
decorrência de problemas cardiovasculares. Vinte e sete anos após a
sua morte, o nome e as contribuições teóricas de Lélia Gonzalez
transitam entre a invisibilidade acadêmica e tentativas de difusão e
afirmação do seu legado, principalmente por parte de pesquisadoras
e feministas negras. Em 2015, foi homenageada pelo Centro Cultural
Banco do Brasil (CCBB), que organizou a exposição “Lélia Gonzalez:
o feminismo negro como palco da história”.

Sueli carneiro (1950

Filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro


brasileiro, Aparecida Sueli Carneiro Jacoel nasceu em São Paulo em
1950. É Doutora em Filosofia pela USP e fundadora do GELEDÉS –
Instituto da Mulher Negra, sendo considerada uma das mais
relevantes pensadoras do feminismo negro no Brasil. Em 1983,
durante o longo processo de redemocratização do país, o governo do
Estado de São Paulo criou o Conselho Estadual da Condição
Feminina, porém sem nenhuma negra dentre as trinta e duas
componentes. Sueli Carneiro foi uma das lideranças do movimento
que se engajou na campanha da radialista Marta Arruda pela
abertura de espaço no Conselho para este segmento, campanha que
logrou êxito. Em 2009, Sueli Carneiro produziu o estudo “Mulheres
negras e poder: um ensaio sobre a ausência”, como forma de
denúncia da hegemonia masculina e branca nas diferentes esferas
de poder. A autora não tratava apenas da ausência pela baixa
representação, falava sobre aquelas mulheres negras que, mesmo
presentes na institucionalidade, foram prejudicadas por questões
advindas das discriminações de raça e de gênero. A ex-ministra da
SEPPIR (Secretaria de políticas de promoção da igualdade racial),
Matilde Ribeiro, e a atual deputada federal Benedita da Silva
estavam entre elas. A autora tem sido agraciada com uma série de
prêmios e homenagens: Prêmio Bertha Lutz (2003); Menção Honrosa
no Prémio de direitos humanos Franz de Castro Holzwarth; Prêmio
Direitos Humanos da República Francesa; entre vários outros e em
2018, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro (1980- ), cria o selo
editorial Sueli Carneiro, inaugurado com uma coletânea em sua
homenagem, em reconhecimento à importância de suas ideias e
atuação.

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