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Transcrição 2
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(professor): Foram duas etapas. Eu entrei em 2005 como professor auxiliar com
contrato temporário, foram 2 semestres. Em 2006 eu passei no concurso público
e fui nomeado por força de uma decisão judicial porque naquela época eu era
procurador do INPI e tinha uma tese de que você não podia ter 40 mais 40
horas, eu consegui uma liminar na justiça federal que foi confirmado em
sentença, depois confirmado pelo TRF e pelo STJ.
(Aluna): Não sabia disso porque hoje em dia é tudo noturno, né?
(Professor): Não, mas esse período os alunos fizeram vestibular para o turno da
manhã.
(Aluna): Entendi! Nossa! Legal! Tinha até opção né? Porque hoje em dia não
tem.
(Professor): Tinha. Pelo que eu sei, a turma da manhã não está extinta, ela só
não oferece vagas.
(Professor): Existe. Nós dávamos a aula para o turno da manhã e como não
tinha o problema dos professores, até direito penal, eu acho que ministrei
naquela época. Porque havia um prazer muito grande de dar aula pela manhã
porque é outro clima. As pessoas estão acordando, estão dispostas, estão
querendo, então, lá na Urca é uma área muito bonita. Você tinha espaço,
conforto, tudo.
(Professor): Eu sou da turma que veio da... Nós, quando saímos CCH e foi
criado o CCJP. Foi uma situação em que nós éramos sem teto, sem sala dentro
da própria UNIRIO. Então se dava aula nas piores condições possíveis. Eu dava
aula no prédio da nutrição, isso é atrás da reitoria, ou do lado tinha outro
prédio que é o que fica do lado daquele instituto de pesquisas nucleares, que vai
voltar pra trás da, acho que é Xavier Sigaud, o nome da rua, que vai voltar pra
trás do Rio Sul. Aquele prédio tinha um elevador que é uma ótima armadilha
para todo mundo ficar preso porque de 7 dias na semana quebrava 9, as salas
não tinham ar-condicionado e não tinham uma iluminação apropriada. Tinha
uma sala que você dava aula ao contrário. O que que eu quero dizer com “ao
contrário”? Imagina ter um quadro, que na época era quadro de giz, na frente,
as carteiras, só que a parte do quadro estava sem iluminação, então para os
alunos conseguirem enxergarem o que que estavam fazendo, tínhamos que
inverter as carteiras e dar a aula ao contrário. Eu ficava no canto oposto
porque, senão, você estava em uma boate de quinta categoria para pior porque
ninguém estava muito afim de boate. Era um calor tão forte ali dentro que as
aulas não podiam ser inteiras porque ninguém suportava, era uma suadeira só,
uma sauna. Inclusive, com isso, muita gente fez trabalhos no lugar de provas
porque você não tinha condição física de ficar ali dentro no verão pra fazer
nada. Nós saímos dali e eu fui da primeira leva que entrou na Voluntários da
Pátria. Quando a gente entrou na Voluntários da Pátria a gente tinha a nossa
casa, o nosso canto, foi uma maravilha porque o centro pode se estruturar com
as outras duas escolas, administração e ciências políticas.
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