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AGRADECIMENTOS

Este pequeno trabalho não teria nenhuma razão de


existir se deixássemos de consignar nossos sinceros
agradecimentos aos irmãos pastores presidente - Deusdediti
Septimio Ramos e vice-presidente – Wilton Taverny Cunha e a
todos os obreiros de nossa Igreja Evangélica Assembléia de
Xinguara – PA, destacado a pessoa do Evangelista Jeová
Araújo de Freitas e Pr Sergio Candido de Carvalho, pelos
afanosos, porém imprescindíveis trabalhos de digitação destas
elementares informações sobre o Novo Código Civil.

O autor,
Ribeiro,
Rosaldo de Farias

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APRESENTAÇÃO

O Brasil é um país religioso; seu povo é


movido sob o impulso das religiões. A fé domina nossas
ciências exatas, biológicas e, principalmente, as ciências
humanas-campo onde se situa o direito.
Apesar desse quadro, nossos organizadores de
textos legislativos não têm se preocupado com a Lei Maior a
Divina – falha imperdoável ante as óbvias necessidades por
que passam estudantes e operadores do direito, acadêmicos
dos cursos de teologia, religiosos e comunidade leiga.
A vida prática, a obrigação de termos que
manusear diariamente nossos códigos faz-nos chegar à
conclusão de que, em sede de elaboração de Leis, o Homem
nada criou, apenas copiou (não raras vezes modificou, para
pior) as Leis divinas.
Pensando nisso e, mais ainda, por que a rotina
do ministério eclesiástico nos conduz a consultar o texto
bíblico mesmo nos momentos mais favoráveis do nosso
ministério, aqui condensamos, num só corpo apostilhado ,
algumas informações sobre o novo Código Civil Brasileiro, tal
como se acha em vigor, com algumas citações das regras
divinas.
A compilação, que ora colocamos à disposição
dos membros no nosso ministério da Assembléia de Deus de
Xinguara-PA, é fruto de horas de estudos jurídicos e
teológicos. Trata-se da Lei n. º 3.071, de 1º de janeiro de
1916 (Código Civil Brasileiro, antigo) introduzido pelo Decreto-
Lei n.º 4.657 – de 4 de setembro de 1942, com as suas
respectivas alterações posteriores (Código Civil Brasileiro,

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atual), contendo citações da Bíblia Sagrada tanto do Velho
quanto do Novo Testamento.
Não pretendemos condensar, nas linhas que se
seguem, obra perfeita, acabada. Os erros e enganos serão
corrigidos em edições posteriores, a partir das críticas e
sugestões, as quais serão sempre bem-vindas.
Como perceberá o leitor, nem sempre um
verbete encontradiço na ceara de tipificações do Novo Código
Civil, apresenta a mesma grafia contida nos versículos da
Bíblia.
Oramos ao nosso senhor e salvador Jesus
Cristo, para que essa pequenina assaz esclarecedora obra,
possa servir aos consulentes ao manuseá-la o fim proveitoso.
Que o novo Código, não venha macular a
nossa liberdade.
A vida é o bem mais precioso do ser humano,
mas a vida sem liberdade não tem qualquer significado nem
dignidade. A liberdade, porém, não se confunde com a
licenciosidade.
Ler algo novo, é, partir para o mundo até
então desconhecido, conviver com acontecimentos até então
estranhos, e conhecer um pouco do autor, o criador daquele
universo, que era só dele e passou a pertencer também ao
leitor, antes um intruso, um forasteiro, que de agora em
diante compartilha e às vezes indica o rumo. Eis o poder de
um escritor, de um artífice da palavra, ourives da imaginação
e da inteligência e/ou arquiteto da escrita não sou. Apenas
escrevo.
As informações aqui contidas, são apenas pré-
articulações e bailado das idéias, que transportam os leitores
à busca dos sentidos das coisas e do conhecimento. A busca
do conhecimento é na realidade um encoberto de desafios.

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As informações aqui descritas, não é um
alarme é apenas um singelo aviso seguro, de que as letras
aqui azaradas partilhadas por todos que tiverem aventura de
as leres.
Assim, ninguém é tão vazio que não tem o que
dizer. Todos os seres têm dentro de si algo significativo para
transmitir.
Essa tarefa é apenas o desbastando a pedra
bruta, tentando revelar as sombras ocultas dos artigos do
Novo Código Civil Brasileiro que diz respeito ao aqui inserido.
Por isso, meus irmãos a responsabilidade de
quem escreve é muito grande e, quando ele consegue
transmitir a mensagem é sinal de que atingiu o objetivo. É o
que desejo.

Xinguara, 05 de abril de 2003.

O Autor
Ribeiro,
Rosaldo de Farias

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O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO MEXE COM A
ESTRUTURA ORGANIZCIONAL DAS IGREJAS EVANGÉLICAS

Entrou em vigor dia 11 de janeiro de 2003 o


Novo Código Civil Brasileiro, oriundo da Lei n. º 10.406, de 10
de janeiro de 2002.
Depois de infindáveis discussões, avanços e
retrocessos, o Novo Código Civil Brasileiro, já em vigor, depois
de uma considerável espera que durou nada menos que 87
anos! Vem provocar uma série de alterações no
funcionamento e ordenamento das chamadas pessoas
jurídicas, entre as quais incluem-se as igrejas evangélicas. E
essas alterações e/ou mudanças têm prazo de um ano para
serem efetuadas, sobre pena de as denominações sofrerem
diversas punições. Não se trata, apenas, de se promover
mera adaptações estruturais. A partir de agora, a
administração e as finanças das congregações terão de ser
muito mais responsáveis. Caso contrário, pastores e dirigentes
poderão ter que pagar o prejuízo do próprio bolso podendo
até ser afastado das funções eclesiásticas pelo poder público.

UM BREVE HISTÓRICO

O Código Civil Antigo é de 1916 – Lei n. º


3.071, de 1.º de janeiro de 1916 – introduzido pelo Decreto-
Lei n.º 4.657, de 4 de setembro de 1942, no 121º aniversário
da independência e 54º da República.
Firmado por:
Getúlio Vargas.

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O NOVO CÓDIGO CIVIL

Origina-se da Lei 10.406, de 10 de janeiro de


2002. Passou a vigorar 01 ano depois, dia 11 de janeiro de
2003 de conformidade com o Artigo 2.044 do referido Código.
O Novo Código Civil foi instituído pelo
Congresso Nacional Brasileiro e sancionado pelo presidente da
República Fernando Henrique Cardoso no 181.º aniversário da
independência e 114.º da república. Brasília 10 de janeiro de
2002.
Caso o leitor deseje uma completa informação
sobre as mudanças ocorridas no novo Código não dispondo
de um exemplar, poderá acessar gratuitamente na Internet:
www.rideel.com.br as atualizações de 2002 encontram-se
destacadas em negrito e itálico.
O Novo Código Civil dispõe de índices
sistemático (Lei n. º 10.406, de 10 de janeiro de 2002) e
contém 2.046 Artigos, distribuídos em parte geral, livros,
títulos, capítulos e seções. Por exemplo, ...

Título II - Das Pessoas Jurídicas,


__________________________
Capítulo I
__________________________
Disposições Gerais

Artigos 40 a 52,

Capítulo II
___________________________
Das Associações

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Artigos 53 a 61
___________________________
Capítulo III
___________________________
Das Fundações

Artigos 62 a 69

O Novo Código Civil mormente, traz em um


mesmo exemplar Medidas Provisórias, Decretos, e Súmulas do
STJ, esses suplementos são conhecidos como Legislação
Complementar, o novo Código dispõe também de índice
alfabético-remissivo da letra A a Z.

Título II – Das Pessoas Jurídicas


__________________________
Capítulo I
__________________________
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são


de direito público, interno ou
externo, e de direito privado.

Art. 41. São Pessoas Jurídicas de


direito público interno:
I – A União;
II – Os Estados, O Distrito
Federal e os Territórios;
III – Os Municípios;
IV – As autarquias;

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V – As demais entidades de
caráter público criadas por Lei. ...

Art. 44. São Pessoas Jurídicas de


Direito Privado:
I – As Associações;
II – As Sociedades;
III – As fundações.

Art. 45. Começa a existência


Legal das Pessoas Jurídicas de
Direito Privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o
ato constitutivo.

Parágrafo Único. Decai em três


anos o Direito de anular a
Constituição das Pessoas
Jurídicas de Direito Privado, por
defeito do Ato respectivo,
contado o prazo da publicação de
sua inscrição no registro.

Já a escrituração das citadas Pessoas Jurídicas


acima mencionadas dispõe a Legislação complementar Lei n.
º 6015 de 31 de dezembro de 1973, expressando em seu

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Artigo n.º 114 - No registro civil de Pessoas Jurídicas
serão inscrito:
I – Os Contratos, os atos constitutivos, o estatuto
ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias,
morais, científicas ou literárias, bem como as das
fundações e das associações de utilidade pública;
II – As sociedades civis que revertirem as forças
estabelecidas nas Leis comerciais, salvo as anônimas;
III – Os atos constitutivos e os estatutos dos
partidos políticos.

Parágrafo Único. No mesmo Cartório será feito o


registro dos jornais, periódicos, oficinas impressoras,
empresas de radiodifusão e agências de notícias a que
se refere o Art. 8.º da Lei n.º 5.250, de 9 de fevereiro
de 1967.
Observação: “Os atos e contratos constitutivos de
pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser
admitidos a registro nos órgão competentes, quando
visados por advogados” (§ 2.º do Art. 1.º da Lei n.º
8.906, de 4/07/1994, que dispõe dobre o Estatuto da
Advocacia e a OAB).

A Lei n. º 6.015/73, em seus Artigos 116 à 119 do


TÍTULO III – DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS –
Capítulo I, expressa o seguinte:

Art. 116. Haverá, para o fim previsto nos


artigos anteriores, o seguintes livros:
I – Livro “A”, para os fins indicados nos
números I e II, do Artigo 114, com
trezentas folhas;

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II – Livro “B”, para matrícula da oficinas
impressoras, jornais, periódicos, empresas
de radiodifusão e agências de notícias com
cento e cinqüenta folhas.

Art. 117. Todos os exemplares de


contratos, de atos, de estatutos e de
publicações, registrados e arquivados,
serão arquivados por períodos certos,
acompanhado de índice que facilite a busca
e o exame.

Art. 118. Os oficiais farão índices, pela


ordem cronológica e alfabética, de todos os
registros e arquivamentos, podendo adotar
os sistema de fichas, mas ficando sempre
responsáveis por qualquer erro ou omissão.

Art. 119. A existência legal das pessoas


jurídicas só começa com o registro de seus
atos constitutivos.

Parágrafo único. Quando o funcionamento


da sociedade depender de aprovação da
autoridade, sem esta não poderá ser feito o
registro.

Art. 52. Aplica-se as pessoas jurídicas, no


que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

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Na Constituição Federal de 1988

Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais

Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e


Coletivos
Art. 5º. ...

V – é assegurado o direito de resposta,


proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à
imagem;

X – são invioláveis a intimidade, a vida


privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua
violação;

Capítulo II
Dos Direitos da Personalidade

Art. 11. Com exceção dos casos previstos


em Lei, os direitos da personalidade ao
intransmissíveis e irrenunciáveis, não
podendo seu exercício sofrer limitação
voluntária.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça


ou a lesão, a direito da personalidade, e

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reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em Lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto,
terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha
reta, ou colateral até o quarto grau.

Art. 13. Salvo por exigência médica, é


defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou
contratar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo
será admitido para fins de transplante, na
forma estabelecida em Lei especial.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou


altruístico, a disposição gratuita do próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da
morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode
ser livremente revogado a qualquer tempo.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a


submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção
cirúrgica.

Art. 16. Toda a pessoa tem direito ao nome


nele compreendido os prenome e
sobrenome.

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Art. 17. O nome da pessoa não pode ser
empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao
desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar


o nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudônimo adotado para


atividades lícitas goza da proteção que se
dá ao nome.

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se


necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a
divulgação de escritos, a transmissão da
palavra, ou a publicação, a exposição ou a
utilização de imagem de uma pessoa
poderão ser proibidas, a seu requerimento
e sem prejuízo da indenização que couber,
se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins
comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto
ou ausente, são partes legítimas para
querer essa proteção o cônjuge, os
ascendentes ou os descendentes .

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é


inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências

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necessárias para impedir ou fazer cessar
ato contrário a esta norma.

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade


jurídica, caracterizada pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão patrimonial,
pode o juiz decidir, a requerimento da
parte ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos
de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens
particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.

Capítulo II
DAS ASSOCIAÇÕES

Art. 53. Constituem-se as associações pela


união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os
associados, direitos e obrigações
recíprocos.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto


das associações conterá:
I – A denominação, os fins e a sede da
associação;
II – os requisitos para a admissão,
demissão e exclusão dos associados;
III – os direitos e deveres dos associados;
IV – as fontes de recursos para a sua
manutenção;

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V – o modo de constituição e
funcionamento dos órgãos deliberativos e
administrativos;
VI – as condições para a alteração das
disposições estatutárias e para a
dissolução.

Art. 55. Os associados deve ter iguais


direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.

Art. 56. A qualidade de associados é


intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular
de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação à transferência daquela não
importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou
do herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto.

Art. 57. A exclusão do associado só é


admissível havendo justa causa, obedecido
o disposto no estatuto; sendo este omisso,
poderá também ocorrer se for necessário
reconhecida a existência de motivos
graves, em deliberação fundamenta, pela
maioria absoluta dos presentes a
assembléia geral especialmente convocada
para esse fim.

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Parágrafo único. Da decisão do órgão que,
de conformidade com o estatuto, decretará
a exclusão, caberá sempre à assembléia
geral.

Art. 58. Nenhum associado poderá ser


impedido de exercer direito ou função que
lhe tenha sido legitimamente conferido, a
não ser nos casos e pela forma previstos na
lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à


assembléia geral:
I – eleger os administradores;
II – destituir os administradores;
III – aprovar as contas;
IV – alterar os estatuto;

Parágrafo único. Para as deliberações a que


se referem os incisos II e IV é exigido o
foto concorde de dois terços dos presentes
à assembléia especialmente convocada
para esse fim, não podendo ela deliberar,
em primeira convocação, sem a maioria
absoluta dos associados, ou com menos de
um terço das convocações seguintes.

Art. 60. A convocação da assembléia geral


far-se-á na forma do estatuto, garantido a
um quinto dos associados o direito de
promovê-la.

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Art. 61. Dissolvida a associação, o
remanescente de seu patrimônio líquido,
depois de reduzidas, se for o caso, as cotas
ou frações ideais referidas no parágrafo
único do Art. 56, será destinado à entidade
de fins não econômicos desiguinada no
estatuto, ou, omisso este, por deliberação
dos associados, à instituição municipal,
estadual ou federal, de fins idênticos ou
semelhantes.
§ 1. º. por clausula do estatuto ou, no seu
silêncio, por deliberação dos associados,
podem estes, antes da destinação do
remanescente referida neste artigo,
receber em restituição, atualizado o
respectivo valor, as contribuições que
tiverem prestado ao patrimônio da
associação.
§ 2. º. não existindo no município, no
estado, no Distrito Federal ou no Território
em que a associação tiver sede, instituição
nas condições indicadas neste artigo, o que
remanescer do seu patrimônio se devolverá
a fazenda do estado, do Distrito Federal ou
da União.

Foi mantido o Artigo 22 do Código antigo.

Apenas citando

DO CONSELHO FISCAL

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O Novo Código, Artigos 1066, 1070, 1068 e
1069.

DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL

Artigos 1238 e § único e 1239, 1240, 1241,


1242 e § único.

DO CASAMENTO

Artigos 1511, 1512, § único, 1214, 1215 e


1216.

DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTO

Artigos 1517, 1518 e 1520.

DA INVALIDADE DO CASAMENTO

Artigos 1550, 1551, 1552, 1553, 1554, 1555 e


1560 (anulação do casamento).

CAPÍTULO II
DA PESSOA JURÍDICA

Art. 120. O registro das sociedades, fundações e


partidos políticos consistirá na declaração, feita em
livro, pelo oficial, do número de ordem, da data da
apresentação e da espécie do ato constitutivo,
com as seguintes indicações:
I – a denominação, o fundo social, quando houver,
os fins e a sede da associação ou fundação, bem
como o tempo de sua duração;

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II – o modo porque se administrar e representa a
sociedade, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
III – se o estatuto o contrato ou o compromisso é
reformável, no tocante à administração, e de que
modo;
IV – se os membros respondem ou não,
subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
V – as condições de extinção da pessoa jurídica e
nesse caso o destino de seu patrimônio;
VI – os nomes dos fundadores ou instituidores e
dos membros da diretoria provisória ou definitiva,
com indicação da nacionalidade, estado civil e
profissão de cada um, bem como o nome e
residência do representante dos exemplares.

TÍTULO V – DA PROVA

Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe


forma especial, o fato jurídico pode ser
provado mediante:
I – confissão;
II – documento;
III – testemunha;
IV – presunção;
V – perícia.

MAIORIDADE
A maioridade, segundo o novo Código, mudou-se de
21 (vinte e um) anos para 18 (dezoito) anos.

(Art. 9º. Do antigo Código de 1916).

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Art. 5. o Novo Código expressa: A maioridade
cessa aos 18 anos completos, quando a
pessoa fica habilitada à prática de todos os
atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores a


incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles
na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença do
juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos
completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público
efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de
ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial,
ou pela existência de relação de emprego,
desde de que, em função deles, o menor
com 16 anos completos tenha economia
própria.

DA SUSPENÇÃO E EXTINÇÃO DO PODER FAMIILIAR

(ANTES – PÁTRIO – PODER)

Art. 1635. Extingue-se o poder familiar:


I – pela morte dos pais ou do filho;
II – pela emancipação, nos termo do artigo
5, parágrafo único;

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III – pela maioridade.

Art. 1637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua


autoridade, faltando aos deveres a eles
inerente ou arruinando os bens dos filhos,
cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou
o ministério público, adotar a medida que
lhe pareça reclamada pela segurança do
menor e seus haveres, até suspendendo o
poder familiar quando convenha.

Parágrafo único. Suspende-se igualmente o


exercício do poder familiar ao pai ou à mãe
condenados por sentença irrecorrível, em
virtude de crime cuja a pena exceda a dois
anos de prisão.

Art. 1638. Perderá por ato judicial o poder


familiar o pai ou mãe que:
I – castigar imoderadamente;
II – deixar o filho em abandono;
III – praticar atos contrários a moral e aos
bons costumes;
IV – incidir, reiteradamente, nas faltas
previstas no artigo antecedente.

Título III
DO ATO ILÍCITO

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda

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que exclusivamente moral comete ato
ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito causar


dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de


reparar o dano, independentemente de
culpa nos casos específicos em Lei, ou
quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

DA ADAPTAÇÃO AO NOVO CÓDIGO

Art. 2031. As associações, sociedade e


fundações, constituídas na forma das Leis
anteriores, terão o prazo de um ano para se
adaptarem às disposições deste Código, a
partir de sua vigência; igual prazo é
concedido aos empresários.

DOS PRAZOS DOS FEITOS


Art. 2028. Serão os da Lei anterior os
prazos, quando reduzido por este Código, e
se, na data de sua entrada em vigor, já
houver transcorrido mais da metade do
tempo estabelecido na Lei revogada.

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Art. 2029. Até dois anos após a entrada em
vigor, deste Código,...

REFLEXÃO

Em resumo os membros das igrejas, mesmo


aquelas que adotam governo centralizado, passam a ter mais
voz, com o aumento de poder das Assembléias de
congregados. Por outro lado punições – com a exclusão por
exemplo – não poderão mais ser aplicadas de forma arbitrária
e o banimento de alguém do rol de membros só poderá
ocorrer por justa causa desde de que conste, nos estatutos da
igreja, caracterização e punição estabelecidas para o delito
cometido. Na prática, a principal mudança que a nova
legislação traz é colocar igrejas e outras pessoas jurídicas no
mesmo tipo de classificação de entidades, como clubes de
futebol, ONGs e entidades culturais e filantrópicas, sob um
sistema jurídico único, tratando as genericamente como
“associações”. Antes, as igrejas tinham uma categoria própria
e eram vistas pela Lei como “sociedades pias e religiosas” – o
que, efetivamente significava que praticamente não sofriam
nenhum tipo de controle. Pode parecer burocracia demais,
mas a adequação às Leis Civis é vista por diversos líderes
como algo necessário para o crescimento saudável do
evangelho. Na realidade o Novo Código Civil não trouxe tantas
novidades apenas normatizar práticas que a jurisprudência já
estava considerando há tempos e junta diversas Leis debaixo
de um mesmo guarda-chuva.

DA FISCALIZAÇÃO

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As igrejas evangélicas precisam contar com
urgência com assessoria profissional nesta questão, pois o
Novo Código aponta para possibilidade do aumento da
fiscalização do Estado sobre elas, mas essas fiscalização só
deverá acontecer após 10/01/2004.

A QUESTÃO MERCANTILISTA

Pela nova legislação, as igrejas são entidades


sem fins econômicos e, portanto, não podem visar o lucro. Se
for comprovada essa distorção de suas finalidades, elas
podem até perderem as isenções tributárias.
Mas não é apenas o aspecto mercantilista que
devem preocupar as igrejas, as mesmas terão que tomar
cuidados daqui por diante. O Novo Código Civil, traz no Artigo
53 até o 61, antecedente mencionado, uma série de regras e
observações que devem ser respeitadas. Daí para a
ilegalidade e irregularidade perante os órgãos públicos é um
trisco. Ainda que a igreja não seja fechada, se determinadas
transgressões ocorrerem, estará comprometida a validade de
qualquer um de seus atos. Dessa forma, os pastores e/ou
administradores também precisarão ser muitos mais vigilante
e responsáveis pelas suas ações.
Se ficar caracterizado o desvio de finalidade ou
a confusão do patrimônio da igreja com bens particulares, o
Juiz poderá responsabilizar os seus dirigentes por qualquer
obrigação assumida pela referida igreja.
Uma outra questão, as assembléias das igrejas
deverão aprovar e auditar as contas por danos prejuízos e
obrigações decorrentes de má gestão, podem dar multa,
afastamento e até prisão para os responsáveis. Os pastores
poderão ter que pagar o prejuízo do próprio bolso, ter seus
bens confiscados, ser destituído e mesmo ir para a cadeia.

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A legislação em vigor aponta que as igrejas
deverão pagar tributos trabalhistas aos seus funcionários,
além disso, deverão elaborar e entregar anualmente a
declaração de imposto de renda, manter atualizadas as Atas e
demais registros inventariar e controlar seus bens móveis e
imóveis, registrar as plantas dos templos de acordo com a
legislação, e, é claro, atualizar os estatutos.
Em relação ao Art. 57 que trata sobre
disciplina e/ou exclusão de membros as igrejas continuam
com as prerrogativas de punir ou excluir só que com
moderação, no entanto a nova legislação traz advertência e
algumas condições que deverão serem observadas: punir o
membro faltoso, só se estiver explicitado no estatuto ou no
seu regimento interno disciplinar as transgressões que podem
levar a penalidade a que se propõe.
Ao analisar o Novo Código Civil podemos
constatar a possibilidade da pessoa que for punida recorrer
em qualquer caso, a uma assembléia-geral para evitar
exclusão poderá vir a reverter a situação. Uma vez que a Lei
consagra o princípio da ampla defesa. Por outro lado fica
cristalino que após qualquer denúncia acusatória a um
membro deverá ser aberto um processo disciplinar inquirindo-
se testemunhas, reconhecendo-se documentos e provas e
ouvindo-se o acusado que, caso se sinta prejudicado por
qualquer arbritraridade, poderá até procurar a justiça pedindo
reparação pelos danos sofridos, inclusive indenização. Cabe
ressaltar que o Novo Código em sua nova versão não afeta o
conceito de pecado, apenas combate a discriminação. Pecado
continua sendo pecado e poderá ser punido. A diferença é
que não poderá haver nenhuma forma de discriminação
perseguição ou preconceito.
Daqui pra frente as igrejas evangélicas deverão
ser mais prudentes. Mudando a sua maneira de agir em

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determinadas questões para evitar que sejam fechadas pois a
fiscalização será enérgica.
O Novo Código Civil referenda o que está
estampado na Constituição Federal, em seu Artigo 5.º,
estabelece o princípio da proteção à intimidade, a privacidade
e a imagem do indivíduo.
Entretanto, as igrejas evangélicas continuarão
com plena liberdade para não aceitarem valores e atitudes
que considerem pecaminosas em quantas idéia e forma de
agir, mas, é importante ressaltar que as igrejas não poderão
agredir ninguém, nem cometer qualquer outra forma de
preconceito.
As igrejas não devem ser vistas como de
atividades mercantilista, entretanto, temos uma série de
preocupações com relações com o novo Código Civil.
Acreditamos que a chegada desta nova legislação sejam o
vislumbrar de um controle financeiro e futura perseguição
política, por enquanto o Novo Código não trata de intervenção
do Estado, mas de coibir abusos e gerar democracia, é o que
consta, sabe lá. Neste contexto, precisamos elaborar e
adaptar os nossos estatutos e regimentos interno enxutos e
precisos que não dêem margem a muitas interpretações.

NOTA

Injúria = Crime contra a honra CP, 140 e 141 (Gênesis 39:10 à 18; Dt
27:24; PV 18:28; 30:10; Ec. 28:17)
Denúncia – CP. Art. 117, I (Gênesis 18:26 à 32; Dt. 22:28; Pv. 30:21;
Mt. 22:30; Tm. 4:3).
Difamação - CP. Art. 142 (Gênesis 39:10; Pv. 16:28; Ec. 28:17).
Dano – CP. Art. 163 à 167 (Pv. 24:29, Ex. 9:5; Sal. 36:06; At. 10:12;
Hb. 05:11; Ap. 04:06).

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Crimes contra os sentimentos religiosos e contra o respeito aos mortos
– CP. Art. 208 à 212 (Lv. 11:31; Nm. 06:07; Rt. 2:20; Sal. 44:22; At.
03:15; Mc. 06:14; Ap. 01:05).

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