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Ana Beatriz Alves Pereira de Souza

1EN1
Profº André de Melo

Atividade de PPE

1. Manuseio e descarte dos resíduos de serviço de saúde.


Para se realizar manuseio corretamente é necessário seguir algumas etapas, são elas:
Segregação: Separação dos resíduos no momento e local de origem, de acordo com suas
características físicas, químicas, biológicas e seu risco.
Identificação: Conjunto de medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos nos
sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
O Grupo A é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de fundo
branco, desenho e contornos pretos.
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da
ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco.
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio
de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão
“Rejeito Radioativo”.
O Grupo D é identificado como lixo comum, sendo assim usa-se um saco de lixo preto comum.
O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que
apresenta o resíduo.
Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes
que evitem vazamentos e resistam as ações de ruptura.
Transporte Interno: Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até
local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
Coleta e Transporte Externos: Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos
(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas
que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos
trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações
dos órgãos de limpeza urbana. A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde
devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.
Tratamento: O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção
ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia
comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou
biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes
nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
Disposição Final: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para
recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
Os RSS são classificados em função de suas características e consequentes riscos que podem
acarretar ao meio ambiente e à saúde. São classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.
Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. O
acondicionamento desses resíduos deve ser em saco branco leitoso com simbologia infectante
e/ou Caixa de Perfurocortante.
Ex: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas
contendo sangue, dentre outras.
Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade. O acondicionamento desses resíduos deve ser em sacos ou caixas laranjas com
identificação da simbologia química.
Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados,
dentre outros.
Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. Deve ser acondicionado em galão com
cadeado e identificação com simbologia de radioatividade.
Ex: serviços de medicina nuclear e radioterapia, entre outros.
Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares podendo eles ser recicláveis ou
não. Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas
administrativas, dentre outros. O acondicionamento de resíduos não recicláveis utiliza-se um
saco de lixo preto comum. Já os recicláveis utilizam-se as lixeiras com identificação para cada
matéria (vidro, papel, metal, plástico).
Ex: Garrafa pet, vidro, papel, canudos, dentre outros.
Grupo E - materiais perfurocortantes. Esses resíduos como no grupo A, também se
acondicionam em sacos brancos leitosos com simbologia infectante.
Ex: lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
lancetas, espátulas e outros similares.
2. Normas de segurança e prevenção de acidente de trabalho em perfurocortantes.
Objetivo Geral: implementação de um plano de prevenção de riscos de acidentes com
materiais perfurocortantes com probabilidade de exposição a agentes biológicos, visando à
proteção, segurança e saúde dos trabalhadores.
Objetivos Específicos:
 Adequar práticas de trabalho e o uso de equipamentos de proteção individual;
 Realizar ações educativas, visando a redução e prevenção de acidentes com materiais
perfurocortantes;
 Buscar trabalhar com a cultura de segurança;
 Minimizar riscos através do uso de um controle de engenharia no ambiente ou no
próprio perfurocortante (uso de equipamentos com dispositivo de segurança; uso de
recipientes de descarte adequados);
 Eliminar e reduzir o uso de agulhas e outros perfurocortantes, onde couber.
A prevenção de acidentes com perfurocortantes deve ser realizada com cuidado constante. É
necessário manter a segurança em todas as etapas até que o material perfurocortante seja
eliminado.

 Faça o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) de maneira correta de


acordo com a recomendação para cada procedimento.
 Não utilize os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que
envolvam materiais perfurocortantes.
 Nunca reencape e faça a desconexão manual de agulhas.
 Sempre efetue o acionamento e de forma correta dos dispositivos de segurança quando
presentes nos materiais perfurocortantes.
 A hora do trabalho não é um momento para distrações. Tenha o máximo de atenção
durante a realização do procedimento com perfurocortantes. Mantenha um ambiente
organizado e evite as brincadeiras.
 Lembre-se: manter o cartão de vacinas atualizado é a primeira forma de prevenção de
contaminação.

3. Descrever EPIs e EPCs na assistência à saúde.


O objetivo do uso dos EPIs não se restringe somente à proteção dos profissionais de saúde, mas
também se destina à redução do risco de transmissão de micro-organismo. Utiliza-se em relação
ao risco potencial de exposição a sangue, fluidos corpóreos, excretas, contato com lesões de
pele, membranas mucosas e durante cuidados envolvendo procedimentos invasivos.
Alguns EPIs de suma importância para trabalhadores da área de atenção primária são:

 EPIs para proteção de olhos e face - Máscara com proteção lateral; Óculos flexíveis,
janela de ventilação aberta; Óculos flexíveis, ventilação protegida; Óculos rígidos,
ajuste acolchoado; protetor facial, plástico; Óculos com proteção laterais tipo
"persiana".
 EPIs para proteção respiratória (máscaras)
 EPIs para proteção de membros superiores (luvas)
 EPIs para proteção de membros inferiores – Calçado; Meia; Perneira; Calça.
 EPIs para proteção do tronco – Vestimentas contra riscos de origem térmica, mecânica,
química, radioativa.
Conhecidos como EPC, esses equipamentos são utilizados de forma coletiva, destinados a
protegerem a saúde e a integridade física dos profissionais que trabalham em ambientes que
apresentam riscos. O uso de EPCs nos estabelecimentos de saúde é de fundamental importância,
pois eles reduzem acidentes de trabalho, contribuem com a prevenção de doenças, melhoram as
condições laborais, oferecem comodidade, promovem a eficácia e a eficiência na execução das
atividades e, ainda, representam baixo custo a longo prazo.
Entre os principais objetivos do uso dos equipamentos de proteção coletiva, estão:
 Evitar acidentes que envolvam tanto os trabalhadores, como também outras pessoas que
venham a estar presentes naquele local de trabalho;
 Minimizar perdas e aumentar a produtividade da empresa através de uma melhora nas
condições de trabalho;
 Neutralizar ou ao menos reduzir os riscos que anteriormente eram comuns em um
determinado local de trabalho.
Tipos de EPCs:
 Kit de primeiros socorros: Tendo que possuir todos os itens básicos necessários em
caso de acidente;
 Kit para limpeza: Em caso de derramamento biológico, químico ou radiativo;
 Chuveiros de emergência: lava-olhos, dentre outros;
 Capela Química: Deve ser usada em locais que se manuseiam produtos químicos,
protegendo o operador de possível inalação da substância ou de alguma contaminação
no ambiente;
 Exaustores, sistemas de ventilação e de controle de temperatura: Devem ser
utilizados em locais que o trabalhador é exposto á temperaturas elevadas em ambientes
fechados;
 Redes de proteção, guarda corpo e corrimão: Usados geralmente em construções,
evitam quedas, dos trabalhadores e de objetos que possam atingir os mesmos;
 Detectores de fumaça e Sprinklers: Usados em qualquer local comercial, industrial,
esportivo, para as situações de prevenção em caso de incêndio;
 Isolação acústica: Deve ser usada em caso de exposição dos trabalhadores á ruídos
constantes que podem ser danosos à audição;
 Sinalização (Cones, placas, entre outros): Usadas para sinalizar qualquer possível
risco no ambiente, como um buraco, um piso escorregadio.

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