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•f •

que, precisamente
que,
de
precisamente há
de teologia,
nificado
nificado ee as
quer dizer,
teologia, quer
há necessidade
as implicações
necessidade
porque oo sig¬
dizer, porque
implicações das
sig¬
das Escri¬
Escri¬
trução de
trução
terno
terno
E
de umum mundo
ee solidário.
solidário.
E aa história
mundo humano,

história da
humano, fra¬

da teologia?
teologia?
fra¬
II. PANORAMA
II. PANORAMA GERAL
——
turas não
turas são óbvios
não são nem evidenteá:
óbvios nem evidentes: A
A partir de humilde — ee até
meu humilde
partir de meu até 2. A TEOLOGIA
2. A TEOLOGIA NO
NO BRASIL,
BRASIL.
as Escrituras
as Escrituras foram escritas
escritas com uma
com uma "profano” — ponto
ponto “profano”
certo ponto
certo ponto de de CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS.
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS.
linguagem
linguagem ee num num contexto
contexto específico;
específico;

— —
vista,
vista, aa história
história da
da teologia
teologia éé (quer
(quer
quer dizer,
quer dizer, aa Revelação
Revelação já sofreu —
já sofreu dizer:
dizer: pode ser; é,
pode ser; como possibilida¬
é, como possibilida¬
no modo
no modo de sua escritura
de sua escritura uma
uma de
de objetiva)
objetiva) aa intenção
intenção dede recuperar
recuperar
mediação
mediação histórico-social
histórico-social específica
específica oo passado
passado de RIOLANDO
RIOLANDO AZZI
AZZI
que problematiza,
que
reflexão iluminada
uma reflexão
de uma iluminada
S- problematiza, para
para sempre,
sempre, suasua pela fé
pela fé nono seio
seio da
da história.
história. Intenção
!! Intenção
interpretação.
interpretação. Porém,
Porém, sese há
há teologia,
teologia, realizada
realizada aa .partir
partir da práxis de
da práxis de liber¬
liber¬ Introdução
Introdução analisadas as
serão analisadas
éé porque
porque há há teologias no plural,
teologias no quer
plural, quer tação
tação de de um
um povo
povo oprimido
Em seguida serão
Em seguida as
oprimido ee cren¬cren¬
dizer, porque há
dizer, porque conflitos de
há conflitos de interpre¬
interpre¬ te. Intenção
Intenção efetuada tentativas, por
tentativas, parte do
por parte clero libe¬
do clero libe¬
te. efetuada quando
quando pisa¬pisa¬ conceito de
novo conceito
! tações.
tações. ral, de
ral, implantar oo novo
de implantar de
mos terreno
mos terreno firme para realizar
firme para realizar aa es¬
es¬ na galica-
A
A teologia,
teologia, ee mais
mais ainda
ainda em uma
em uma perança de
perança de construir Reino de
construir oo Reino de Deus
Deus
A
A teologia
teologia éé basicamente
basicamente aa re¬
re- Igreja Nacional, inspirado neT
Igreja Nacional, inspirãdõ galica-
sociedade de dominação e lutas de na terra: um mundo sem opressores
flexão sobre a fé vivida pelo novo. msmõ francês.
msmo francês.
f. libertação — como a latino-america¬ A história Ha teologia no Brasil, por Este projeto, porém, foi abortado,
f nem oprimidos, sem vencedores nem
na — é, pois, agrade-nos ou não, um vencidos, sem monarcas nem súditos.
conseguinte, deve ser o estudo das
diversas maneiras como a fé foi con¬
mediante a atuação dos bispos refor¬
madores, que ao longo do período im¬
território de conflitos iniludíveis. De¬
vemos refletir — em lugar de escon¬
der por comodidade ou temor — por¬
Poderíamos, certamente, ver cada
uma das coisas a seu modo, de ou¬
tro modo.
cebida e prÿfi.çadf nn -tango qua¬
se cinco séculos de história do ..cata-
perial e da primeira fase da repúbli¬
ca brasileira conseguiram impor o _
que Deus quis que a liberdade, o ris¬ ficismõ"“nõ~ BrãsT]~Uma visão histó¬ modelo tridentino de Igreja, consí-
co e o conflito sejam o ponto de par¬ Não obstante, aqui fica a pergun¬ rica mais completa deve abranger Ttéracíã como sociedade hierárquica
tida para a reflexão teológica. ta de sempre: "Que fizeste a teu ir¬ também" ~á vivência da fé em”outrãs perfeita.
Em todo caso, a teologia não é mão?”. Para a história da teologia, C8fífissÕés~e denominações "reTípiosas. Este modelo continua ainda pre¬
uma só. Ela é uma opção criadora esta pergunta pode significar: a par¬ pelas interferências existentes, seja sente, embora com algumas caracte-
arriscada, situada no seio de uma so¬ tir de onde, a partir de quem faze¬ como convergências ou atritos, nas di¬ rísticas especiais, no período da Res¬
ciedade de dominação e conflito. A mos história da teologia? com quem versas épocas. Tal história ainda não tauração Católica após os anos 20,
teologia é, ela também, luta: luta a fazemos? para que e para quem a fojJEdia. quando a hierarquia eclesisática ten¬
ta transformar o Brasil numa nova
'ÿi
pela reflexão — à luz do dado reve¬ fazemos?... A cada pessoa cabe, res¬ Neste estudo nos limitaremos ape¬
lado — acerca do papel que nos toca ponsavelmente, responder. Isto tratei nas a indicar alguns aspectos da vi-
*
cristandade.
Por- último, sob forma de conclu¬
li cumprir como crentes no Cristo, no
seio de um mundo obscuro, compli¬
de fazer aqui com respeito a mim
mesmo e quisera compartilhar este
vência Ha pnr parte dos fiéis vin¬
culados ao credo católico. são, serão indicados alguns elemen¬
cado e injusto. Luta, também, para meu esboço de resposta com aqueles Importa ressaltar desde o início tos a respeito da reflexão teológica
pôr a reflexão — iluminada e sus¬ que compartilham, pelo menos, as 1 que em geral o modo de vivência da no período das duas últimas décadas,

| :
tentada pela fé — a serviço da cons- perguntas.
• fé relaciona-se~3iretamen tecom.a pró-
pria concepção de. Igreja que se man-
em que se tenta implantar no país
o novo modelo de Igreja, conceitua¬
tém nos3iv er_S.flS..peidados.,Jhisióxicos: da espêcificamente como povo de
alterando-se o conceito que a insti¬ Deus, segundo a_ Concepção do Va¬
1 tuição eclesiástica tem dF"sT~~mésmãi ticano II.
1
modifica-se também em geral a prá- Nestes diversos períodos, serão

&
fo c,
4
I
I|v-Jm-
I
;
'
-
I ticã da fê e a consCienciã religiosaUo
É, portanto, em . --
..
_b.asg._a. eases...di;..
I versos conceitos~""3e Igreia vigentes
"rfé História que conduziremos a re-
indicadas pistas sobre as principais
linhas de reflexão teológica domi¬
nantes! que
essa elaboração teológica está fre-
quentemente relacionada com a vi¬
li ,flexão sobre a teologia no Brasil. vência da fé e com os interesses re¬
lí; Ver-se-á, em primeiro lugar, a re¬ ligiosos de determinados grupos den¬
flexão teológica típica do período co¬ tro da sociedade católica.
: lonial, quando vigorava o conceito de É importante não esquecer tam¬
I i Igreja como Cristandade,- segundo a bém que a reflexão teológica acha- 21
I
li |formulação medieval. -se muitas vezes condicionada pelas
PI sócio-culturais ee políticas
estruturas sócio-culturais
estruturas políticas nas
nas novas
oo direito
terras conquistadas.
novas terras conquistadas. Era Era Três aspectos merecem, sem dú- cessário para a evangelizaçSQv 'Desse
Três aspectos merecem, sem da
teologia dú- modo
cessário
a fépara
não aconstituía
evangelização. Desse
uma opç&õ
época histórica. direito de
de Padroado. vida, destaque especial:
t'r
de determinada
de determinada época histórica. Padroado. vida, destaque especial: aa teologia da Iivféri5ÿÿ'fSa~
modo a fé não constituía exigidauma õpçSo
*pe-
f É,pois,
É, desses parâmetros,
dentro desses
pois, dentro parâmetros,
se farão a seguir asas considera-
que se
que farão a seguir considera¬
Na mente dos
Na mente dos reis
reis de
_
de Portugal,
Portugal, oo
que importava sobretudo era estabe-
que
lecer
importava sobretudo era estabe-
Cristandade,
e a teologia
a teologia do Desterro
Cristandade, a teologia do Desterro HyreT
da Paixão.
e a teologia da Paixão. lo próprio
lfljpOSlijAiYI
mÿ»MOtHg0sica
moddoÿecleslaí ò' exigida Pe-
de Gris-
lQ-_P.rQBrip_ modelo, eclgsiaj , de tala»
1
ções sobre
ções histórica da
evolução histórica
sobre aa evolução lecer na colónia brasileira
na colónia nm F.sta- tandade.
____
1

da brasileira um Esta- .
teologia católica
teologia no Brasil.
católica no Brasil. 'cTcT
’35”Católico,
Católico, prolongamento
prolongamento do do reino
reino Outra consequência da teologia da
lusiiano. u Brasil devia constituir-se
lusitano. U Brasil devia constituir-se Outra consequência
CrístãndãHê da tèOlOgl&ÿátt
"aceitarão
.....____
1.1. Teologia da Crintandade CrístândaHê era a pacífica
basicamente
basicamente comocomo umauma Cristandade
Cristandade Teologia da Crintandade era "aceitação Por pacifica
es¬ sfei -

_____
___
católica.
católica. dorazão,
sa
principio „da guerra
tanto as guerras contra Por W
i Oà

....
„o ,e-se afirmar , . pre- indígenas

í
I.I. AA TEOLOGIA NO
TEOLOGIA NO PERÍODOPERÍODO
COLONIAL (1500-1759)
COLONIAL (1500-1759) tivo
tivo da
"criação
desse modelo,
Dentro desse
Dentro
da Igreja_
Igreja_ do
modelo, oo chefe
Brasil
chefe efe-
do Brasil tornava-se
õ rei de~Põrtugal. KA ele
~õ~T5Tÿÿortugal.
das 'pároquias,
Criação "5ãiT"
ele competia~à
efe¬
tornava-se
competia a
das dioceses,
paróquias, das dioceses,
Pode-se

donnsptejos
cfais
cia!s
Teologia
a c.


que a teologia
.
irmar que a eo ogia
dominante nos meios eclesiãstTeõsõTi- tório,
meios e£IêSiasfícos ófí-
sa razão, para
indígenas
tanto aasconquista
comopara
durante o período colonial é a ra a expulsãoasdos franceses
da Igreja como CristanHãde,
Teologia da Igreia como Cristandade, deses, ra a expulsão
assumemdos
guerras contra
a conquista
tóri* com£ sucess>as
as sucessivas
do terrh
do pa¬
guerras
guerras
franceses
sempre
e holan¬
uma e tônica
os
teíffc
pa-
holan-
i

, „ .Vi,
: Igreja Católica
AA Igreja u-se no
implantou-se a construção cleigrejas e catedrais,
no aa constru
otr~séii7~conÿÿEstã3o
òu-MÍiWsrca! LusitanoCa- de cruzãçíá ou.' guerra santa. Dentro
li
.
!
Católica.JLmplanto ais,
traHicional pringipÍQ,,,leóIo: S
’-ÿU bJSBOS,. a
e a tólico. Ob-THHIH55Srÿ ciSS3E5IS:
i, Brasil
Brasil nos tres primeiros 'JséculÕs~'
no~ÿFêT'l3rimeiros’ den¬ a n<
séculos”deii- tólico. 3esse contexto, os íncííos eramDentro con- , íi
tro do contexto do proieto coloniza- Ç22£tnÿÿ «S “fora "3a~Tgreja
gico: -£-~v- *, não Jiá salva- siderados mouros ou ~gêhtios7~inimi‘*
dorÿIqsitgno,'
nacão do número de religiosos dos Çãÿ..ÿã5âalaÿ£r„ÍlUfindÍdP concreta¬ gõrd£"fé; e os franceses e hoíanSe-
mesmos, a direção da obra missioná- | mente como “fora da Cristandade lu-
~A finalidade precípua das navega¬
ria e a seleção dè~r5Tigiosos ~quê~~dela ;
sês~ÿõino herei e sÿTutêrãnos ou* cãTvi- Ltytcir
ções, dos descobrimentos e da colo¬ mstas. Vence-los e expulsá-los era pa- r
nização lusitana a partir do século
sê"'Tíaveriam de incumbir. Ao papa i De fato, o reino lusitano passa a ~ra os portugueses uma missão polí¬
í XV era o aspecto económico: trata- restava apeilas a confirmação" dásdf ser interpretado pelos pensadores ca¬ tica e religiosa ao mesmo tempo.
u: iai: o tólicos desse período como a revivis-
va-sej,.,de ampTTgr~~5” comércio e criar Eduardo Hoornaert examina com
novas bases parã o mercado portu¬
quê "sF"fãzIã“Be modo quase automᬠcência do reino de Israel. De modo
tico. bastante amplitude esse “messianis¬
J guês. A orgaMzaÿTr”pt3IfEíca”*3as no¬
Para melhor dirigir os negócios
análogo ao povo hebreu, predestina¬
do por Deus como portador de sal¬ mo guerreiro dos portugueses colo-
vas” colónias lusas surge em decor¬
rência do interesse comercial. E é religiosos, a Coroa lusitana havia cria- vação, os lusitanos passam a ser con¬ nizadores”, designando-o como "catoli¬
siderados como o povo eleito por cismo guerreiro” L
também dentro desses limites que se
efetua a ação missionária e a implan¬ Deus, a sua nova presença salvífica Houve de início um esforço dos
tação da fé católica. TTrdens, a cujo cargo estavam os pro¬ no mundo. À semelhança da história missionários jesuítas para respeitar
Não se tendo encontrado nos pri¬ blemas referentes à fé e à organiza- de Israel, as vicissitudes políticas e e valorizar diversos elementos da cúl:
meiros séculos metais preciosos, o ção~~ecTéiiastica. 1 comerciais dos lusitanos passam a ser tura indígena. Mas esse movimento
r governo luso resolveu transformar a Cabia também à Coroa o sustento vistas como manifestações da presen¬ dos primeiros anos foi logo sufocado

...
colónia brasileira em centro de pro¬ do 'cTêró'‘e‘‘das obras religiosas7~êm ça e da vontade de Deus. pela ação do primeiro bispo D. Pedro
éí 1 dução açucareira, e optou para isso força do privilégio real de receber os Desse modo, as conquistas e usur¬ Sardinha, em nome da ortodoxia ca¬
pelo sistema latifundiário e escravo¬ dízimos eclesiásticos. Para sustento pações de terras por parte dos por¬ tólica. Segundo ele, os missionários
'è crata. Desde o início, portanto, a ter¬ dos colégios fundados no Brasil, os tugueses eram legitimadas como ex¬ não tinham vindo para fazer dos por-
líi ra foi distribuída entre poucos pro¬ jesuítas receberam desde Q,.MeÍQ "<E j pressão de um desígnio de Deus em tugueses gentios, mas sim para trans-
prietários através do sistema de ca¬ Fâzén~3ã~ real" a dotação de engenhos prol da edificação da Cristandade. formar os indígenas em cristãos, otí
» pitanias hereditárias e de sesmarias. e fazendas servidos çor escravos. Sendo o reino lusitano o lugar de seja, integrá-los na cultura lusa2.
; Para o cultivo da terra, recorreu-se Dêssê"""modo""ôs próprios religiosos salvação, a ação missionária era con¬ Desse modo o projeto político e
de início ao braço indígena. Em vis¬ eram incorporados ao sistema lãtT- cebida como um instrumento eficaz económico da Coroa portuguesa pas¬
ta, porém, de sua pouca rentabilida¬ furídlario escrãvõcrâfã7~Nao só os je¬ I para trazer os indígenas à aceitação sa a ser sublimado e justificado em
de económica, optou-se pelo tráfico suítas, mas as demaFs ordens religio¬ nome da fé cristã.
ji
de escravos da África. sas como carmelitas, beneditinos e
||i da cultura portuguesa.comõ~~paraSer cristão,
tanto para os índios os Como luso-brasileiros fiéis à Co¬
II
ill
Criou-se assim no Brasil desde o padres das Mercês passam a ser man-
século XVI uma sociedade de senKò- tidos pelo trabalho escravo. £. den¬ _ py africanos trazidos para a colónia, sig- roa, clérigos e religiosos efetuam nes-„
ffificavã~~o abandono de sua~Tntégri- se pènõde suã”lír5 o missionária e. ca-
li _
res e escravos, “casa-grande e sen¬ tro desse contexto, portanto, em que
-
i 3ade cultiira1 p'ÿã~Zuma~~integração tequética numa ótica tipicamente co-
m
i:iii
zala”, na expressão de Gilberto Freire. ã"própna~Tn5titPicão eclesiástica está
~ Através "de inúmeras bulas ponti¬ comprometida com "o sistema econS-'
» nos-valorês, usos e costumes da civi- lonialista. Cristianizar significa con-
flp flzaçãõ~Tusa. cretamente transplantar para o Bra-
fícias, a Santa Sé havia confiado aos "mico vigente, que se eÿSBÕra a teo- BÉ.: A sujeição dos índios, aliás, era sil o domínio e a cultura do rpinò
MiS de Portugal a tarefa missionária ToglÊT do período~cõIõnTãT
t

iH m WÈ;. estabelecida como o pressuposto ne- lusitano. c v T**'' a


í
I
li,
' í!
h' 2.
2. Teologia Desterro ((ILS
do Desterro
Teologia do Cada
Cada um, portanto, devia
um, portanto, devia aceitar
aceitar pa-
pa- cos
cos aa liberalidade, dando esmolas
liberalidade, dando esmolas da- hábito
hábito ou escapulário do
ou oo escapulário do Carmo,
i
fj v/
cificamente
cificamente aa sortesorte que
~~

lhe ~caGIã,
que line cabiãT, quilo
quilo que
que lhes é
é supérfluo,
lhes supérfluo, ee aos
da¬
aos po-
po¬ os devotos
os devotos de de Nossa
Carmo-,
Senhora seriam
Nossa Senhora seriam
Enquanto
Enquanto aa teologia
~sèm pretender"mudar"
"sem pretender mudaria vontade de
a vontade de bres
bres aa conformidade
conformidade com com aa vontade
vontade retirados
retirados dodo purgatório
purgatório no no primeiro
teologia da
da Cristan¬
Cristan¬ Deus.
1 primeiro
dade
dade era era veiculada
veiculada principalmente
principalmente Déus. de
de Deus
Deus na ria carência
carência dosdos bens.
bens. sábado do
sábado mês. Enquanto
do mês. Enquanto osos carme*
carme-
pela Igreja hierárquica
pela Igreja por clérigos
hierárquica ee por clérigos Assim,
Assim, por jesuíta Ben-
exemplo, oo jesuíta
por exemplo, Ben- < Houve, alguns poucos
verdade, alguns
Houve, éé verdade, poucos litas difundiam
litas difundiam no Brasil essa
no Brasil essa devo*
devG*>
v vinculados
vinculados diretamente
diretamente àà Coroa
Coroa por¬por¬ ci, numa obra
ci, numa obra publicada
publicada em em 1705,
1705, moralistas
moralistas queque se opuseram frontal-
se opuseram frontal- ção, também
ção, também os seguidores de
os seguidores são
de Jsãoÿ
tuguesa, os
tuguesa, os religiosos por sua
religiosos por sua vezvez di¬
di¬ afirma escravidão ee oo cativei¬
que aa escravidão
afirma que cativei- ' mente àà escravidão
mente escravidão dosdos indígenas
indígenas ee Francisco
Francisco asseguravam
asseguravam uma uma proteção
proteção
í fundiam
fundiam por toda aa colónia
por toda colónia uma
uma teo¬
teo¬ ro
ro eram
eram uma consequência do
uma consequência do pecado
pecado j africanos. Baseando-se nas pesquisas
africanos. Baseando-se nas pesquisas especial aos devotos
especial aos que morressem
devotos que morressem
logia áscétÿ e espiritual mie
logia ascética qnp- pnde
potjfi original
original3.L de
de Serafim
Serafim Leite, Hoornaert ressalta
Leite, Hoornaert ressalta com oo hábito
com terceiro
hábito terceiro dada penitência.
penitência.
1803 a ™d~eq\]'ÿíTãrn
ser Tteÿfÿnã3a
ser adçqua riampp como
çrj te TOUli? Desse
Desse modo,
modo, as as causas últimas da
causas últimas da i nome de
oo nome de dois
dois jesuítas, Gonçalo Lei-
jesuítas, Gonçalo Lei- OO próprio
próprio povo,
povo, por sua vez,
por sua se en¬
vez, se en¬
teologia
teologia dodo Desterro.
Desterro. *' injustiça
injustiça no mundo são
no mundo são atribuídas
atribuídas àà ; te ee Miguel
te Miguel Garcia, que podem
Garcia, que podem ser ser carregava de
carregava de atribuir poderes salví-
atribuir poderes salví-
i Como
Como aa concepção
concepção de de Cristanda¬
Cristanda¬ fase anterior
fase anterior do Paraíso Terrestre.
do Paraíso Terrestre. considerados como os
considerados como primeiros aa fa-
os primeiros fa- ficos análogos
ficos análogos aa outros de sua
santos de
outros santos sua
j; de,
de, também
também essa essa teologia
teologia era uma Alguns moralistas
Alguns moralistas vão mais além
vão mais além ’ zer uma reflexão
zer uma sob aa ótica
teológica sob
reflexão teológica ótica especial
especial devoção.
devoção. ?;;
;

herança
herança da da. Idade Média, ee "tinha
Idade Média, tinha co¬ em sua conceituação
em sua ética. AA escra¬
conceituação ética. escra¬ dos oprimidos
dos oprimidos5.5. Além disso, para diversas circuns-
Além disso, para diversas circuns-
co¬ Na
Na realidade,
vidão não éé apenas castigo do
um castigo embora mereçam
realidade, embora mereçam ser ser tâncias
tâncias especiais
especiais dada vida,
vida, aa tradição
í: mo fundamento
mo principal aa tradição
fundamento principal tradição vidão não apenas um
pecado original, mas ela se torna um
do i
valorizados devidamente, constituem
tradição
popular, reforçada muitas vezes pela
Êl í: monacal de fugp ou desprezo do

...
íf exceções à regra vigente no período própria liturgia católica, garantia a
murido*"—ÿ contemytio mundi.
— meio eficiente de conversão à fé cris-

...
bem colonial. proteção de determinados santos.
"como a concepção filosófico-teológi¬ tã.
ca do agostinismo platónico. Dava-se Já desde o século XVI diversos Entre as diversas tradições popu¬
jesuítas haviam aceito a idéia. de re¬ lares, porém, emerge com importân¬
ênfase à doutrina do pecado. origi¬
nal, sendo a terra considerada como duzir os indígenas à servidão como 3. Teologia da Paixão ( cia excepeionaF"a devoção ao Senhor
o lugar de desterro ou de castigó~pe- meio eficaz de facilitar a conversão. Í3om Jesus. Essa devoção é toda ela
í! - lo pecado dos primeiros pais. No Compêndio narrativo do Peregri- Existe ainda no período colonial ,£?i11iraÿaÿa na PaixaQ e Morte dg
nos gefojgfnmeS&g, na sua —
c,
Salve
A oração medieval Salve-Rainha
n
Regma - traduz .bem _o espi-
-. V? da publicado em 1728
Nuno Marques Pereira enfatiza essa
4rel ação aos africanos 4.
um terceiro enfoque teológico muito
difundido, especialmente entre as ca- via-saçrg. a Çaminhg— do Calvário. A
idéia com madas populares; é a ênfase na me- Privi’
rito dessa teologia. A situaçao dos
homens na terra e a dos degredados Acresce ainvda passam a ser arãção "aõFTãntos como-caminho de Têgia_
considerados em pecado mortal os salvação. o risto: a flagelação no
:i! i
filhos de Eva
Lÿgar Jeÿxúio a vi-
da no mundo reduz-se prmcipalmen-
escravos rebelados Pcontra os seus se¬
.
Na verdade, também essa doutri¬ pretório de Pilatos, na devoção ao
te, à saudade, ao sofrimento e ao
nhores. na popular era fruto de uma longa Bom Jesus da Cana-Verde: o cami¬
:
pranto: “gemendo e chorando neste
Em suma, contentar-se cada um pregação da própria Igreja oficial nho do Calvário, na devoção ao Se¬
com_a sorte dada por Deus Jigglgju- durante o período medieval. nhor dos Passos: a crucifixão, na de-
vale de lágrimas”.
gãr dê~ exílio éra o único meio real Sem negar a necessidade do ba¬ voçãoao Senhor do ’BmmPim; e mor¬
Em suma, a vida.Dre.sente não tem de salvação. tismo e do ingresso na Cristandade te e sépultamento de Cristo, na devo¬
significado algum próprio. E apenas Mesmo reduzida dentro dos par⬠oficial, essa teologia popular ressal¬ ção do Senhor Morto.
um tempo de espera nara a volta à. metros da ordem escravocrata, Ja men¬ ta a impnrtanrir) ria rievnçifo ang"sãin- Multiplicaram-se pelo Brasil colo-
eternidade, à verda*ÿ1-3 Não se sagem evangélica mantém ainda as- tós como um instrmpçptd mais 'facíl nial as imagens, as capelas e as con-
trata, portanto, de construir aqui al- pectos positivos e válidos. Assim, por ê mais* sensível de garantia dêTsalvá- frarias para promover essas devoções.
guma coisa, mas apenas de aguardar exemplo, a pregação da relatividade çâo. Durante a Semana Santa, ocupam lu-
em espírito de oração o momentO-Zõ do valor dos bens da terra é uma A devoção e a amizade aos santos gar de destaque a procissão do Se-
retorno à pátria jperdida: "E denois constante nesse período. sep demonstra quer por meio de pro- nhor dos Passos e do Senhor Morto.
deste destgrroÿmosIxai-Jiasÿÿÿiisl!. . • Não obstante, essa forma indire- messas a eles endereçÿflqp para obter-*" Esta última tornou-se, sem dúvida, a
I Essa visão totalmente negativa da ta de contestação era facilmente ab- favores rje prrTpm material ç espiri- principal procissão realizada na nos-
.
realidade foi pacificamente aceita no sorvida pelo regime colonial, por não tuál, quer mediante as JD£QCíSSõêS em sa história religiosa. Celebrada na
período colonial, pois de forma algu- questionar as próprias injustiças das j louvor desses santos ou as jnmarias noite de sexta-feira santa, paralisava
m|í ma se contrapunha ao sistema colo- estruturas econômico-sociais implan- às suas ermidas e santuários, quer totalmente a vida das cidades; nin-
nlal vigente. Pelo contrário, chegava tadas na colónia. ainda através da participação nas guém podia faltar a esse evento reli-
i de certo modo a jusíifi- Com efeito, se de um lado os mo- I confrarias. irmandades e oraens ter- gioso.
cà-lo. porquanto afirmava que as si- ralistas pregam a vaidade das coisas ceiras dedirnijíl" n eme1; nnptoT O que importa sobremodo ressaltar
í tuações injustas no mundo erahpstln- da terra, onde tudo é passageiro, por Já desde a Idade Média uma tra- aqui é que a tônica da devoção ao Se¬
i plêsmente truto do outro lado limitam-se a pregar aos ri- K; dição garantia que, morrendo com o nhor Bom Jesus é a do sotrxmento e
i
Ill W: " '
'

f ;
-Siim&ÈÊÉÊÊÊÊÿ
da morte. Jesus
da morte. morre. _Na
sofre ee morre.
Jesus sofre _Na “Paralelamente
"Paralelamente havia havia uma
uma igreja
igreja líiéntos em dá Independência:
prol da
em prol Nesse
Nesse tratadÓ:>Í>bâfttólííí|®P
I trãdicãa-oQfHriagÿ.Bão
tradição— aomilar, exisle. ressurrei-
.exisi£.ressurrei- oficial, que aplicava
oficial, que aplicava cânones,
cânones, por
por ve¬
ve¬
mentos
.na
Independência:
Inconfidência mineira
,na Inconfidência mineira de
de 1789
1789 oo nada
tratado é
irrestrita'f4utOÍtfáil'Í®ÿH
nada aa irrestrita autoridâá'»®
zes, burocraticamente,
zes, burocráticamente, ee mantinha
mantinha líder intelectual é o cónego Luís Viei-
líder intelectual é o cónego Luís Viei¬ cia
cia ee da Igreja RúíálCTÿÿÍÍMfl|ffl|
da Igreja Romana,1Wl
I
I Ir
Esta da inexorabilida¬
consciência da
Esta consciência inexorabilida¬ uma liturgia
uma liturgia bela, mas incompreensí¬
bela, mas incompreensí¬ professor do
ra, professor
ra, seminário de
do seminário de Maria-
Maria¬ autoridade'dltsÿ
também aa autoridade
também deíôtólÿ
dâsrdèí$l
de sofrimento é~fruto em
do sofrimentoéfruto
de do em grande
grande
faz
vel.
vel. Mas
Mas oo povo fé viva,-
preferia aa fé
povo preferia viva,- na. Na
na. conjuração baiana
Na conjuração de 1798
baiana de 1798 são
são jas locais.
jas locais. -
v ’ .’’V i'.'
parte.da
parte da identificação que oo novo
identificação que novofaz preferia
preferia oo DeusDeus Vivo, Deus Forte,
Vivo, oo Deus Forte, presos dois
presos irmãos carmelitas,
dois irmãos carmelitas, acusa-
acusa- Além
Além disso, dióéêsifêjdiffí
nas dioceses
disso, nas
;
da própria vida
da própria com aa de
vida com Cristo. Ele
de Cristo. Ele oo Deus
Deus Imortal,
Imortal, embora
embora um um Deus
Deus so¬
so¬ dos
dos de estarem traduzindo
de estarem traduzindo OO Contra-
Contra- -se também o Catecismo db'*Mon
-se também o Catecismo dtí A
r éé de expressão do
fato aa expressão
de fato povo sofre¬
do povo sofre¬ fredor.....”6.
fredor. ” 6. .
to Social
to Social de
de Rousseau. líder da
Rousseau. OO líder da re-
re- lier, também orientado
lier, também pela' tól
orientado pels
dor.
dor. volução pernambucana de 1817 éé oo
volução pernambucana de 1817 visão galicano-jansenista da
visão galicano-jansenista Igfé
da:Í„
AA devoção
devoção aoao Bom
Bom Jesus em úl¬
Jesus éé em úl¬ João Ribeiro,
padre João
padre em 1824
Ribeiro, ee,em 1824 frei
frei O oue cararteriya a mental!
O que caracteriza a
:.-r

l tima"análise
tima
camadas
devoção especial
análise aa devoção especial das
popuíSres~POÿ , oprimidas
camadas popuIãres“*pobres
das
II. AA TEOLOGIA
II. TEOLOGIA NA ÉPOCA DA
NA ÉPOCA DA
Caneca torna-se oo mártir
Caneca torna-se da confede¬
mártir da confede- do clero nesse
dcTclero nesse período é um
períõdõ "é lil
uiÿlroMÍp- m ™m*

ração do
ração do Equador.
Equador. 'Iísmo êIes™ãborrecemM
raHIcilT'ele aborrecem qual'
TTimo radical:
ê' marginaíizadráT“"peIo
e~*lnãrimalizaHãs~- sistema colo¬
pelo sistema colo¬ INDEPENDÊNCIA (1759-1840)
INDEPENDÊNCIA (1759-1840)
quer forma tantò ppV
1
nial vigente.
nial vigente
OO clero brasileiro
clero mais instruído
brasileiro mais instruído quer de dominação
forma “cie dominação tanto pó* •-(£ ;
Se,
Se, por um lado, tal concepção
lado, tal
percebe de fato período
percebe de fato nesse período oo com-
nesse com¬ lítica
lítica como Nesse sentido,
religiosa. Nesse
como religiosa. sentido,
| por um concepção
prometimento tradicional
prometimento da própria
tradicional da própria ao
ao mesmo tempo em
mesmo tempo lutam corjtf
que lutam
em que corp
religiosa da vida como sofrimento, Com a expulsão dos iesuítas em Igreja com o sistema colonial, e pro- ardor contra a opressão lusitana, te- Ma
incentivada pelo clero, pode ser con¬ 1759, o marquês de Pombal abalou cura com coragem decidida romper mem também o fortalecimento do po¬
siderada como uma forma de “ópio profundamente os alicerces dá Cris- essa situação. der da Santa Sé. Querem salvaguar¬
II; do povo”, segundo a expressão de tandade Colonial. Com razão, o pe- dar a independência do Brasil a qual¬
Influenciados pelos autores do sé¬
Marx, por outro lado não resta dú¬ riodo seguinte pode ser intitulado de quer custo, e temem que a política
culo XVIII eles passam a questionar 1
!;! vida de que por parte das populações Crise da Cristandade. Essa fase se o regime absolutista e a autoridade da Cúria Romana possa ser utilizada
marginalizadas e oprimidas existe estende até O início do Segundo Rei- sagrada dós reiST-trãnsfõnnando-se como meio de se manter o domínjo
I uma outra maneira de encarar a de¬ nado, em 1840, incluindo tanto os mo¬ êm arautoT”3S~Tlberdade e indepen¬ estrangeiro no país. Nesse sentido,
: voção da Paixão. Segundo essa visão, vimentos preparatórios como a fase após a Independência, o clero brasi-l <7
dência do povo.
!: I Cristo é . considerado como um alia¬ de consolidação da Independência. Ieiro se manifesta com nítidai~~têh-j *•
do do povo, como um companheiro, dências regalistas.
dos elementos, importantes
r.
como um sofredor como eles. , ,
Entre as manifestações mais ex¬
para a desagregaçao do regime qe .
Em suma, a presença de Cristo so- cristaSHgHgri*ÿ-ÿÿ 1. A Igreja Nacional [ i.VtVMo) pressivas dessa mentalidade nas pri¬
fredor cria no povo uma resistência iinivprsiHadÿ de iml meiras décadas do século XIX devé-
inaudita diante dos sofrimentos e das Juándo os iesuítas foram afastados?ÿ -se assinalar a elaboração da Consti-
tribulações, e uma consciência de paz da liderançrHTltural qúe mantinhamÿ' A idéia de uma Igreja com carac- tuição eclesiásticã"'"de __SãoJ'Fáuío, a
11 que impede o desespero mesmo nas no rejno português e em suas coió- j terísticas mais nacionais tinha sido ÊTtilãçÿo pcjITtTc7iFreílÿT<ÿEr"d.o 'mTnistrp
circunstâncias mais adversas da vida. nias. A reforma universitária permií v* uma das fontes de inspiração do movi- padre Feijó e o cisma religioso do
mento protestante, no qual a tônica ’
João Camilo de Oliveira Torres tiu Q tig-TTpensairÿÿÿ Rid GranTfe Hn SnT"~"~
captou perfeitamente esse significa- dêrno chegasse a Portugal. E com o s dos gravamina nationis germanicae “ExenTplo típico dessa mentalidade
í! do, escrevendo: pensamento científico/ embora a con- ! fora bastante enfatizado. é a mensagem dirigida pelo regente

I
“O povo dos sertões vê no Cristo
a imagem do irmão sofredor
Divindade vítima dos poderes do mun-
do: como ele.
Se considerarmos as origens his-
tóricàs de todos ou quase todos es-

a
tragosto do marquês, também as con-

ciclopedistas franceses começaram a


ser difundidas na metrópole e na co-

...
cepções filosóficas e políticas dos en-

lônia brasileira. Os jovens brasileiros,


estudantes em PortugãL~qu na Fran-
...
No século XVIII também o clero
francês se deixa empolgar pela idéia
nacionalista, e a luta pelas _'J[iberda-
des galicanas” emerge claramçnte.
mima r.nnrlpnação do “ultramontanis-
mo” romano.
Feijó “aos augustos e digníssimos se-
nhores representantes da nação”, em
que afirma a necessidade de uma rer
forma moral do clero, até mesmo me-
diante a abolição do celibato ecle-
siástico, se necessário, acrescentando,:,
| ses santuários, encontramos sempre deixam-se influenciar porÿ-êssas "
?T~ sem dúvida esse espírito da “Sem que a assembléia invada o
i a presença da ação popular —não novaj_jdéiâs Entre eles, uma parte
significativa do clero urbano passa a
teologia galicana que vai inspirar
grande parte da atuação do clero bra-
domínio espiritual; sem dar motivo
a justas queixas . da autoridade ecle-
foram as autoridades, não foi o clero,
mrf- 0' jjónto de partida; mas vagos ermi- ler os enciclopedistas franceses e ou- | sileiro nesse período. Nos seminários siástica; usando do direito que nin-
tftèft) homens sem maiores leis . , . ffõs” autores” da época, optando em
seguida’' por ’ uma ’ posicio '"declarai- '
é adotada a chamada Teologia Lug-
dunense, ou seja, o manual prepara-
guém lhe disputa, de admitir somen-
te as leis disciplinares que estiverem
;;'V„ Sempre o indivíduo mais ou menos
anónimo e sofredor”. mente (llDeraL,'1 do pelo oratoriano José Valia, sob de acordo com as leis, com QS usos
seguida acrescenta de modo liberal, por sua vez, to¬ os auspícios do bispo de Lion, Anto- e costumes da nação brasileira, e ne-
mará parfè‘~5Hvã~nos diversos movi- tônio Montazet, e publicado em 1780. gando e supendendo o beneplácito
ti r
r

'
i; principia¬
a todas as outras leis, está principia¬ metrópole, e
parte da metrópole, por-
decidem, por¬ m sos movimentos revolucionários da
movimentos revolucionários “Recordo-me que um
"Recordo-me um dia oo padre
padre
da e concluída a indispensável refor¬ tanto, partir para reivindicações
partir para efe-
reivindicações efe¬ * Farrapos
época, como a guerra dos Farrapos Ribeiro me
João Ribeiro me disse:
disse: ÉÉ emem vão
vão
f I
ma”7.
ma” 7. política e social.
tivas de ordem política no Rio
no Rio Grande do Sul e a Confede¬ que se pretende
pretende abafar
abafar as idéias
idéias li¬
li¬
nesse tópico o
Convém ressaltar nesse Ferreira Carrato captou per¬
José Ferreira per¬ ração do Equador
ração Pernambuco,
Equador em Pernambuco, berais; pode-se
berais; pode-se adormentar
adormentar por um
por um
apelo “aos usos e costumes da nação mudança de mentalida¬
feitamente a mudança mentalida¬ morte do car¬
que culminou com a morte momento a liberdade;
momento mas ela terá
liberdade; mas
brasileira”,
brasileira”, que exprimem de certo de que se opera entre os intelectuais melita frei Caneca.
melita sempre oo seu despertar, não não duvideis
duvideis
! j:
modo a necessidade da encarnação da
modo mineiros, escrevendo:
mineiros, disso” 10.
nacional.
religião na vida nacional. Não resta
Não resta dúvida de que que esses
novos currículos
progresso dos novos
"O progresso
í:|! No entanto, as tentativas de cria¬
No membros do
membros do clero
clero tinham uma níti¬
tinham uma níti¬
í
Igreja de caráter nacio¬
ção de uma Igreja
conimbricenses é tão atual ee fasci¬ fasci- 1 ideal da liberdade
3. O ideal liberdade
da consciência de que era necessário
necessário
nante que essa geração de jovens mi¬
nante mi¬
Í::íí-: nal entre os anos de 1820 e 1840 neiros comportar-se-á de forma até
subverter a tradicional
subverter tradicional posição assu¬
posição assu¬
i neiros Durante a vigência plena
Durante plena da Cris¬ mida pela
pela Igreja na defesa
fracassaram. ;; mida Igreja na defesa de uma
de uma
contrária à que a antecede: aquela povo fora educa¬
tandade Colonial, o povo ordem estabelecida de de cunho marca-
rnarca-
mundo real, em deman¬
fugiu do seu mundo religião a conformar-se
do através da religião
mas esta... damente opressor.
da da vida sobrenatural, mas com a ,dominação lusitana e a sofrer
participação política
2. A participação política páramos da ascese e da
desce dos páramos J ...
resignadamente as consequents
resignadamente consequências do
das leituras
Através das leituras dos
dos filósofos
1
franceses compreendiam que deviam deviam
[ mística para se dar inteiramente às sistema economico vigente. lutar pela defesa dos direitos huma-
ciências da natureza...”8.
Outro aspecto que recebe ênfase AJÿa-Edajibgrgade épnmor- nos e Ia liberdade do contra
! :
'! i
particular por parte de muitos mem¬
bros do clero urbano nesse período,
Enquanto o episcopado continua¬
va mats vihcúIado~ãtõ sistema _çplo-
diaTrnêhffTQmã
mo aos príncipes, a negacao da teo-
0 der absolutista do regime monár.
QUico
! é a necessidade de participação po- nial, e era utilizado pelo governo pa¬ logúiÿÿachcional _qnéÿgmantiqÿoJçã- Todavia. há uma questao que ain.
lítica. Deixando de lado a mentali¬ ra manter a ordem~~e~"a submissão monárquico. da nãorecebSnÿitIídr71ÿiÿmo
' dade tíninãZdÿteãlÿ entre o povo, muitos cl erigõ's~~ Tanto I Nesse sentido, freTCamZfirGãs- SHSSÿTÿÿpTmí-eliiTFdi:
eles querem colaborar na .Formação seculares como regulares, passam pro- í tante explicito quando êSEreve em fgg ''55' ciÿcHÿncÿ
_ _ _
op-
da nátria brasileiraÿ gressivaníénte a assumir uma posi- : uma_de suas cartas: c5es pÿítiH5iÿÿa"lÿIÿlHdroircÿ
'
Esta coincidência política é em çgoHdrjÿtgsÿ Portanto, meu caro Damao faz saTSSÍídta?
grande parte decorrência da nova vi¬ tugues. um serviço a humanidade e da gloria tante,"lÿlião abordado suficien-
são filosófica e científica de que es¬ a Deus abrindo os olhos a esse po-
tão imbuídos os membros do clero.
Duas parecem ser as diretrizes que
orientavam a atuação política do cie- < bre povo em que vives. Dize-lhe que _
temente
, , _ ,, . ,
outro lÿdp, nao resta duvida
Convém assinalar que nesse pe¬ ro liberal. Em primeiro lugar, a ne- ; a soberania não vem imediatamente ,
áe-ÿÿrimrmrTmsmSrÿsÿ. de que para muitos deles tratava-se
ríodo começa a se formar nas cida¬ cessidade de evitar que a religião con- |
~TõIÍênãirê7ÿiÿ que verdadeiramente de uma opção de
des uma pequena burguesia liberal tinuasse a ser utilizada como instru- !

consciência, e portanto implicitamen-


que deseja fazer frente tanto aos re¬ mento da dominação lusitana. Por | estava no Recife durante a revolução
i presentantes da burocracia lusitana essa razão, esses clérigos abandonam I
I
Pernambucana de 1817, assim se re- teologica Tal e o caso, por exem-
; como ao poder tradicional dos senho¬ praticamente o sistema de catequese | .fere ao líder intelectual do movimen- Plo< do P/dre Roma, que antes de
ser fuzilado’ dava graças a Deus 'por
res de escravos. tradicional. ) 1 to, o padre João Ribeiro: ter Permitido a sua cumplicidade na
De fato, são homens que têm uma Em segundo lugar, os padres libe- j "Nutrido com a leitura dos filó-
r sofos antigos e modernos, ele só res- revolução de Pernambuco, por ser,
visão nova do mundo e da sociedade, rais julgavam que a fé católica não ! dlzia ele> umco mei° de nao ser
e tomam consciência cada vez mais
nítida da situação de opressão polí¬
se opunha à vontade de libertação do | pirava pela liberdade, e isto mais por
amor dela do que por ambição.
°
condenado eternamente u.
1 tica e económica em que vive a coló¬
povo brasileiro. Por isso eles se fa-Jj
5-.
i» Indignava-se de obedecer a vonta- Nesse sentido tem plena validade
zem arautos do binómio: "Deus e 1 í a afirmação de Leonardo Boff que,
nia brasileira. Entre esses profissio¬ des arbitrárias, sem manifestar o de-
liberdade”. á I Sejo de mando. ao referir-se aos clérigos presos, tor-
nais liberais estavam literatos, bacha¬
réis, naturalistas, e principalmente Desse modo, o clero se identifica-ÿ
va profundamente com a TõrTuaçaõÿda .
|
Arrastado pela leitura das obras turados e mortos nas revoluções de
1817 e 1824, escreve:
clérigos.
nacionalidade brasileira I de Condorcet, testemunhava a mais
j
:
Esses intelectuais começam a se 1 alta confiança no progresso do espí- "Eram libertários cheios de cora-
dedicar com mais empenho ao estu¬ Entre as principais idéias defen- I rito humano: a sua imaginação ia gem, que dos púlpitos incendiavam
didas pelo clero liberal estavam ti
do da realidade brasileira, sob a ins¬
piração da reforma pombalina. Na
I
mais depressa do que o seu século,
ímplãntãçãó 3g~T3ma~república demól | e sobretudo adiantara-se muito à ín-
as consciências e no campo de bata-
lha empunhavam as armas, enfrenta-
medida em que valorizam as poten¬ crática e a abolição da escravaturaÿ I dole dos seus compatriotas". vam denodadamente os juízes e mor-
cialidades económicas do Brasil, mais
sentem a situação de exploração por
A luta do clero em favor dàã
idéias liberais se evidencia em divéii
I
Em outra passagem, o mesmo au-
ll tor comenta: '
riam fazendo proclamas à democra-
cia, à liberdade em nome do povo e
f j
: ff Trt
: íX .
1l|i1 A :;
à
a!'i!
f 1
w
dodo Evangelho
luções
obediência
... OO móvel
Evangelho...
era mais
luções era
obediência aa uma
móvel das
que politico:
mais que
uma consciência
das revo-
político: era
revo-
era aa
consciência sensl-
sensl-
que
que oomodelo
1idade
íidadeno
modelo tridentino
no pais.
país.
O0 movimento
tridentino se

movimento por
-
essa —
torna rea-
se torna
mudança
rea-
~ ""'
]
I
conceito de Igreja
conceito
fétédo
e conseqúentemen-
de Igreja e da
próprio gpfoqneconseqiienteme
teolopér-da
do próprio ppfoqiip dá tpplnpfa-rta
missão de ocupar-se da vi
n- túalmissão
das de ocupar-se
pessoais'
tual das nessnas
on~"i da
ou
J I, tíçlll)WÿMp|[w
Em outrasJ.I,palavratjSpv,.-
~i

........
: : Dor essa mudança salvgçao*-, Tõs~rêÍigiosos. LlUli tljll
vel àà paixão
vel paixão por Deus, encarnada
por Deus, encarnada na na de salvâgaoÿ fõs~religiosos. Em outras palaVfllSpji -nma
ri¬ concepção eclesiástica
de concepção partiu da
eclesiástica partiu da 1 '' A partir de então afirma-se no Estad.o cuida dp rÿTÿÿ-a-Jgreia zela S
i!: ff! paixão
paixão pelo
pelo povo
povo_ contra sua espo-
contra aa sua espo- própria hierarquia católica "5rãiílií?í A partir de então afirma-se so-no pelaalnja.
Estado cuida do rÿTÿV a Trraia zela "
própria hierarquia católica "SraiilS Brasil o conceito de Igreiaÿ_como
!fii
liação
liação ee tiranização
tiranização pelo
colonizador ..
perial ee colonizador
perial _
sistema im-
pelo sistema im- incentivadadiretamente
incentivada diretamentepelapela Santa
SantaSé,
Sé, I Brasil o conceito de Igreiaÿoomo so- v pela alnia.
ciedadê
ciedadê liierarquica
líièrarquica perfokm è~~ptrr— " Fãra desenvolver sua ação espiri-
pejjpita, ~e~~ptn«~. tual/aTgreia
Fãradesenvolv espirí-
I
•}!|
EE acrescenta
acrescenta esta
——
conclusão bas-
esta conclusão bas-
Còm razão,
Com
nesse
nesse período
jmrtãnto, sese pocfe
rÿãõ,'"portanto,
período de
pode falar
falar
nm moyimprLtr> Z!Q1S
de um ílflf
]
I
tãnto
tãnto somente nela

somente nela”— na fidelidade
na fidelidade tual. a Tareia
passaer a sua
defenderação plena
passa a HefpnrW piPna
à sua doutrina e à prática sacramen¬ liberdade e autonomia. Os bispos

i!
:|
l! 1!
tante expressiva:
tante

Latina
expressiva:
"No Brasil
"No
Latina sese elaborou

toda aa América
por toda
Brasil ee por América
penetrou aa as-
elaborou ee penetrou as-
bispos
bispos reformÿdtaxs íi-
'

À
reformadores
I T. „77"
testa —
da.
J
13.
...v
~-ESâ-£2_£i.ca
íÿlsrmaratóhç
Pni"eiro
a
.
1'/e'
estive-
j
;
à sua doutrina e à prática sacramen- liberdade e autonomia. Os bispos
tal
tal—— estará a salvação.
estará a salvação.
Simultaneamente também os reli¬ do
Simultaneamente também especial
giosos vão dar uma ênfase os reli¬
não se consideram mais dependentes
do
veis
se consídérãm
nãopoder
poder
civil, mas mais
civil, mas
comodependentes
como da
diretos pela orientação
responsá-
responsá-
ativi¬
I i
sim chamada
sim teologia da
chamada teologia da libertação;
libertação; pnn?eiro m“ giosos vão darmérito,
à teologia do
uma ênfase
que
especial
passa a veis pastoral.
dade diretos pela orientação da ativi¬
í do mérito! aue
trata-se de reflexão àà luz
uma reflexão
de uma da fé
luz da teolo‹
j,: I trata-se fé à teologia passa dade pastoral. católica
substituir progressivamente A teologia
‘;Y práticas cristãos
sobre as práticas dos cristãos com-
sobre as dos com- <5;; J substituir progressivamente aa teolo¬ A teologia católica
nesÿe período
nesge
gia do desterro, típica dcT péfiodò~co- o dos /bisnoáperíodo
prometidos
prometidos com com aa libertação dos opriy.
libertação dos opri--. gia do desterro, típica_ÿõÿpêfíódoÿco- enfatiza caráter
enfatiza ~oEclesiásticoÿ, /fiíspòâ como
caráter dos membros
% midos e em função
midos função dede um projetolÿÿjJIÿJÿÿÿf
projetoÿgÿIÿgpSÿJÿ--ÿ- AA partir
part*r
kyiiaL-
IpniaU uma Bierarquia--" sagrada membros da qual de
como
de

4
aiternativ°
*
ja menos difícil ser homem e viver a Costa, bisnn ‘7TrT~P~gc!Í
inEJZ
tpnrln
Por último, a devoção aos santos
passa a assumir características 3e papa era o chefe supremo. Assim,
jpainfc vinculação à hierarquia católi- pois, o poder dos bispos é fortaleci¬
o

justiça social . . .
-i •

;í 1 figuras destacadas nesse período D. ca, emergindo como tópico desse pe- do na medida em que recebe a chan¬
Já em 1817 e 1824 muitíssimos da
, Sebastião Laranjeira., bispo do Rio ríodo O culto Hn Coração Hç fcsns. cela da Santa Sé.
Igreja viveram e morreram pela mes¬
Grande do Sul, e D. Vital dF OliveírãT Os prelados passam a defender
ma causa . .. Sua morte não foi em
?
I# vão. A memória histórica caberá não
aos algozes do povo, mas a seus már¬
bispo de Olinda. " "

Duas eram as metas principais dos


— 1. Teologia do poder espiritual
seu direito exclusivo de dirigir os ne¬
gócios da Igreja do Brasil. A Igreja
tires, entre os quais se contam os bispos reformadores: em primeiro è á Tiãrca de salvação, cujo único e
i K :
lugar, clero) afastando-q. legítimo timoneiro é o papa. É jus-
heroicos sacerdotes das revoluções de
iiíll Durante o período colonial a Igre¬ tamente como delegados do poder
II 1817 e 1824" 12. CftT
â' rn‘6servanciãmclo celibato
econauzinao-o
edçsiásti- ja vivera em plena dependência do papal que os bispos exercem sua mis¬
a reformtÿÿQ' poder político lusitano. Tal situação são religiosa.
povo,) muaanao sua fé tipicamente havia sido confirmada com a funda¬ Em sua missão pastoral e salví-
í! ção do Império Brasileiro, tendo-se fica, os bispos procuram contar com
III. A TEOLOGIA NA REFORMA -èíevocional numa expressão religiosa
:!4 majs sacramental e sustentada pelo estabelecido que a fé católica conti¬ a colaboração do clero. Empenham-
m
|!||
CATÓLICA (1840-1920)
arcabouço doutrinário do cateçismq, nuaria sendo a religião oficial do Es¬ -se, portanto, de corpo e alma na re¬
Segundo os bispos, em matéria reli¬ tado Brasileiro. forma do clero brasileiro. O princípio
i| giosa o povo era ignorante, suners- Não obstante, em vista da atua- básico._dessa atuação era transformar
Na história da Igreja do Brasil, ticioso e fanático. Era necessário, ção regalista do governoÿraHÿieraTÇfglÿ HérmospnTlíticns e amasiados em .sa¬
o período que vai de 1840 a 1920 po- pois," instrffi-Tõ*' nãs~verdades da fé e católica decidiu reagir.... com energia. cerdotes piedosos e celibatários.
7 ae ser aèsignado coifTTr-notmi jte Re- trazê-lo à verdadeira prática religio- Cõm o apoio da Santa Sé os bisnns. Na realidade, o próprio governo
forma Católica. De fato, nesse peno- brasileiros decidem implantar no Bra¬ procura incentivar os bispos em sua
ii. cTõ RbOvé Uma preocupação domi¬
sa através dos sacramentos da con-
fissão e da comunhão. sil a concepção tridentinã~~de IgrèTa. ação de reconduzir o clero ao recinto
nante por parte 3ã hierarquia cató¬ Desse modo, não se aceita mais a das igrejas, reduzindo sua atividade
lica em mudar o írMícTonaTÿnToiTêlo Em última análise, a reforma ti¬
nha um cunho marcaàãittehte ’ “cleri¬ antiga concepção unitária de socieda¬ ao altar, ao púlpito e ao confessioná¬
de Igreja Cristandadeÿ vinculadcTlí de católica, mas se passa a .enfatizar rio. De fato, a participação do clero
i cal: tratãva-sÿêrriÿÿprltíTêTfcr lugar le
H cultura lushãna,'-pelo~rnodelo de Igre- que na realidade as pessoas são orien¬ liberal nas lutas políticas e sociais
! ja hierárquica, conforme fora formu¬
a liderança espiritual do cie- i
! ro entre o povo, e em seguida fazer j tadas" por duas sociedades perfeitas constituía um obstáculo para a mo¬
lado no CõncílicT" Tridêntino. com que a fé popular passasse a se e distintas entre* si- deaim ladnesTã narquia que se consolidava sob a égi¬
Embora jánõ período colonial ti¬ : O Estado on soripHadp r.iyil, e do on- de do sistema latifundiário escravo¬
vesse havido algum estõrco por im¬
expressar através dé Formulasse ri-
tos queÿfrEgSsem—o--arai "da "‘hierar- frò a Igreja ou sociedade eclesiástica. crata. D. Pedro II, portanto, foi mui¬
;; I plantar no país o espírito tridentlro, Ao Estado compete cuidar dos ínte- to cioso na escolha de homens pie¬
sobTeTudo no"“sihõctõ dã Bahia êm qUía” católica. "
| resses temporais. dos homens, ou se¬ dosos para o episcopado, mas que
.í.: 1707, po3e-se atiirnáf quê'ÿ~sõ'mente Para o êxito da reforma, foi ne¬ lf ja, dos aspectos políticos' e sócio-eco- eram ao mesmo tempo de mentalida¬
a partir de meados do século XIX cessário enTq?r?ffieIro lugar mudar o j| nômicos; à Igreja fica reservada a de conservadora e antiliberal 14.
i

j n

M
w
—_
Na medida,
Na medida, porém, em que
porém, em os bis¬
que os bis¬ Nunca, porém, oo clero
Nunca, porém, clero brasileiro
brasileiro ta, introduzido
ta pela Revolução
introduzido- nela Revoluçãp Comer-
Comer- vés vés das
das paróquias
paróquias ee da da atividade
atividade dos dos
n próprio poder se menos disposto
íi.!
!In
pos sentiram
pos crescer oo próprio
sentiram crescer poder se mostrou
tado
mostrou menos disposto ee orien¬
orien¬ çiaL
ciaL colégios—
colégios
'

V . 7 >•
.

:ÿ
espiritual,
espiritual, chegaram mesmo aa negar
chegaram mesmo negar tado para
para se se elevar
elevar àsàs alturas
alturas dede característica principal
AA característica principal da
da nova
nova Aliás, clero todo
Aliás, oo \ clero todo passa passa aa ser ser
•li 6!
.
qualquer dépendencia do
qualquer dependencia do poder tem¬
poder tem¬ uma grande ee nobre
uma grande nobre cruzada,
cruzada. burguesia
burguesia urbana à"ênfàse na
urbana ééà~énfàse na ati-
ati- formado
formado dentro
dentro dessa
dessa nova nova visãcTTe-
visão"""re-
dãrrdo órigSm
poral, aanrío
poral, ao céTèbré- con-
célebfè" con¬ Como
Como no mundo inteiro,
no mundo inteiro, hoje
hoje no
no vidade tendo em~yisiã~~õ
económica, tendo
vidade económica, em visTaÿõ ligiosa
ligiosa do mundo, Assim
do mundo, Assim aos nos seminá¬
R 1
; flito
flito entre
origemao
EstgÿQ* coflhÿci-
Igreja ee EsfadQU
entre Igreja co Brasil não há,
Brasil não pode haver
não pode
há, não haver senão
senão lucra O
lucro. êxito comercial
0 êxito comercial éé medido por exemplo,
rios, por exemplo, aa prática
prática,dos
seminá¬
dos exa-
r ! i il!I!
!•!'
do com oo nomÿ
do com nomeZrieÿnestão) /Religioÿ
Cl-
duas
duas forças:
forças: aa Igreja povo. E
Igreja ee oo povo. E se termos de
medido rios,
perdas, ha¬
ganhos ee perdas,
de ganhos mes de
ha- mes de consciência,
exa¬
se em
em termos consciência* um unjvreforço
reforço dos
.

II'i ; eligioÿ dos


H entre Ml-eTTS
/fgp entre uni-las no mundo
uni-las éé no mundo oo ideal
ideal do
do papa,
papa, ver
ver ee deficit.
deficit. Ao
Ao mesmo tempo os
mesmo tempo os exercícios
exercícios espirituais,
espirituais, passa
passa aa consti¬
i'I
m

I
E.

;
t;|
;i’i
Não ooosÿante-ÿ atritos
Não
denação
denação dos
anistiados, as relações
anistiados, as
atritos ee aa con¬
bispos, posteriormente
dos bispos,
con-
posteriormente
relações fundamentais
fundamentais
concorrer
concorrer para
sil,
sil, oo dever
mente do
mente
dever dos
do clero” 15.
clero’115
essa união
para essa

.
união é,
dos católicos,
no Bra¬
é, no Bra¬
católicos, principal¬
principal¬
católicos
católicos são
zgremo
zarémo mundo,
ra como
ra como um
acusados de
são acusados

um exílio
de não
mundo, considerando
valori- tuir
não valori-
considerando aa ter-
ou desterro.
exílio ou desterro.
tuir um
ter-, tual
um termómetro
tuai para
tude
tude ou
termómetro da
para se
ou do
se medir
vício, dos
do vício,
-
da vida
avanço da
medir oo avanço
dos méritos
, méritós au
consti¬
vida espiri¬
espiri-
da vir¬
vir¬
qu dos
dos
entre Igreja ee Estado
entre Igreja Estado não são altera¬
não são altera¬ Sua profética, porém,
voz profética,
Sua voz porém, ecoava
ecoava EmEm resposta, ascética deméritos.
teologia ascética
resposta, aa teologia deméritos. / ,
n
das.
das. De
De fato,
fato, mesmo pregando aa in¬
mesmo pregando in¬ no deserto,
no deserto, estando
estando oo clero
clero nesse
nesse pe¬
pe¬ passa aa enfatizar
passa enfatizar que
~

existem doii
que existem dois AA ação também toda
pastoral éé, também,
açao pastoral toda elaela
!iiíI!
i

I;
dependência de
dependência ação, aa Igreja
de ação, Igreja conti¬
conti¬ ríodo
ríodo mais
mais preocupado
preocupado com os méri¬
com os méri¬ fjpòs~He
fípõs de atividade
atividade no mundo: aa ati¬
no mundo: orientada nã
ati- orientada na multiplicação
multiplicação das das~
;
obras
obras
nua aa defender
nua doutrina da
defender aa doutrina da colabo-
colabo¬ tos para
tos céu do
para oo céu do que os problemas
que os problemas vidade
vidade polities económica. ~5ê~~sig:
política e.e económica. religiosasr As
TfiTÿsig1 religiosas missões populares
As missões populares sao sào
ração entre os dois poderes, a união do povo na terra. nificado passageiro, e a atividade es¬ promovidas sob o significativo lema:
1;

entre o Trono e o Altar, para a de¬ piritual de valor eterno, átrãves da “salva a tua alma”
/ ,
fesa e manutenção da ordem social qual se obfemos verdadeiros lucros, O trabalho pastoral é medido em
i
iiai estabelecida. termos de êxito na promoção de
.i1
!Hi f 2. Teologia do Mérito ou seja, os méritos para o céu.
O novo clero reformado, formado A terra deixa de ser um lugar de obras espirituais. São feitas estatísti-
Híi especialmente em seminários dirigi¬ ~

exílio e passa agora a ser considera¬ cas sobre o númeró~3e confissões, cõ-
Em sua proclamação por uma Igre¬
li dos por religiosos europeus, sem dú¬ da como um lugar de prova, onde, ~munhõêsT~55Tlzados e cas'UinuiilUij. 'TTa-
i ;íí! vida mais religiosos e observantes do ja ao lado do povo, Júlio Maria afir¬
mava: ip .
mediante obras espirituais, as pes¬ dòs numéricos elevados atestam o re¬
celibato eclesiástico, mantém-se toda¬ sultado do trabalho pastoral: aumen¬
!!!
ii
via numa atitude de indiferença e
mesmo de alienação com relação às
"O clero não pode nem deve pre¬
sentemente encastelar-se nos santuá¬
mio eterno. ————-—
soas devem procurar merecer o pré¬
~~
Em última análise, os valores ter¬
• taram os méritos para o céu.
A teologia do mérito é condensa-
renos continuam destituídos de sen¬ __
reinvindicações políticas e sociais do rios, contemplando de longe o povo, "
!|| povo brasileiro. e pensando que fará obra de Deus j
tido. O único valor verdadeiro é a sal-
e
contrição que
sigfnhcállvu ntTat
deve preceder à rnti-
Durante n segundo reinado, que se só com as nossas devoções, as nos¬ nssao sacramental:
estende de 184fl .a. 1889. é nraticamen- sas festas e os nossos panegíricos” Vj. vação eterna. Há apenas uma mudan¬
ça de ótica na analise.Tÿ'SroEkrna “Pesa-me, Senhor, por ter perdi- j
te nula a narticinacão do clero nos Não obstante esse alerta, a men-
movimentos pela abolição da escra¬ "da Sálvaçao. Na concepção medieval do o céu e merecido o inferno”. I
talidade que se afirma progressiyã- da teologia do Desterro, a salvação É somente nessa perspectiva de
vatura e nêlo advento do regime re¬ nlenTêreÿÿ b a tlffluencia salvação eterna que a vida presente
fora realizada antes do mundo amai¬
publicano, liderados pela burguesia ur¬ 3B‘"'C0n’gfegãçõês "de clérigos regula- tem algum sentido.
no Paraíso terrestre, e perdida pelo
bana liberal. Basicamente, a Igreia
I;
mantém-se à sombra do trono, cons-
res vindõy-dàÿEurona. e exatamente
a de uma visão puramente espjré _ pecado dos primeiros pais. Na nova
ética teológica, a ênfase é colocáçjji
tituindo-se ao mesmo tempo um de tnal dõ" mnnfTTT TTãT a irnportâgcia
no carãTFT~tiltimo da salvação. E> pa-
seus válidos sustentáculos. que aggume nesse período a téplogip rafSõ.não está antes, mas depois des¬
3. Teologia da Reparação
Em modo análogo ao período da doiÿíéritb. -;
Cristandade Colonial, a Igreja conti¬ te mundo. A salvação tornaÿseuma
Essã teologia espiritual passou a decorrência dos méritos aauiridos na Nesse período se opera também
nua e advogar para si o caráter de
1 aliada do poder estabelecido, sem
questionar os seus méritos.
ser proposta para a Igreja universal
a partir do século XVI. especialmen¬
terra. E os pecados aoui cometidos
passam a constituir o verdadeiro obs¬
uma substituição expressiva das an¬
tigas devoções populares típicas da
1 te através dos exercícios espirituais táculo para o prémio. Daí a impor¬ JUltUrà lusa, nor novas devoções, tra-
Com a proclamação da república de santo Inácio. "Enquadrando-se den- tância do recurso à mediação sacra¬ zidas especiálmente por religiosos eu¬
I em 1889, o padre Júlio Maria tentou 'trõ 3cT""prbpria visão tridentina da mental da confissão nara resTábèle- ropeus.
indicar para a Igreja um novo rumo: Igreja, teve um êxito e uma difusão cer O equilíbrio pg halanra Hn jnÍ7r». Pouco a pouco os antigos santos
romper a aliança com o poder e co¬ muito grande. A partir de meados do século pas¬ vão sendo substituTdos pelos novos-'
èiiw.- locar-se ao lado do povo. Na realidade, a teologia do méri- sado, essa teologia passa a ter gran¬ protetores trazidos pelos missionários
Eis suas palavras candentes: to é uma resposta católica" à menta¬ de geeU-aÿãn c-raVn-etirdry entrq as Ca- vindos a pedido dos bispos para re¬
§glj
' > •"Nunca maior missão se deparou lidade__ .e :a aj
madas médias urbanas, mais atingi- forçar o movimento de reforma ca¬
W'em n0S!0 pa<s- mar a partir do espírito mercantilis- das pela~àçâó dõ‘ élefõ~ religioso, atra- tólica. Oscar Beozzo analisa com bas-
I! 1
'

da substituição
caso da
acuidade oo caso
tante acuidade substituição que século XIX
que oo século XIX éé marcado
marcado pela sus nova devoção
sus ee aa nova devoção franco-italiana IV.
IV. AA TEOLOGIA
TEOLOGIA NA
NA RESTURAÇAO
u tante
da devoção aa N.
da devoção Glória, tradi-
da Glória,
S. da
N. S. tradi- força do
força do ultramontaaismo
ultramontanismo ee pela
pela
pela rea-
rea- |i do
do Coração
Coração de Jesus.
de Jesus.
franco-italiana RESTURAÇAO
CATÓLICA (1920-1960)

___
CATÓLICA (1920-1960)
cional cidade de
na cidade
cional na de Juiz de Fora,
Juiz de Fora, ção antiliberal
ção antiliberal por parte doscatoli-
por parte

__
_
doscãTÕIi- OO Bom
Bom Jesus
Jesus sofredor
sofredor era era um um
cos71T!irêl£jrê-se--.acmda,-Pela
I:
1: !
|i
;
pela devoção de
pela devoção
Socorro,
holandeses”17.
holandeses"17.
de N.N. S. do Perpétuo
S. do Perpétuo
pelos redentoristas
trazida pelos
Socorro, trazida redentoristas
daõ
dão or
àà percla
________
- - __
cos.' ~Algref ã,.vê-se-acjiia.da pela força
dos movimentos
dos
-
movimentas.
T"-
políticos
Jiftliticos
. .
liberais,
libe
_
força
que
ue
ee
símbolo do
símbolo

sofre
povo, oo qual
do povo,
Coração de
identificava. OO Coração
identificava.
símbolo da
sofre éé oo símbolo da Igreja
com ele
qual com ele se
Jesus que
de Jesus
se
que
como po¬
Igreja como po-
partir dos
AA partir
anos 20,
dos anos 20, deu-se
mudança bastante exoressivíT
mudança bastante
deu-se uma
uma
nWTgre-
expressTva~
ha Tjzre-
Não apenas
Não substituídos os
eram substituídos
apenas eram os perHaÿdos Estados Pontifícios, cul-
dos Estados-Pontifícios, cul- der espiritual,
der símbolo da hierar¬
espiritual, éé oo símbolo da hierar- jã~do Brasil. Alijada do poder
ia do Brasil. Alijada do poder ppi
1890
modificava oo
se modificava minando
minando com com aa tomada de
de Roma
Roma em e.pi 1890
santos, mas também
santos, mas também se tomada
~ em quia eclesiástica antiliberal,
quia eclesiástica na obra
antiliberal, ee na obra mediante
mediante oo decreto
decreto de
separação en-
de separação en-
modo de
modo EnquantoiT|R;_
cultuá-los, Enquanto
de cultuá-los. ãs~~ãn- J_870.
1870. >> "" de reparação se destacam
de reparação se destacam especial- especial- tIÿJEÿtadó.e„_Igiçja, a hierarquia
tre Estado e Igreia. a hierarquia ca¬ ca"
festas religiosas
tigas festas
tigas eram celebra-
religiosas eram celebra- Já em 1848
Ja em Pio IX
1848 Pio IX tivera
tivera queque fu-
fu- mente os
mente católicos de
os católicos de mentalidade
mentalidade tólica visa de
tólica visa novo reconquistar
denovo reconquistar oo seuseu
dascõm~~grande
das cõm~ÿrãndeaparato aparato externo~Ue~
externo dê* gir
gir para Gaeta, ee termina
para Gaeta, termina o seu pon-
o seu ultramontana. poder. *f<‘
1
1li fogos éprocissõês~
pon- ultramontana. poder.
múslca. fogõs~êT
música. procissõÿ~e~median
e median-- tificado
tificado como prisioneiro voluntário
como prisioneiro voluntário Na
Na realidade, Também fase o movimento
realidade, por trás dos
por trás dos novos
novos nesta
Também nesta fase o movimento
: te prática ...de-nrorãessas ee roma-
te aa prática _,d£--.-pjomgssas roma- do
ênfase é
do Vaticano.
Vaticano. santos e das novas devoções,
santos e das novas devoções, se se ma¬
ma¬ para imprimir
para imprimir umum novo rumo na
novo rumo na vi¬
vi¬
I
ill
nas novasjçvo
rias, nas
í3!’ Çõesa.
"Pra-s....deYQgõfs,a-..ÿg£j. AA mentalidade
mentalidade que se difunde
que se difunde na
na nifesta também oo progressivo
nifesta também progressivo poderpoder da da parte da hierarquia
da da Igreja parte da hierarquia ecle¬
Igreja
i I v. e
Todd°r
-7 *** »” **-
nica o sentimento de derrota e pes-
tô- da
da Santa
Santa Sé Sé sobre Igreja do
sobre a Igreja
sil, cada vez mais romanizada.
do Bra¬
Bra¬ siástica.
siástica. AA liderança
liderança CQ.uhe.__a D.
couheÿa,
bastião Leme, que desde 1916. ao ser
ecle¬
D. Se¬
Se-
sacramental como a autentica expres- simismo

ni
'
i! ! sao de fé, e consequentemente ojp- _ ga a
pensamento católic0 pas.
interpr£tar
a história como se
Formados em Roma e europeiza¬
dos, alguns clérigos e bispos manifes¬
elevado ao arcebispado de Olinda,
lançara uma pastoral nrogramática._a
fosse controlada pelos poderes do mal, tarão uma oposição violenta contra respeito da nova orientação oue a
íI::;íí Igreja" do Brasil deveria* tomar. Se¬
ii çao c erica . que de todo o lado atacam a Igreja determinados movimentos religiosos
Essa nova visão teológica do cul-
Católica. Acentua-se uma visão mani- J populares, como no caso de Juazeiro gundo ele, o Brasil, que se constituí¬
ra como nação sob a influência da
queísta do mundo: de um lado estão Í do Norte e de Canudos. Neste últi¬
to dos santos encontra grande aceita- religião católica, estava agora ao léu
3 llíjd; ção nas camadas urbanas da popula-
os hherais, os inimigos da Igreja e
de jjeuSj 0s maus cristãos, os here-
mo caso, houve aprovação do clero
de dirigentes pouco ciosos de seus
à ação repressiva e exterminadora do
1 m\ ção, quer pela atuação dos religiosos ges e os infiéis; do outro, os bons governo contra os seguidores de An- compromissos com a fé, em conse¬
í na atividade paroquial, quer pela pró-
pria rede escolar católica por eles
cristãos, aqueles que se unem à Igre- j tônio Conselheiro, acusados de ‘fana- quência da organização leiga da re¬
ja e a0 papa numa atitude declara- tismo religioso”.
controlada. damente antiliberal. passasse de novo a influenciar tanto
Não obstante, a doutrina pregada a acão dos líderes políticos "como a
No interior e no sertão, porém, A devoção ao Coração de Jesus ex- j pelo Conselheiro, discípulo do padre
perdura ainda fortêTa' "devoção poyu- pressa de maneira bastante típica es- “
própria legislação do naís.
eluiKãs Ibiapina, estava perfeitamente de acor¬
sa visão do mundo: Jesus é o pri¬ I
r traoiclfloal, Eis suas palavras textuais: \
ii do com a espiritualidade medieval e "Na verdade, os católicos, somos
a”beira de estrada continuam sendo sioneiro do sacrário, e os seus devo¬ 1 colonial. Eis um tópico expressivo de
um marco bastante expressivo 18. a maioria do Brasil, e no entanto, ca¬
li! í Um culto, porém, emerge nesse
tos devem refugiar-se aos seus pés
para reparar os pecados que os maus
sua meditação sobre a "desolação de
Maria durante o seu desterro no Egi¬
tólicos não são os princípios e os ór¬
perfóH’ò"coiÿ eÿrcÿõÿpieÿa' da no¬ e os inimigos da fé estão cometendo. to":
gãos da nossa vida política. Não é ca¬
va fase eclesial. É a devoção ao Co¬ tólica a lei que nos rege. Da nossa
A devoção se expressa através das
ração de Jesus, promovida principal- “Se neste mundo, que é nosso des¬ fé prescindem os depositários da au¬
comunhões nas nove primeiras sex¬ toridade.
Tnêntepelos padres jesuítas, através terro, podemos adorar a Deus, po¬
tas-feiras, onde se ressalta a tônica

_____
;
da associaçafrÿreíígiosa intitulada reparadora.
demos contemplar os seus atributos, Leigas são as nossas escolas, leigo
Apostolado da Oração. estes piedosos sentimentos nascem de o ensino. Na força armada da repú¬
espiritual quer
I Dizia-me Ralph delia Cava que um , , nova teologia
Essa um coração peregrino que deve ar¬ blica, não se cuida de religião.
estudo sobre a difusão do Apostolado também reparar o remanescente es- dentemente suspirar pela pátria ben¬ Enfim, na engrenagem do Brasil
da Oração no Brasil seria uma ma- Plnto llberalde clérigos e catolicos .*i dita. É isto, pois, que nossa carinho¬ oficial, não vemos uma só manifesta¬
considerados como maus ens-
í neira bastante eficiente para se me-
dir o alcance do movimento de re- taos‘ J sa Mãe nos ensina, é por conseguin¬
te o que devemos praticar” 19.
ção de vida católica”.
E mais adiante acrescenta:
forma e romanização da Igreja do O espírito reparador é levado pos- ; O que, porém, interessava direta¬ “Somos católicos de clausura; a
Brasil. Concordo plenamente com ele. teriormente também aos lares, onde jj mente à hierarquia eclesiástica nesse nossa fé se restringe ao encerro do
A devoção ao Coração de Jesus re- se entroniza o Coração de Jesus. í momento era fortalecer-se e organi¬ oratório ou à nave das igrejas. Quan¬
Convém ressaltar que existe uma zar-se, para conquistar uma influên¬ do fora da portada dos lugares san¬
visão teológica a respeito da sociedã- diferença bastante grande entre a tra¬ tos tremulam os nossos pendões, é
i, de nesse períoSõl ConveiÚ'’~ressaltar dicional devoção lusitana do Bóm Je-
cia maior sobre a sociedade brasi-
leira. certo que nele não fremem entusias-
i||
i ill í
!

if
L'l i:
.

n
m! !'
:f!|:
i
mos de
mos de uma reivindicação jurada;
uma reivindicação jurada; cação do
cação nome de
do nome de Deus
Deus em pró- jI
seu pró-
em seu trangeiros contra os
trangeiros contra legítimos valores
os legítimos valores cio das
cio das virtudes
virtudes cristãs
cristãs ee aa nrátic.a
prática dada
m1
'
braçadas de
braçadas
em suas
em
de flores
dobras perfumadas;
suas dobras
eles levam
que eles
flores éé que levam
não são
perfumadas; não são
logo.
logo.
Sem negar aa distinção
Sem negar entre os
distinção entre
i
os JJ [
religiosos
religiosos do povo brasileiro.
do povo brasileiro. vida
vida sacramental.
Na
sacramental.
A teologia da Neocristandade
teologia da Neocristandade tem tem realidade, toda
Na realidade, toda aa promoção
promoção ini¬ ini¬
mi bandeiras
bandeiras de de ação,
ação, são vexilos de
são vexilos de pro¬
pro¬ dois
dois poderes, espiritual, oo jj
político ee espiritual,
poderes, político
grande aceitação
grande aceitação nesse período de
nesse período cial
cial do
do movimento
mnvimftntn visa \.a for¬
flppn agLa fir¬
visa anenae
f, socieda- |I
V
cissão”.
cissão”. que aa Igreja
que Igreja deseja que aa socieda¬
deseja éé que de
m I quatro décadas
quatro décadas que antecedem oo Con-
que antecedem Con¬ mar católicos
mar católicos praticantes.
praticantes. NãoNão sem
sem ra¬
ra¬
de brasileira
de brasileira seja
seja de impregna- ]1 1
novo impregna-
de novo
8 i
!i
E pouco depois
E pouco conclui oo prelado:
depois conclui prelado:
aparece, oo Brasil-
que aparece, Brasil- da
da dede valores
valores cristãos. Para isso
cristãos. Para isso duas
duas I
cílio Vaticano
cílio Vaticano II.
II. Não são apenas
Não são apenas osos zão,
zão, portanto, os
portanto,
nos ee os
os congregados
congregados maria-maria-
f
/•;
I
Li

m N
"“O
O Brasil
Brasil que
-nação, esse
-nação,
ria.
na.
não éé nosso.
esse não da mino-
nosso. ÉÉ da mino - condições
condições são
que as
que as leis
são consideradas
leis do
consideradas básicas:
básicas: j
tenham inspira-
país tenham
do país inspira¬ ji |
f
bispos
bispos que
de
de em
que difundem
em seus
difundem essaessa mentalida-
mentalida¬
pronunciamentos oficiais.
seus pronunciamentos oficiais.
nos
ções
rados
os membros
membros de
ções religiosas
religiosas desejam
rados como
outras associa¬
de outras
desejam ser
atuantes dentro
associa¬
ser conside¬
conside¬
fei ção cristã, e que os da j
Também
Também as revistas cató-
principais revistas
as principais cató- como atuantes dentro do do espí¬
espí¬
r
H
nós católicos,
católicos, apenas dão licen¬
apenas dão ção cristã, e que os governantes da
governantes rito
rito da ação católica.
AA nós licen¬
j II licas
licas dodo pais
país difundem
difundem sem sem cessar da ação católica.
;

'
i
: nação atuem segundo
nação atuem segundo os os princípios
princípios | cessar
3: ça de
ça de viver.
viver. essa cOllCgpçãu.
essa Assim
cui urepçãoT‘A g~ fazem~a
ssinTÿrr f aze~nTar re-
e- Todavia
Todavia aparece
aparece aqui
aqui um novo ele¬
um novo ele¬
1 :í:!!Hí! !
humilhação para
Que humilhação
Que para aa nossa
nossa
católicos.
católicos. ;
[ vista
vista Vozes
Vozes de
de Petrópolis, dirigida pe- mento: aa consciência
mento: da Igreja
consciência da Igreja de
que 1 | Petròpolis, dirigida pe¬ de
3
f;
I
'
li fé!” 20.
fé!” 20. será
ÉÉ visando essas duas
visando essas
enfatizada toda
será enfatizada
metas que
duas metas
ação da
toda aa ação Igre- I |
da Igre¬
j los
los franciscanos, revista Mensagei-
franciscanos, aa revista Mensagei¬ que
que oo próprio
leis,
próprio Estado,
Estado, através
através dede suas
suas
de Jesus, leis, deve
deve facilitar

•!.
Em
Em modomodo análogo Júlio Maria,
análogo aa Júlio Maria, ro do
ro do Coração
Coração de dirigjda,nelos
Jesus r dirigida pelos prática religiosa
facilitar aa prática religiosa
Í i ir i
ja aà partir
ja partir dos anos 20.
dos anos 20. m | r jesuítas,
jesuítas, a revista Ave Maria, orien¬ dos cristãos. ÁÃ teologia
teologia dada acão cató¬
If. também D. Eêmé' enTáfiZâ TT necessi¬ No períodp da Cristandade Colo¬ |
dade de que deixe de ~res- nial, a religião católica constituía efe¬
tada pelos claretianôs,para citar al¬ lica é decorrência dessa opção da Igre¬
b !
tríngir sua áçao aò recinto dos tem-
pjosT Para o sacerdote redentorista,
tivamente um departamento de Esta- S
guns exemplos. TambemÿosTeigos ca¬
tólicos passam a se imbuir dessas
ja em nrnl He iima nova Cristandade.
/Duas) são as -características princi-
do, e os membros da hierarquia ecle- m mesmas idéias. pats—tféssa nova concepção teológica.
porém, õ importante era que a Igre¬ siástica eram considerados como al- m
Enfatiza-se publicamente que o Em primeiro lugar uma insistên¬
ja se unisse ao povo, se colófcasse de tos funcionários a serviço da Coroa, S.
li|: seu lado Para o futuro cardeal do Brasil é a maior nação católica do cia para que os católicos demonstrem
I Rio 7ã"meta era quê a Igre¬
Na_CQncepçaoÿda Nova Cristÿnda- . rnundo. No hino do Congresso Eu- também na vida social e no exercício
de, a Igreja Católica se considera M carístico do Recife, em 1939, o povo dos cargos públicos suas convicções
ja chegasse ao pocfiFHã~nação, atra- comu k» católicas. A religião, portanto, deve
!É .JL.2L se * canta com vibração este estribilho
composto por D. Aquino Correia: progressivamente sair do interior das
E foi essa última a concepção vi-
III toriosa nesse novo periodo.
consideram como representantes do y ‘‘Creio em ti, hóstia santa, até a igrejas e manifestar-se publicamente.
papa — Tnclireiamenig 5ê Cnsto — Esse caráter exterior será enfatizado
- !
encarregados de Transformarÿ—nova-
mente o Brasil num país tipicamente
í
K;:
Sr
[morte!
Quem não crê, brasileiro não é!”
através dos congressos eucarísticos e
da promoção da páscoa entre as di-
í 1. Teologia da Neocristandade cátólicÕT~ “ ““
1
Era um eco perfeito do projeto versas categorias de pessoas.
A interpretação da história do i í lusitano de "dilatar as fronteiras da
Em segundo lugar, os membros da
1 !!;
O novo espírito teológico que se Brasil serve de ponto de~~apõio para 1 I fé e do império”, ou seja, de implan-
ação católica flevem estar Hiretamen-
implanta nessa época não é fundamen¬ a~ ofensiva da Igreja: repete-se fre- jMjfcí tar a Cristandade no Brasil.
te comprometidos com a hierarquia
talmente diverso daquele dominante quentemente que a nacão-masrxra sob ; no projeto de implantação Ha nnva
fti
no período anterior. Na realidade per¬ o signo da~leTe~que o povo sempre 1 I sociedade cristã. Os leigos são de fato
;! dura a mesma concepção de Igreja tram 2. Teologia da ação católica considerados como o braço direito da
I tridentina, com a dupla divisão da apenas os dirigentes republicanos que Igreja que se faz presente nas insti¬
!| nas últimas décadas se haviam atas-
sociedade entre o poder temporal e Assim como não existe uma dife- tuições públicas. Através do movimen¬
tado da religião do povo. Olvida-se-
o espiritual.
é claro, o aspecto coercitivo que ha#|
I rença fundamental entre a concepção to da ação católica, a hierarquia ecle¬
Na realidade, porém, a Igreja sen¬ | da Igreja típica da Refo rma~Ca tólica siástica pretende preparar homens
via marcado a implantação da fé ca?
1 tia que nas décadas anteriores sua
influência sobre o destino do país ha¬ tólica no Brasil. ái 1
e a do período seguinte da Restaura¬
ção Católica, também a teologia da
que possam posteriormente assumir
a liderança política do país, como
via diminuído muito. A república bra¬ Além disso, a “guerra santa” con- ação católica não é formalmente di¬ também conseguir que a legislação
sileira fora proclamada sob a influên¬ ir?i ns inimipros da fé renasce son a versa da anterior doutrina do méri- brasileira se oriente pelos princípios
I
!; cia do pensamento liberal e positivis¬ forjna sutil da apologética cqtólica11 í to. católicos.
ta. Na própria bandeira nacional fora protestantes e espiritas principalmen- j I Na realidade a acão ratnlír-ai co- Para maior eficácia, os leigos são
te, são os alvos principais das pasto»!
if colocado o lema de A. Comte, "or¬
dem e progresso”. Já em 1890 o go¬ rais dos ~HIspõs'~e de outros escritos
| mo é oficializada por Pio XI, e como
f é promovida pela hierarquia erlesiás-
congregados sob as ordens diretas da
hierarquia. Com frequência a ação dos
[ÿ verno declarava a separação entre càtólicos nesse período. Os protestai; tica do Brasil, constitui basicamente
I uma leigos é comparada com a ação dos
i Igreja e Estado. A nova constituição tes são freqiientemente apresentadq- I escola de católicos práticãnfes. soldados de um exército, cujos che¬
de 1891 fora proclamada sem a invo- como representantes de interesses çj I A insistência fundamental é o exerci- fes são os bispos.
a
Ill
s] Iir: me
me as
Neri assim
Castro Neri
padre Castro
OO padre assim resu¬
resu¬
características da
principais características
as principais da
SantaSé
Santa
esfera
Séprocura
de ação e
agoraampliar
procuraagora
influência
esfera de ação e influência entre
sua S
ampliaraa sua
entre asas B
F.lpmp.ntn importante nos congres¬
Elemento
sos eucarísticos,
sos
importante nos
eucarísticos,
congres¬
é a participação das
é a participação
Belo Horizonte, em 1936, proclama-se:
Belo Horizonte, em 1936, proclama-se:
“Tu que és rei, tu que aos povos
autoridades póIIFicas e militares. Em das "Tu que és rei, tu que [dominas
ação católica:
ação nações, aos povos
Ii:
Êl católica:
"União de
“União de todos
todos os católicos, reli¬
os católicos,
nações.
NaNa realidade,
realidade, aa realeza e o domí- B * autoridades políticas e~nuEtãresT
todas essas assèmlileias Em
‘refigiõ'sas es¬ Faze aqui o teu trono, ó Jesus" [dominas
reli¬ realeza e o domí¬ B todas essas assembléias religios’as es¬
:! formados, sob
giosamente formados,
giosamente sob aa direção nio de Cristo sobre o mundo
nio de Cristo sobre o mundo expres- sas autoridades ocupam lugar desta¬ EmFaze
São aqui o teuemtrono,
Paulo, Jesus”
1942,órepete-se
direção expres¬ sas merecendo ocupam
cado, autoridades explícitaslugar desta¬
referên¬ Em São :Paulo, erii 1942,
eclesiástica, recristianização da
paraaarecristianização
eclesiástica,para da sam aa dominação
sam dominação espiritual
espiritual queque aa m cado, merecendo explícitas referên¬ no estribilho ‘;ÿ repete-se
líj
na B
j sociedade..."
sociedade .. própria Igreja
própria deseja implantar
Igreja deseja implantar na cias durante a realização dos atos re¬ no estribilho: -J
...1, 1 V.!ÿ

cias durante a realização "Brasileiros, levantemos nosso


I. sociedade. S ligiosos. De certo modo, a dos atos
Igreja pas¬re¬
"Brasileiros, levantemos
Em última análise,
Em última missão dos
análise, aa missão dos sociedade. ligiosos. De certo modo, a Igreja pas¬ [cântico jucuiido!nosso
membros da
membros Católica éé “a“a res¬
Ação Católica
da Ação Dois movimentos religiosos reafir- B
Dois movimentos religiosos reafir¬ sa a sacralizar com o seu poder es¬ [cântico
reina, Cristojucundo!
res¬
pre- B
sa a sacralizar
piritual com política
a autoridade o seu poderdos go¬ es¬ Cristo vive, Cristo
tauração
tauração dodo reinado
reinadodede Cristo, no lar
Cristo, no mam nesse período
mam nesse idéia da
período aa idéia Cristo vive, Cristo reina, Cristo
ísI,: na esçola, na
e na irensa ee na
na imprensa
lar
na ofici¬ senca
sen cristã
cnstê na sociedade: os
da pre- B
cursi-
dade: os cursi-
piritual a autoridade
vernantes. Aliás,somente
toral Católica,
política
vernantes. Aliás, através da Liga Elei¬
através dasãoLiga
dos go¬
Elei¬
aceitos
[impera em todo o murído”
[impera em :
;
todo J
Em última análise, diante damúrtdo”o '
' 1

emer¬
lhos>s de Cristandade, , fundados na Es¬
na. no eleitorado_eÿ na legislação do
país"2121,
país” , panha, ee oo movimento-
panha,
fundados
movimento por por um
na Es-
Mun¬
um~Muh-
I toralhierarquia
pela Católica, somente
eclesiásticasãocomoaceitos
can¬ gênciaEmde
gência
última
uma análise,
de uma
burguesia
burguesia
diante
liberal da eemer¬
lai¬
do Melhor,
pela hierarquia eclesiástica como
didatos políticos aqueles que declara¬ can¬ ca, a Igreja tenta ainda uma liberal veze álj lai¬
do Melhor, fundado na Itália pelo je-
fundado na Itália pelo je- didatos políticos aqueles ca, a Igreja tenta
dasainda uma vez áli-
I II :ÿ

3. Teologia da Realeza
suitã~Ricardo
súítãRicardo Lombardi.
Lombardi,
A concepção de que Cristo deve B
estender de fato a sua realeza sobre S
rem explicitamente
rem explicitamente
de com os princípiossua
que declara¬
sua conformida¬
conformida¬
católicos
cados pelos bispos, onde se ressalta
elen-
nhar-se
doras
ao lado
nhar-sedoaopaís
forças
ladonadasdefesa
cionais valores cristãos.
forçasdos
conserva¬
conserva¬
tradi¬

todas as nações repercute fortemen- B a recusa ao divórcio, a adoção do en¬ Pouco a pouco, porém, diante do
“I Não é fora de lugar afirmar que a te na Igreja do Brasil nesse período. B sino religioso nas escolas públicas e progresso urbano e Purgues, à partir da
II !
teologia da realeza de Cristo repre¬ Uma das . manifestoes'" expressi- fi a negação formal dos princípios so¬ revolução de 193Ó, e especialmente
senta o ponto culminante da elabora¬ vas dessa nova visão eclesiástica é a B cialistas. âPÓs a. Igreja passa a aceitar
ção da~”própría teologia da Neocris- inauguração da estátua de Cristo Re- B Desse modo, Cristo passa a ser parcialmente os novos padrões lIBe-
fandiJtfe. SêU fUfliTãmênto será a aou- dentor no alto do Corcovado, no Rio B considerado o chefe espiritual da na¬ rl[rs ~e"democrátlco's."'Ã"paHÍT‘H5s anos
.
fiíiS: frina de Cristo Rei, cuja festa é ofi¬ de janeiro. 1 ção. O povo católico é representado 50. comeca a haver nor parte da Igre¬
i cializada para toda a Igreja por Pio Além disso, faz-se uma campanha B como um exército que deve estar coe¬ ja do Brasil maior sensibilidade pelo
XI. para que o Crucifixo seja entroniza- B problema social. No governo de Jus-
f ti, A instituição da festa da realeza do nos lugares"-puBncõs~3ê“" reunião, B
so, unido e obediente às ordens dos
representantes de Cristo, os membros celino K. uma parte da hierarquia
1 de “Trísto reflete~cíaramênte anova como simbolo "dT'’pTSsênçã" "e do dò- B da Igreja hierárquica. éclesiástica tenta mesmo alinhar-se ao
!!I ; "situação da Igreja no pontificad5~ de mínio de Cristo. Nas-lrihunais de jú- B Canta-se num dos hinos muito di¬ Ta rio rlp governo -fitri prp| de reformas
f ;! Pio XI. Desde Pio IX os papas se
consideravam prisioneiros do Vatica¬
ri, nas assembléias e câmaras, nas es-
colas e quartéis, o CruHHxo passa a B
JB vulgados nesse período:
"Levantai-vos soldados de Cristo
soçiais,
Por fim, a partir dos anos 60, com
no, em vista da perda dos Estados ocupar um lugar "cie honra" 1 Sus, correi, sus voai à vitória
i! 1!i Pontifícios, agregados ao Estado Ita¬ Por sua vez, clérigos e membros B Desfraldando a bandeira de glória
o Concílio Vaticano II, novas pers-
pectivas se abrem com a mudança
I liano unificado. A situação entre Igre¬ da hierarquia eclesiástica são convi- B O pendão de Jesus Redentor!" do próprio modelo de Igreja.
í ja e Estado italiano permaneceu por dados a um lugar de destaque ao la- B No hino oficial dos congregados
:í muito tempo tensa, não reconhecen¬ do das autoridades civis e militares B marianos, a tônica conservadora emer¬
I do a Santa Sé a legitimidade da nova
situação do governo italiano. Foi So¬
em todas as manifestações públicas B
de caráter cívico: é um reconheci- B
ge com toda a nitidez: a restauração
da nova ordem chega a ser proposta
Conclusão
mente nn pnntificadp He Pm XT me¬ mento significativo da nova força de B em termos da antiga aliança entre
diante o tratado do Latrão, que a influência exercida pela Igreja na so- B o Trono e o Altar. Cantam os con¬ Ao término deste estudo, alguns
I I Igreja ássuhõTu úmâ nõvã ãtiuTde: ciedade. JKf gregados: aspectos merecem relevo especial.
passou ã reconhecer oficTaTmentê o As manifestações mais expressivas, "Do Prata ao Amazonas Convém ressaltar em primeiro lu¬
i!' Estado ItaKÿoTÿgÿPOtgsnÿÿ tempo além da festa de Cristo Rei, são os Do mar às cordilheiras gar que durante o período colonial a
o papa deixou de se considerar pri- congressos eucarísticos, inaugurados SB Cerremos as fileiras fé católica foi introduzida no Brasil
sioneiro. nesse período com uma pompa exte- B Soldados do Senhor" mediante o modelo de Igreja-Cristan¬
; Retirada da participação política rior verdadeiramente extraordinária. B E no estribilho se declara textual¬ dade, cuja base está na união entre
iiíli nos pontificados anteriores, com Pio
XI a Igreja procura de novo reafir¬
(Jÿprinicixoÿgpngrejsÿ na;
rinnalÿj-egljÿa-gp prp Sal-vza.rinr.-sm 1933.
JB
S
mente:
"O inferno ruge, enfurecido
Igreja e Estado. Na prática, a Igreja
é incorporada pelo poder político e
mar sua presença na sociedade. Vol¬ Os”congressos eucarísticos passam dé O altar e o trono quer destruído!” instrumentalizada em favor do pro¬
:ÿ!
tada anteriormente sobretudo para fatõ~ÿJé7~vrslÿ“roTrro“a proclama- B Nos hinos dos congressos eucarís¬ jeto colonial português. Tanto na
os seus problemas internos, já nos ção solene de que Cristo é o rei da ticos, a tônica é também a da realeza evangelização como na presença jun¬
pontificados de Pio XI e Pio XII a sociedade brasileira. e do domínio de Cristo. No hino de to ao povo, a Igreja atua como repre-
Í
PiPfel I
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MV -1 ;

|p
v
: MJJtaiite .do Estado, e a transmissão na defesa dos seus direitos. Refle¬ Com profunda inspiração bíblica, nível do poder político, seja junto à
da doutrina evangélica está condicio¬ xos dessa mentalidade dominante nes¬ a Teologia do Povo de Deus passa a classe média, seja dentro da própria
nada à manutenção da estrutura la- se período é a promoção da teologia ter grande aceitação, superando pra- Igreja. A novidade é saudada com en¬
§K e escravocrata exigida pela do Poder espiritual, da teologia do ticamente a precedente concepção teo- tusiasmo por grupos de classe média
tifundiária
m metrópole. É dentro desses condicio¬ Mérito e da teologia da Reparação. lógica da Neocristandade. e alta que tiveram acesso a uma re¬
namentos que se difunde a Teologia Uma nova fase do movimento li¬ Com bastante acuidade essa mu- flexão crítica sobre o papel da Igre¬
da Cristandade, a Teologia do Dester¬ derado pela hierarquia eclesiástica é B dança de visão teológica é analisada ja, pela juventude universitária e li¬
ro è a Teologia da Paixão. implantada a partir da década de 20, B: pelo bispo D. Antônio Celso Queiroz, gada aos meios de comunicação so¬
A partir de fins do século XVIII
e durante as primeiras décadas do
visando recuperar, fortalecer e am¬ B auxiliar da diocese de São Paulo. Es¬
creve ele:
cial, pelos grupos mais secularizados
da sociedade, e pelo povo simples
pliar a influência da Igreja na so¬
:
it século XIX o clero brasileiro se em¬ ciedade brasileira. A idéia de restau¬ * "Apesar de certas indecisões e que participa das comunidades”.
polga pelas idéias liberais da Revo¬ rar o domínio de Cristo sobre as ins¬ mesmo contradições, os anos 60 e 70 E o prelado conclui:
!? lução Francesa e da Independência tituições públicas inspira a atuação assistiram primeiro à entrada decidi¬ "Parece claro que a Igreja troca
Americana. À revelia da hierarquia dos bispos e dos leigos por eles con¬ da da Igreja no campo social, e de¬ progressivamente o papel de partilha
eclesiástica, o clero se coloca ao lado vocados, especialmente através do pois, uma cada vez mais nítida tomada do poder político para o “bem” espi¬
do povo, em defesa dos direitos de movimento de ação católica. Não é de posição de solidariedade com os ritual do povo, pelo papel profético
liberdade e participação política, lu¬ ainda o povo que interessa direta¬ pobres e marginalizados. Uma das de anúncio das exigências evangéli¬
tando pela Independência do Brasil. mente à Igreja, mas sim a sua pró¬ consequências mais importantes des¬ cas na ordem política e denúncia dos
Embora dando pouco valor à cate¬ pria influência efetiva sobre os diri¬ te fato foi o distanciamento do po¬ conteúdos anticristãos dos modelos
quese tradicional, que envolvia o con¬ gentes e as leis do país. É a presen¬ der político. Essa é Uma realidade, sociais” 22.
I ceito de submissão à ordem e à auto¬ ça da instituição eclesiástica na orien¬ cremos nós, absolutamente nova na Como consequência da nova visão
ridade constituída, o clero dessa épo¬ tação dos destinos da nação que cons¬ história da Igreja do Brasil. Lem- eclesiológica, adotada pela própria
!i ca passa a enaltecer a idéia da reli¬ titui a meta principal da ação epis¬ g bramos a época colonial em que a hierarquia eclesiástica, difunde-se pa¬
gião como vinculada ao conceito de copal. Em última análise, retorna o Igreja era praticamente um departa¬ ralelamente uma nova concepção teo¬
liberdade. No entanto, o clero brasi¬ sonho de transformar o Brasil num mento do Estado colonizador, situa¬ lógica do problema da salvação. Esta
leiro liberal não conseguiu efetivar o pais declaradamente católico. É nes¬ ção fundamentalmente conservada, em já não é colocada antes ou depois
projeto de criação de uma Igreja de se contexto que se difunde a teologia I termos de relacionamento com o Es¬ do mundo, mas se afirma que ela já
caráter nitidamente nacional. Não foi da Neocristandade, a teologia da Ação tado, durante a época imperial". se inicia neste mundo: a salvação co¬
ainda aprofundado suficientemente o Católica e a teologia da Realeza de E em seguida acrescenta: meça a se construir nesse mundo,
tema das bases teológicas que pode* Cristo. "Na primeira república a Igreja, embora não se esgote com a realida¬
ria ter orientado a atitude desses clé¬ ancorada na concepção do duplo po- de terrena. Desenvolve-se assim a teo¬
Desde o início dos anos 60 se ini¬
rigos. É fora de dúvida, porém, a in¬
ciou o movimento por uma renova¬ I der, viveu queixosamente a situação logia do Reino de Deus presente no
fluência da teologia francesa de ins¬
ção da Igreja do Brasil. Esse movi¬
| oficial de separação e tentou encon¬ mundo. Sobre essa teologia do Reino,
piração jansenista e galicana. trar canais e instrumentos de influên¬ os teólogos brasileiros Clodovis Boff
mento, liderado por leigos da Ação
O movimento dos bispos reforma¬ cia, coisa que conseguiu sobretudo nos e João B. Libânio têm publicado es¬
Católica, encontrou adesão parcial do
dores, iniciado em meados do século últimos anos da república velha e du- tudos significativos. A tese básica é
clero e de alguns nomes destacados
XIX, conseguiu efetivamente implan¬
do episcopado brasileiro. O movimen¬ I rante o Estado Novo. Foi essa Igreja que o reino de Deus, a mensagem
tar um novo modelo de Igreja como influente junto ao poder que partici¬ salvífica de Cristo deve ser atuante
to de renovação pastoral visa efeti¬
sociedade perfeita, de acordo com a pou ativamente na vida da sociedade sobre a própria realidade do mundo.
vamente a criar uma -igreja identifi¬
inspiração tridentina. Além das orga¬ brasileira, seja após a restauração de¬ A organização das comunidades ecle-
cada com as necessidades e os an- mocrática, seja na época do debate
nizações de novas associações religio¬ siais de base refletem essa nova men¬
seios da população brasileira. Nessa e dos primeiros passos sobre o de¬
sas vinculadas ao poder eclesiástico, talidade.
nova visão eclesial, a Igreja assume
os bispos procuram promover a dou¬ senvolvimento brasileiro nos anos 50. Em um número especial dedicado
uma atitude crítica diante da atuação Há uma .longa tradição, quer de de¬
trinação do povo mediante a difusão a esse tema, o Editorial da revista
do governo, disposta a defender os
de catecismos inspirados na teologia pendência, quer de colaboração, que SEDOC assim caracteriza esse movi¬
direitos dos pobres e dos marginali¬
tridentina. A tônica da reforma cató¬ supõe no mínimo uma concordância mento:
: lica é eminentemente clerical. Dentro
zados pela sociedade.
fundamental de certos objetivos en- "Emergência de uma Nova Igreja
de uma visão puramente espiritualis¬ É efetivamente nos anos 60, com f tre a Igreja e o Estado. A situação nascida da velha: tanto o estilo dife¬
ta, o episcopado preocupou-se muito a celebração do Concílio Vaticano II, hodierna reflete uma realidade nova, rente de pensar em Igreja quanto o
mais em trazer o povo para dentro que se consolida a idéia da implan¬ com todas as tensões, hesitações e modo de ser dela, deixam entrever o
da estrutura eclesiástica do que em tação de um novo modelo eclesial; a mesmo contradições de sua novidade. nascimento de uma nova Igreja, nas¬
colaborar efetivamente com o povo Igreja como povo de Deus. A perplexidade é encontrada seja ao cida do Povo. Aqui e acolá se fala de
<
j I
til íi;! '

: l’
1
Igreja daTradição,
Igreja da Tradição, que seria aa Igreja
que seria Igreja Escreve esse respeito
Escreve aa esse respeito Leonardo
Boff:
Leonardo "Diante dos
“Diante sofrimentos de
dos sofrimentos de nossa
nossa tiva, tanto pelas atitudes concretas
tiva, tanto pelas atitudes concretas
em moldes clássicos,
em moldes apoiada no
clássicos, apoiada no cle¬
cie- Boff: oprimida,
gente, humilhada e oprimida,há assumidas pela Igreja dos
humilhada há tan¬ assumidas pela Igreja na na defesa
ffS gente, e
fjl ro, ee da
ro, Igreja do
da Igreja Evangelho, que
do Evangelho, que "O processo de
"O processo de libertação
libertaçãohumana
tan¬ defesa dos
i:
humana tos séculos
tos em nosso
séculos em país, vemo-nos
nosso país, vemo-nos posseiros, dos índios, dos
posseiros, dos índios, dos lavradores
nasce da
nasce da fé,
fé, no meio do
no meio Povo, apoia¬
do Povo, apoia- éé aa concretização
concretização histórica
histórica da liber- \
da liber- e dos operários, como pelaslavradores
1:1
convocados pela Palavra
convocados pela de Deus
Palavra de Deus aa e dos operários, como pelas declara¬
declara¬
1 da não mais
da não maisnum num grupo, masno
grupo, mas nopró¬
pró- tação de
tação de Deus;
Deus; está que, inicial¬
esta éé que, inicial- í tomar posição. Posição
tomar posição. Posição ao aolado do
lado do ções oficiais do episcopado, nos mais
ções oficiais do episcopado, nos
mais
prio
prio povo que crê
povo que assume levar
crê ee assume levar aa mente, por
mente, pura gratuidade
por pura amor, \
gratuidade ee amor, com aque¬ recentes documentos da Conferência
j povo. juntamente com
Posição juntamente
povo. Posição aque¬ recentes documentos da Conferência
Si causa do
causa do Evangelho avante. Há
Evangelho avante. Há mul¬
mui- ‘dispõe, excita
‘dispõe, excita ee ajuda’
ajuda' os homens aa
os homens empenham Nacional iI
les que, com o povo, se
les que, com o povo, se empenham Nacional dos Bispos do Brasil,
dos Bispos do Brasil, in¬ in¬
sua si¬
y !;
ffi
'4í I
u tiplicidade
tiplicidade de
necessidades
necessidades da
Esse tipo
Esse
de serviços,
da comunidade.
consoante as
serviços, consoante
comunidade.
novo de
tipo novo de Igreja
Igreja se se en¬
as

en-
darem
demais
passo libertador
darem oo passo
tuação inimiga
tuação inimiga de
libertador de

irmãos ee alienada
demais irmãos alienada do
de sua
Deus, ofensiva
de Deus, ofensiva aos
do mundo.
mundo.
si- j
aos
pela
ÉÉ claro
verdadeira libertação.
sua verdadeira
pela sua libertação.
das nossas
cônscios das
que, cônscios
claro que,
frequentes omissões e desacertos, ao
frequentes omissões e
nossas
desacertos,
ao
cluindo o documento sobre a pasto¬
cluindo o documento
ral da terra, publicadosobre
ano de 1980.
ano de 1980.
aindaa neste
ral da terra, publicado ainda nésté
pasto¬
tende como Igreja
tende como que nasce
Igreja que da
nasce da ve¬ ve- libertação é humana porque éé efe¬
AA libertação é humana porque
nossa Igreja
3 efe- longo da
longo história da
da história da nossa Igreja do do Não resta dúvida de que na Igre¬
Não resta dúvida de que na Igre¬
1
r ;;i,!
lha,
outra
em comunhão
lha, em comunhão com ela. Não
com ela.
mesma Igreja
Igreja. ÉÉ aa mesma
outra Igreja.
Não há
Igreja de

de de;
pelo homem
tivada pelo
tivada homem em
entretanto éé Deus
de; entretanto
sua liberda¬
em sua
quem move
Deus quem
liberda-
move ee
Brasil, sentimo-nos
Brasil,
midados frente a tão
impotentes ee inti¬
sentimo-nos impotentes
grande tarefa"
midados frente a tão grande
inti¬
26.
tarefa" 26.
ja do Brasil se está afirmando
ja do Brasil se está afirmando cada
vez mais um novo modelo de Igreja,
vez mais um novo modelo de Igreja,
cada
I
Cristo
Cristo ee dos Apóstolos. Mas
dos Apóstolos. com uma
Mas com uma penetra humana de tal
ação humana de tal forma
penetra aa ação
‘í ®íiK;
forma EE esta tomada de
esta tomada de posição
posição aoao lado
lado e uma nova visão teológica a respeito
e uma nova visão teológica a respeito
casa nova. Fala
casa nova. linguagem do
Fala aa linguagem do povo
povo que aa libertação
que libertação possa ser dita
possa ser dita como
4-Irareifl
íf e se veste no seu estilo. Ela não nas¬
ceu da fantasia renovadora de alguns.
libertação de Deus. O processo his¬
tórico antecipa e prepara a definitiva
como do
do povo tem-se tornado
povo tem-se rios últimos
tornado nos
anos cada vez mais expressiva e efe-
últimos de sua missão entre os homens.
de sua missão entre os homens.

h
Nasceu como resposta dada na fé às libertação no Reino; as libertações
I ingentes necessidades do meio, à fal¬
ta de ministros ordenados, às dificul¬
humanas ganham uma função sacra¬
mental; possuem seu peso próprio,
dades de diálogo, encontro e comu¬ mas também sinalizam e antecipato- j
j nhão entre todos os membros do po-
vo de Deus”.
riamente concretizam o que Deus pre- i
parou definitivamente para os ho- j
E em seguida o Editorial conclui mens"24.
de forma significativa: Se o reino de Deus começa nesta 'j I HOORNAERT, Eduardo, Formação do
J tária, introdução à obra citada de Gil¬
I "Essa Igreja nova não é uma to- terra, também deve começar aqui o ] Catolicismo Brasileiro 1550-1800, Vozes, berto Vilar de Carvalho, pp. 11-12.
. talização ad intra; está aberta aos pro¬ processo de libertação. • Petrópolis, 1974, pp. 31-58. 13 Vide Azzi, Riolando, O movimen¬
2 Vide Azzi, Riolando, As romarias
I blemas da sociedade, especialmente Escrevendo sobre “o povo em fa¬ no Brasil, in Revista de Cultura, Vozes,
to de reforma católica no Brasil no sé¬
culo XI in REB, 1974, pp. 646-662.
ill os referentes à justiça. Ela possui ce do Senhor Bom Jesus”, João C. j maio de 1979, n? 4, pp. 281-282. 14 Vide Azzi, Riolando, D. Pedro II
uma nítida consciência política, por
entender que se o Reino de Deus não
de Oliveira Torres afirmava: | 3 BENCI, Jorge, Economia cristã dos
senhores no governo dos escravos, Gri-
e a reforma do clero no Brasil in re¬
vista do I.H.G.B., 1978.
f: é uma dimensão meramente política, “Nos desolados sertões brasileiros, jalbo, São Paulo, 1977, p. 77. 15 MARIA, Júlio, O Catolicismo no Bra¬
í I ele também não se realiza sem a po¬ os homens que se sentem abandona¬ 4 Moralistas do século XVIII, Ed. sil, Agir, Rio de Janeiro, 1950, p. 244.
dos de Deus e dos homens, e que j Documentário, Rio de Janeiro, 1979, pp. 15 MARIA, Júlio, o. c. pp. 245-246.
lítica. Por isso, tudo interessa ao 25-26. 15 BEOZZO, José Oscar, in REB.
reino, porque tudo pode mediatizá- nada possuem de confortável, espe- j
li 5 HOORNAERT, Eduardo, o. c. pp. 58-60. 18 BEOZZO, José Oscar, in REB.
ram a salvação de algo sobrenatural j
1 Isi -lo, e fazê-lo crescer no mundo até
a sua plenitude na parusia”23. e extraordinário. Sua fé, dirão os teó- j
6 TORRES, João Camilo de Oliveira,
História das Idéias Religiosas no Bra¬
19 NOGUEIRA, Ataliba, Antônio Conse¬
lheiro e Canudos, Ed. Nacional, São Pau¬
í logos, é confusa, obscura e mesclada sil, Grijalbo, São Paulo, 1968, pp; 57-58. lo, 1974, p. 68.
l! Vinculada diretamente com a teo¬ 1 FILHO, João Dornas, O Padroado e 20 Carta pastoral de D. Sebastião Le¬
de várias influências espúrias. Mas
1fc, :
I logia do reino e o compromisso com
é uma fé viva: eles acreditam que o a Igreja Brasileira, Ed. Nacional, São me arcebispo metropolitano de Olinda,
l hl a justiça está a teologia áa liberta¬ Paulo, 1938, p. 23. saudando os seus diocesanos, Vozes, Pe¬
Senhor Bom Jesus, pobre, sofredor, 1 s CARRATO, João Ferreira, Igreja, Ilu- trópolis, 1916, pp. 5; 16-17.
I li ção, de origem tipicamente latino-
americana. abandonado como eles, os libertará minismo e Escolas Mineiras Coloniais, 21 NERY, Castro, Programa de Ação
4 um dia..."25. Ed. Nacional, São Paulo, 1968, pp. 181- Católica, Rio de Janeiro, 2- ed., 1936, p.
Os padres liberais do início do sé¬ -182. 137.
culo XIX se colocaram ao lado do Na história recente do Brasil, a 9 CANECA, Frei, Ensaios Políticos, Ed. 22 QUEIROZ, Antônio Celso, A Igreja
Igreja procura tornar-se a encarna¬ Documentário, Rio de Janeiro, 1976, p. 27. no Brasil, CRB, Rio de Janeiro, 1977, p.
II povo em nome dos ideais da Revolu¬
ção dessa suspirada libertação. 10 TOLENARE, L. F., Notas Dominicais
ção Francesa. O clero da segunda me¬ tomadas durante uma visita em Portu¬ ‘23
;jj I, SEDOC, 1975, maio, 1058-1060.
tade do século XX começa a redes- A 6 de maio de 1973, alguns bis- gal e no Brasil em 1816, 1811 e 1818, Livr. 24 BOFF, Leonardo, A graça libertado-
•ii. cobrir na Bíblia a inspiração para pos e superiores religiosos do nor- Progresso Editora, Salvador, 1956, pp. ra no mundo, Vozes, Petrópolis, 1976, p.
efetivamente encarnar-se na vida do deste publicaram um importante do- 197-198; 211. 184.
11 CARVALHO, Gilberto Vilar, A lideran¬ 25 TORRES, João Camilo de Oliveira,
povo e, em nome da palavra de Deus, cumento sob o título: "Eu ouvi os
ça do clero nas Revoluções Republica¬ o. c., p. 63.
Y lutar pelos seus direitos e por sua clamores do meu povo”. Na introdu- nas: 1811-1824, Petrópolis, 1980, p. 183. 23 SEDOC, 1973, nov., 607.
i dignidade humana. ção afirmam: 12 BOOF, Leonardo, O reverso da his-

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