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DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA 

A SIDA 

Título: 120 Batimentos por Minuto


Título original: 120 Battements par Minute
Realização: Robin Campillo
Argumento: Robin Campillo, Philippe Mangeot
Intérpretes: Nahuel Perez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel,
etc.
Género: Drama
Classificação: 16 anos
Duração: 135 min
Origem/Data: França/2017
Trailer: https://tinyurl.com/3yxbm5mf

Paris, início da década de 1990. Um grupo de ativistas esforça-se por captar a atenção da opinião pública
para a epidemia de SIDA que, nos últimos anos, causou a morte a milhares de pessoas pertencentes à
comunidade LGBTQI+. Face à inação do governo francês, alguns jovens criam a ACT UP Paris, para
promover ações em defesa da prevenção e do tratamento da doença. É neste contexto que Nathan, um
jovem que se junta ao movimento, conhece Sean, um dos militantes mais ativos, cujo estado de saúde é
delicado.

Ao receber o prémio em Cannes, em maio de 2017, Robin Campillo, ele próprio um ex-ativista da ACT UP
Paris declarou: «Pode pensar-se que o filme é uma homenagem às pessoas que morreram, mas é também
uma homenagem aos que sobreviveram e que ainda resistem hoje em dia, e nos quais eu penso muito esta
noite, que ainda têm tratamentos pesados e estão em situações precárias, porque quando eram ativistas,
puseram suas vidas entre parênteses (…).»

ENSAIO
«A responsabilidade não se divide», afirma, a determinada altura, uma das personagens do filme. Refere-se
ao processo de contaminação da SIDA, pois, segundo a sua lógica, numa relação sexual desprotegida, tanto
a pessoa que transmite o vírus, como a que não se cuidou e, por isso, acabou infetada, precisam de assumir
as suas responsabilidades, sem culpar a outra pessoa. Este posicionamento, curiosamente, está presente em
toda a narrativa do filme, porém, de formas contraditórias, tanto para o apoiar como para o contradizer. O
foco, obviamente, vai muito além da relação sexual propriamente dita – está nas vidas, nas lutas, nas
conquistas e nas expectativas de cada um destes intrépidos ativistas que, juntos, compõem um dos mais
fortes e poderosos libelos de denúncia contra uma doença que continua, ainda hoje, a ter impactos
avassaladores.

Depois de veres o filme, refletires sobre ele e consultares fontes credíveis sobre a problemática
em apreço, realiza um ensaio, respondendo à seguinte questão:
- Numa pandemia, como a da SIDA ou a da SARS-COV-2, quem pode ser responsabilizado pela
transmissão do vírus? As pessoas individualmente consideradas? Os Estados e as suas políticas
de saúde e apoios sociais? A indústria farmacêutica e os interesses económicos? Nenhum deles?
Todos em conjunto?

Na tua resposta, deves:


- Clarificar o problema filosófico inerente à questão formulada;
- Apresentar inequivocamente a tua posição;
- Argumentar a favor da tua posição.

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