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PA-576-
0171.037 03 1/8 QSMS
Procedimento para Trabalho em Altura

Autor: Silvia Bógus Aprovador: Pedro Rando Neto


Equipe: Carlos Antonio de Araujo, Adriano Lyra, Marcia Baroni, Guilherme Suencio, Rodrigo
Dutra.

1. OBJETIVO
Este procedimento estabelece os requerimentos e as medidas de proteção para a
realização de todo e qualquer trabalho em altura, envolvendo o seu planejamento, a sua
organização e a sua execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m do nível
inferior, onde haja risco de queda.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este procedimento aplica-se a todo trabalho em altura realizado nas Unidades de
Trabalho do grupo Manserv, escritórios regionais, oficinas, centros de serviço, sede e
almoxarifado.

3. DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS
EPI Equipamentos de Proteção Individual
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
SESMT
Trabalho
UT Unidade de Trabalho
APR Análise Preliminar de Riscos
PT Permissão de Trabalho
Absorvedor de Dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do
energia trabalhador durante a contenção da queda.
Cinto de
Equipamento de Proteção Individual constituído de sustentação na parte
segurança tipo
inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.
paraquedista
Condições
Condições que impedem a realização ou continuidade do serviço
impeditivas
Fator de queda é a relação entre a queda do trabalhador e o
comprimento do talabarte que é obtida pela fórmula: hQ/CT, onde
Fator de queda
hQ = Altura da queda
CT = Comprimento do talabarte
Ponto de Ponto destinado para a conexão de dispositivos de segurança, tais
ancoragem como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.
Sistemas de Componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar
ancoragem impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu cinto de
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segurança, diretamente ou através de outro dispositivo.


Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não,
Talabarte
para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em
Trava-queda operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Colaborador que responde pelos resultados da UT ( Gerente,
Preposto da UT
Coordenador ou Supervisor da UT)

4. DESCRIÇÃO

4.1 Responsabilidades

4.1.1 Do empregador
Cumprir e fazer cumprir este procedimento, provendo todos os recursos necessários
para esta atividade.

4.1.2 Diretores, Gerentes Regionais, Gerentes Operacionais e Gerentes


Corporativos
Assegurar a implantação deste procedimento em suas Unidades de Trabalho, escritórios
regionais, oficinas e centros de serviços, sede e almoxarifado.

4.1.3 Dos Gerentes e Coordenadores de Unidades de Trabalho


Implementar e exigir que as medidas de controle e de proteção deste procedimento
sejam praticadas em todas as atividades envolvendo trabalho em altura. Assegurar que
cada funcionário conheça, tenha sido treinado e cumpra este procedimento.

4.1.4 Dos Supervisores, Encarregados e Líderes


Praticar e cumprir este procedimento em todas as atividades de trabalho em altura que
forem executadas por suas equipes ou colaboradores. Orientar seus colaboradores para
que possam praticar as medidas aqui estabelecidas.

4.1.5 Do SESMT da Unidade de Trabalho


Apoiar tecnicamente toda e qualquer atividade relacionada a este procedimento e
fiscalizar a correta aplicação do mesmo.

4.1.6 Do Colaborador
Cumprir todos os requisitos deste procedimento e interromper suas atividades exercendo
o direito de recusa, sempre que constatar evidências de riscos graves não controlados
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para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato


a seu superior hierárquico, que tomará as medidas cabíveis.

4.2 Planejamento, organização e execução.

No planejamento de qualquer trabalho em altura, seja ele rotineiro ou não rotineiro,


devem ser adotadas as seguintes medidas, de acordo com esta hierarquia:

a) Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;
b) Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de
execução do trabalho de outra forma;
c) Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda
não puder ser eliminado.

Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida na
APR ou no procedimento operacional da atividade.

4.2.1 Atividades rotineiras

São consideradas atividades rotineiras de trabalho em altura na Manserv aquelas


executadas sempre no mesmo local, da mesma maneira, com as mesmas condições do
ambiente. Qualquer situação que não atenda um destes critérios, não deve ser
considerada atividade rotineira.
Para estas atividades rotineiras de trabalho em altura, deve ser elaborado um
Procedimento Operacional para atividades críticas. Esta análise deve ser realizada em
conjunto pelo responsável da atividade (coordenador, supervisor, encarregado), pelo
executante e pelo SESMT da UT.
Este procedimento deve contemplar:
a) O local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) O detalhamento da atividade – passo a passo (tarefas);
c) Os riscos de cada tarefa e as respectivas medidas de controle;
d) A necessidade de isolamento e a sinalização - por meio de corrente, fita zebrada,
tela ou tapumes e placas de sinalização;
e) O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem de forma que
possibilitem que o colaborador permaneça conectado ao mesmo durante todo o
período de exposição ao risco de queda;
f) A seleção, inspeção e forma de utilização dos EPIs e sistemas de ancoragem
objetivando um fator de queda < 1;
g) O risco de queda de materiais e ferramentas;
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h) Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;


i) As condições impeditivas;
j) As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros,
de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
k) A necessidade de sistema de comunicação;
l) A forma de supervisão – como e por quem será realizada.

Um check list de verificação deverá ser elaborado especificamente para a atividade para
que seja preenchido imediatamente antes da sua execução, com o objetivo de garantir a
verificação dos itens críticos da atividade. Neste check list todos os EPIs, acessórios e
sistemas de ancoragem devem ser verificados.

Este procedimento operacional e seu respectivo check list deve estar publicado no
webdesk.

Os colaboradores que forem executar estas atividades rotineiras envolvendo trabalho em


altura deverão ser treinados no respectivo Procedimento Operacional para atividades
críticas, além de capacitados e autorizados para trabalhar em altura (vide item 4.3)

4.2.2 Atividades não rotineiras

Todas as atividades não rotineiras de trabalho em altura somente serão autorizadas


mediante o preenchimento da Análise Preliminar de Riscos (APR) e da Permissão de
Trabalho.

Análise Preliminar de Riscos

Antes de iniciar a atividade, deve ser elaborada uma Análise Preliminar de Riscos (APR)
envolvendo o responsável da atividade (supervisor, encarregado ou coordenador), o
SESMT da UT e o(s) executante(s) no local de execução da atividade, identificando-se
os riscos de cada tarefa da atividade e seus respectivos controles.
Inicialmente, a liderança deverá verificar se a atividade a ser realizada faz parte do
escopo do contrato, se há recursos adequados (mão de obra capacitada, materiais e/ou
equipamentos disponíveis) e/ou se há outros impedimentos para sua realização.
Esta APR deve contemplar:
a) A necessidade de isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho -
por meio de corrente, fita zebrada, tela ou tapumes e placas de sinalização;
b) O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem de forma que
possibilitem que o colaborador permaneça conectado ao mesmo durante todo o
período de exposição ao risco de queda;
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c) A seleção, inspeção e forma de utilização dos EPIs e sistemas de ancoragem


objetivando um fator de queda < 1;
d) O risco de queda de materiais e ferramentas;
e) Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
f) As condições impeditivas - caso algum risco não possa ser mitigado ou
controlado a atividade não deverá ser realizada;
g) As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros,
de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
h) A necessidade de sistema de comunicação;
i) A forma de supervisão – como e por quem será realizada.

A APR possui validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho e


não pode ser revalidada.

Permissão de Trabalho

A Permissão de Trabalho (F-622-0171.037) deve ser emitida e aprovada pelo superior


imediato dos executantes (encarregado, supervisor ou coordenador) e deve estar
disponível no local de sua execução juntamente com a APR. Ao término da atividade ela
deve ser encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
A Permissão de Trabalho possui validade limitada à duração da atividade, restrita ao
turno de trabalho e não pode ser revalidada.

4.3 Capacitação e autorização

Todo trabalho em altura só pode ser executado por profissional capacitado e autorizado.
Considera-se profissional capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo
conteúdo programático atenda a legislação vigente e solicitações específicas do cliente.
A reciclagem do treinamento para trabalho em altura deve ser realizada a cada 2 anos
ou quando do retorno do colaborador após afastamento superior a 90 dias,
Nota: A Reciclagem do treinamento em procedimentos operacionais que envolvam
trabalho em altura deve ocorrer sempre que houver mudança no procedimento, nas
condições de execução e/ou mudança de UT.
O treinamento só pode ser ministrado por instrutores externos com comprovada
proficiência no assunto ou internos aprovados pelo SMS corporativo conforme PA - 673 -
Autorização de Instrutores de SMS.
Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e
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qualificação do instrutor. O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia


arquivada no seu prontuário.

Considera-se profissional autorizado para realizar trabalho em altura aquele capacitado,


cujo estado de saúde foi avaliado, por meio de exames do Programa de controle médico
de Saúde Ocupacional, tendo sido considerado apto para esta atividade por meio do
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
Além disso, o profissional deverá portar o crachá de autorização para execução de trabalhos
especiais (F-551-0171.037).

4.4 Equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem.

Os Equipamentos de Proteção Individual, acessórios e sistemas de ancoragem que


serão utilizados devem ser definidos no momento da elaboração da APR para atividades
não rotineiras ou no Procedimento Operacional para atividades rotineiras, porém é
obrigatório em todos os casos o uso de:
 Capacete com jugular;
 Cinto de segurança tipo paraquedista com duplo talabarte;
 Calçado de segurança
 Óculos de segurança

O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem, sempre que possível, estar fixados


acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador
colidir com estrutura inferior.

É obrigatório o uso de absorvedor de energia quando:


a) fator de queda for maior que 1;
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

Quanto ao ponto de ancoragem, este deve:


a) ser selecionado por engenheiro legalmente habilitado (CREA);
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
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4.5 Programa de controle médico de saúde ocupacional

Os seguintes exames médicos devem ser obrigatórios para todos os colaboradores que
executam trabalho em altura:
o Audiometria
o Acuidade visual
o Eletrocardiograma
o Eletroencefalograma
o Hemograma (Plaquetas, Fator RH, Tipo Sanguíneo, TGO, TGP)
o Glicemia em jejum
o Fatores psicossociais

4.6 Plano de emergência e salvamento

Cada unidade de trabalho deverá incluir em seu plano de emergência a situação de


emergência envolvendo trabalho em altura.
Deve haver uma equipe treinada para respostas em situações de emergência
envolvendo altura, esta equipe pode ser própria, do cliente ou externa a UT.
A equipe deve ser capacitada para executar o resgate, prestar primeiros socorros e
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
O tempo para respostas em situações envolvendo trabalho em altura deve ser o menor
possível.

4.7 Condições impeditivas

Todo trabalho em altura a ser realizado em céu aberto, não deverá ser executado em
condições meteorológicas adversas.
Outras condições impeditivas deverão serão identificadas na APR.

5. CONTROLE DOS REGISTROS

Identificação F-288-0171.037 – APR – Análise Preliminar de Riscos


Responsável Preposto da ut / Técnico de Segurança
Armazenamento Físico
Proteção NA
Recuperação Por numeração da APR ou data
Tempo de retenção Vigência do contrato
Disposição Destruir
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Identificação F-622-0171.037 – Permissão de trabalho


Responsável Preposto da UT / Técnico de Segurança
Armazenamento Físico
Proteção NA
Recuperação Por numeração da PT ou data
Tempo de retenção Vigência do contrato
Disposição Destruir

Identificação Procedimento Operacional para atividades críticas – XXXXX


Responsável Preposto da UT
Armazenamento Físico / Lógico
Proteção Físico: NA / Lógico: Back up webdesk
Recuperação Código do documento
Tempo de retenção Vigência do contrato
Físico: Destruir / Lógico: Manter no webdesk – memória técnica da
Disposição
empresa

6. REFERENCIAS

Norma Regulamentadora – NR 35

7. ANEXOS

F-288-0171.037 - APR - Análise Preliminar de Riscos


F-660-0171.037 - PT - Permissão de trabalho
F-551-0171.037 - Crachá de autorização para execução de trabalhos especiais.

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