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Apresentação
Prezado aluno, você está iniciando seus estudos na área médico-legal – e, como tal,
para melhor compreendê-la, se faz necessário conhecer a dinâmica histórica desde a
época antiga até os tempos atuais.
Lidar com a Medicina legal é buscar o apoio de outras ciências para melhor
compreender um fato de interesse jurídico e, mais frequentemente, de interesse
criminal.
Objetivos
Identificar os períodos históricos da Medicina legal e as fases no Brasil;
Diferenciar os documentos de natureza médico-legal e suas indicações;
Reconhecer a Medicina legal como um instrumento de aplicação do direito.
A necessidade da perícia
Prezado aluno, imagine a situação em que se ouvem dois disparos de arma de
fogo no interior de um apartamento. Imediatamente, os vizinhos ligam para a
polícia. Dois policiais militares, chegando ao local, se deparam com a cena
retratada a seguir:
a) Preventiva em saúde.
b) Propedêutica.
c) Política.
d) Jurídica.
e) Clínica.
Comentário
a Medicina legal aparece como uma tríplice
a) Medicina de família.
b) Clínica médica.
c) Patologia.
d) Criminal.
e) Social.
Período antigo
Período romano
Período médio
Período canônico
Período moderno
Período antigo
O período antigo é marcado pelas determinações legais em matéria médica
previstas no Código de Hamurabi, sendo ele considerado um dos mais antigos,
já que foi promulgado no século XVIII antes da era cristã.
Da china, em 1248, com o título Hsi Yuan Lu, registra-se a primeira publicação
de natureza médico-legal.
Período romano
O período romano é marcado por uma fase anterior e posterior à reforma do
imperador bizantino Justiniano.
Período médio
Nesse período, destacam-se as capitulares de Carlos Magno, a lei germânica e
a lei sálica.
Ainda nesse período, se tem a lei básica germânica, em que o código criminal
carolino apoia as decisões dos juízes nos crimes contra a vida.
Período moderno
Fortunato Fidelis e Paulus Zacchias destacam-se no início do período moderno.
Lacassgne denomina Ambroise Paré como o pai da Medicina legal.
1814
Fase estrangeira
1877
Fase de transição
1895
Fase de nacionalização
Fase estrangeira
A fase estrangeira vai do período colonial até 1877. Nessa fase, registra-
se a publicação oficial e pioneira de cunho médico-legal pelo médico
mineiro do Império, Gonçalves Gomide, datada de 1814, por ocasião do
exame de uma jovem considerada santa. Na verdade, tratou-se de um
parecer que impugnava o exame de santidade realizado por dois clínicos.
Fase de transição
Essa fase vai de 1877 a 1895. Augustinho José de Souza Lima, sucessor
de Ferreira de Abreu, dá início a um curso prático de tanatologia forense.
Fase de nacionalização
Formalidade documental
Dentro da formalidade documental afeita à Medicina legal, temos: atestados e
declarações; notificações; relatório médico-legal, consulta médico-legal,
parecer e depoimento oral.
Atestados
Declaração de óbito
A declaração de óbito (DO) é um documento de natureza pública que dá
por encerrada a vida biológica da pessoa.
De acordo com a causa, a morte pode ser natural com e sem assistência
médica, de natureza violenta ou na condição especial de morte fetal.
Caso paire alguma incerteza da causa natural da morte, ela deve ser
apurada pelo SVO.
• Óbitos fetais
• Causa Violenta
Notificações
O art. 269 do Código Penal (CP) reza que o médico está obrigado a
comunicar à autoridade pública sobre as doenças que diagnosticar e que
constam como sendo de notificação compulsória. São essas as
infectocontagiosas, as doenças ocupacionais e os casos de morte
encefálica (Lei 8.489/1992).
Consulta Médico-legal
Quando paira incerteza sobre o laudo pericial, a autoridade solicita
esclarecimento, apontando os pontos duvidosos ou eventuais omissões
na forma de quesitos.
Parecer Médico-legal
Depoimento oral
Quando não for solicitado por escrito, o perito poderá ser intimado a
comparecer à audiência para esclarecer o laudo.
Referências
CROCE, D; CROCE JR, D. Manual de Medicina legal. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
p. 6-7.
FÁVERO, F. Medicina legal. 12. ed. Rio de Janeiro: Villa Rica, 1991. p. 28-29.
GOMES, H. Medicina legal. 25. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1987. p. 21.
HERCULES, H. C. Medicina legal: texto e atlas. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. p. 5-6,
8.
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