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Questão 1:

{
−2 x 1 +2 x2 +3 x 3=2
2 x 1−x 2 +3 x 3=4
4 x 1−x 2−5 x 3=−3

Para fazer o método de eliminação de Gauss, deveremos escalonar o sistema, zerando o espaço de x 1 na
segunda e terceira linhas e de x 2 na terceira linha. Desta forma, numerando as linhas como L1, L2 e L3,
teremos de fazer: L1 + L2, simultaneamente com 2 L1+ L3 . O sistema ficará desta forma:

{
−2 x 1 +2 x2 +3 x 3=2
x 2 +6 x 3=6
3 x 2 + x 3=1

A seguir, deveremos fazer a operação −3 L2+ L3, obtendo:

{
−2 x 1 +2 x2 +3 x 3=2
x 2 +6 x 3=6
−17 x3 =−17

1
A solução do sistema será x 1= , x 2=0 e x 3=1.
2

Questão 2:
a) Esta questão envolve o conceito de subespaço vetorial. Para que um subconjunto W ⊂ R4 seja um
subespaço vetorial de R4 , devem ser satisfeitas três hipóteses:
 0 ∈W
Ou seja, o vetor nulo deve pertencer a este subconjunto. De fato, sendo x 3=0 e x 2=x 1−3 x 4, é
possível inferir que, se x 1=0 e x 4 =0, logo x 2 também resultará zero. Ou seja, o vetor nulo pertence a
este subespaço. Primeira condição satisfeita.
 W tem de ser fechado para a soma, ou seja, sendo dois vetores u e v pertencentes a W , o vetor u+ v
também precisa pertencer a W . Seja então u=( a1 , b1 , c1 , d 1 ) e v=( a 2 , b2 , c 2 , d 2 ), onde
b 1=a1 −3 d 1 , b 2=a2−3 d2 e c1=c 2=0 e a 1 , b1 , c 1 , d 1 , a2 , b2 , c 2 , d 2 ϵ R ambos pertencentes a W.
Tentaremos mostrar que, se u , v ∈W , então, também ( u+ v ) ϵ W .
u+ v=( a1+ a2 , b1+ b2 , c1 +c 2 , d 1+ d 2)
Aplicando as condições do conjunto, obteremos:
( b 1+ b2 )=( a1 +a2 ) −3 ( d 1+ d 2 ) ,
Efetuando a distributiva e removendo os parênteses, observaremos que:
b 1+b 2=a 1+ a2−3 d 1 +3 d 2
Reorganizando as parcelas, obteremos em separado que b 1=a1−3 d1 , b2=a2−3 d 2
Onde concluiremos que a operação está fechada para a soma.
 W também tem de ser fechado para a multiplicação por escalar, onde para α ∈ R ,u ∈ W implica que
αu ϵ W .
Seja então u=( a1 , b1 , c1 , d 1 ), b 1=a1−3 d1 , a 1 , b1 , c 1 , d 1 ∈ R , onde c 1=0 . Desta forma,

u=( a1 , a1−3 d 1 , 0 , d1 ) . Se multiplicarmos o vetor u por um escalar α, obteremos

α ∙ u=( α ∙ a1 , α ∙ ( a1 −3 d 1) , α ∙ 0 , α ∙ d 1 )=α ∙ ( a1 , b1 , 0 , d 1 ), que também está fechado para a multiplicação.


Satisfeitas todas as condições, então W é um subespaço vetorial de R4

b) Temos W =( x 1 , x 1−3 x 4 ,0 , x 4 ) .
Isso permite que encontremos:
x 1 ( 1,1,0,0 ) + x 4 ( 0 ,−3,0,1 )
Ou seja, uma base possível é (1, 1, 0, 0) e (0, - 3, 0, 1), onde a dimensão será 2.

Questão 3:
a) O produto interno precisa satisfazer as seguintes propriedades:
 Simetria: ⟨ u , v ⟩= ⟨ v , u ⟩, ∀ u , v ϵ R3 , onde V é um espaço vetorial
 Positividade: ⟨ u ,u ⟩ ≥0 , ∀ u ϵ R3 , onde ⟨ u ,u ⟩=0 ↔ u=0 v
 Distributividade: ⟨ u +w , v ⟩= ⟨ u , v ⟩ + ⟨ w , v ⟩ , para todos u , w e v ∈ R3
 Homogeneidade: ⟨ αu , v ⟩=α ∙ ⟨ u , v ⟩

Sendo u=( x 1, x 2 , x 3 ) e v=( y 1 , y 2 , y 3 ), verificamos que é possível que a igualdade apresentada seja
possível, uma vez que os coeficientes reais 2, 3 e 2, das parcelas podem ter se originado da
multiplicação de um escalar (homogeneidade) por um dos dois vetores para resultar em
2 x1 y 1+ 3 x 2 y 2+ 2 x 3 y3

b) Para determinar uma base ortonormal, deveremos normalizar cada um dos vetores e para
v
normalizar um vetor, temos de dividir cada componente pela norma dele: . Desta forma, para
‖v‖
cada um dos vetores, teremos:
( 1,0,0 )
 = (1,0,0 )
√12 +0 2+0 2

(−1,1,0 )
√(−1 ) +1 +0
2 2 2
= (−2√2 , √22 , 0)
( 0,0,1 )
 = ( 0,0,1 )
√ 02+ 02 +12
A base ortonormal será:

{
α ' = (1,0,0 ) , ( −2√2 , √22 , 0), ( 0,0,1) }
Questão 4:
a) Façamos a transformação:
( x , y , z )=a ∙ ( 1,−1,0 ) +b ∙ ( 0,1,0 ) +c ∙ ( 2,0,1 )
( x , y , z )=( a+2 c ,−a+b , c ), logo c=z , a=x−2 z e b= y + x−2 z

Desta forma,
( x , y , z )=( x−2 z ) ∙ ( 1,−1,0 ) + ( y + x−2 z ) ∙ ( 0,1,0 ) + ( z ) ∙ ( 2,0,1 )
T ( x , y , z )=( x−2 z ) ∙ T ( 1 ,−1,0 )+ ( y + x−2 z ) ∙T ( 0,1,0 )+ ( z ) ∙ T ( 2,0,1 )
T ( x , y , z )=( x−2 z ) ∙ ( 1 ,−2 ) + ( y + x−2 z ) ∙ (−1,0 ) + ( z ) ∙ ( 2 ,−1 )
T ( x , y , z )=( x−2 z− y−x +2 z+ 2 z ,−2 x +4 z −z )
T ( x , y , z )=(− y +2 z ,−2 x+3 z ), transformação linear procurada.

Verifiquemos:
 T ( 1 ,−1 , 0 ) =(−(−1 ) +2∙ 0 ,−2∙ 1+3 ∙0 )=( 1 ,−2 )
 T ( 0 , 1,0 ) =(−1+ 2∙ 0 ,−2∙ 0+3 ∙ 0 )=(−1 , 0 )
 T ( 2 , 0 , 1 )=(−0+2 ∙ 1,−2∙ 2+3 ∙1 ) =( 2 ,−1 )

b) Para encontrarmos o núcleo da transformação, basta igualarmos a TL ao elemento nulo do


contradomínio, ou seja:
3
T ( x , y , z )=(− y +2 z ,−2 x+3 z )=( 0,0 ), onde obteremos y=2 z e x= z
2

Desta forma, o núcleo da transformação será

N (T )=
{( 3
2 )
z ,2 z , z /z ∈ R
}
Uma base geradora para esse núcleo poderá ser, a partir deste desenvolvimento, ( 32 , 2 , 1), com
dimensão 1.
Questão 5:
a) Para calcular os autovalores, precisamos de uma matriz, então vamos achar a matriz que representa T
na base canônica:
 T ( 1,0,0 ) =( 1,3,1 )
 T ( 0,1,0 )=( 0 ,−2, 1 )
 T ( 0,0,1 ) =( 0 , 0 ,1 )

( )
1 0 0
A matriz T será dada por: 3 −2 0
1 1 1

( )
1−λ 0 0
Faremos: T −λ I = 3 −2−λ 0
1 1 1−λ

Efetuando-se o determinante dessa matriz e igualando a zero, obteremos:


( 1− λ ) ∙ (−2−λ ) ∙ ( 1−λ ) =0 (equação característica)
λ=1 ou λ=−2, que são os autovalores procurados.

Calculando os autovetores, façamos A ∙ v= λ∙ v


 Para λ=1:

( )( ) ( )
0 0 0 x 0
3 −3 0 ∙ y = 0
1 1 0 z 0
Que terá como solução ( 0 , 0 , z )=z ( 0 , 0 , 1 )

 Para λ=−2:

( )( ) ( )
3 0 0 x 0
3 0 0 ∙ y =0
1 1 3 z 0

Que terá como solução 0 , y ,− ( y


3 ) (
= y ∙ 0 ,1 ,−
1
3 )
b) I) A equação característica é: ( 1− λ ) ∙ (−2−λ ) ∙ ( 1−λ ) =0
II) O polinômio característico é: p ( λ )= ( 1−λ ) ∙ (−2−λ ) ∙ ( 1−λ )=−λ 3 +3 λ−2
III) Os autovalores são os respectivos autoespaços, excluindo o vetor nulo.

c) Sim, determinam. A base poderia ser definida por ( 0 , 0 , 1 ) e (0 , 1 ,− 13 ), que também são as
multiplicidades algébrica e numérica de cada vetor.
d) Como encontramos dois autovetores distintos, o nosso operador é diagonalizável e as matrizes D e P

( )( )
0 0 0 3 0 0
são respectivamente 3 −3 0 e 3 0 0
1 1 0 1 1 3

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