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Escrito em LATEX.
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
SUMÁRIO
ar
Símbolos e notações gerais 1
in
Agradecimentos 3
Agradecimentos 3
lim
1 Estrutura Vetorial do Plano e do Espaço
e
1
1.1 Definições Elementares 1
1.1.1 Operações com Vetores 9
Pr
2 Vetores em Coordenadas 77
r
i
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ar
2.6.1 O lugar geométrico de uma equação 134
2.7 Coordenadas Polares 141
2.7.1 Relação entre Coordenadas Cartesianas e Polares 143
in
3 Retas e Planos 149
3.1 Equações da Reta 149
ii
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
6 Círculos e Esferas 231
6.1 Equações Canônicas de Círculos e Esferas 231
in
6.1.1 Círculo por três pontos 235
6.2 Retas Tangentes e Planos Tangentes 241
7 Cônicas 253
7.1 Introdução 253
e lim
6.3 Circunferência em coordenadas polares 249
iii
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
7.7 ⋆ Cônicas em Coordenadas Polares 299
7.8 ⋆ Cônicas e a Trajetória dos Planetas 301
in
8 Curvas 309
8.1 Parametrização de Curvas 309
Apêndice 369
iv
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
B .2.3 Gráfico das funções funções cotangente e cossecante 382
B .3 Funções trigonométricas inversas 383
B .3.1 Função arco seno 384
in
B .3.2 Função arco cosseno 384
B .3.3 Função arco tangente 385
387
v
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Índice Remissivo 435
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
vi
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
S Í M B O LO S E N OTA Ç Õ E S
GERAIS
ar
∃ : existe
∀ : qualquer que seja ou para todo(s)
in
⇒ : implica
⇔ : se, e somente se
∴
:=
i.e.
:
:
:
portanto
lim
definição (o termo à esquerda de := é definido pelo termo
ou expressão à direita)
id est (em português, isto é)
e
: indica o final de uma demonstração
← →
Pr
AB : reta passando pelos pontos A e B
AB : segmento de reta ligando os pontos A e B
AB : segmento orientado de reta ligando os pontos A e B
−→
o
k AB k : comprimento do segmento AB
k vk : comprimento do vetor v
−→ −→
r
k AB k : comprimento do vetor AB
Ve
| A| : determinante da matriz A
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
A G R A D E C I M E N TO S
ar
Gostaríamos de agradecer à profa . Mariana Rodrigues da Silveira e
ao prof. Alexei Magalhães Veneziani pelas inúmeras sugestões e cor-
in
reções. Também gostaríamos de agradecer aos alunos André Peric
Tavares e Rafael Romano pelas correções.
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
S Í M B O LO S E N OTA Ç Õ E S
GERAIS
ar
∃ : existe
∀ : qualquer que seja ou para todo(s)
in
⇒ : implica
⇔ : se, e somente se
∴
:=
i.e.
:
:
:
portanto
lim
definição (o termo à esquerda de := é definido pelo termo
ou expressão à direita)
id est (em português, isto é)
e
: indica o final de uma demonstração
← →
Pr
AB : reta passando pelos pontos A e B
AB : segmento de reta ligando os pontos A e B
AB : segmento orientado de reta ligando os pontos A e B
−→
o
k AB k : comprimento do segmento AB
k vk : comprimento do vetor v
−→ −→
r
k AB k : comprimento do vetor AB
Ve
| A| : determinante da matriz A
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ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
A G R A D E C I M E N TO S
ar
Gostaríamos de agradecer à profa . Mariana Rodrigues da Silveira e
ao prof. Alexei Magalhães Veneziani pelas inúmeras sugestões e cor-
in
reções. Também gostaríamos de agradecer aos alunos André Peric
Tavares e Rafael Romano pelas correções.
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 E ST R U T U R A V E TO R I A L D O
P L A N O E D O E S PA Ç O
ar
"Meça o que for mensurável, e torne
mensurável o que não o for."
in
Galileu Galilei
E
b
ar
cado quando dizemos quantos me-
tros cúbicos esse corpo ocupa, bem
como a massa, a temperatura, a
in
carga elétrica, a energia, etc. Grandezas que ficam determinadas
por um único valor real são denominadas grandezas escalares.
lim
Por outro lado, diversas grandezas físicas exigem para sua com-
pleta determinação, além de uma valor numérico o conhecimento
de sua direção orientada. Tais grandezas são denominadas grande-
zas vetoriais ou simplesmente vetores.
e
O exemplo mais simples e ilustrativo é o deslocamento de um
Pr
corpo. Se um corpo se move do ponto A para o ponto B, dizemos
que ela sofreu um deslocamento de A para B. Para sabermos precisa-
mente o deslocamento de um corpo precisamos conhecer o quanto
o
2
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ar
Como boa parte da construção dos vetores e de suas operações
que faremos neste texto será de natureza primordialmente geomé-
trica, assumiremos que o leitor conhece os principais conceitos e
in
resultados da geometria Euclideana plana e espacial. Em particular
suporemos conhecidos os conceitos de ângulos, retas, planos, com-
lim
primento de segmentos, distância de dois pontos, etc.
3
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
com ponto inicial A e final B será denotado por AB. Para nos-
sas considerações um ponto A é considerado um segmento que
in
denominaremos segmento nulo. Esse segmento será denotado
por AA ou por 0.
lim
O comprimento do um segmento AB será denotado
por AB e será denominado também tamanho, inten-
sidade, magnitude ou norma do vetor.
e
B
b
A
tensidade, direção e sentido, pois apesar de podemos
representar grandezas com esses atributos como vetores aplicados,
essa representação não é única. Ou seja, existem vários vetores apli-
o
cados com pontos iniciais e finais distintos, mas que possuem inten-
sã
4
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
u
v
ar
u=v=w
in
diremos que elas são iguais (ou equivalentes) pois representam a
mesma grandeza.
lim
Quando identificamos os vetores aplicados equivalentes obtemos
vetores livres ou simplesmente vetores.
e
Definição 1.3 O conjunto de todos os vetores aplicados que pos-
Pr
5
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ar
O vetor cujos representantes são segmentos orientado nulos, ou
seja com pontos iniciais e finais coincidentes será denominado vetor
−→
nulo. O vetor nulo será denotado por AA ou por 0.
in
Denotaremos os vetores utilizando fontes mi-
núsculas em negrito a, através de uma flecha su-
−→
AB
b
B
v
perior: −→
lim
a ou ainda no caso em que tivermos
−→
dois pontos A e B, denotaremos por AB o vetor
que tem como representante o vetor aplicado AB.
Graficamente vetores são representados como fle-
e
chas, no qual a ponta da flecha aponta no sentido
Pr
A
b
do vetor.
Dado um vetor e um segmento que o repre-
senta, teremos que a direção do vetor é a direção
o
6
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−→
O comprimento de um vetor v = AB será também denominado
ar
−→
norma do vetor e será denotado por kvk ou ainda por k AB k.
in
Notação 1.5 O conjunto de todos os vetores de E3 será denotado
por V3 . De modo análogo, denotaremos por V2 o conjunto de
vetores associados a E2 , i.e. classe de equivalência de segmentos de
retas no plano.
lim
De modo geral, conceitos envolvendo vetores são definidos utili-
zando seus representantes. Nesse espírito temos as seguintes defini-
e
ções:
Pr
7
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Figura 1.2: Vetores paralelos.
in
b
L w b
K
I J
b b
e E b
b
b
lim
H
D
F b
w
v
b
b
G
b b
v
u
Pr
A B
π
8
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b
C
b
B
θ u
ar
b
A
in
lim
v
u
9
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ar
Se λ> 0, o vetor λv é o vetor com o mesmo sentido,
mesma direção e com comprimento | λ| kvk.
in
Se λ < 0 então o vetor λv tem a mesma direção e sentido
oposto ao vetor v e comprimento |λ| kvk.
e lim
v
−v
Pr
1
v
2
Figura 1.6: Multiplicação de um vetor por um escalar.
o
sã
Observação 1.8Dados
um vetor v e um escalar λ denotaremos usu-
1 v
almente o vetor v por . A equação anterior pode ser vista
λ λ
r
10
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ar
como veremos posteriormente, uma reta é completamente determi-
nada por um ponto P e um vetor v. Nesse caso o tamanho de v não
é importante e podemos multiplica-lo livremente por um escalar.
in
Através da multiplicação de vetores por escalares podemos dar
uma caracterização algébrica para o paralelismo de vetores:
u = λv para algum λ ∈ R.
e lim
Teorema 1.9 Se dois vetores u, v são paralelos e v 6= 0 então
k vk
sã
kuk
kλvk = λkvk = k vk = k u k
k vk
11
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ar
in
Proposição 1.10 Dois vetores u, v são paralelos se e somente se
u = λv para algum λ ∈ R ou v = θu para algum θ ∈ R.
lim
Demonstração: Suponha que u, v são paralelos.
Caso v 6= 0, pelo teorema acima, temos que u =λv para algum
λ ∈ R. Caso contrário, i.e., se v = 0 então v =θu para θ = 0.
e
A implicação contrária segue da definição de multiplicação de um
vetor por um escalar. Se u =λv ou v =θu então u e v têm mesma
Pr
−→ −→ −
→ −→
somente se AB = λ BC ou BC = θ AB.
r
−→ − →
tão os vetores AB e BC são paralelos e consequentemente pelo co-
rolário acima temos:
−→ −→ −→ −→
AB = λ BC ou BC = θ AB
12
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−
→
BC b
C
−→
ABb
B
b
A
ar
−→ −→ −→ −→
Se AB = λ BC ou BC = θ AB, então pelo corolário anterior os
segmentos AB e BC são paralelos. Consequentemente são paralelas
in
←
→ ← →
as retas AB e BC. Mas como o ponto B pertence a ambas as retas,
essas são coincidentes, i.e., os pontos A, B, C pertencem a mesma
reta.
lim
Definição 1.12 Soma de vetores Dois ou mais vetores podem
e
13
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v
u+v
ar
Figura 1.7: Soma de Vetores
in
cada vetor traçamos uma reta paralela ao outro vetor. Essas retas
se interceptam no ponto P. E logo um paralelogramo é formado. O
−→
vetor diagonal OP é a soma dos vetores v e u. O vetor v + u obtido
lim
por esse método é o mesmo que o obtido pelo método anterior, pois
o segmento OP divide o paralelogramo em triângulos congruentes
que representam a soma dos vetores v e u.
e
v
Pr
u+v
u u
v+u
v
o
vetores u v, i.e.,
Ve
k w k = k u + v k 6 = k u k + k v k.
14
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α v
w = u+v γ
β
u
ar
in
Figura 1.9: comprimento e direção de w = u + v
|w| | u| | v|
= = (1.2)
sen γ sen α sen β
o
As equações 1.1 e 1.2 são a formulação vetorial das Leis dos Cos-
sã
15
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k u + v k ≤ k u k + k v k. (1.3)
ar
Além disso, vale a igualdade de (1.3) se e somente se os vetores u
e v tiverem mesma direção e sentido.
in
Observamos também que, a partir da definição de soma vetorial,
é fácil ver que v+ 0 = 0+v = v, ou seja, o vetor nulo é um ele-
lim
mento neutro para a adição. Mais, podemos definir o vetor oposto a
um vetor dado. Para isso consideremos a seguinte propriedade, cuja
demonstração deixamos como exercício (1.7):
u -u
r sã
16
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−u
v v−u v
ar
u
in
De modo equivalente podemos definir o vetor v − u como o o
lim
vetor que adicionado a u dá o vetor v. Consequentemente, se re-
presentarmos os vetores v e u começando no mesmo ponto, o vetor
v − u será o vetor que liga a extremidade final de u a extremidade
final de v (vide figura 1.11).
e
Pr
v−u
u
v
o
17
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r
s
u
v
Figura 1.12: A soma de vetores que formam um polígono fechado
ar
é nula: v + u + r + s = 0
in
Proposição 1.15 Sejam u, v, w vetores e λ, λ1 , λ2 escalares. As
operações com vetores possuem as seguintes propriedades:
Propriedades da soma:
lim
S1. Propriedade Comutativa: v + u = u + v
e
S2. Propriedades associativa: (u + v) + w = u + (v + w)
Pr
-u
r
Ve
18
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ar
M5. Elemento neutro multiplicativo 1u = u
in
Demonstração: Esboçaremos a demonstração de algumas dessas
propriedades:
lim
A propriedade comutativa segue da regra do paralelogramo para
a adição dos vetores u e v, veja a figura 1.13. A diagonal é simulta-
neamente os vetores u + v e u + v.
v
e
u
Pr
u+v u
v
Figura 1.13: Propriedade Comutativa da Soma
o
19
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v
u v+w
u+v w
u+v+w
ar
Figura 1.14: Propriedade Associativa da Soma
in
Para demonstrarmos a propriedade M3, i.e., a associatividade da
multiplicação por escalares (λ1 λ2 )u = λ1 (λ2 u) observamos inicial-
mente que os vetores (λ1 λ2 )u e λ1 (λ2 u) possuem a mesma direção
lim
e sentido independentemente do sinal de λ1 e λ2 (terão o mesmo
sentido de u se λ1 e λ2 tiverem o mesmo sinal, e sentido oposto a u
se λ1 e λ2 tiverem sinais contrários).
e
Além disso, os comprimentos de (λ1 λ2 )u e λ1 (λ2 u) são os mes-
mos pois:
Pr
escalares
sã
(λ1 + λ2 )u = λ1 u + λ2 u,
segue da observação de que a direção e o sentido dos vetores (λ1 +
r
20
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
k λ1 u k + k λ2 u k = k λ1 u + λ2 u k .
ar
Por outro lado, caso os sinais de λ1 e λ2 sejam contrários, teremos:
in
k(λ1 + λ2 )uk = (λ1 + λ2 )kuk = |λ1 | − |λ2 | kuk = kλ1 uk − kλ
e
lim
Novamente, pela definição de soma vetorial, segue que:
k λ1 u k − k λ2 u k = k λ1 u + λ2 u k .
Pr
Todas as propriedades algébricas dos vetores podem ser deduzi-
das das 9 propriedades acima. Essas propriedades são análogas as
propriedades dos números reais e grande parte da álgebra desenvol-
o
21
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ar
Demonstração: Pela propriedade M5 temos que v + (−1v) = 1v +
in
(−1v) e pela propriedade M4 temos que 1v + (−1v) = (1 − 1) v =
0v. Finalmente a propriedade M2 nos diz que 0v =0
lim
Como o vetor oposto é único temos que o vetor oposto a v é
−1v.
u+ (v − v) = u por M4 e M5 (1.5)
(u + v ) − v = w − v = u (1.6)
u = (u + v) − v = w − v
22
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ar
Exemplo 1.19 Os segmentos que unem os pontos médios de dois
in
lados de um triângulo é paralelo ao terceiro lado.
A
e
M2 b
lim
b
b
M1
Pr
b b
C B
o
−−→
Como M1 é ponto médio do lado AB temos que vetor AM1 é igual
−→ −−→
a metade do vetor AB. Analogamente, temos que AM2 é metade do
−→
r
−−→ 1 −→
AM1 = AB (1.7)
2
−−→ 1 −→
AM2 = AC (1.8)
2
23
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e consequentemente:
−→ −−→
AB = 2 AM1 (1.9)
−→ −−→
CA = 2 M2 A (1.10)
Então como:
−→ −→ −→
ar
CB = CA + AB (1.11)
substituindo 1.9 e 1.10 em 1.11 temos:
−→ −−→ −−→
in
CB = 2 M2 A + 2 AM1 (1.12)
−→ −−→ −−→ −−−→
CB = 2( M2 A + AM1 ) = 2 M2 M1 (1.13)
e consequentemente:
−−−→ 1 −→
M2 M1 = CB
2
lim
E assim o segmento M2 M1 é paralelo ao segmento CB e seu com-
e
primento é metade do último.
Pr
−→ −→
CA CB
vetor CP é paralelo ao vetor
→
, ou seja,
−→
+
−
CA
CB
r
−→ −→
Ve
−→ CA CB
CP = λ
→
−→
+
−
(1.14)
CA
CB
Solução:
24
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ar
CF =
−→
+
−
→
, v F
CA
CB
b
u u+v
u
in
então F está sob a bissetriz do ân- b b
b
gulo C. C v B
Faremos isso observando que
a diagonal AC de um losango
ABCD divide os ângulos A
b e C.
setriz de A
be C lim
b em ângulos iguais, ou seja é bis-
b Isso segue do caso LLL de congruência de triângulos
(△ ABC ∼
e
= △ ADC).
Pr
D
b
A b b
C
o
B
sã
CA CB
Considere agora os vetores u =
e v =
−
→
. Como os
Ve
−→
CA
CB
vetores u e v possuem o mesmo comprimento, pois são unitários,
o paralelogramo determinado por estes vetores é um losango. Con-
sequentemente, como u e v são paralelos aos lados CA e CB do
25
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
CP é paralelo ao vetor CF, i.e,
−→ −→
−→ CA CB
in
CP = λ
→
−→
+
−
CA
CB
Exercícios
e lim
−→
Ve
a) BF
−→
b) AG
−→
c) AE
−→
d) BG
26
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−→
e) AG
−→ −→
f) AB + FG
−→ −→
g) AD + HG
−→ −→ −→ −→
h) 2 AD − FG − BH + GH
ar
Ex. 1.2 — Sendo ABCDEF um hexágono regular, como na figura
−→ −→
abaixo. Expresse os seguintes vetores em função dos vetores DC, DE
in
E b
D b
F
e b
b
b
O lim b
b C
A B
−→
Pr
a) DF
−→
b) DA
−→
c) DB
o
−→
d) DO
−→
sã
e) EC
−→
f) EB
−→
r
g) OB
Ve
27
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
−→ − → −→ −→ − →
c) AB + BC + CD + DE + EF
−→ −→ −→ −→
d) OA + OB + OD + OE
in
−→ −→ − →
e) OC + AF + EF
lim
Ex. 1.4 — Se o vetor a tem tamanho 3 e o vetor b tem tamanho 2
qual é o maior e o menos valor para o comprimento de a + b?
e
Ex. 1.5 — Dados os vetores f1 , . . . f5 os vetores que ligam um vér-
Pr
tice de um hexágono regular aos outros vértices como mostra a fi-
gura abaixo. Determine a soma desses vetores em função dos veto-
res f1 e f3 .
o
f1 f2
sã
f3
f4
f5
r
Ve
28
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 1.7 — Prove que para cada vetor u existe um único vetor −u
ar
tal que u + (−u) = 0.
in
Ex. 1.8 — Dado um triângulo ∆ABC, seja M um ponto do seg-
−−→ −→
mento AB. Suponha que o vetor AM é igual a λ vezes o vetor MB.
−→ −→ −→
−→
e lim
Exprima o vetor CM em função dos vetores AC e BC.
−→ −→
Ex. 1.9 — Dado um quadrilátero ABCD, tal que AD = 5u, BC =
3u e tal que AB = v.
−→ −→ −→
Pr
a) determine o lado CD e as diagonais BD e CA em função de
uev
b) prove que ABCD é um trapézio.
o
sã
v
Ve
29
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3x − 5y = u + v
in
b)
(
e lim
x + 2y = u
3x − 2y = u + 2v
a) (−α) v = − (αv)
b) α (−v) = − (αv)
r
Ve
c) −α (−v) = αv
30
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 1.18 — Prove que dados dois vetores u e v não paralelos então
in
se
λ1 u + λ2 v = 0
então λ1 = λ2 = 0
e lim
Ex. 1.19 — Se ∆EFG é um triângulo qualquer e P, Q e R são os
pontos médios dos lados EF FG e GE respectivamente, demostrar
Pr
Q b b
P
sã
b b b
E Q F
r
Ve
31
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
vimento. Apesar desse fato nossa intuição nos diz “no espaço exis-
tem essencialmente três direções de movimento”, enquanto que “no
in
plano existem essencialmente duas direções de movimento”. O que
realmente queremos dizer ao afirmarmos que existem “essencial-
mente apenas três direções de movimento”?
lim
O objetivo dessa seção é responder matematicamente a essa ques-
tão. Para isso introduziremos os conceitos de combinação linear,
dependência e independência linear e posteriormente o conceito
de dimensão.
e
Como vimos na seção anterior, a adição de vetores e a multipli-
Pr
32
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
u
θu
λv
v w = λv + θu
ar
Figura 1.16: O vetor w pode ser escrito como somas de múltiplos
dos vetores u e v.
in
Geometricamente, veremos ainda que o conceito de dependência
lim
linear estará associado como o fato que as direções desses vetores
estarem em uma posição especial restrita, como ocorre por exem-
plo quando dois vetores são colineares ou quando três vetores são
coplanares.
e
De posse desses conceitos a afirmação inicial poderá ser reescrita
Pr
n
w= ∑ λi vi .
i =1
33
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
res vi com i = 1, . . . , n
Exemplo 1.22 O vetor w ilus- Figura 1.17: w = 2u + 3v
in
trado na figura 1.17 é combina-
ção de u, v. Pois
w = 2u + 3v.
e lim
Exemplo 1.23 Na figura 1.18 temos que vetor f1 é combinação li-
Pr
near de f2 , f3 , f4 , f5 .
Como os vetores f1 , f2 , f3 , f4 , f5 formam um polígono fechado sua
o
soma é 0
sã
f1 + f2 + f3 + f4 + f5 = 0
e assim:
r
Ve
f1 = − f2 − f3 − f4 − f5 .
−→ −→
Exemplo 1.24 Escreva o vetor AD como combinação linear de AB
34
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
f4 f3
f5 f2
f1
ar
Figura 1.18: O vetor f1 é combinação linear dos vetores f2 , f3 , f4 , f5 .
C D
in
b b
2 4
−→
e AC.
Ab
e 45o 30o
3
lim b
B
35
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
C b
D
2 4 j
j
A b
45o 30o b
B b
30o
i 3 A i
ar
Figura 1.19: Veto- Figura 1.20: Ve-
res i, j tor AD
in
b
C
A
b
45o
i
b
P
e lim
Figura 1.21: Ve-
Pr
tor AC
−→ √
Dessa forma temos que AD = 2 3i + 2j.
o
−→ −→ −→ √ √
que AP = 2(cos 45o )i e PC = 2(sen 45o )j. Logo AC = 2i + 2j.
Voltando à equação (1.15) obtemos então:
r
√ √ √
2 3i + 2j = λ1 (3i) + λ2 ( 2i + 2j).
Ve
36
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
E assim podemos concluir que λ1 = e λ2 = 2.
3
Finalmente:
√
−→ 2( 3 − 1) −→ √ −→
in
AD = AB + 2 AC.
3
Definição 1.25
e lim
0.
vi = ∑ λ j vj ,
j 6 =i
r
Ve
onde λ1 , λ2 , . . . , λn ∈ R.
37
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
rização:
in
tes se e somente se existem λ1 , λ2 , . . . , λn ∈ R NÃO todos nulos
tal que
n
∑ λ1 v 1 = 0 .
i =1
e lim
Demonstração: Para n = 1 temos que se v é linearmente depen-
dente então v = 0 daí para λ = 1, por exemplo temos λv = 0.
Pr
i =2
Ve
para λ2 , λ3 , . . . , λn ∈ R.
Somando (−1)v1 a ambos os lados da igualdade chegamos a:
n
(−1)v1 + ∑ λi vi = 0.
i =2
38
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
∑ λ1 v 1 = 0 .
i =1
in
1
ambos os lados da igualdade por e isolando v1 chegamos a:
λ1
v1 =
n
i =2
λ
∑ − λ1i vi .
lim
Ou seja, o vetor v1 é combinação linear dos demais.
e
!
n
sã
∑ λi v i = 0 =⇒ (λ1 = · · · = λn = 0)
i =1
r
39
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Proposição 1.29 Seja u um vetor que possa ser escrito como com-
binação linear do conjunto de vetores linearmente independente
{vi }i =1,...n
n
u = ∑ λi v i
ar
i =1
in
Demonstração: Dadas duas representações de u, i.e, suporemos
u=
n
∑ λi vi
i =1
e lim
que u possa ser escrito como combinação linear de {vi }i =1,...n de
(1.16)
e
Pr
n
u= ∑ λi′ vi (1.17)
i =1
o
∑ λi vi − ∑ λi′ vi = 0
Ve
i =1 i =1
e logo
n
∑ (λi − λi′ )vi = 0
i =1
40
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
estudar a dependência linear dos vetores v1 , . . . , vn é uma tarefa
simples. Basta estudar a equação:
in
n
∑ λi v i = 0 ,
lim
i =1
au + v + bu − v + cu + v + w = 0
r
(a + b + c)u + (a − b + c)v + cw = 0
41
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
quentemente temos que
au + v + bu − v + cu + v + w = 0 ⇒ a = b = c = 0
in
e logo os vetores u + v, u − v e u + v + w são LI.
Exercícios
−→
lim
−→ −→
Ex. 2.1 — Dados os vetores a = OA, b = OB, c = OC então se
−→ 1 −→ 5
e
−→
AD = c e BE = a. Escreva o vetor DE em função de a, b, c.
4 6
Pr
c
sã
b
6
2 30◦
r
30◦
a
Ve
42
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
a
4
135◦
b 3
120◦ 3
ar
c
in
−→
Ex. 2.4 — Em um triângulo ABC o ponto M é tal que 3 BM = 7MC.
−−→ −→ −→
lim
Escreva o vetor AM em função de AB e AC
−→ −→ −→ −→ −→
Ex. 2.5 — Se AB + BC = 0, prove que os vetores OA, OB e OC são
e
linearmente dependentes para qualquer ponto O.
Pr
t = au + bv + cw.
r
a + b + c 6= −1.
43
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
ar
Ex. 2.9 — Dados a, b vetores LI, sejam OA = a + 2b, OB = 3a + 2b
−→ −→ − →
e OC = 5a + xb. Determine x de modo que os vetores AC e BC
sejam linearmente dependentes.
in
−→
lim
Ex. 2.10 — Dado o tetraedro OABC, se denotarmos a = OA, b =
−→ −→
OB e c = OC, M o ponto médio de AB, N o ponto médio de BC e
−→ 2 −→
Q o ponto médio de AC e P o ponto tal que OP + Oc. Calcule em
3
função de a, b, vetorc:
e
−−→ −→ −→
a) OM + ON + OQ
−→ −→ −→
Pr
b) PM + PN + PQ
o
sã
44
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
se u e v são paralelos.
in
3. Três vetores u, v, w são linearmente dependentes se e somente
se u, v e w são coplanares.
lim
4. Quatro ou mais vetores são sempre linearmente dependentes.
ponto de intersecção de AC e BD
Ve
M
(ponto que, a priori, não é neces- b
B
b
45
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
(1.18)
in
−→ −→
BM = θ BD. (1.19)
−→ −→ −→ −→ −→
λ AB + AD = AB + θ − AB + AD .
sã
−→ −→ −→ −→
λ AB + λ AD = (1 − θ ) AB + θ AD.
Ve
−→ −→
Usando então que AB e AD são LI, segue da Proposição 1.29 que:
(
λ = 1−θ
λ=θ
46
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1
donde temos λ = θ = como queríamos.
2
ar
princípio, não sabíamos se a proporção que AM guardava em rela-
ção a AC é a mesma que BM guardava em relação a BD.
in
Exemplo 1.35 Sejam M1 , M2 , M3 os pontos médios dos lados AB, BC
para 1.
e lim
e CA do triângulo △ ABC. Seja G o ponto de intersecção das medi-
anas AM1 e BM2 . Mostre que G se divide AM1 e BM2 na razão 2
A
b
Pr
M2 b b
M3
b
o
G
sã
b b b
C M1 B
provar que:
−→ 2 −−→ −→ 2 −−→
AG = AM1 BG = BM2 .
3 3
47
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Para estudarmos a intersecção G das medianas AM1 e BM2 , ex-
−−→ −−→
pressaremos os vetores AM1 e BM2 em função de a, b.
−
→
Observamos inicialmente que pela definição de subtração que CB =
in
a − b. E assim:
−−→ −→ 1 −→ 1
−−→ −→ 1 −→
1
AM1 = AC + CB = a + b
2 2 2
1
BM2 = BA + AC = −a + b
2
e
2
lim
Como os pontos A, G e M1 são colineares temos:
Pr
−→ −−→ λ
AG = λ AM1 = (a + b) .
2
Analogamente:
o
−→ −−→ 1
sã
BG = α BM2 = α −a + b .
2
48
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Donde temos:
1 λ
α −a + b = −a + (a + b ) .
2 2
Isolando os vetores a, b temos então:
λ α λ
a −α + 1 − +b − = 0.
ar
2 2 2
Como a, b são LI segue então que:
in
−α + 1 − λ = 0
2
α−λ =0
2
α=λ= .
2
Desse sistema obtemos então:
2
3
e lim
Ou seja, G divide tanto o segmento AM1 quanto o segmento BM2
na razão 2 para 1.
Pr
49
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
−→ −→ −→
os vetores AB e AC por a e b, respectivamente. Escrevamos CG e
−−→
CM3 em função de a, b:
in
−→ −→ −→ 1 2
CG = AG − AC = a − b,
3 3
lim
−−→ −−→ −→ 1
CM3 = AM3 − AC = a − b.
2
Temos assim a seguinte equação:
1 2 1
e
a− b = β a−b .
3 3 2
Pr
Isolando a, b temos:
1 β 2
a − +b − +β = 0
o
3 2 3
sã
2
− +β=0
Ve
3
Tal sistema admite uma solução:
2
β= .
3
50
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
as retas. Dadas duas retas t1 e r2 , que interceptam r e s nos pontos
A, B, C, D conforme a figura abaixo. Mostre os segmentos AB e CD
in
são paralelos se e somente se
kOAk kOBk
= .
k ACk k BD k
e lim b
D
t1
B
Pr
b
s
v
r
b b b
O u A C t2
o
Solução:
sã
−→
Como os pontos O, A, B não são colineares, os vetores u = OA e
−→
v = OB não são paralelos e assim são LI. Como os segmentos AB,
r
−→ −→
AB = λCD
−→ −→
Como OC é paralelo à OA temos que
−→
OC = xu
51
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
E assim
−→ −→ −→
ar
CD = OD − OC = yv − xu
Consequentemente
in
−→
AB = v − u = λ(yv − xu)
e logo
(1 − λx )u + (λy − 1)v = 0
e lim
Como os vetores u, v são LI, temos que
Pr
(
1 − λx = 0
λy − 1 = 0
o
1
e logo x = y = .
λ
sã
kOAk kOBk
= .
r
k ACk k BD k
Ve
kOAk kOBk
=
k ACk k BD k
52
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
então
k ACk k BD k
= .
kOAk kOBk
e assim
ar
kOAk + k ACk kOBk + k BD k
= .
kOAk kOBk
in
OC OD
⇒ =
OA OB
kOCk kOD k
e assim igualando a k, temos que
E assim
e kOAk
−→
De modo similar temos que OD = kOB
lim
=
kOBk
=k
−→ −→
Como os segmentos OC e OA são paralelos temos que OC = kOA.
−→
−→ −→ −→
Pr
AB = OA − OB
−→ −→ −→ −→ −→
CD = OD − OC = k(OA − OB)
−→ −→
o
Exercícios
r
Ve
53
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ 1 −−→
e OC = OM. Prove que os pontos A, B e C estão na mesma
1+n
reta.
ar
opostos MN e PQ. Prove que se os pontos A, B e C estão sobre a
mesma reta então MNPQ é um trapézio (um trapézio é um quadri-
in
látero com dois lados paralelos).
M
b
C b b
N
lim A
b
b b b
Q B P
e
Ex. 2.13 — Os pontos P e Q dividem os lados CA e CB de um
Pr
triângulo ∆ABC nas razões
x y
,
1−x 1−y
o
−→ −→
respectivamente. Prove que se PQ = λ AB então x = y = λ.
sã
54
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
Q
b
C
D ′ n
b
n b
m P m′
b b
ar
A B
in
mento ligando dois vértices não pertencentes a uma mesma face.
Demostre que as diagonais de um paralelepípedo dividem-se mutu-
amente ao meio. e lim
Pr
D divide a OY.
Ve
55
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
B
b
b
X
Y
b
C b
D
b
ar
b
O b
A
in
Ex. 2.17 — Num quadrilátero ABCD, o Q o ponto de intersecção
lim
das diagonais AC e BD se interceptam dividem as diagonais nas
4 2
razões e respectivamente. Em qual razão divide o ponto P de-
3 3
terminado pelas intersecção os lados AB e CD a estes segmentos.
e
Ex. 2.18 — Dado o ponto médio da mediana AE do triângulo ∆ABC
Pr
b
E
F
sã
b
D
b b
A B
r
Ve
56
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→ −−→ −→ −−→ −→
mente. Prove que se AB1 = λ1 AB, AD1 = λ2 AD e AC1 = λ3 AC
então:
1 1 1
= +
λ3 λ1 λ2
ar
l B C
B1 b b
b
C1
b
in
D1
b b b
A D
B b
b
T
sã
Q
S b
C
b
I b
P b
b
R
r
b U
A
Ve
57
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1.3 bases
Dizemos que um conjunto de vetores { vi }i =1,...,n gera o espaço (um
dado plano) se qualquer vetor w do espaço (do plano) puder ser
escrito como combinação linear dos vetores {vi }i =1,...,n
ar
n
w= ∑ λi vi
in
i =1
lim
Definição 1.38 Uma base para o espaço (um dado plano) é um
conjunto ordenado de vetores {vi } linearmente independentes
e que geram o espaço (o plano).
e
Intimamente relacionado ao conceito de base está o conceito de
Pr
dimensão de um plano/espaço. A dimensão será definida como o
número de vetores numa base, ou seja, o número de vetores inde-
pendentes a partir do qual podemos obter todos os outros.
o
f = me1 + ne2 ,
Ve
58
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
P
f
me1
e1
b b
K
O e2 ne2
ar
Figura 1.22: Dois vetores não paralelos geram o plano
in
Demonstração: Considere um ponto arbitrário O do espaço. Pri-
lim
meiramente observe que f é paralelo ao plano determinado pelo
ponto O e pelos vetores u, v.
Considere o representante de f que começa no ponto O e termina
−→
em P, i.e., seja f = OP. Considere a reta paralela a u que passa
e
pelo ponto P e a reta paralela a v que passa por O. Essas retas se
encontram num ponto K (Por quê?). É fácil ver, então, que f =
Pr
−→ −→
OK + KP.
−→
Como KP é paralelo a u, tal vetor é um escalar vezes u, ou seja,
−→ −→
KP = λ1 u. De maneira análoga OK = λ2 v. Desta forma temos:
o
f = λ1 u + λ2 v.
sã
r
Ve
59
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Teorema 1.41 (Teorema da Base para o Plano) Qualquer vetor
f ∈ V2 pode ser escrito de maneira única como combinação linear
in
de dois vetores não nulos e não paralelos e1 e e2 de V2 , isto é:
f = me1 + ne2
com m e n ∈ R únicos.
lim
Ou seja, dois vetores não nulos e não paralelos de V2 formam uma
e
base para V2 .
Pr
Corolário 1.42 Toda base para o plano tem exatamente dois vetores.
Ou seja, o plano tem dimensão 2.
sã
60
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
P
b
f ne3
e3
e1 le1
O b
e2 −→ me2
OK
ar
b
in
Demonstração: A demonstração é análoga a da Proposição 1.39.
lim
Começamos escolhendo representantes dos vetores f, u, v, w que
começam no ponto O (veja a figura 1.23). Seja então a reta paralela
a w passando por P. Essa reta intercepta o plano determinado por
u, v no ponto K.
e
−→
O vetor OK estando no mesmo plano que u, v, pode ser escrito
Pr
como combinação linear desses vetores:
−→
OK = lu + mv
o
−→ −→ −→
O vetor KP é paralelo a w, i.e, KP = nw. Finalmente como OP =
−→ −→
sã
OK + KP temos que:
f = lu + mv + nw.
r
Ve
61
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
mais.
Suponha, sem perda de generalidade, que e1 = λe2 + θe3 . Segue
in
que o vetor e1 é paralelo ao plano determinado pelo ponto O e pelos
vetores e2 e e3 (Por quê?). Donde temos que os vetores e1 , e2 , e3
seriam coplanares.
lim
Teorema 1.45 (Teorema da Base para o Espaço) No espaço tri-
com l, m, n ∈ R.
Ou seja, três vetores não nulos, não paralelos entre si e não paralelos
r
62
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Corolário 1.46 Toda base para o espaço tem exatamente três vetores.
Ou seja, o espaço V3 tem dimensão 3.
ar
Teorema 1.47 (Caracterização Geométrica da Dependência e
Independência Linear) Para vetores em V2 e V3 temos:
in
1. Um vetor v é linearmente dependente se e somente se v = 0.
Definição 1.25.
sã
dependentes.
A recíproca é a contrapositiva da Proposição 1.40.
63
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
u = λv + 0w.
in
Logo u é combinação linear dos demais vetores e, portanto,
u, v, w são linearmente dependentes.
w = λ1 u + λ2 v,
e lim
Se u, v, w são coplanares e u, v não são paralelos, pelo Teo-
dependentes.
A recíproca segue da Proposição 1.44.
o
n
v1 = λv2 + θv3 + ∑ 0vi .
i =4
64
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
v4 = λ1 v 1 + λ2 v 2 + λ3 v 3 ,
ar
v4 = λ1 v1 + λ2 v2 + λ3 v3 + ∑ 0vi .
i =5
in
Logo, v1 , v2 , . . . , vn são linearmente dependentes.
Exercícios
lim
Ex. 3.1 — Mostre que os vetores u, v, w são coplanares se, e so-
mente se, um deles é combinação linear dos outros dois.
e
Pr
65
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
1.4 soma de ponto com vetor
lim
A soma do ponto com o vetor v nos retorna a translação do ponto P
ao ser transportado pela direção, sentido e comprimento de v.
e
Definição 1.48 Dado um ponto P e um vetor − →v podemos defi-
Pr
P + v := Q
sã
origem, cada ponto P do espaço (ou plano) pode ser escrito como
−→
P = O + OP
−→
Nesse caso o vetor OP é dito vetor posição de P.
66
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
Q
v
ar
in
Proposição 1.49 A soma de ponto com vetor tem as seguintes
propriedades:
1. P + O = P
lim
2. P + u = P + v se e somente se u = v
e
3. ( P + u) + v = P + (u + v)
Pr
4. ( P + u) − u = P
−→
5. P + PQ = Q
o
−→
Ve
67
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
−−→
(u + v) implica que (u + v) = PQ3 .
Logo
in
−−→ −−→ −−−→
PQ3 = (u + v) = PQ1 + Q1 Q2 (1.20)
−−→ −−→
⇒ PQ3 = PQ2 (1.21)
e lim ⇒ Q3 = Q2 (1.22)
−→ − → −→
Q = P + AP + PB + PC demonstre que ABQC é um paralelogramo
e assim Q não depende da escolha de P.
o
C Q
sã
b b
b
P
r
b b
Ve
A B
−→ − → −→
Solução: Como Q = P + AP + PB + PC então
−→ −→ − → − →
PQ = AP + PB + PC
68
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e logo
−→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
AQ − AP = AP + AB − AP + AC − AP
e logo
−→ −→ −→
ar
AQ = AB + AC
−→ −→ −→ −→
E assim CQ = AQ − AC = AB. De modo análogo podemos pro-
in
−→ −→
var que BQ = AC e assim ABQC é um paralelogramo.
lim
Exemplo 1.51 Dado um triângulo ∆ABC e O um ponto qualquer.
b
B
sã
b
G
A b
C
b
r
Ve
Solução:
69
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Seja
−→ −→ −→
OA + OB + OC
P = O+ .
3
−→ −→ −→ −→ −→ −→
Como OB = OA + AB e OC = OA + AC, temos que:
−→ −→ −→ −→ −→
ar
OA + OA + AB + OA + AC
P = O+
3
que simplificando fica:
in
−→ −→
−→ AB + AC
P = O + OA +
lim
3
−→
E como A = O + OA, a expressão anterior é equivalente a:
−→ −→
AB + AC
P = A+
3
e
−→ −→
−→ AB + AC
Pr
No exercício 1.2.1 já provamos que AG = ou na forma
3
de soma de ponto com vetor que:
−→ −→
AB + AC
o
G = A+
3
sã
3
Ve
Exercícios
70
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 4.2 — Prove que as diagonais de um paralelogramo se dividem
mutualmente ao meio.
in
−→ −→
lim
Ex. 4.3 — Sendo A e B dois pontos, mostrar que AB + BA = 0
AD + BC .
2
sã
Ex. 4.7 — Prove que o segmento que une os pontos médios dos
lados não paralelos de um trapézio é paralelo as bases, e sua medida
é a semi-soma das medidas das bases.
71
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
−−→
das medianas do triângulo ABC. Exprima o vetor DM em função
−→ −→ −→
dos vetores DA, DB e DC.
in
Ex. 4.10 — Prove que se os pontos A, B, C formam um triangulo
−→ −→
Ex. 4.13 — Mostre que dados os vetores mOA e nOB, sua soma é
−→
igual a (n + m)OP, sendo P o ponto de intersecção do segmento AB
−→ −→
com a reta OR, onde R = O + mOA + nOB.
72
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
R
B
b
P
b
b
b
O A
ar
Ex. 4.14 — Dado O o circuncentro e H o ortocentro de um triân-
in
gulo ∆ABC, mostre que:
−→ −→ −→ −→
a) OA + OB + OC = OH
−→ −→ −→ −→
b) H A + HB + HC = 2 HO e lim
Pr
Exercícios
sã
73
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
suem o mesmo sentido.
in
−→ −−→ −→ −−→
Ex. 5.2 — Prove que se PQ = P′ Q′ então PP′ = QQ′ .
−→ −→ − →
AD + DE + CF = 0
e lim
Ex. 5.3 — Dado um triângulo ABC e sejam D, E e F os pontos mé-
dios dos lados BC, CA e AB respectivamente. Mostre que
Pr
−→ −→ −→ 1 −→
Ex. 5.4 — Mostre que AB + CB + 2 BA e AC são colineares;
3
o
b b b
Ve
b
K
b b
A B
74
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
tg αa + tg βb + tg γc
ar
tg α + tg β + tg γ
in
Ex. 5.7 — Mostre que a bissetriz de um triângulo ∆ABC se inter-
ceptam num único ponto, denominado circuncentro cujo vetor po-
sição é:
lim
sen 2αa + sen 2βb + sen 2γc
e
sen 2α + sen 2β + sen 2γ
Pr
Ex. 5.8 — Num plano são dados dois triângulos ∆ABC e ∆CDE.
Sejam G, H, I os pontos médios dos segmentos AC, BD e CE respec-
o
75
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
D
G
b
A b b
J F
b
b
ar
K I
b
L b
C b
b
b
B H E
in
dade:
e
m 1 a + n1 b = m 2 a + n2 b
lim
Ex. 5.9 — Mostre que para vetores não colineares a e b a igual-
Pr
equivale ao sistema de igualdades
m1 = m2 n1 = n2
o
76
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2 V E TO R E S E M
COORDENADAS
ar
No primeiro capítulo estudamos vetores de um ponto de vista total-
mente geométrico. Porém, o ferramental geométrico se mostra inefi-
in
ciente e quiçá insuficiente quando nos deparamos com problemas de
maior complexidade. Neste capítulo introduziremos a representação
lim
algébrica dos vetores e do espaço Euclidiano. É essa representação
que nos permite converter problemas geométricos em problemas al-
gébricos e efetivamente realizar cálculos com vetores.
Os primeiros passos no sentido de encontrar tais representações
e
já foram dados no capítulo anterior, ao estudarmos o conceito de
Pr
77
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
tor v pode ser representado como: e3
e1 λ1 e 1
O b
v = λ1 e 1 + λ2 e 2 + λ3 e 3 , e2 λ2 e 2
−→
in
OK
onde os coeficientes λ1 , λ2 , λ3 são úni-
b
K
cos.
R3 :
e lim
Tal igualdade nos permite construir a seguinte bijeção entre V3 e
ι1 : V3 −→ R3
Pr
v 7−→ (λ1 , λ2 , λ3 )
v : ( λ1 , λ2 , λ3 ) B .
78
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
lizados no espaço. Assim torna-se necessária a escolha de um ponto
qualquer para nos servir de referência. Fixemos então um ponto
O ∈ E3 a que chamaremos de origem do sistema de coordenadas.
in
A partir de tal ponto as posições de todos os pontos de E3 serão
determinadas.
lim
Observe que, fixado O, um ponto P qualquer em E3 pode ser es-
−→
crito como P = O + OP. Tal igualdade nos permite identificar uni-
vocamente pontos de E3 com vetores de V3 :
e
ι2 : E3 −→ V 3
Pr
−→
P 7−→ OP
−→
Chamamos assim OP de vetor posição de P.
o
79
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Σ = (O, B) .
in
a seguinte notação:
P : ( λ1 , λ2 , λ3 ) Σ ,
lim −→
onde (λ1 , λ2 , λ3 ) são as coordenadas do vetor posição OP na base
B . Chamamos, nesse caso, (λ1 , λ2 , λ3 ) de coordenadas do ponto P
no sistema de coordenadas Σ.
e
Pr
Observação 2.2 Fixado um sistema de coordenadas Σ, é usual repre-
sentar as coordenadas de um vetor v na base B associada a Σ também
por (λ1 , λ2 , λ2 )Σ .
Muitas vezes quando o sistema de coordenadas Σ e a base B es-
o
−→
quanto seu vetor posição OP indistintamente por suas coordenadas:
(λ1 , λ2 , λ3 ) (sem indicar os sub-índices Σ ou B ). Nesse caso cabe ao
r
80
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Se i, j e k forem três vetores ortonormais, ou seja, ortogonais dois
a dois e de norma 1, então o sistema de coordenadas Σ = (O, B)
onde B = (i, j, k ) é chamado de sistema cartesiano de coordena-
in
das. Daqui em diante as letras i, j e k sempre denotarão vetores
ortonormais.
k
Pr
e3
O b
i O b
e1
j e2
o
sã
Figura 2.1:
Sistema de Figura 2.2: Sis-
Coordenadas tema de Coorde-
r
81
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
D C
−→
e1 = AB
in
−−→
e3 e2 = AD
e2 −→
e3 = AC
A e1
lim B
Solução: (1) Vamos primeiro escrever as coordenadas de A, B, C, D
e
−→ −→ −→
no sistema Σ1 . Para isso devemos escrever os vetores AA, AB, AC e
−→
AD como combinação linear de e1 e e2 . Por definição
Pr
−→ −→
AB = e1 e AD = e2 .
Temos também que
o
−→
AC = e1 + e2
−→
sã
e que AA, sendo o vetor nulo, é igual a 0e1 + 0e2 . Assim as coorde-
nadas são
−→
r
−→
B : (1, 0)Σ1 pois AB = 1e1 + 0e2
−→
C : (1, 1)Σ1 pois AC = 1e1 + 1e2
−→
D : (0, 1)Σ1 pois AD = 0e1 + 1e2 .
82
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
Para encontrar as coordenadas dos vetores BD e AC basta obser-
var que
−→ −→
BD = −e1 + e2 e AC = e1 + e2 ,
e portanto temos
ar
−→
BD : (−1, 1)Σ1
−→
AC : (1, 1)Σ1
in
(2) Vamos agora
escrever as coordenadas dos pontos A, B, C, D
1
no sistema Σ2 = B, (e3 , e1 ) .
2
lim −→ − → −→ −→
Para tanto devemos escrever os vetores BA, BB, BC e BD como
Observe que
e 1
combinação de f1 e f2 sendo f1 = e3 e f2 = e1 .
2
−→ 1
Pr
BA = −e1 = −2 e1 = −2f2 ,
2
−→
BB = 0f1 + 0f2 (vetor nulo),
−→
o
BD = e3 − 2e1 = f1 − 4f2 .
E assim as coordenadas dos pontos são
r
A : (0, −2)Σ2
Ve
B : (0, 0)Σ2
C : (−1, 2)Σ2
D : (1, −4)Σ2
83
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
Calculando as coordenadas dos vetores BD e AC, usando que
e2 = e3 − e1 obtemos que
−→
BD = −e1 + e2 = e3 − 2e1 = f1 − 4f2
−→
AC = e3 = f1 ,
ar
e portanto vale
−→
in
BD : (1, −4)Σ2
−→
AC : (1, 0)Σ2 .
Exercícios
e lim
F C
sã
b b b
O
r
b b
B
Ve
84
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
b) (O; OC, OE)
−→ −→
c) ( B; BC, BO)
−→ −→
d) ( B; BC, BE )
ar
Ex. 1.2 — Encontre as coordenadas dos seguintes vetores nos siste-
mas de coordenadas do exercício anterior:
−→
a) CD
in
−→
b) BD
−→
c) AC
d) BE
−→
lim
Ex. 1.3 — Dado o paralelogramo retângulo ABCDEFGH abaixo.
e
−→ −→
Sejam e1 = AB, e2 = AC, e3 = AF, e4 = AE.
Pr
o
sã
a) ( A; e1 ; e2 ; e3 )
b) ( A; e2 ; e1 ; e3 )
c) ( A; e4 ; e1 ; e3 )
85
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
d) ( H; e1 ; e2 ; e3 )
1
e) (G; −e3 ; e1 ; 3e3 )
2
1 1 1
f) ( A; e1 ; e2 ; e3 )
2 2 2
ar
−→ −→ −→ −→ − → −→
Ex. 1.4 — Determine as coordenadas dos vetores AB, AC, AF, AG, EF, FG
nos seguintes sistemas de coordenadas:
in
a) ( A; e1 ; e2 ; e3 )
lim
b) ( A; e2 ; e1 ; e3 )
c) ( H; e1 ; e2 ; e3 )
d) ( H; e2 ; e1 ; e3 )
1
e) (G; −e3 ; e1 ; 3e3 )
e
2
Pr
o
86
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1. u + v : ( a1 + b1 , a2 + b2 , a3 + b3 )Σ
ar
3. P + u : ( a1 + p1 , a2 + p2 , a3 + p3 )Σ
in
Demonstração:
lim
1. Dado um sistema de coordenadas Σ = (B , O), onde B =
(e1 , e2 , e3 ), como u : ( a1 , a2 , a3 )Σ e v : (b1 , b2 , b3 )Σ , por defi-
nição temos que:
e
u = a1 e 1 + a2 e 2 + a3 e 3
Pr
v = b1 e1 + b2 e2 + b3 e3
E logo
o
u + v = a1 e1 + a2 e2 + a3 e3 + b1 e1 + b2 e2 + b3 e3
sã
nadas Σ são
u + v : (a1 + b1 , a2 + b2 , a3 + b3 )
87
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
u = a1 e 1 + a2 e 2 + a3 e 3
ar
λu = λ ( a1 e1 + a2 e2 + a3 e3 ) (2.1)
in
= λa1 e1 + λa2 e2 + λa3 e3 (2.2)
E consequentemente:
lim
λu : (λa1 , λa2 , λa3 )
−→
AB?
Observe que, pela definição de subtração de vetores, vale que
−→ −→ −→ −→ −→
r
b1 e1 + b2 e2 + b3 e3 , temos:
−→
AB = (b1 − a1 )e1 + (b2 − a2 )e2 + (b3 − a3 )e3
−→
AB = (b1 − a1 , b2 − a2 , b3 − a3 )
88
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
tos.
Exemplo 2.5 Dados os pontos A : (1, 3, 2), B : (1, 1, 1) e C : (1, 1, 0)
in
determine as coordenadas
−→ −
−→ 1 −→
2. do vetor AB + BC
3
→
1. dos vetores AB, BC e lim
1 −→
3. do ponto C + AB
2
Pr
Solução:
−→
1. AB : (1 − 1, 1 − 3, 1 − 2) = (0, −2, −1)
o
−→
BC : (1 − 1, 1 − 1, 0 − 1) = (0, 0, −1)
sã
−→ 1 −→ 1 1
2. AB + BC = (0, −2, −1) + (0, 0, −1) = (0, −2, −1 − ) =
3 3 3
4
(0, −2, − )
r
3
Ve
1 −→ 1 1
3. C + AB = (1, 1, 0) + (0, −2, −1) = (1, 0, − )
2 2 2
89
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
suem o mesmo sentido e o comprimento
AB
é duas vezes o com-
−−→
primento
AM
.
in
Assim
(b1 − a1 )e1 + (b2 − a2 )32 + (b3 − e3 )e3 = 2(m1 − a1 )e1 + 2(m2 − a2 )e2 + 2(
o que implica em
lim
bi − ai = 2(mi − ai ),
para todo i ∈ {1, 2, 3}. Logo
e
bi − ai
Pr
mi = ,
2
para todo i, e
o
b1 + a1 b2 + a2 b3 + a3
M: , , .
2 2 2
sã
r
90
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
c1 c2 c3
in
Demonstração: Os vetores u, v, w são linearmente independentes
se o sistema:
xu + yv + zw = 0
lim
possuir somente a solução trivial x = y = z = 0
Em coordenadas podemos expressar a equação 2.4 como:
e (2.3)
a3 x + b3 y + c3 z = 0
sã
a a a
Ve
1 2 3
b1 b2 b3 6= 0
c1 c2 c3
91
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3. Encontre as coordenadas do vetor v = (1, 2, 3)B na base C .
in
Solução:
1. Pelo teorema da base, basta mostrarmos que f1 , f2 e f3 são
linearmente independentes.
Como:
1 1 1
lim
1 0 1 = −1 6= 0,
e
0 −1 1
Pr
2.
sã
92
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
f1 = 1e1 + 1e2 + 1e3
f1 − f2 = 0e1 + 1e2 + 0e3
f3 + (f1 − f2 ) = 0e1 + 0e2 + 1e3
ar
f1 − (f1 − f2 ) − [f3 + (f1 − f2 )] = 1e1 + 0e2 + 0e3
in
f1 − f2 = 0e1 + 1e2 + 0e3
f3 + (f1 − f2 ) = 0e1 + 0e2 + 1e3
Donde temos:
lim
e1 = 1f1 + 2f2 − 1f3 = (1, 2, −1)C
e2 = 1f1 − 1f2 + 0f3 = (1, −1, 0)C
e
e3 = 1f1 − 1f2 + 1f3 = (1, −1, 1)C
Pr
Finalmente:
= 1(1, 2, −1)C + 2(1, −1, 0)C + 3(1, −1, 1)C = (6, −3, 2)C .
sã
r
Ve
93
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
teorema 2.7 o seguinte determinante deve se anular:
1 1+m 2+m
in
1 0 m =0
0 2 3
1 1+m 2+m
e
lim
Calculando o determinante temos que:
1 0 m = 1 − 3m
0 2 3
Pr
Exercícios
Ex. 1.5 — Os pontos médios dos lados de um triângulo são (2, 5) , (4, 2)
r
94
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
P + u : ( a1 + p 1 , a2 + p 2 , a3 + p 3 ) Σ
in
Ex. 1.9 — Determine quais dos conjuntos abaixo são L.I.
a) {(1, −1, 2) , (1, 1, 0) , (1, −1, 1)}
b) {(1, −1, 1) , (−1, 2, 1) , (−1, 2, 2)}
c) {(1, 0, 1) , (0, 0, 1) , (2, 0, 5)}
e lim
Pr
Ex. 1.11 — Sejam u = (2, 1) e B = (1, 3). Mostre que todo vetor
sã
no espaço.
a) encontre as componentes de um vetor z = (a, b, c) na base
formada por u, v, w.
95
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 1.13 — Mostre que dois vetores não nulos u : ( a1 , a2 , a3 ) e v :
(b1 , b2 , b3 ) são linearmente dependentes se e somente se existe λ tal
in
que:
(a1 , a2 , a3 ) = (λb1 , λb2 , λb3 )
a) u = (1, 2, 3)
lim
Utilize esse critério para decidir se os vetores abaixo são linearmente
independentes ou linearmente dependentes:
v = (4, 5, 6)
e
b) u = (1, 0, 3) v = (−2, 0, −6)
1 5
Pr
c) u = (1, 2, 5) v= , 1,
2 4
o
, ou
b1 b2 b2 b3 b1 b3
Ve
é não nulo.
96
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 1.16 — Sejam u : (m, −1, m2 + 1) e v : (m2 + 1, m, 0) e w :
(m, 1, 1). Mostre que os vetores u, v e w formam uma base para o
in
espaço independentemente do valor de m.
lim
Ex. 1.17 — Dado (e1 , e2 , e3 ) uma base. Determine condições neces-
sárias e suficientes sobre a, b de modo que os vetores (u, v, w) sejam
linearmente independentes, com u, v, w dados por:
e
a) u = e1 − e2 , v = e1 + e2 + e3 , w = ae1 + be2 + e3
Pr
b) u = e1 − e2 + e3 , v = e1 + e2 + 3e3 , w = ae1 + be2 + (b2 +
2a)e3
o
dos pontos médios dos lados AB, CD, BD, BC no sistema de coorde-
−→ −→ −→
nadas determinado pelo ponto A e pela base { AB, AC, AD }. (com-
pare com o exemplo 3.4
r
Ve
97
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
vantagens de se trabalhar com as cha- eixo y
madas bases ortonormais ou, mais ge- P : ( x, y)
b
in
ralmente, com sistemas de coordenadas
cartesianas. yj
r = xi + yj.
98
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
= x 2 + y2 .
in
q
r = x 2 + y2 .
zk
k
r = k r k = x 2 + y 2 + z2 . i xi
Pr
O b
j
yj
Voltemos por momento para o caso
planar e denote por θ o ângulo entre b
x = r cos(θ ),
y = r sen(θ ).
r
Ve
99
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Q : ( x2 , y2 )
b
( y2 − y1 ) j
b
ar
P : ( x1 , y1 ) ( x2 − x1 ) i
in
Figura 2.3: Distância entre dois pontos no plano.
q
lim
E no caso tridimensional distância entre os pontos P : (a1 , a2 , a3 )
e Q : (b1 , b2 , b3 ) é dada por:
mais complicadas.
sã
−→ −→
Solução: Temos que d( A, B) = || AB ||. Como AB = B − A =
(2, 2, −1), segue que:
q
d( A, B) = 22 + 22 + (−1)2 = 3.
100
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 2.1 — Dados os vetores a, b, c conforme a figura abaixo. Deter-
mine as componentes dos vetores a, b, c e de a + b + c
in
6
e120◦
lim 45◦
4
Pr
30◦
o
3
sã
Vetores a, b, c respectivamente
r
Ve
101
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
a
4
135◦
b 3
120◦ 3
ar
c
in
Ex. 2.3 — Dados A : (−3, 2), B : (3, 5) e C : (0, 3) desenhe o triân-
gulo ABC e ache:
−→
e
−→
c) O vetor BA e o vetor AC;
lim
a) A distância entre os pontos A e B;
b) A distância entre os pontos B e C;
−→ −→
d) O vetor BA + AC
Pr
B. (Duas respostas)
sã
102
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ − →
e) Os ângulos entre AB e BC. Dica: use a lei dos cossenos;
f) A área do triângulo;
g) O ponto D tal que ABCD é um paralelogramo (Três respos-
tas)
ar
Ex. 2.5 — Qual o ponto do eixo x é equidistante dos pontos A =
(1, −3) e B = (3; −1)?
in
Ex. 2.6 — O triângulo ABC, com A = (− a; 0) B = (a; 0) C = (0; y)
lim
é equilátero. Quais são os possíveis valores de y?
Ex. 2.7 — Três vértices de um retângulo são (2, −1), (7, −1) e (7; 3)
e
: Determinar o quarto vértice e a área.
Pr
o
103
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
u e v o ângulo θ, com 0 ≤ θ ≤ π, formado v
u D
por representantes de u e v com mesma ori- b
gem. A θ
in
b
C’
D′
b
lim
de coordenadas cartesiano Σ = (B , O) com
B = (i, j, k) e escrever os vetores neste sis-
tema, ou seja:
e Figura 2.4: Ângulo
entre u e v
u = a1 i + a2 j + a3 k
Pr
v = b1 i + b2 j + b3 k
v−u
sã
v
θ u
r
O
Ve
104
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e portanto
Assim
ar
a1 b1 + a2 b2 + a3 b3
cos(θ ) = .
k u k k vk
Ao termo a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 daremos o nome de produto escalar
in
de u por v e denotaremos por u · v.
Resumindo:
lim
Definição 2.13 Se Σ = (B , O) com B = (i, j, k) é um sistema
de coordenadas cartesiano, u = (a1 , a2 , a3 )Σ e v = (b1 , b2 , b3 )Σ ,
então definimos o produto escalar (ou produto interno) de u
e
e v como:
Pr
u · v := a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 .
u · v = kukkvk cos θ,
r
u·v
θ = arccos .
k u k k vk
105
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
nal a v e tem mesma norma de v. Note:
v · n = − xy + xy = 0
in
p
k n k = x 2 + y2 = k v k.
k u k k vk
3 1
sã
= √ √ =
6 6 2
1 π
⇒ θ = arccos = = 60◦
r
2 3
Ve
106
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
3j + 6k são ortogonais.
Solução:
ar
in
Proposição 2.19 O produto escalar possui as seguintes proprie-
dades:
1. u · v = v · u
2. u· (v + w) = u · v + u · w
e lim
3. u · u = kuk2 ≥ 0
Pr
4. u · u = 0 se e somente se u = 0
5. u· (λv) = λu · v
o
sã
1.
r
u · v = a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 = b1 a1 + b2 a2 + b3 a3 = v · u
Ve
107
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2.
u· (v + w ) = (a1 , a2 , a3 ) · (b1 + c1 , b2 + c2 , b3 + c3 )
= a1 (b1 + c1 ) + a2 (b2 + c2 ) + a3 (b3 + c3 )
= (a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 ) + (a1 c1 + a2 c2 + a3 c3 )
ar
= u·v+u·w
in
3.
u · u = a21 + a22 + a23 = kuk2 ≥ 0
lim
4. Se u · u = 0 então kuk = 0 e consequentemente u = 0. Re-
ciprocamente, se u = 0 temos u = (0, 0, 0), e então u · u =
02 + 02 + 02 = 0.
e
5. A demonstração desse item é deixada como exercício ao leitor.
Pr
o
C1
ordenadas de C e D por C = b
Ve
−→ B
5, c2 − 6), CD = (d1 − c1 , d2 − c2 ) b
−→
e DA = (d1 − 3, d2 + 4).
b
A
b C2
108 b
D2
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
O vetor BC é perpendicular ao
−→
vetor AB logo o produto escalar
entre eles é nulo, ou seja,
−
→ −→
BC · AB = 0.
ar
Isto implica que 2(c1 − 5) +
10(c2 − 6) = 0, que simplificando
in
resulta em
c2 = 8 ou c2 = 4
Quando c2 = 8 por (2.5) c1 = −5 e quando c2 = 4 então c1 = 15,
ou seja, C = (−5, 8) ou C = (15, 4).
o
O cálculo de D é análogo.
sã
−→ −→
de 90◦ no sentido anti-horário, temos BC = AD = (−10, 2). Logo:
Ve
−→
C = B + BC = (−5, 8)
−→
D = A + AD = (−7, −2).
109
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
Finalmente, se rotacionamos AB de 90◦ no sentido horário, temos
−→ −→
BC = AD = (10, −2). Assim:
−→
C = B + BC = (15, 4)
−→
D = A + AD = (13, −6).
ar
in
Exemplo 2.21 Mostre que as três alturas de um triângulo são con-
b
A′
O
Pr
b
b
a
b b b
A C′ B
o
−→ −→
Ve
OB · CA = 0 ⇒ b · (a − c) = 0 ⇒ b · a = b · c
110
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
E logo b · a = c · a, ou seja,
−→ −→
a · (c − b) = 0 ⇒ OA · BC = 0
Desta forma a reta OA é perpendicular ao lado BC, sendo assim a
altura relativa ao vértice A. Essa reta intercepta as outras alturas no
ar
ponto O, e assim as três retas se interceptam num único ponto, que
é denominado ortocentro do triângulo ∆ABC.
in
2.3.1 Projeção Ortogonal
lim
Passemos agora a um novo problema. Dados
e
dois vetores v e u, com u não nulo, que-
Pr
remos decompor o vetor v em dois vetores
p, q tais que p é paralelo a u e q é perpendi- v
cular a u, ou seja, queremos encontrar p, q
o
tais que θ u
v = p + q, p = λu para algum λ ∈ R e q · u = 0. p = Proju v
sã
(v − p) · u = 0 de v sobre u
Ve
e logo
(v − λu) · u = 0
v · u − λ kuk2 = 0
111
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Desta forma
u·v
λ=
kuk2
e !
u·v
p= u
k u k2
ar
Do mesmo modo podemos ver que o vetor p assim determinado
é único. Tal vetor é chamado de projeção ortogonal de v sobre u e
in
é denotado por Proju v.
Demostramos assim o seguinte resultado.
m
Proposição 2.22 Dado u um vetor não nulo, e v um vetor qual-
quer, então a projeção ortogonal Proju v de v em u existe e é única:
eli
!
u·v
Proju v = u (2.7)
kuk2
Pr
mento obedece:
kukkvk cos θ u·v
kpk = (kvk cos θ ) = = ,
kuk kuk
rs
u·v u u·v
Proju v = = u.
kuk kuk kuk2
Note também que o vetor p = Proju v não depende do comprimento
de u. Tal fato encontra-se expresso no lado direito da Equação 2.7 se
112
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
C = (2, 5)
−→ −→
Solução: Temos que AB = (2, −1) e AC = (1, 3). Além disso, n =
−→
in
(1, 2) é um vetor ortogonal a AB.
A área do triângulo △ ABC é dada por:
−→
onde h = kProjn AC k =
1 −→
S = k AB kh,
−→
2
| AC · n|
knk
e lim
, é a altura do triângulo △ ABC
relativa ao lado AB.
−→ 1 −→
Pr
Como knk = k AB k, temos que S = | AC · n|. Logo:
2
1 7
S= |1 + 6| = .
2 2
o
sã
Exercícios
r
Ve
113
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 3.4 — Prove que os vetores u = 7i − 3j + 6k, v =3i + 3j − 2k
in
e w =6i − 16j − 15k são dois a dois perpendiculares.
lim
Ex. 3.5 — Determine os três ângulos de um triângulo cujos vértices
são (3, 1) , (5, −2) e (6, 3). Encontre também a área do triângulo.
e
Ex. 3.6 — Dados vetores a, b e c tais que a + b + c = 0 com kak =
3, kbk = 5 e kck = 7. Calcule o ângulo entre a e b.
Pr
1
Ex. 3.7 — Prove que v · w = k v + wk2 − kv − wk2
o
4
sã
114
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
Ex. 3.10 — Suponha que AB seja o diâmetro de um circulo e seja
−→
C outro ponto qualquer desse circulo. Mostre que os vetores CA e
−→
CB são ortogonais.
ar
a) Proju λv = λ Proju v
b) Proju (v + w ) = Proju v + Proju w
in
c) Proju Proju v = Proju v
d) v · Proju w = Proju v · w
nais de um cubo.
e lim
Ex. 3.12 — Calcule o cosseno do ângulo formado por duas diago-
Pr
Ex. 3.13 — Prove que |u · v| ≤ kuk kvk e que |u · v| = kuk kvk
se e somente se um vetor é múltiplo do outro (Desigualdade de
Schwarz).
o
sã
0.
115
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 3.18 — Mostre que o ângulo entre as projeções Projw u e Projw v
in
é igual ao ângulo entre os vetores u e v.
2.4
lim
produto vetorial: vetor per-
e
pendicular a dois vetores da-
Pr
dos
o
116
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
b1 x + b2 y + b3 z = 0
in
ou ainda (
a1 x + a2 y = − a3 z
b1 x + b2 y = −b3 z
generalidade que:
a a
1 2
e
b1 b2
6= 0,
lim
Como u e v, pelo exercício 1.14, podemos supor sem perda de
Pr
e, usando a regra de Cramer, concluímos que
−a z a a a a2 a3
3 2 3 2
−b3 z b2 b3 b2 b2 b3
o
x = = −z
a a =
z
a1 a2 1 2 a1 a2
sã
b1 b2 b1 b2 b1 b2
e
a −a z a1 a3 a
r
1 3 3 a1
Ve
b1 −b3 z b1 b3 b3 b1
y =
= −z = z
a1 a2 a1 a2 a
1 a2
b1 b2 b1 b2 b1 b2
117
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Escolhendo
a a
1 2
z=
b1 b2
temos que
a a a a a a
2 3 3 1 1 2
ar
w= i+ j+ k
b2 b3 b3 b1 b1 b2
in
Motivados pelos cálculos acima, definimos:
duto vetorial.
sã
des:
Ve
1. Anti-simetria u × w = −w × u
2. Distributiva: (u + v) × w = u × w + v × w
118
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
a a a
1 2 3
3. Produto misto u· (v × w) = (u × v) · w = b1 b2 b3
c1 c2 c3
ar
5. ku × vk = kuk k vk sen (θ ) , onde θ é o ângulo entre os ve-
tores u e v.
in
Demonstração: A demonstração dos três primeiros itens é direta e
será deixada como exercícios:
k u k2 k v k 2 − | u · v | 2 =
lim
Para demonstrarmos a quarta propriedade basta observar que
= a21 + a22 + a23 b12 + b22 + b32 − ( a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 )2
e
= a21 b12 + a21 b22 + a21 b32 + a22 b12 + a22 b22 + a22 b32 + a23 b12 + a23 b22 + a23 b32
Pr
a23 b22 ( a2 b3 − a3 b2 )2 + ( a1 b3 − a3 b1 )2 + a1 b2 − a2 b1
sã
= k u × vk 2 .
A quinta propriedade decorre facilmente da anterior, bastando
r
119
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e portanto
k u × vk 2 = k u k 2 k vk 2 − | u · v| 2
= kuk2 kvk2 − kuk2 kvk2 · cos2 (θ )
= kuk2 kvk2 1 − cos2 (θ ) =
ar
= kuk2 kvk2 sen2 (θ )
in
Vamos agora explorar algumas consequências geométricas do pro-
duto vetorial.
2.4.1 lim
Área de um Paralelogramo e de um Triângulo
e
Primeiro considere o paralelogramo determinado por dois vetores
não paralelos u e v, como na figura abaixo
Pr
v
kvk sen θ
o
sã
120
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
A B
BC, como na figura abaixo. A diagonal BC
ar
desse paralelogramo divide este em dois tri-
ângulos de áreas iguais. Logo a área do triângulo será metade da
área do paralelogramo:
in
1
−→ − →
A =
AB × BC
2
(u × v) · w
Proju×v w = ( u × v ),
k u × v k2
r
segue que
Ve
Proj w
= |(u × v) · w | ku × vk
u×v
k u × vk 2
|(u × v) · w|
= .
ku × vk
121
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Segue portanto que
e lim
|(u × v) · w|
V = Ab h = k u × vk = |(u × v) · w| .
ku × vk
Pr
a a 1
1
1 2
S△ ABC = det b1 b2 1
2
c1 c2 1
r
Ve
122
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1
VT = S . (2.8)
3 △ ABC
ar
Por outro lado, temos que, se VP é o volume do paralelepípedo de
arestas a, b e c, também vale:
in
1
VT = VP . (2.9)
6
1 1
lim
Igualando as equações (2.8) e (2.9) segue:
1
a 1 a 2
S△ ABC = VP = |a × b · c| = det b1 b2 1 .
2 2
e
2
1
c1 c2 1
Pr
a a 1
1 2
b1 b2 1 = 0
c1 c2 1
123
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Exercícios
Ex. 4.1 — Calcule o produto vetorial entre
a) 7i − 3j + 6k e 5i − 15j − 13k
b) 6i − 16j − 15k e 3i + 3j − 2k
ar
c) 3i + 3j e 5i + 4j
in
Ex. 4.2 — Se u = (3, 41), v =(2, 3, 2) e w = (4, 2, 3) encontre
a) 2u+3v − 7w
b) u · w
c) v · w,
d) u · v,
e lim
e) u × v,
Pr
f) v × u
g) w · (v × u)
o
eixo z e
a × b = (1, −1, 1)
124
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
( x, y, z) · (3, 1, 1) = 3
ar
Ex. 4.6 — Sejam os pontos P = (1, 1, 2), Q = (1, 2, 0) e R =
in
(3, 1, 2) pontos médios dos lados de um triângulo ∆ABC. Calcule
a área do triângulo ∆ABC.
Ve
u × v = a1 a2 a3
b1 b2 b3
125
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 4.13 — Mostre que dois vetores u e v são paralelos se, e so-
ar
mente se, u × v = 0
in
Ex. 4.14 — Prove que em geral u· (v × w) pode ser escrito como o
determinante da matriz que tem como componentes
e a a a
1 2 3
b1 b2 b3
c1 c2 c3
lim
Pr
Ex. 4.15 — Dado um triângulo ∆ABC como na figura a seguir.Usando
o produto vetorial demonstre a lei dos senos:
o
α β γ
= =
kwk k vk kuk
sã
A
b
r
α
Ve
v u
γ β
b b
C w B
126
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
sendo a = OA, b = OB e c = OC
in
2.5 escolha do sistema de coor-
denadas
e lim
Um sistema de coordenadas cartesianas do plano pode ser escolhido
Pr
tomando qualquer ponto O como origem e qualquer duas retas per-
pendiculares como os eixos. Em geral resultados geométricos não de-
pendem de como escolhemos nosso sistema de coordenadas, mas ao
o
127
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
(x3 , y3)
(x2 , y2 )
ar
(x1 , y1 )
in
O x
lim
Consideraremos o seguinte sistema de coordenadas: escolha como
eixo x a reta AB, e como eixo y a reta perpendicular a AB passando
por C. Determine o sistema de coordenadas colocando a origem no
e
ponto O dado pela intersecção dos dois eixos, e escolhendo uma
Pr
base ortonormal (i, j) formada por vetores unitários paralelos a es-
tes eixos. Neste sistema o vértice A tem então coordenadas do tipo
( a, 0) e o ponto B coordenadas do tipo (b, 0), já que ambos estão
o
128
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y (0, c)
ar
(a, 0) O (b, 0) x
in
lim
Exemplo 2.29 Se um triângulo é isósceles, as medianas dos dois
a c −b c
coordenadas de M1 = , = , . Analogamente, o ponto
Ve
2 2 2 2
b c
médio M2 de BC tem coordenadas , .
2 2
129
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
e s
b c
9b2 c2
AM2 =
( , ) − (−b, 0)
= +
2 2
4 4
in
e as medianas relativas aos vértices A e B possuem o mesmo tama-
nho.
lim
Exemplo 2.30 Num triângulo retângulo o ponto médio da hipote-
e
nusa é equidistante dos três vértices.
Solução: Para um triângulo retângulo ∆ABC com hipotenusa AB
Pr
e C : (0, 0) . O comprimento da
hipotenusa é
p
r
| AB| = a2 + b2 A : (a, 0)
Ve
O x
130
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Logo temos que a distância do vértice C a M é metade da dis-
tância entre os vértices A e B, e logo M está equidistante dos três
in
vértices.
e y
(0, c)
lim (d, c)
Pr
O x
(a, 0) (b, 0)
trapézio
(0, c) (b − a, c)
o
y
r sã
O x
(a, 0) (b, 0)
Ve
paralelogramo
131
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Exercícios
Ex. 5.1 — Mostrar que (−5, 0) , (0, 2) e (0, −2) são os vértices de
um triângulo isósceles e achar sua área.
ar
Ex. 5.2 — Sejam A = ( a, 0) e B = (0, a), com a 6= 0. Determine x
de modo que o ponto C = ( x, x ) seja o terceiro vértice do triângulo
equilátero ABC.
in
Ex. 5.3 — Dado um paralelogramo ABCD, escolha um sistema de
lim 2 2
coordenadas adequado e mostre que AB + BC + CD + DA =
2 2
2 2
triângulo é isósceles.
132
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 5.8 — Determine a soma dos quadrados (dos comprimentos)
in
das medianas do triângulo ∆ABC, sabendo que os lados do δABC
medem a, b e c.
im
el
2.6 o problema do lugar geomé-
Pr
trico
ão
133
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
f ( x, y) = 0 ou g( x, y, z) = 0 (2.10)
in
dito solução da equação e o conjunto de pontos cujas coordenadas
satisfazem a equação (2.10) acima é chamado de lugar geométrico
da equação.
lim
É importante ressaltar que o lugar geométrico, como definido
acima, depende do sistema de coordenados escolhidos. Em outras
palavras, uma certa figura ou condição geométrica pode ser descrita
e
algebricamente de várias formas distintas, dependendo, dentre ou-
Pr
tros fatores, do sistema de coordenadas escolhido. Por esta razão,
buscaremos dentre as possíveis representações aquela que proporci-
one a maior simplicidade algébrica.
Durante esse processo (e em vários outros) podemos substituir
o
lugar geométrico.
Ve
134
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ou de modo equivalente
ar
r 2 = ( x − 2 )2 + ( y − 3 )2 .
in
Deste modo vemos que um ponto ( x, y) no plano satisfaz a equação
acima se, e somente se, sua distância para o ponto C : (2, 3) for igual
a 5.
( x − a) 2 + ( y − b)2 = r 2
e
Pr
é um círculo de raio r e centro no ponto de coordenadas ( a, b).
Exemplo 2.32 Generalizando o exemplo anterior, um circulo de cen-
o
|CP| = r,
ou seja, q
( x − a)2 + (y − b)2 = r,
135
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
( x − a) 2 + ( y − b)2 = r 2 .
ar
esse ponto dista r do centro) se e somente se satisfizer a equação
( x − a) 2 + ( y − b) 2 = r2 .
Em geral, sempre que tivermos este tipo de relação entre uma
in
curva e uma equação diremos que esta é a equação da curva.
lim
Definição 2.33 Diremos que uma equação f ( x, y) = 0 é a equa-
ção de um dado lugar geométrico se todo ponto que satisfaz
a equação pertence ao lugar geométrico e todo ponto que per-
tence ao lugar geométrico satisfaz a equação.
e
Pr
Exemplo 2.34 Dado um sistema de coordenadas cartesiano, lugar
136
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
ponto P tal que
−→
−
→
PD
=
PF
,
in
onde D é o ponto de d mais próximo de P.
lim
A reta passando por F perpendicular a d é chamada eixo da pará-
bola. O ponto de intersecção entre o eixo da parábola e a parábola é
chamado vértice da parábola. Observe que o vértice está localizado
na metade da distância do foco a diretriz.
e
Escolheremos como sistema de coordenadas os eixos formados
pelo eixo da parábola
Pr
triz da parábola.
sã
O F : (m, 0)
Seja 2m a distância entre o
foco e a diretriz d. No sistema
de coordenadas que adotamos F x = m
r
−→
−
→
ção da diretriz é x = −m. Como P satisfaz
PD
=
PF
temos
que q
( x − m)2 + y2 = x + m.
137
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
( x − m ) 2 + y2 = ( x + m ) 2
2 2 2 2 2
m − 2mx + x + y = m + 2mx + x
ar
y2 = 4mx
in
ordenadas.
f ( x, y) = 0
e lim
g ( x, y) = 0,
Pr
tersecção de
x − 12 = 0
y2 − 3x = 0
138
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Analiticamente, concluímos da primeira equação que todo ponto
de intersecção ( x, y) deve ter x = 12. Substituindo na equação da
parábola encontramos que
in
y2 = 36,
e portanto
y = ±6.
e lim
De modo que os pontos de intersecção são (12, 6) e (12, −6).
Pr
Exercícios
o
des do eixo X
c) O conjunto dos pontos P tal que a abscissa de P é igual ao
inverso da sua ordenada
139
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
pontos F : (c, 0) e F′ :(−c, O) é constante igual a 2a.
in
Ex. 6.3 — Determinar a equação do lugar geométrico de um ponto
no espaço que se move de modo que a soma das distancias a dois
lim
pontos F : (c, 0, 0) e F′ :(−c, 0, 0) é constante igual a 2a.
k PFk −
PF′
= 2a
o
sã
140
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
é que, neste sistema, curvas com algum tipo de simetria em rela-
ção a origem O do plano, como por exemplo o círculo e a elipse,
in
podem ser descritas de maneira mais simples que nos sistemas de
coordenadas vetoriais.
lim
Num sistema de coordenadas polares um ponto P é localizado no
−→
plano em relação a uma semi-reta OA. A origem O dessa semi reta
é denominada origem do sistema de coordenadas polares ou polo e
−→
a semi-reta OA é dito eixo polar.
e
P
Pr
b
θ
o
b b
O A
sã
−→
r = d(O, P) e θ é o ângulo orientado que a semi-reta OP faz com a
Ve
−→
semi-reta OA. Claramente a posição do ponto fica bem determinada
se conhecemos r e θ. O par (r, θ ) é denominado coordenadas pola-
res do ponto P, e neste caso escreveremos simplesmente P : (r, θ )
141
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Figura 2.7: Coordenadas polares
lim
Como θ é o ângulo orientado entre o eixo OA e a reta OP seus
valores podem ser positivo ou negativo conforme a orientação no
e
sentido anti-horário ou horário do ângulo.
Pr
P : (r, θ
b
r
θ
o
O
−r
sã
b
P′ : (−r, θ )
r
Ve
142
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
modo: construímos uma semi-reta faz uma ângulo θ com o eixo po-
lar e estendemos essa semi-reta. marcarmos o ponto (−r, θ ) como
sendo o ponto sobre a extensão da semi reta que dista r do polo O.
Uma diferença fundamental entre os sistemas de coordenadas car-
tesianas e o sistema de coordenadas polares é que em coordenadas
ar
polares um ponto P pode ser descrito por uma infinidade de coorde-
nadas. Por exemplo, a origem O é descrita por todas as coordenadas
da forma (0, θ ) ., enquanto que um ponto P : (r, θ ) distinto da ori-
in
gem é descrito por todas as coordenadas da forma (r, θ + 2πn) e
(−r, θ + π (2n + 1)).
lim
Todo ponto distinto da origem possui pelo menos uma coorde-
nada na qual o raio é positivo e o angulo θ esteja entre 0 ≤ θ < 2π.
Denominamos esse par como o conjunto principal de coordena-
das polares do ponto em questão.
e
Pr
143
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y
y0 b
P
θ K
ar
b b
O x0 x
in
Figura 2.8: Coordenadas polares
x0 = r cos(θ )
y0 = r sen(θ )
q
e lim
r = ± x02 + y20
Pr
y0
tg θ =
x0
tabela:
p y
( x, y) ( x2 + y2 , arctg( ))
x
144
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
y = r sen (θ ) = 3 · .= (2.12)
2 2
√ !
3 3 3
Ou seja, P : − ,
in
2 2
e √
lim
Exemplo 2.39 Determinar as coordenadas polares do ponto cujas
7
−1, π + π (2πn + 1) .
4
sã
145
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
x 2 + y2 = ( 2 + x ) 2
in
que simplifica para y2 = 4( x + 1) (uma parábola).
b
Q
o
b
P
sã
θ2
b
θ1
O
r
Ve
146
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
147
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
3 R E TA S E P L A N O S
ar
Dando continuidade ao nosso estudo sobre lugares geométricos e
suas equações, vamos nos concentrar agora no estudo de dois ele-
in
mentos geométricos fundamentais da geometria as retas e os planos.
Ressaltamos, que em todo este capítulo utilizaremos um sistema
lim
de coordenadas cartesiano (i, j, k, O).
e
3.1 equações da reta
Pr
Um dos postulados da
geometria Euclidiana nos
o
149
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
Para isto, observe que dado um ponto X em r, o vetor AX é
−→
paralelo ao vetor AB, e portanto existe um escalar t ∈ R tal que
−→ −→
AX = t AB. Assim, temos que
−→ −→
X = A + AX = A + t AB,
ar
−→
e considerando A : ( a, b, c) e v = AB = v1 i + v2 j + v3 k, vemos que
−→
um ponto X : ( x, y, z) pertence a reta r se e somente se AX = vt,
in
ou ainda
r : X = A + vt. (3.1)
Expandindo obtemos
x
a
e
v1
lim
y = b + v2 t, (3.2)
z c v3
Pr
r : y = b + v2 t (3.3)
sã
z = c + v3 t
150
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
v1 6= 0, v2 6= 0 e v3 6= 0, podemos eliminar o parâmetro t e obter
in
v1 v2 v3
lim
É importante observar que a equação de uma reta, em qualquer
uma de suas formas, não é única. De fato, as equações dependem
fundamentalmente da escolha do ponto inicial e do vetor diretor,
gerando assim uma infinidade de equações para representar um
e
mesma reta. Para entender esta afirmativa, consideremos uma reta
Pr
r : X = A + vt. Escolhendo um ponto B em r, podemos trocar o
ponto inicial por B e assim representar r por r : X = B + vt. Do
mesmo modo, trocando o vetor diretor v por outro vetor v′ paralelo,
obtemos que X = A + v′ t é também uma equação vetorial para r
o
r : X = A + vt
151
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x 0 1
y = 1 + 2 t
z 1 −1
As equações paramétricas ficam então x = t, y = 1 + 2t, z = 1 − t.
As equações simétricas para essa reta são obtidas isolando o parâ-
ar
metro t nas equações anteriores, ou seja,
y−1 z−1
x= = .
in
2 −1
(1, 1, 2)t.
e lim
Exemplo 3.2 Dada a reta r de equação paramétricas r : X = (1, 3, 2) +
Solução:
r
152
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3. Substituindo o vetor diretor por um de seus múltiplos não nu-
los obtemos equações com as propriedades exigidas. Se, por
in
1
exemplo, multiplicarmos o vetor diretor por encontramos a
2
equação vetorial
e lim
1 1
r : X = (−1, 1, −2) + ( , , 1)t.
2 2
Pr
Exemplo 3.3 Verifique se os pontos A : (4, 1, 5) e B : (0, 0, 0) perten-
4 = 1+t
1 = 1 + 0t
5 = 2+t
153
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
tenha solução.
O sistema acima possui solução, t = 3, e logo o ponto A pertence
à reta r.
De modo análogo, para que o ponto B pertença a reta r é necessá-
rio que exista t ∈ R tal que
ar
(0, 0, 0) = (1, 1, 2) + (1, 0, 1)t,
in
0 = 1+t
0 = 1 + 0t
0 = 2+t
tenha solução. lim
Como sistema acima não possui solução, o ponto B não pertence
e
à reta r.
Pr
2 − 3x 2y − 2 5z − 1
sã
= =
7 3 2
r
154
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Exemplo 3.5 Verifique se as retas r : X = (1, 1, 1) + (1, 0, 1)t e
in
Solução: Para que um ponto P pertença simultaneamente as retas r
e s, devem existir números reais t1 e t2 tais que
P : ((3, 1, 3)).
r
155
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Exercícios
Ex. 1.1 — Dados v e v′ vetores não nulos paralelos, ou seja, v =
λv′ . Mostre que r : X = A + vt e s : X = A + v′ t são equações
vetoriais para a mesma reta, isto é mostre que se P ∈ r (P = A + vt0
para algum t0 ∈ R) então P ∈ s (existe t0′ ∈ R tal que P = A +
ar
v′ t0′ ).
in
Ex. 1.2 — Determine as equações na forma paramétrica e na forma
simétricas das seguintes retas:
im
a) A reta que passa pelos pontos A : (1, 4, −2) e B : (0, 1, 1)
b) A reta que passa pelos pontos A : (1, 0, −2) e B : (3, 1, 1)
el
c) As retas que determinam os eixos x, y, z
d) A reta paralela ao eixo z que passa pelo ponto (1, 2, 1)
Pr
e) A reta paralela ao eixo x que passa pelo ponto (1, 2, 1)
1 − 2x y 2z + 1
f) A reta paralela a reta = = que passa pelo
3 4 4
ponto (2, 1, 0)
ão
y = 5t
z = −1 − t
Ve
156
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
A
b servando que, de modo análogo ao caso tri-
dimensional, escolhidos um ponto inicial A
in
e um vetor diretor v, esta reta pode ser des-
crita vetorialmente como:
x
r : X = A + vt
a
!
v1
e
!
lim
Nesse caso a expressão em coordenadas fica:
!
(3.4)
= + t (3.5)
y b v2
Pr
x−a y−b
= ,
v1 v2
sã
ou ainda,
v2
r
y−b = ( x − a ).
v1
Ve
v2
O número real m = é denominado coeficiente angular da
v1
reta r, e admite uma interpretação geométrica muito simples: o coe-
ficiente angular é a tangente do ângulo angulo entre a reta e o eixo
157
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x. Com essa definição é fácil ver que, para as retas não paralelas ao
eixo y, podemos escolher o vetor diretor como i + mj, e assim obter
equação afim ou reduzida da reta bidimensional
y = mx + n,
ar
onde n = b − ma.
in
v2 j
v1 i
m
eli θ
Observação 3.6 É fácil ver que a equação de toda reta no plano pode
ser escrita na forma:
ax + by + c = 0,
158
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y=constante
x=constante b
A
b
ar
Figura 3.1: Retas paralelas aos eixos coordenados
in
com a, b, c constantes reais. Tal forma é conhecida como forma canô-
nica ou equação cartesiana da reta no plano.
lim
A equação na forma canônica é única a menos de uma constante
multiplicativa, isto é ax + by + c = 0 e a′ x + b′ y + c′ = 0 representam
uma mesma reta se e somente se existe λ ∈ R tal que a = λa′ , b = λb′
e c = λc′ (Por quê?).
e
Exemplo 3.7 Encontre a equação da reta que passa pelo ponto (1, 1)
Pr
x2 − x1
Ve
( x2 − x1 ) i + ( y2 − y1 ) j
159
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y2 − y1
E consequentemente m = .
x2 − x1
ar
x y 1
x1 y1 1 =0
in
x2 y2 1
lim
Solução: Seja P : ( x, y) um ponto qualquer. O ponto P pertence a
reta determinada pelos pontos A e B se e somente se A, B, P forem
colineares, e o resultado segue do critério da proposição 2.28.
e
Exercícios
Pr
Ex. 1.3 — Desenhe a reta que passa por (−1, 3) e (3, 0). Determine
sua equação e onde ela intercepta os eixos.
o
sã
b) A = (0, 1) e B = (1, 0)
160
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
a) A = (3, 5, 1) e B = (−2, 3, 2)
b) A = (0, 1, 0) e B = (1, 0, 0)
c) A = (0, 1, 1) e B = (0, 0, 0)
d) A = (3, 2, 1) e B = (6, 1, 4)
ar
Ex. 1.6 — Escreva as equações do movimento do ponto P : ( x, y, z)
que começa em (3, −1, −5) e que se move retilineamente e unifor-
in
memente na direção do vetor (−2, 6, 3) com velocidade v = 14.
lim
Ex. 1.7 — Escreva as equações do movimento do ponto P : ( x, y, z)
que se move retilineamente e uniformemente e percorreu a distân-
cia distância entre os pontos (−7, 12, 5 e (9, −4, −3) no intervalo de
e
tempo t1 = 1 e t2 = 4.
Pr
de intersecção.
c) Determine o tempo que a primeira partícula gasta para ir de
A até P.
161
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
pontos onde essa reta corta os planos coordenados XY, XZ e YZ.
in
Ex. 1.10 — Os lados de um triângulo estão sobre as retas y = 2x +
1, y = 3x − 2 e y = 1 − x. Determine os vértices desse triângulo.
reta.
r
162
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b) A = ( x1 , y1 ) , B = ( x2 , y2 ) e C = ( x3 , y3 )
ar
ção das outras duas medianas, mas que também ele é o ponto de
trissecção das outras duas medianas. Conclua que as três medianas
in
são concorrentes, i.e, elas passam pelo mesmo ponto.
[Dica: Para triângulo genérico as coordenadas podem ser escolhidas
lim
de modo que os vértices sejam (0, 0) , (0, a) e (b, c) ]
a) 3x − 4y = 6
b) 2x + 3y = 6
r
c) 7y + 9 = 0
Ve
x y
d) + =1
a b
e) y = mx + b
f) bx + ay = 0
163
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
g) 4x2 = 9
h) xy(2x − 3y + 4) = 0
i) x cos(α) + y sen(α) = h (indique h e α em sua figura).
j) x = 3 + 2t, y = −1 − 3t
Nos próximos exercícios ache a equação da reta e desenhe
ar
uma figura de cada.
in
Ex. 1.18 — A linha que passa por (−5, 7) perpendicular a 4x −
5y = 10.
cular a 3x + 2y + 5 = 0
e lim
Ex. 1.19 — Duas retas por (−2, 3), uma paralela e outra perpendi-
Pr
x y
Ex. 1.20 — A reta que passa por ( a, 0) perpendicular a + =1
a b
o
164
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2
Ex. 1.22 — Encontre duas linhas retas de inclinação que fazem
3
4
com os eixos coordenados um triângulo de área
3
ar
(2s + 3t) x + (3s − 2t) y = 5s + 4t passam pelo mesmo ponto. De-
termine esse ponto e mostre também que toda reta que passa por
in
esse ponto é representada por uma equação da forma acima para
uma escolha conveniente de s e t.
lim
Ex. 1.24 — Determine a e b de modo que as equações x = at + 1 e
y = bt + 5 sejam uma representação paramétrica da reta y = 2x + 3.
e
Ex. 1.25 — Identifique a linha cujas equações são 2x − 1 = 4y +
Pr
8 = 3z − 5. Determine o vetor diretor e três pontos que pertençam
a essa reta.
o
165
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
c) A = (3, 0, 2), B = (2, 1, 2).
d) A = (3, −2, 1), B = (0, 0, 1).
in
lim
Ex. 1.30 — A reta que intercepta o eixo x no ponto ( a, 0) e o eixo y
no ponto (0, b) sendo ambos os pontos distintos da origem. Mostre
que a equação dessa reta pode ser escrita como:
x y
+ =1
e
a b
Pr
c ∈ R.
Ve
166
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
α
in
como o eixo x (veja ??) [Dica:
Determine os pontos onde a reta intercepta o eixo x e o eixo y em
termos de h, α e use o resultado do item a. ]
e lim
Pr
b
P (ou conjunto de equações) que
u
Ve
167
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
los pontos escolhidos. Tome agora um ponto P qualquer deste plano,
−→
e observe que o vetor P0 P é paralelo ao plano π, e portanto copla-
nar aos vetores u e v. Como os pontos P0 , P1 e P2 são não colineares,
in
concluímos que os vetores u e v são linearmente independentes, e
−→
assim, pelo Teorema da Base, podemos escrever o vetor P0 P como
−→
P0 P = us + vt,
e lim
combinação linear de u e v, isto é, existem escalares s, t ∈ R tais
que
e portanto
Pr
P = P0 + us + vt. (3.6)
(v1 , v2 , v3 ) obtemos
x = x 0 + u1 s + v 1 t
r
y = y 0 + u2 s + v 2 t
Ve
z = z0 + u3 s + v3 t,
168
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
acima não são únicas pois dependem do ponto e dos vetores consi-
derados.
Exemplo 3.10 Encontre as equações vetorial e paramétricas do plano
ar
(3, 1, 0). Solução: Definindo u = P0 P1 : (−2, 2, 2) e u = P0 P2 :
(2, 1, −1), a equação vetorial de π fica
in
π : P = (1, 0, 1) + (−2, 2, 2)s + (2, 1, −1)t.
x = 1 − 2s + 2t
y = 2s + t
e lim
z = 1 + 2s − t.
Pr
o
3.2.2
sã
P1
ana nos dá uma outra forma de
169
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
encontrarmos a equação de um
plano. Para isso vamos primeiro
lembrar que, dada uma reta e um ponto P1 podemos encontrar um
único plano π que contenha o ponto P1 e que seja ortogonal a reta
dada. Observe que, neste resultado, a reta serve apenas para deter-
ar
minar uma direção. Isso nos permite portanto substituir esta reta
por um vetor paralelo a ela. Neste sentido, dado um plano π, dize-
mos que um vetor n não nulo é normal a π se n é ortogonal a todos
in
os vetores paralelos a π. É fundamental notar que todo plano possui
uma infinidade de vetores normais (veja o exercício 2.3).
lim
Sejam dois pontos P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e P = ( x, y, z) no plano π.
−→
Como o vetor P1 P é perpendicular a n : (a, b, c), calculando o pro-
duto interno, obtemos que
e
a ( x − x 1 ) + b ( y − y 1 ) + c ( z − z1 ) = 0
Pr
e assim
a( x − x1 ) + b (y − y1 ) + c(z − z1 ) = 0.
170
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
Ou seja o vetor P1 P é ortogonal ao vetor n e consequentemente
paralelo a π.
Observe que, para que o plano fique bem determinado, o vetor n :
(a, b, c) deve ser não nulo, ou seja, é necessário que a2 + b2 + c2 6= 0.
A equação ax + by + cz = d é chamada de equação geral do
ar
plano, e dada esta equação é fácil recuperarmos um vetor normal
ao plano. Mais precisamente teremos n : (a, b, c).
in
Exemplo 3.11 Encontre a equação geral do plano passando pelos
lim
Solução: Como AB e AC são paralelos ao plano que queremos, um
−→ −→
possível vetor normal a esse plano é dado por n = AB × AC.
Calculando obtemos
e
i j k
−→ −→
Pr
AB × AC = 1 2 2
−1 1 4
e logo
o
−→ −→
n = AB × AC = (6, −6, 3).
sã
6·2−6·1+3·0 = d
171
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
torial
ar
Solução: O vetor normal ao plano nesse caso é
in
n = (3, 1, 2) × (1, 2, 1) = (−3, −1, 5)
lim
e logo a equação do plano é da forma −3x − y + 5z = d. Como
(0, 1, 2) pertence a esse plano, temos que
−3 · 0 − 1 + 5 · 2 = d
e
e a equação geral do plano fica −3x − y + 5z = 9
Pr
equação geral é 2x + 3y + z = 1.
sã
172
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
Como AB = (0, 1, −3) e AC = (2, −1, −1) são LI, os pontos
A, B, C não são colineares e assim um conjunto possível de equa-
ções paramétricas para π é
x = 0 + 2s
y = 0+t−s
ar
z = 1 − 3t − s
in
lar os parâmetros”. Para isso fazemos x = t e y = s, e substituindo
em 2x + 3y + z = 1, obtemos que z = 1 − 3s − 2t. Assim outro con-
( x, y, z) = (t, s, 1 − 3s − 2t).
e lim
junto possível de equações paramétricas para este plano é dada por
Exercícios
Pr
Ex. 2.1 — Determine as equações paramétricas do plano:
a) passando pelos pontos (4, 3, 1), (−3, 0, 4) e (0, 0, 3)
b) pelo ponto (2, 1, 3) e contendo a reta
o
2 3 5
r
Ex. 2.2 — Mostre que os pontos (−1, 2, 3), (−3, 1, 2), (−5, 4, 6) e (9, −1, −2
são colineares.
173
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 2.4 — Mostre que a equação r · n + d = 0 representa um plano
in
perpendicular ao vetor n.
lim
Ex. 2.5 — Determine a equação geral do plano:
a) passando pelos pontos (4, 3, 1), (−3, 0, 4) e (0, 0, 3)
b) passando pelo ponto (1, 0, 1) e de vetor normal (3, 4, 5);
e
c) passando pelos pontos A : (4, 0, 1), B : (3, 2, 0) e C : (−1, 2, 3);
Pr
2 3 5
sã
(
Ve
1x + 3y + 2z = 2
−2x − y + z = 4
174
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
b c d
( x, y, z) = − t − s + , t, s
a a a
in
b) b 6= 0, então uma equação paramétrica do plano é:
lim
a c d
( x, y, z) = t, − t − s + , s
b b b
e
c) c 6= 0, então uma equação paramétrica do plano é:
Pr
a b d
( x, y, z) = t, s, − t − s +
c c c
o
r sã
Ve
175
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
4 P O S I Ç Õ E S R E L AT I V A S
ar
Nosso objetivo nesta seção é entender a posição relativa entre duas
retas, dois planos e ou uma reta e um plano, isto é, se estes se inter-
in
seccionam, se são paralelos, etc.
4.1 lim
posição relativas entre retas
e
4.1.1 Posição Relativas entre Retas no Plano
Pr
podem ser:
sã
paralelas;
r
Ve
177
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
quisito para coincidência é, claramente, paralelismo. Uma vez esta-
belecido o paralelismo basta agora que localizemos um ponto co-
mum as duas retas. Podemos, por exemplo, verificar se o ponto ini-
in
cial de r (ponto A) pertence à reta s. Caso as retas não possuam
pontos em comum, então elas serão paralelas não coincidentes.
ponto em comum.
Resumindo,
e lim
Como as retas estão em um mesmo plano, uma vez que não sejam
paralelas e ou coincidentes elas claramente só podem possuir um
Pr
Proposição 4.1 Duas retas em um mesmo plano são:
178
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
v
u
u
v
lim
Exemplo 4.2 Determine a posição relativa entre as retas:
e
Pr
3 1
1. r : (1, 2) + (3, −1)t e s : (4, 1) + ( , − )t
2 2
1
2. r : (1, 2) + (3, −1)t e s : (2, 2) + (1, − )t
3
o
Solução:
r
179
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
as equações ficam mais simples e podemos representar uma reta
através de uma única equação linear. Seria interessante então que
in
tivéssemos uma maneira de comparar equações nesta forma.
Tome então duas retas r : ax + by + c = 0 e s : a′ x + b′ y + c′ = 0.
a a′
lim
Vamos supor por um instante que b 6= 0 e b′ 6= 0 (r e s não são
paralelas ao eixo y). Não é difícil se convencer que r e s são paralelas
se, e só se, seus coeficientes angulares forem os mesmos. Ou seja,
precisamos que = ′ . Mas isto é equivalente a dizer que a′ = λa
e
b b
e b′ = λb para algum λ ∈ R. Observe que se ambas forem paralelas
Pr
ao eixo y, então b = b′ = 0 e a mesma condição vale.
Se r e s forem coincidentes então, pela condição dada acima, te-
mos que
o
e portanto c′ = λc.
Resumindo, obtemos o seguinte resultado.
r
Ve
180
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3. Se o vetor (a, b) não é múltiplo de (a′ , b′ ), ou equivalente-
mente os coeficientes angulares são distintos então as retas
são paralelas.
in
e lim v Bb
A
Pr
b
u
o
181
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Reversas, se as duas retas não estiverem contidas num mesmo
plano.
in
Coplanares, se as duas retas estiverem contidas num mesmo
plano. Neste caso, valem as classificações vistas até agora, e as
retas podem ser:
– Coincidentes;
– Paralelas;
– Concorrentes.
e lim
Pr
Precisamos então encontrar um critério para determinar se duas
retas são ou não coplanares. Para tanto, considere duas retas r :
A + vt e s : B + us, com A 6= B. Se r e s forem coplanares, então
−→
o
−→
modo, se AB, u e v forem coplanares então a reta s está contida no
mesmo plano determinado pela reta r e pelo ponto B. Isso nos dá o
r
seguinte resultado.
Ve
182
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
u
b
A
r −→
AB
s
s e b
B
b
lim
v
A u
−→
AB
r B
Pr
b
v
o
Solução:
183
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
2 2 3 = −2 6= 0,
0 1 3
in
concluímos que as retas não são coplanares, sendo portanto
reversas.
2 2 2
e
lim
b) Como o determinante formado pelas coordenadas dos vetores
(2, 2, 2), (1, −1, 2) e (1, 3, 0)
1 −1 2 = 0
Pr
1 3 0
184
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Exercícios
Ex. 1.1 — Sejam r a reta representada parametricamente por x =
ar
at + b e y = ct + d e s a reta cuja equação é αx + βy = c.
a) Quando r intercepta s?
in
b) Se r interceptar s determine o ponto P de intersecção entre
as duas retas:
x y−1
c) r : y = 4 + 5λ , s : = = z.
2 −2
sã
z = 11
x−2 y+2 x y z−3
d) r : = = z, s : = = .
3 4 4 2 2
r
Ve
185
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
λ(3, 2, 0) e s : X = (0, 0, 3) + µ(3, −2, 0). Sendo C = (4, −1, 3), de-
termine A e B.
ar
n
r: x = mz + ay = nz = b
in
e
n
s: x = m ′ z + a′ y = n′ z = b′
lim
se interceptam se e somente se (a − a′ )(n − n′ ) = (b − b′ )(m − m′ )
e) r : = = e s : x = −y =
3 3 5 4
2y − 4 z−1
f) r : x + 3 = = e s : X = (0, 2, 2) + λ(1, 1, −1).
r
4 3
Ve
186
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
pelos pontos (1, 2, 3) e (3, 2, 1) e a reta que passa pelos pontos (2, 1, 1)
e (1, 2, 1).
in
Ex. 1.9 — Determine a, b de modo que as retas sejam paralelas:
e
r:
(
ax + 3y − 7z − 1 = 0
5x + 6y − bz = 0
e lim
(
ax + by = 5
Pr
s:
2x − 3y = 8
o
sã
e planos
Passemos agora para o estudo da posição de uma reta e um plano.
Dado um plano π e uma reta r temos três possibilidades:
187
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
a intersecção de π e r tem pelo menos dois pontos. Nesse caso
temos que todos os pontos da reta r pertencem ao plano π e
in
dizemos que a reta r está contida em π.
normal ao plano.
lim
se, o vetor diretor dessa reta não é paralelo ao plano π. Ou, equiva-
lentemente, se o vetor diretor dessa reta não é ortogonal ao vetor
( x, y, z) = ( x0 , y0 + z0 ) + (v1 , v2 , v3 )t
188
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
v · n 6= 0.
ar
Caso r não seja transversal à π, nos restam duas opções: ou r é
paralela ou está contida em π. Para decidirmos qual é o caso basta
tomarmos um ponto qualquer da reta e verificarmos se este pertence
in
ao plano. Se isso ocorrer a reta está contida no plano, caso contrário
a reta é paralela.
lim
Exemplo 4.7 Determine a posição relativa entre o plano
plano.
O ponto de intersecção ocorre quando:
189
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 1 3
cuja solução é s = , t1 = , t2 = .
4 4 2
1 5 13 17
Substituindo s = na equação da reta obtemos o ponto ( , , ),
4 4 4 4
que é portanto o ponto de intersecção de r com π.
ar
Exercícios
Ex. 2.1 — Mostre que a reta
in
x = 3t − 2, y = −4t + 1, z = 4t − 5
lim
é paralelo ao plano 4x − 3y − 6z − 5 = 0
2x − 5y + 2z = 6
y z
e paralela a reta x = − =
6 7
o
sã
3
Ve
intersecciona os planos π1 : 6x + 4y − 5z = 4 e π2 : x − 5y + 2z =
12 no mesmo ponto. Conclua que essa reta é coplanar com a reta
determinada pela intersecção desses planos.
190
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
x+2 y−1 z−3
c) = = , x + 2y + 2z + 6 = 0
−2 3 2
in
Ex. 2.5 — Escreva as equações do plano que passa por (1, 2, −3) e
é paralelo as retas:
x−1
2
=
y+1
−3
=
z−7
3
,
e lim x+5
3
=
y−2
−2
=
z+3
−1
Pr
Ex. 2.6 — Mostre que as equações do plano que passa pelo ponto
( x0 , y0 , z0 ) e é paralelo as retas:
x − a1 y − b1 z − c1 x − a2 y − b2 z − c2
o
= = , = =
l1 l2 l3 m1 m2 m3
sã
0 0 0
l1 l2 l3 = 0.
Ve
m1 m2 m3
191
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 2.7 — Mostre que a equação do plano que passa pelos pontos
( x0 , y0 , z0 ) e ( x1 , y1 , z1 ) e é paralelo a reta:
x − a1 y − b1 z − c1
= =
l1 l2 l3
pode ser escrita como:
ar
x−x y − y 0 z − z0
0
x 1 − x 0 y 1 − y 0 z1 − z0 = 0.
in
l1 l2 l3
nos
r
Ve
192
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
– a intersecção de π1 e π2 é uma reta, e os planos são ditos
transversais.
in
– π1 e π2 são coincidentes.
lim
entre dois planos utilizaremos intensamente os vetores normais a
estes planos. Para dois planos serem paralelos, por exemplo, preci-
samos que seus vetores normais sejam paralelos entre si.
A seguinte proposição caracteriza a posição relativa de dois pla-
e
nos. Sua demonstração é simples e fica como exercício para o leitor.
Pr
(a1 , b1 , c1 ) = λ(a1 , b1 , c1 ).
r
Ve
193
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
É interessante observar que se π1 e π2 forem transversais, então
in
a reta r determinada pela interseção dos dois planos deve ser per-
pendicular aos vetores normais n1 = (a1 , b1 , c1 ) e n2 = (a2 , b2 , c2 ),
e podemos tomar o vetor n1 × n2 como vetor diretor de r. Assim,
r : X = P + (n1 × n2 )t.
Exemplos 4.9
e lim
escolhendo um ponto P qualquer na interseção de π1 e π2 , obtemos
Os planos π1 : 2x + 3y + 4x = 5 e π2 : 6x + 2y + 2x = 3 são
Pr
6x + 2y + 2x = 3
determina uma reta.
sã
Os planos π1 : 2x + 3y + 4x = 5 e π2 : 4x + 6y + 8x = 2
são paralelos e não coincidentes. E assim a sua intersecção é o
r
(
2x + 3y + 4x = 5
6x + 2y + 2x = 3
não possui soluções.
194
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Os planos π1 : 2x + 3y + 4x = 5 e π2 : 4x + 6y + 8x = 10 são
coincidentes. E assim a sua intersecção é o plano π1 = π2 . Ou
seja, o sistema
(
2x + 3y + 4x = 5
4x + 6y + 8x = 10
ar
tem como solução um plano.
in
Exemplo 4.10 A reta r é dada como intersecção de dois planos
(
x + y + 2z = 0
x−z = 1
.
lim
Escreva as equações paramétricas para essa reta.
e
Solução: Um modo de escrever as equações paramétricas é escolher
(4.1)
x = 1+t
sã
y = −1 − 3t .
z=t
r
195
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Cuja solução é o ponto (1, −1, 0), que pertence a reta determinada
pela intersecção dos dois planos. Similarmente tomando z = −1,
temos que o ponto (0, 2, −1) pertence a reta.
De posse dos pontos podemos escrever a equação vetorial dos
planos:
ar
x = 1+t
y = −1 − 3t .
in
z=t
Exercícios lim
Ex. 3.1 — Mostre que os planos bx − ay = n, cy − bz = 1 e az −
e
cx = m se interceptam numa reta se e somente se al + bm + cn = 0.
Pr
5x − 3y + 2z − 5 = 0
2x − y − z − 1 = 0
sã
196
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
197
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5 ÂNGULOS E DISTÂNCIA
ar
5.1 ângulos
in
No capítulo anterior nos concentramos no estudo da posição relativa
lim
entre dois objetos no espaço. Tal estudo nos permitiu determinar se
dois objetos são ou não paralelos, e neste capítulo vamos aprofundar
um pouco mais o estudo de posição relativa, definindo e estudando
uma “medida de posição relativa” entre estes, o que denominaremos
e
por medida angular ou ângulo entre dois objetos no espaço.
Pr
O ângulo entre duas retas é definido como o ângulo entre seus veto-
sã
res diretores.
Assim se r : A + vt e s : B + ut então o ângulo θ entre r e s será
dado por
r
u·v
Ve
cos θ = , (5.1)
k u k k vk
e consequentemente
u·v
θ = arccos
k u k k vk
199
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
r
v
b
u s
ar
Figura 5.1: Ângulo entre as retas r e s.
in
Lembramos que a função arccos( x ), retorna um ângulo x tal que
0 ≤ x < π. Como cos( x ) = cos(− x ), o ângulo que obtemos acima é
lim
não orientado, ou seja obtemos apenas o valor absoluto do ângulo.
Em outras palavras, nesta definição, o ângulo entre a reta r e a reta
s é o mesmo que o ângulo entre a reta s e a reta r.
Observamos também que entre duas retas não paralelas sempre
e
existem dois ângulos possíveis, e o ângulo que encontramos não é
Pr
necessariamente o menor deles, ou seja, o ângulo agudo. Em algu-
mas situações é desejável conhecermos o ângulo agudo entre as re-
u·v
tas r e a reta s. Para isto, observe que se u · v ≥ 0 então ≥ 0.
k u k k vk
o
Portanto
sã
u·v π
arccos ≤ ,
k u k k vk 2
r
π u·v
< arccos < π,
2 k u k k vk
e estamos interessados portanto no ângulo suplementar π − θ.
200
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
e s temos que
| u · v|
cos α = com 0 ≤ α ≤ π.
in
k u k k vk
x−2
(1, 1, 0)t e s :
1/2
=
√
y+3
1/2
=
z+7
e √ .
1/ 2 lim
Solução: A reta r tem vetor diretor (1, 1, 0) e a reta s tem vetor
direto (1/2, 1/2, 1/ 2). E assim
√ √
Pr
(1, 1, 0)(1/2, 1/2, 1/ 2) 1 2
cos θ = √ =√ =
k(1, 1, 0)kk( /2, /2, / 2)k
1 1 1 2 2
π
e logo θ = .
4
o
tores das retas. Observamos também que o ângulo entre duas retas
Ve
201
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Figura 5.2: As retas AB e FG são ortogonais mas não perpendicula-
in
res.
lim
Exemplo 5.2 Verifique se as retas r : (1, 2, 1) + (1, 1, 0)t e s : (1, 3, 4) +
linear:
202
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
u·v 1 + m1 m2
cos θ = =q q
kukkvk 1 + m1 1 + m22
2
ar
A expressão acima, assim como no caso tridimensional, nos permite
in
calcular o ângulo θ não orientado entre as retas. Esse ângulo está
entre 0 e π/2 se 1 + m1 m2 é positivo, e entre π/2 e pi se 1 + m1 m2 é
negativo. Se 1 + m1 m2 = 0 o ângulo é igual a π/2 e assim as retas
são perpendiculares.
De modo análogo, podemos encontrar
| m2 − m1 |
e lim
sen θ = q q
1 + m21 1 + m22
Pr
ou equivalentemente
| m2 − m1 |
θ = arcsen q q .
o
2
1 + m1 1 + m2 2
sã
| m2 − m1 |
Neste caso, como 0 ≤ q q ≤ 1, temos que 0 ≤ θ ≤
2
1 + m1 1 + m2 2
r
π/2.
Ve
203
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
r s
in
θ
φ1
φ2
m2 − m1
θ = arctg
Pr
1 + m1 m2
é que o ângulo determinado por esta é o ângulo orientado entre as
retas r1 e r2 .
o
1 + m1 1 + m22
2
Ve
| m2 − m1 |
sen θ = q q
1 + m21 1 + m22
m2 − m1
tg θ =
1 + m1 m2
204
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1
− −2
tg θ = 3 = −7
in
1
1+ − 2
3
1
e
β
lim
1 2 3
Pr
o
Exemplo 5.4 Ache duas retas que passe pelo ponto (2, 2) e que faça
sã
205
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2 2 5 1 1
E dessa forma 1 + m = − m e logo m = − e assim m = − .
3 3 3 3 5
1
Logo a equação da reta é y − 2 = − ( x − 2)
5
No caso
ar
2
m−
tg 45◦ = 1 = 3
2
1+ m
in
3
E dessa forma m = 5. Logo a equação da reta é y − 2 = 5( x − 2)
Exercícios lim
Ex. 1.1 — Ache o ângulo agudo entre as retas 3x − 4y + 2 = 0 e
e
2x + 3y = 7
Pr
Ex. 1.3 — Ache duas retas passando por (1, −1) que faz um ângulo
sã
de 45o com 3x − 4y = 7.
r
206
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 1.7 — Mostrar que os quatro pontos (2, 2), (5, 6), (9, 9) e (6, 5)
ar
são os vértices de um losango e que suas diagonais se cortam mutu-
amente ao meio e uma é perpendicular a outra.
in
Ex. 1.8 — O segmento retilíneo que une os pontos médios de dois
im
lados opostos de qualquer quadrilátero e o segmento retilíneo que
une os pontos médios das diagonais do quadrilátero cortam se mu-
tualmente ao meio.
el
Ex. 1.9 — Determine as equações paramétricas da reta que passa
Pr
pelo ponto (1, −2, 1) e é perpendicular as retas r : (1, −3, 0) + (1, 2, 1)t
e s : (−2, 1, 0) + (1, −1, 1)t.
ão
x = 3t − 7, y = −2t + 4, z = 3t + 4
e
Ve
x = t + 1, y = 2t − 9, z = −t − 12
207
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Se v é um vetor diretor da reta r e n é um vetor normal ao plano
π então
in
π
sen(θ ) = sen − α = cos(α)
2
e logo
sen(θ ) =
|v · n|
k vk k n k
e lim
Pr
α n
o
θ
r sã
208
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e o plano de equação vetorial X = (8, −4, 2) + (−1, 0, 2)t + (1, −2, 0)s.
ar
n = (−1, 0, 2) × (1, −2, 0) = (4, 2, 2)
in
√
(1, 1, 0) · (4, 2, 2) 3
sen(θ ) = √ √ =
2 24 2
e assim θ =
π
3 lim
Exemplo 5.6 Determine a equação geral do plano que passa pelo
e
Pr
ponto (1, 2, 1) e que é perpendicular a reta X = (1, 0, 0) + (1, 3, −1)t
Solução: O vetor normal ao plano pode ser escolhido como (1, 3, −1
e assim a equação geral desse plano é: x + 3y − z = d. Como o
ponto (1, 2, 1) pertence ao plano, ele satisfaz a equação do plano,
o
x + 3y − z = 6.
r
Ve
209
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
|n1 · n2 |
cos(θ ) =
k n1 k k n2 k
ar
n1
θ
n2
in
e lim
Figura 5.5
Pr
Dois planos π1 e π2 com vetores normais n1 e n2 respectivamente,
π
são ditos ortogonais se o ângulo entre eles é , o que implica que
2
seus vetores diretores são perpendiculares, i.e,
o
n1 · n2 = 0
sã
7.
Solução: O vetor n normal ao plano, será ortogonal aos vetores
(2, 1, 1) e (−1, 0, 1). E assim
210
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
d = 1+3·0+1 = 2
E a equação geral é x − 3y + z = 2.
ar
Exercícios
in
Ex. 1.11 — Ache os ângulos entre os planos:
a) 3x − y + z = 2 e x − y = 6
b) x + 2y − 3z = 8 e 2x + 4y − 6z + 31 = 0
c) x = 0 e y = 0
d) x = 1 e x + y = 1
e lim
Pr
rn1 + D1 = 0 rn1 + D1 = 0.
sã
P : ( x 0 , y 0 , z0 ) n1 = (a1 , b1 , c1 ) n1 = (a2 , b2 , c2 )
r
Ve
211
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5.2 distâncias
Passemos agora a um novo problema: definir e determinar a distân-
cia entre dois objetos (ponto, reta ou plano) no espaço.
Sabemos facilmente como determinar a distância entre dois pon-
ar
tos no espaço. Bastando para isso medir o tamanho do vetor deter-
minado por estes pontos. Mas como medir a distância entres outros
in
dois objetos? Este será nosso objetivo nesta seção.
P b
r
o
b
A
h
r sã
b
B
Ve
212
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
k ABkh
A=
2
in
−→ −→ −→
e assim k AP × ABk = k AB kh e logo
−→ −→
k AP × AB k
h = d( P, r ) = −→
k AB k
lim
Exemplo 5.8 Calcule a distância do ponto P = (1, 0, 2) a reta r :
e
(1, 0, 1) + (2, 0, 1)t.
−→
Pr
Solução: Escolhemos A = (1, 0, 1) e B = (3, 0, 2). E assim AP =
−→
(0, 0, 1) e AB = (2, 0, 1)
k(0, 0, 1) × (2, 0, 1)k 2
d( P, r ) = =√
k(2, 0, 1)k
o
5
r sã
213
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
C
x no ponto (− , 0) e seu vetor diretor pode ser escolhido como
A
v = Bi − Aj (por quê?).
in
C
Desta forma, a equação vetorial da reta é r : (− , 0) + ( B, − A)t.
A
C −→ C
Escolhendo A = ( , 0) e B = A + v, temos que AP = ( p + , q),
e temos
d( P, r ) =
A
−→
k AP × vk
k vk
e
,
lim A
−→
onde o vetor AP × v pode ser calculado através do seguinte deter-
Pr
minante formal
i j k
B −A 0 ,
o
C
p+ q 0
A
sã
−→
e assim AP × v = ( Bq + Ar + C) k.
−→
Segue então que k AP × vk = | Ar + Bs + C| e assim
r
| Ap + Bq + C|
d( P, r ) = √ .
Ve
A2 + B2
Observe que fazendo A = 0 na expressão acima, recuperamos a
expressão encontrada para retas paralelas ao eixo x, e portanto esta
fórmula pode ser usada em qualquer caso.
214
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
0.
Solução:
|4 · 1 − 2 · 3 − 3| 5
d= √ =√
ar
16 + 4 20
in
Exemplo 5.10 Existem duas pontos cuja coordenadas x são iguais a
y desse ponto.
lim
−3 e que distam 6 da reta r : 5x − 12y − 3 = 0. Ache as coordenadas
|5(−3) − 12s − 3|
d= =6
13
e logo |18 + 12s| = 78 e logo s = 5 ou s = −8. E os pontos são
o
Exercícios
r
a) (−3, 4) a 5x − 2y = 3.
b) (−2, 5) a 7x + 3 = 0.
c) (−3, 4) a 4y + 5 = 0.
215
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
d) Origem a 3x − 2y + 6 = 0.
ar
−→
paramétrica r = r0 +vt e calcule o produto interno dos vetores AB
e v. Conclua.
in
Ex. 2.3 — Ache o comprimento das alturas de um triângulo com
lim
vértices ( a, 0) , (b, 0) , (0, c).
Ex. 2.5 — Prove que a distância entre duas retas paralelas cujas
equações são Ax + By + C = 0 e Ax + By + C′ = 0 é:
o
|C − C′ |
√
A2 + B2
r sã
distância 2 da origem.
216
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
P a π, tome A um ponto qualquer de π e considere o vetor AP. A
−→
distância de P a π será dada então pela norma da projeção de AP
in
sobre n, ou seja,
−→
−→ AP · n
d( P, π ) = kProjn AP k =
e
b
knk
P
lim.
Pr
d( P, π )
A
n b
o
r sã
Ve
217
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
| ax0 + by0 + cy0 − (ax1 + by1 + cy1 )|
= √ (5.4)
a2 + b2 + c 2
in
Como o ponto A pertence ao plano, temos que ax0 + by0 + cy0 = d
e assim
d( P, π ) = √
lim
| ax0 + by0 + cy0 − d|
a2 + b2 + c 2
Observe que, como seria de se esperar, a distância não depende do
ponto A escolhido.
e (5.5)
Exercícios
Pr
b) x + y = 1
sã
c) 2x + y − z = 0
d) 2x + y + z = 2
r
Ve
218
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Sejam então r, s duas retas no espaço tais que r : A + ut e s :
B + vt.
in
Se as retas forem coincidentes ou concorrentes, claramente a dis-
tância entre elas é nula. Se as retas forem paralelas e não coinciden-
tes a distância entre elas é igual a distância de um ponto P qualquer
b
Pr
d(r, s)
o
sã
Como
−→
−→ PQ · n
Projn PQ = n
knk
219
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
Q v B
b
−→
PQ n
ar
b
P
A
b
u
in
e assim:
e lim
Figura 5.6: Distância entre retas reversas.
−→
PQ · n
Pr
d(r, s) = (5.6)
knk
−→
PQ · n
d(r, s) = (5.7)
o
k u × vk
sã
Exercícios
r
220
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
ralelas é α. Se uma reta passa pelo ponto ( a, b) e a outra pelo ponto
(c, d), mostrar que a distância entre elas é
in
|(c − a) sen α − (d − b) cos α|
lim
Ex. 2.13 — Ache as equações dos planos paralelos ao plano 3x −
2y + 6z + 8 = 0 e que distam 2 desse plano.
e
Pr
Ex. 2.14 — Ache a distância entre os planos paralelos
a) 4x + 8y + z = 9 e 4x − 8y + z + 18 = 0
b) 3x − 2y + 6z + 8 = 0 e 6x − 4y + 12z + 12 = 0
o
sã
Ex. 2.15 — Ache a equação da reta que passa pelo ponto (2, 1, 5) e
que intercepta a reta
r
3 4 2
perpendicularmente.
(−2, 1) é sempre igual a três vezes a distância a reta y + 4 = 0.
221
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 2.17 — Ache os pontos sobre o eixo y que distam 4 do plano
in
x + 2y − 2z = 0
lim
Ex. 2.18 — Determinar a distância d do plano 3x − 12y + 4z − 3 =
0 ao ponto A = (3, −1, 2) pelo seguinte processo: Encontrar o ponto
B , pé da perpendicular desde A até o plano. Então determinar d
como o comprimento do segmento AB.
e
Pr
Ex. 2.19 — Determine a distância do ponto (2, 2, 2) a reta
x = 2t + 1
o
y = 3t + 2
z = 5t + 1
r sã
Ve
222
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x = 2t + 1
y = 3t + 2
ar
z = 5t + 1
in
x ′ = 4s + 1
y′ = 2s + 2
z′ = 1s + 5 e lim
Pr
res
sã
x O eixo x
(
x = r cos θ
(5.8)
y = r sen θ
ar
sendo
q
in
y y y
r= x 2 + y2 θ = arctg = arcsen 2 2
= arccos 2
x x +y x + y2
lim
Substituindo as relações dada por 5.8, na equação geral de uma
reta s : Ax + By = C, temos que esta pode ser expressa em coorde-
nadas polares como:
e
r ( A cos θ + B sen θ ) = C (5.9)
Pr
ou equivalentemente:
C
= ( A cos θ + B sen θ ) (5.10)
r
o
lares é:
r
r (3 cos θ + 2 sen θ ) = 7
Ve
224
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
priado, um triângulo retângulo de la-
dos A e B, a hipotenusa desse triân-
√
gulo será A2 + B2 , logo:
in
B A
√ = sen α, √ = cos α
A2 + B2 A2 + B2
mos com:
r √
A
cos θ + √
B
e
lim
sen θ = √
√
Se dividirmos ambos os lados da equação 5.9 por A2 + B2 fica-
C
A2 + B2 A2 + B2 A2 + B2
Pr
e consequentemente
sendo
C r
sã
h= √
A2 + B2
α
θ
e desse modo a equação da reta b
r
O
em coordenadas polares pode ser escrita como:
Ve
r cos (θ − α) = h
225
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
ponto de coordenadas (r, θ ) sobre essa reta de vetor posição r. Então
o triângulo delimitado por h, r e a reta s forma um triangulo retân-
gulo com hipotenusa r. Em relação ao ângulo θ − α o lado adjacente
in
é h e assim
h
e logo
cos(θ − α) =
r
r cos(θ − α) = h
e lim
Pr
Exemplo 5.12 Ache o tamanho e a direção do segmento que liga a
1
= 8 cos θ + 6 sen θ
r
sã
1
Ve
= 8 cos θ + 6 sen θ
r
na forma padrão:
r cos(θ − α) = h
226
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1
cos α = 8 (5.11)
h
in
1
sen α = 6 (5.12)
h
h2
= 100
1
e lim
Elevando as equações 5.11 e 5.12 ao quadrado e somando temos:
e consequentemente h = .
10
Pr
Dividindo a equação 5.12 pela equação 5.11 temos:
6 3
tg α = =
8 4
o
1
Consequentemente, temos que a distância é e a inclinação da
10
sã
3
reta é arctg
4
r
Ve
Exercícios
227
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 3.2 — Ache o tamanho e a direção do segmento que liga a per-
pendicularmente origem a reta abaixo.
in
2
= 4 cos θ + 3 sen θ
r
lim
Ex. 3.3 — Identifique e desenhe as seguintes retas, colocando as na
forma padrão. Confira suas respostas usando coordenadas cartesia-
e
nas
Pr
a) r cos θ = 3
b) r sen θ = 3
√
c) r (5 cos θ + sen θ ) = 3 2
o
228
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
sen(θ2 − θ1 ) sen(θ − θ1 ) sen(θ2 − θ
= +
r r2 r1
in
Ex. 3.7 — Dada a equação
C
r
lim
= f (θ ) com
f (θ ) = a cos(θ + α) + b cos(θ + β)
e
a) Mostre que esta equação representa uma linha reta.
Pr
C2
b) Conclua que = f (θ + π/2) também representa uma linha
r
C
reta. E que essa reta é perpendicular a reta de equação =
r
f ( θ ).
o
C
c) Mostre finalmente que todas as retas perpendiculares a =
sã
r
C2
f (θ ) são da forma = f (θ + π/2) para algum C2
r
r
Ve
229
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
6 CÍRCULOS E ESFERAS
ar
6.1 equações canônicas de círcu-
in
los e esferas
Um círculo é o conjunto de pontos no
plano que estão a uma certa distância r
de um ponto dado (a, b) .
e lim A b
centro A e raio r.
ou equivalentemente:
sã
( x − a) 2 + ( y − b) 2 = r2
r
( a, b, c) e raio r é
( x − a ) 2 + ( y − b ) 2 + ( z − c )2 = r 2
231
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
P : (r, θ)
K
(a, α)
ar
θ
α
O
in
Exemplo 6.1 Determine a equação do círculo de centro (−3, 1) que
é tangente a reta 3x − 4y − 2 = 0
lim
Solução: Já conhecemos o centro e precisamos determinar o raio.
Nesse caso o raio é a distância entre a reta e o ponto, já que a tan-
e
gente a um círculo é perpendicular ao raio que liga o centro ao ponto
Pr
de tangência. Logo:
|3(−3) − 4 · 1 − 2|
r= √ =3
32 + 42
o
( x + 3)2 + (y − 1)2 = 9 ou x2 + y2 + 6x − 2y + 1 = 0
r
Ve
232
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
O ponto médio é (4, 1, 3) e logo a equação da esfera é:
( x − 4 ) 2 + ( y − 1 )2 + ( z − 3 ) 2 = 6
in
lim
Exemplo 6.3 Identifique a curva cuja equação é:
x2 + y2 − 6x − 4y − 12 = 0
e
Pr
Logo temos:
x2 + y2 − 6x − 4y − 12 = 0 (6.1)
r
⇒ ( x2 − 6x + 9) + (y2 − 4y + 4) = 12 + 4 + 9 (6.2)
Ve
⇒ ( x − 3 ) 2 + ( y − 2 ) 2 = 52 (6.3)
233
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 + y2 + Ax + By + C = 0
ar
Solução: Como no exemplo anterior, identificaremos a curva com-
in
pletando quadrados. O termo x2 + Ax pode ser convertido num
A2
quadrado, se somarmos e y2 + By pode ser convertido num qua-
4
da equação:
B2
4
e lim
drado somando . Desta forma, somaremos
A2 B2
4
+
4
em cada lado
x2 + y2 + Ax + By + C = (06.4)
2
2 A 2 B2 A2 B2
⇒ x + Ax + + y + By + = + −C(6.5)
Pr
4 4 4 4
A 2 B 2 A2 B2
⇒ x+ + y+ = + −C(6.6)
2 2 4 4
o
pela equação 6.6 é vazio, pois a equação não pode ser satisfeita pois
Ve
234
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 + y2 + z2 + Ax + By + Cz + D = 0
ar
A2 B2 C 2 A2
descreve uma esfera se + + − D > 0, um ponto se +
4 4 4 4
B2 C 2 A2 B2 C 2
+ − D = 0 e o conjunto vazio se + + − D < 0.
in
4 4 4 4 4
Exemplo 6.5 A superfície cuja equação é:
lim
12 − 2x + x2 + 4y + y2 + 8z + z2 = 0
( x − 1 )2 + ( y + 2 )2 + ( z + 4 )2 = 9
sã
235
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 + y2 + Ax + By + C = 0
ar
e que um ponto pertence ao círculo se e somente se suas coorde-
nadas satisfazem tal equação. A substituição de cada ponto resulta
assim numa equação linear nas variáveis A, B, C e assim o fato dos
in
três pontos pertencerem ao círculo nos fornecem um sistema linear
em três equações e três variáveis A, B, C. Resolvendo tal sistema en-
lim
contramos, então, a equação do círculo.
Exemplo 6.6 Determine a equação do círculo que passa pelos pon-
temos o sistema:
o
5 − A + 2B + C = 0
sã
1+B+C = 0
13 − 3A + 2B + C
r
x2 + y2 + 4x − 1 = 0.
( x2 + 4x + 4) + y2 − 4 − 1 = 0.
236
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Donde segue:
( x + 2)2 + y2 = 5.
Desse modo vemos que o círculo que passa por tais pontos tem cen-
√
tro (−2, 0) e raio 5.
ar
É possível encontrar a equação de um círculo por três pontos não
in
colineares de uma outra maneira. Para esse fim consideramos o tri-
ângulo determinado pelos pontos P1 , P2 , P3 e esse circunscrito na
lim
circunferência. Assim o seu centro é o circuncentro desse triângulo,
isto é, o encontro das mediatrizes.
b
P2
e
b
P1
Pr
b
b
Centro
b
P3
o
sã
237
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3x = −6 + y
3 1
y− = x+
in
2 2
cujas solução é x = −2, y = 0, ou seja o centro da circunferência é
lim
(−2, 0). O raio pode ser calculado observando que este será a distân-
cia do centro (−2, 0) a um dos vértices do triângulo, por exemplo
(0, 1). Assim r2 = 5, e logo a equação é:
( x + 2)2 + y2 = 5.
e
Pr
(0, 0, 1), (2, 0, 0), (1, 1, 1), (0, 1, 0) Solução: Impondo que os pontos
sã
1+C+D = 0
Ve
4 + 2A + D = 0
3+ A+B+C+D = 0
1+B+D = 0
238
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5 1 1 2
cuja solução é A = − , B = − , C = − , D = − e assim a
3 3 3 3
equação da esfera é:
5x y z 2
x 2 + y 2 + z2 − − − − =0
3 3 3 3
Completando quadrado obtemos:
ar
2 ! 2 !
5x 5 y 1
x2 − + + y2 − + +
in
3 6 3 6
2 ! 2 2 2
z 1 5 1 1 24
+ z2 − + − − − − = 0.
Donde segue:
2
5 2
3
2
6
1 2
e
6
2
1 2
lim
6
51
6 36
x − + y − + z − = .
6 6 6 36
Pr
Exercícios
o
239
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
a) x2 + y2 − 4x + 6y = 12
b) x2 + y2 − 2x − 4y + 5
in
c) x2 + y2 = 2ax
d) 4x2 − 4x = 5y − 4y2
e) x2 + y2 + z2 = 2az
lim
Ex. 1.3 — Encontre a equação do círculo que passa pelos pontos
e
(4, 0) , (0, 3) e a origem.
Pr
240
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b) x2 − 6x + y2 − 4y + z2 + 14z + 58
c) x2 + y2 − 6y + z2 + 4z + 16
d) x2 + 2x + y2 + 4y − z2 + 6z − 29
ar
Ex. 1.6 — Dados P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e P2 = ( x2 , y2 , z2 ) então a equa-
ção da esfera que tem P1 P2 como diâmetro é
in
( x − x 1 ) ( x − x 2 ) + ( y − y 1 ) ( y − y 2 ) + ( z − z1 ) ( z − z2 ) = 0
lim
6.2 retas tangentes e planos tan-
e
Pr
gentes
Uma reta é dita tangente a um círculo se a intersecção entre essa
o
241
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
B
ar
b
in
lim
Figura 6.3: Reta tangente a um círculo
( x − 2 )2 + ( y − 1 )2 = 0
o
Logo o centro do círculo tem coordenadas (2, 1). Logo, o vetor li-
sã
1
coeficiente da reta tangente é − (Por quê? Tente escrever a equa-
Ve
2
ção da reta tangente na forma padrão obtendo antes equações para-
métricas para a mesma.). E assim a equação da reta tangente é:
1
y − 3 = − ( x − 3)
2
242
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
n
b
ar
in
ou
e lim
Figura 6.4: Plano tangente a uma esfera
x + 2y = 9.
Pr
o
(3, 3)
sã
a
b
(2, 1)
r
Ve
243
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
( x − a )2 + ( y − b )2 = r 2
ar
Para tanto, consideraremos o vetor ligando o centro do círculo
ao ponto de tangencia: ( x1 − a)i + (y1 − b)j. Consequentemente a
y −b
inclinação da reta passando por esses pontos é: 1
in
Logo o coe-
x1 − a
x −a
ficiente angular da reta tangente é − 1 . E assim a equação da
y1 − b
reta tangente é da forma
( y − y1 ) = −
x1 − a
y1 − b
e lim
( x + x1 )
e logo
Pr
(y − y1 )(y1 − b) = −( x1 − a)( x − x1 )
e assim expandindo:
o
( x1 − a ) x + ( y1 − b ) y = k
sã
k 2 = ( x 1 − a )2 + ( y 1 − b )2 = r 2
244
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
−3 − 2x + x2 + 4y + y2 + 2z + z2 = 0 que são paralelos ao plano
x − 2y + 2z = 3.
in
Solução: Completando quadrados temos que a equação da esfera
pode ser escrita como:
lim
( x − 1 )2 + ( y + 2 )2 + ( z + 1 )2 = 9
9
e logo d = −6 ou d = 12 e assim as equações dos planos são x −
sã
2y + 2z = −6 e x − 2y + 2z = 12.
r
Ve
Exercícios
Ex. 2.1 — Encontre a equação a reta tangente no ponto indicado:
a) x2 + y2 = 25, (−3, 4)
245
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b) x2 + y2 = 2x − 4y, origem.
c) Encontre as retas tangentes ao circulo x2 + y2 = 4x que pas-
sam pelo ponto (3, 2).
d) Uma corda da circunferência x2 + y2 = 25 se encontra sobre
a reta cuja equação é x − 7y + 25 = 0. Qual o comprimento
ar
dessa corda?
in
Ex. 2.2 — Para um triângulo qualquer encontrar:
a) a equação da circunferência circunscrita ao triângulo
lim
b) a equação da circunferência inscrita ao triângulo
c) a equação da circunferência que passa pelos pontos médios
dos lados do triângulo.
e
Pr
Ex. 2.3 — As equações dos lados de um triângulo são 9x + 2y +
13 = 0, 3x + 8y − 47 = 0 e x − y − 1 = 0. Encontrar a equação da
circunferência circunscrita.
o
√
cia x2 + y2 = r2 são y = mx ± r 1 + m2 .
r
246
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 2.6 — Fixado a, quais devem ser os dois valores de b para que
a reta y = ax + b seja tangente ao círculo de centro na origem e raio
r?
ar
1 = 0 no ponto (3, 2). Determinar sua equação (duas soluções).
in
Ex. 2.8 — Mostrar analiticamente que qualquer reta que passa pelo
ponto (−1, 5) não pode ser tangente a circunferência x2 + y2 + 4x −
lim
6y + 6 = 0. Interprete o resultado geometricamente.
Ex. 2.9 — Encontre a equação dos círculos que passam pelos se-
guintes conjuntos de pontos. Diga qual o centro, o raio e desenhe.
e
a) (3, 4) , (−1, 2) , (−2, 4)
Pr
247
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 2.13 — Calcule a distância do ponto (2, 3, 4) à esfera x2 + 4x +
y2 − 2y + z2 + 4.
in
x
1 −3
lim
Ex. 2.14 — Determine a equação da esfera cujo centro é (3, 2, −2)
é que é tangente ao plano
y = 0 + 1 t+ 0 s
e
2
z 1 0 1
Pr
sobre o eixo X e que passa pelos pontos (3, −4, 2) e (6, 2, −1) .
sã
plano:
Ve
1
x −1 −1
2
y = 0 +
1 s+ 0 t
z −1 1 1
248
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
x+6
r: = y+3 = z+1
2
in
e S : x2 + y2 + z2 − 4x + 2y − 4z + 4 = 0.
lim
6.3 circunferência em coordena-
e
Pr
das polares
centrada na origem O caso mais simples ocorre quando a cir-
o
r = a.
Ve
249
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 + y2 = a2 (cos2 θ + sen2 θ ) = a2 .
ar
passando pela origem. As coordenadas polares do centro dessa cir-
cunferência são ( a, α).
in
P : (r, θ)
e lim
(c, α)
θ
α
Pr
O
r = 2a cos (θ − α) .
r
Ve
a2 = r2 + c2 − 2rc cos (θ − α)
250
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
90o
120o 60o
P2
P1 : (2, 60o)
150 o
30o
P1 P2 : (4, 120o)
P3 : (2, 0)
P3 P4 : (5, 240o)
180o 0o
0 1 2 3 4 5
ar
210o 330o
P4
in
240o 300o
270o
Exercícios
e lim
Ex. 3.1 — Mostre que o centro do círculo de equação r = A cos θ +
Pr
B sen θ é
√ !
A2 + B2 B
, arctg
2 A
o
sã
r = 2a cos θ
251
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
no ponto (r1 , θ1 ) é:
ar
Ex. 3.4 — Mostre que para todos os valores de a a reta
r cos(θ − α) = a + r1 cos α
in
é tangente ao círculo
lim
r2 − 2rr1 cos θ + r12 − a2 = 0
e
Pr
o
r sã
Ve
252
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
7 CÔNICAS
ar
7.1 introdução
in
As curvas cônicas ou seções cônicas são as curvas obtidas pela
lim
intersecção de um cone com planos que não contenham o vértice
desse cone.
Existem essencialmente três tipos de cônicas que podem ser obti-
das a partir de um cone cuja reta geratriz faz ângulo α com o eixo
e
desse cone:
Pr
253
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
se:
−→ −→
k F1 Pk + k F2 Pk = 2a.
in
(7.1)
lim
Definição 7.2 Uma hipérbole H de focos F1 e F2 de eixo trans-
−−→
verso medindo 2a < k F1 F2 k é o lugar geométrico formado pelos
pontos do plano cujo módulo da diferença das distâncias a dois
e
pontos fixos F1 e F2 é igual a 2a. Ou seja, dados F1 e F2 , com
−−→
Pr
k F1 F2 k = 2c, e um número a < c, dizemos que P é um ponto da
hipérbole H se somente se:
−→ −→
k F1 Pk − k F2 Pk = 2a. (7.2)
o
sã
254
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
7.2 elipse
in
Conforme descrito na Defi-
s
lim
nição 7.1, uma elipse E é o
B1
lugar geométrico formado E b
7.2.1 Terminologia
Ve
255
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
O ponto médio O ∈ r do segmento F1 F2 é o centro da elipse;
in
A reta s perpendicular a r por O é a reta não focal da elipse.
lim
são os vértices da elipse sobre a reta não focal. O segmento
B1 B2 é o chamado eixo não focal da elipse (ou eixo menor
da elipse).
e
Qualquer segmento cujos extremos estão sobre E é denomi-
Pr
nado corda da elipse;
256
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3
notação descrita na Subseção 7.2.1, E
2
in
consideremos num sistema de co-
F2
ordenadas cartesiano uma elipse 1 b
lim
b
x2 − 4x + 4 + y2 − 2x + 1 = 16 − 8 x2 + y2 + x2 + y2 .
p
Simplificando e isolando 8 x2 + y2 :
r
q
4x + 2y + 11 = 8 x2 + y2 .
Ve
257
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
E
3
num sistema de coordena-
ar
das cartesiano, F1 = (−4, 0) 2
in
o eixo focal r fica alinhado −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
com o eixo Ox e o cen-
−2
tro O da elipse fica sobre
a origem do sistema de co-
ordenadas. Estudemos uma
elipse de eixo focal me-
dindo 2a = 10. Seja P =
e lim −3
−4
( x, y) um ponto qualquer
Pr
da elipse E .
Em coordenadas cartesianas, a equação (7.1) fica:
q q
o
( x + 4) + y2 + ( x − 4)2 + y2 = 10.
2
sã
258
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ou ainda:
ar
q
4
5− x = ( x − 4) 2 + y2 ,
5
in
Elevando esta igualdade ao quadrado chegamos a:
16 2
25 +
Donde temos:
9 2
25
x + y2 = 9.
e lim
x − 8x = x2 + 16 − 8x + y2 .
25
Pr
Finalmente, dividindo-a por 9, segue:
x 2 y2
+ = 1, (7.5)
25 9
o
259
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
denadas adequado a E .
Assuma que os focos F1 e F2 possuem coordenadas (−c, 0) e (c, 0)
respectivamente. Tomando P = ( x, y). Da Equação (7.1) obtemos:
in
q q
( x − c) + y + ( x + c)2 + y2 = 2a
2 2
q
2
lim
q
e logo ( x + c) + y = 2a − ( x − c)2 + y2 . Elevando ao qua-
2
2
a2 c2 − 2cx + x2 + y2 = a2 − cx
r
a c − 2cx + x + y = a4 − 2a2 cx + c2
2 2 2 2
Ve
a2 c2 − 2cx + x2 + y2 − a4 − 2a2 cx + c2 x2 = 0
− a4 + a2 c 2 + a2 x 2 + a2 y 2 − c 2 x 2 = 0
a a − c = a − c x2 +
2 2 2 2 2
260
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Substituindo b2 = a2 − c2 temos
a2 b2 = b2 x 2 + a2 y 2 .
x 2 y2
ar
+ 2 = 1.
a2 b
Chegamos assim à seguinte proposição:
in
Proposição 7.6 Uma elipse E de focos F1 = (c, 0) e F2 = (−c, 0)
e eixo maior medindo 2a tem equação
x 2 y2
+ 2 = 1,
m (7.6)
eli
a2 b
onde b é tal que a2 = b2 + c2 .
Tal equação é usualmente conhecida como a forma canônica
Pr
x 2 y2
+ 2 = 1.
b2 a
261
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x 2 y2
+ 2 = 1,
a2 b
com a > b, é fácil ver que:
ar
O retângulo fundamental da elipse é a região retangular R =
{( x, y) ∈ E2 ; x ∈ [− a, a], y ∈ [−b, b]} .
in
A coroa fundamental da elipse é a região C = {( x, y) ∈ E2 ; b2 ≤
x 2 + y 2 ≤ a2 } .
de simetria da elipse).
Além disso, isolando-se o parâmetro y da equação de E obtemos:
bp 2
y=± a − x2 ,
a
262
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
f : [0, a] −→ R
bp 2
x 7−→ a − x2 .
a
ar
Observação 7.9 Note que para x > a, temos (a2 − x2 ) < 0 e, por-
tanto, f não fica bem definida.
in
Como f (0) = b e f (a) = 0 temos que dois dos vértices da elipse
têm coordenadas (0, b) e (a, 0).
m
Além disso, temos que f é decrescente, já que, para x0 , x1 ∈ [0, a],
temos:
eli
x0 < x1 ⇐⇒ x02 < x12 ⇐⇒ a2 − x02 > a2 − x12
q q
b 2 b
a2 − x12 ⇐⇒ f ( x0 ) > f ( x1 ).
Pr
⇐⇒ 2
a − x0 >
a a
O uso de cálculo diferencial nos permite concluir que o gráfico de
f é côncavo, isto é fixos dois pontos P0 e P1 quaisquer sobre o gráfico
ão
ab
f ′′ ( x ) = − ,
( a2 − x2 )3/2
263
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
7.2.4 Exemplos
in
Exemplo 7.11 Determine a equação da elipse de focos (3, 0) e (−3, 0)
x2 y2
+ = 1,
25 16
o
que é uma elipse com vértices A1 = (5, 0), A2 = (−5, 0), B1 = (0, 4),
sã
264
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 y2
+ = 1,
20 36
que é uma elipse com vértices A1 = (0, 6), A2 = (0, −6), B1 =
ar
√ √
(2 5, 0), B2 = (−2 5, 0) e focos F1 = (0, 4) e F2 = (0, −4).
in
Exemplo 7.13 Seja E uma elipse de centro na origem e tal que um
ponto
√
6 5 √
5
lim
! a reta focal é (0, 5). Sabendo que E passa pelo
, 5 , determine a equação da elipse.
x2 y2
+ = 1,
sã
b2 25
com 0 < b < 5. √ !
6 5 √
r
√ 2 √ 2
6 5/5 5
+ = 1.
b2 25
265
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x2 y2
+ = 1.
9 25
ar
in
7.3 hipérbole
De acordo com a Defi-
im r− r+
nição 7.2, uma hipérbole
el s
H é o lugar geométrico
H
Pr
formado pelos pontos do B1 b
−−→
k F1 F2 k). b
B2
Desenvolveremos nesta se-
ção a equação tida como
rs
266
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
7.3.1 Terminologia
ar
hipérbole.
in
bole.
lim
são os vértices da hipérbole sobre a reta focal. O segmento
A1 A2 de comprimento 2a é o chamado eixo transverso da
hipérbole.
e
O ponto médio O ∈ r do segmento F1 F2 é o centro da hipér-
Pr
bole;
tricos da hipérbole.
Ve
267
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
O retângulo fundamental da hipérbole é a região retangular
R = {( x, y) ∈ E2 ; x ∈ [− a, a], y ∈ [−b, b]}.
in
Uma hipérbole é dita equilátera quando os parâmetros geo-
m
métricos a e b dessa hipérbole são iguais.
eli
7.3.2 Equação da Hipérbole
x 2 y2
− 2 = 1, (7.7)
a2 b
Ve
268
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y2 x2
ar
− + = 1.
a2 b2
in
7.3.3 Assíntotas
lim
Definição 7.16 Uma reta r de equação y = mx + n é dita ser
uma assíntota de uma dada função f : (a, +∞) → R em +∞
(a ∈ R) se a distância entre o gráfico de f a reta r tende a zero
e
quando x vai para infinito, isto é se:
Pr
lim d( P, r ) = 0, (7.8)
x →+ ∞
f em −∞.
sã
b b
r+ : y = x e r− : y = − x
a a
269
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x 2 y2
− 2 = 1.
a2 b
ar
( x, y) ∈ H se e somente se b2 x2 − a2 y2 = a2 b2 . Então temos:
|bx − ax |
in
d( P, r+ ) = √
b2 + a2
|bx − ay| |bx + ay|
m
=√
b2 + a2 |bx + ay|
| b x 2 − a2 y 2 |
2 1
= √
eli
b2 + a2 |bx + ay|
a2 b2 1
=√
b2 + a2 |bx + ay|
Pr
lim d( P, r+ ) = 0.
( x,y)→(± ∞,± ∞)
rs
lim d( P, r− ) = 0.
Ve
( x,y)→(± ∞,∓ ∞)
270
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
em +∞ e −∞, respectivamente; e da função
s
x2
in
f − (x) = b −1
a2
lim
em −∞ e +∞, respectivamente. Funções essas obtidas da equação de
H isolando-se o parâmetro y.
7.3.4
e
Esboço da Hipérbole
Pr
x 2 y2
− 2 = 1,
a2 b
o
com a, b > 0.
sã
bp 2
y=± x − a2 .
a
271
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
temos ( x2 − a2 ) < 0 e, portanto, f não fica bem definida.
in
Além disso, temos que f é crescente, já que, para x0 , x1 ∈ [ a, +∞),
temos:
im
x0 < x1 ⇐⇒ x02 < x12 ⇐⇒ x02 − a2 < x12 − a2
q q
b 2 b
⇐⇒ 2
x0 − a < x12 − a2 ⇐⇒ f ( x0 ) < f ( x1 ).
a
el a
Cálculo diferencial nos permite concluir que o gráfico de f tam-
bém é côncavo no caso da hipérbole.
Pr
ab
f ′′ ( x ) = − ,
( x2 − a2 )3/2
rs
b
Ve
272
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
7.3.5 Exemplos
ar
bole e de suas assíntotas.
Solução: É fácil perceber que H é uma hipérbole com centro na
in
origem e focos no eixo Oy. Assim sua equação é do tipo:
y2 x2
− = 1,
a2 b2
lim
com c2 = a2 + b2 e 2c a distância focal.
Como H tem vértices (0, 4) e (0, −4) segue que a = 4. Como
um dos focos de H é (−5, 0) segue que c = 5. Logo, a partir da
e
igualdade c2 = a2 + b2 , obtemos b = 3. Assim a equação de H é:
Pr
y2 x2
− = 1.
16 9
As assíntotas de H são r+ : x = (b/a)y e r− : x = −(b/a)y, ou
o
seja:
sã
3 3
r+ : x = y r− : x = − y.
4 4
r
Ve
Exemplo 7.21 Uma hipérbole H tem os focos num dos eixos coor-
273
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
√
é a reta 3x − 2y = 0 e que P = (4 2, 6) ∈ H, determine a equação
de H.
Solução:
ar
Seja − 2 = 1 a equação da hipérbole procurada. Como a
a2 b
3
reta 3x − 2y = 0, que é a também a reta de equação y = x,
2
in
é uma das assíntotas obtemos:
b 3
= ,
a
ou seja b =
3
2
2
a.
Usando que P ∈ H obtemos:
e lim
√
( 4 2 ) 2 62
Pr
− 2 = 1.
a2 b
3
Usando que b = a e simplificando algebricamente a igual-
2
o
16
= 1.
a2
r
3
Donde a2 = 16, ou seja a = 4. Usando novamente que b = a
Ve
2
obtemos então b = 6. Logo chegamos à equação:
x2 y2
H: − = 1.
16 36
274
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
b 2
= ,
a 3
in
2
ou seja b = a.
3
Usando que P ∈ H obtemos:
a2
√
62 ( 4 2 ) 2
−
b2
= 1.
e lim
3
Usando que b = a e simplificando a equação chegamos a:
2
Pr
36
− = 1.
a2
o
x2 y2
H: − = 1.
16 36
275
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
de equação:
ar
Solução: Tentaremos aqui manipular a equação dada de forma a
obter uma equação da forma:
in
( x − x 0 )2 ( y − y 0 )2
− = 1,
a2 b2
im
que representa uma hipérbole de centro C = ( x0 , y0 ), focos F1 =
( x0 + c, y0 ) e F2 = ( x0 − c, y0 ), onde c2 = a2 + b2 , e vértices V1 =
el
( x0 + a, y0 ) e V1 = ( x0 − a, y0 ).
Comecemos completando quadrados escrevendo:
Pr
(9x2 − 18x + 9) − (4y2 + 8y + 4) − 9 + 4 − 31 = 0.
Donde temos:
E, finalmente:
( x − 1 )2 ( y + 1 )2
rs
− = 1.
4 9
Tal equação representa uma hipérbole de centro C = (1, −1) de
Ve
√
parâmetros a = 2, b = 4 e c = 2 5. Logo temos focos F1 =
√ √
(1 + 2 5, −1) e F2 = (1 − 2 5, −1) e vértices V1 = (3, −1) e
V1 = (−1, −1).
276
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
7.4 parábola
Conforme descrito na De-
y
finição 7.3, uma parábola
P de foco F e reta dire-
ar
triz d é o lugar geométrico
formado pelos pontos do
P
in
plano cujas distâncias a F e
d são iguais.
F
lim
Nesta seção estudaremos A b b
B b
x
b
7.4.1 Terminologia
r
parábola.
277
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
A reta perpendicular a d por F é o eixo de simetria da pará-
bola.
in
Qualquer segmento cujos extremos estão sobre P é denomi-
nado corda da parábola;
lim
Tomando A e B os extremos da corda que contém F e é pa-
ralela a diretriz d, obtemos o triângulo △VAB denominado
triângulo fundamental da parábola.
e
Pr
1
x2 .
Ve
y= (7.9)
4p
278
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
q
x2 + (y − p)2 = y + p.
in
Elevando ambos os lados ao quadrado obtemos:
x2 + y2 − 2py + p2 = y2 + 2py + p2 .
y=
1
x2 .
e lim
Simplificando e isolando y chegamos então a:
4p
Pr
equação:
sã
1
x= y2 , (7.10)
4p
r
279
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Proposição 7.26 O gráfico da função quadrática f ( x ) = ax2 +
bx + c é uma parábola com:
in
foco:
m
b ∆−1
F= − ,− ,
2a 4a
eli
diretriz:
∆+1
Pr
d:y=− ,
4a
vértice:
ão
b ∆
V= − ,− ,
2a 4a
rs
onde ∆ = b2 − 4ac.
280
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
foco:
∆−1 b
F= − ,− ,
4a 2a
ar
diretriz:
in
∆+1
d:x=− ,
4a
m
vértice:
∆ b
eli
V= − ,− ,
4a 2a
onde ∆ = b2 − 4ac.
Pr
abaixo demonstrados.
281
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
foco:
1
F= m, k + ,
4a
diretriz:
ar
1
d : y =k− ,
4a
in
vértice V = (m, k).
1 −
→
lim
f (de modo que y = a( x − m)2 + k). Tome F = m, k +
1
4a
e
Donde segue:
o
s
2
−
→ 1 1
− m )2 a2 ( x − m )4 − m )2
sã
k FP k = (x + − 2a( x +
4a 4a
s
2
1 1
= a2 ( x − m )4 + 2a( x − m )2 +
r
4a 4a
s
Ve
2
1
= a( x − m )2
+
4a
1
= a( x − m)2 + .
4a
282
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
que liga F à d é fácil ver que V = (m, k).
in
2
2 b 2 b − 4ac
ax + bx + c = a x + − .
2a 4a
m
Essa forma de escrever a função quadrática é conhecida como forma
eli
canônica do trinômio de segundo grau.
Demonstração: De fato:
Pr
2 b 2 c
ax + bx + c = a x + x +
a a
2
b
Completando quadrado de modo a obter x+ temos:
ão
2a
b2 c 2 b b2 b2 c
a x + x+ = a x +2 x+ 2 − 2
rs
a a 2a 4a 4a a
" 2 #
b b2 − 4ac
=a x+ −
4a2
Ve
2a
2
b 2 b − 4ac
= a x+ − .
2a 4a
283
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1 m m2
a= b=− c = n+p−
2( n − p ) n−p 2 ( n − p ).
in
7.4.3 Esboço da Parábola
lim
O esboço da parábola de equação y = ax2 + bx + c (ou gráfico de
f ( x ) = ax2 + bx + c) pode ser facilmente estudado a partir da forma
canônica do trinômio (Lema 7.30):
e
2
b 2 b − 4ac
Pr
2
f ( x ) = ax + bx + c = a x + − .
2a 4a
Fixemos, para estudo, a > 0. Facilmente
observamos que f tem
b b
o
b
Além disso, para − ≤ x1 < x2 temos que:
2a
b 2 b 2
r
x1 + < x2 + ,
2a 2a
Ve
b
donde segue que f ( x1 ) < f ( x2 ), ou seja f é crescente em − , +∞ .
2a
b
Analogamente vemos que f é decrescente em −∞, − .
2a
284
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
A convexidade do gráfico de f decorre do fato de que a segunda
derivada de f é dada por:
in
f ′′ ( x ) = a > 0.
lim
Finalmente, se ∆ = b2 − 4ac > 0, podemos obter as raizes de
f facilmente igualando a forma canônica do trinômio e isolando o
parâmetro x, obtendo assim a Fórmula de Bhaskara:
e
√
−b ± b2 − 4ac
x= .
Pr
2a
2 + bx + c tem seu máximo em
Observação 7.32 Se a < 0, f ( x ) = ax
b b b
x = − , é decrescente em − , +∞ e crescente em −∞, − ,
2a 2a 2a
o
tem gráfico côncavo e tem suas raizes dada pela (mesma) Fórmula de
sã
7.4.4 Exemplos
Ve
e reta diretriz r : y = 4.
285
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−
→
Solução: Seja P = ( x, y) um ponto da parábola. A equação k FP k =
d( p, r ) em coordenadas fica:
q
( x − 1 )2 + ( y − 2 )2 = | y − 4 | .
ar
( x2 − 2x + 1) + (y2 − 4y + 4) = y2 − 8y + 16.
in
Isolando então o parâmetro y chegamos à:
lim
1 2 1 11
y= − x + x+ .
4 2 4
e
Exemplo 7.34 Consider uma parábola P com vértice na origem e
Pr
com o eixo Ox como reta focal. Suponha que o ponto (3, −6) per-
tença à P . Determine a equação de P , seu foco F e reta diretriz
o
d.
Solução: Sabemos que P é uma parábola de parâmetro 2p com
sã
equação da forma:
1
r
x=± y2 .
4p
Ve
286
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Tal parábola tem, assim, foco F = (3, 0) e reta diretriz d : x = −3.
in
Exemplo 7.35 Considere a função quadrática f ( x ) = x2 − 6x + 8.
lim
Escreva f na forma quadrática canônica e a partir de tal determine
suas raízes. Determine as coordenadas do vértice, foco e a equação
da reta diretriz da parábola que é gráfico de f .
Solução: Completando quadrado obtemos f ( x ) = ( x2 − 6x + 9) −
e
1 = ( x − 3)2 − 1 que é a forma canônica de f .
Pr
( x − 3)2 = 1.
o
são as raízes de f .
O vértice da parábola que é gráfico de f , ocorre no ponto onde
f é mínimo, ou seja em x = 3. Logo as coordenadas do vértice são
r
(3, −1).
Ve
287
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
q
−
→
k FP k = 9 + (9 − c)2 .
in
Por outro lado:
d( P, d) = 8 − (−1 − c) = 9 + c.
9 + (9 − c )2 = (9 + c )2 .
e lim
Donde temos c = (1/4).
Pr
Logo F = (3, −3/4) e d : y = −5/4.
o
7.5 ⋆ excentricidade
r sã
288
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
temos que:
x 2 y2
+ 2 = 1,
a2 b
ar
onde a = c/η e b tal que a2 = b2 + c2 .
in
x 2 y2
− 2 = 1,
a2 b
lim
onde a = c/η e b tal que c2 = a2 + b2 .
2 2 2 2 1
x 1−η +y = c −1 .
η2
r
2 1
Dividindo tal equação por c − 1 obtemos:
Ve
η2
x2 y2
+ = 1.
c2 /η 2 1
c2 −1
η2
289
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1
Então, para 0 < η < 1, observamos que c2 −1
> 0. To-
η2
1
mando então a2 = c2 /η 2 e b2 = c2 − 1 (de modo que a2 =
η2
b2 + c2 ) temos:
x 2 y2
ar
+ 2 = 1.
a2 b
1
Caso η > 1 temos que c2 < 0. Tomando a2 = c2 /η 2 e
−1
in
η2
2 2 1
b = −c 2
− 1 (de modo que c2 = a2 + b2 ) segue:
η
x 2 y2
a2
− 2 = 1.
b
e lim
Pr
Proposição 7.37 Sejam η = 1 e F = (c, 0). Tome r a reta de
equação x = −c.
Então, se P = ( x, y) satisfaz a igualdade
o
−
→
FP = ηd( P, r ), (7.12)
sã
temos que:
r
y2 = 4cx.
Ve
290
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y2 = 4cx.
ar
Observação 7.38 A reta r e o ponto F desctritos nas proposições 7.36
e 7.37 são denominados respectivamente reta diretriz e foco da cô-
in
nica em questão.
O parâmetro η, que aparece em ambas as proposições, é denominado
excentricidade da cônica.
m
Observação 7.39 É facil mostrar que as recíprocas das proposições
eli
acima são válidas, ou seja:
x 2 y2
+ 2 = 1,
a2 b
então, tomando c > 0 tal que a2 = b2 + c2 , η = c/a (note
ão
a2 b
então, tomando c > 0 tal que c2 = a2 + b2 , η = c/a (note
η > 1), F = (c, 0) e r : x = c/η 2 temos que P satisfaz a equação
(7.11).
291
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Excentricidade e a forma de uma cônica
in
o formato das cônicas.
No caso da elipse, quanto mais η for próximo à 0 maior a “seme-
lim
lhança” da elipse com um círculo. De fato, dividindo a2 = b2 + c2 por
a2 , teríamos que (b/a)2 = 1 − η 2 . Logo para η pequeno (b/a) estaria
próximo de 1. Assim sendo, a e b seriam aproximadamente iguais.
Tomando b = a teríamos então a equação do círculo: x2 + y2 = a2 .
e
Para η < 1 próximo de 1 teríamos por outro lado que (b/a) seria
Pr
Por outro lado, a medida que η tende à +∞ temos que (b/a) tam-
Ve
292
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
semelhantes entre si.
in
Demonstração: Consideraremos apenas as cônicas cujas equações
estão na sua forma canônica (pois, como veremos no capítulo ??,
lim
todas as cônicas podem ser transformadas na forma canônica por
rotações e translações).
Considere duas elipses E e E ′ de equações:
x 2 y2
e
E: + 2 = 1,
a2 b
Pr
x2 y2
E′ : + = 1.
a ′2 b ′2
Se ambas têm mesma excentricidade temos que (b/a) = (b′ /a′ ),
o
x 2 y2
Ve
+ 2 = 1,
a2 b
temos que
(kx )2 (ky)2 a ′2 x 2 b ′2 y 2 x 2 y2
+ = + = + 2 = 1.
a ′2 b ′2 a ′2 a 2 b ′2 b 2 a2 b
293
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
a 2 a
a′ (kx )2 = a′ x2 = ax2 = ky.
a′ a′
in
294
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
ponto X da elipse aos focos
F1 e F2 é constante, isto é:
in
−→ −→
k F1 X k + k F2 X k = k,
lim
onde k é um número real fixado (obviamente maior que a distância
focal da elipse).
Suponha que S1 e S2 tangenciam o cone nos círculos C1 e C2 res-
←→
pectivamente. Seja X um ponto qualque da elipse. A reta OX que
e
passa por X e pelo vértice O do cone intersepta C1 e C2 em pontos
H1 e H2 respectivamente.
Pr
Parábola
O
que a curva (parábola) formada b
Ve
b
C b
B D b
295
β
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
parábola, r a sua diretriz e X um
ponto qualquer da cônica.
in
Considere a esfera simultanea-
mente tangente interna ao cone
lim
e tangente ao plano π. Seja γ o
plano que contém os pontos de
tangência da esfera com o cone.
Afirmamos que o ponto de tan-
e
gência da esfera com o plano π é o foco da parábola e que a reta r
obtida pela intersecção de π e γ é a reta diretriz da parábola.
Pr
Observação 7.41 Cuidado não confundir sua intuição com a Figura 7.9
Ve
296
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
esfera em C e F). Logo:
−→
k FX k = ηd(X, r ),
in
com η = 1.
Exercícios
lim
Ex. 6.1 — Provemos que a curva (elipse) formada pela intersecção
de um cone de ângulo de abertura 2α com plano π que faz um
e
ângulo θ > α com o eixo do cone, obedece a equação:
Pr
−→
k FX k = ηd(X, r ),
lin).
a) Encontre o foco F e a diretriz r da elipse do mesmo modo que
r
297
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
d) Mostre que:
ar
−→ −−→
kXC k kX ′ C′ k
−→ = −− → = η,
kXD k kX ′ D′ k
in
onde η é uma constante real;
e) Conclua que vale:
com η < 1.
−→
lim
k FX k = ηd(X, r ),
e
Pr
Ex. 6.2 — Mostre que a curva (hipérbole) formada pela intersecção
de um cone de ângulo de abertura 2α com plano π que faz um
ângulo θ < α com o eixo do cone, obedece a equação:
o
−→
k FX k = ηd(X, r ),
sã
298
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
k FX k = ηd(X, l ),. Consideremos
agora coordenadas polares com a
in
origem O localizada em F e com
o eixo polar perpendicular a dire-
triz l da cônica.
e lim
Suponha que a distância entre
a diretriz l e o foco F é uma
dada constante p e que a cônica
está localizada, em relação a l,
no mesmo lado de F, como na Fi-
Pr
Figura 7.10: Cônica: coordena- gura 7.10. É fácil ver que no sis-
das polares tema de coordenadas acima des-
−→
crito k FX k = r e d(X, l ) = ( p −
o
r = η ( p − r cos θ ).
r
ηp
r=
1 + η cos θ
299
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→
Figura 7.11. A equação k FX k =
ηd(X, l ), torna-se então: θ A
ar
b b
O x
r = η (r cos θ − p).
in
Donde segue:
ηp Figura 7.11: Cônica: coordena-
r= .
lim
η cos θ − 1 das polares
ηp
r= . (7.13)
Ve
η cos θ + 1
300
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
7.8 ⋆ cônicas e a trajetória dos
planetas
lim
Nesta seção mostraremos, a partir das leis de Newton, que a tra-
jetória de planetas sujeitos apenas a força gravitacional exercida
e
por um sol é uma cônica. Tal trajetória será uma elipse, parábola
Pr
ou hipérbole dependendo da velocidade inicial do planeta. A prova
que fazemos aqui foi fortemente inspirada na demonstração das leis
de Kepler apresentada no livro Calculus - Volume I de Tom Apostol
([1]).
o
respectivamente.
A segunda lei de Newton afirma que a aceleração a é proporcional
r
a força F por:
Ve
F = ma. (7.15)
301
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
GMm
F=− ur , (7.16)
r2
ar
onde G é a constante gravitacional.
A partir das equações (7.15) e (7.16) temos:
in
GM
a=− ur . (7.17)
r2
lim
Mostremos inicialmente que a trajetória do planeta está contida
no plano perpendicular aos vetores posição r e velocidade v. Ob-
serve, para isso, que o vetor r × v é constante:
e
d dr dv
(r × v) = ×v+r× = v × v + r × a = r × a = 0.
Pr
dt dt dt
Denotemos r × v por c.
Como r · c = r · r × v = 0 segue que o vetor posição é sempre
o
dr drr̂ dr ur dr dur dθ dr dθ
= = ur + r = ur + r = ur + r uθ .
dt dt dt dt dt dθ dt dt dt
302
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Donde obtemos:
dr dθ dθ
c = r × v = (rur ) × ur + r uθ = r2 ur × uθ .
dt dt dt
ar
GM 2 dθ
a×c = − 2 ur × r ur × uθ =
r dt
in
dθ dθ
= − GM ur × (ur × uθ ) = GM uθ . (7.18)
dt dt
Observe agora que:
d
dt
(v × c) =
d dur dur dθ dθ
Pr
(GMur ) = GM = GM = GM uθ . (7.20)
dt dt dθ dt dt
Das equações (7.18), (7.19) e (7.20) segue então que:
d d
o
(v × c) = (GMur ).
dt dt
sã
v × c = GMur + b,
r
Ve
v × c = GM(ur + e).
303
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
outro lado que:
r · v × c = r × v · c = c · c = c2 ,
in
onde c = ||c||.
Assim temos, finalmente:
GMr (1 + η cos φ) = c2 .
c2
e lim
Fazendo p = e isolando r segue a equação:
GMη
Pr
ηp
r= ,
η cos φ + 1
do planeta (Verifique!).
304
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
305
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
y
in
B1 = (0, b )
E b
b
P0
A2
b b
F2
e lim
b
O
b
F1
b
P1
b
A1 = ( a, 0)
x
Pr
b
o
B2
sã
306
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
y
P
in
x
b
( c, 0)
√
e
!
b
lim
F=
m, k +
√
1
4a
!
−b − ∆ b
−b + ∆ b
,0 ,0
2a 2a
Pr
b
∆ b
V = − ,−
4a 2a
∆+1
d:x=−
4a
o
sã
307
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
8 C U RVA S
ar
8.1 parametrização de curvas
in
No Capítulo 3 estudamos as equações de uma reta no espaço e vimos
x = a + v1 t
e lim
que tal entidade geométrica pode ser representada pelas equações
paramétricas:
r: y = b + v2 t (8.1)
Pr
z = c + v3 t
onde S0 = (a, b, c) é um ponto da reta r e v = (v1 , v2 , v3 ) é um
vetor paralelo a r.
o
S(t) = S0 + vt
309
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
X(t) = (x(t),y(t),z(t))
ar
A
in
x
lim
Figura 8.1: Curva Parametrizada
310
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
gente a curva que varia com o parâmetro t.
in
Definição 8.2 Dado uma curva X : I → R3 , X (t) = ( x (t), y(t), z(t))
com x (t), y(t) e z(t) diferenciáveis, então o vetor tangente é
dado pela derivada
da função X em relação a t.
e lim
X ′ (t) = ( x ′ (t), y′ (t), z′ (t))
y = x2
sã
311
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
vetor tangente.
y
X ′ (t)
b X (t)
2 sen t
ar
t
b 2
O 2 cos t x
in
m
eli
Solução: Para parametrizar o círculo utilizaremos como parâmetro
o angulo t. Com essa escolha temos as coordenadas de um ponto
Pr
312
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
2.0
1.5
in
1.0
1.0
0.5
0.5
y
-1.0
-0.5 0.0
0.0
0.0
-0.5x 0.5
lim
1.0
-1.0
2π
hélice contida no cilindro x2 + y2 = 1. Tal curva caminha na di-
10
reção de z para completar uma volta em torno do cilindro. Observe
a figura ao lado.
313
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
função sen x em R2 , cujo vetor velocidade no tempo t é (1, cos t).
1.0
in
0.5
m
2 4 6 8 10 12
-0.5
eli
-1.0
2
ão
x
-4 -2 2 4
-1
-2
-3
rs
-4
trizada não injetora (ver Figura 8.4), pois X (2) = X (−2) = (0, 0).
314
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Esse exemplo mostra que que nem toda curva do plano pode ser
descrita como gráfico de uma função.
ar
y
1.0
0.8
in
0.6
0.4
0.2
x
-1.0 -0.5 0.5 1.0
lim
Figura 8.5: Curva diferenciável com “bico”
Exemplo 8.12
315
b b b
b
R
ar
x
in
Figura 8.6: Ciclóide
lim
A cicloide, uma curva clássica estudada por Galileu (entre outros),
consiste na curva traçada por um ponto fixado numa circunferência
que rola ao longo de uma reta (ver Figura ??).
e
A ciclóide está ligada, por exemplo, ao problema da braquistó-
crona, que descreve uma curva ligando dois pontos A e B, com B lo-
Pr
da tautócrona que trata de uma curva onde não importa onde uma
partícula seja colocada, ela leva o mesmo tempo para deslizar até o
fundo.
r
316
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
b
C
A
ar
b
t
b b
B
O rt x
in
Figura 8.7: Ciclóide parametrizada
lim
Solução: Seja t o parâmetro que representa o ângulo de rotação
do círculo. Quando o círculo girar de um ângulo t teremos que a
distância percorrida ao longo do eixo será o comprimento do setor
e
circular entre A e B (ver Figura 8.7), ou seja rt. Dessa forma é fácil
Pr
concluir que as coordenadas de A são:
(
x = rt − r sen t
y = r − r cos t
o
sã
Logo a equação que representa tal curva é dada por X (t) = (r (t − sen t), r
r
Ve
317
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
vas com algum tipo de simetria em relação à origem do sistema de
coordenadas. Observe isso nos próximos exemplos.
in
2
lim
1
-2 -1 1 2
e
-1
Pr
-2
318
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
4 cos t
Logo, a mesma equação, em coordenadas polares ficaria X (t) =
in
(2, t) COM t ∈ [0, 2π ].
lim
20
10
-20
Pr
-30
319
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
q y
x2 + y2 = 2 arctg ,
x
in
mas como acurva tem pontos com x = 0 e a função arctg tem
π π
imagem em − , , tal equação descreveria apenas o trecho de
h2 2π
r = 2θ para θ ∈ 0,
tg
p
2
Melhor seria escrever:
x 2 + y2
.
!
e
= ,
y
lim
2 x
Pr
que descreve toda espiral exceto os pontos onde x = 0. Mesmo
assim, tal equação é evidentemente mais complexa que r = 2θ.
Mais alguns exemplos de curvas classicamente representadas em
o
320
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 2 3 4
ar
-1
-2
in
Figura 8.10: Cardioide
1 − t2 t
X (t) = 2a , 4a .
Pr
(1 + t2 )2 (1 + t2 )2
3
o
1
sã
2 4 6 8
-1
-2
r
-3
Ve
Exemplo 8.16 A elipse ao lado com eixo maior 10, eixo menor 6 e
321
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
( x − 4 )2 y 2
+ = 1.
25 9
in
8.3
lim
coordenadas esféricas e ci-
e
lindrícas
Pr
ponto.
Nesse sistema a Terra fica dividida por paralelos, círculos centra-
r
322
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
lim
Figura 8.12: Latitude e Logitude
323
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Figura 8.13: Coordenadas Esféricas
nós. lim
tude do ponto onde aquela estrela estará exatamente em cima de
das por:
O e P;
Ve
324
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Terra, o ângulo de longitude é igual ao azimute θ, mas o ângulo
dado pela latitude de um dado ponto é o ângulo complementar ao
ângulo polar φ.
in
Note que no sistema de coordenadas esférico os pontos localiza-
dos sobre o zênite podem ser representados por mais de uma tripla
lim
(r, φ, θ ). De fato para tais pontos (com φ = 0 ou φ = π) o ângulo θ
não importa.
Observando a Figura 8.14 concluímos facilmente que as coordena-
das esféricas se relacionam com as coordenadas cartesianas segundo
e
as seguintes equações:
Pr
o
r sã
Ve
325
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x = r sen φ cos θ
y = r sen φ sen θ
z = r cos φ
e
p
ar
r= x 2 + y 2 + z2 !
p
x 2 + y2
φ = arctg
z
in
y
θ = arctg
x
Tente verificar isso.
Exemplo 8.17 Curva Loxodrómica: lim
Problemas com simetria esférica em geral tem uma representação
e
mais simples em coordenadas esféricas. Observe a curva desenhada
Pr
por M.C. Escher em sua obra “Sphere Spirals”. Tal curva é conhecida
como curva loxodrómica e é a curva que cruza os meridianos sempre
com o mesmo ângulo. Tal curva é representada por uma linha reta
o
de Mercator teríamos:
x (t) = t
r
y ( t ) = m ( t − t0 )
Ve
326
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
r (t) = 1
θ (t) = t
π
φ(t) = arcsin(tanh(m(t − t0 ))) +
ar
2
Em coordenadas cartesianas, no entanto, tal curva seria represen-
in
tada pelas equações:
cos t
x (t) =
y(t) =
cosh(m(t − t0 )
sen t
cosh(m(t − t0 )
z(t) = tanh(m(t − t0 ))
e lim
Observe que nos sistema cartesiano é difícil a primeira vista até
Pr
mesmo saber que a curva se encontra numa esfera, fato que no sis-
tema esférico é imediato.
O sistema de coordenadas cilíndrico é, simplificadamente, o sis-
tema de coordenadas polar do plano euclideano complementado
o
327
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
lim
Figura 8.15: Coordenadas Cilíndricas
x = r cos θ
y = r sen θ
r
z=z
Ve
328
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e, inversamente:
p
r = x2 + 2
yy
θ = arctg
x
z=z
ar
Exemplo 8.18 Hélice:
in
Voltemos ao Exemplo 8.1 que descrevia uma hélice que em coor-
denadas cartesianas possuia equação X (t) = (cos t, sen t, t/10). Em
a:
Estude isso.
Pr
∆s = v∆t
Ve
329
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
se generaliza por:
Z t
∆s = v(t)dt,
in
t0
s (t) = kX ′ (t)kdt
t0
Pr
t0
r sã
Ve
330
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
(z(ti +1 ) − z(ti )). Assim o comprimento ∆s da curva parametrizada
X (t) de t0 à t é dado aproximadamente por:
in
n
∆s ≈ ∑ ∆si .
i =0
x y 2 z
∆s ≈ ∑ 2 2
(vi ) + (vi ) + (vi ) ∆ti
Ve
i =0
torna-se
Z tq
s (t) = ( x ′ (t))2 + (y′ (t))2 + (z′ (t))2 dt
t0
331
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
(− sen t, cos t):
Z 2π p Z 2π
s(2π ) = sen2 t + cos2 tdt = 1dt = 2π.
in
0 0
lim
Exemplo 8.20 Qual o comprimento da hélice dada por X (t) =
s
Z 4π 2 Z 4π r
o
1 101 4π
s(4π ) = sen2 t + cos2 t + dt = dt =
0 10 0 100
sã
r
Ve
332
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
contrar áreas de regiões do plano limitadas por curvas planas. Não é
raro, também, problemas que envolvem densidades (de massa, por
in
exemplo) variáveis numa placa plana, sobre a qual estamos inte-
ressados em entidades como o peso ou centro de massa. Para lidar
com tais problemas utilizam-se ferramentas desenvolvidas em cál-
lim
culo integral, um tema que vai muito além do escopo deste livro.
No presente momento não nos é necessário entender quais são e
como podemos utilizar tais ferramentas. No entanto a descrição de
e
regiões do plano limitadas por curvas é um tema de grande interesse
para a geometria analítica. Temas este que trataremos a seguir.
Pr
333
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y
b
ar
O A
b b
in
Figura 8.17: Região limitada por 3 retas
triângulo por:
1
2
e lim
y no intervalo [0, x ]. Simbolicamente representaríamos a área do
Z x =2 Z y= 1 x
Pr
A△OAB = 2 dydx
x =0 y=0
o
←→ ← →
fica limitada pelas retas OB e OA, e quando x está no intervalo
←→ ← →
[2, 4] a coordenada y fica limitada por OB e AB. Assim sendo, para
simplificar a descrição da região “escaneada” por retas verticais, des-
334
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y
b
A
b
B
ar
b
E
in
O b b b
e lim
Figura 8.18: Região limitada por 3 retas
2
1 1
ter x ≤ y ≤ 2x, ou seja, y ∈ [ x, 2x ]. Simbolicamente:
sã
2 2
Z x=2 Z y=2x
r
A△OAE = 1 dydx.
x =0 y= x
Ve
2
Para o triângulo △EAB teríamos x variando entre 2 e 4. Nesse
←
→ ← →
caso, os pontos do triângulo ficam entre as retas OB e AB, de equa-
1
ções y = x e y = − x + 6, respectivamente. Logo, para x ∈ [2, 4]
2
335
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 1
devemos ter x ≤ y ≤ − x + 6, ou seja, y ∈ [ k, −k + 6]. O que
2 2
simbolicamente ficaria:
ar
2
Finalmente, a área do triângulo △OAB seria representada por:
in
A△OAB = A△OAE + A△EAB =
=
e Z x=2 Z y=2x
x =0 lim
1 dydx +
y= x
2
Z x=4 Z y=− x+6
x =2
1
y= x
2
dydx.
y
Pr
r=2
o
b b b
x
sã
A O B
r
336
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
A AOB = dydx.
x =−2 y=0
in
y
e
b b b
limb b
C G O H A x
Pr
337
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
√ √
x ∈ [−1, 1], y está limitado pelas curvas y = 1 − x2 e y = 4 − x2 .
Desse modo, a área seria simbolicamente indicada por:
Z x=−1 Z y=√4− x2 Z x = 1 Z y = √4 − x 2 Z x=
ACGH A = dydx + √ dydx +
x =−2 y=0 x =−1 y= 1− x2 x =1
ar
a área entre o eixo Ox e o círculo de raio 1 da área entre Ox e o
círculo de raio 2, ou seja:
in
Z x = 2 Z y = √ 4− x 2 Z x = 1 Z y = √1 − x 2
ACGH A = dydx − dydx.
m
x =−2 y=0 x =−1 y=0
Z θ = π Z r =2
A AOB = rdrdθ.
θ =0 r =0
Ve
338
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
culo.
in
variando θ no intervalo [0, π ] e, fazendo, para cada θ fixado, r per-
correr o intervalo [1, 2]. Simbolicamente representaríamos isso por:
A AOB =
Z θ = π Z r =2
θ =0
e r =1
lim
rdrdθ.
2
Pr
1
1 2 3 4
o
-1
sã
-2
339
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Exercícios
in
Ex. 5.1 — Esboce as regiões descritas abaixo:
R2R3
a) 1 −1 dydx
R 1 R 2x
b) 0 0 dydx
R1R2
c) 0 2x dydx
R2R1
d) 0 1 y dxdy
2
R 2 R log x
e lim
e) 1 0 dydx
√
R 3 R 9− x 2
Pr
f) −3 −√9− x2 dydx
R 3 R √ 9− x 2
g) 0 0 dydx
q
R2 R 2
1− x4
o
h) −2 0 dydx
sã
340
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
Ex. 5.3 — Inverta a notação de (??) para (??) ou (??) para (??) nos
itens do Exercício 5.1.
o
R 2π R 2
a) 0 0 rdrdθ.
R 2π R 2
b) 0 1 rdrdθ.
r
R π R2
c) 02 0 rdrdθ.
Ve
341
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ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
342
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
9 MUDANÇA DE
COORDENADAS
ar
O Rum
Como sabemos, T Osistema
GON deA I S N O Σ PnoLplano
coordenadas A N éOum con-
junto de dois vetores linearmente independentes f1 , f2 (ou seja uma
in
base E para V2 ) e um ponto O, chamado de origem do sistema de
coordenadas.
im
Sabemos de modo geral que um ponto fixo P ao ser representado
em diferentes sistemas de coordenadas possuirá coordenadas distin-
el
tas. Esse fato foi usado inúmeras vezes ao escolhermos um sistema
de coordenadas para representarmos um problema: o mote era que
Pr
através de uma escolha adequada para o sistema de coordenadas
podemos simplificar diversos problemas de geometria analítica.
Neste capitulo iremos um pouco além e entenderemos a relação
entre a representação em diferentes sistemas de coordenadas atra-
ão
343
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
9.1 translação
Uma translação é uma mudança de coordenadas entre dois sistemas
Σ = (O, B = (e1 , e2 )) e Σ′ = (O′ , B′ = (f1 , f2 )) na qual as bases B e
B′ são iguais, isto é, apenas O e O′ diferem.
ar
Fixado um ponto P do espaço, qual a relação entre as coordenadas
( x, y) de P no sistema Σ e as coordenadas ( x ′ , y′ ) de P no sistema
in
Σ′ ?
y′
y
e b
P
lim
b
O′ x′
Pr
b
x
O
o
344
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
das sistema Σ1 .
in
9.2 eliminação dos termos line-
ares de uma equação quadrá-
tica
e lim
Pr
Vamos agora usar a translação para simplificar a equação f ( x, y) =
Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0, eliminando seus os termos
lineares.
As equações das translações são
o
(
x = x′ + h
sã
y = y′ + k
Substituindo na equação de segundo grau temos:
r
2 2
A x ′ + h + B y′ + k + C x ′ + h y′ + k + D x ′ + h + E y′
Ve
expandindo temos:
Ah2 + Chk + 2Ahx ′ + Chy′ + Dh + Bk2 + Ckx ′ + 2Bky′ + Ek+
+ A( x ′ )2 + Cx ′ y′ + Dx ′ + B(y′ )2 + Ey′ + F = 0
345
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Agrupando os termos
ar
Queremos que os termos lineares se anulem, logo
in
2Ah + Ck + D = 0
Ch + 2Bk + E = 0
= 4AB − C2 6= 0
C 2B
Pr
da equação:
346
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Donde temos:
ar
( x ′ )2 − 5x ′ y′ − 11(y′ )2 + (2h − 5k − 1) x ′ − (5h + 22k − 37)y′ +
in
+ (h2 − 5hk − 11k2 − h + 37k + 52) = 0
2h − 5k − 1 = 0
e lim
5h + 22k − 37 = 0
Pr
O sistema linear acima possui uma única solução [h = 3, k = 1] . E
logo a equação 9.2 se simplifica a
( x ′ )2 − 5x ′ y′ − 11(y′ )2 + 69 = 0
o
sã
r
12x + 6y − 9 = 0.
Solução: Usemos agora o deduzido imediatamente antes do Exem-
plo 9.2.
347
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Sejam
(
x = x′ + h
.
y = y′ + k
ar
(
8h − 4k + 12 = 0
.
−4 + 14k + 6 = 0
in
Resolvendo esse sistema linear chegamos a h = −2 e k = −1
Temos, assim, que F′ = g(−2, −1) = 4 (−2)2 − 4 (−2) (−1) +
Σ′ fica
4 x′
2
− 4x ′ y′ + 7 y′
e
2
lim
7 (−1)2 + 12 (−2) + 6 (−1) − 9 = −24. Logo a equação no sistema
− 24 = 0
Pr
Exercícios
o
dada por uma translação dos eixos coordenados para a nova origem
indicada.
r
1.x2 + y2 + 2x − 6y + 6 = 0 (−1, 3)
Ve
348
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Ex. 2.2 — Nos iten abaixo, por uma translação dos eixos coordena-
dos, transformar a equação dada em outra desprovida de termos do
primeiro grau.
1.2x2 + y2 + 16x − 4y + 32 = 0
2.3x2 − 2y2 − 42x − 4y + 133 = 0
ar
3.xy − x + 2y − 10 = 0
in
Ex. 2.3 — Dada uma equação geral de segundo grau Ax2 + Bxy +
lim
Cy2 + Dx + Ey + F = 0, prove que uma translação irá eliminar os
termos lineares se e somente se B2 − 4AC 6= 0
9.3 rotação
r
349
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
y′ y
x′
α
ar
b
O x
in
Figura 9.2: Rotação
lim
Em coordenadas polares temos o seguinte. Considere um ponto
P de coordenadas (r, θ ) . Substituindo θ por θ − α rotacionamos o
ponto P pelo angulo α (Por quê?). Ou seja, definindo um novo sis-
e
tema de coordenadas polares por r ′ = r e θ ′ = θ − α, obtemos um
sistema de coordenadas polares rotacionado de α.
Pr
x = r cos θ
sã
y = r sen θ
x ′ = r cos (θ − α)
y′ = r sen (θ − α)
350
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e assim
ar
x ′ = x cos α + y sen α
in
y′ = − x sen α + y cos α,
um ângulo α.
Em notação matricial temos:
!
e lim
coordenadas ( x ′ , y′ ) de P no sistema cartesiano Σ′ rotacionado de
! !
x′ cos α sen α x
=
Pr
y′ − sen α cos α y
! ! !
x cos α − sen α x′
sã
=
y sen α cos α y′
r
Donde:
Ve
x = x ′ cos α − y′ sen α
y = x ′ sen α + y′ cos α,
351
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
A ′ x 2 + B ′ y2 + D ′ x + E ′ y + F ′ = 0
ar
Substituindo x = x ′ cos α − y′ sen α e y = y′ cos α + x ′ sen α em
in
Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0 teremos:
2 2
A x ′ cos α − y′ sen α + B y′ cos α + x ′ sen α +
Expandindo:
e
lim
+ E y′ cos α + x ′ sen α + F = 0
+C x ′ cos α − y′ sen α y′ cos α + x ′ sen α + D x ′ cos α − y′ sen
Pr
A( x ′ )2 cos2 α − Ax ′ y′ 2 sen α cos α + A(y′ )2 sen2 +
+ B(y′ )2 cos2 α + Bx ′ y′ 2 sen α cos α + B( x ′ )2 sen2 +
+Cx ′ y′ cos2 α + C( x ′ )2 sen α cos α − C(y′ )2 sen α cos α − Cx ′ y′ sen
o
Donde chegamos a:
r
A′ x2 + B′ y2 + C′ x ′ y′ + D ′ x + E′ y + F′ = 0,
Ve
352
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
onde:
ar
D ′ = D cos α + E sen α
E′ = E cos α − D sen α
in
F′ = F
E assim:
A−B
o
cot (2α) =
C
sã
Ve
′ ′
A − B = A cos α + B sen α + C cos α sen α − B cos2 α + A sen2
2 2
353
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Logo
A − B cos 2α
in
′ ′
A − B = C sen 2α +1
C sen 2α
= C sen 2α cot2 (2α) + 1 .
Assim
A′ − B′ = C csc (2α) .
e lim
Desse modo, para acharmos A′ e B′ temos de resolver o sistema
Pr
′ ′
A +B = A+B
s
′ ′ A−B 2
A − B = C csc (2α) = C +1
o
C
sã
12x + 6y − 9 = 0
Ve
354
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
h = −2 e k = −1
A−B −3 3
Então uma rotação por cot (2α) = = = irá eliminar
C −4 4
ar
3
o termo misto. Note que se cot (2α) = , então o ângulo α está
4
5
in
no primeiro quadrante e csc 2α = . (Só para sua curiosidade α ≃
4
26.565)
Logo
(
A′′ + B′′ = A′ + B′ = 11
lim
A′′ − B′′ = C csc (2α) − 5
e
Resolvendo o sistema linear temos que A′′ = 3 e B′′ = 8 e logo a
equação fica
Pr
2 2
3 x ′′ + 8 y′′ = 24
( x ′′ )2 (y′′ )2
+ =1
o
8 3
sã
Exercícios
Ve
355
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3. 3y2 + 3xy − 1 = 0, 60o
in
equação dada em outra desprovida do termo xy.
√
1.4x2 + 4xy + y2 + 5x = 1
2.9x2 + 3xy + 9y2 = 5
3.x2 − 2xy + y2 − 4 = 0
4.16x2 + 24xy + 9y2 + 25x = 0
e lim
Pr
Ex. 3.2 — Prove que os números A + C e B2 − 4AC são invariantes
por rotações.
o
sã
no plano
Ve
356
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
É um bom exercício observar que podemos dividir equações qua-
dráticas do tipo Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0, em três gru-
pos de acordo com as curvas que elas representam:
in
Equações do tipo elíptico, onde C2 − 4AB < 0: vazio, ponto,
circunferência ou elipse;
lim
Equações do tipo parabólico, onde C2 − 4AB = 0: vazio, reta,
união de duas retas paralelas ou parábola;
e
Equações do tipo hiperbólico, onde C2 − 4AB > 0: união de
Pr
duas retas concorrentes ou hipérbole.
x 2 + y2 + 1 = 0: Vazio;
r
x 2 + y2 = 0: Ponto;
Ve
x 2 + y2 − 1 = 0: Circunferência;
x2 + 2y2 − 1 = 0: Elipse.
357
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
3. Equações do tipo hiperbólico:
( x + y)( x − y) = x2 − y2 = 0: União de duas retas con-
in
correntes;
( x + y)( x + y + 1) = x2 − y2 − 1 = 0: Hipérbole.
lim
Para uma identificação exata da curva representada pela equação
devemos através de translações e rotações obter uma equação sim-
plificada, isto é, sem termos lineares e misto. Para isso, sugerimos o
seguinte método:
e
1. Verifique se existe termo misto, isto é, se C 6= 0. Se C = 0,
Pr
translação.
fazer.
358
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Nesse caso a simplificação segue via translação e rotação.
in
Exemplo 9.6 Reduzir a equação x2 − 5xy − 11y2 − x + 37y + 52 =
0.
lim
Solução: Fazemos a translação x = x ′ + h e y = y′ + k e queremos
que os coeficientes de x ′ e y′ se anulem. Para isso teremos que
(
e
2h − 5k − 1 = 0
5h + 22k − 37 = 0
Pr
2 2
x′ + 5x ′ y′ + 11 y′ + 69 = 0
sã
359
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
p
Onde A′′ + B′′ = A′ + B′ e A′′ − B′′ = B′ cot (2θ ) + 1 e assim
23 3
A′′ = − e B′′ =
2 2
e a equação se reduz a
ar
x ′′ y′′
+ =1
6 46
in
A−B
cot (2α) =
C
o
A−B 7
cot (2θ ) = =−
C 24
Neste caso temos um triângulo de lados −7, 24 e 25. e desta forma
sen (2θ ) = 24/25 e cos (2θ ) = −7/25
360
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
sen (2θ ) = 2 cos θ sen θ cos (2θ ) = cos2 θ − sen2 θ
3 ′ 4 ′
in
x= x − y
5 5
e
y=
4 ′ 3 ′
5
x + y
5
lim
e a equação reduzida pode ser calculada pelas equações
e
A′ + B′ = A + B = 25
Pr
A′ − B′ = C csc (2α) = −25
′ 2
25 y − 38 x − y − 34 x + y + 71 = 0
5 5 5 5
sã
2
25 y′ − 50x ′ + 10y′ + 71 = 0
Completando os quadrados temos
r
Ve
′ 1 2 ′ 7
y + =2 x −
5 5
361
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Exercícios
Ex. 4.1 — Identifique e desenhe as curvas , mostrando os novos
eixos após a rotação e translação:
1.2x2 + 4xy + 5y2 − 8x − 14y + 5 = 0
ar
2.x2 − 5xy + 13y2 + 7x − 31y − 37 = 0
3.3x2 + 12xy + 8y2 − 24x − 40y + 60 = 0
in
4.11x2 + 6xy + 3y2 − 12x − 12y − 12 = 0
5.7x2 − 8xy + y2 + 14x − 8y + 16 = 0
362
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
e v = ( x, y) um vetor no plano.
Definimos o produto da matriz A pelo vetor v como
ar
é, satisfaz:
in
para todos os vetores u, v e para todos escalares λ1 , λ2 . A demons-
lim
tração desse fato será deixada como exercício.
Ou equivalentemente:
r
Ve
(
a11 − λ) x + a12 y = 0
a21 x + (a22 − λ)y = 0
363
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
!
a11 − λ a12
det =0
a2 1 a22 − λ
ar
polinômio p A (λ) = (a11 − λ)(a22 − λ) + a12 a21 . O polinômio p A (λ)
é dito polinômio característica da matriz A.
Os argumentos anteriores provam o seguinte teorema:
in
Teorema 9.9 Os autovalores de uma matriz A são as raízes do
!
Ve
λ1 0
BAB =
0 λ2
Demonstração:
364
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Sejam u e v tais que Au = λ1 u e Av = λ1 v.
in
Vamos provar que u e v são ortogonais
Logo
Au · v = u · Av
e lim
λ1 u · v = λ2 u · v
Pr
( λ1 − λ2 ) u · v = 0
o
sã
e logo u · v = 0
3. Fazer.
r
Ve
365
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ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Apêndices
e lim
Pr
o
r sã
Ve
367
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Apêndice
e lim
Pr
o
r sã
Ve
369
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ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
A N O T A Ç Ã O D E S O M AT Ó R I O
ar
A notação de Somatório é um modo sucinto de escrever somas tais
como:
in
12 + 22 + · · · + n 2
lim
Observe que na soma acima o termo típico a ser somado é da
forma k2 e estamos somando esses termos de 1 até n. Um modo
sucinto e muito útil de escrever essa soma é utilizando a notação de
somatório:
e
n
∑ k2
Pr
k=1
n
∑ a k = a1 + · · · + a n
k=1
r
Ve
371
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5
∑ j j = 22 + 33 + 44 + 55
j =2
ar
Definição A.1 Dado ak uma sequência de números reais. De-
finimos o somatório de ak de 1 até n como sendo a função
in
∑nk=1 ak : N ∗ → R que satisfaz as seguintes propriedades:
1
1. ∑ ak = a1
k=1
n n −1 lim
2. ∑ ak = an + ∑ ak para todo n maior que 1.
k=1
e
k=1
2 1
∑ a k = a2 + ∑ a k = a2 + a1
k=1 k=1
o
3 2
∑ a k = a3 + ∑ a k = a3 + ( a2 + a1 )
sã
k=1 k=1
4 3
∑ a k = a4 + ∑ a k = a4 + ( a3 + a2 + a1 )
r
k=1 k=1
Ve
Exercícios
Ex. 0.1 — Ache o valor das seguintes somas:
372
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5
a) ∑ k
k=1
5
b) ∑ 2k
k=2
5
c) ∑ (2k + 1)
ar
k=0
5
1
d) ∑ 3k+2
k=1
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
373
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
B FUNÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS
ar
Começaremos com uma definição provisória, porém muito útil. Para
um ângulo agudo as funções trigonométricas são definidas como:
in
hipotenusa
θ lim
cateto oposto
cateto adjacente
e
Pr
cos θ = sec θ =
hipotenusa cateto adjacente
cateto oposto cateto adjacente
sã
tg θ = cotg θ =
cateto adjacente hipotenusa
375
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
θ com o eixo x. x O
O seno é definido como a projeção
ar
do segmento OP sobre o eixo y. O cos-
seno é definido como a projeção do
segmento OP com o eixo y. Isto é:
in
sen θ = y cos θ = x
guir:
tg θ =
sen θ
cos θ
e lim
As outras funções podem ser definidas conforme as relações a se-
sec θ =
1
cos θ
Pr
1 cos θ
csc θ = cot θ =
sen θ sen θ
o
376
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1 + cotg2 x + = cossec2 x (B.3)
in
Também temos as fórmulas para adição:
lim
cos( x + y) = cos x cos y − sen x sen y
Substituindo y por −y nas equações anteriores
e (B.5)
Pr
sen( x + y) = sen x cos y − cos x + cos y cos( x + y) = cos x cos y + s
(B.6)
cos( x + y) temos:
sã
tg x + tg y
tg( x + y) = (B.7)
1 − tg x tg y
r
377
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 + cos 2x
cos2 x = (B.10)
2
1 − cos 2x
ar
sen2 x = (B.11)
2
in
b.2 gráficos das funções trigo-
b.2.1
nométricas
lim
Gráfico das Funções Seno e Cosseno
e
Pr
Começamos observando que ambas as funções seno e cosseno são
limitadas:
378
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
(B.13)
ar
Das equações B.4 temos que:
in
π
cos x = sen( x + )
2
e
π
sen x = cos( x −
2
)
lim
E consequentemente o gráfico da função cosseno pode ser obtido
e
a partir do gráfico da função seno, através de uma translação hori-
zontal para a esquerda (por uma distância π/2).
Pr
2
f ( x ) = sen x
sã
1
− π2
b b b
3π
−π 2
b b
π b b
−5− 3π−4 2 2 3π 2π 5π
r
−3 −2 −1 1 4 5 6 7
2 2
Ve
b
−1 b
379
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2
f ( x ) = cos x
1
− π2
b b b
π 3π
−π 2
b b b b
−5− 3π−4 −3 −2 −1 1 π 2 3 4 5 6 2π 7 5
ar
2 2 2
b
−1 b
in
b.2.2
lim
Gráfico das funções tangente e secante
380
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
5 f ( x ) = tg x
4
ar
1
− 3π
2
− π2 π
2
3π
2
5π
2
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1
in
−2
−3
−4
e6
5
lim
f ( x ) = sec x
4
Pr
3
1
− 3π − π2 π 3π 5π
o
2 2 2 2
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
sã
−1
−2
r
Ve
381
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
4
in
f ( x ) = cotg x
3
lim
2
1
−2π −π π 2
−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
e
−1
Pr
−2
−3
o
r sã
Ve
382
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
4
f ( x ) = cossec x
3
ar
1
−2π −π π 2π
−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
in
−1
−2
b.3
lim
funções trigonométricas in-
e
Pr
versas
As funções trigonométricas definidas acima não são bijetoras em
o
pectivos gráficos.
Ve
383
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
definida como:
arcsen y = x ⇔ sen x = y
in
f ( x ) = arcsen x
lim
2
π
2
1
e
−1 1
Pr
−1
− π2
o
sã
definida como:
arccos y = x ⇔ cos x = y
384
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
f ( x ) = arccos x
3
ar
1
in
−1 1
b.3.3
im
Função arco tangente
el
A função tg : (− π2 , π2 ) → R tem por inversa a função
Pr
π π
arctg : R → (− , )
2 2
definida como:
arctg y = x ⇔ tg x = y
ão
f ( x ) = arctg x
2π
2
rs
1
Ve
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
− π2
−2
385
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
arccotg : R → (0, π )
ar
definida como:
arccotg y = x ⇔ cotg x = y
in
e lim
3
2
f ( x ) = arccotg x
1
Pr
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
o
a função
Ve
π π
arcsec : (−∞, −1] ∪ [1, ∞) → [0, ) ∪ ( , π]
2 2
definida como:
arcsec y = x ⇔ sec x = y
386
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
f ( x ) = arcsec x
y=π 3
2
π
y= 2
1
ar
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
in
b.3.6 Função arco cossecante
lim
A função cossec : [− π2 , 0) ∪ (0, π2 ] → (−∞, −1] ∪ [1, ∞) tem por
inversa a função
e
π π
arccossec : (−∞, −1] ∪ [1, ∞) → [− , 0) ∪ (0, ]
Pr
2 2
definida como:
o
arccossec y = x ⇔ cossec x = y
r sã
Ve
387
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2 f ( x ) = arccossec x
ar
π
y= 2
1
in
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
y= − π2
lim
−1
−2
e
Pr
o
r sã
Ve
388
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
C M AT R I Z E S E S I S T E M A S
LINEARES.
ar
c.1 matrizes
in
Uma matriz real m × n é um conjunto ordenado de números reais
dispostos em m linhas e n colunas. Os elementos de uma matriz
m
serão indicados por dois índices dos quais o primeiro indica a po-
sição na linha e o segundo na coluna. Desta forma o elemento aij
eli
refere-se ao elemento que está na i-ésima linha e na j-ésima coluna.
a11 a12 · · · a1n
Pr
a21 a22 a2n
A= . ..
.
. .
am1 am2 · · · amn
ão
389
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Definição C.1 Dadas duas matrizes n × m A = (aij ) e B = (bij ) e c
um escalar, definimos as matrizes A + B e cA como:
in
A + B := (aij + bij ) cA := (caij )
Exemplo 3.2 Se
A=
1 2 4
3 5 −1
e ! lim
e B=
4 0 2
4 2 3
!
Pr
então:
! !
5 4 6 2 4 8
A+B = 2A ==
o
7 7 2 6 10 −2
sã
390
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
! 2 3
ar
2 1 0
A= B= 1 4
3 2 −1
−1 5
in
então
!
2 · 2 + 1 · 1 + 0 · (−1) 2·3+1·4+0·5
AB =
lim
3 · 2 + 2 · 1 + (−1) · (−1) 3 · 3 + 2 · 4 + (−1) · 5
e =
c.2 determinantes
Pr
a23 é:
a11 a12 !
a11 a12
A23 = =
a31 a32
a31 a32
391
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
trada dessa matriz, i.e,
in
| a| = a
lim
mando ao longo de uma linha ou coluna o produto de um
elemento aij por (−1)i + j vezes o determinante do menor em
relação ao elemento aij , i.e.,
e
Assim, escolhendo uma linha, ou seja fixando um i temos:
Pr
n
| A| = ∑ −(1)i+ j aij Aij
j =1
o
n
| A| = ∑ −(1)i+ j aij Aij
r
i =1
Ve
392
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
a b
= a | d| − b |c| = ad − bc
c d
Utilizando o procedimento anterior para uma matriz 3 × 3 e ex-
pandindo em relação a primeira linha temos:
ar
a b c
1 1 1 b c a c a b
2 2 2 2 2 2
a2 b2 c2 = a1 − b1 + c1
b3 c3 a3 c 3 a3 b3
in
a3 b3 c3
1 −1 1 ···
e lim
lado, notando que esse fator troca de sinal para cada termo adja-
cente da matriz, conforme o padrão abaixo:
−1 1 −1 · · ·
Pr
1 −1 1 ···
.. .. .. ..
. . . .
Notação: Dado uma matriz quadrada de ordem n e de entradas
o
Ai = (a1i , . . . , ani )
e assim podemos reescrever a matriz A como A = ( A1 , A2 , . . . , An )
r
393
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Teorema C.6 Se todos os elementos de uma coluna (ou linha) fo-
in
rem multiplicados por λ, então o determinante fica multiplicado
por λ:
| A1
lim
A2 · · · λAi · · · An | = λ | A1 A2 · · · Ai · · · A n |
A1 A2 · · · Ai · · · A j · · · A n = − A1 A2 · · · A j · · · Ai · · · A n
394
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
adicionarmos um múltiplo de uma coluna (linha) a outra coluna
(linha).
in
A1 A2 · · · Ai · · · A j · · · A n = A1 A2 · · · Ai · · · A j + λAi · · · A
A·B = B·A = I
395
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
adj( A)
A −1 =
ar
| A|
in
1 2 1
A= 2 1
0 .
1 −1 −2
Calcule a matriz inversa
e lim
Solução: Vamos começar calculando a matriz de cofatores:
O cofator em relação ao coeficiente a11 é:
Pr
1 0
1 =2
−1 −2
o
2 0
−1 =4
−1 −2
r
396
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
E a matriz adjunta é:
−2 3 −1
adj ( A) = 4 −3 2
−3 3 −3
E assim como det A = 3, temos que a matriz inversa é:
ar
− 23 1 − 13
adj ( A)
A −1 = = 43 −1 32
in
det A
−1 1 −1
e lim
c.3 teorema de cramer
Pr
a x +a x +···+a = k
21 1 22 2 2n 2
.
sã
..
a x +a x +···+a = k
n1 1 n2 2 nn n
r
397
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
a1 x + b1 y + c1 z + · · · = k1
a x+b y+c z+··· = k
2 2 2 2
.
..
in
a x+b y+c z+··· = k
n n n n
x1 =
| A1 A2 · · · A n |
e ,
lim
com | A| 6= 0. Então as soluções desse sistema são:
| k A2 A3 · · · A n |
x2 =
| A1 k A3 · · · A n |
| A1 A2 · · · A n |
, ... xn =
|A
X = A−1 k.
sã
x1 c11 · · · cn1 k1
.. 1 .. .. ..
. = . . .
det A
xn c1n · · · cnn kn
398
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x1 = k1 c11 + · · · + kn cn1
ar
k1 a12 · · · a1n
.. .. ..
. = k1 c11 + · · · + kn cn1
in
. .
k a ··· a
n n2 nn
x1 =
| k A2 A3 · · · A n |
| A1 A2 · · · A n |
e lim
De modo análogo temos que:
Pr
| A1 A2 · k · · · A n |
xi =
| A1 A2 · · · A n |
o
sã
r
2x − y + 5z = 1
Ve
− x + 2y − 2z = 2
−3x + y − 7z = −1
399
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
2 −1 5
−1 2 −2 = 2 6 = 0
−3 1 −7
ar
1 −1 5
2 2 −2
in
−1 1 −7 −8
x= = = −4
2 2
2
1 5
−1 2 −2
−3 −1 −7
e lim
2
y= = =1
2 2
Pr
2 −1 1
−1 2 2
o
−3 1 −1 4
z= = =2
2 2
r sã
400
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ao aplicarmos as operações acima a um sistema linear obtemos
um novo sistema tendo as mesma soluções que o anterior. Dois sis-
in
temas que possuem as mesmas soluções serão ditos equivalentes. Ao
utilizar as aplicações anteriores de modo sistemático podemos che-
lim
gar a um sistema equivalente mais simples e cuja solução é evidente.
Ilustraremos a utilização dessa técnica em alguns exemplos
Exemplo 3.15 Um sistema com solução única. Considere o sistema:
e
Pr
2x + 8y + 6z = 30
2x − y = 3
4x + y + z = 12
o
Solução:
Começaremos representando esse sistema através de sua matriz
r
aumentada:
Ve
2 8 6 30
2 −1 0 3
4 1 1 12
401
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1 4 3 15
2 −1 0 3
in
4 1 1 12
lim
coluna sejam 0. Para isso multiplicamos a primeira linha por −2 e
adicionamos a segunda, e multiplicamos a primeira linha por −4 e
adicionamos na terceira. Feito isso obtemos:
e
1 4 3 15
Pr
0 −9 −6 −27
0 −15 −11 −48
r
1 4 3 15
2
Ve
0 1 3 3
0 −15 −11 −48
402
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 4 3 15
0 1 32 3
0 0 −1 −3
ar
E desta forma o sistema de equações correspondente é:
in
x + 4y + 3z = 15
y + 23 z = 3
− z = −3
lim
E logo z = 3. Substituindo na segunda equação temos y = 1 e
substituindo esses valores na primeira equação temos x + 4 + 9 = 15
e assim x = 2.
e
Pr
tema:
sã
2x + 6y + 2z + 4w = 34
r
3x − 2y = −2
Ve
2x + 2y + z + 2w = 15
403
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
1 3 1 2 17
3 −2 0 0 −2
in
2 2 1 2 15
Multiplicando a primeira linha por -3 e somando na segunda e
1 3 1 2
0 −11 −3 −6 −53
e 17lim
multiplicando a primeira linha por -2 e somando na terceira temos:
0 −4 −1 −2 −19
Pr
Trocando a segunda linha com a terceira e dividindo posterior-
mente a segunda por −4 temos:
o
1 3 1 2 17
1 1 19
0 1
sã
4 2 4
0 −11 −3 −6 −53
Multiplicando a segunda linha por 11 e adicionando a terceira
r
temos:
Ve
1 3 1 2 17
19
0 1 41 1
2 4
0 0 − 4 − 2 − 34
1 1
404
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 3 1 2 17
0 1 41 12 19
4
0 0 1 2 3
ar
A última linha nos permite expressar z em função de w: z = 3 −
2w. Substituindo o valor de z na segunda linha temos que y = 4 e
in
finalmente substituindo esses valores na primeira linha temos que
x=2
1 0 0 0 2
0 1 0 0 4
0 0 1 2 3
e lim
Pr
o
1x + 4y = 12
sã
2x − y = 3
3x + y = 10
r
Solução:
Ve
405
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1 4 0 12
0 1 0 73
0 0 0 − 13
ar
Esse sistema não possui soluções, pois a última linha é impossível
de ser satisfeita 0 = − 13
in
Exercícios
Ex. 4.1 — Prove que o sistema
e lim
x + 2y + 3z − 3t = a
Pr
2x − 5y − 3z + 12t = b
7x + y + 8z + 5t = c
admite solução se, e somente se, 37a + 13b = 9c. Ache a solução
o
a)
4x + 3y = 1
Ve
x + 2y − 3z = 0
b) 5x − 3y + z = −10
−2x − y + z = 1
406
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x + y + 2z = 6
c) 2x − y + z = 3
x + 3y − z = 3
x − y + 2z − t = 0
d) 3x + y + 3z + t = 0
ar
x − y − z − 5t = 0
x+y+z = 4
in
e) 2x + 5y − 2z = 3
x + 7y − 7z = 5
f)
3x + 2y − 4z = 1
x−y+z
x − y − 3z
= 3
= −3
3x + 3y − 5z = 0
e lim
−x + y + z = 1
(
Pr
x − 2y + 3z = 0
g)
2x + 5y + 6z = 0
o
minado:
(
r
mx + 3y = 12
Ve
2x + 1/2y = 5
407
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
(
m2 x − y = 0
1x + ky = 0
ar
a) tenha solução única (trivial)
b) seja impossível
in
Ex. 4.5 — Determinar a e b para que o sistema seja possível e de-
terminado
5x
3x
+
− 7y
x+y = b
3y =
=
5a
ea
+ 2b
lim
x + 2y = a + b − 1
Pr
(
x + 2y + kz = 1
sã
2x + ky + 8z = 3
tenha:
r
Ve
a) solução única
b) nenhuma solução
c) mais de uma solução
408
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
Ex. 4.8 — Discuta os seguintes sistemas:
x+z = 4
in
a) y+z = 5
ax + z = 4
lim
x+z+w = 0
x + ky + k2 w = 1
b)
x + ( k + 1) z + w = 1
x + z + kw = 2
e
Pr
5x − 4y = 0
sã
2x − y = k
r
Ve
409
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
eometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovic
D WOLFRAM ALPHA E
M AT H E M AT I C A
Uma ferramenta interessante para o estudo matemática (geometria,
cálculo, álgebra linear, ...) disponível gratuitamente na internet é o
WolframAlpha (http://www.wolframalpha.com/) que aceita alguns
ar
dos comandos do software Wolfram Mathematica.
in
Para mais exemplos do que é possível fazer com o Wolfram Alpha
veja http://www.wolframalpha.com/examples/
im
el
Pr
d.1 plotagem
ão
411
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
d.1.1 No Plano
ar
e xmax
in
50
40
30
lim
20
10
-2 -1 1 2 3 4 5
-10
Solução:
o
r
Solução:
412
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
4
in
1
-3 -2 -1 1 2
1.0
o
0.5
sã
2 4 6 8 10 12
-0.5
r
-1.0
Ve
413
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
-2 -1 1 2
ar
-1
in
-2
sã
414
eometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovic
20
10
-10
-20
-30
ar
in
Solução:
coordenadas polares.
rs
Solução:
Ve
coordenadas polares.
Solução:
415
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
0.5
-0.5 0.5
ar
-0.5
in
Figura D.6: Trevo de quatro folhas.
2π.
r
Solução:
Ve
416
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1.0
0.5
ar
-1.0 -0.5 0.5 1.0
in
-0.5
-1.0
1
sã
-4 -2 2 4
-1
-2
-3
r
-4
Ve
417
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−2, 5 e 2, 5.
Solução:
ar
in
d.1.2 No Espaço
lim
ParametricPlot3D[{fx [t], fy [t], fz [t]},{t, tmin , tmax }]
e
A função descrita acima permite para plotar a curva parametri-
zada X (t) = ( f x (t), f y (t), f z (t)) no espaço euclideano para t vari-
Pr
entre 0 e 20.
sã
Solução:
Ve
418
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1.0
0.5
0.0
-0.5
-1.0
2.0
ar
1.5
1.0
in
0.5
0.0
-1.0
-0.5
lim
0.0
0.5
1.0
1.0
0.5
6
0.0
-0.5
4
-1.0
0
r
2 2
l[h]
Ve
6 0
419
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
entre 0 e 2π.
ar
Solução:
in
d.2
lim
cálculo e álgebra linear
e
Pr
Limit[f[x],x->a]
lim f ( x ).
x→a
sã
Solução:
r
Ve
Resultado:
lim (1/x ) = 0
x→∞
420
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
D[f[x], x]
ar
df
( x ).
dx
in
d cos x
Exemplo 4.12 Calcule d x ( x ).
Solução:
D[Cos[x], x]
Resultado:
e lim
d cos x
( x ) = − sen x
Pr
dx
o
Integrate[f[x], x]
sã
Z
f (x) d x
Ve
Solução:
421
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
Integrate[1/x, x]
Resultado:
Z
1/x d x = log x
ar
in
Inverse[M]
1 2 0
e lim
Exemplo 4.14 Encontre a matriz inversa de:
M= 3 1 1
Pr
2 0 1
Solução:
o
Inverse[{{1,2,0},{3,1,1},{2,0,1}}]
sã
Resultado:
r
−1 2 −2
M −1
Ve
= 1 −1 1
2 −4 5
422
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
Respostas de Alguns
Exercícios
e lim
Pr
o
r sã
Ve
423
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ − → −→ −→ −→ −→
1.1 a.) AB + BF = AF ⇒ BF = AF − AB
ar
−→ −→ −→ −→ − → −→ −→ −→
b.) AG = AC + CG = AC + BF = AC + AF − AB
−→ − → −→ − → −→ −→ −→ −→
c.)Como AE + EF = AF e EF = AB ⇒ AE = AF − AB
−→ − → −→
in
d.) BG = BF + FG
−→ −→ − →
e.)Dica: AG = AC + BF
−→
f.) AC
−→
−→ −→ −→
−→ − → −→ −→
g.)Dica: AD = BC e HG = AB
−→ −→ −→
−→ −→
DC + DE + DC = 2DC + DE
−
→ −→ −→
e
−→ −→
−→ lim
−→ −→ −→ −→ −→
1.2 a.) DF = DC + CO + OF = DC + 2DE c.) DB = DC + CO + OB =
e.)EC = ED + DC = − DE + DC
−→ −→
Pr
f.)2DC g.) DC
d.)−OF = DE
sã
1.5 3f3
−→ 1 −→ 1 − →
r
1.6 AN = AB + BC
2 2
Ve
−→ −→ 1 −→
BP = − AB + AC
2
−→ −→ 1 −→
CM = − AC + AB
2
425
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−−→ −→ −→
1.8 Note que AM = λ λ + 1 AB e como:
−→ −−→ −→
CM + MA + AC = 0
temos que
−→ λ −→ −→
ar
CM = AB + AC
λ+1
−→ λ −→ − → −→
in
CM = ( AC − BC ) + AC
λ+1
−→ 1 −→ λ − →
CM = −( AC + BC )
1.9 a.)
−→
λ+1
CD = 2u − v
e λ+1
lim
−→
BD = 5u − v
Pr
4u 3v u v u+v u−v
1.12 a.)x = + ,y = − b.)x = ,y =
7 14 7 14 2 4
o
λ2
1.18 Dica: suponha λ1 6= 0 então u = − v e logo u e v são
r
λ1
paralelos absurdo. Logo λ1 = 0
Ve
2.14
k AQk (n + m )m ′ k BQk (n′ + m ′ )m
= ′ =
k DQk (n + m ′ )n kCQk (n + m )n′
426
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−→ −→
2.18 Seja b = AB e c = AC, então temos:
−→ −→ −→
−→ AE −→ AB + AC
AD = e AE =
2 2
e logo:
ar
−→ −→
−→ AB + AC
AD =
4
in
Também temos que:
−→
−→ AC
AF =
1+λ
−→ −→
AF = α AD + (1 − α) AD
e lim
Como F, D e B são colineares então:
−→
e assim
Pr
−→ 3 −→ 1 −→
AF = (1 − α) AB + α AC
4 4
3 1 1
o
E consequentemente 1 − α = 0 e α = e assim λ = 2.
4 4 1+λ
sã
λ1 a, AD 1 = λ2 b e AC1 = λ3 (a + b )
Ve
427
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
−−→
e B1 D1 = AD1 − AB1 = −λ1 a + λ2 b
Substituindo as expressões acima em D.1, obtemos:
Isolando a, b:
ar
a (λ3 − λ1 + kλ1 ) + b (λ3 − kλ2 ) = 0
in
E logo λ3 − λ1 + kλ1 = 0 e λ3 − kλ2 = 0.
λ3
Da segunda equação obtemos k = . Substituindo k na primeira
λ2
1
λ3
=
1 1
+ .
λ1 λ2
e lim
equação e dividindo a mesma por λ1 λ3 segue
λ −→
4.4 M = A + AB
Pr
λ+1
5.4 Dica: Observe que
−→ −→ −→ −→ −→ − → −→
AB + CB + 2 BA = AB + BA + CB + BA
o
−→ −→
sã
= CA = − AC
−→ 4 2
5.5 BC = b − a
r
3 3
Ve
( m 1 − m 2 ) a + ( n1 − n2 ) b = 0
428
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
1+λ+µ
5.10
λ (1 + µ )
ar
a · a + a · b + a · c = 0 ⇒ a · b + a · c = −9
b · a + b · b + b · c = 0 ⇒ b · a + b · c = −25
in
c · a + c · b + c · c = 0 ⇒ c · a + c · b = −49
15 1
Resolvendo o sistema anterior temos a · b = e assim cos θ = e
logo θ =
π
3
−→ −→
lim 2
k−u k = kvk = r.
Pr
E assim:
−→ −→
AC · BC = (v + u)(v − u) = v · v − u · u = 0
o
C
sã
v
c
r
b b b
B −u O u A
Ve
4.3
9 12 11
a=− u+ v− u×v
14 7 14
429
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
4.4 a = (1, 1, 0)
5 1 1
4.5 v = ,− ,−
4 2 4
4.14 [Dica: Escreva o determinante em termos dos menores da pri-
meira linha e compare com u· (v × w). Isto também prova que u· (v × w) =
ar
v· (w × u). Porque? ]
in
4.15 A área do triângulo é dada por:
1 1 1
A=
2
e assim temos que
2
lim
k u × vk = k u × w k = k v × w k
ku × vk = k u × wk = k v × w k
e 2
kvkkwk sen γ
E logo:
α β γ
o
= =
kwk k vk kuk
sã
x = −t
1.2 [A resposta não é única] a.)Equações paramétricas: y = 1 − 3t
r
z = 1 + 3t
Ve
x y−1 z−1
Equações na forma simétrica: = = b.)Equações para-
−1 −3 3
x = 1 + 2t
métricas: y=t
z = −2 + 3t
430
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x−1 z+2
Equações na forma simétrica: =y= c.)Equações paramé-
2 3
tricas:
x=t
Eixo x : y=0
z=0
ar
x=0
Eixo y : y=t
in
z=0
x=0
Eixo z :
y=0
z=t
e lim
x=1
Equações na forma simétrica: Não existem. d.) y = 2
Pr
z = 1+t
Equações
na forma simétrica: Não existem.
x = 1+t
e.) y = 2
o
z=1
Equações na forma simétrica:
Não existem.
sã
x = 2 − 3t
f.)Equações paramétricas: y = 1 + 8t
r
z = 4t
x−2 y−1 z
Ve
431
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
x−2 y−1 z
Equações na forma simétrica: = =
−3 5 −1
9
1.3 r : 3x + 4y − 9 = 0. Intersecções: 0, e (3, 0).
4
(
x = 3 + 5t
ar
1.4 a.)Equações paramétricas:
y = 5 + 2t
( 2x − 5y + 19 = 0
Equações na forma canônica:
x=t
in
b.)Equações paramétricas:
y = 1−t
Equações na forma canônica: x + y − 1 = 0
e lim
Pr
o
r sã
Ve
432
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ar
[1] APOSTOL,T.; Calculus Vol. I, Wiley 1967.
in
mento Vetorial, Prentice Hall, 2006.
433
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
in
e lim
Pr
o
r sã
Ve
434
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ÍNDICE REMISSIVO
ar
/, 395 hipérbole, 267
ângulo ciclóide, 316
in
entre dois vetores, 7 circuncentro, 75
polar, 324 coeficiente angular, 157
amplitude focal
elipse, 256
hipérbole, 268
e limcolatitude, 324
colinear, 12
combinação linear, 33
conjunto principal de coorde-
assíntota, 269
nadas polares, 143
Pr
assíntotas
convexo, 285
hipérbole, 267, 270
coordenadas, 79
azimute, 324, 325
esféricas, 324
o
bases ortonormais, 98
bijeção, 78 elipse, 256
braquistócrona, 316 hipérbole, 268
r
parábola, 278
Ve
435
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
equação
diretriz, 137
afim, 158
parábola, 277
cartesiana, 159
in
distância focal
forma canônica, 159
elipse, 255
reduzida, 158
eixo
hipérbole, 267
da parábola, 137
eixo conjugado
e lim equação geral
do plano, 171
equação quadrática, 259
equação reduzida
hipérbole, 267 elipse, 261
Pr
436
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
LI, 38
focos
linearmente
elipse, 255
dependentes, 37
in
hipérbole, 267
independentes, 38
forma canônica
longitude, 325
elipse, 255, 261
hipérbole, 266, 268
parábola, 277, 279
froma canônica
e limlugar geométrico , 134
matriz, 389
coluna, 389
função quadrática, 283 identidade, 389
Pr
função invertível, 395
bijetora, 78 linha, 389
injetora, 78 nula, 389
sobrejetora, 78 produto, 391
o
437
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
equação vetorial, 150
parâmetros geométricos
equações paramétricas, 150
elipse, 261
reta focal
in
hipérbole, 267
elipse, 256
plano
hipérbole, 267
equação geral, 171
equação vetorial, 168
equações paramétricas, 168
polo, 141
e lim reta não focal
elipse, 256
retas
coincidentes, 177
ponto
concorrentes, 177
Pr
inicial, 150
ortogonais, 201
ponto médio, 90
paralelas, 177
pontos
perpendiculares, 201
colineares, 12
o
produto segmento
sã
elipse, 255
ramos
hipérbole, 267
da hipérbole, 301
semelhança, 292
regra do paralelogramo, 13
retângulo fundamental
438
Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici
ar
sistema de coordenadas vetor
vetorial, 80 multiplicação por escalar, 10
sistema linear, 397 aplicado, 4
in
sobrejeção, 78 coordenadas, 79
soma direcional, 11
de ponto com vetor, 66
de matrizes, 390
soma de vetores, 13
somatório, 371
e lim diretor, 11, 150
nulo, 6
oposto, 16
posição, 79
subtração de vetores, 16 unitário, 10
Pr
vetores, 5
tautócrona, 316
coplanares, 7
Teorema
ortogonais, 8
de Cramer, 398
o
paralelos, 7, 12
teorema da base
soma, 13
sã
espaço, 62
subtração, 16
plano, 60
r
ortocentro, 111
triângulo fundamental
parábola, 278
vértice
439