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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 2

2 AUDITORIA AMBIENTAL .................................................................. 3

2.1 Evolução histórica da Auditoria Ambiental ........................................... 6

2.2 Tipos e classificações........................................................................... 7

3 CONCEITUAÇÃO DE AUDITORIA .................................................. 10

4 ESPÉCIES DE AUDITORIA ............................................................. 18

4.1 Auditoria externa ................................................................................ 18

4.2 Da auditoria interna ............................................................................ 19

4.3 Objetivos e benefícios da auditoria ambiental .................................... 23

4.4 Vantagens da auditoria ambiental ...................................................... 27

4.5 Tipos de auditoria ............................................................................... 31

5 AUDITORIA COMPULSÓRIA .......................................................... 34

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 38

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 AUDITORIA AMBIENTAL

Fonte: www.superbac.com.br

A auditoria ambiental é um processo metodológico gerenciado pelo auditor líder


e executado por uma equipe previamente definida, com o objetivo de avaliar desem-
penho, compromisso com o meio ambiente e conformidade legal com as políticas am-
bientais da organização. Pode ser interno ou externo, por Indivíduos ou equipes
agindo em nome da alta administração, independentemente de serem funcionários de
organizações públicas e/ou privadas (La Rovere et al., 2011). Esta ferramenta de ges-
tão é executada para obter certificados e melhorar a eficiência, conscientização am-
biental dos colaboradores, e ainda atender às expectativas das comunidades onde
atuam.
Cabe mencionar que, de forma científica existem diversas abordagens concei-
tuais que se reportam ao termo Auditoria Ambiental, a exemplo, os estudiosos da te-
mática ambiental Barbieri (2007), Campos e Lerípio (2009), Seiffert (2010) e La Ro-
vere et al. (2011), os quais mencionam tal ferramenta no âmbito da gestão ambiental,
como um método de avaliação da situação atual do empreendimento, de relevante
importância para a preservação do meio ambiente, relacionada às práticas produtivas
independente de sua dimensão.

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Na compreensão de Valle (1995) a auditoria ambiental é uma ferramenta de
gestão que pode fazer uma ponderação sistemática, periódica, documentada e obje-
tiva do sistema de gestão e equipamentos instalados na organização para monitorar
e limitar as atividades que interferem no meio ambiente.
Sales afirma (2002, apud Piva, 2007) que é impossível apontar um único con-
ceito de auditoria ambiental, pois ele pode variar dependendo da tecnologia e método
utilizado pela empresa responsável pela auditoria. De acordo com suas políticas am-
bientais e características econômicas, selecione os padrões e objetivos a serem al-
cançados pela auditoria. Assim, o autor apresenta uma tentativa genérica de repre-
sentação das várias modalidades de auditorias.

A auditoria ambiental pode ser amplamente definida como um procedimento


sistemático por meio do qual uma organização pode avaliar suas práticas e
operações que apresentam riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública para confirmar se eles são adequados aos padrões pré-estabelecidos
são geralmente requisitos legais, tecnologias e/ou políticas, práticas e proce-
dimentos formulados ou adotados pela própria empresa ou pela indústria (Sa-
les, 2002, p.25, apud Piva, 2007).

Diante dos fundamentos teóricos introduzidos pelo referido autor, o termo au-
ditoria refletiu-se na contribuição teórica da auditoria contábil ou financeira. A auditoria
contábil ou financeira avalia a situação financeira da organização por meio de variá-
veis numéricas sob o ângulo benefício/custo/ângulo. Não considera os fatores exter-
nos do ambiente da organização e o lucro obtido com a auditoria de qualidade envol-
vida na pesquisa de produto.
Por volta de 1960, devido a preocupações com perdas financeiras causadas
pelo meio ambiente, as pessoas começaram a prestar atenção e os órgãos ambientais
impuseram penalidades a esses órgãos com base na observação permanente dos
impactos internos e externos dessas organizações no meio ambiente, sendo posteri-
ormente punidos pelos órgãos ambientais. Aumentar a lista de regulamentações le-
gais e fortalecer o rigor das regulamentações existentes. A ferramenta passou a acei-
tar adjetivos ambientais e concentrou seus esforços em levantamentos escritos de
intervenções em atividades produtivas no meio ambiente.
De acordo com Gomes (2011), a importância da auditoria ambiental vai muito
além do patrimônio conceitual, pois a doutrina não mede esforços ao tentar definir e
aperfeiçoar conceitualmente essa ferramenta. Ainda na visão do autor, esse objetivo
ainda não foi alcançado, pois, ao longo da história, as pessoas tentaram uma série de

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tentativas de definições comuns, que variam entre conceitos mais restritivos ou abran-
gentes de auditoria ambiental. O objetivo é definir um conceito como uma auditoria
com diferentes conceitos, escopos, tipos e finalidades.
Salienta-se o disposto no Anexo I, da Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) 306/2002, no qual consta como definição para Auditoria Ambi-
ental que trata-se de:

Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e


avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as atividades, even-
tos, sistemas de gestão e condições ambientais especificados ou se as infor-
mações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de au-
ditoria estabelecidos nesta Resolução, e para comunicar os resultados desse
processo (CONAMA 306/02).

Jones (1997, apud Piva, 2007) ressalta-se que não existe uma definição unifi-
cada de auditoria ambiental, o que tem diferentes significados para diferentes pes-
soas, o que tem causado confusão conceitual na composição de ferramentas como
avaliação ambiental, avaliação de impacto ambiental, análise ambiental, análise de
ciclo de vida e rotulagem ambiental. Para o autor, essa correlação é infundada, pois a
auditoria ambiental é apenas mais um processo de verificação para confirmar se o
local atende aos requisitos legais relacionados às diretrizes da empresa.
Neste sentido, é possível inferir que a prática de auditorias ambientais remete
ao método pragmático, ou seja, a valorização da prática para além da teoria, buscando
a verdade em fatos concretos e não em objetivos manifestados pelas organizações.

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2.1 Evolução histórica da Auditoria Ambiental

Fonte: cenedcursos.com.br

Em relação ao surgimento da auditoria ambiental como ferramenta de gestão e


à trajetória histórica paralela a ela, são muitas as diferenças e as tentativas de rastrear
seu ponto de partida e a direção que segue ao longo do tempo.
Menciona-se que durante os mil anos da antiga Suméria, a importância da au-
ditoria como meio de investigação é um fato encontrado em materiais arqueológicos,
o que pode comprovar que o exame de registros foi mais de 4.500 anos antes de
Cristo. Independentemente das evidências científicas, ainda é possível neste século
XII. Durante o reinado de Eduardo I da Inglaterra, as atividades iniciais foram seme-
lhantes aos procedimentos de auditoria. Entre os séculos XIII e XIX, é possível perce-
ber a lacuna Informações históricas sobre a ferramenta.
Desde o século XX, essa ferramenta foi adotada voluntariamente como ferra-
menta de gestão. Desde a década de 1970, na América do Norte e em países euro-
peus, eles usam essa forma de análise devido a grandes desastres ambientais envol-
vendo conhecidas indústrias químicas.
Kleba (2003) salienta que, assim como as empresas multinacionais do setor
químico brasileiro, em 1980, a matriz alemã avançou no campo do comportamento
ambiental e começou a difundir essa tendência lentamente, como a realização de au-
ditorias ambientais em sua subsidiária brasileira em meados da década de 1990.

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Portanto, no final da década de 1980 e início da década de 1990, esse tipo de
auditoria foi fundido em uma ferramenta de gestão comum nos países desenvolvidos.
Empresas multinacionais e empresas estatais também disseminaram sua aplicabili-
dade nos países em desenvolvimento, o que mostra que são relativamente jovens.
Desde então, sua obrigatoriedade e eficácia vêm sendo discutidas em algumas áreas
do conhecimento, pois auxiliam no manejo do problema, identificando a visão do po-
tencial e dos pontos fracos do processo.
Becke (2003, apud Silva et.al, 2009) afirma que, por volta de 1991 a auditoria
ambiental sobre base normatizada, começou a ser discutida internacionalmente com
a criação do Strategic Advisory Group on Environment (Sega), no âmbito da Interna-
tional Organization for Standardization (ISO). Em 1994, com a divulgação da série de
normas ISO 14000 (relacionadas às diretrizes de gestão ambiental da organização),
as discussões começaram a se expandir.
Em 1996, os países participantes da ISO adotaram tais recomendações. No
Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) propôs as NBR ISO
14010, 14011 e 14012 relativas às auditorias ambientais em dezembro do mesmo
ano. Ao longo dos anos, essas normas foram revisadas e ajustadas, considerando as
necessidades dos países que os adotam.
As empresas que usam a série de padrões ISO partem de princípios de confor-
midade legal que se autodeclaram e até procuram a certificação ambiental. Em termos
de certificação, Dall'Agnol (2008) destacou que foi iniciada pela norma BS 7750 de-
senvolvida pela organização Bristish Standart Institution, que desenvolveu a auditoria
como elemento essencial para verificar a eficácia dos sistemas de gestão da quali-
dade e ambiental durante o processo de certificação.
Em relação à história da auditoria ambiental, Kronbauer et al. (2010) apontam
que no contexto internacional, com o passar dos anos, tanto nos Estados Unidos
quanto em países europeus, eles transformaram suas políticas de controle de poluição
em ações de proteção ambiental e se tornaram cada vez mais rígidas com o tempo.

2.2 Tipos e classificações

Com o passar do tempo, houve convergências de longo prazo e possíveis di-


vergências em torno da definição e histórico da auditoria ambiental. É possível extrair,

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discutir e comentar os tipos de auditorias ambientais prestadas no mercado de pres-
tação de serviços. Trata-se de tentar classificar as auditorias ambientais. As ferramen-
tas são baseadas na interpretação de cada autor ou de acordo com as necessidades
da organização. De acordo com La Rovere et al. (2011), o objetivo das auditorias am-
bientais define sua classificação.
Ou seja, na perspectiva do século XX, existem basicamente referências à apli-
cabilidade, tipo e implementação da auditoria ambiental na literatura e no conteúdo
jurídico atual.
Quanto à aplicabilidade, de acordo com a classificação apontada por Campos
e Lerípio (2009), destacam-se a primeira parte, a segunda parte e a revisão da terceira
parte:
Primeira parte - São auditorias realizadas pela própria organização, com o ob-
jetivo de acordo com os objetivos da organização, determinar se o sistema e os pro-
cedimentos estão sendo utilizados e melhorar gradativamente o desempenho ambi-
ental da organização. Nesse sentido, organiza os processos e procedimentos admi-
nistrativos e organizacionais da empresa e prepara os colaboradores para auditorias
externas, ou garante a eficácia dos ajustes que visam a melhoria contínua.
Segunda parte - Estas são auditorias de fornecedores potenciais, para o atual
ou prestador de serviços, o objetivo é manter o ciclo de conformidade e isentar-se de
qualquer responsabilidade externa à organização.
Terceira parte - São considerados serviços porque são executados por uma
organização independente do auditado (por exemplo, uma empresa de auditoria ou
auditor profissional) e geralmente são usados para obter um certificado e/ou para de-
terminar uma agência de licenciamento.
Considerando os tipos, existem várias maneiras de definir os tipos para a aná-
lise teórica conceitual, esses tipos indicam especificamente a conexão interna com os
objetivos organizacionais. Na verdade, ao estudar certos campos do conhecimento e
escritos de estudiosos, depende de seus métodos de pesquisa para enfatizar a pos-
sível recorrência de termos (Vilela et al. 2013).
Portanto, pode-se inferir que os tipos comumente abordados são as Auditorias
Ambientais Compulsórias, ou seja, as auditorias realizadas por empresas exigidas por
lei, com destaque as de conformidade, sistemas de gestão e desempenho ambiental,

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são esses os aspectos a serem analisados na Auditoria ambiental da Resolução CO-
NAMA 306/02.
Por fim, segundo Campos e Lerípio (2009), a execução pode ser dividida em
duas categorias: auditoria interna e auditoria externa. Portanto, basta responder às
seguintes questões para compreender a execução: Quem é o responsável pela exe-
cução do programa de auditoria ambiental? A resposta é o que os torna diferentes.
Auditoria interna - É realizada pelos próprios colaboradores da organização au-
ditada, ou independente da unidade auditada, e tem como alvo específico o objeto da
auditoria, sendo habitualmente planejada e coordenada pela equipe da área de Sa-
úde, Meio ambiente e Segurança (SMS).
Auditoria externa - É realizado por pessoal idôneo e sempre independente da
empresa, ou seja, isento de quaisquer constrangimentos societários, trata-se de um
serviço prestado por pessoa jurídica.

Tipos de auditoria ambiental


Tipos Objetivos
Verificar o grau de conformidade com a legis-
Auditoria de conformidade lação ambiental.
Avaliar o desempenho de unidades produtivas
em relação à geração de poluentes e ao con-
Auditoria de Desempenho am- sumo de energia e materiais, bem como aos
biental objetivos definidos pela organização.
Identificar os aspectos que afetam ou venham
Auditoria de responsabilidade a afetar a situação patrimonial da empresa,
ou due diligencies como o passivo ambiental
Avaliar os desperdícios e seus impactos ambi-
Auditoria de desperdício e de entais e econômicos com vistas ás melhorias
emissões em processos ou equipamentos específicos.
Verificar as causas do acidente, identificar as
Auditoria pós acidente responsabilidades e avaliar os danos.
Avaliar o desempenho de fornecedores atuais
e selecionar novos. Selecionar fornecedores
Auditoria de fornecedor para projetos conjuntos.
Avaliar o desempenho do sistema de gestão
ambiental, seu grau de conformidade com os
Auditoria de sistema de ges- requisitos da norma utilizada e se está de
tão ambiental acordo com a política da empresa
Fornecer certificado ambiental à organização
para que siga as normas e procedimentos es-
Auditoria de Certificação tabelecidos.

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Avaliar os danos ao ecossistema e à popula-
ção do entorno de alguma unidade empresa-
rial em consequência de sua desativação (pa-
Auditoria de Descomissiona- ralisação definitiva de suas
mento atividades)
Avaliar o estágio de contaminação de um de-
Auditoria de Sítios terminado local
Destinada a otimizar a gestão dos recursos, a
melhorar a eficiência do processo produtivo e,
consequentemente, minimizar a geração de
resíduos, o uso de energia ou de outros insu-
Auditoria Pontual mos.

3 CONCEITUAÇÃO DE AUDITORIA

Fonte: naturaleqsms.com.br

Mais importante ainda, o objetivo da auditoria é informar os usuários sobre as


normas adotadas no processo de preparação e fornecer opiniões de terceiros que não
sejam diretamente relacionados à empresa, de forma a provar com segurança que
tais declarações refletem a situação patrimonial e a evolução do período a que se
referem.

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Com base nisso, pode-se afirmar que a auditoria sempre teve a função de for-
necer as demonstrações financeiras, por exemplo, um profissional independente exa-
mina as demonstrações financeiras com o objetivo de emitir pareceres técnicos sobre
a real situação.
O fato é que ao se buscar a definição de auditoria, entre as mais diversas fon-
tes, devemos citar a área de contabilidade, inclusive com o acréscimo do que está
descrito no Oxford English Dictionary, que a define como: um exame oficial de contas,
validado através de testemunhos e comprovantes.
De fato, no âmbito da garantia da qualidade, costuma-se adotar a mesma ideia,
embora neste caso esteja a verificar a eficácia da gestão da qualidade da empresa.
Portanto, a Norma Britânica define auditoria de qualidade:

Um exame sistemático e independente para determinar se atividades da qua-


lidade e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas, e
se estas foram efetivamente implementadas e são adequadas à realização
dos objetivos. BS7229 (ISO 10011)

Acredita-se que esse tipo de auditoria também pode ser aplicado a sistemas,
processos, produtos ou serviços, mas para todas essas situações, ainda existe uma
característica básica, pois indica que a auditoria deve sempre focar na expressão de
seus resultados aos administradores da empresa, seguido de ações corretivas,
quando necessárias.
Em relação à pesquisa sobre auditoria ambiental, a primeira coisa a notar é que
apesar da polêmica, sua declaração de origem é que o termo auditoria teve origem na
Inglaterra e é uma ferramenta para atividades de fiscalização, demonstrações finan-
ceiras da empresa ou organização. Isso porque o país há muito se consolidou como
dono dos oceanos e do comércio, e começou a disseminar os investimentos em vários
países, por isso começou a rever os investimentos mantidos nesses novos lugares.
Com o surgimento de padrões de qualidade, deve-se principalmente à cres-
cente demanda por certificação, que era originalmente o padrão britânico. Com o lan-
çamento do padrão BS7750, uma série de certificação foi posteriormente estabelecida
de acordo com os requisitos da ISO, passou-se a ser verificada e certificada, e seus
produtos possuem certa procedência e reputação ambiental, visando estabelecer con-
corrência no mercado aberto. Portanto, a auditoria tem se desenvolvido como um ele-
mento essencial para testar a qualidade e eficácia do sistema de gestão ambiental no
processo de certificação.
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Porém, só na década de 1960 surgiu a ideia de uma auditoria específica para
a área ambiental, período em que diversos planos e ferramentas de gestão ambiental
foram desenvolvidos. Desde então, seu design e aplicação passaram por grandes
mudanças, tornando a auditoria ambiental uma ferramenta em constante evolução na
área ambiental.
Com a crescente complexidade das Leis Ambientais, principalmente nos Esta-
dos Unidos, este é sem dúvida um dos pioneiros no desenvolvimento da auditoria
ambiental. As Leis passavam a ser instrumentalizadas com certo rigor pelos Tribunais,
iniciando um movimento de maior percepção sobre o desempenho financeiro das em-
presas, já que começou a aparecer um desdobramento de custos de ações judiciais,
de custos de adequação das exigências legais, de deteriorização da imagem pública
das empresas, assim como outros custos tangíveis e intangíveis.
Desta forma, pode-se determinar que se algum tipo de auditoria interna for re-
alizada, semelhante a uma auditoria contábil, ela pode ser proposta de controlar os
principais riscos para que modelos de prevenção ou precaução para fatores ambien-
tais possam ser implementados, ameaçar o desempenho da empresa de qualquer
forma, e ainda reduzir riscos por meio de medidas preventivas.
Segundo Sanches, desde 1980, essa tendência tem sido O Congresso dos Es-
tados Unidos aprovou uma lei, a Comprehensive Environment Response Compensa-
tion and Liability Act, mais conhecida como Ley Superfund, que assume responsabili-
dade civil para proprietários de propriedades tóxicas que podem causar ou causar
danos futuros Problemas ambientais.
A aplicação desta lei e consequente condenação judicial de diversas empresas
ao pagamento da limpeza de locais contaminados é a principal propulsor para audito-
rias ambientais, onde o auditor ambiental inicia antes da aquisição de um imóvel ou
de outra pessoa ou mesmo de uma empresa é gerada pela fusão de empresas rela-
cionadas ao passivo ambiental, que é chamada de auditoria ambiental de fusões e
aquisições.
Conforme mencionado anteriormente, na década de 1990, apesar de alguma
timidez, algumas iniciativas internacionais foram iniciadas para destacar e promover
o uso de auditoria ambiental, incluindo a norma BS7750, um sistema de gestão ambi-
ental, que foi lançado no Reino Unido em 1992.

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No ano seguinte, a União Européia publicou sua Diretiva. Versava sobre a par-
ticipação voluntária das empresas do setor industrial, em um sistema esquematizado
comunitário de eco-gestão e auditoria, melhor conhecido internacionalmente pela si-
gla em inglês EMAS – Eco Management and Audit Scheme.
A adesão é voluntária, mas ao aderir ao programa, a empresa deve cumprir
uma série de requisitos, incluindo auditorias regulares com empresas independentes,
devidamente registradas e certificadas. Os resultados da auditoria podem ser divulga-
dos de acordo com as regras estipuladas na diretiva.
Finalmente, em 1996, foi publicada a primeira norma da série ISO 14.000 sobre
o sistema de gestão ambiental, que, assim como a norma britânica, adotava a audito-
ria ambiental como elemento indispensável do sistema e acreditava que a auditoria
havia se tornado uma ferramenta. Sendo verificado principalmente se a política ambi-
ental da organização foi implementada de forma satisfatória.
Como a campanha para iniciar auditorias ambientais ocorre no sistema de ges-
tão ambiental, diferentes definições do termo auditoria ambiental foram propostas.
A definição de auditoria ambiental na Comunidade Europeia é a seguinte:

Instrumento de gestão que compreende uma sistemática documentada, pe-


riódica e objetiva avaliação do desempenho de (i) facilitar o controle gerencial
das práticas que possam ter impacto sobre o Meio Ambiente: (ii) avaliar a
conformidade como as políticas ambientais corporativas. (União Européia. Di-
retiva 1836, de 20 de junho de 1993)

A maior vantagem dessa definição é que ela não considera apenas procedi-
mentos e inspeções regulares, mas também considera o propósito de melhorar a qua-
lidade ambiental por meio do controle exercido pela direção ou instruções da empresa
e organização.
Os padrões ambientais certificados pela ISO fornecem definições muito rígidas
para auditorias ambientais. Este documento é definido da seguinte forma:

A [...] como um processo sistemático e documentado de verificação para ob-


ter e avaliar, de maneira objetiva, evidências que determinem se o sistema
de gestão ambiental de uma organização está em conformidade com os cri-
térios de auditoria do sistema de gestão ambiental, definidos pela organiza-
ção para comunicar a alta direção os resultados deste processo. BRASIL.
(2004)

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Embora de acordo com o próprio sistema de gestão ambiental, haja evidências
claras de que outras definições de auditoria ambiental possuem outros pontos co-
muns, a circularidade aqui existente aplica-se apenas a esta norma.
Portanto, ao realizar auditorias ambientais, o objetivo não é auditar o meio am-
biente em si, mas a eficácia do sistema de gestão ambiental na melhoria do desem-
penho ambiental, visando à proteção de todo o meio ambiente.
O significado de auditoria não é o mesmo que avaliação ou análise de algo. O
grande desenvolvimento do conceito é que hoje, a maioria dos gerentes ambientais
entende e distingue entre a auditoria ambiental de uma empresa ou organização exis-
tente e a avaliação ambiental de novos projetos ou empreendimentos, embora a aná-
lise ambiental possa ser realizada em ambas as atividades novo e existente.
Na verdade, a auditoria ambiental nada mais é do que uma ferramenta usada
pelas empresas para ajudar a controlar o cumprimento de políticas, práticas, procedi-
mentos ou requisitos para prevenir a degradação ambiental.
Alguns autores acreditam que as auditorias ambientais decorrem da necessi-
dade de determinar se uma empresa cumpre todos os requisitos da regulamentação
ambiental. Então, à medida que se desenvolve, tem uma direção projetada para veri-
ficar o desenvolvimento de negócios e a proteção ambiental.
Para Ribeiro, por exemplo, a auditoria ambiental pode ser conceituada como:

Um instrumento de gestão direcionado ao atendimento dos métodos e proce-


dimentos utilizados na operacionalização do controle e conservação do meio
ambiente, levando-se em consideração os parâmetros estabelecidos no sis-
tema de gestão ambiental da organização, visando à continuidade da em-
presa sem agressão ao meio ambiente (RIBEIRO, 1988).

É claro que a auditoria ambiental atrai cada vez mais o interesse da comuni-
dade empresarial e do governo, e é considerada a ferramenta básica da auditoria am-
biental. Obtendo melhor controle e segurança do desempenho ambiental da empresa
e evite acidentes.
Ao falar sobre auditorias ambientais, Viegas (1997) aderiu à definição da Con-
federação da Indústria Britânica, que a classifica como “exame sistemático das inte-
rações que surgem entre determinadas operações de negócios e seu ambiente interno
e externo, incluindo-se aí todos os danos ambientais causados principalmente na at-
mosfera, terra e água”.
Já na concepção de Valle a auditoria ambiental é assim definida:
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Uma ferramenta de gestão que permite fazer uma ponderação sistemática,
periódica e documentada e objetiva dos sistemas de gestão e do desempe-
nho dos equipamentos instalados em uma organização, para fiscalizar e limi-
tar o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente (VALLE, 1995).

A realidade é que quando os resultados podem ser divulgados em um relatório


final confidencial, a auditoria ambiental declina aos órgãos e as instituições proteção
ambiental que fornecem informações sobre o desempenho ambiental da empresa,
fornecendo subsídios de controle para o desempenho de suas funções, mas não eli-
minam a possibilidade de fiscalizações e inspeção na empresa, isso pode ser um pro-
blema sério.
A fim de evitar a degradação ambiental, a auditoria ambiental deve ser uma
ferramenta universal para as empresas auxiliarem na implementação de políticas,
aprendizado, comportamentos e/ou requisitos. A auditoria veio despertar as vanta-
gens progressivas de grupos empresariais e governos tornando-se o principal meio
para atingir objetivos maiores por meio do desempenho ambiental da empresa, os
benefícios incontestáveis dos aplicativos podem evitar riscos.
As auditorias são determinadas com base em métricas ou julgamentos livres
relacionados ao assunto e são implementadas por especialistas para fins de teste,
com base na responsabilidade e privilégios profissionais, as consequências dos resul-
tados são comunicados de forma precisa e confiável às partes relevantes.
Pode ser limitado às decorrências de informações ou pedidos, ou pode ser li-
mitado a uma escala maior, incluindo atendimento administrativo, decisões e influên-
cia. Pode ser limitado às decorrências de informações ou pedidos, ou pode ser limi-
tado a uma escala maior, incluindo atendimento administrativo, decisões e influência.
Em documentos de contratos de gestão, as auditorias ambientais são frequen-
temente utilizadas para detectar vários privilégios comprovados o contrato visa verifi-
car a consistência das atividades ambientais com o empreendimento.
Auditar é aprender a adquirir conhecimento. Realizar deliberações a fim de pro-
por requisitos de evolução ambiental e tomar medidas corretivas quando forem en-
contradas não-conformidades. No entanto, a auditoria é uma abordagem deliberada,
sistemática e baseada em padrões, mesmo que classificação do tipo de auditoria am-
biental.
O fato é que as características da empresa se desenvolveram ao mesmo tempo
que a atenção da comunidade, desde uma atitude original em rápido desenvolvimento

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até chegar a um acordo e indicar a necessidade de uma lei de cobrança ambiental,
condição necessária para a sobrevivência, avaliação e competitividade do empreen-
dimento.
Atualmente, devido às atividades de algumas empresas, isso tem trazido enor-
mes pressões ambientais, legislativas e comunitárias para algumas empresas, sem
falar no entendimento abrangente das atividades da empresa separadas da gestão.
Devendo fornecer informações a associações, grupos de proteção ecológica e opinião
pública.
Todas estas áreas abrangidas têm suscitado preocupações e opiniões próprias
da empresa, conduzindo a uma era de honorários coletivos, em que cada instituição
deve aceitar e cumprir as suas tarefas e responsabilidades. Sob este viés, a auditoria
ambiental tornou-se o principal meio de proteção ambiental que todos: gestores, em-
presários, técnicos e cidadãos, aspiram.
A auditoria ambiental ou ecoauditorias faz parte de um conjunto de ferramentas
ou utensílios denominados administração ambiental, por isso é considerada gestão
ambiental. A essência do sistema é apostar em ferramentas preventivas e diretas para
maximizar a prevenção sem ter que analisar projetos de impacto ambiental, matriz de
padrões ecológicos e planos de restauração da degradação ambiental.
Então, em suma, a definição básica de auditoria (em outras palavras) pode ser
comparada a um exame ou a uma avaliação independente da relação com o assunto,
que é realizada por um especialista no assunto do teste, que usa julgamento profissi-
onal e comunica os resultados para as partes interessadas.
A auditoria nunca deve ser confundida com avaliação simples, pois as caracte-
rísticas da auditoria são que o auditor é independente da unidade auditada e requer
métodos de aplicação detalhados e rigorosos para avaliar se o cumprimento dos pa-
drões está relacionado aos objetivos esperados.
Os resultados da auditoria visam coletar e avaliar dados, gerar relatórios, apon-
tar possíveis recomendações aos gestores e fornecer condições para prevenir possí-
veis eventos prejudiciais. Portanto, ao compensar por danos ambientais, seja devido
a medidas de reparação ambiental onerosas ou custos de compensação, isso afetará
a economia financeira da empresa.
Essas medidas de proteção ambiental têm uma ampla gama de aplicações,
desde uma única auditoria até um plano de auditoria complexo, que pode atender às

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necessidades de gestão empresarial de assuntos complexos, independentemente de
recursos externos ou internos. Ao decidir implementar políticas de proteção ambiental,
uma auditoria ambiental pode sempre ser realizada de acordo com as reais necessi-
dades da organização, mesmo que a auditoria varie de acordo com as funções da
empresa, respeitando suas peculiaridades.
Uma vez que inúmeros benefícios serão proporcionados, o controle da audito-
ria interna ou externa da empresa, e qualquer forma apropriada de controle de audi-
toria que não as obrigações legais, devem se tornar as principais regras do sistema
de gestão ambiental.
No entanto, as auditorias não devem ser confundidas com simples inspeções.
O auditor é responsável por determinar se as normas confirmadas na auditoria foram
cumpridas corretamente e informar o resultado ao cliente. O inspetor verifica o cum-
primento das leis, regulamentos e regras aplicáveis e informa o órgão responsável
aplicando-se multas relacionadas.
É importante ressaltar que, em geral, existe o equívoco de que o objetivo da
auditoria ou do auditor é punir, fiscalizar ou multar alguém. Talvez tal fato seja prove-
niente da prática de emissão das sanções aplicadas às pessoas físicas ou jurídicas,
que sofrem auditoria compulsória; uma imposição e exigência do setor público, ou
requisitadas por clientes ou acionistas de empresas, quando identificam que estes
podem estar descumprindo alguns requisitos que lhes sejam pertinentes averiguar.
Os auditores devem ser vistos como colaboradores, não como inimigos da em-
presa, e até obter total apoio na investigação. Isso só contribuirá para o desenvolvi-
mento da empresa, pois a auditoria é apenas uma inspeção destinada a identificar
qualificados ou não qualificados a fim de tomar medidas para corrigir os riscos encon-
trados.
Portanto, sejam auditorias ambientais voluntárias ou compulsórias, seu objetivo
é realizar uma investigação documentada, independente e sistemática dos fatos, pro-
cedimentos, documentos e registros relacionados ao meio ambiente. Isso pode aten-
der aos objetivos da própria empresa ou de terceiros, do governo ou acionistas, inves-
tidores, seguradoras, etc., que podem definir escopo da auditoria, padrões e escopo
de aplicação e resultados.

17
4 ESPÉCIES DE AUDITORIA

Fonte: sinergiaengenharia.com.br

A auditoria pode ser uma auditoria interna ou externa, tendo como objetivo com-
plementar-se, pois é mais evidente se a auditoria externa da certificação for realizada
antes da auditoria interna da empresa.

4.1 Auditoria externa

A auditoria externa chamada auditoria independente é o resultado da evolução


do sistema capitalista, e o sistema capitalista é posterior à transformação do sistema
de comando corporativo, devido à necessidade de expansão e a acirrada concorrên-
cia, a busca a gestão de profissionais que têm como norte a aplicação de novas tec-
nologias. Isso torna o produto competitivo na tentativa de enfrentar a concorrência
acirrada, que requer a expansão das instalações físicas e de manufatura da empresa,
bem como um controle cada vez melhor do custos e procedimentos internos.
Para Jund (2002), a auditoria externa é uma tecnologia independente e nada
tem a ver com a instituição auditada.

É uma técnica autônoma entre as técnicas da ciência contábil, razão pela


qual tem objeto perfeitamente identificado e definido, sendo este não apenas
único, porém também múltiplo, baseado em entendimento unanimemente
consagrado nos dias de hoje, ou seja, Auditoria Externa ou Independente, a
sua qualidade principal é a desvinculação com o órgão auditado. Deve ficar

18
nítido que cada autor pode limitar ou ampliar o objeto da auditoria, de confor-
midade com o seu entendimento (JUND, 2002).

No entanto, em vista da necessidade de se adaptar às novas tendências de


preservação ambiental global, as empresas começaram a aumentar seus processos
de elaboração de produtos e conceitos de desenvolvimento sustentável com cuidado
para reduzir e minimizar o impacto no meio ambiente. Portanto, a ideia de um produto
com selo verde é essencial para a colocação do produto final em alguns mercados.
A crescente demanda por certificação de organismos internacionais de acredi-
tação ambiental (como a ISO 14000) prova o compromisso da empresa em diminuir
as políticas ambientais de acordo com os padrões aceitáveis de descarte de poluição
e, consequentemente, revela uma preocupação com a preservação da natureza.
A série ISO 14000 tornou-se um conjunto de normas e diretrizes voluntárias.
De acordo com Harrington e Knight, elas têm vantagens significativas, tais como:
a) redução dos conflitos entre agências reguladoras e indústrias;
b) tende a encorajar as empresas a se envolver mais com os programas
de desenvolvimento ambiental;
c) a natureza voluntária, debatedora e empreendedora pode ser um fator
significativo ao se iniciar o processo de mudança (HARRINGTON, 2001).

No entanto, segundo o autor, essas regras voluntárias são geralmente ampla-


mente aceitas porque promovem intercâmbios internacionais.
A indústria participa de sua criação; são desenvolvidas em um ambiente de
consenso; promovem o entendimento internacional; podem ser amplamente aceitas
todos os interessados; eles são preparados por pessoas de alta qualidade em campos
específicos em todo o mundo; têm uma base comum e não são afetados por antece-
dentes políticos (HARRINGTON, p. 31, 2001).

4.2 Da auditoria interna

A auditoria interna é um tipo de auditoria realizada dentro de uma organização,


ou seja, conduzida por funcionários devidamente treinados ou gestores ambiental-
mente conscientes, e estende suas ações a todos os serviços, planos, operações e
controles existentes na entidade. Diz-se que o grande avanço da auditoria interna

19
ocorreu após a crise econômica americana em 1929. No início da década de 1930, foi
criado o conhecido Comitê de May, com o objetivo de formular regras para as empre-
sas listadas em bolsas de valores, tornando necessárias e obrigatórias as Auditorias
Contábeis Independentes nas demonstrações financeiras.
Esses auditores independentes precisam acessar informações e documentos
durante suas atividades para que possam ter uma compreensão e análise mais pro-
fundas das diferentes contas e transações da empresa. Para tanto, os próprios funci-
onários da empresa foram nomeados. As sementes da auditoria interna foram lança-
das porque, com o tempo, eles aprenderam e dominaram as técnicas de auditoria e
as usaram em trabalhos exigidos pela direção da empresa.
Portanto, a empresa percebeu que se aproveitar melhor esses funcionários,
pode criar serviços de conferência e revisões internas, contínuas e permanentes a um
custo menor, o que pode reduzir o custo das auditorias externas. Por sua vez, os
auditores externos também se beneficiam disso, pois podem focar exclusivamente em
seu objetivo principal, que é verificar o desempenho econômico-financeiro da em-
presa.
Posteriormente, na grande empresa de transporte ferroviário, foi criado um fis-
cal denominado travelling auditors (auditores viajantes), cuja função é visitar a estação
ferroviária e garantir que todas as receitas de venda de passagens e frete sejam cor-
retamente cobradas e explicadas.
Após a fundação do The Institute of Internal Auditors (IIA), em New York, a
auditoria interna foi mudada de uma perspectiva diferente. A partir dos funcionários
da linha de frente, quase sempre subordinados à contabilidade, aos poucos passam
a ter o controle administrativo, cujo objetivo é avaliar a eficácia do controle interno. A
sua área de atuação funcional foi alargada a todas as áreas da empresa, e de forma
geral garantir sua total independência, diretamente ligada sob a alta direção da orga-
nização.
A posição de auditoria interna na organização deve ser alta o suficiente para
permitir que ela desempenhe suas funções de forma plena e independente.
Em teoria, o departamento de auditoria deve estar sempre associado ao nível
mais alto da organização. A independência da auditoria interna visa o desempenho
das funções, atribuições e tarefas atribuídas por normas, atos, decisões e solicitações
dos colegiados e das autoridades integrantes da diretoria.

20
Para Almeida, o controle interno representa, em uma organização, o conjunto
de procedimentos, métodos ou rotinas. Tem como objetivo proteger ativos, gerar da-
dos contábeis confiáveis e auxiliar a administração na condução dos negócios da em-
presa de maneira ordenada. As duas primeiras metas representam o controle contábil
e a última representa o controle administrativo. Como exemplos de controles contá-
beis, há:
a) sistemas de conferência, aprovação e autorização;
b) segregação de funções;
c) controles físicos sobre ativos;
d) auditoria interna (ALMEIDA, 1988).

São exemplos de controles administrativos:


a) análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos;
b) controle de qualidade;
c) treinamento de pessoal;
d) estudos de tempos e movimentos;
e) análise das variações entre os valores orçados e os incorridos;
f) controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados economica-
mente.

Attie acredita que o conceito, a interpretação e a importância do controle interno


envolvem uma imensa gama de procedimentos e práticas que, em conjunto, alcançam
um fim específico, ou seja, controlar. Regra geral, o controle tem quatro objetivos bá-
sicos:
a) a salvaguarda dos interesses da empresa;
b) a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e
operacionais;
c) o estímulo à eficiência operacional;
d) a adesão às políticas existentes (ATTIE, 1998).

Deve ser estabelecido um manual de organização interna para definir clara-


mente e limitar as responsabilidades dos funcionários ou departamentos internos da
empresa, de preferência na forma escrita.

21
a) Almeida, as razões para se definirem as atribuições são:
b) assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados;
c) detectar erros e irregularidades;
d) apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das transa-
ções da empresa (ALMEIDA, 1988).

O conceito de controle interno refere-se à definição da responsabilidade pelos


procedimentos a serem adotados por toda a empresa.
Entretanto, nem sempre o significado de controle interno é entendido em toda
sua extensão, ocorrendo casos em que tal significado é colocado à mercê de sua
própria sorte, esquecendo-se a administração de sua responsabilidade pela boa ges-
tão do patrimônio da empresa.
Almeida (1988) diz que a administração da empresa é responsável por estabe-
lecer um sistema de controle interno. Também verifica se os funcionários o seguem e
o modifica para adaptá-lo à nova situação. Além disso, conforme a empresa expande
os negócios ou, em alguns casos, o proprietário da empresa não pode supervisionar
pessoalmente todas as suas atividades, há a necessidade de dar maior ênfase às
normas e procedimentos internos. No entanto, esses procedimentos são inúteis se
não forem acompanhados com o intuito de verificar se os funcionários estão seguindo
esses procedimentos internos.
Ainda segundo o autor, o auditor interno é funcionário da empresa e, dentro da
organização, não deve obedecer ao pessoal que está sendo fiscalizado. Além disso,
o auditor interno não deve exercer atividades que venha a fiscalizar, de forma a não
interferir na sua independência. As características da auditoria interna são fáceis de
identificar. O serviço de auditoria deve ser prestado por colaboradores da própria em-
presa. Os auditores internos ou o auditor interno devem obedecer à autoridade má-
xima da empresa, e é errado submetê-los ao tesoureiro, diretor financeiro, contador-
geral, etc., mesmo porque estes serão fiscalizados pelos auditores.
Por outro lado, Attie (1998) afirma que a administração é responsável por pla-
nejar, instalar e supervisionar os sistemas de controle interno adequado. Sem inspe-
ções regulares, qualquer sistema, independentemente de sua resistência básica, pode
se deteriorar. O sistema de controle interno deve estar sujeito à contínua supervisão,
para determinar se:

22
a) a política interna presente está sendo corretamente interpretada;
b) as mudanças em condições operativas tornaram os procedimentos com-
plicados, obsoletos ou inadequados;
c) quando surgem falhas no sistema, são tomadas prontamente medidas
eficazes e corretivas (ATTIE, 1998).

Para um melhor controle e autonomia, Almeida acredita que é necessário des-


tacar que, em algumas empresas, os auditores internos são diretamente filiados à
holding. Nesse caso, apenas a administração da sociedade de investimento pode
aceitar ou destituir os auditores internos das sociedades controladas e coligadas. Por-
tanto, a auditoria interna é uma atividade de avaliação independente que visa verificar
e avaliar a adequação, eficiência e eficácia do sistema de controle interno da organi-
zação visando atingir integridade, transparência e confiança nas informações e nas
operações.

4.3 Objetivos e benefícios da auditoria ambiental

Percebe-se que o objetivo geral da auditoria ambiental é definir os riscos ou


problemas ambientais que podem ser causados pelas atividades da empresa antes
que as atividades da empresa se tornem de responsabilidade ambiental, pois à me-
dida que ocorre a degradação, quase sempre é impossível retornar ao estado original.
Sabendo da experiência acumulada, procedimentos confiáveis de auditoria am-
biental podem eliminar o risco de danos ao meio ambiente, porque sua ação voltada
para o futuro é verificar sistematicamente a conformidade com base nos princípios da
política ambiental. Também cumprirá os sistemas e procedimentos de proteção ambi-
ental para determinar a adequação da empresa a todos os incidentes, visando evitar
o risco de danos. Em relação ao objetivo da auditoria ambiental, Braga et al., caracte-
rizou-o de acordo com três elementos básicos, que são:
a) a coleta de dados e informações existentes nas organizações;
b) a avaliação dos dados coletados, tendo como ponto de apoio a experi-
ência, as normas e os padrões técnicos inerentes à profissão;
c) o relatório, com base na análise dos dados colhidos, apontando as con-
clusões e recomendações (BRAGA, 1996).

23
Juchem segue o mesmo raciocínio, descrevendo que o principal objetivo das
auditorias ambientais é buscar permanentemente a melhoria da qualidade ambiental,
envolvendo as ações, processos e produtos da organização. Porém, para o autor,
relacionados aos objetivos principais são objetivos complementares, que são os se-
guintes:
– verificar o cumprimento da legislação ambiental vigente;
– aferir políticas, diretrizes e programas ambientais da empresa;
– servir de instrumento de fiscalização interna e externa;
– minimizar os impactos e maximizar compatibilidade ambiental;
– fazer frente as pressões externas;
– subsidiar empreendimentos em conjunto (joint venture);
– subsidiar negociações de fusão e aquisição de empresas;
– informar acionistas, consumidores, funcionários e fornecedores;
– servir para a certificação ambiental de produtos e serviço;
– negociar as taxas de seguro e taxas de financiamento;
– adotar equipamentos e processos menos poluentes;
– servir para o monitoramento ambiental;
– detectar potenciais de redução e/ou reciclagem de materiais e insumos;
– proporcionar treinamento no processo de auditoria ambiental;
– evitar riscos à saúde de funcionários e danos ao meio ambiente;
– melhorar a higiene e a segurança do trabalhador;
– subsidiar campanhas institucionais e publicitárias (JUCHEM, 1995)

Para o autor, a auditoria ambiental é uma ferramenta capaz de analisar e avaliar


as variáveis ambientais, que considera os elementos básicos do dia a dia da organi-
zação como forma de adaptação às normas, e assim, no que diz respeito ao mercado,
permite-lhes manter-se competitivos e ativos nos seus negócios sem causar riscos
desnecessários de danos ambientais.
De acordo com um auditor ambiental, um dos membros da EARA, o auditor
prestou serviços de consultoria de auditoria para algumas grandes empresas no país,
e o Professor David Jones forneceu à maioria dos gestores ambientais objetivos es-
pecíficos de auditoria o ambiente é:
a) assegurar conformidade coma a legislação;

24
b) assegurar conformidade às normas ambientais e códigos de prática;
c) atender às preocupações dos grupos que têm interesse na empresa, in-
cluindo investidores, banqueiros e seguradoras;
d) identificar oportunidades de aprimoramento da imagem ambiental da
empresa para melhor aceitação de seus produtos no mercado;
e) superar oposição pública às atividades da empresa, fornecendo evidên-
cias da adoção de práticas ambientais sadias;
f) identificar oportunidades de melhorias ambientais, em aspectos, tais
como: redução de resíduos e introdução de tecnologias mais limpas;
g) reduzir a exposição da empresa a riscos e passivos ambientais (JONES,
2003).

Portanto, no âmbito da auditoria ambiental, a gestão da empresa deve fornecer


respostas objetivas e transparentes à linha de questionamento quando fizer a fiscali-
zação efetiva da unidade auditada, de forma a revelar o real estado de operação da
unidade e responder às questões. Por exemplo, o conteúdo listado abaixo foi desen-
volvido para conduzir uma análise cuidadosa para atingir o objetivo da revisão:
1) A empresa está em conformidade com todas as leis ambientais aplica-
das?
2) Os sistemas e procedimentos estão sendo mantidos adequadamente?
3) Alguma das atividades são motivo de preocupação para os grupos que
detêm interesses na empresa?
4) Que mudanças podem ser feitas para melhorar a imagem da empresa?
5) A empresa mantém-se atualizada com relação às novas tecnologias am-
bientais?
6) Que progressos tem feito a empresa no sentido de reduzir os riscos e
passivos ambientais a que está sujeita?

A auditoria do sistema de gestão ambiental da ISO/DIS 14004 é definida como:


“exame sistemático e independente para determinar se as atividades do SGA e seus
resultados estão de acordo com as disposições planejadas, se estas foram implanta-

25
das com eficácia e se são adequadas à consecução dos objetivos”. É importante res-
saltar que os resultados dessas fiscalizações foram encaminhados ao comitê do SGA
para análise.
Geralmente, as auditorias ambientais são realizadas por técnicos ou consulto-
res da empresa, devendo ser realizadas numa base regular (semestral ou anual). O
processo de revisão geralmente inclui a coleta e avaliação de informações durante a
visita ao departamento, a seguir, a discussão dos principais temas observados com o
pessoal responsável pela operação do departamento e, por fim, a elaboração de um
relatório sobre os problemas encontrados e suas recomendações.
O principal objetivo de uma auditoria ambiental é ajudar a melhorar o plano de
controle ambiental, apoio e o comprometimento da gestão são importantes. Na maio-
ria dos casos, é um dos métodos de gestão ambiental mais importantes para prevenir
danos.
Entre outras coisas, pode-se listar alguns dos principais objetivos da auditoria
ambiental, o que ajuda a entender melhor sua aplicabilidade prática como um método
de controle e prevenção ambiental. Quais sejam:

a) permitir a investigação sistemática dos programas de controle ambiental de


uma empresa;
b) auxiliar na identificação de problemas ambientais futuros;
c) verificar se a operação industrial está em conformidade com as normas e
padrões mais rigorosos definidos pela empresa.

Claro, um bom plano de auditoria ambiental deve ajudar a alcançar melhorias


significativas na unidade auditada, aumentando assim a eficiência e o desempenho
operacional e gerencial de qualquer tipo de organização, seja na produção, manufa-
tura, processo ou serviço de insumos.
Planos que incluem políticas ambientais devem levar a um melhor controle dos
custos ambientais e uma redução geral nos custos operacionais, o que pode significar
uma redução significativa na produção resíduos, consumo de combustível, consumo
de água e outros ajustes para antecipar a proteção ambiental.
No entanto, de acordo com o ensino de Jones, a auditoria ambiental ainda traz
muitos benefícios. Podemos listar os seguintes benefícios:

26
1) encoraja consistência e conformidade interna quanto às políticas da empresa;
2) melhora os níveis de conformidade com relação à legislação pertinente, normas
e códigos de prática;
3) oferece maiores oportunidades para detecção do uso inapropriado ou o des-
perdício de energia e matérias-primas, bem como de limitações na aplicação
de tecnologia e na gestão de resíduos;
4) aumenta a consciência ambiental em todos os níveis da empresa;
5) gera informações e dados que poder ser utilizados pelos órgãos reguladores
ou pelo público em geral;
reduz o risco de incidentes que possam levar a danos ambientais significativos
e resultar em possíveis processos (JONES, 2003).

4.4 Vantagens da auditoria ambiental

Assim como a auditoria contábil é uma ferramenta básica para indicar a situa-
ção financeira de uma empresa, a auditoria ambiental também se tornou uma ferra-
menta de avaliação os conhecimentos básicos da empresa sobre saúde ambiental e
diagnostico de quaisquer riscos que possam causar sérios danos ambientais.
Como La Rovere nos revelou, as auditorias ambientais também trazem outras
vantagens às organizações, ou seja, a gestão da empresa está comprometida e não
dispõe de recursos para realizar a auditoria, com o objetivo de corrigir as não confor-
midades encontradas. A auditoria ambiental permite obter, dentre outros, os seguintes
benefícios:
a) identificação e registro das conformidades e das não-conformidades
com a legislação, com regulamentações e normas e com a política am-
biental da empresa (caso exista);
b) prevenção de acidentes ambientais;
c) melhor imagem da empresa junto ao público, à comunidade e ao setor
público;
d) provisão de informação à alta administração da empresa, evitando-lhe
surpresas;
e) assessoramento aos gestores na implementação da qualidade ambien-
tal na empresa;

27
f) assessoramento à alocação de recursos (financeiro, tecnológico, hu-
mano) destinados ao meio ambiente na empresa, segundo as necessi-
dades de proteção do meio ambiente e as disponibilidades da empresa,
descartando pressões externas;
g) avaliação, controle e redução do impacto ambiental da atividade;
h) minimização dos resíduos gerados e dos recursos usados pela empresa;
i) promoção do processo de conscientização ambiental dos empregados;
j) produção e organização de informações ambientais consistentes e atu-
alizadas do desempenho ambiental da empresa, que podem ser aces-
sadas por investidores e por outras pessoas físicas ou jurídicas envolvi-
das nas operações de financiamento e/ou transações da unidade audi-
tada;
k) facilidade na comparação e intercâmbio de informações entre as unida-
des da empresa (LA ROVERE. 2011).

No entanto, de acordo com La Rovere, uma auditoria ambiental é uma descri-


ção instantânea do desempenho ambiental de uma empresa, ou seja, revela se a em-
presa está atendendo temporariamente aos padrões ambientais estabelecidos nas
normas de auditoria, as seguintes conclusões podem ser tiradas:
a) sua aplicação mitiga a possibilidade de ocorrer um acidente ambiental e
da empresa não atender aos requisitos legais de proteção ambiental
mas não a elimina. Concomitantemente, é relativa sua eficácia enquanto
instrumento de promoção da melhoria do desempenho ambiental da em-
presa;
b) para que a auditoria ambiental seja um eficaz instrumento de proteção
ambiental empresarial ela deve ser aplicada com frequência regular (mí-
nima anual), ou estar inserida em um programa de gestão ambiental da
empresa e ter garantida a implementação, por parte da empresa, das
medidas corretivas das não-conformidades identificadas (LA ROVERE.
2011).

28
Portanto, para obter melhores resultados na realização de auditorias ambien-
tais e promover uma proteção ambiental mais efetiva para as empresas, é muito im-
portante a integração com a adoção de um sistema de gestão ambiental estruturado
e efetivamente vinculado ao sistema de gestão global da organização.
Após a conclusão, o conteúdo do relatório de auditoria ambiental também deve
ser divulgado para que o governo e a sociedade como um todo, tenha acesso aos
resultados, obtendo uma visão mais apurada da real situação da variável ambiental
da empresa. Isso permitirá que as agências ambientais além de comprovar a eficiên-
cia do administrador na gestão dos fatores ambientais da empresa.
Quando a auditoria ambiental é utilizada como método de controle, ela deve
incluir normas e medidas para evitar a degradação ambiental e possíveis acidentes, e
todos os funcionários devem estar envolvidos. Os membros da unidade auditada, prin-
cipalmente a alta direção da empresa, se comprometem a tomar medidas para prote-
ger o meio ambiente e tomar as medidas corretivas necessárias.
Para manter os resultados consistentes, é muito importante realizar auditorias
ambientais em diferentes departamentos e períodos da empresa, que sigam padrões
de escopo semelhantes, definições de escopo e o período a ser analisado na audito-
ria; procedimentos e metodologia aplicada, além do uso de instrumentos adequados.
Portanto, o mais importante é que os assuntos que constituem a atividade objeto da
auditoria, os princípios de comportamento ambiental e as ocasiões que são conside-
radas muito claras. De acordo com as seguintes etapas: a de incubação (pré-audito-
ria); a fase de âmbito (auditoria) e a fase de reportagem (pós-auditoria).
Em relação à correspondência de sequência e variedade, os seguintes aspec-
tos importantes de uma auditoria bem-sucedida podem ser listados:
• decisão dos objetivos e envolvimento da auditoria;
• seleção da equipe auditora;
• revisão dos critérios de administração ambiental da companhia;
• decisão do planejamento de auditoria; classificação dos cargos na equipe au-
ditora;
• incubação dos impressos da empresa;
• conservação de entrevistas;
• concretização da inicial visita à corporação;
• recolhimento da documentação;

29
• revisão dos objetivos;
• agradecimento documentado das conformidades e não conformidades do la-
yout;
• alteração das consequências;
• incubação do registro de auditoria;
• palestra do registro;
• aquiescência do registro e arquivo dos apontamentos utilizados;
• revisão histórica da corporação.
• planejamentos de situação julgamento;
• ajuizamento das precipitações de incorrer em encargo jurídico por danos ao
clima;
• revisão dos estágios triviais no sector;
• notícia ao subjetivo, instrução e revelação dos seus encargos com enquanto
planejamento;
• semelhanças com o grupo ponto, compradores e público em comum;
• propostas para o amadurecimento do método ambiental;
• recomendações para implantar a Filosofia de Administração Ambiental
(SGA).

O relatório de auditoria pode incluir alguns ou todos os itens a seguir, depen-


dendo do escopo da auditoria e ajustes feitos previamente, a empresa e a equipe de
auditoria eram responsáveis por:
 abarcamento e objetivos da auditoria incluindo a identidade, cargo ou departa-
mento auditado;
 detalhes do planejamento de auditoria e a identidade dos elementos da equipe
auditora, dos representantes dos auditados e calendário;
 identidade do preceito ou padrão com alicerce no qual se vai concretizar a au-
ditoria;
 decorrências da auditoria e não-conformidades;
 julgamento da equipe auditora com referência no escopo do cumprimento do
auditado com princípios de organização e de administração ambiental aplicá-
vel;

30
 anotações acima as aparências do exercício e comportamento da corporação
que representem imagináveis conveniências de progresso.

4.5 Tipos de auditoria

Para atingir o objetivo de identificar riscos e problemas, diversos tipos de audi-


torias ambientais podem ser aplicados em uma organização. Antes que aconteçam,
no entanto, os tipos de auditoria variam de acordo com a forma como o objeto de
auditoria é tratado.
A variação, segundo Sá (1988) consta em diferentes necessidades, o processo
de mudança não deve ser considerado autônomo, mas uma derivação do mesmo mé-
todo. Em relação ao processo de consulta, existem dois tipos básicos de auditoria:
auditoria geral, sintética ou de balanço e a auditoria detalhada ou analítica.
Embora em ordem cronológica, existem evidências no Ocidente de que existe
uma profissão de auditor desde o século XIV, para efeitos de auditoria ambiental, na
verdade, é um novo recurso que está passando por um desenvolvimento excepcional
com diferentes graus de especialização.
A auditoria ambiental pode ser dividida em dois grandes grupos: a auditoria de
produto e auditoria corporativa.

Auditoria de produto (product audit): é aquela que abrange os diversos impac-


tos ambientais produzidos pelo produto: desenho, usina, uso e coordenação-fim, in-
cluindo as embalagens e ainda também os prováveis impactos da legislação, que con-
sistem acima em o comércio contemporâneo e vindouro. Seu objetivo básico é avaliar
ou reavaliar o plano de garantia ao criar e manter um produto quando um novo produto
é colocado no mercado, além de verificar a origem dos insumos usados na produção,
a segurança da embalagem usada pelo produto e avaliar a segurança do produto,
impacto do produto no meio ambiente durante seu ciclo de vida até o descarte final.

Auditoria de fiscalização interna ou auditoria corporativa (corporative audit): Au-


ditoria ambiental realizada pela companhia-matriz em uma de suas subsidiárias ou
unidades auxiliares para verificar a estrutura organizacional, documentos e tarefas e

31
desempenho durante a artifício ambiental determinada. O objetivo da auditoria ambi-
ental da empresa é que, além do sistema de gestão ambiental, ela também se con-
centre em um único local, seja uma unidade ou um grupo específico ou departamento
operacional. No entanto, embora esses departamentos ajudem a sistematizar melhor
o escopo das auditorias ambientais, existem vários outros nomes projetados especifi-
camente para cada caso de uso:

Auditoria de pontos particular (issue audit): Auditoria ambiental, verifica uma


(ou mais) aparência de lucro, o objetivo é revelar comportamentos ou objetivos típicos
das autoridades ambientais.

Auditoria de resíduos, efluentes e emissões: Realizar a identificação e quantifi-


cação necessária do lançamento de poluentes no meio ambiente incluindo recursos
utilizados para o tratamento, gestão e disposição de rejeitos, e amplia-os para insta-
lações relacionadas ao negócio de manuseio desses rejeitos em caso de processo.

Auditoria de missão (liability audit): Realizar auditorias ambientais para com-


provar que a empresa cumpre todas as suas funções Como requisito para subscrição
pela seguradora.

Auditoria de missão (liability audit): Realizar auditorias ambientais para com-


provar que a empresa cumpre todas as suas funções como requisito para subscrição
pela corporação de seguros.

Auditoria da localização (site audit): Muitos administradores consideram-na a


mais completa após análise. Trata-se de uma auditoria ambiental e tem por objetivo
analisar todas as ações da empresa, incluindo o monitoramento e verificação da pro-
priedade dos fatores ambientais pretendidos durante a instalação.
Para La Rovere, os seguintes tipos de auditorias ambientais podem ser encon-
trados na empresa:

Auditoria de certificação: Avalia se a empresa atende aos princípios estabeleci-


dos nas normas para as quais deseja ser certificada. Para a série ISO 14000 de audi-
torias de certificação ambiental, é muito semelhante à auditoria SGA. No entanto, deve
32
ser realizada por uma organização comercial e contratualmente independente da em-
presa, fornecedores e clientes, sendo reconhecidos pela autoridade competente.

Auditoria de descomissionamento (decommissioning): Avaliar os danos ao


ecossistema e populacionais ao setor empresarial em decorrência de sua desativação
(paralisação definitiva de suas atividades).

Auditoria de responsabilidade (due diligence): Tem como objetivo avaliar a res-


ponsabilidade ambiental da empresa, ou seja, a suas responsabilidades ambientais
efetivas e potenciais. Geralmente é usado para fusões, aquisições diretas ou indiretas
ou empresas de refinanciamento. Sua aplicação indica possíveis riscos e responsabi-
lidades para futuros compradores, parceiros ou sócios, e os avalia em termos mone-
tários quando possível. A avaliação de custos ambientais que a empresa deve supor-
tar ainda enfrenta dificuldades e precisa ser estudada. Geralmente, o método de ava-
liação monetária dos danos ambientais é questionável.

Tendo em vista a necessidade de se entender o custo que se infere, o valor


que poderá precisar ser gasto com o não cumprimento das normas ambientais esta-
belecidas e correção e/ou indenização por danos ao meio ambiente, as seguintes des-
pesas são normalmente registradas como passivos ambientais: multas, taxas e im-
postos ambientais a serem pagos; gastos para implantação de procedimentos e tec-
nologias que possibilitem o atendimento às não-conformidades, assim como valores
despendidos necessários à recuperação da área degradada e indenização à popula-
ção afetada.

Auditoria de conformidade (compliance audit): As auditorias ambientais têm


como objetivo verificar o cumprimento de normas e exemplos de impacto e especifici-
dade ambiental nas áreas da empresa. Avalia a conformidade da unidade auditada
com a legislação, os regulamentos aplicáveis e indicadores de desempenho ambien-
tal, setorial, aplicável à unidade.

Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental: Avaliar a conformidade com o sis-


tema de gestão ambiental da empresa (SGA) e seus Suficiência e eficácia.

33
Auditoria de sítios: Projetado para avaliar o estágio de poluição de uma deter-
minada localização, fonte de poluição e responsabilidade ambiental acumulada.

Auditoria pontual: Visa otimizar a gestão de recursos, melhorar a eficiência do


processo produtivo e, assim, minimizar a geração de resíduos, uso de energia ou ou-
tros insumos.

5 AUDITORIA COMPULSÓRIA

Fonte: ibracam.com.br

A auditoria obrigatória é talvez o tipo de auditoria ambiental que pode produzir


os resultados mais importantes e eficazes na proteção do meio ambiente.
Por meio da revisão ambiental obrigatória de certos projetos, foi estabelecido
um novo conceito de proteção ambiental, pois a principal função da auditoria ambien-
tal compulsória é avaliar as condições ambientais da empresa e fornecer aos empre-
sários subsídios e condições para que possam resolver o problema antes da solução
final, detectando problemas e evitando que se transformem em dívidas enormes pas-
sivos ambientais, que podem trazer altos custos ao balanço da empresa ou ao meio
ambiente.

34
A auditoria ambiental compulsória é aquela que é legalmente exigida pelo órgão
governamental, mediante lei. Para algumas pessoas, esta é uma experiência positiva
aos estados que o implementaram, como Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Ja-
neiro.
As auditorias ambientais compulsórias são reconhecidas por todos os setores
da sociedade devido ao seu potencial preventivo, pois requerem pessoal técnico es-
pecializado e bem treinados na área ambiental e auditores qualificados, podem con-
tribuir para a avaliação eficaz do status da empresa. Também revelam a possibilidade
de conter o defeito final na cadeia do sistema produtivo, ajudando a prevenir danos
futuros.
A principal motivação da auditoria ambiental compulsória é verificar o cumpri-
mento das leis e regulamentos de referência e, ao mesmo tempo, determinar oportu-
nidades para melhorar o ambiente de produção por meio do desenvolvimento de pla-
nos de ação ambientalmente corretos. Neste sentido, as auditorias ambientais obriga-
tórias foram integradas em instrumentos legais que apoiam as fiscalizações, licenças
ambientais e a principal implementação das ações propostas na Termos de Ajusta-
mento de Conduta. Quer sejam implementadas por órgãos ambientais ou pelo Minis-
tério Público, órgão fiscalizador.
À primeira vista, a implementação de auditorias ambientais nas organizações
pode parecer arbitrária, mas no curto ou médio prazo, a relação custo/benefício com-
provará que, em termos de danos ambientais que venham a ser descobertos, o custo
da causalidade, da responsabilidade administrativa e civil, mesmo sem prejuízo da
responsabilidade criminal por eventos lesivos, pode ser infinitamente elevado.
Uma vez que os relatórios de auditoria devem ser compilados, as auditorias
ambientais compulsórias também têm um significado particularmente importante, isto
é, pós-teste, para monitorar a evolução desses compromissos assumidos pela em-
presa tem facilitado as fiscalizações.
É importante reconsiderar a relevância de fornecer relatórios de auditoria am-
biental ao público para consulta, o relatório é utilizado como referência no ofício de
controle de gestão ambiental porque o relatório é elaborado por profissionais compe-
tentes e quase sempre por uma equipe independente de auditores com autonomia,
credibilidade e isenção.

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A realidade é que a postura dos órgãos ambientais no monitoramento de po-
tenciais poluidores ainda é tímida. Novamente, nenhum auditor profissional bem trei-
nado permanece no mercado justamente porque não há demanda por gestores em-
presariais, porque os auditores não têm o hábito de buscar auditorias voluntárias, e
isso acaba por se tornar prejudicial ao meio ambiente.
O que se verifica é que as empresas que investiram em trabalhos de divulgação
de resultados ambientais passaram a ganhar reputação perante o mercado, tornaram-
se referência para outras empresas, fortaleceram sua imagem perante acionistas e
representantes de instituições técnico-científicas, e melhores imagens, portanto, a
confiabilidade é maior.
Há boas perspectivas sobre a expansão da legislação envolvendo ou determi-
nando auditorias ambientais compulsórias em todo o país, incluindo títulos emitidos
por suas instituições em empresas com determinados riscos ou produtos. Por sua vez,
o estado conta com alguns serviços de assessorias particulares, mas, na maioria dos
casos, as universidades exigem auditorias ambientais independentes.
Não há dúvida de que a auditoria ambiental obrigatória é a ferramenta que me-
lhor representa a instrumentalização do princípio da precaução. Porém, de acordo
com os termos da nossa legislação vigente, sua aplicação acabará por produzir uma
questão importante de ordem constitucional, porque quando conflita diretamente com
as garantias básicas da constituição, acarretará um grande impasse, ou seja, a prote-
ção do meio ambiente, e a garantia de que nenhuma garantia pessoal ou jurídica em
seu prejuízo seja comprovada.
É claro que auditorias ambientais obrigatórias, sujeitas a supervisão adequada,
se tornarão um dos métodos mais eficazes, uma das aplicações práticas dos princí-
pios de proteção ambiental; Torne-se uma ferramenta prática e adequada para qual-
quer negócio, o resultado pode ser imediatamente avistado, a dois; Por se ter tornado
uma ferramenta de gestão ambiental de baixo custo, pode ser aplicada por qualquer
empresa com relação custo / benefício direta, tendo em vista seus resultados de pre-
venção, é muito atraente para as empresas, a três; a importância de proteger o meio
ambiente natural porque eles serão aplicados com precisão a indústria é considerada
a entidade com maior probabilidade de poluir o meio ambiente.
É importante haver discussões para considerar mudanças na legislação e con-
siderar a possibilidade de propor e divulgar os resultados da auditoria, por meio de

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seu relatório, sem que estes sejam levados em consideração para efeitos de incrimi-
nação das empresas que os produziram. A proposta é criar uma espécie de anistia
pelo menos por um período de tempo. Para algumas empresas, fornecer condições
para ajustar as não conformidades ambientais encontradas no relatório de auditoria
para incentivar uma nova cultura e cumprir legislação de forma voluntária. Seria difícil
empreender uma fiscalização a todas as empresas.
Porém, ao estimular a aplicação de auditorias ambientais, traremos benefícios
imensuráveis ao meio ambiente, que se tornarão importante instrumento, o que tem
nos beneficiado muito e proporcionado a oportunidade de praticar os princípios ambi-
entais.

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