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O PROCESSO DA CIÊNCIA

Para iniciarmos todo este trabalho, iremos constituir o marco inicial para os
futuros estudos a cerca da Psicologia Existencialista, destacando primeiramente os
processos das ciências e criando os alicerces que sustentaram não só a observação dos
fenômenos psicológicos, como a de qualquer Disciplina que queira trabalhar
cientificamente.
Para entendermos como ocorre o processo da ciência, com o decorrer do trabalho,
iremos responder as seguintes perguntas: como é trabalhar cientificamente? Qual a
diferença entre o fazer científico para os outros tipos de racionalidades? Será que a
ciência é um método confiável de conhecer a realidade? Vamos esclarecer tais dúvidas.
O primeiro passo para toda e qualquer ciência começa com a observação do
fenômeno, tal como ele ocorre, esclarecendo efetivamente o que está acontecendo. A
ciência tem como objetivo esclarecer as condições de possibilidades de certos
fenômenos acontecerem, para poder intervir em seu curso de evolução (extingui-lo),
controlá-lo, ou impedir que ele aconteça (prevenção).
Para o cientista é necessário demarcar o fenômeno para que possa ser trabalhado
dentro de sua disciplina, evitando problemas que não estejam relacionados com sua área
específica. Como por exemplo, na clínica psicoterapia, o cientista tem que averiguar
todas as variáveis que constituem uma dor de estômago, de modo a verificar se consta
ali um problema de ordem psicológica, não confundindo com uma gastrite ocasionada
por problemas orgânicos. Por isso se faz necessário verificar e constatar com clareza as
variáveis que constituem o fenômeno. Todo o processo de observação e verificação são
amparados pelo uso de instrumentos, adequados para cada caso. Esses instrumentos de
verificação variam de uma ciência para outra. Tais verificações não consistem apenas
em olhar e escutar implica no uso de instrumentos ou procedimentos que observarão ou
verificarão o que está ocorrendo. É isso que garante a precisão do fazer científico e o
controle dos resultados e das variáveis na intervenção de um fenômeno.
No entanto a ciência não possui instrumentos que abarcam todos os fenômenos
possíveis. Isso porque os instrumentos surgem conforme a necessidade de novos
estudos e conforme o surgimento de novos fenômenos. Dentro dessas objetivações é
que se constata que não é por um fato que se desmonta uma teoria. Lembra do
fenômeno Catarina? Pois é, um fato ocorrido no estado de Santa Catarina,
completamente novo, onde não foi possível predizer os resultados através dos
instrumentos que os meteorologistas possuíam no momento do evento. Sendo que o
fenômeno possuía uma teoria elaborada, mas não constava esclarecimento completo,
nem uma metodologia de intervenção do fato ocorrido.
Através deste exemplo dado acima sobre tal fenômeno, a investigação visa
esclarecer as condições de possibilidades do fato de ocorrência dos fenômenos. Isso está
implicado para toda a disciplina que exige trabalhar cientificamente.
Porém, devemos destacar que a ciência permite prever e predizer a evolução do
fenômeno, de modo que possamos nos precaver relativamente a ele.
É muito comum aparecer nos filmes de terror criaturas que são criadas ou
estudadas por uns sujeitos de jaleco branco. Um exemplo deles é o filme Arachnid, de
Jack Sholder, ele mostra a atitude de dois cientistas em uma ilha repleta de criaturas
estranhas. Um deles é um especialista em aracnídeos, em especial as aranhas, e o outro é
um médico, que tinha como objetivo descobrir qual era a fonte das doenças
desconhecidas que estava acometendo os moradores da ilha. Numa certa cena, o
pesquisador de aranhas pára diante de uma espécie jamais vista e captura-a. Ao utilizar
um instrumento de verificação, ele constata a inexistência de várias partes constituintes
da morfologia da aranha que até então eram vistas de ordem geral em todas as aranhas.
A partir deste momento ele está utilizando uma nova serie de leis que estão
relativamente ligadas ao processo de tal verificação. É um exemplo fantástico acerca da
investigação do fenômeno, pois ele não se perguntou “Da onde veio?!” ou “Por que esse
bicho esquisito está aqui?!”, a atitude científica não permite tais inquietações
metafísicas. Esse cientista que tem aberta a sua percepção tem a possibilidade de res-
specto = spectare, isto é, ver o que está ocorrendo de novo na realidade e ampliar o
conhecimento do real, pois é uma crença absurda acreditar que o saber científico de hoje
consegue abarcar todas as variantes de um fenômeno, quem não está aberto para o novo,
bem certo está numa cegueira paradigmática, atrasando o progresso da ciência.
A característica principal da ciência é o controle de resultados. Como por
exemplo, se um terapeuta prescreve uma medicação a base de Floral de Bach. Quais
seriam as garantias de fato de que o medicamento alteraria ou controlaria o problema
sofrido pelo paciente? Se o cientista não tiver um conhecimento seguro das variáveis
que constituem o fenômeno e suas determinantes, a possibilidade de um diagnóstico
preciso fica prejudicada, o que não é raro de se ocorrer. Se a verificação do fenômeno
não conter as variáveis que ocorrem de fato na realidade, a intervenção não terá poder
de alterar o fenômeno real.
Por isso que é no processo de observação que o cientista vai verificar e constatar o
que está ocorrendo (descrever e demarcar), para isto, ele vai estar amparado por um
suporte teórico, que vai revelar o fenômeno, podendo realizar de forma precisa uma
intervenção.
Intervenção científica também procede através de instrumentos, os quais visam
alterar e controlar o fenômeno. Dentro do fazer científico, como já foi dito, há o
controle dos resultados e a intervenção funciona justamente dessa forma, de modo que o
uso dos instrumentos pelo cientista atinja um resultado que esteja rigorosamente
demarcado. Fazer uma intervenção é realizar a execução de um plano, onde tal plano é
montado sobre a equação que esclarece o fenômeno que se quer intervir, o qual no final
irá resultar na crítica dos resultados. O cientista irá detalhar cada passo que deu, por que
ele escolheu tal passo e não outro, quais estratégias que usou, quais os instrumentos de
intervenção utilizou e assim por diante. Não podemos esquecer que em caso de
alterações no fenômeno, vai sempre ser possível haver críticas de resultado.
Caso ocorra algo de errado na intervenção, isto é, os resultados não conferirem
com as predições, o cientista irá ter que verificar em que parte que ele errou, se foi na
questão teórica ou metodológica, pois se ele não conseguiu alterar ou controlar o
fenômeno, então ele não tinha feito um estudo rigoroso das variáveis que o constituiam.
Qualquer fenômeno possui gênese, evolução e extinção, descrevendo o fenômeno
seriam verificar ocorrências, trabalhar com fenômenos já extintos.
Basicamente, atuar cientificamente é assim, exige um esforço e dedicação por
parte do pesquisador de verificar com clareza o que está ocorrendo na realidade e
buscar, através dos seus recursos possíveis, uma maneira eficaz de intervenção,
conhecendo melhor a natureza que nos cerca.
Introdução à teoria da Personalidade
Como se caracteriza uma personalidade? Como ela é constituída? De que jeito
percebemos a evolução de uma personalidade? Através de que ocorre a constituição dos
perfis-de-ser? Esses são alguns dos tópicos que devemos abordar nesta etapa do
trabalho, além das relações entre perfis de personalidade, experimentação do ser e o
principal que se trata das Leis Científicas.
Através das leis cientificas dos processos de objetivação dos sujeitos podemos
encontrar todas as respostas das perguntas referentes acima, as leis abordadas são as
seguintes: lei da objetivação, lei da onipresença, lei da intencionalidade, lei da
transparência, lei da irreflexão, lei da apropriação, lei da acumulação, lei dos perfis, lei
da totalização e a lei da demarcação.
A primeira questão a ser esclarecida é que a personalidade para psicologia
Existencialista é vista como transcendência, um ultrapassamento do simples
corpo/consciência. Sua constituição se dá numa objetividade sócio-histórica,
sociológica, material, especial, temporal e espacial, sendo que a personalidade é uma
totalidade psicofísica.
Para falarmos um pouco mais sobre o conceito de consciência, destacaremos a Lei
da Intencionalidade:

“toda consciência ocorre como consciência de (algo) e consciência de si”

À todos os momentos de nossa existência, temos consciência de alguma coisa,


sendo em nosso trabalho, na sala de aula, na rua, etc... Para descrever uma consciência,
constatamos que ela está voltada para um determinado objeto, ou seja, é direcionada
para um objeto que não é. Mas verificando como a consciência funciona, constatamos
que ela ocorre como sendo consciência de algo que ela não é. Verificando também que
aquilo que a consciência esta em relação não está na consciência - dentro dela - e sim
aparece para ela onde elas estão como, por exemplo: uma casa distante, ou um avião
voando, ou seja, fatos do nosso dia a dia, constatando que toda vez a partir de uma
verificação da consciência somos remetidos para fora dela, para aquilo em que ela se
encontra em relação.
Não podendo esquecer que a consciência ocorre transparente para si própria, pois
como observado na lei da transparência, verificando os acontecimentos da consciência,
ela é impossibilidade de esconder-se que era consciência de tal objeto, não dando de
ignorar enquanto ocorre, por exemplo.: não da pra ignorar que quando você esta
andando, você está tendo consciência de pessoa na rua, carros, lojas, árvores, ela acaba
por se ao mesmo tempo consciência do objeto.
Além dessas características da consciência, destacamos também que toda
consciência ocorre em ato (lei da contingência) e que toda consciência ocorrida em ato
ocorre irrefletida (lei da irreflexão). Na consciência não tem permanência, pois quando
você olha para um cachorro, você tem consciência dele e se você vira e olha uma casa, a
consciência de cachorro deixa de existir, pois consciência ocorre em ato. E ela é
irrefletida, pois ela não se tem como objeto enquanto ocorre, esta totalmente absorvida
no objeto de que é consciência.
Para falar da lei da unificação, temos que destacar a consciência como sendo
refletida, pois quando a consciência refletida passada e tem sua possibilidade em ser
objeto para outra(consciência) em ato ou irrefletida(isto é, não há consciência
substancial). Portanto quando a consciência refletida se unifica com as demais do
mesmo tipo por relação de identidade noemática. Quando uma consciência em ato ao
tomar como objeto uma relação passada, essa relação passada, em relação se junta
imediatamente com outras que guardam entre si relação identidade noemática.

A lei da unificação vai formando blocos de passado que acabam por se unificar,
levando ao que a lei dos perfis se refere, como sendo um conjunto de ocorrências
refletidas unificadas, por relação de identidade noemáticas constituindo um perfil-de-
ser.
Um personalidade é constituída de vários perfis-de-ser, sendo que cada perfil
está implicado em um sociológico correspondente, que representam as ocorrências
externas à personalidade. Essas ocorrências externas é que terão a força de atração e
a propriedade de mover o sujeito em direção às respectivas possibilidades de ser nas
situações concretas.

Como os perfis se constituem no movimento concreto do homem perante sua


objetividade na relação com as coisas e os outros, constata-se que uma personalidade é
sempre tecida em termos de ser aos outros e às coisas. A formação de perfis nos leva ao
cogito, que é o próprio núcleo da personalidade: o saber-de-ser (totalização de saberes-
de-ser).
Sendo a personalidade constituída de um núcleo de forças, constituída através do
seu movimento concreto singular, essas forças irão mover o sujeito em direções de
desejo-de-ser e é importante, para um observador experimental, verificar se aquilo que
o sujeito se experimenta sendo atraído, cabe no contexto sociológico e na congruência
da totalidade de perfis no qual ele se constituiu.
O sujeito só tem possibilidades de ser sujeito tendo em vista sua dimensão
transfenomênica de ser sujeito: consciência. Não podendo negar que o saber-de-ser é
pessoal, um acontecimento no sujeito, sendo que no mesmo instante em que o noema é
a objetividade tendo função no sujeito.
A personalidade é constituída e constitutiva (fazendo parte de) do ser do homem,
não é dada a priori, mas é constituída regularmente no percurso da existência.
Verificando o conjunto de ocorrências, sendo que tal personalidade é uma relação(por
ser corpo/consciência) com os outros. Sendo que tal personalidade é constituída e
ocorre independente da vontade, isto é, não se tornando uma escolha, ninguém
escolhendo ser ou não ser uma personalidade.
Para resumir tudo o que foi falado anteriormente sobre a teoria da personalidade,
podemos dividir em cinco tópicas que nos ajudam a compreender de uma forma
abrangente
todo este processo:

1) Ocorre no homem uma evolução regular (no sentido de regularidade estatística)


que o leva a constituir uma personalidade.

2) Não temos como escolher ser ou não ser uma personalidade, as ocorrências
humanas evoluem para isso.

A personalidade não é dada a priori, ela é constituída regularmente por toda


nossa vida. E através da acumulação de todos os nossos saberes de ser que formamos
a nossa personalidade.

3) O núcleo da personalidade é o COGITO. É o pensamento de um individuo


isolado, e abstraindo (retirando) do concreto (experiências vividas) que formamos
acumulativamente o COGITO. Fora do concreto não existe possibilidade de abstrair.
LATIN = ERGO SUN = Penso, logo existo.
Verdade firme e assegurada, de que não se pode ter duvidas; é inabalável.

4) O saber de ser é reconhecido (evidenciado) através da consciência refletida. A


consciência refletida é o presente, aquilo que vivemos aqui e agora. Toda consciência
refletida torna-se irrefletida, pois vai para o passado ou torna-se saber de ser.
Toda consciência refletida é em ato aqui e agora.

5) Sem a Lei da apropriação não existe a possibilidade da formação do eu. Todas


as nossas ações se convertem em saber de ser (através dos processos de apropriação que
ocorrem na consciência). Toda consciência em ato é irrefletida para ela mesma.
Ela toma outra consciência (do passado) como objeto.
Imaginário
Como já sabemos os saberes-de-ser vão se agrupando com outros que tenham
relação de identidade noemática e formando os cogitos parciais, ou seja, perfis da
personalidade. O conjunto destes perfis vai se totalizando e formando o núcleo de forças
do sujeito. Pode-se dizer que este núcleo de forças é o que dá movimento a
personalidade do sujeito.
É a relação do cogito pessoal com as variadas situações mundanas que impõe ao
sujeito a certeza dele ser quem ele é e as suas possibilidades de ser. Possibilidades estas
que não são ainda, porque são apenas possibilidades e são designadas pelo imaginário.
É importante deixar claro que o imaginário ou campo de possibilidades é uma
propriedade da realidade objetiva.
Como havíamos dito antes, a relação do cogito pessoal com as situações concretas
diversas ocorre no domínio antropológico, no domínio dos fenômenos. É nessas
situações concretas que se encontra sujeito afetando objetos e objetos afetando sujeito.
Ou seja, tudo está ligado a tudo e em constante movimento.
Este mundo concreto, objetivo é formado pelo real com massa (coisa) e pelo real
sem massa (imaginário) que é nadificado pela consciência. A relação entre o absoluto de
objetividade e o absoluto de subjetividade tem propriedade de afetar o sujeito em seu
ser. Essa relação é o que transforma a coisa em objeto para uma consciência.
Essa propriedade de afetar o sujeito é decorrente de função noemática. É o
imaginário (real sem massa, virtual) que faz a ligação de forças entre nós e as coisas,
forças de repulsão ou de atração para as possibilidades de ser.
O imaginário geral de uma época se constitui a partir do conjunto das funções
noemáticas. Esse imaginário geral é a possibilidade de ser de uma época e é recortado
por povos distintos e constitui assim as diversas culturas. O imaginário que demarca
essas culturas vai sendo recortado por sociológicos regionais que constituem o
imaginário regional. Este por sua vez vai se afunilando sucessivamente através de
recortes distintos de regiões especificas, depois recortes de famílias, grupos e finalmente
recortado por sujeitos singulares, o que vai resultar no imaginário pessoal. É preciso
lembrar que estes recortes do imaginário constituem os diferentes saberes-de-ser, que se
objetivam nas diferentes dinâmicas de ser. Por exemplo, o modelo do funil:
fig.1

Por essa razão não se pode dizer que uma personalidade é um individuo isolado,
nunca o imaginário de uma pessoa é puramente singular, pois o imaginário pessoal se
constitui nas dinâmicas do sociológico onde a pessoa está inserida, ou seja, através do
imaginário universal. Sendo assim, o imaginário de uma pessoa é sempre um
singular/universal. O imaginário é mais uma possibilidade de ser de sociológicos
sucessivos, até o imaginário geral de uma época (imaginário mais concreto).
O cógito é o que movimenta o dinamismo psicofísico de ser do sujeito. Deste
modo não há psicológico sem imaginário. Mas como se constitui o psicológico através
do imaginário?
Já que o imaginário pessoal é o campo de possibilidades de ser do sujeito, quando
o sujeito caminha para uma dessas possibilidades ele se elege e isso ganha força
psicofísica. Essa força psicofísica é decorrente do cógito e tem suas determinantes no
sociológico. Então, é através da relação do imaginário universal com o imaginário
singular que o psicológico se constitui. Dentro da objetividade de acontecimentos
concretos e sócio-históricos. Uma vez constituído, o psicológico ganha inércia própria e
se não houver potencializações sócio-históricas tende a extinção.
O sociológico então, é um sistema de forças sócio-psicológicas que implica coisas
e pessoas e esta relação, este sistema é energizado pelo imaginário. Essas pessoas e
coisas tornam-se componentes de um universo demarcável e detectável e cada um
desses componentes é dotado de força psíquica.
Se é, então, o imaginário que energiza o sistema de forças sócio-psicológicas que
articula pessoas e coisas num universo especifico, pode se afirmar que este imaginário
se arma na relação frente a frente com o outro. Na relação de expectativas nossas que
alcançam o outro e do outro que nos alcançam. É dentro desta atmosfera que se arma o
campo de possibilidades, campo virtual (imaginário / real sem massa), dentro do qual
nos movemos e nos elegemos.
No entanto, quando ocorre essa relação eu – outro, sempre se detecta as coisas
com suas funções noemáticas. Esta não é uma relação pura, pois o outro é sempre
alcançado em sua situação sócio-histórico-material. Por esta razão, não se pode dizer
que é o outro que nos afeta diretamente, mas sim o outro através daquilo que ele faz
com as coisas, das suas ações em relação a essas coisas, e da propriedade que elas
dotam de nos afetarem nosso ser.
Então pode-se explicar da seguinte maneira: as ações do outro provocam uma
alteração no campo de forças do sujeito e,consequentemente, atingem o seu imaginário
alterando o seu jogo de forças sócio-psicológicas. A partir disso, é gerado um conjunto
de ações na materialidade que acabam por engendrar outro imaginário e outro campo de
forças. Isso fará com que se imponha ao sujeito um novo campo de possibilidades.
Portanto, é dentro desta engrenagem que o sociológico afeta as forças psíquicas de
um sujeito, jogando este em um novo campo de possibilidades de ser, ou seja, alterando
o seu imaginário. Esta engrenagem por sua vez, funciona na materialidade, no mundo
concreto, o que significa que é uma via de mão dupla. Da mesma forma que o
sociológico afeta o imaginário pessoal, este afeta o sociológico, transformando o
imaginário universal.

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