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Tecnologia dos Vidros

Nome: Gabriela Bugni Ribeiro RA: 744383

Aula 8 – Viscosidade

Vidros possuem uma variação muito grande de viscosidade. Viscosidade é a propriedade que mede a
resistência de um fluido ao deslizamento (modificação geométrica). A sinterização das cerâmicas
também depende dessa propriedade, visto que cerca de 90% são sinterizadas em presença de fase
líquida, uma fase líquida viscosa que não permite a deformação do objeto em certas temperaturas e
auxilia na velocidade do transporte de massa. Nos vidros essa propriedade interfere na fusão, no
refino, no recozimento e na conformação.

Como a viscosidade pode variar cerca de 12 ordens de grandeza, há alguns pontos de referência
onde relacionam uma designação com uma viscosidade ideal. existem equipamentos específicos
para medir faixas de viscosidade específicas.

3 grandes divisórios da viscosidade. O primeiro é a faixa de fusão, o segundo é o processamento e


conformação e o terceiro é o alívio das tensões.

Como geralmente os artigos de vidros possuem geometrias e espessuras não uniformes, alguns
lugares resfriam mais rapidamente que outros o que fornece a peça estruturas internas diferentes e
consequentemente tensões residuais por essa diferença de resfriamento. Essas tensões fragilizam o
artigo e precisam ser removidas para aumentar a vida útil do mesmo (esse processo se chama
recozimento).

Uma equação de Arrhenius foi proposta para descrever a viscosidade, mas esta funciona apenas
para 2 vidros (SiO2 e GeO2). O restante dos vidros não são Arrhenianos. O modelo de Vogel Fulcher
Tamman descreve melhor a curva da viscosidade - e é log η = A + (B/ T-T0), sendo T0 a temperatura
na qual a viscosidade tente ao infinito.

Os elementos formadores que possuem um comportamento Arrheniano formam tetraedros


tridimensionais com uma ligação muito forte entre eles. Se começar a destruir essa rede
tridimensional (com a adição de modificadores) o comportamento do fluido não será mais
arrheniano, podendo facilitar a conformação de produtos.

A viscosidade diminui com o aumento de terror de álcalis porém essa relação não é linear, ou
seja, pequenas adições iniciais têm maior influência na viscosidade que em grandes quantidades
pré-existentes. Para a sílica, a água é capaz de diminuir muito mais a viscosidade do que o sódio,
ela consegue quebrar essa rede com mais facilidade. Quanto maior o raio do agente
modificador, em comparação com o formador mais ele diminuirá a viscosidade do fluido.

O efeito álcali mixto diz que ao misturar 2 álcalis em um determinado vidro as propriedades
terão um mínimo em cerca de 50% dessa mistura. A teoria mais aceita é que essa relação tem a
ver com a entropia configuracional da mistura desses íons. Os alcalinos terrosos tem
característica de que em altas temperaturas a adição desses íons vai abaixar mais a viscosidade
e em baixas temperaturas vai aumentá-la.

A reação da adição dos elementos intermediários vai depender da função em que ele vai ocupar
na mistura. Se ele entrar como formador ele irá aumentar a viscosidade, se ele entrar como
modificador vai diminuir a viscosidade (ou ele quebra a rede ou vai reconstrui-la).

Dependendo do método da conformação as viscosidades devem ser diferentes, por exemplo,


para a produção de uma fibra este vidro deve variar sua viscosidade rapidamente para que não
haja mudança no formato da fibra, para artigos conformados via sopro a viscosidade do fluido
deve variar lentamente com a temperatura.

Vidros STRONG e FRAGILE: Strong são vidros com rede bem conectada com mínima variação
estrutural (Arrhenianos) e os vidros Fragile tem elevada energia de ativação (resistência ao
fluxo) próximo a Tg e diminui com o aumento da temperatura.
São necessários 3 equipamentos distintos para se medir uma curva completa de viscosidade. Cada
um responsável por uma faixa.

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