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REGULAMENTO

INTERNO
DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE ÁLCOOL,
ESTUPEFACIENTES, PSICOTRÓPICOS E
SUBSTÂNCIAS ANÁLOGAS NAS INSTALAÇÕES
DOS HOTÉIS DHM
Regulamento Interno de Prevenção e
controlo de álcool, estupefacientes,
psicotrópicos e substâncias análogas
nas instalações dos Hotéis DHM
1. Enquadramento Geral
O consumo de álcool, drogas ou outra substância psicoativa é uma
preocupação global e constitui um grave problema de saúde pública,
alterando as capacidades naturais do indivíduo. Estas substâncias
interferem diretamente nas capacidades cognitiva, física e psicológica do
colaborador, podendo levar à disfunção ou concorrer para a perturbação
do sistema homem/máquina ou homem/condições materiais do trabalho,
incluindo a organização e segurança, contribuindo para a degradação
da saúde do colaborador, diminuição da produtividade e aumento do
absentismo.
No seu campo de ação, devem as empresas assumir uma atitude proactiva,
no sentido de sensibilizar os seus colaboradores para os malefícios da
ingestão de álcool e do consumo de substâncias toxicológicas, quer na
perspetiva profissional, quer na familiar e pessoal, no sentido de melhorar
a segurança e salvaguarda de pessoas e bens.
No âmbito da Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, o presente
Regulamento tem como finalidade prioritária a prevenção e redução
de riscos de acidente de trabalho, garantir a proteção e segurança de
pessoas e bens e contribuir para a melhoria das condições de saúde,
conforme previsto no artº 281º e segs. do Código do Trabalho e na respetiva
regulamentação bem como na Lei nº 102/2009, de 14 de Setembro (na sua
redação atualizada).
Este Regulamento fixa os termos a que deve obedecer a prevenção e
controlo do consumo de bebidas alcoólicas (alcoolemia) e de substâncias
estupefacientes e psicotrópicas (toxicologia) na organização, e
ainda o modo como os colaboradores das empresas do grupo DHM,
independentemente do tipo de vínculo, podem ser submetidos ao respetivo
controlo.
Este enquadramento pode, ainda e com as devidas adaptações, abranger
trabalhadores de entidades prestadoras de serviços sempre que as
mesmas estejam envolvidas em atividades de elevado risco nas instalações
dos Hotéis da DHM, designadamente na operação e manutenção de
equipamentos industriais, o que decorrerá de previsão contratual
contemplada no respetivo contrato de prestação de serviços.
As características específicas das atividades desenvolvidas pela empresa
determinam que os seus colaboradores desempenhem o seu trabalho
no mesmo espaço físico, e exige aos mesmos um elevado nível de
responsabilidade, concentração e atenção na realização das suas tarefas
profissionais.

REGULAMENTO INTERNO 2
Atenta a finalidade e os riscos específicos adjacentes às atividades
desenvolvidas pelos colaboradores, a empresa deve salvaguardar o
cumprimento de regras de segurança e saúde no trabalho.
As circunstâncias acima referidas justificam o zelo e a atenção
permanentes dos colaboradores da DHM, como forma de redução dos
fatores de risco e acidente, quer próprios, quer relativamente a outros
colaboradores, quer relativamente aos clientes, inerentes à sua função,
justificando, por isso, o respeito escrupuloso pelas regras de segurança e
saúde no trabalho.
Eventuais erros, falhas ou faltas de atenção e concentração por parte dos
colaboradores, podem implicar sérios riscos para a integridade física e
saúde não só dos próprios, mas também dos demais colaboradores da
empresa.
A situação atrás referida pode, também, envolver trabalhadores de
prestadores externos de serviços que exerçam atividades de elevado risco,
o que justifica a extensão deste regime, com as devidas e necessárias
adaptações, mediante a respetiva previsão contratual.
Assim, e atendendo às particulares exigências das atividades em apreço,
entende-se imprescindível e prioritário garantir que, nas instalações
da sociedade bem como no exterior, em deslocação em serviço e/ou
em demais situações de utilização autorizada em viaturas automóveis,
os colaboradores se apresentem e se mantenham permanentemente
aptos para o exercício das suas funções e/ou condução de viaturas
automóveis quando aplicável, no pleno uso das suas faculdades físicas e
mentais, devendo, sempre que necessário, recorrer aos exames médicos
considerados convenientes.
Para atingir um patamar mínimo de segurança de pessoas e bens,
entendeu a DHM ser pertinente o recurso a testes periódicos de deteção
de estupefacientes, substâncias psicotrópicas e de alcoolémia, junto dos
colaboradores que, pelas suas funções, podem interferir ou aumentar o
risco de acidente, visando prevenir as graves consequências que podem
resultar do trabalho prestado por colaboradores sob a influência das
mencionadas substâncias, durante o trabalho ou até fora do período
normal de trabalho, designadamente na utilização autorizada de viaturas
automóveis.
No elenco dos efeitos negativos, constam, nomeadamente, a diminuição das
aptidões sensoriomotoras, com reflexos no tempo de reação, motricidade,
visão e execução de tarefas de vigilância, a que acrescem alterações
psicológicas que geram irritabilidade e agressividade, perturbando,
tendencialmente, as relações laborais entre colaboradores e superiores
hierárquicos, bem como uma subsequente quebra na eficiência no âmbito
da prestação de trabalho e consequente agravamento injustificado do nível
de risco associado.
Importa, ainda, salientar que sendo vedado o consumo de bebidas
alcoólicas e de substâncias psicotrópicas quer nas instalações
das empresas da DHM quer quando na operação e manutenção de
equipamentos e na condução das viaturas automóveis, a violação do

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disposto neste Regulamento constitui ilícito disciplinar, passível de
procedimento e de aplicação de sanção disciplinar, sem prejuízo do
eventual enquadramento penal a que haja lugar.
Face ao exposto, nos termos e ao abrigo das disposições conjugadas do
n.º 1 do artigo 19.º, dos artigos 98º e 99º e dos artigos 281.º e seguintes do
Código do Trabalho, a DHM procedeu à elaboração e aprovação do presente
Regulamento Interno de Estupefacientes, Substâncias Psicotrópicas e de
Alcoolémia.

2. Enquadramento Legal
A prevenção de riscos profissionais tem sede na Lei nº 102/2009, de 10 de
Setembro - Regime Jurídico da Segurança e Saúde do Trabalho, a qual
veio a ser objeto de alterações pelas Lei nº 42/2012, de 28 de Agosto e
pela Lei nº 3/2014, de 28 de Janeiro, a qual estabelece que a prevenção
deve assentar numa correta e permanente avaliação de riscos e ser
desenvolvida segundo princípios, políticas, normas e programas que visem,
nomeadamente, a promoção e a vigilância da saúde do/a colaborador/a
e o incremento da investigação técnica e científica aplicadas no domínio
da segurança e da saúde no trabalho, em particular no que se refere à
emergência de novos fatores de risco (artigo 5.º).
Constitui, ainda, obrigação geral do empregador “assegurar ao colaborador
condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho”
(artigo 15.º), devendo zelar, de forma continuada e permanente, pelo
exercício da atividade em condições de segurança e de saúde para
o colaborador, identificando todos os riscos previsíveis em todas as
atividades da organização; deve, ainda atenuar o trabalho monótono e o
trabalho repetitivo e reduzir os riscos psicossociais.
A vigilância da saúde dos colaboradores é igualmente uma obrigação
geral do empregador que, nos termos da legislação em vigor, deve
ser assegurada em função dos riscos a que o colaborador estiver
potencialmente exposto no local de trabalho, devendo o empregador para o
efeito vigiar as condições de trabalho e minimizar os riscos associados.
A realização dos exames médicos encontra-se devidamente tipificada
na legislação - exame de admissão, exames ocasionais e exames
complementares - sendo o seu objetivo “ verificar a aptidão física e psíquica
do colaborador para o exercício da sua profissão, bem como a repercussão
do trabalho e das suas condições na saúde do colaborador” (artigo 108.º),
referindo no seu artigo 107.º, muito explicitamente, que a responsabilidade
técnica da vigilância da saúde cabe ao médico do trabalho.
Os dados recolhidos a partir dos exames médicos devem constar de ficha
clínica do colaborador, sendo que esta ficha encontra-se sujeita ao segredo
profissional do médico.
O resultado destes exames deve dar lugar ao preenchimento de uma
ficha de aptidão, não podendo a mesma incluir dados sujeitos a segredo
profissional.

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Isto faz com que cada complexo fabril tenha um posto médico devidamente
equipado, contando com a presença do médico de trabalho e/ou a
existência de enfermeiros do trabalho e/ou médicos contratados de outras
especialidades (que constituem os à frente designados Serviços Médicos).
A análise da quantidade de álcool ou de outra substância psicoativa no
sangue resulta da recolha de um dado biológico do colaborador com o
objetivo de estabelecer a capacidade ou a incapacidade para o trabalho.
Assim, o objetivo deste exame é determinar a aptidão para o trabalho,
sendo que a definição de tal aptidão ou inadaptação apenas pode ser da
responsabilidade dos Serviços Médicos.
Estamos, pois, na presença de um dado biométrico, cuja recolha está
prevista no artigo 18.º do Código de Trabalho e que tem efeitos na reserva
de intimidade da vida privada do colaborador, encontrando-se disposto
na legislação a obrigatoriedade de notificação à Comissão Nacional de
Proteção de Dados (CNPD).
Significa isto que a recolha e o tratamento de dados na realização de
exames ou testes de despistagem da alcoolémia enquadram-se nas
definições da Lei sobre a Proteção de Dados Pessoais (artigo 2.° e artigo 7.°
da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro), pelo que o seu tratamento é objeto de
autorização pela CNPD.
Deve ser assegurado o sigilo profissional e a garantia da confidencialidade
das informações, o que significa que os Serviços Médicos, na sequência
de exames devem fazer uma avaliação se o colaborador está apto ou não
apto para desempenhar as suas funções, preenchendo a ficha médica de
aptidão, como está determinado.
Compromete-se o Grupo DHM, a fazer contraprova em estabelecimento
de saúde ou laboratório que seja indicado pelo Instituto Nacional de
Saúde Ricardo Jorge, garantindo a confidencialidade do mesmo e dos
seus resultados, não advindo daí qualquer encargo económico para o
colaborador.

3. Âmbito de aplicação
3.1. O presente Regulamento aplica-se a todos os trabalhadores do Grupo
DHM na execução de atividades de risco nele identificadas e na
condução e utilização de viaturas automóveis da empresa.
3.2. Recorrendo ao mecanismo da extensão contratual, as disposições
deste Regulamento são, ainda, aplicáveis a trabalhadores de
prestadores externos de serviços quando se encontrem a executar
atividades de risco nas instalações dos Hotéis DHM.
3.3. A obrigatoriedade da sujeição dos trabalhadores aos testes e exames
não se pode revelar como abusiva, discriminatória ou arbitrária,
caracterizando-se por total isenção e idoneidade técnica.
3.4. A sua realização apenas pode ocorrer sob solicitação e/ou
responsabilidade dos Serviços Médicos (artigo 107.º, artigo 108.º -nºs 1

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e 2 e artigo 103.º da Lei n.º 102/2009, na sua redação atualizada).
3.5. A identificação dos trabalhadores a submeter a testes e exames tem
subjacente um critério objetivo de escolha no âmbito do universo de
colaboradores, ou do colaborador, que determina a necessidade de
submissão a teste, v.g. em função da distribuição dos riscos, a cada
momento, existentes no local de trabalho, ou pela perigosidade da
atividade desenvolvida pelo colaborador.
3.6. Poderão ser submetidos a testes de deteção de estupefacientes,
substâncias psicotrópicas ou de alcoolémia (doravante designados
por Testes), todos os colaboradores da DHM cuja área de atividade
profissional seja, direta ou indiretamente, suscetível de colocar em
perigo a sua integridade física, a integridade física de terceiros, ou
quando a natureza do respetivo posto de trabalho exija perícia.
3.6.1 Funções que pressuponham a condução ou manutenção de
máquinas (fixas ou móveis) ou equipamentos, que pela sua
natureza ou funcionamento possam representar uma fonte de
perigo.
3.6.2 Funções que pressuponham trabalhos, que não sejam ao nível
do solo ou que impliquem contactos com líquidos sobre pressão
ou equipamentos com temperaturas elevadas.
3.6.3 Funções não incluídas nos números anteriores, mas em que o
seu exercício possa colocar o respetivo profissional, terceiros
ou equipamentos, em risco acrescido.
3.6.4 Trabalhadores que utilizem e conduzam viaturas automóveis
da empresa ou por esta contratadas.

3.7. Serão sorteados, diariamente, um número de colaboradores dos


seus complexos fabris, cuja atividade profissional seja suscetível de
colocar em perigo a sua integridade física, a integridade física de
terceiros ou quando a natureza do respetivo posto de trabalho exija
elevada perícia. O sorteio será efetuado através de métodos que
assegurem a aleatoriedade do procedimento, para a realização dos
referidos Testes, sendo a concretização destes da responsabilidade
dos Serviços Médicos;
3.8. Poderão, ainda, a título excecional, ser submetidos aos Testes todos os
colaboradores que:
a) iniciem atividades consideradas de risco elevado e com
impacto imediato nas instalações, designadamente operações
gerais de manutenção;
b) estejam integrados nos processos de auditoria interna;
c) por manifesta suspeita de estarem sob o efeito de
estupefacientes e de substâncias psicotrópicas ou que
apresentem fortes indícios de embriaguez, for requerida a
sua realização. Poderão requerer estes Testes, a chefia do
colaborador, um elemento da equipa de HST, ou um elemento
dos Serviços Médicos.
3.9. Serão, ainda, testados, todos os colaboradores que voluntariamente o
solicitem.

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3.10. Serão, sempre, submetidos aos Testes, todos os colaboradores
envolvidos em acidentes de trabalho, cujos danos sofridos não
impossibilitem a realização dos mesmos.
3.11. Para efeitos deste regulamento, os colaboradores que, por receita
médica, estejam a utilizar medicação que possa influenciar o
resultado do controlo, deverão informar este facto ao Médico do
Trabalho.
3.12. As presentes disposições aplicam-se, ainda e com as necessárias
adaptações, por extensão contratual, aos trabalhadores de
prestadores de serviços externos de qualquer unidade do grupo DHM
que se encontrem envolvidos em atividades de risco nas instalações
das empresas.

4. Competência para a realização dos


exames
4.1. Os Testes serão realizados pelos profissionais de saúde sujeitos ao
dever de sigilo profissional, recorrendo a meios e equipamentos
técnicos adequados, procedendo ao registo do resultado na respetiva
ficha médica.
4.2. Os Testes serão realizados em condições de privacidade, de forma
discreta e na ausência de pessoas estranhas ao serviço, nos postos
médicos de cada unidade industrial, constando de sopro e recolha de
saliva.
4.3. Os Testes quando envolvam trabalhadores em funções de condução
de viaturas automóveis da empresa ou por esta contratadas,
poderão ser realizados nos locais em que estas, a cada momento, se
encontrem a ser utilizadas.
4.4. A informação de saúde é de acesso restrito aos profissionais de
saúde, sendo os exames e o sigilo garantido nos mesmos termos e
graus que são feitos nos hospitais públicos. A informação de saúde,
na qual se incluem os resultados dos testes, em caso algum poderá
ser comunicada ao empregador, apenas sendo dado conhecimento
do estado de aptidão do colaborador em termos de apto, não apto ou,
ainda, apto com restrições, sendo enumeradas as restrições.

5. Realização dos Testes


5.1. Os equipamentos a utilizar em qualquer um dos Testes em referência
terão de ser legalmente aprovados e utilizados pelas autoridades
competentes, sendo a validade dos mesmos aferida periodicamente.
5.2. A determinação da taxa de álcool no sangue é efetuada por meio de
analisador quantitativo do ar expirado, de modelo aprovado.
5.3. A determinação da presença de estupefacientes é efetuada por meio
de teste da saliva.

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5.4. Para além dos métodos identificados nos números precedentes, os
exames poderão também ser efetuados com o recurso a métodos
biológicos, através da recolha de sangue e urina, os quais servirão
para a determinação imediata da taxa de álcool no sangue ou
consumo de psicotrópicos, dispensando o analisador quantitativo do
ar expirado, realização de contraprova e determinação imediata da
presença de estupefacientes.
5.5. O resultado da contraprova prevalecerá sobre o resultado do Teste
inicial.
5.6. Será preenchido um Boletim de Controlo de Aptidão para o Trabalho
(em anexo) para o registo dos resultados, sendo este assinado pelo
colaborador, onde consta a data e hora do mesmo resultado obtido.
Este boletim é confidencial, estando o seu acesso restrito ao pessoal
de saúde. O boletim é submetido à responsabilidade do médico do
trabalho e é entregue uma cópia ao próprio colaborador.
5.7. Todos os colaboradores têm o direito à recusa do teste, desde que
devidamente justificada em motivos objetivamente atendíveis, caso
contrário, o colaborador incorre na violação do dever de obediência,
devendo o facto ser participado ao superior hierárquico do mesmo.
5.8. Ocorrendo uma recusa injustificada em ser submetido a Testes, o
colaborador será proibido do acesso às instalações ou suspenso da
prestação do trabalho. Em caso de condução de viaturas automóveis,
fica inibido de prosseguir a marcha com a viatura sob pena de grave
ilícito disciplinar e sem prejuízo do enquadramento penal que se
venha a justificar.
5.9. Na realização dos Testes, poderá ser requerido pelo colaborador
ou pelo profissional de saúde, uma testemunha, pelo que esta se
encontra, também, obrigada ao dever de sigilo.
5.10. A adulteração fraudulenta do teste, bem como a sua tentativa, e a
condução sob o efeito do álcool ou do consumo de estupefacientes
de viaturas automóveis da empresa ou por esta contratadas, será
punível disciplinarmente, sendo enquadrável como uma infração
disciplinar de extrema gravidade passível de procedimento
disciplinar, nos termos dos artigos 328º e seguintes do Código do
Trabalho.

6. Testes de resultado positivo


6.1. Para efeitos do presente regulamento o teste de alcoolémia será
considerado positivo, e o colaborador considerado sobre a influência
de álcool, quando a taxa de álcool no sangue detetada seja igual
ou superior a 0.20g/l para colaboradores cuja atividade incide na
condução de veículos pesados, trabalho em altura e trabalho com
produtos perigosos, e de igual ou superior a 0.50g/l para as restantes
atividades, sendo estes os limites mínimos atualmente previstos no
Código da Estrada, ou aqueles que venham a ser por este aprovados.

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6.2. A DHM poderá vir a adotar uma política de taxa zero, no que se refere à
presença de álcool no sangue, nas atividades de risco mais elevado.
6.3. Considera-se resultado positivo a presença de estupefacientes no
organismo.

7. Contraprova
7.1. Sempre que o resultado dos Testes seja positivo, pode o colaborador
requerer que seja efetuada uma contraprova, desde que tal
solicitação seja efetuada imediatamente após o conhecimento do
resultado do Teste.
7.2. A contraprova será efetuada em estabelecimento de saúde ou
laboratório que seja indicado pelo colaborador, desde que este se
encontre também indicado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo
Jorge.
7.3. Os encargos resultantes da contraprova serão suportados pela DHM.

8. Consequências
8.1. Concluído o exame, o responsável pela sua realização, informará
o superior hierárquico do colaborador das suas condições para a
prestação de serviço, informando apenas a aptidão do colaborador
(apto, inapto ou apto com restrições, evidenciando as restrições a ter
em conta).
8.2. Em todos os casos cujo resultado dos Testes se revele positivo, sendo
o colaborador considerado inapto para o trabalho, será o mesmo
colocado a recato, até final do seu período normal de trabalho, por
forma a não provocar ou ser vítima de qualquer acidente, devendo a
DHM assegurar o seu transporte, em segurança, até à sua residência,
ou outro local por ele indicado. Deverá, ainda, o colaborador,
apresentar-se ao Médico do Trabalho no dia útil de trabalho seguinte
à ocorrência, de modo a ser observado e alertado para os riscos de
saúde e segurança em que incorreu.
8.3. Nas situações que envolvam a condução de viaturas, revelando-se o
Teste positivo, o colaborador fica imediatamente inibido de condução,
devendo assegurar que a viatura fique em local seguro e devidamente
resguardado recorrendo, para esse efeito, ao auxílio de recursos da
empresa ou por esta contratados.
8.4. A ocorrência de resultados positivos implicará a respetiva
comunicação à Direção com responsabilidade funcional sobre
os recursos humanos, por forma a que proporcione o devido
enquadramento legal e proceda disciplinarmente sempre que tal se
justifique.

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8.5. Em todos os casos cujo resultado dos Testes se revele negativo, os
colaboradores retomarão normalmente a prestação de trabalho.
8.6. Para todos os efeitos previstos no presente Regulamento, considerar-
se-á como tendo consumido álcool/ substância psicotrópica o
trabalhador cujo teste de controlo realizado no âmbito da Medicina do
Trabalho o considere inapto para a prestação da sua atividade.
8.7. Nos casos em que os Testes envolvam trabalhadores de prestadores
externos de serviços, os respetivos resultados serão imediatamente
transmitidos aos respetivos empregadores, observando as
imposições e limites em matéria de sigilo.
8.8. O incumprimento de quaisquer deveres ou obrigações decorrentes
deste regulamento será considerado para todos os efeitos como
desobediência a ordens ou instruções legítimas da entidade
empregadora.

9. Tratamento e reabilitação
9.1. O tratamento e reabilitação só poderão processar-se mediante a
aceitação voluntária do colaborador, no respeito pela liberdade
pessoal, não podendo ser imposto, designadamente por recurso a
qualquer forma de coação.
9.2. Os problemas relacionados com o consumo de álcool, ou substâncias
psicoativas, são considerados como problemas de saúde e serão
entendidos como uma doença e tratados como tal no que respeita
à incapacidade temporária, subsídio de doença e outros benefícios
socias, especialmente nos períodos em que o colaborador se encontra
em tratamento.
9.3. Todas as informações relativas ao processo de reabilitação e
tratamento deverão manter-se estritamente confidenciais.

10. Prazo de conservação dos resultados


10.1. Os resultados obtidos deverão ser conservados durante o período
necessário para a prossecução das finalidades da recolha ou do
tratamento posterior conforme disposto na alínea e) do n.º 1 do
artigo 5º da Lei 67/98. Neste sentido, atenta a sensibilidade dos
dados pessoais objeto de tratamento, fixa-se o prazo máximo de
conservação da informação em um ano (doze meses). Nas situações
de existência de processo judicial, nomeadamente decorrente de
acidente de trabalho ou doença profissional, a informação pode
ser conservada para além daquele prazo, enquanto se mostrar
necessária, designadamente para comprovação da situação de
doença.

REGULAMENTO INTERNO 10
11. Sessões de Informação, Sensibilização
e Formação
11.1. A DHM promoverá, periodicamente, em colaboração com a área de
Segurança e Saúde no Trabalho, ou outra entidade especializada,
sessões de esclarecimento e sensibilização sobre os malefícios do
trabalho sob influência de estupefacientes, substâncias psicotrópicas
ou bebidas alcoólicas, dirigidas a todos os seus colaboradores.
11.2. As sessões de esclarecimento e sensibilização serão efetuadas de
acordo com um plano a definir, anualmente, pela Direção de Gestão de
Pessoas.

12. Outras disposições


12.1. Salvo em situações excepcionais, prévia e superiormente autorizadas,
não é permitida a entrada, venda, posse ou consumo de quaisquer
bebidas alcoólicas nas instalações das Empresas do grupo DHM, quer
para consumo próprio, quer para consumo de outrem, incluindo nos
locais de refeição, nas salas de convívio e bares.
12.2. O presente Regulamento tem como principal objetivo promover a
prevenção e o tratamento dos problemas ligados ao consumo de
substâncias psicoativas no local de trabalho, promovendo a saúde
dos colaboradores e a máxima segurança nas instalações.
12.3. Estas normas são objeto de divulgação geral a todos os colaboradores
afetos a empresas do grupo DHM.
12.4. O presente Regulamento aplica-se, com as devidas alterações, aos
colaboradores de empresas externas que desenvolvam atividade, por
qualquer razão, nas áreas referidas no ponto 2.6.
12.5. Este Regulamento entra em vigor e produz plenos efeitos decorridos 15
(quinze) dias sobre a data da sua publicação.

REGULAMENTO INTERNO 11
Boletim de Controlo de Aptidão para o Trabalho

Confidencial

Nome do colaborador
Nº Categoria
Empresa
Local de trabalho
Orgão a que pertence
Período normaldetrabalho: das h às h
Hora h m
Data

Motivo do teste
Sorteio
Suspeita de se encontrar sob influência do álcool/ estupefacientes
Outro

Álcool
Deve continuar a sua atividade normal
Deve ser considerado inapto para o trabalho nos termos do
Art.º 6.1 do regulamento
Outra situação
Contraprova

Responsável pela realização

Testemunha

Colaborador

REGULAMENTO INTERNO 12

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