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SISTEMAS II
para fora da parede abdominal. A sonda também pode ser introduzida através do
endoscópio e em seguida “puxada” para fora pela parede abdominal.
Técnicas de alimentação entérica
A administração de alimentação pode ser continua, intermitente ou em bolus. A
alimentação contínua é usada na maioria das situações de suporte nutricional de
curta duração, visto que o volume de líquidos administrados pode ser mantido a um
nível baixo, o que aumenta a tolerância do doente. É o esquema ideal para
administração por via nasointestinal, porque o intestino delgado normalmente
recebe os nutrientes do estomago em pequenas quantidades ao longo de varias
horas apos cada refeição.
Esquema intermitente ou em bolus, aumenta significativamente o risco de
síndrome de dumping e diarreia. Quando seja necessário suporte de longa duração,
o esquema intermitente com administração de alimentação ao estomago é o que
melhor reproduz o padrão normal da alimentação. Também permite o doente a
libertar-se da sonda alimentação por longos períodos durante o dia. É administrada
por ação da gravidade durante 30 a 40 minutos, habitualmente 4 a 6 vezes por dia.
O enfermeiro deve verificar os volumes residuais antes de cada alimentação
intermitente e a intervalos determinados, geralmente de 4 em 4 a de 6 em 6 horas,
nos doentes que recebem alimentação continua. A maior parte dos protocolos da
indicação para suspender a alimentação intermitente sempre que o volume residual
seja superior a entre 100 a 150 ml. Com alimentação continua se o volume residual
for o dobro da quantidade da alimentação administrada na última hora, geralmente o
médico deve ser informado.
Diretivas para uma prática segura ao doente que recebe alimentação entérica
por sonda
Manter a cabeceira de cama elevada, pelo menos a 30, durante todo tempo
em que se faz a alimentação e durante pelo menos, 1 hora apos a sua
interrupção.
Se for permitido, utilizar a posição de fowler para a alimentação
intermitente
Confirmar a colocação da sonda
Verificar o comprimento da sonda que se projeta para fora do nariz.
Uma sonda de qualquer tamanho pode ao ser introduzida entrar ou migrar para a
árvore traqueobrônquica, com tosse intensa ou aspiração. Os doentes obnubilados
e com alterações dos reflexos da tosse ou de vómito estão particularmente em risco.
ALIMENTAÇÃO PARENTÉRICA
Permite fornecer por via intravenosa, soluções concentradas, para manter ou
suplementar o equilíbrio nutricional do doente, quando não seja possível a
alimentação oral ou entérica. Esta indica a pacientes cujo sistema GI não funciona
em resultado de obstrução, inflamação aguda ou mal absorção. E também utilizado
em doentes que se encontram em estado extremamente hipermetabolico, devido ao
traumatismo ou infeção, que necessitam de se manter em dieta zero por mais de 5 a
7 dias, que não estejam em condições de ingerir nutrientes suficientes, por via oral,
ou que têm efeitos secundários graves, a nível GI, de radioterapia ou quimioterapia.
Deve-se contemplar o recurso a alimentação parentérica sempre que a ingestão por
via entérica seja ou se preveja que venha a ser, insuficiente durante um período de
7 a 10 dias, ou superior.
A alimentação parentérica geralmente é administrada por acesso venoso central,
mas também pode sê-lo por via periférica. As soluções periféricas diferem sobretudo
no teor de glucose, que geralmente não excede os 10%. As soluções fortemente
hipertónicas podem ser extremamente irritantes para as veias periféricas, o que
limita a longevidade do cateter.
Cateteres venosos centrais
Permitem a reconstituição e a diluição rápidas das soluções fortemente hipertónicas.
Estão disponíveis cateteres de acesso pela veia subclávia, tunelizados e
implantáveis, de um ou outros lúmenes. O principal problema relacionado com a
administração de alimentação parentérica é a infeção. Pensa-se que a
contaminação do cateter, no local de entrada na pele, e a migração bacteriana, ao
longo do cateter, sejam as principais fontes de septicemia. Os cateteres de múltiplos
lúmenes comportam um elevado risco de infeção.
São essenciais cuidados rigorosos com o penso, ainda que os protocolos
institucionais variem bastante a este respeito. Normalmente o penso é mudado a
intervalos de 48 horas a 72 horas, ou com mais frequência se ficar húmido ou
contaminado. Os sistemas também são mudados a intervalos de 48 a 72 horas e
Docente
Sofia Valente