Você está na página 1de 5

FILOSOFIA E ÉTICA NO AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA-

SAÚDE BUCAL

Autora: Francielle Karoline Delavedova

RESUMO: Este artigo cientifico, norteado pela abordagem metodológica de revisões


bibliográficas, tem como horizonte de investigação explicitamente a importância da qualidade
de vida no âmbito da saúde bucal, especialmente, no que tange a como a ética do filosofo
Imannuel Kant se relaciona com a qual, que mal cuidada pode acarretar em muitos outros
problemas futuros. A saúde bucal reflete diretamente na saúde geral. Essa frase resume a
importância dos dentes. Responsáveis pela mastigação dos alimentos, pela articulação de
palavras e, principalmente, um fator determinante na estética, os dentes tornam-se estruturas
primordiais para o organismo. Investiga como os profissionais dentistas devem abolir a
mentira de seu cotidiano pois esta acarretará em desconfianças futuras. Apresenta-se as
posições na filosofia prática de Kant a respeito da mentira assumidas ao longo da sua obra, em
particular, na Doutrina da virtude (1797).
Palavras chave: Qualidade de Vida; Saúde Bucal; Ética; Kant; Mentira.
I INTRODUÇÃO
Este artigo cientifico abordará o que é filosofia, ética e qualidade de vida. Como os
profissionais da saúde devem possuir princípios e valores morais comportamentais, pois isso
junta-se com a qualidade de vida na gama da saúde bucal de seus pacientes e da população em
geral. Tem como objetivo, alertar e conscientizar os leitores, que a má qualidade de vida
odontológica pode acarretar em muitos outros problemas futuros. A saúde bucal reflete
diretamente na saúde geral. Essa frase resume a importância dos dentes. Responsáveis pela
mastigação dos alimentos, pela articulação de palavras e, principalmente, um fator
determinante na estética, os dentes tornam-se estruturas primordiais para o organismo. O
proposito também é atentar os profissionais dentistas para gravidade de uma mentira, que
poderá acarretar em desconfianças futuras, e se possível aboli-las das relações.
II CONCEITOS; FILOSOFIA, ÉTICA E QUALIDADE DE VIDA
A Filosofia «amor pela sabedoria» é o estudo das questões gerais e fundamentais
relacionadas com a natureza da existência humana, do conhecimento, da verdade dos valores
morais e estéticos, da mente, da linguagem, bem como do universo em sua totalidade. O termo
foi cunhado por Pitágoras (570 – 495 a.C). (Wikipédia, a enciclopédia livre.)
Já o termo ética, é caráter, modo de ser de uma pessoa. Ética é um conjunto de valores morais
e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um
equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste
sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o
sentimento de justiça social. Os primeiros grandes filósofos, Sócrates, Platão e Aristóteles
propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato poderia ser compreendido como
valores universais a todos os homens, então a ética seria uma reflexão acerca da influência
Página 1|5
que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos
com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores
normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores. (RIBEIRO,
Paulo Silvino).
O pensamento ético busca julgar o comportamento humano, dizendo o que é certo e errado,
justo e injusto.
A ética é uma virtude que está sempre presente no comportamento humano, portanto é um
fator essencial nas notas da vida social. Ela leva o homem a questionar constantemente suas
ações e as atitudes alheias, tentando as definir.
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética.
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética
de determinados grupos ou locais específicos. Uma pessoa que não segue a ética da sociedade
a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado. (Barros Filho, Clóvis de /
Cortella, Mário Sérgio, 2014).

A Qualidade de vida é o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano
ou é o conjunto de condições que contribuem para o bem físico e espiritual dos indivíduos
em sociedade. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.) Existe um método científico
utilizado para medir a qualidade de vida das pessoas. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) elaborou um questionário para verificar o nível da qualidade de vida dos diferentes
grupos sociais, de diferentes países e culturas.
III SAÚDE BÚCAL É QUALIDADE DE VIDA
A Organização Mundial de Saúde enfatiza que a saúde bucal é parte integrante e essencial
para a saúde geral, sendo um fator determinante na qualidade de vida (PETERSEN, 2009)
A saúde bucal é o complemento da saúde do corpo e da mente, qualidade de vida. Para
(PETERSEN, 2003) todos os indivíduos devem dispor de uma condição de saúde bucal que
lhes permita falar, mastigar reconhecer o sabor dos alimentos, sorrir, viver livre de dor e
desconforto e se relacionar com outras pessoas sem constrangimento.
Muitas pessoas acreditam estar bem, melhor dizendo sem dor. Mas estar sem dor, não quer
dizer estar bem. As vezes o estar bem engloba muito mais. Não é apenas o bem estar físico
mas o emocional também.
Segundo a especialista, Carolina Faust
A perda dos dentes pode desencadear uma série de reações nas pessoas, como
prejudicar a alimentação, causar insegurança nas relações sociais e até a perda da
autoestima. A ausência de um único dente é capaz de provocar sérios danos à boca e
ao restante do organismo. E, se for um dente frontal, a situação ainda é mais dolorosa.
(Faust, Carolina. Saúde bucal influencia qualidade de vida e inclusão social, 2014)

O problema não é somente a estética, mesmo sendo importante para sua apresentação, mas
sim a própria inclusão social, pois não poder comer certos alimentos como uma simples maçã
acarreta em dificuldades sociais.
Página 2|5
Estudos relatam que com o aumento a informação caem os índices de problemas bucais.
Uma boa higiene bucal é uma das medidas mais importantes adotadas para manter os dentes
e gengivas em ordem. Dentes saudáveis não só contribuem para ter uma boa aparência, mas
são também importantes para falar bem e mastigar corretamente os alimentos. Manter uma
boca saudável é importante para o bem-estar geral das pessoas. Os cuidados diários
preventivos, tais como uma boa escovação e o uso correto do fio dental, ajudam a evitar que
os problemas dentários se tornem mais graves.
Deve-se ter em mente que a prevenção é a maneira mais econômica, menos dolorida e
menos preocupante de se cuidar da saúde bucal e que ao se fazer prevenção estamos evitando
o tratamento de problemas que se tornariam graves. Existem algumas medidas muito simples
tomadas para diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de cáries, gengivite e
outros problemas bucais:
   Escovar bem os dentes e usar o fio dental diariamente;
   Ingerir alimentos balanceados e evitar comer entre as principais refeições; evitando
hábitos alimentares irregulares.
 Usar produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor;
 Usar enchaguante bucal com flúor, se seu dentista recomendar.

Isso é qualidade de vida, e só se tem qualidade de vida com informação.


IV PRINCIPIOS E VALORES MORAIS COMPORTAMENTAIS
A ética profissional exige que os especialistas da área da saúde sejam responsáveis pelos
resultados de seus pacientes. Levando informação a estas pessoas.
Por exemplo: Não se vai ao dentista apenas quando se está com dor. Se o paciente fizer tais
procedimentos terá de voltar para realizar o mesmo processo ou até mesmo um mais severo.
Segundo Aristóteles "A virtude moral é uma consequência do habito. Nós nos tornamos os
que fazemos repetidamente. Ou seja: nós nos tornamos justos ao praticarmos atos justos,
controlados ao praticarmos atos de autocontrole, corajosos ao praticarmos atos de bravura."
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Tradução do grego, introdução e notas de Mário da
Gama Kury. Brasília: Editora da UnB, 1985.)
Devemos praticar a ética para que se torne habito. Pratiquemos a ética para tornarmos éticos.
Immanuel Kant (1724 1804) é reputado como o maior filósofo após os antigos gregos e um
grande pensador sobre os debate acerca da natureza do nosso conhecimento.
Para Kant, um indivíduo não deve mentir em hipótese alguma, pois a mentira pode induzir o
ouvinte a praticar determinada ação que não corresponde à sua vontade e sim à vontade
daquele que proferiu a sentença não verdadeira, privando o ouvinte de fazer uso da sua total
liberdade de ação, isto é, violando o conceito de direito como um todo e violando o direito do
ouvinte de saber a verdade. Sobre direito, podemos dizer que, é a limitação da liberdade de
cada um, para que haja harmonia no convívio entre todos, isto é, é a restrição de algumas
ações para que os indivíduos possam exercer suas liberdades mutuamente.
O horror à mentira em Kant é derivado do imperativo categórico, que diz

Página 3|5
"Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se
torne lei universal".[2] Ao mentir um indivíduo prejudica não somente àquele que o
ouve, mas a ideia de direito, pois age de forma que a máxima de sua ação não pode ser
tomada como lei universal e apenas como um dos meios para se alcançar um fim
particular, usando o ouvinte também como meio para determinado fim e não como fim
em si mesmo; todo ser racional existe como um fim em si mesmo e não deve ser
tratado como meio; isso faria com que os indivíduos não tivessem valor absoluto, isto
é, valor por si mesmos, e se todo valor fosse adquirido conforme os interesses alheios,
não poderia haver um princípio prático supremo para toda razão.

(...) em todas as suas ações, tanto nas que se dirigem a ele mesmo, como nas que se
dirigem a outros seres racionais, ele tem sempre de ser considerado simultaneamente
como fim. Todos os objetos das inclinações têm somente um valor condicional, pois,
se não existissem as inclinações e as necessidades que nela se baseiam, o seu objeto
seria sem valor.[3] (KANT)

Não faça para os outros o que não desejas a ti mesmo.

A punição apropriada para a mentira tomada no sentido moral é o autodesprezo e o desprezo


dos outros, atitudes baseadas no reconhecimento da dignidade humana. (Kant 1797c, p. 306;
trad. pp. 76-7).
A veracidade nas declarações que não se pode evitar é um dever formal do homem com
relação a qualquer outro, por maior que seja o prejuízo decorrente disso para ele ou para outra
pessoa; e se não cometo uma injustiça contra aquele que me obriga a uma declaração de
maneira injusta, se as falsifico, cometo, por essa falsificação, que também pode ser chamada
mentira (embora não no sentido dos juristas), em geral uma injustiça na parte mais essencial
do dever: isto é, faço, naquilo que a mim se refere, com que as declarações em geral não
encontrem mais crédito, e portanto também todos os direitos fundados em contratos sejam
abolidos e percam a força; isto é uma injustiça causada à humanidade em geral. (KANT,
2013, p. 73).
Dizer a verdade é um dever. O que é um dever? A ideia de dever é inseparável da ideia de
direitos: um dever é o que, em um ser, corresponde aos direitos de um outro. Lá onde não há
direitos, não há deveres. Dizer a verdade só é, portanto, um dever em relação àqueles que têm
direito à verdade. Ora, nenhum homem tem direito à verdade que prejudica a outrem. (KANT,
2013, p. 73).
Portanto, para Kant, a razão ordena incondicionalmente e não aceita limitação para o
princípio de ser verídico em todas as declarações. A mentira por mais que seja bem
intencionada é inadmissível, pois, por meio dela um ser humano faz de si mesmo um objeto
de desprezo aos olhos dos outros e quebra todos os direitos fundados em contrato. A ética
profissional deve se contrapor a mentira pois ela destrói relações. A credibilidade é
fundamental par um bom relacionamento com os pacientes, com isso obtém-se confiança.
V CONCLUSÃO
Conclui-se a partir dos dados citados a cima que para um bom relacionamento, os
profissionais da saúde, dentistas, devem ser éticos o bastante, para falar a verdade para seus
pacientes pois a mentira acarretará em outros problemas como a futura desconfiança. A
qualidade de vida dos pacientes está relacionada diretamente com a informação que passarás a
Página 4|5
eles. Só se tem qualidade de vida com informação. Devemos ser verídicos em todas as
declarações pois é um dever formal do homem com relação a qualquer outro. A mentira pode
induzir o ouvinte a praticar determinada ação que não corresponde à sua vontade.

VI REFERÊNCIAS
http://www.prace.ufop.br/centrodesaude/index.php/area-de-odontologia/osb
Wikipédia, a enciclopédia livre.
RIBEIRO, Paulo Silvino. "O que é ética?"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm>. Acesso em 20 de setembro de
2017.Barros Filho, Clóvis de / Cortella, Mário Sérgio, 2014.
PETERSEN, 2009
PETERSEN, 2003
Faust, Carolina. Saúde bucal influencia qualidade de vida e inclusão social, 2014
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Tradução do grego, introdução e notas de Mário da
Gama Kury. Brasília: Editora da UnB, 1985.
Kant, Immanuel. Imperativo categórico (1724 1804).
Kant 1797c, p. 306; trad. pp. 76-7.
KANT, 2013, p. 73.

Página 5|5

Você também pode gostar