Você está na página 1de 2

HARDTOPICS Anemias – visão geral

O QUE CAI?
Associações entre padrões morfológicos e fisiopatológicos e causa da anemia.

INVESTIGAÇÃO INICIAL
objetivos. Buscar pistas para causa da anemia através das classificações fisiopatológica e morfológica.

CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA
tipos. Hipoproliferativa e hiperproliferativa.
hipoproliferativa. Causa está na medula, como falta de substrato (ferro, B12, folato), falta de estímulo
(eritropoietina da doença renal crônica), invasão medular (mielofibrose, neoplasias). Não produz hemácias
nem os precursores: a contagem de reticulócitos estará normal (<2%).
hiperproliferativa. A causa está na periferia, pois as hemácias estão vivendo menos que o habitual, como
na hemólise. A medula tenta compensar produzindo mais células, e assim libera mais reticulócitos, que
estarão elevados (>2,0%).
contagem de reticulócitos. O valor normal é de 2,0% (para alguns autores 2,5%). No entanto, quando
elevados, precisaremos ajustar para o nível de anemia com o índice de reticulócitos corrigido – IRC:
(reticulócitos x Hbpaciente/15); “15”representa Hb normal. Se o resultado persistir elevado, a anemia é
hiperproliferativa.

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

TAMANHO
VCM. Volume corpuscular médio. Classifica as anemias em microcítica (<80fL), normocítica (80-100fL)
e macrocítica (>100fL).
microcitose. Hemácia é um “saco de hemoglobina”; hemoglobina é heme + globina; heme é ferro +
protoporfirina! Tudo que reduzir globina (talassemia), ferro (ferropriva) ou protoporfirina (sideroblástica),
pode gerar microcitose.
macrocitose. A eritropoese exige perda de núcleo e ganho de hemoglobina – maturação
núcleo/citoplasma. Se houver entrave, as células finais terão citoplasma abundante: anemia
megaloblástica, na insuficiência medular (anemia aplásica, síndrome mielodisplásica), hipotireoidismo,
hepatopatia. Hemólise também pode elevar VCM pois há reticulócitos na periferia (são maiores que as
hemácias).
normocitose. inúmeras causas, sendo a anemia de doença crônica a mais clássica.

VARIAÇÃO DO TAMANHO
RDW. “Red cell distribution width” avalia a variação de tamanho das hemácias. O normal é ser menor
que 14%; quando elevado, denota anisocitose, que pode estar presente nas anemias carenciais.

01
HARDTOPICS Anemias – visão geral

COLORAÇÃO
CHCM. Hipocrômica (<32), normocrômica (32-36), hipercrômica (>36).
hipocrômica. Segue a mesma ideia da microcitose.
hipercrômica. Uma causa clássica é a esferocitose hereditária: as hemácias ficam com superfície
reduzida – pequenas esferas; isso concentra a hemoglobina, gerando hipercromia.
normocrômica. Inespecífica; diversas causas.

SANGUE PERIFÉRICO

POIQUILÓCITOS
drepanócitos. Hemácias em foice (p.ex. anemia falciforme).
dacriócitos. Hemácias em lágrima (p.ex. eritropoese extramedular – mielofibrose, invasão por
neoplasias, infecções); denota insuficiência medular....”a medula chora”...
esquizócitos. Formas bizarras (p.ex. anemias hemolíticas microangiopáticas – púrpura trombicitopênica
trombótica, síndrome hemolítico-urêmica, CIVD...).
leptócitos. Hemácias em alvo (p.ex. hemoglobinopatias).
esferócitos. Forma de esfera (p.ex. esferocitose hereditárias, anemia hemolítica autoimune).

INCLUSÕES CITOPLASMÁTICAS
howell-jolly. Remanescente nuclear (p.ex. hemoglobinopatias, hipoesplenismo).
pappenheimer. Depósitos de ferro (p.ex. hemoglobinopatias, hipoesplenismo).
heinz. Hemoglobina precipitada (p.ex. deficiência de G6PD).

02

Você também pode gostar