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• A soberania pode ser usada como limite de aplicação dos Direitos Humanos?
A noção de soberania não pode ser usada como justificativa para que o Estado não
reconheça direitos dos seus nacionais, como também dos estrangeiros.
• Noção de soberania.
A soberania resguarda a autonomia dos Estados, porém isso vem sido relativizado a
partir do juízo de ponderação relacionado aos interesses, oportunidades, conveniên-
cia da manutenção da paz e segurança internacional. Desse modo, tem-se os órgãos
supranacionais que possuem o objetivo de coordenar as atividades a partir, do que os
doutrinadores chamam, de porção cedida de soberania a esses órgãos para executa-
rem a supervisão.
Ademais, a evolução histórica dos Direitos Humanos e a noção da centralidade da
dignidade da pessoa humana como alvo fundamental desses direitos, passou a ser
reconhecida em toda a comunidade internacional, já que os Estados percebem que
esses tratados, acordos e fontes normativas proporcionam a manutenção dos laços de
amizade, de paz e de segurança internacional.
• Preocupação da comunidade internacional com a proteção da dignidade humana.
• Indivíduos na posição central, como sujeitos de direito internacional.
Os sujeitos clássicos, no Direito Internacional Público, são os Estados e as Organi-
zações Internacionais. Todavia, com o avanço do reconhecimento da dignidade da
pessoa humana, o indivíduo pode figurar no polo ativo, mas também no polo passivo no
processo de busca pela implementação desses direitos, como, por exemplo, podemos
citar a possibilidade do indivíduo apresentar denúncias individuais na Organização dos
Estados Americanos (Sistema Interamericano), como também observamos no Tribunal
Penal Internacional, no qual o indivíduo pode ser chamado como réu. Portanto, a partir
desse entendimento, alguns doutrinadores, embora não seja unânime, consideram
que o indivíduo pode ser chamado de sujeito de direito internacional.
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• Existe mitigação de soberania?
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Não existe Tribunal Penal Permanente. Ademais, esse consentimento deve ser dado
pelo Estado.
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COMENTÁRIO
A proteção internacional dos direitos humanos NÃO está desvinculada do processo de
universalização dos direitos humanos, como também foi estabelecido para todos a partir
da 2º Guerra Mundial.
COMENTÁRIO
A nacionalidade não possui relevância no contexto de proteção dos DH, pois a discrimina-
ção não é tolerada, devendo todos receberem o mesmo tratamento.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
• (...). Podem ser estendidos para os estrangeiros não residentes? SIM! Pois deve ser
assegurada a qualquer indivíduo que esteja debaixo da jurisdição brasileira.
• Podem se estender para pessoas jurídicas? SIM!
Ex: princípio da legalidade, direito de propriedade, sigilo das comunicações etc...
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COMENTÁRIO
A soberania não pode ser uma escusa para a implementação dos direitos humanos.
DEVER PRIMÁRIO: Obrigação dos órgãos internos dos Estados promoverem a tutela
dos direitos humanos.
Porém em caso de omissão, ineficácia ou ineficiência, o indivíduo deve buscar os órgão
internacionais, visto que é o dever primário é do Estado.
DEVER SECUNDÁRIO: Atuação subsidiária e complementar dos órgãos internacionais.
*Regra substantiva (análise do esgotamento junto com o mérito) ou requisito processual
(análise do esgotamento antes do mérito)? Existe uma controvérsia entre Accioly e Can-
çado Trindade, em que um entende que deve prevalecer o esgotamento das vias de recurso
interno, como requisito processual.
O órgão internacional não pode intervir em assuntos de atuação interna dos Estados;
sendo assim, a regra do esgotamento dos recursos internos aparece como um requisito de
admissibilidade processual.
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ATENÇÃO
As convenções especiais não criam direitos novos, pois apenas trabalha a vulnerabilidade
específica de cada grupo.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Alice Rocha da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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