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Abertura: Magno

Louvor e adoração: equipe de louvor


Oração: pelos enfermos, projetando 2022
Dízimos e ofertas: José Carlos
Avisos: seminário Afiando o Machado dia 22 de janeiro; às 14:00 h.

Veja o Senhor no caminho de Emaús


No caminho de Emaús, temos a história de como dois
discípulos tiveram um encontro com o Senhor depois da sua
ressurreição. Durante a caminhada, os seus olhos vão se abrindo
gradualmente até que, no fim, eles reconhecem o Senhor. Eles já
o conheciam, mas agora deveriam conhecê-lo no espírito.
Creio que todos nós alegoricamente estamos nessa estrada e,
enquanto caminhamos, recebemos luz para conhecer o Senhor
intimamente em nosso espírito (leia Lucas 24.13 a 35).

1. Os olhos estavam impedidos de ver, pois o Senhor ainda não


era o centro
Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho
para uma aldeia chamada Emaús, distante de
Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a
respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que,
enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus
se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém,
estavam como que impedidos de o reconhecer. (Lc
24.13-16)

Aqueles discípulos estavam andando com Jesus, mas não


perceberam que era o Senhor quem ia ao lado deles. Eles estavam
tristes, e Jesus lhes pergunta o motivo da tristeza. A resposta deles
é significativa: “Nós esperávamos que fosse ele quem havia de
redimir a Israel” (Lc 24.21). Eles criam no Senhor, mas Cristo
não era o ponto central, o ponto central era Israel.
Muitos agem como aqueles discípulos. Eles dizem:
“Estamos tristes porque pensamos que Jesus faria o nosso filho
passar no concurso. Pensamos que Ele prosperaria a nossa
família”. A verdade é que Jesus não é o centro, nós queremos usá-
lo para alcançar o que realmente pensamos que é o centro.
O Senhor é tão amoroso e tão bondoso que Ele tem prazer
em dar tudo o que desejamos. Não importa a nossa necessidade,
Ele diz: “Pode pegar o que você quiser”. Há abundância de
bênçãos para nós. Entretanto, precisamos chegar ao nível de
maturidade em que o ponto central não seja mais a bênção, mas o
próprio Senhor Jesus.
Davi era alguém em quem o Senhor tinha prazer. Em Atos
13.22, Paulo diz que Davi era um homem segundo o coração de
Deus. Costumamos pensar que ele era um homem segundo o
coração de Deus porque era rápido para se arrepender quando
pecava, mas há muitos outros que também eram prontos para se
arrepender e não foram chamados de homens segundo o coração
de Deus. Alguns dizem que ele era um adorador, por isso tinha
uma posição especial, mas há muitos outros adoradores nas
Escrituras.
O que havia de especial em Davi? Na verdade, ele nem era
rei ainda quando Deus se referiu a ele como homem segundo o
seu coração.
Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR
buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe
ordenou que seja príncipe sobre o seu povo,
porquanto não guardaste o que o SENHOR te
ordenou. (1 Sm 13.14)

Certamente, todos os filhos de Deus estão debaixo do seu favor,


são amados e desfrutam da bênção do Pai, mas há aqueles que lhe
dão prazer. Davi era alguém em quem Deus tinha prazer, ele era
segundo o seu coração.

O SENHOR, Deus de Israel, me escolheu de toda a


casa de meu pai, para que eternamente fosse eu rei
sobre Israel; porque a Judá escolheu por príncipe e a
casa de meu pai, na casa de Judá; e entre os filhos de
meu pai se agradou de mim, para me fazer rei sobre
todo o Israel. (1 Cr 28.4)
Por que Deus tinha prazer em Davi? Simplesmente porque
ele fez da presença de Deus o centro da sua vida. Sua maior
preocupação era a Arca da Aliança.
Historicamente, Davi escreveu o Salmo 132 no tempo em
que fugia de Saul. Naquele momento, ele andava errante pelo
deserto junto com endividados e descontentes que se juntaram a
ele. Nessa situação, é compreensível que Davi orasse para que
Deus o livrasse dos inimigos e lhe desse um lugar para descansar.
Muitos conquistadores na história buscaram um lugar para si
mesmos, mas Davi estava preocupado com a casa de Deus. Ele
queria encontrar uma morada para o Poderoso de Jacó.

Lembra-te, SENHOR, a favor de Davi, de todas as


suas provações; de como jurou ao SENHOR e fez
votos ao Poderoso de Jacó: Não entrarei na tenda em
que moro, nem subirei ao leito em que repouso, não
darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas
pálpebras, até que eu encontre lugar para o
SENHOR, morada para o Poderoso de Jacó. (Sl
132.1-5)

Todos buscavam algo para si, menos Davi. Mesmo quando


ele fugia, sendo caçado como um criminoso, andando de um lugar
para outro sem descanso, ele estava preocupado em edificar uma
casa para Deus. O seu interesse era pela presença de Deus.
No Velho Testamento, a presença de Deus era tipificada
pela Arca da Aliança. Ela era chamada de trono de Deus. A
presença de Deus habitava na arca.
Ninguém havia se importado com a Arca antes de Davi.
Saul foi levantado como rei, mas nunca ligou para a arca. Ele
nunca buscou um lugar para a presença de Deus. Ele buscou algo
para si mesmo, mas nunca procurou um lugar para o Senhor.
A razão por que o Senhor se agradava de Davi é porque ele
fez dos objetivos de Deus os seus objetivos; o pensamento de
Deus era o seu pensamento central. E o pensamento de Deus é
somente a respeito de Cristo, pois a Arca é Ele mesmo.
Não estamos interessados apenas no amor de Deus, que é
maravilhoso, mas queremos que Ele tenha prazer em nós. O
Senhor se agradou de Davi porque ele tinha a Arca como algo
central. Para nós hoje, significa trazer Cristo para o centro da vida
da igreja, Ele ser o centro da nossa mensagem.
Os discípulos no caminho de Emaús não reconheceram o
Senhor porque não o tinham como centro do seu pensamento.
Sentiam-se frustrados porque queriam ver a libertação de Israel,
não a glória do Senhor.

2. Conhecer Jesus hoje é vê-lo nas Escrituras


E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em
todas as Escrituras. ( Lc 24.27)
O Senhor poderia ter simplesmente dito aos discípulos:
“Olhem! Sou eu!” Todavia, em vez disso, Ele passou a mostrar
nas Escrituras tudo o que estava escrito a seu respeito. Isso
aconteceu para nos mostrar que a maneira como conhecemos o
Senhor hoje na Nova Aliança é pela revelação da Palavra de
Deus.
Paulo diz que hoje não mais conhecemos Jesus segundo a
carne, ou seja, pelos nossos sentidos naturais, mas nós o
conhecemos pelo Espírito.

Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém


conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos
Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos
deste modo. (2 Co 5.16)

Precisamos entender que todo o Velho Testamento fala de


Cristo, por meio de símbolos e analogias. Cristo é a chave para
entendermos o Velho Testamento. Lamentavelmente, muitos leem
vendo apenas a lei. Se, porém, vermos a lei sem enxergarmos
Cristo, não desfrutaremos de vida.

3. Quando o pão é partido, os nossos olhos se abrem

E. aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando


ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu;
então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram;
mas ele desapareceu da presença deles. (Lc 24.30-31)

É interessante que a mesma expressão é usada para Adão e


Eva quando comeram da árvore do conhecimento do bem e do
mal. Ali se diz que os olhos deles se abriram (Gn 3.7). Mas agora
os olhos dos discípulos se abriram quando o pão foi partido. No
Velho Testamento, eles comeram da comida errada e tiveram os
olhos abertos para o pecado; mas, no Novo Testamento, eles
comem da comida certa, e os olhos são abertos para ver o autor da
vida.
Há um grande poder na ceia do Senhor. Quando comemos
do pão e bebemos do cálice, os nossos olhos espirituais são
abertos e recebemos revelação do Senhor. Participe da mesa
esperando vê-lo com os olhos da fé. Se você comer da carne e
beber do sangue, terá luz e será transformado de glória em glória.

4. O coração aquecido é sinal de olhos abertos


No fim, a prova de que eles haviam estado com o Senhor
Jesus era o coração que ardia enquanto Ele lhes falava.

E. disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o


coração, quando ele, pelo caminho, nos falava,
quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24.32)

Quando desfrutamos do Senhor em nosso espírito,


espontaneamente o nosso coração entra em santa combustão. É
muito triste que cristãos vivam sem essa chama ardendo em seu
interior.
Paulo diz aos Romanos: “Sede fervorosos de espírito,
servindo ao Senhor” (Rm 12.11), ou seja, sirvam ao Senhor com o
espírito em chamas. Ter um espírito fervoroso é ter um espírito
em ebulição.

Quando Jesus pregava, o coração das pessoas ardia. Aqueles


discípulos estavam familiarizados com essa sensação, por isso
eles perceberam que Jesus estava com eles. Se o seu coração arde,
pode estar certo de que o Senhor está se revelando a você.

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