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ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DR.

AUGUSTO LEITE
CURSO DE ENFERMAGEM

GLAUCIA DA SILVA SANTOS

HENIANI PRISCILA SOUZA DE ANDRADE

MARTHA SUZANA PASSOS TRINDADE

INSUFICIÊNCIA MITRAL

Aracaju

2022
GLAUCIA DA SILVA SANTOS

HENIANI PRISCILA SOUZA DE ANDRADE

MARTHA SUZANA PASSOS TRINDADE

INSUFICIÊNCIA MITRAL

Projeto de conclusão de curso apresentado ao

curso técnico a Escola Técnica de Saúde Dr.

Augusto Leite, como parte dos requisitos para

obtenção do grau de técnico em enfermagem.

Profª Orientador: Angelica

Aracaju
2022
SUMÁRIO

1. Introdução..............................................................................3
2. Metodologia...........................................................................4
3. Estudo de Caso......................................................................4-5
4. Exame Físico..........................................................................5-6
5. Diagnóstico de Enfermagem/Plano de Cuidado.................6-7
6. Conclusão...............................................................................8
7. Referências.............................................................................8-9
1 INTRODUÇÃO

A insuficiência mitral, também chamada de regurgitação mitral, acontece


quando existe um defeito na válvula mitral, que é uma estrutura do coração que separa o
átrio esquerdo do ventrículo esquerdo. (TUASAUDE DR ANA LUIZA LIMA)

Quando isso acontece, a válvula mitral não fecha totalmente, fazendo com que
um pequeno volume de sangue retorne para os pulmões ao invés de sair do coração para
irrigar o corpo. (TUASAUDE DR ANA LUIZA LIMA)

Uma série de doenças pode causar o vazamento da válvula mitral, entre elas o
aumento de suas partes (Degeneração Mixomatosa), a doença de Barlow, infecções
cardíacas, rotura de seus componentes e a febre reumática. Além disso, alguns pacientes
que apresentam aumento do tamanho do coração (Insuficiência Cardíaca) podem
apresentar distorção do formato da válvula e consequentemente vazamento (Insuficiência
Mitral) secundário. Alguma causa de insuficiência mitral secundaria incluem a
insuficiência cardíaca e o infarto do miocárdio. (PROF DR DIEGO GAIA)

Os sintomas mais constantes tontura, síncope, dispneia, arritmias, cansaço e


sopro cardíaco. O diagnóstico da IM é feito com base nos sintomas, histórico clínico e
familiar de problemas cardíacos e através de exames como auscultar o coração com
estetoscópio para avaliar barulhos durante os batimentos cardíacos, eletrocardiograma,
eco cardiograma entre outros como cateterismo. (PROF DR DIEGO GAIA)

A IM não contempla cura, o tratamento definitivo com medicações e se


diagnosticado com a IM Severa. A American Heart Association (Associação Americana do
Coração) e o American College of Cardiology (Colégio Americano de Cardiologia)
recomendam que mesmo indivíduos sem sintomas (que não sentem nada) porem
apresentem IM Severa devem ser encaminhados para tratamento sob risco de aumento de
mortalidade. (PROF DR DIEGO GAIA)

A cirurgia cardíaca, chamada de Valvuloplastia Mitral pode ser indicada em


casos graves, para correção ou substituição da válvula mitral e evitar complicações. (TUA
SAUDE DR ANA LUIZA LIMA)

(Este tipo de cirurgia repara ou substitui a válvula


mitral que tem a função de permitir que o sangue passe do átrio esquerdo para o
ventrículo esquerdo, impedindo que retorne para o pulmão). É feita com anestesia geral e
um corte no tórax para o cirurgião observar todo o coração. Esta técnica convencional é
utilizada especialmente quando se trata de uma substituição como no caso da insuficiência
mitral grave, a exemplo. (TUASAUDE DR ANA LUIZA LIMA)
2 METODOLOGIA

Refere-se a um estudo descritivo com abordagem no tratamento da


insuficiência mitral (IM). O estudo foi realizado, através de pesquisa com um paciente
portadora de insuficiência mitral, no qual foi avaliada uma mulher na faixa etária de 61
anos.

Os dados coletados foram no período de Janeiro de 2022, por meio de um


questionário contendo dados referentes aos domínios apresentados, organizados pela
Norty American Nursing Association (NANDA) EM 2008, para permitir a elaboração dos
diagnósticos de enfermagem prioritários em pacientes com IM.

A anamnese e o exame físico foram realizados em ambiente adequado,


confortável e sempre mantendo um clima amistoso, para que todos ficassem tranquilos e
seguros para responder as perguntas.

A paciente foi informada sobre os objetivos do estudo e sua importância, foi


dado a garantia do anonimato na divulgação dos resultados das pesquisas. Além disso,
também propusemos os resultados e as intervenções somente para os diagnósticos mais
frequentes, com base em sua pratica clinica e nas sugestões das classificações da Nursing
Outcomes Classification (NIC) e Nurseng Interventions Classficalion (NIC).

3 ESTUDO DE CASO

M.S.S, sexo feminino, 61anos, cor parda, solteira, natural de Feira Nova/SE.
Portadora de Insuficiência Mitral (IM), paciente relata que iniciou os sintomas no ano de
2018, com cansaço, ânsia de vômito, falta de ar, dores nas costas e ao menor esforço que
fazia já cansava, procurou atendimento na urgência do hospital R.N.S.S. sendo atendida
por um médico clinico geral, realizando exame de eletrocardiograma, após resultado que
não tinha nenhuma anormalidade, sendo liberada em seguida.

Após persistência dos sintomas procurou um gastroenterologista, já que há


um ano foi diagnosticada com gastrite, mediante consulta foi solicitado exames
(endoscopia, intolerância a lactose etc.), no retorno ao mesmo sendo que resultados dentro
da normalidade, com apenas uma gastrite moderada. O mesmo solicitou que a paciente
fizesse um eco cardiograma, com o resultado em mãos, procurou a UBS de seu bairro e foi
atendida por clinico geral, sendo diagnosticada insuficiência mitral, sendo encaminhada
para o cardiologista.
Em agosto de 2021, foi atendida pelo cardiologista no hospital Cirurgia, tendo
a confirmação da patologia, mais iria iniciar um tratamento medicamentoso com
Losartana potássica 25 mg (classe antagonista), Furosemida 40 mg (anti-hipertensivo),
Atenolol 100 mg (bloqueadores) para tentar controlar a mesma e assim não precisar de
cirurgia. Após segunda consulta foi diagnosticado por exame de glicemia, diabetes tipo 2
fazendo uso também de Metformina 500 mg (hipoglicemiante).

Mas os sintomas persistiram, precisando de atendimento em urgência, na


terceira avaliação com o Cardiologista, o mesmo encaminhou a paciente para um
Cirurgião Cardiovascular “pois” a mesma precisava de cirurgia, após consulta e
confirmação, que precisava fazer cirurgia, foi prescrito exame Cineangiocoronariografia
para diagnostico final de Insuficiência Mitral.

Em 01 de Dezembro de 2021, a paciente foi internada no Hospital de Cirurgia,


realizando a cirurgia, realizando a cirurgia convencional dia 03/12/2021, sendo
encaminhada para UTI, e lá a mesma contraiu COVID (assintomática), cinco dias depois
foi transferida para enfermaria, tendo alta no dia 09/12/2021.

4 EXAME FÍSICO

Em domicilio, sentada, consciente e orientada em tempo e espaço,


verbalizando, deambulando, BEG, eupnéica, afebril, anictérica, acianótica,
normocorada, bom estado geral e nutricional.

Aferido SSVV, PA 120X70 mmhg (normotenso), FC 64 bpm


(normocárdico), FR 20 rpm (eupnéico), Taxilar 35.8 ºC (afebril), SpO2 98%.

Crânio normocefálico, ausência de movimentos involuntários, couro


cabelo sem cicatrizes e abaulamentos, cabelo com implantação normal e sem
infestações e parasitários, implantação das sobrancelhas normais.

Face simétrica preservada, ausência de lesões da pele, olhos, nariz, e


orelhas normais, ausência de alterações em globo ocular, movimentos ocular
preservados e pupilas isocóricas, pavilhão auricular e conduto auditivo externo
sem lesões e secreções, narinas e vestíbulo nasal sem alterações, lábios, língua e
gengiva sem alterações, dentição incompleta e com uso de prótese dentária,
pescoço com mobilidade ativa e passiva normais, sem presença de linfonodos, tórax
atípico eupnéico, sem esforço respiratório e com expansibilidade
preservada,abdômen plano, flácido e sem lesões na pele, MMSS e MMII sem
edemas e sinais de insuficiência venosa ou arterial, relata genitália íntegra,
dejeções e diurese presentes.
5. Diagnóstico de Enfermagem/Plano de Cuidados

5.1 Riscos de Cuidados relacionados a controlar a IM

 . Plano de Cuidados

A meta é manter o estado imunológico adequado, ou seja, resistência natural e


adquirida por meio de intervenções, avaliação de saúde, identificação de riscos, e
realização de controle com medicamentos. Outra ação inclui a educação em saúde com
acompanhamento regular ao cardiologista sendo essencial para controlar o coração e
paciente.

Pacientes em tratamento da IM precisam de cuidados específicos: controle da


pressão arterial, da obesidade, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e café, manter
uma rotina de exercícios indicados e acompanhado pelo médico, ter uma rotina e
alimentação saudável acompanhado por um nutricionista.

5.2 Falta de Ar e Palpitação

Diagnóstico mais frequente em pacientes com IM é a falta de ar e palpitação,


com sobre carga aos seus batimentos, com aumento das pressões não apenas no seu
interior mais adicionalmente nos pulmões causando falta de ar e palpitação.

A falta de ar e palpitação afeta diretamente atividade de vida diária, reduzindo


a funcionalidade do paciente.

O aumento da pressão nos pulmões causa acúmulo de líquido nos mesmos


causando falta de ar ao mínimo de esforços e até mesmo ao deitar-se.

È importante destacar que esses sintomas podem acometer pessoas com idade
avançada por conta da degeneração á medida que envelhecemos.

A Febre reumática, conhecida popularmente como reumatismo no sangue,


também pode causar o comprometimento do aparelho valvar. A febre reumática costuma
ser provocada por uma infecção nas amígdalas (amigdalite) que atinge a corrente
sanguínea que pode levar bactérias e que se instalam nos folhetos da válvula mitral.

 Plano de cuidados

Uma das metas do plano de cuidado é manter as atividades, caracterizadas


pelas respostas de exames e medicações para que o paciente volte a sua rotina normal no
seu cotidiano.

As intervenções de enfermagem incluem identificação de risco e promoção de


exercícios. Outra intervenção consiste na assistência ao auto cuidado por meio de
orientações sobre manter o ritmo para atividades e cuidados com a alimentação e retorno
ao cardiologista.
5.3 Diabetes

É uma das principais causa para doença cardíaca. A maioria das pessoas não faz
conexão, e por isso é importante ressaltar o quanto é necessário controlar a diabetes.

O Diabetes tipo II atinge a maioria das pessoas e está diretamente relacionada com o estilo
de vida e está mais associado às doenças cardiovasculares com IM.

O Diabetes tem dificuldade para produção de insulina, hormônio que controla o açúcar ou
tem uma disfunção que dificulta a utilização.

Por que Diabetes faz mal ao coração? O mesmo favorece a formação de placas nas
artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e assim podendo causar o infarto ou AVC, por
exemplo, e, além disso, tem a maior chance de sofrer com obesidade.

 Plano de cuidados

O Diabetes não tem cura, mas a doença pode ser controlada e, assim não
atingirá o coração com doenças que podem colocar a vida do paciente em risco.
A atividade física regular, alimentação saudável com frutas, legumes, grãos
integrais, manter o peso controlado, consulta regulares e com ajuda de um
profissional de nutrição é o mais indicado para equilíbrio e controle.

5.4 A importância da Odontologia

Paciente com IM deve ser avaliado minuciosamente pelo cirurgião dentista, é de suma
importância uma anamnese detalhada tanto antes quanto após a cirurgia se assim for o
caso, pois o risco maior de infecção pós – operatório com a endocardite infecciosa(EI).

A infecção da cavidade bucal é reconhecida como uma causa potencial de bacteremia


que consiste para a ocorrência de EI.

Estudos anteriores demonstraram que mais da metade dos pacientes requerem


extração dentária e aproximadamente 50% exigem terapia periodontal antes da cirurgia
valvar e isso ressalta a necessidade de estabelecer protocolos para o atendimento
odontológico a pacientes portadores de IM.

 Plano de Cuidados

Objetivo de identificar focos infecciosos bucais, como cárie, doenças


periodontais, endocardite, lesões mucosas e intraósseas na região maxila facial,
para tratar qualquer processo ativo, e por isso se faz necessário a realização de
exames radiográficos.
Por isso devem ter uma higiene bucal correta como uso de fio dental, trocar s
escovas de dente a cada três meses, ter um kit de higiene bucal sempre por perto
e da atenção aos alimentos consumidos, evitando assim um risco de infecção.

6. Conclusão
O paciente com insuficiência mitral (IM) tem a qualidade de vida comprometida após o
diagnóstico e início do tratamento até a cirurgia. O apoio de seus familiares e profissionais
de saúde tem um papel fundamental na vida desses pacientes, algo essencial para garantir
a aceitação da doença e de cirurgia caso necessário. O tratamento é muito importante
antes e após a cirurgia, promovendo assim a segurança e conforto. Os fatores que mais
influenciam na qualidade de vida dessas pessoas estão no cuidado contínuo, regrado,
planejado e integral da equipe de saúde e o próprio paciente junto a sua família, cuidados
com a alimentação, acompanhamento médico, exames, exercícios físicos regulares, assim
possibilitando viver com uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

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