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Educação inclusiva
SUMÁRIO
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Educação inclusiva
A Pluralidade faz surgir um país feito a muitas mãos, onde todos juntos, vindo
de tradições diversas, com distintas formas de arrumar o mundo, com inúmeras
concepções do belo, conseguem criar uma comunidade plena da consciência da
importância da participação de cada um na construção do bem comum. Todos
podem ser diferentes, mas são absolutamente necessários. Só com esta união na
diversidade se constrói um mundo novo [...] (THEODORO, 2005, p. 83).
Apresentamos reflexões sobre a educação inclusiva, especialmente aspectos
relacionados com a escola para todos, questões conceituais, a inclusão, a escola
inclusiva e a sociedade inclusiva, priorizando, no entanto: Pluralidade cultural,
diversidade, diferença: questões étnico-raciais e questões de gênero e a educação
inclusiva, refletidas no movimento da escola para todos, considerando que: O
movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação
inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de
direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e
que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as
circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro da escola. Ao reconhecer
que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade
de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a
educação inclusiva assume papel central no debate acerca da sociedade
contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão (BRASIL,
2008, p. 9).
Dessa forma, foi introduzida a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), documento elaborado com o firme
propósito de reposicionar a educação especial no País, bem como modificar e inserir
nos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas comuns as diretrizes norteadoras da
implantação dessa Política, cujo foco reside na oferta do atendimento educacional
especializado de forma complementar e suplementar aos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
identificados como alunado da educação especial.
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Para Garcia (2006), esse termo da forma como foi proposto nos documentos
oficiais reforça a visão funcionalista da deficiência, pela qual o aluno deve ajustar-se
à sociedade e à escola e não o contrário como pressupõem as diretrizes da
educação inclusiva.
Enquanto que para Pletsch (2010, p. 80): [...] alunos com necessidades
educacionais especiais são aqueles que apresentam dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem, podendo necessitar da mediação e do apoio de serviços
especializados em períodos determinados, ou durante todo o percurso escolar, de
forma a promover o seu desenvolvimento escolar, social e emocional. Portanto,
reconhecendo que as expressões necessidades educacionais e educação inclusiva
guardam um significado amplo [...].
E, ainda, aliado a tudo isso, com o advento da Declaração de Salamanca,
(1994) foi advogado o conceito de escola integradora, que deve ser compreendida
como aquela que acolhe.
Crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas
ruas e que trabalham; crianças de populações nômades; crianças de minorias
linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas
desfavorecidos ou marginalizados (BRASIL, 1997, p. 18).
Tais reformas são oriundas de eventos voltados à discussão da educação na
satisfação das necessidades básicas dos alunos, com os pressupostos da educação
para todos, os quais poderão ser analisados na Declaração de Jomtien (TAILÂNDIA,
1990).
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Por sua vez, a Declaração de Salamanca (1994) afirma que “cada pessoa –
criança, jovem ou adulto – deve estar em condições de aproveitar as oportunidades
educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem”.
(BRASIL, 1997, p. 2).
Enquanto isso, o Marco de Dakar (2000) em encontro avaliativo e propositivo
apresenta seis metas e doze estratégias que: [...] estabelecem um Marko de Ação
destinado a permitir que todos os indivíduos realizem seu direito a aprender e
cumpram sua responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento de sua
sociedade. Elas são de natureza global, formuladas a partir dos resultados dos
congressos regionais da Educação para Todos e das metas internacionais de
desenvolvimento com que os países já estão comprometidos (BRASIL, 2000, p. 18).
Pesquisadores como Pletsch (2010) e Bueno (2008) nos alertam para os
rumos traçados à educação inclusiva pelas políticas públicas de educação, no que
diz respeito, inclusive, às contradições existentes no País, onde a exclusão ainda é
predominante, sem contar que, nas escolas, os índices de fracasso escolar são
alarmantes.
Porém, com frequência esses índices são camuflados por meio da adoção de
sistemas de ciclos, programas de aceleração, de progressão continuada ou projetos
para “corrigir” a defasagem idade-série. Produzem os “excluídos no interior” da
escola [...] (PLETSCH, 2010, p. 74).
Essa autora complementa seus comentários com o que diz Bueno (2004, p.
10) a esse respeito: Permanecem e “progridem” nos graus escolares, mas que nada
ou quase nada aprendem, sejam eles considerados com “necessidades
educacionais especiais” ou deficientes, mas com certeza, membros das populações
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identificar seu próprio ativo, calcular juros de um carnê numa compra e prestações,
ler o manual de um eletrodoméstico ou de um equipamento de trabalho, além de
outras atividades [...] exigem uma gama de informações que seriam de
responsabilidade da própria escola (BRASIL, 2004, p. 39).
Bueno, ainda nos diz, sobre os índices de escolarização apontados no País,
com resultados numéricos problemáticos, que o baixo nível de aprendizagem escolar
dos alunos com deficiência, cuja culpa pela não aprendizagem, na maioria das
vezes, recai sobre o próprio aluno, que não está sozinho nessa situação.
[...] parece ser ingênuo o espanto de muitos profissionais, estudantes e
acadêmicos da educação especial frente aos resultados escolares extremamente
baixos alcançados por alunos deficientes, em particular aqueles oriundos das
camadas populares, inseridos ou não em classes regulares, como se eles
refletissem situação muito diferente de seus pares não deficientes.
Entretanto, a simples constatação de que esses baixos resultados não
atingem somente esses alunos, mas também muitos outros, considerados “não
deficientes”, não basta, porque pode redundar numa visão estreita, de
responsabilização das escolas e dos professores por esses baixos resultados
(BUENO, 2008, p. 47 e 48).
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“caráter que distingue um ser do outro, ser, uma coisa de outra coisa”.
Nosso País é expressivamente marcado pela diversidade, manifestada pelos
diferentes grupos e suas relações e manifestações, que podem ser vistas pelas: [...]
diferentes características regionais, diferentes manifestações de cosmologias que
ordenam de maneiras diferenciadas a apreensão do mundo, formas diversas de
organização social nos diferentes grupos e regiões, multiplicidade de modos de
relação com a natureza, de vivência do sagrado e de sua relação com o profano. O
campo e a cidade propiciam as suas populações vivências e respostas culturais
muito diferenciadas que implicam ritmos de vida, ensinamentos e valores e formas
de solidariedade distintas (BRASIL, 1997a, v. 10, p. 29-30).
Diversidade não diz respeito somente ao reconhecimento do outro, mas
significa pensar a relação entre o eu e o outro. Considerar o outro é manter o foco de
atenção sobre o próprio grupo, mergulhado na sua história, no seu povo.
Semelhanças e diferenças são continuamente lembradas nas relações, e, são
marcas presentes nas definições dos valores sociais: [...] determinadas “minorias”,
identificadas por fatores relativos à classe social, gênero, etnia, sexualidade, religião,
idade, linguagem, têm sido definidas, desvalorizadas e discriminadas por
representarem “o outro”, “o diferente”, “o inferior”. Diferenças, portanto, têm sido
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a) Questões de gênero
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habilidade e execução de tarefas quando feitas por mulheres são intuição e quando
feitas pelos homens são frutos de habilidades técnicas; o professor, quando bom é
considerado criativo, gênio, inteligente e a professora quando é boa é considerada
esforçada, estudiosa, explicam melhor, mas não entendem tanto, ou seja, “O saber e
a genialidade são masculinos; o esforço e a intuição femininos”. (MACHADO, 2003,
p. 198).
Os estudos sobre as questões de gênero demandam pesquisas e
providências, bem como podemos ver nos apontamentos de Felipe (apud BIAGIO,
2005, p. 35):
Se educarmos as crianças a partir de gênero, estaremos limitando as
experiências de ambos. Por exemplo, dizer que meninos e homens não devem
chorar os impede de desenvolver a sensibilidade e a expressão de seus
sentimentos. Da mesma forma, ensinar às meninas que elas não têm competência
para as atividades voltadas para as áreas de raciocínio lógicoespacial é limitá-las em
suas várias possibilidades de aprendizado. Infelizmente, os brinquedos oferecidos às
crianças ainda se pautam por essa divisão radical: às meninas, ensina-se o mundo
doméstico, a maternidade, o embelezamento. Aos meninos, o mundo das
competições, da agressividade, do raciocínio lógico.
A violação dos direitos fundamentais, expressa a mais profunda desigualdade,
situação em que vivem ainda, mulheres, especialmente pobres, trabalhadoras,
negras, embora existam também, homens nessa situação. Ainda existem restrições
a altos postos de trabalho e a altos salários à mulher, especialmente quando o
assunto envolve vultosos recursos financeiros administrados por elas.
Por outro lado, vivenciam-se determinados tipos de trabalho ocupados pela
mulher, até os que mantinham a exclusividade dos homens, como motorista de
ônibus, de táxi, comandante de aeronave e outros. Mesmo assim, a mulher não
abandona seu lado feminino, sua luta diária é acompanhada pela vaidade, pela
simpatia, pela beleza e, muito mais ainda, pela determinação.
Nesse momento de efervescência, de afirmação da cidadania e de
participação ativa na sociedade, novos atores invadem a cena social para denunciar
injustiças, reivindicar direitos e propor estratégias de libertação. Entre eles, destaca-
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b) Questões étnico-raciais
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Desse documento, outros trechos serão ressaltados, uma vez que são
orientadores da reorganização das escolas e dos sistemas de ensino, na adequação
às necessidades educacionais de todos os alunos, nos seguintes termos:
Todas as crianças de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e
que a ela deva ser dada a oportunidade de obter e manter nível aceitável de
conhecimento;
Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de
aprendizagem que lhe são próprios;
Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de
modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes características e
necessidades; as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter
acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na
criança, capaz de atender a essas necessidades; as escolas comuns, com essa
orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes
discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade
integradora e dar educação para todos; além disso, proporcionam uma educação
efetiva à maioria das crianças e melhoram a eficiência e, certamente, a relação custo
benefício de todo o sistema educativo (BRASIL, 1997, p. 10).
Antecedente aos eventos internacionais supramencionados, a Constituição
Federal de 1988, introduziu no País, a era dos direitos, em detrimento dos
sentimentos da benesse, caridade e favor, que impregnavam projetos sociais,
mantendo, sobretudo, a hegemonia das instituições e a fragilidade dos cidadãos.
Com isso, defendendo a cidadania plena e, ao mesmo tempo envolvendo o Estado,
a sociedade e as famílias, direcionando-os a assegurar o acesso aos bens sociais,
sem discriminação de qualquer natureza.
A Constituição Federal de 1998 incorporou vários dispositivos referentes aos
direitos da pessoa com deficiência, nos âmbitos da saúde, educação, trabalho e
assistência. Especificamente no campo educacional, registrou-se o direito público
subjetivo à educação de todos os brasileiros; entre eles, os indicados como
portadores de deficiência, preferencialmente junto à rede regular de ensino. Essas
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mecanismos que possam comprovar sua passagem pelos níveis e etapas de ensino
previstas em lei. Com isso, chama-se atenção à recomendação quanto à
temporalidade flexível do ano letivo, a fim de evitar distorção idade/série,
especialmente nos casos de deficiências mais acentuadas e múltiplas de forma que
possam finalizar em maior tempo o currículo previsto para a série/etapa escolar,
sobretudo nas séries finais do ensino fundamental, conforme estabelecido pelas
normas dos sistemas de ensino, procurando evitar grande discrepância idade/série;
(BRASIL, 2001b).
Esse é um assunto não totalmente resolvido é o que podemos acrescentar,
uma vez que as escolas organizam seu currículo em anos letivos, por meio de
quadros curriculares, por onde se espera que, a cada ano, a série ou ano escolar
seja cumprido, e, no final de cada ano, o aluno é considerado aprovado ou
reprovado, pelo que acompanhamos na dinâmica de funcionamento escolar no País,
podendo-se observar o descumprimento de tal normativa.
Da mesma forma, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica (BRASIL, 2001b) existe a recomendação aos sistemas de ensino
para que se voltem ao favorecimento dos alunos com altas habilidades/
superdotação, disponibilizando programas de enriquecimento/ aprofundamento nos
processos curriculares, inclusive medidas que permitam menor tempo para
conclusão da série ou etapa escolar, conforme dispõe o artigo 24, inciso V, “c, “da
Lei 9394/96 (LDB). Tudo isso com contundentes recomendações de que todos os
alunos com necessidades educacionais especiais devessem estudar em classes
comuns de qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica. Deve-se entender
por alunos com necessidades educacionais especiais aqueles que apresentem no
processo educacional:
I - Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,
compreendidas em dois grupos:
a) Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou
deficiências; II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos
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Tudo isso, a fim de que o aluno com deficiência tenha acesso aos
conhecimentos disponíveis na escola, que não acumule prejuízo em sua
aprendizagem e, além do mais, que possa contar com tais serviços quando deles
necessitar por problemas de saúde ou outros agravantes que o impeçam de
frequentar normalmente a escola. Tais serviços têm como finalidade, evitar prejuízo
ao aluno no ano letivo, e devem funcionar de forma a contribuir com o seu retorno e
continuidade aos estudos na escola, e caminhar no percurso escolar, como os
demais alunos.
Essas diretrizes relativas ao cumprimento do direito à educação das pessoas
que apresentam necessidades educacionais especiais fundamentam-se nos valores
emanados dos seguintes princípios: “a preservação da dignidade humana; a busca
da identidade e o exercício da cidadania” (BRASIL, 2001b, p. 24).
São princípios que, sobretudo, vêm contribuir para a formação de uma
consciência mais humana, solidária e de respeito aos direitos humanos.
Diferentemente, de atitudes de piedade, extinção, rejeição ou exclusão até então
praticados e que contribuíram para a exclusão e a discriminação.
A discriminação afronta a dignidade humana, que, por sua vez, constitui-se no
enriquecimento à vida, uma vez que, com base no princípio da dignidade, pelo qual
se depreende que, “toda e qualquer pessoa é digna e merecedora do respeito de
seus semelhantes e tem o direito a boas condições de vida e à oportunidade de
realizar seus projetos” (BRASIL, 2001b, p. 24).
Com essas orientações, propõe-se a construir outro modelo de sistema de
ensino, com adoção do papel socializador e pedagógico da escola, solidária e sem
preconceitos, de forma a contribuir para que todos se percebam como dignos e
iguais no âmbito social. Como bem diz Pletsch (2010, p. 77): [...] uma proposta de
educação que se pretenda inclusiva deve ser entendida como um processo amplo,
no qual a escola deve ter condições estruturais (físicas, de recursos humanos
qualificados e financeiros) para acolher e promover condições democráticas de
participação dos alunos com necessidades educacionais especiais no processo de
ensinoaprendizagem, assim como de todos os alunos. É um processo no qual a
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Uma das habilidades principais que o aluno cego precisa dominar é a leitura e
grafia escrita do Braille, conforme convencionada para os países de língua
portuguesa. O Braille é um processo de escrita em relevo para leitura táctil, que se
compõe de 63 sinais formados por pontos, a partir de um conjunto matricial idêntico
a uma sena de dominó, que chamamos de célula Braille (ORRICO, apud GLAT et
al., 2007, p. 125-126).
Por estarmos falando da apropriação da escrita pela pessoa cega, vale
destacarmos que: A escrita é feita com a reglete, um equipamento manual (parece
uma régua, daí seu nome) ou de mesa, com células Braille em sua extensão, que
permite a escrita com o uso de estilete genericamente chamado de punção, em um
papel especial de 120g a 180g. Outro recurso é a máquina Perkins, semelhante a
uma máquina de datilografia, mas com o teclado adaptado para a escrita Braille,
podendo ser manual ou eletrônica; o papel indicado para essa máquina é o de 120g.
O domínio do Braille é fundamental para a pessoa cega, pois lhe garante uma
alternativa para o acesso mais amplo à cultura e ao conhecimento (ORRICO, apud
GLAT et al., 2007, p. 126).
Vários dispositivos legais foram acionados em favor da inclusão dos alunos na
escola, na sociedade e na vida, criando possibilidades diversificadas para
sedimentação do contexto relacional entre as pessoas com e sem deficiência. E,
então, no Brasil, as providências requeridas para a construção da escola e da
sociedade inclusiva não ficaram estacionadas no texto das Declarações e dos
tratados diversos que as inspiraram.
A cada ano, uma nova providência acionada, identificando-se que, em 2003, a
implementação pelo Ministério da Educação, o Programa Educação Inclusiva: direito
à diversidade. A partir desse documento, ações foram pensadas e concretizadas,
especialmente nessa lógica, voltadas à formação dos professores e gestores, com o
objetivo primordial de garantir o acesso de todos os alunos à educação escolar, à
oferta do atendimento educacional especializado e à garantia da acessibilidade, com
a remoção de barreiras impeditivas de sua plena atuação. As barreiras podem ser
vistas como: Quaisquer obstáculos que impeçam ou dificultem a utilização, a
liberdade de movimentos e a circulação das pessoas portadoras de deficiência pelos
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Deficiência auditiva
Deficiência física
Deficiência intelectual/mental
Deficiência múltipla
Deficiência visual
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Surdocegueira
Síndrome de Down
Autismo
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Transtorno de aprendizagem
Transtorno da leitura
Transtorno da matemática
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Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua
formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e
conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no
atendimento educacional especializado, aprofunda o caráter interativo e
interdisciplinar da atuação nas salas de aula comuns do ensino regular, nas salas de
recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de
acessibilidade das instituições de ensino superior, nas classes hospitalares e nos
ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial
(BRASIL, 2008, p. 17).
Ainda mais que a primeira iniciativa formal com relação à formação dos
professores já existe no País, por força da Resolução CNE/CP no. 1/2001, já citada
neste documento. Cabe aos sistemas de ensino, no que diz respeito ao ensino
superior, envidar esforços para implementá-la, haja vista a necessidade de ajuda e
apoio aos professores no sentido de modificar e incrementar sua atuação.
O papel do professor mudou: de um transmissor de informação, ele passou a
ser um facilitador do processo de aquisição de conhecimento. Esse procedimento
implica que para que a informação se transforme em conhecimento precisa ser
contextualizada, refletida e, muitas vezes, completada. Esta é uma nova
competência do professor e da escola (RODRIGUES, 2008, p. 9).
Para garantir sua atuação na educação especial, “o professor deve ter como
base sua formação inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da
docência e conhecimentos específicos na área” (BRASIL, 2008, p. 17).
Destacamos a participação da família e da comunidade, a própria Constituição
Federal (1988) reconhece a educação como direito de todos e dever do Estado, da
Família e da sociedade.
A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e possui o direito de
receber a proteção da sociedade e do Estado. As pessoas com deficiência e seus
familiares devem receber a proteção e a assistência necessárias para que as
famílias possam contribuir para o pleno e igual desfrute dos direitos das pessoas
com deficiência (ONU, 2006).
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Por outro lado, essa mesma autora (p. 37) enfatiza que “alguns educadores
expressam medos e dúvidas sobre a possibilidade de se efetivar concretamente a
inclusão nas escolas”, afirmando que a prática da inclusão na escola estaria ainda
tímida, pela própria falta de qualificação para o trabalho especializado, embora o
discurso estivesse mais acelerado.
Em seu trabalho sobre a política de educação inclusiva nas escolas, a autora
supramencionada identificou a presença significativa de alguns elementos, tais como
o preconceito, a crise de identidade de educadores que até então trabalharam em
serviços especializados, como classes especiais, o número elevado de alunos com
diferentes tipos de deficiência numa mesma sala de aula, e, ainda, a inexistência de
atendimento psicológico.
Além do mais, outras questões foram evidenciadas, como por exemplo, a
insegurança pela perda do domínio sobre o campo especializado, por parte de
alguns professores considerados detentores do saber lidar com alunos com
deficiência.
No processo de inclusão escolar, está presente a questão das relações de
poder em torno do conhecimento em determinado campo do saber que se processa
na escola, pois o docente da educação especial é um “especialista”, detém um saber
específico que lhe confere um status, e a transferência desse saber para outro
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docente “não especialista” reveste-se numa forma de perda de poder, de uma perda
de identidade (OLIVEIRA, 2007, p. 38).
Por outro lado, a Secretaria Nacional de Educação Especial (SEESP), órgão
do Ministério da Educação responsável pela implementação da política de educação
especial modifica o conceito da educação especial, com a adoção de novas
diretrizes que delegam a essa modalidade, a responsabilidade de complementar ou
suplementar as necessidades dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Queremos deixar registrados os conceitos utilizados pelos próprios
documentos oficiais para definirem suplementação e complementação, até na
tentativa de buscar evidências que expliquem melhor esse atendimento, e, assim,
encontramos as seguintes definições: “complementar é a função de completar o
currículo para viabilizar o acesso à base nacional comum”; enquanto que
suplementar significa
“ampliar, aprofundar ou enriquecer a base nacional comum” (BRASIL, 2001c, p. 28).
O atendimento educacional especializado com as finalidades determinadas na
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(2008) deve contar com: [...] a atuação de profissionais com conhecimentos
específicos no ensino da língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na
modalidade escrita como segunda língua, do sistema Braille, do Soroban, da
orientação e mobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação
alternativa, do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas
de enriquecimento curricular, da adequação e produção de materiais didáticos e
pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos, da tecnologia assistiva
e outros (BRASIL, 2008, p. 16).
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Educação inclusiva
constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Deve ser realizado no turno
inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize
esse serviço educacional. Desse modo, na modalidade da educação de jovens e
adultos e educação profissional, as ações da educação especial possibilitam a
ampliação de oportunidades de escolarização, formação para o ingresso no mundo
do trabalho e efetiva participação social (BRASIL, 2007, p. 17).
Em uma análise inicial, isso implica identificarmos a educação especial no
contexto da educação geral, com caráter transversal nos níveis, etapas e
modalidades da educação brasileira, em salas de recursos, atendimento domiciliar,
atendimento hospitalar e centros de atendimento educacional especializado.
Serviços anteriormente existentes e, ainda em execução, tais como, classes e
escolas especiais, não constam nas referências dos documentos oficiais que
disciplinam a oferta da educação especial, a partir de 2008, embora ainda existam
normativas em vigor, como a Resolução nº. 2 de 11 de setembro de 2001b, do
Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica que ainda admitem o
funcionamento de tais serviços, os quais, em sua maioria, encontram-se
regulamentados em seus respectivos órgãos normativos dos sistemas de ensino,
Conselhos Estaduais ou Municipais de Educação.
Reconhecemos que questões importantes merecem destaque na discussão
da escola inclusiva, especialmente em se falando de pessoas com deficiência,
tomando como exemplo a aprendizagem e a educação escolar, o desenvolvimento
de ações educativas de apoio à aprendizagem e a formação inicial e continuada dos
professores para atuarem na perspectiva do direito de todos à educação.
[...] esse direito nem sempre vem respaldado no conceito de educação plena,
significativa, justa, participativa, mas, na maioria das vezes, em termos de
generalização que só discute educação a partir e para uma determinada parte da
população. A retórica da aceitação dos outros não tem conseguido promover
movimentos pedagógicos em que as formas de trabalho escolar se debrucem sobre
o aluno real, por meio de uma ação dialógica. Pelo contrário, os currículos escolares
estão permeados pela ideia de um aluno único, abstrato, mesmo quando tratam de
pluralidade cultural, porque se considera que culturas de diferentes grupos sociais
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são regidas pela mesma lógica, pelos mesmos critérios de verdade e legitimidade e
que, portanto, partem de uma raiz comum e a ela se dirigem (DORZIAT, 2007, p.
55).
Quanto à atuação do professor e sua formação: O professor de AEE é um
profissional que atua sobre as peculiaridades de certos alunos, provendo recursos,
meios, equipamentos, linguagens e conhecimentos que os apoiam no acesso e
participação no ensino comum. Seu trabalho vai além do ensino de técnicas,
códigos, manuseio, treino de uso dos recursos que dão suporte à escolarização dos
alunos nas turmas comuns e não visam à aprendizagem de conteúdos curriculares.
Trata-se de um professor especializado nesse tipo de atendimento, mas que não se
confunde com o especialista no sentido usual do termo, porque ele é, antes de tudo,
um professor, cujo entendimento da Educação Especial na perspectiva inclusiva,
permite que ele integre sua especificidade ao ensino comum, sem desfigurá-la. Esse
professor pesquisador estuda cada um dos alunos que lhe é encaminhado e decide,
organiza, cria, desenvolve recursos para além do que já existe de suportes de todo
tipo, que possam suprir as necessidades de cada um (MANTOAN, 2010, p. 14).
Com tantas atribuições e diferenciações elencadas para o professor que
trabalha no AEE, nos leva a dizer, ainda, mais uma motivação para seguirmos nossa
trajetória de estudos e reflexões, uma vez que esse é um assunto presente em todas
as instâncias que se discute o processo de educação inclusiva e a educação
especial, no contexto das mudanças, mas principalmente, os alunos com
deficiências complexas, as quais têm impactado negativamente no aspecto cognitivo
desses alunos, causando prejuízo no percurso escolar.
E sobre a operacionalização do AEE? Como deve ocorrer de fato?
Não há um molde pronto para ser aplicado indistintamente aos problemas, às
deficiências dos alunos e assim sendo, o AEE desafia a capacidade de o professor
especializado encontrar saídas, descobrir o que pode acrescentar ao seu plano
inicial de ação, para mantê-lo atualizado e aberto a novos possíveis. Todas as suas
atribuições envolvem muita dedicação e um nível de responsabilidade que precisa
ser desenvolvido na prática, mas tendo por detrás uma boa sustentação teórica
coerente com os princípios da inclusão e, portanto, com o que se entende por
“diferenças na escola” e não com a “escola dos diferentes”.
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matriculados nas escolas comuns e, outros tipos de recursos, dos quais necessitam,
tais como (BRASIL, 2001c, p. 50-51):
• Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica
desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas
para trabalhar com os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais
e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.
• Classe hospitalar: Serviço destinado a prover, mediante atendimento
especializado, a educação escolar a alunos impossibilitados de frequentar as aulas
em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou atendimento
ambulatorial.
• Ambiente domiciliar: Serviço destinado a viabilizar, mediante
atendimento especializado, a educação escolar de alunos que estejam
impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que
implique permanência prolongada em domicílio.
Esses pressupostos foram incorporados ao Parecer CNE/CEB Nº 17/2001c (p.
46 a 56), em suas referências à Educação Especial na Educação Básica, e na
Resolução CNE/CEB nº 02, de 11/09/2001b, normas que se traduzem na
intencionalidade de modificações à educação especial e à educação comum, pois
em suas proposições, estão destacadas, em especial, as respostas educativas que
devem ser dadas, consoante com as necessidades educacionais especiais e os
apoios que os alunos precisam para que a inclusão de fato aconteça, além de outros
direcionamentos significativos às escolas das redes de ensino, tais como o
envolvimento da comunidade e da família, pois é de fato reconhecido que:
Historicamente, os pais têm sido uma importante força para as mudanças no
atendimento aos portadores de deficiência. Os grupos de pressão por eles
organizados têm seu poder político concretizado na obtenção de serviços e recursos
especiais para grupos de deficientes, particularmente para deficientes mentais e
deficientes auditivos (MAZZOTTA, 2003, p. 64).
Enfim, para a concretização de ações que venham ao encontro das reais
necessidades das pessoas com deficiência e sucesso aos níveis mais elevados de
ensino, com acesso, permanência e maior dinamicidade em seu percurso escolar,
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Como resultado dos eventos que direcionam esses propósitos, os alunos com
deficiência devem ser matriculados e estudarem na escola comum da rede regular
de ensino e não mais em classes ou em escolas especiais. Todavia, apresentamos a
primeira provocação com apoio naquilo que nos dizem Tunes e Bartholo (2008, p.
142): [...] dadas à variedade e o antagonismo de concepções sobre a deficiência, é
preciso saber de que inclusão se está falando. A noção de diversidade-
singularidade é um marcador importante para se compreender o antagonismo entre
as visões fatalistas e as eussêmicas. Vista como fruto do pecado, um castigo
(concepção sobrenatural), ou de um erro da natureza (concepção naturalista), a
deficiência deve ser eliminada. Não se trata é claro, de eliminar a pessoa, mas sim o
mal que ela porta. Se o mal for decorrente de um desígnio divino, aplicam-se as
preces, orações, expectativa de milagres, exorcismos. Se resultar de um erro da
natureza, cabem as orientações e os procedimentos oriundos da ciência. Em
qualquer desses dois casos, a deficiência é o foco da ação, devendo a inclusão
favorecer a entrada e a permanência da pessoa no fluxo da normalidade, seja o que
for o que se denomine de normalidade. Vista como um conceito ou uma espécie de
sentimento que emerge das relações sociais que se estabelecem entre as pessoas
com deficiência e as demais, a deficiência deixa de ser o foco da ação inclusiva, que
se volta para as relações sociais. O que interessa não é o que ocorre na pessoa,
mas entre as pessoas.
O marco fundamental para a implementação dessa discussão, deu-se a partir
de evento mundial originário de uma reunião de Salamanca Espanha (1994), a qual
resultou na Declaração de Salamanca, conclamada no mesmo ano. Esse movimento
tem, com foco principal, a transformação dos sistemas de ensino em sistemas
educacionais inclusivos com repercussões na reorganização das escolas, as quais
deverão voltar-se ao acolhimento de: [...] todas as crianças, independentemente de
suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. [...]
crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que
trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias
linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas
desfavorecidos ou marginalizados (BRASIL, 1997, p. 17-18).
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vontade, são utilizados sem cessar, nessa atmosfera de tensa luta social
denominada trabalho pedagógico interno. Sua rede de insatisfações pessoais, de
incômodos, de esforços para se adiantar e sua sinceridade pedagógica, as lições
educativas derivadas disso, constituem a mesma rede da criação artística que
acabamos de descrever. Um pedagogo-educador não pode deixar de ser um artista.
Em um pedagogo, a total objetividade é um absurdo. O educador racionalista não
educa ninguém.
A sala de aula, pelo que pudemos apreender, deve ser a instância propulsora
da luta pela superação, pela criação, pela inventividade, pelas ações, enfim, pela
mobilização de esforços para a construção do novo, da aprendizagem, onde tudo
deve ser desvelado.
A educação, assim, não deveria ocultar nem velar as duras trações da
tragédia, mas permitir, que na luta, a vida se revele como criação, como permanente
tensão, superação e criação de novas formas de ação, liberando-se das formas
sociais que a deformam e mutilam (TUNES E BARTHOLO, 2008, p. 14).
Há que se entender a necessidade de atuação da equipe escolar, da
pedagogia retomando seu importante papel no encaminhamento da aprendizagem
com práticas pedagógicas, que devem ser, de tal forma planejadas, a fim de
contribuírem para a desconstrução de atitudes excludentes presentes no imaginário
da escola.
[...] o aluno é excluído do ensino regular com a justificativa de não possuir
condições para se beneficiar dessa modalidade de ensino devido a problemas
pessoais (distúrbios de aprendizagem, problemas emocionais, entre outros),
problemas de ordem familiar como a desagregação, desorganização, falta de
interesse e por ser proveniente de um meio social pobre (carente cultural)
(OLIVEIRA, 2008, p. 166).
Com isso, promover rupturas com a dominação dos saberes dos diversos
campos de atuação profissional, pelos quais foram legitimadas práticas tradicionais
cuja deficiência era olhada pelo viés das faltas, das impossibilidades, do deficit, e
pelas políticas educacionais resumidos na categoria necessidades educacionais
especiais. Na ausência de outros critérios que permitam uma definição mais precisa
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da população considerada especial, surge uma ampla categoria que não nos auxilia
a resolver o impasse (JANNUZZI, 1997 apud PADILHA, 2001)
Somos seres multideterminados, dependendo das condições concretas de
vida social para nos desenvolvermos e a educação é uma destas condições. É muito
importante... É preciso descobrir a “promessa que reside em cada criança [ou jovem,
ou adulto]. Promessa de potencialidade para as quais até o momento não se
encontrou instrumentos adequados de avaliação [...]” (PADILHA, 2001, p. 219).
Sem contar com uma realidade escolar em que persistia o ensino para o qual
o professor era o dono do saber absoluto e o aluno o sujeito passivo à espera dos
conteúdos, sobre o que deveria manter o pleno domínio. Do contrário, o aluno
passaria a fazer parte do grupo dos alunos que não aprendiam, engrossando fileiras
do fracasso escolar, assunto que não os ajudou nas necessárias superações para o
próprio funcionamento na escola, na qual sempre foi visto como um aluno que não
demonstra, conforme as exigências da escola, condições de aprender.
A questão do fracasso escolar remete para muitos debates: sobre o
aprendizado [...], mas também sobre a eficácia dos docentes, sobre o serviço
público, sobre a igualdade “das chances”, sobre os modos de vida e o trabalho na
sociedade de amanhã, sobre as formas de cidadania, etc. (CHARLOT, 2000, p. 14).
A escola convive com essas questões, sobre as quais precisa redimensionar
seu trabalho e, ao mesmo tempo, vive situações em que as buscas dos alunos com
deficiência, em equacionar suas necessidades básicas de aprendizagem em muitos
casos não contempladas, não lhes são de todo exclusivas.
Se olharmos as análises sobre os indicadores sociais referentes ao ano de
2007 e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
setembro de 2008, oito de dez crianças que não sabem ler e escrever estão na
escola, o que equivale a 84,5% das crianças de oito a 14 anos que não sabem ler e
escrever frequentando a escola, algo correspondente a 1,1 milhões de crianças. Os
indicadores mostram que 745,9 mil vivem no nordeste. Pletsch (2010, p. 75)
comenta tal situação:Isto mostra que, se antes a exclusão era gerada pela falta de
acesso à escola e pelas múltiplas reprovações, agora ela se funda sobre o
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propõem Piaget e Bruner. Para ele, tais mecanismos são de origem e natureza
sociais, e peculiares ao ser humano.
Um dos principais destaques dados à teoria de Vygotsky diz respeito aos
processos mentais superiores do sujeito que, para ele têm origem em processos
sociais e sua compreensão só se efetiva caso haja entendimento dos instrumentos e
signos mediadores desses processos mentais. [...] instrumentos e signos são
construções sócio-históricas e culturais através da apropriação (internalização)
destas construções, via interação social, o sujeito se desenvolve cognitivamente.
Quanto mais o indivíduo vai utilizando signos, tanto mais vão se modificando,
fundamentalmente, as operações psicológicas das quais ele é capaz. Da mesma
forma, quanto mais instrumentos ele vai aprendendo a usar, tanto mais se amplia, de
modo quase ilimitado, a gama de atividades nas quais pode aplicar suas novas
funções psicológicas (MOREIRA, 1999, p. 111).
Sobre os signos, Padilha (2001, p. 52), referindo-se aos estudos de Vygotsky,
nos diz o seguinte: A palavra, signo por excelência, constitui a consciência: a
consciência semiótica. O signo modifica as relações interfuncionais, [...], e o
significado não é igual à palavra, nem igual ao pensamento [...]. Mas não existe
signo sem significado, nem significado sem relação dialógica.
Esses instrumentos e signos são prerrogativas dos seres humanos e são
construções consideradas sócio-históricas e culturais, construções essas que
internalizadas, por meio da interação social, resultam no desenvolvimento cognitivo
do sujeito. A interação social é, “na perspectiva vygotskyana, o veículo fundamental
para a transmissão dinâmica (de inter para intrapessoal) do conhecimento social,
histórica e culturalmente construída” (MOREIRA, 1999, p. 112) Esse autor, ainda
nos diz que, para Vygotsky: [...] os processos mentais superiores (pensamento,
linguagem, comportamento volitivo) têm origem em processos sociais; o
desenvolvimento cognitivo do ser humano não pode ser entendido sem referência ao
meio social. Contudo, não se trata apenas de considerar o meio social como uma
variável importante no desenvolvimento cognitivo. Para ela, desenvolvimento
cognitivo é a conversão de relações sociais em funções mentais. Não é por meio do
desenvolvimento cognitivo que o indivíduo se torna capaz de socializar, é na
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conviver e participar. É ainda Tunes e Bartholo (2008, p. 147) que nos falam da
educação convivencial como necessária para se repensar às avessas formas da
escola conduzir esse processo, pois a consideram como: [...] aquela genuinamente
inclusiva. Requer uma pedagogia criadora, exercida por todos e por cada um,
quando se decide caminhar com os próprios pés. Nessa perspectiva, incluir não
significa apenas colocar no ninho o estranho que vem de fora, sequestrando-o de
sua vida plena; ao contrário, requer um sair de si e ir ao seu encontro, ofertando-lhe
aquilo de que efetivamente, necessita. Incluir significa ouvir e responder àquilo que
outro pede pela sua própria voz. Como seres humanos [...].
Além do mais, esse trecho nos induz a destacar que as concepções atuais
sobre deficiência introduzem novas reflexões que não condizem com a imobilidade
com que as pessoas com deficiência eram tratadas, especialmente no que diz
respeito à participação plena na vida comunitária, assim como, ao direito de ser
diferente. E com isso, viver como um aluno na escola que o promova e o alimente de
conhecimentos, da mesma forma como conduz o processo ensino-aprendizagem
aos demais alunos. Pletsch (2010, p. 167), alicerçada em seus estudos, os quais
foram conciliados com as observações fundamentadas nas escolas públicas no Rio
de Janeiro, nos afirma o seguinte: A partir dos diferentes argumentos apresentados e
levando em consideração as realidades observadas, defendemos ser necessário
implementar alternativas e/ou mudanças nas práticas curriculares para que os
alunos com necessidades especiais possam participar das atividades escolares.
Entretanto, essas mudanças devem constituir caminhos pedagógicos alternativos
para atingir os mesmos objetivos. Isto é, os alunos com necessidades educacionais
especiais, por meio de metodologias e processos educacionais diferenciados, teriam
acesso a conhecimentos significativos, assim como seus colegas.
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cultural compartilhado, não exclusivo de uma classe profissional concreta, ainda que
conceda certa legitimidade técnica à ação docente. Já a segunda se refere à
atividade docente realizada nos sistemas educacionais e às organizações escolares
em que estão inseridos. Neste sentido, “a prática profissional depende das decisões
individuais, que não estão isentas da influência de normas coletivas e de regulações
organizacionais”. Portanto, o conceito de prática pedagógica não se limita apenas às
ações dos professores em sala de aula (GARCIA, 2005 apud PLETSCH, 2010, p.
158).
Ferreira, por sua vez, apresenta significativas recomendações à maneira de
atuar na escola com vistas à aprendizagem e desenvolvimento dos alunos:
Pensando na educação dos sujeitos com deficiência, a busca de códigos
pedagógicos apropriados é necessária, mas não suficiente se não ressignificarmos
as relações de existência concreta destes alunos no âmbito da prática e dos
discursos da e na escola. Por esse ponto de vista, torna-se pouco provável que
possamos simplesmente recorrer à ajuda do conhecimento e da prática
tradicionalmente acumulados em educação especial, uma vez que trazem uma
perspectiva da educação especial que se constitui sob a égide de outras concepções
e outras referências teóricas (2004, p.
4).
No entendimento de Mendes (2008, p. 118): [...] as práticas curriculares são
entendidas como as ações envolvidas na elaboração e implementação do currículo.
São práticas nas quais convivem ações teóricas e práticas, refletidas e mecânicas,
normativas, orientadoras, reguladoras, cotidianas. Desde a proposição de currículos
pelos órgãos governamentais, à recontextualização feita desses discursos pela
escola e pelos seus sujeitos, tudo é entendido aqui como práticas curriculares.
No currículo produzido pelas práticas curriculares se expressa o que a escola
entende como conhecimento, o que prioriza, que saberes privilegia e transmite,
assim como que sujeito pretende formar e que sujeito de fato forma.
Essa autora reforça seu ponto de vista sobre práticas curriculares, dizendo:
[...] quando estudamos a escola estamos diante de práticas curriculares que são o
exercício característico da escola na organização e desenvolvimento do currículo, ou
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seja, dos conteúdos e das formas de sua transmissão, o que inclui atividades e
tarefas propostas, bem como acompanhamento dos alunos no processe ensino-
aprendizagem. São aquelas implementadas e recontextualizadas nos condicionantes
escolares (tempo-espaço) envolvendo as práticas de seleção e distribuição dos
conhecimentos escolares (Mendes, 2008, p. 118).
Enquanto isso, Oliveira (2008, p. 174) assim se posiciona: As ações dos
professores nas salas de aulas não se desenvolvem isoladamente, não são
resultados apenas de suas características pessoais (suas crenças, valores,
expectativas), mas refletem o tipo de cultura da instituição, considerada no contexto
mais amplo das políticas de reformas e mudanças educacionais que exercem
influências no cotidiano da escola e, consequentemente, nas práticas dos
professores.
Finalmente, sobre práticas pedagógicas, acrescentamos mais uma
contribuição Pletsch (2010, p. 158-159): Tomando como base as diferentes relações
e ações presentes no interior da escola e a influência que recebe das práticas
externas a ela, usaremos o termo prática associado ao currículo. Entendemos que
as práticas curriculares são ações que envolvem a elaboração e a implementação do
currículo em suas diferentes dimensões (planejamento, metodologias, estratégias de
ensino, avaliação, tempo e espaço de aprendizagem).
A seguir, seguem alguns apontamentos sobre as pesquisas realizadas:
Partindo de sua tese de doutorado, Mendes (2008) nos diz que as práticas
curriculares são fundamentais para “a análise do trabalho da escola diante da
deficiência”, embora nesse mesmo trabalho tenha descoberto que haveria
necessidade de compreender, concomitantemente “como de fato se estabelecem
tais práticas para todos os alunos” (2008, p. 110-111).
Da mesma forma, foi um trabalho que a ajudou a ressignificar a compreensão
da deficiência, assunto que deixou prioritário para dar lugar ao estudo e à
compreensão das “práticas curriculares diante das diferentes formas de aprender”
(MENDES, 2008, p. 112). Dessa forma, privilegiou explicitar o conceito de prática
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Isso com uma forte constatação por parte dessa autora, ou seja, as práticas
realizadas contribuem para que o aluno abandone a leitura como prática social, ao
mesmo tempo em que, os conteúdos trabalhados são apresentados com base em
uma seleção de natureza pobre, desconexa, descontextualizada e sem o real
significado para os alunos, o conhecimento trabalhado em sala de aula é deslocado
do tempo e do espaço, em suma, “empobrecido, destituído de sentido, deslocado,
fragmentado e, principalmente, [...] incapaz de auxiliar na constituição de uma leitura
de mundo” (MENDES, 2008, p. 143).
O trabalho ora refletido contém infindáveis dados para serem estudados,
porém, não cabem aqui maiores aprofundamentos sobre o estudo em pauta,
todavia, ainda destacam-se o que disse a própria pesquisadora, ao constatar na
escola práticas curriculares fundamentadas em princípios homogeneizadores: [...] há
uma concepção intrínseca de que o processo de aprendizagem é igual e ocorre da
mesma forma para todos os sujeitos. Talvez, o mais adequado fosse afirmar que, na
escola estudada, como o foco é exclusivo no ensino, o princípio da homogeneização
faz constituir práticas de ensino centradas no coletivo: um único modelo válido de
ensino, um padrão de tarefas a serem solicitadas, um modelo invariante de
sequências didáticas (MENDES, 2008, p. 146).
Em decorrência, tais práticas observadas configuravam-se pela definição de
um modelo fixo de aluno, pelo qual, as diferenças tanto do tipo de capacidade
superior como inferior para a aprendizagem constituíam-se em empecilhos para o
bom andamento das aulas, sob o ponto de vista das práticas então
institucionalizadas para atender a tal modelo, inclusive a forma de ensino e
aprendizagem respectivamente determinada pelo professor.
[...] dessa forma tudo que fugia a esse modelo era visto como diferente, sendo
o diferente, nesse caso, sinônimo de inadequado, de dificuldades ou até mesmo de
incapacidade.
Nesse sentido, a atenção voltada para essa diferença que emergia, já partia
do pressuposto de enxergar nela o menos, o obstáculo, o erro, a impossibilidade. No
entanto, na observação minuciosa, fomos percebendo que umas “atrapalhavam”
menos que as outras. Percebemos, então, que, ainda que de forma pouco
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que atendiam alunos com deficiência mental. Isto porque, para alguns, a ênfase
recaiu nas possibilidades dos alunos com deficiência em aprenderem, em detrimento
das impossibilidades, na valorização e no respeito aos alunos em suas
individualidades, no bom relacionamento, no trabalho escolar desenvolvido na
perspectiva da diversidade, na rotina organizada de forma colaborativa, na troca de
conhecimentos entre as professoras de salas de recursos e de classes comuns, no
clima de afetividade.
Expectativas positivas com relação a uma aluna de sala de recursos, busca de
alternativas e conhecimentos que possibilitassem o desenvolvimento de práticas em
benefício da participação da aluna em sala de aula, proposição de atividades
criativas, adaptadas e até aceitação das “tarefas sem maiores cobranças, mesmo
que não estivessem de acordo com a proposta desenvolvida pela turma” (PLETSCH,
2010, p. 192).
Muito embora, no trabalho desenvolvido por essa pesquisadora, tenham sido
identificadas ênfase nas dificuldades, angústias e despreparo.
Todos aprendemos, mas é preciso saber como ensinar de tal forma que para
ensinar alguma coisa a alguém devemos primeiramente pensar. ‘Quais as possíveis
formas de aprender aquilo que eu quero ensinar?’ Essa maneira de pensar é o que
chamo de aprender a aprender, o que também implica em aprender a ensinar e está
relacionado não somente a um domínio de fórmulas, os chamados modelos de
capacitação, mas principalmente vinculado com conteúdo e criatividade, essas
palavras traduzem uma das portas mais importantes da habilidade de um professor
ou de qualquer pessoa do saber ensinar (MUSTACCHI e SALMONA, 2007, p. 14).
Observou-se, ainda, na pesquisa discorrida, um trabalho escolar calcado no
tradicionalismo, predominando a tentativa de homogeneizar a turma, a qual era
dividida por nível de conhecimento, conteúdos escolhidos conforme o nível da turma,
desenvolvimento de instruções elementares.
Desenvolvimento de conhecimentos elementares a partir de instruções
simples, e não de processos mais complexos necessários para a elaboração de
conceitos, como por exemplo, entre tantos outros, aqueles requeridos pela
compreensão do que é quantidade e sua relação com o signo representado pelo
número. Certamente práticas desse cunho não contribuem para que os alunos
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que o tópico em estudo exige, ou não sabe como trabalhar isso, o que vai
comprometer toda a aprendizagem (TACCA, 2008, p. 63). Como os demais alunos
da escola, requerem práticas pedagógicas que tenham a devida clareza quanto às
atividades a serem realizadas, que os levem a pensar, às descobertas e à
criatividade. E um meio educacional que mantenha o equilíbrio entre a afetividade e
a intelectualidade, privilegiando os aspectos motivacionais, de curiosidade e
concentração para as descobertas, para aprender a solucionar os problemas e a
enfrentar os desafios que surgirem.
Devemos entender, então, a pessoa com deficiência com um desenvolvimento
qualitativamente diferente e único e que, no meio social, as relações estabelecidas
podem dificultar ou facilitar os caminhos para superação dos deficits e para as
aquisições cognitivas, pessoais e sociais.
Ao professor, cabe identificar e valorizar os diferentes caminhos percorridos
por todos os alunos, os processos pelos quais chegam às diferentes aquisições,
isso, independente de terem deficiência ou não. Não existem receitas e nem
respostas prontas para nenhum tipo de aluno e, nem ao menos iguais, para o
mesmo tipo de deficiência, pois, cada aluno é único. Assim, conforme Glat (2007,
p.89) “O professor terá que valorizar seu próprio saber e criatividade, contando,
sempre que necessário, com supervisão ou suporte para o seu trabalho”.
Da mesma forma, destacamos que: O professor, na sua condição de sujeito,
elabora representações do espaço escolar pelas quais organiza sua ação, toma
decisões, resolve conflito e exerce intencionalmente sua ação educativa. No seu
trabalho pedagógico, experimenta vivências emocionais diversas, susceptíveis de
organizar-se em sentidos subjetivos que, surgidos na ação, também a mediatizam
participando em alguma medida na caracterização de sua ação como mais ou
menos criativa. É o professor, na sua condição de sujeito, quem planeja e
desenvolve o trabalho pedagógico a partir de suas configurações subjetivas, das
características do contexto em que atua e da subjetividade social que o caracteriza
(MARTINEZ, 2008, p. 77).
Com essas reflexões, a nossa pretensão foi apresentar estudos desenvolvidos
nas perspectivas teórico-metodológicas que inauguraram os séculos XX e XXI, com
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inclusão escolar surge como a “nova missão da escola” [...] de lealdade entre os
crentes e confiança entre os empenhados, assim como que qualquer
questionamento a respeito é encarado como “heresia”, pois que não aceito pelos
adeptos, sem qualquer consulta ou consideração.
Pelo que apreendemos do próprio significado do termo heresia usado pelo
referido autor, é inquestionável a inclusão posta pelos disseminadores dessa
doutrina, tida como verdade absoluta e irremediável sua implantação no País. Para
esclarecimento sobre o termo heresia, portanto, fomos buscar apoio em Polito, autor
do Dicionário de Sinônimos e Antônimos, Michaelis (1994, p. 332), seu respectivo
sinônimo, a fim de esclarecer nossas dúvidas diante do emprego da terminologia, e
vimos que heresia é ao mesmo tempo: “heterodoxia; ortodoxia; blasfêmia; absurdo,
contrassenso; disparate”.
O interessante nesse aspecto é que, enquanto isso, a escola e os
professores, ignorando que possam ser identificados com o significado desses
termos por não compactuarem imediatamente com as propostas implementadas
sobre a inclusão de todos os alunos em classes comuns, vivenciam o processo de
encaminhamento dos alunos com deficiência para as escolas, com significativa
inquietação. E, assim, não se intimidam ao dizerem não saber como lidar com alunos
com deficiência, especialmente se tiverem que lidar com casos de deficiências mais
complexas.
“Ao lidar diretamente com os alunos, no cotidiano da escola, os docentes são
invadidos por sentimentos que vão da perplexidade à frustração, da exaustão à
impotência. Não sabem o que fazer, nem como ensinar os alunos” (OLIVEIRA e
MACHADO apud GLAT, 2007, p. 36). Episódios sobre posicionamentos semelhantes
diversificam-se, dentre eles, o que foi vivenciado por Oliveira (2007, apud
MEIRELLES, 2007, p. 39), a qual nos diz o seguinte: Em um encontro de
educadores, uma professora levantou em relação à seguinte questão: é certo os
alunos com necessidades especiais serem cobaias na escola? E um rapaz com
paralisia cerebral com formação em nível superior levantou-se e disse: se eu não
fosse cobaia há vinte anos eu não estaria aqui hoje. O fato de uma escola ter me
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recebido, após inúmeras tentativas de minha mãe, fez com que eu chegasse onde
cheguei, provavelmente eu estaria hoje em um canto de uma sala ou em uma rede.
Autores como Glat e Nogueira (2002), Mendes, Ferreira & Nunes (2003) e
Beyer (2005) vêm alertando para a questão da insuficiência dos cursos de formação
de professores para o trabalho com a diversidade. No que diz respeito à formação
dos professores para trabalhar com os pressupostos da educação inclusiva,
pesquisadores apresentam manifestações diversas, inclusive apontando
inconsistências presentes no currículo voltado a essas práticas.
[...] em todas as questões que se referem a currículo para formar professores,
percebemos a incompletude. Não há respostas fechadas quanto à dicotomia entre
as perspectivas de inclusão e a manutenção da exclusão diária e contumaz. Ou
quanto ao atendimento às classes heterogêneas via atividades diversificadas.
Certamente, não se constrói um currículo de forma apriorística por meio de planilhas
rígidas e objetivos estereotipados. Ele é vivo, produto de uma construção coletiva,
vivenciado no cotidiano da educação. Há muito que fazer, portanto, para que o “fazer
pedagógico” dos professores que trabalham com alunos portadores de necessidades
educativas especiais possa ser aperfeiçoado (OLIVEIRA e ABREU, 2003, p. 108
apud OLIVEIRA; MACHADO, 2007, p. 39).
Da mesma forma, Fontes (2010, p. 56-57) contribui com esse assunto e
acrescenta: [...] além da falta de preparo teórico-metodológico para incluir o aluno
com deficiência ou outras condições de “excepcionalidade”, o professor do ensino
regular pode apresentar expectativas desfavoráveis em relação a sua capacidade de
aprendizagem. Nesse sentido, a aceitação do “aluno especial” e suas diferenças é
um processo complexo que passa pela sensibilização do professor.
O Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2001) já denunciava não acreditar
na eficácia da escola sem que seus professores estivessem devidamente
preparados para atender aos alunos com deficiência, por ocasião de sua formação
inicial. Ao mesmo tempo, refere-se à necessidade de formação continuada,
reconhecendo que esta “assume particular importância, em decorrência do avanço
científico e tecnológico e de exigência de um nível de conhecimentos sempre mais
amplos e profundos na sociedade” ( p. 77).
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serviços de apoio às escolas, aos alunos e aos sistemas de ensino, pois estes são
essenciais para que o processo de inclusão desses sujeitos de fato ocorra. Ao
contrário, o sucesso da política de Educação Inclusiva depende diretamente da
continuidade da existência dessa rede de suportes especializados, incluindo-se a
formação inicial e continuada de professores especialistas nos diferentes tipos de
necessidades especiais e níveis de ensino. Pois só o diálogo entre especialistas e
generalistas fará com que a escola construa as melhores respostas educativas para
todos os seus alunos (GLAT, 2007, p. 33).
Em meio a essas questões, ainda vivenciamos uma realidade que nos aponta
a existência de um número ainda desconhecido de pessoas com deficiência que não
estudam em nenhum lugar.
Os índices de fracasso e evasão escolar continuam sendo apontados como
“endêmicos”, constituindo-se como mecanismos poderosos de exclusão escolar e
social de contingente considerável da população. Porém, com frequência esses
índices são camuflados por meio da adoção de sistemas de ciclos, programas de
aceleração, de progressão continuada ou projetos para “corrigir” a defasagem
idadesérie (PLETSCH, Grifos da autora, 2010, p. 74).
Na composição desse cenário, um tema emergente precisa fazer parte dos
estudos na formação dos professores e na escola, qual seja a aprendizagem. Não
menos necessário, outro assunto dessa natureza amplia nossa reflexão: como
ensinar pessoas com deficiência? Essa indagação está presente no discurso dos
professores, conforme podemos verificar em diversos pesquisadores como, por
exemplo, Anache (2007) e Ferreira (2007). Essa última pesquisadora, em um
trabalho sobre os encaminhamentos da aprendizagem de alunos com deficiência
intelectual, acrescenta outra pergunta a nossa: “adaptar o quê e como?” e, ao
mesmo tempo responde: Frente à inexistência clara de uma resposta, as professoras
e professores vão se orientando pelo senso comum cuja racionalidade é a de que,
no decorrer do processo escolar, os alunos com deficiência intelectual são incapazes
de aprender. Tais necessidades emanam de uma representação social que
considera que eles são mais lentos, e, devido à dificuldade nos processos cognitivos,
devem aprender menos conteúdo e que estes sejam mais simplificados, já que as
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relacionais nesse processo são elementos que devem ser alvo de destaque por
parte dos educadores, cujo entendimento sobre esses recursos e os resultados da
aprendizagem, nos leva a considerar o que nos apontam Anache e Martinez (2007,
p. 47): O ser humano possui uma história social, na qual estão englobados
elementos da cultura e uma história individual, os quais dizem respeito ao contexto
relacional, que também é cultural, o que dificulta padronizar um tipo específico de
comportamento para um determinado tipo de deficiência, ou seja, as reações frente
à deficiência dependem não só das capacidades individuais do sujeito, mas também
do que representa para seu ambiente familiar, escolar e social.
Nesse sentido, a educação com caráter interacional, configura-se em uma
ação processual de construção e reconstrução de conhecimentos, resultantes das
interações entre as pessoas, cada qual, com seus valores, ideias, percepções,
interesses, capacidades, estilos cognitivos e aprendizagens.
De tal modo, compreender o processo da aprendizagem de pessoas requer o
rompimento com a homogeneização, pois cada aluno é único e tem uma forma de
aprender. Isso significa pensar no quanto é necessário adentrar na escola a
disseminação pelo respeito à diversidade, cuja significação remete a outras
orientações às ações e ao Projeto Político Pedagógico da escola. Para tal, devemos
entender que: A celebração da diversidade é um verdadeiro desafio, porque o
modelo classificatório que pautou o último século da educação teve sempre por
referencial o padrão, a uniformidade, a homogeneidade. Em virtude disso, nossas
instituições de ensino foram e vêm sendo fortemente seletivas e excludentes, uma
vez que se contrapõem à natureza própria do desenvolvimento humano – que tem
sua origem na diversidade (HOFFMANN, 2005, p. 39).
Aliado a essas considerações, deve-se buscar outras formas de pensar sobre
cada uma dessas pessoas e de como ensiná-las.
O aporte teórico torna possível que as situações de ensino e aprendizagem
tenham sentido e sejam preparadas, modificadas, interrompidas [...] Procedimentos,
apenas meios e circunstâncias para alcançar objetivos mais amplos, esses sim,
norteadores de nossas ações educativas – o desenvolvimento e aprendizagem,
necessários à inserção cultural (PADILHA, 2001, p. 82).
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Temos visto por parte de autores, tais como Glat (et al., 2007), bem como
Ferreira (2007) e Anache (2007), o quanto atividades diversificadas, criativas,
trabalho em grupo, pesquisas, aulas passeio e outras estratégias impactam
positivamente em suas vidas, lembrando o seguinte: [...] em uma classe inclusiva, o
professor terá que aprender como melhor lidar com as diferenças significativas entre
os alunos. Conceitos que são considerados elementares para um determinado nível
de raciocínio, para alunos que apresentam deficiência mental podem não ser. Além
disso, muitas vezes, o professor avalia o aluno a partir de sua expectativa, não tendo
o cuidado de analisar as hipóteses por ele apresentadas. Assim, uma resposta que
parece sem lógica, com base nos processos cognitivos esperados, pode ter
coerência para aquele aluno que está iniciando suas investidas no curso da sua vida
acadêmica e que, dependendo da avaliação que seu professor fizer, terá ou não
motivação para continuar. Em outras palavras, a lógica da aprendizagem é inerente
ao processo que cada aluno percorre para alcançar conhecimento.
Consequentemente, o professor deve saber valorizar os diferentes caminhos
percorridos por todos os seus alunos, tenham eles uma necessidade educacional ou
não (GLAT, et al. 2007, p. 89).
Reconhece-se que, se bem planejadas, inúmeras atividades podem favorecer
a aprendizagem dos alunos, mesmo os com deficiência, no entanto: [...] para ensinar
em uma turma inclusiva, o professor precisa adotar uma postura flexível e criativa,
revendo e transformando sua prática cotidianamente. Ele precisa estar muito atento
aos seus alunos para reconhecer os conhecimentos que eles já dispõem e as
necessidades educacionais que apresentam, e, a partir desses dados, elaborar
formas alternativas de ensinar, que respondam às necessidades observadas. Nesse
sentido, a avaliação deve ser resgatada como um relevante documento para
identificar o que precisa ser repensado, e como corrigir as falhas no processo de
ensinoaprendizagem. (GLAT et al., 2007, p. 94)
Devemos reconhecer que a aprendizagem é um fato complexo e não
acontece da mesma forma em todas as pessoas, ou, melhor dizendo, a maneira de
aprender não é homogênea, isso significa afirmar que cada um tem formas
diferentes de aprendizagem, de manifestação e de expor suas experiências.
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Capacidade de concentração;
Em quantos objetos é capaz de estar focada simultaneamente
(distribuição);
Excitabilidade (quanto tempo demora para iniciar a atenção).
Dimensões da Memória:
Características do pensamento:
• Capacidades de generalização.
• Capacidades de identificar e distinguir nos fenômenos e objetos
da natureza o que é essencial e o que é acessório.
• Capacidades de utilizar o cabedal de conhecimentos
acumulados para elaborar conceitos e construir raciocínios.
Conceitos:
Juízos:
Raciocínio:
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Garcia (2007), como resultado de análise documental, nos diz que o termo
flexibilidade curricular está presente em sete documentos publicados entre 1994 e
2004. Cinco desses documentos são fontes nacionais publicadas pelo Ministério da
Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial (SEESP) e da Secretaria
de Ensino Fundamental (SEF) e também do Conselho Nacional de Educação (CNE)
e sua Câmara de Educação Básica (CEB). As duas fontes internacionais foram
publicadas pela UNESCO.
Dos estudos realizados por Garcia (2007), o conceito de flexibilidade, em tais
documentos, transmite alguns sentidos, por exemplo: qualidade, inclusivo, inovação,
não tradicional, não rígido, não homogêneo, dinamicidade, movimento, atendimento
ao local. Por outro lado, tais estudos nos deixaram o entendimento que tais ideias
possibilitam um imaginário que comunga currículo flexível a um trabalho pedagógico
inclusivo, dinâmico, inovador, que atenda não só a diversidade humana, mas a
identidade cultural local. Dessa forma, o currículo e o trabalho pedagógico deverão
promover rupturas, no sentido de: Sair da camisa de força de um paradigma
nivelador para desencadear teorias e práticas que sustentem um trabalho
pedagógico atrelado a questões de gênero, saúde, escolhas sexuais, nacionalidade,
multiculturalismo, religiosidade, força da mídia e dos artefatos culturais, processos
de significação e disputas, novas comunidades, entre tantas outras, aos chamados
conteúdos escolares e para além de chavões e discursos festivos e superficiais.
Esse parece ser o maior e mais desafiante dos compromissos dos profissionais da
educação (RESENDE, 2008, p. 19).
Da Declaração de Salamanca, Garcia (2007) foi buscar algumas ideias sobre
a temática flexibilidade, extraindo três delas, quais sejam:
• Sistemas educacionais flexíveis e adaptados para atender às diferentes
necessidades educacionais e contribuir para a educação e a inclusão.
• Currículos adaptados às crianças e não o contrário
• Estratégias de flexibilidade: diversificar opções de aprendizagem,
favorecer a ajuda entre as crianças, e oferecer suportes necessários à aprendizagem
e à convivência familiar e comunitária às pessoas com deficiência.
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Tais instituições devem saber que a sala de aula com princípios inclusivos
requer diferentes dinâmicas, estratégias de ensino que contemplem a todos os
alunos, sem discriminação e, ainda, complementação, adequação e suplementação
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• Gerar ideias
• Conversar com usuários (estudante/família/colegas).
• Buscar soluções existentes (família/catálogo).
• Pesquisar materiais que podem auxiliá-los.
• Pesquisar alternativas para confecção do objeto.
• Acompanhar o uso
• Verificar se as condições do aluno mudam com o passar do tempo e se
há necessidade de fazer alguma adaptação no objeto.
• Os recursos sugeridos no referido documento compreendem, dentre
outros: dominó de cores, de quantidade, em relevo, de Figuras Geométricas, de
Texturas, Quebra-cabeça de Cubos, e outros; Caixa de Estímulos Jogos diversos
(memória, adivinhação; Tangram Imantado; Ábaco de Argolas; Multiplicação em
Pizza, Suporte para Lápis, etc).
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