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rl'

i.

coLEçÂo ENSATOS

I
Sonia A. Siqueira

A PRESENçA DA lNQUlSlçÃO NO VALE DO

PARAIBA

Taubaté - l97A
 I PRESENTÁÇ Ig

6\rmprLndouna de sues flnalidades, o Inst'lhrto

de Estudos Braeiloíros da tlrlversl"dade dc Taubató, I -
naugurae com esta puhlicaÉo, a sua OLEÇX0-JE ENSAIOS-.
O destd.no dcsta reglão, 1á froSc plcnanente ürt
d,qrcLado pelo espoucar dc lndrístrlas noe munlcíptoe L9
eaLizados en torno dceta Larga avmid,a urbana cm c[rc
se val transformando a Rodovla Presldante Drtra, ss cg
pcrançÊ oe que eqrfiam nas forrsul,aÉ"t üácqt
"spítito"
caa da eeononLa, tnçrtcüar Por outro lador os que por-
eebem na ovolugão sem guarda e Juatiftcagão doe vaf.o -
r€E tradlclonals una evolugão de conocqu&rcias lnprevi
eívelg.
Debnrgar-ros eobr€ a htstórla, ag vl-elsslürdes
c as pqrspectivas do VaJ.e do Paralb, ssn prsemceltos
culürraie, mas com empenho de apmtar oE aspeetog nala
faeelnantcs da v1,la soela.l ilas populações aq.,í 1oca.11-
zadaar a.Lcn de cxcLtante occrcício lntolcctual, constL-
hrl a fontc para sacLar a sôdo dc lnformagõcs de una Lqg
ga fatxa d,e tntel,fgàcla Joven, deede guc nev€rta sn pg
btlcagõcs lnteresgantes e aecoÉs{vels púul,ic€.
"o
raot&Ínto, a llnlver-
Ccnftand,o na ef;lcácla dcste
sldadc egtlnrla os r&rsalosn do InstÍtuto de Estudoa
Braslleirooe alneJando que s6 nÉtfÉlqucn a eatlsfagan
a quantos ssrteÍn çFrE a nossa real.ldede devc Ër proÍìln-
da e vcrazn€nte conheeÍda.

TTEISCü PESCTOTTA

hó-Reltor para lssrntoe

de Bnglno dc Onaôragão
 P8.
I- Colorúzaçãor Povoamento e CrLstlanisno
. BragjlS colonia religlosa........o....o..... I
II- e Into,lerância
Rel,iglosid.ad.e
Povoarnento e conürqle das cmsci&lelasoo.oo. 26

In- A Inqulsigão no Vale do Paraiba

0g 3gdltgg..........o......... o.... o.o..... . 49
Un eneqüo da ahração hquisitot{al, s o pro -
eeggo de Sglygdor de SouZ8.o.............o.. 63

IV- Fonteg g Bihliografiao.o ..o...............o..o 77

v- Ânocos
transcrf$o d.os úrterrogatórlos rlo proc. d.e
Salvadon dg Sqrzao. . . .... . o.' . . o . . . . . ... . ... 84
Transcrtgão da Sentenga do proc. de Sa-lvador
dg Souza. . o. . . . . . . . . . . . . o .. .. . .. . t . . . . . . a o .. 9l+
I- CoLoNI?AÉ), PovcsüfrNm q 0RIEITIANISM0
 -l-

Bçn gll r -g.glonta telÍ,q,lg.rF. .

{ oalonkagão do BragÍI teve agu hÍolo no prl -

melro táculo' da ìrtodernidsde . fta, Modernldade slnmlÍetza
aboolutl"sno potítf"o o rmlvers&Iigmo d lgreJa de lrmto.
E nLnda r 1up11@ ne tdentúficagão da hmogmetdad" polí-
tlca oom a hmogmeLdade das eqrgclôneiat.
Integrar o Braall no Inporlo Porürrguôr olgnÍfl -
cou orlsüarúaí{o tamben. Hão poderlan faze-..ï-o de artra
forna ot lvh, or Habshrgor c oo prlneirog Bmgangaa.
Não g&bcrlln ferc-üo dlfercnto os agentÊt dâ eolonlaagão
çgro tnrlan en teu cop{rtto o 8ol üus, culüra o 0rlgtla -
nfuno omo {enonlnador c(iltun.
8c un doa prtnolpata notlvor dr vlndr para o Brg
tü fot r rnbd.gÃo dr rlgucter trarta o portuguôr no ârna-
go do nte pcnorl,ldado, or tragor crúturalg do ssu nln-
do. Ìúmdo orlatlo od! nrÂr lnqrietagõoe r proccroeltoa .
Ì{rndo eatátfeo ortodoxo, eon flrat tntq.Lcrâna1aa. }tmdo
barrooo oo tour ecrtrasteal sêur alÉgarot, flrâ.t hcaLta-
gõor. o oalorrlaedor vlnha naroado pela t'.tr6p.1", pela *
noefera oeplritual que €nvolvLa Portugal no rioulo XVI.
lo tcnpo dos degoobr:lmentos a crur dc Grleto úo
a6 ornava eB caravelas o os punhor der erpadarr o@o p€q
 -2-

dlr aohno o polto dor oo.lealástlooc c sosuJ.ar€Eo

I rttr
drnaliladc do rcntlnonto rcJ.l.3loco fLucra
dr crengr o olnorto quc unÍa ot r""ponráveia pala orlnn -
úo uLtranarlna. l dllatagão da f6 por o*íttor grqgrífl-
oor novot cra un podcoro lnaen tlvo pera oa honog do nan
rE polc Noago Sonhor quo J"heo deu bons oüpot c
borr roatot, por a$r{ noc tror:cc, crelo quc não
fol rolt eauca. Portarrto V.l. quô tanto deaeJa -
\ra acroseentar I santa tô cat&.lca d.ens culdar
da sua ealvragãoi (t).
f6ptcoe de teor senolhante poden rer ËÌcotrados antúdc
nor dosumentor re.Latlvor ì oçanaão ultranarlna (e).
0l honens acr.d,ltavrn on Deua c fall.an quettão dc
rev€renoiaJo puhlloamentlr Vertlan ãua rel,tgloal-dadc on
eÍìr,pl.vor tranEbordca qtusr olqltcarenter ag,ugavrrn alnda
nclr. lselu crìa, por orempLor ÊÊ rolcnea niasaa quo precâ
dlu L vlagcnr oc"inl"ar natt lnportantet. (9)

0) Orrta dc 0entnhe, Frhlleada por JaÍ.ne Cortcoão, ln

trCatmJ. . l, or{genr do Brasllr (R[o dr Janefuo , Lgl+t)
pt. 162.
(z) V. por ocenplo, iDocunontofl oobrs a Êrpanrio-Portusui,
!ln- puhl. pãr ÍJ.torlno de %ga.ì.hães Godlrü.o (LrsUoa ,
196r) 4 voi.a Ç

(f ) Como a de Oabra}r por excnp.lo. Celcbnada no Restelo a

nLosa pontlflcal por D. Dlogo Ortlr, bLspo Çe Geuüa t
preggu ele d,epole sobne a &llatagao dos domlnlot por-
tuguõeec peloa deseobrlmontog e ccnqul,stas e sobre a
 3-

Irlgad"oa Dauel sontla.n os homens do tempo c! -

a
tnclte üepmdãncia dos oclostástiooop ned,iadorea cntre
eLor e o Crl.ador. Lnpraochdível, portanto, a preEenga
daquet er nar cnbareagõer guo lar?avBn para tcrrae dc ln
fleLa cu pare at avsnturat attântfcas dar descob€rtaa o
(f) Pedrot ou ftadel rlgplflcava.n o a.mparo eaptrltual
nor nonentol de nf,Ligõeel o recuroo fáoü qrrc aca.lnava
ar cmloiôneiar na cvertua.l-ldade de rrn perlgo vital.
I rC.nculaçã,o noraL dos honenc i lgr€1a torna vr
tryoasÍve.l o laÍclÍiltror
0 aprsËansnto da terra foi felto om notrn de DsuB
peÌìo D. l.Íantrelr geu VLg,í"fot
i...chêntada a Crrra, con as armat € dl"vlgae de
V. &teza..." (I)
9e1era-3o a untão entna o esplrltu^Ll s o ternporal. Vlvl.
floarla por algu-ns o6eulos.
Desde oB pnlmeJ.rol anos do sócrrt o fVI regletou-
-co E presonga d,os ecleoláetlcoc no Brasü e as lncL r

Ít{Letagã,o dafó catô,lga, Canargor l'Íonaenhor lrlirr$

olo da 9l*Lvelral rlllstorla EclestágtLca do Brasür
(Petropolla, Lg55rr pg. 13.
(4) V. l{endonga, H. Lopce dcr üEatudo robqe oa navloÊ
portuguôie no !€cr XII e Kvfn ln ilÌ'Íenórlac da Âca,,-
(LtsUoa, L892) f Vf r p. II. Fog
, 2a,. claeeenos
derni.aü
dar portugueacts no narr (Llgboa,
ffiãt .*""*o
(f) Carta de Carntnha. Ioe. eit.e pg. 16/r.
 ' l+'

pl,onter tontatlvaa de catoguetc.

f tó r pri rolra uetsde do aóoúo or n<rvcla âe;ac pl.
molrl,srao erirti"*nlradur" dpvan ter al"do lnCtvldi141in, 1l-
gador ro cspÍrito da núigloal.dade doc honcnE do terço .
Depoh, a nccôtrldadc do mnnter a poeoe da tora iloaoo *
berts {qtrlleür rr{.$nl ocupagio ofetlve r odlroqutrtsnarto
nrurl lnte3ragio dela na Srlctandadc. ltlpturava,m-se oa nla
nor pdlÍtloo r captrlturï . fara o Rol cyang,cllzar e nart-
tcr a tó ertsti doo portuguerer no ültranar eignlfieava
rclu pclr lntegrldado dc stu Inperlo. hdroelro Ë ad.mL-
nlctredor da Qaen de Crloto, por Ecr"i Ao Palndol tüohÊ
o dewr dc organlaar ê vld eqleslártica d.o Nsvo !fundo .
hre D. Joôo III, o Plo, cra tanbán dever aJudar a cllà -
prlr ot ptanoc d lgreJa trtdentLna. Dever de ccraelà -
ola.
0 Brrsrl torrnar-ür-h lnsrl,tavcil.nentc rúlgloro ,
lnoluldo gue oatave nor 1üanoa do $oberano eobre eata pq
tr do Ìfundo Inao, o nrguelor da lgreJrr preocupedn oon o
HltalonarJ.eno. flantol oolnoldontol.
Og porüuguõsor ttnlËn oono obnlgagão lners-
rels
tr ao lbono o apostqlado ulüra.marlno (ó). I praocurngi o
niulonirra da Coroa tranepareor d.c contínuo nJi, corrst -
pondãrrclal lnrtnrgõea ou reglnentoa aaldcir de úbancoll -

(ó) t'tírtas, Á.t 'tA r.eetauraçã,o do Inprlo Colonlal. Portt

 -)-
/E

rla rógta (?). parte nmhrrnar tfü"ns noprp a ecnfruão

Em
mtrc a tntongão colonlzadca e apootáLica foi tâo svt -
dente quanto naquelas ond.e so lngt&larsnl oa portuguôBeÉr
(8)
Dc certo mod,o peJ-o dcsenvolvlncrto
"espcneáoel
da Ig*Ja Haelonal (9), o Ret dproscou vmtadc d.e pontl
lhar de padrco cada punhado de leguaa quc de BeuÉt novot
don{ntor fotss eoqtrlatado (fo1 . Gôngeio de Éu dever de
lnlcLar r organlzação eelesláetlca do Braetl e zelar pe-
1o Bsu nantenlnento, o Ret tratotr de orimlr a Colonla da
Vlgararla de Tomar, depolc do lrcobtepedo de tr\rnchÀL r pg

guôro (Ltguoa, 194olr pg. 25.

(?) 0 msno geti rer{etldo na documentagão *}g
"cp{"tto
tlrn à In&te. la trInctnrd""t dadao por D. Sebaattão
eo VJ.oc nel I). Lulc dc ltaldor por drr; Ínlclavan-ae
con a advertânclat iFazcl. uulta crJ.etandadcr. [idÀl-
Bo Nctor M.r Doa r"edaccloner dlforentes do trnr nir
f
na orrtrr. Rovtaüa de 0eeidonte, Í'XII e 7L, Llsbü, ,
L9lr4.
(S) Rgpll lhnlclt*tltEgllae de la ttmalgsancc ct de ls
Ráfome. Ihe oro de rgnouvoaut la nóforme Cathqll -
quor. (Parlc, L9551r . Il9.FB
(g) 0atÍrto IIr pela qür rlntcr coeteratr dgtr ao8 Rotr
dc Porhrgall Goüo Grior hstreo da hden dc Crlato ,
o ceplrltual de todar aa llhas o terns dog Cabot Bg
Jadú a t{ão atá aF Indírs. $Irto V ecnflrmoupa pcla
Buh nEternl. regLrn. Bullerlum Patrcratug Pontugal -
llac Regn.rnt (ltauoa, 1868) T Ir FB. 36.
(fO) gorza Range]'r Mar:la Amell.ar il04 reLg de Portu8,al o
 -6-
l

ra flnÂlmnto pedlr a crlagão do BtsFdo da BahLa Or) .

I orhgão da dtocese dc São Salyador fen eogrúde
às bgtantes niplr""a eüor por meÍo de cartag noa enrrlor
a epte pnofóerto o dlto Rol...r fol fclta pata &üa rsr-
p€r apecu"La n{lltantls F,ocleoiaetr de Jrrt lo III (te; .
Como Padroelro c ldntntstrador d,or dízlnor da q*
den de Crlcto, qrre devla onpregar eqrvenlentencnte, tr -
;unlu o $oboraho, deade Logo, o! oncargo, flnanecíroa dat
novae paráqntar, guor por ilr^a vmtado qpr€roa ar tíclta
;o crlavan.
Dlreltop e devereg da lgroJa Cotontú apar€cen Bqg
prê cstreltanentc !-tgadoa ì autorldads da Coroa. lo nol
coube erlar oo quadros rellgloaoa do BraslJ-.
D. João tomor poeclvel a colurlzação dar GoÍt! -
clônciar, ooÍno havla erlad,o er estnrturar para e erecAão
da nova lueútânla. CrÍan-ar rpara qa-ltarento de noúBa
rrnte fó c provpltq do neur reÍ-nor o oenhorÍolf r d,ecle -
roür (t3). Havrâ lnterergc rn orLtil.anl.zar o Braall, 0

at J4roJar do Brasl).r lx ilnelt do Congrssro dc Hlg

tórta Naelonaltr (nfo do Jancl-ro, L95I) vIIl, pS,J6t
(lf ) BuIe dc leão X íFo orceLleitl praenÍnentbr Gtt|t
gulndo o vloartato dc Ïonar c orlando o BLspado dc
l\nchal. Brrllarlun Patronahra Portugalliao Regnunl
elt., T, pg. lm.
(rz) Árgulvo Naclona]' da Torre do Tombo (ü{TT) r l. 12 ,
mo]}ngl.
(U) Reglnento de Tornó de $cuza tn rHlstór1a da Coldrl-
 -7 -

Roa. úo ag,lu apsras coo o pLed.oso, n'a tanben como o u-

tllttárto. sc entrogou a partloulrnea e oçloragio c defg
Ba da terra, cludou senpro da rellgtão pesaoalnento. Esta
era a garantia de posoe da Catonla pe,Ia Co"o". por{.sso úo
tltubeou ânì ooslccder subv,engõor de nra f aroda para ranter
o clero atuante neetac partee.
En L519 o Rct pedtu à companula de Jru.," q*" re
oncrrrcgaoae do Brarll oerto dc
trquc tá
tarram m'i grande oervrgo a Nosso so -
nhor, e aprovettarian rulto nas cousas da fó ,
aseln para srelno e emflrmagão dos $ro a Já
ten reeeblda, offÌo trezor outros a ora...r (14,)
ì cmpanhta úo faltaran dotagõec e gtrbrÍdtoc
rógloa Of). Com a anrnada do l,g oovernador c,sral chegaram
oa prlneLros Jceultas 0.6). h.ralcl^anento i cqlontzagão
i
ntoLava,-se o apostolado gtstsmátlco da Terre dc Sta. Grrrz.

,agã9 forürguãsa no Bragün (rrrg) (porto, Lgn), ru

P8. 315. Grlfo Dotgoo
(U-) Oarte dc D. João III r D. Pedro lhscareürhal, aor g
.
9 J5n. In t'Cartar doa Primelror Jesultag do Brasrln
(s.hulo, Lg54\ I, pg. lo2,
(ff) .V. nHfutórta_de Coryanhla de J"u,r" no Brssí4n Í, pgÉr
I07 a 13O e Cartas dor PrlneÍros Jesultaar oit.
(ro1 P.. ì{anocl da Nóbrega, ouperlor; peË. João de lspla-
ctrcta Ì{avarro, btonlo pt-res c leçgrardo lürnca, ri.U"
vleote rÍodrtggee e trmão diogo Jáeme. carta'd" É
bnega a SÍnão ^'odrJ.gues, LO.4J549. In Cartaa dos
 -8-

O Breallr por lnlclatlva rdgle, fôra tnc.lutdo no progri-

na rnlrrerHl da Conpanhia dc Jenu, rad naJorcn Dof glo-
r:lani. hograna quo Ée crcafurarra nar diretrlaca o<vunânL-
oa; da lgreJa 0atáLlca RenoYade.
I tnrtlhrl$o do lpoctotador baseado nar pala -
vïar dlvlnar Ëfdc c aalnal a todoo oË povolr battzando-
-o! oD noü€ do FnJ', do Füho o do pspÍrrto santor fôra
rceffumadp à lgneJa por Paulo III (fZ). Impunba'-se â o -
vangaHzagão dae no'uaa terracr güe devla.ur sr ganhae par
re o Coryo Místico. Â carLdadc apoctáLJ-"* er" estlnu.[adÀ
pqrla perËpoatlva da nesoe desconheclda. Para ala prePar1
\nn-ôc ot op"t{"too qÌrc tangaVan-ge destenl-damente ao tg
bqLho. PaOoo a paaôo aegUlran ot cmqulotadorca ô eqLonL-
zadores- Chegaram ao Eraaü. oc fühol de São hanetaeo ,
foran or pnLmolrorp üntegrando a amada doacoH,d6l'4. -ì1-
trrrrr dclcap ontúc 1.5OO c L52t flxara.m-go on Porto Seguro,
ortcqutzando aborígenet o paatorcando og portuguâcea (tg).
Outrop dadloaran-sc a taântteor datcrot on 9ão Vteoto ,

H.noLror Jornrltar clt. Ir Il3. J'08ô

(fZ) BuIa nsulilÍnLr Darr3r lcnbrando aoc orlrtõo; b utneg
aallmo da nensaScn Ôlvlna.
0S) Bouer, lts:l Baglllo, O.FJ'I |l or.den firsrolgcaÌxa no
Brasll. 1500*1763' ln nlnaLa do fV Congrotto dc Hla-
t6rta llae Lma-lr T VI f fr P8 . 9.
Sôbre ot r voll pr{.nclpaLwreutc t CorrcefgãO
Í}.ar eltcanot
rGlauetno
frel fpoLÍnárlo àr franeiscanoi s Jaboô -
tão, Frel Antonlo ,rle $ta. l{ar{,ar iNovo Orbe Seráfl -
 -9-

([|,lndr, Sõo Paulo, nopÍrfto Santo. En f 5S5 cstabsl,cccb

râr-tc or frranoLscanoc deflrttivanent. no Bngllr Í\a-
dada çe fora eos 13 de nlrgo do L 584 r Prov{nola Fraa
eircanr d.c Salto btonlo do Braa{L Og) e nomeado sou
prLmelro CrrgtÍhlo Frel Ì,lelohlor de Santa Catarlne. loe
L2 dc abnü de 1585 deeembarearen on Pemanbrrao a.Lón d
do G\rstóatn, male seLg frad,ea o aIí estab€loc€ran o
oonvcnto d,c Nogoa Sobora dat ìlcverr cesa',mtor dc to-
dor or Íbadeg menorec do Brraall (eO) . f presonçB dos
ÍÌ'anclgcanos era deseJada pelos co.Lonoa en geral. &ras
Í\urdrgõor - oonvatog o hoop{clos - crlllr pe4ldar Palo
Soado da cÂnrara e peloa tagárros dar I'ooalldader, pq[p
ctÉlrentc pel.a gqllattudo cot! gÌlrt oclebravaln o eu.Lto
dlvtno dtr e noLte, polo trabaÌho de asslstôneta cryi-
rlturl ror oqlonos e oetoguelo dor lndlol (21).
trg tJ80.1 G@ fnrtuoao Barboaa derau 3 padrer
do Ca1us para pover o RLo da ParaLba a dotr ou tror
dc Sã,o Bento pga Pornrmhr,co. h 1583 vferan nals dots

oo (nfo d6 JaneLroz 1858) '

Og) Ulllccke, trel Ven&relo O.F.H"I rl Proví4afe I'rag
alreana ás Santo lurtolo do Brasll atraváo dt
rqof utatíatfuaaÜ ts Shrdta (l"ttboar 1966) ne l8
pj. I93.
(ZO) Foran delnle fundadâ,! J) caaaa franclscanag ató o
ano dc 140. fden, pB,. L95.
(el) rden, pB. La.
 -lo-

bmedltlnor oom mu gcal ínrc I eatabql,ocôran rn Eahla

tonendo cqrta 6a lgrcJe dr Sõo Sobaatlã,or. I tnfonmagÃo
â de Arcrrteta (zz). os ftad.es carmerltas ora.n Íì"ot lJ,
-
borto de ganta lLrla, FreL Bcrrardo plnentel,, Frcl .büC
nLo Rlnhstro o Enel Doningoc lrel;e, cgte últuo nomoaF
do apeton doc denala. tlnhan cn vhta Íhnü,r o nortef
ro da Paratbe 6 s rgrcJa de Nossa senhora dÊ ìrrtória. &
ôla o padrc vrgárro rocebc na Qden aqualco guc o dcrg
Jaccen osrformc antonlzaÉo papal, Ílue trarla, (2il. Radl
64rsn-Be om O1tnd.a ond,e JercnLno de ll,buquerque Coet ho
Iher entregor e srnLda do Soato lntonlo c São Gargaf.o .
Para favceoer Fu trabaÌho o CapÍtuto da Qrdem, reunL-
do en BeJar m L583, autorl-zcrr a Íìurtagôo do plnotro
convento à Qden carneLtta em qlfudÂ, qrp twe por pqg
vlnolel Frcl Pedro Vlana (24r.

(22') rrnforonrg4o.do Brasrl c dc ülar ÇapltanrÊrir (sio

PaulÇr l:g6+) p6. ?-6. Y. tanún gír-Frc!. Manusl do
*Itrenorlap hlstórloa; dos l.lurtrsa
Ârccbiapop, Blc.
por Õ egcrltoroo portugneÉcr carneLLtaar oap. lI ,
n0 9., FB. 5S o lbqre dc Deut, ll"o1 Faepar ãar ,uÁ
norlas parl, a HlotorLa da Cqpttanle de 9.Viccntcr
(s.nutã, L9l,ü pg. 2ê.
(41 Prat, .Frot fnüó O.0.r rUotal h1rt6rlcer rcbm rt
nlssool earnelltar no strono uortc do Brasll nor
aóeúor I$J-II c nÍïII (Reclfr, 194L) pgr. 2126.
(e+) Idsnr Fg . zB,_
I Ordeo orpandtu-so depolr pala o }&rantrão, Orão b
rá, Amazonãs, Paratbar-l'hranÌú,o. Madro de Óeua, trl!.]
Gagpar dag Op. clt.r pB. 2&.
 -Il-

0r nogea & Sio Bcnto eotabqloo€Fü-Eo deflni

tLvanerte no Bractf, m l5qlr ng Bahlae ode lhea fot 4f
da a ernlda de São Sebestlão. 0 mosteLro fol elevado a
abadla a 158/r e freL lntonLo Ventura elelto o L0 lba-
dc (2il. En Ln6 fot crlada a Prqr{ncla Benedltlna d,o
Brasll sendo o prLneLro hortnctql frel Clerncrte CbÊ -
gar (26) .
la trct ord,as reÌlglooar tão logo so cctabdlg
c6ran no Brasll entregaran-"" pr"oípua.mente ao mLesio-
narlsmo catequ6tlco.
Acoqnntrara.In oe Íbades as ox1n dlgõeo de reco -
nheclnento e coÌqÌrLsta dos l.Waren lntclortanoep cono
confoeaor€s e I{nguaa, coulo o flzÊr'a,B oo Í}anclecarìoo
nar entradas de 1590, LSïL e ID4 na Paraiba . 'l
cmquleta do RJ.o Grmde do Norte foran freL Bernardlno
daa Ìfcveo, fret João de Sio MÍgusl (2il ,
0a lnterogsoÊ potítfcog asôoclavarn-so aoo rsll
glosol. 0o fradee procurando ganhar a1-nas para Crlgto
lan aJuíüìndo r conqristar aa tsrrat para o Bel.

(zil Outroc noatolros fcran Íìrndadoor Rüo de Janolro,

cn 1584i Ql:lndar t590l Faralba r Lf,6 o São Paulo
Ln$. Iluta, D. Joaqrrfut de (0.S .B.) r nog tsongo!
bcncditlnor no BrasLJ.ü (nfo de Janetro, L947') H,.
17.
(2ó) rden, pg. 2o.
W) Rmnr, Fret BaslJ-lor rl ordem Franciscana no Brg
alJ.i elt. W. 22-21+.
 -w-
t crfrrnúo do Catqllclcnoe on vcrdad,r, reepod,an
no Brrarü eo nepe dr orpanlõo povoadora a roonânloa doa
ouropüu8,
0 honr, dlantc de nrttrreze prlntttvr fol
rcrpoB
dvql por, una nsva ortagõor e de nne terra humanra. con
orr m ngtõcr bnasÍrtcag forar! revegtl.dao de outra crfg
ra alngulerr tnvtstvql o psrsento - a nooafera da ltngug
gstr tollbardla'ra (28)- qÍuo peraou a donlrrar c rcgor cada
vcr naLt o naterlql, pclo cmaconte prLnado do espiri -
tud. 0 h@en, tangldo pola rer&tão tonrcrr-ie lür doa fg
torca prlnctpals de cvolugão da peloag,on temestre (e9).
Hono, crlado i l*ug"n de Deug. Honem na depandânaü, da
dklnüade. I eonsaÍônole d,ersq iter-relagão era ponto ps
clvo D/r.s 66ptea do sácuro ffr, alnda não trabalhadar pe-
1o raelonallano octLclrta que nücn a, t6 doa pofl,
"ó*loa
tcrlorer. Houonl quô p€nm'ürn não rc dettnhen a p€n -
qu
srr como todoo os antrol, n r $ror prt-nclpelmnto, le[
üÍan. fq.Í o dourínto da tr6. Fir atltudc rcntlnentnl.r rqn,
altlva r lncouclento guc flodr gravadr na geqraftr dr
tenr crn-dogcsbsta. Cnnlnba ao rolatar o aobado cl -
Fe

brattno slhrou-o na Otüava da Éecoa, c@ o avlrtanento

(ZS1 Cf. tRárnrc dca qucstlonr rcÍcntlflquolr (l,qrvUn ,

L917), Janclro.
(2g) DotìfonteÍnec, Plelrcr ;Góographlc rt Rúlglonai (Pe
rar, f9l-8) pg. 1132. Sôh^e.paLsagen crpl"rltua.lr rlcr
tanben r
phloi ,:*"lbgt.u"
t. ârferc ln nÂnnar-er dq Góogra,-
 -13-

do Hsrte Pas6oal. I terra foibatigeda dc Vers Cnrz r

(3O). O lndi.o, ahslo de plunao que lhes eparoceu üperg
cla estar arsoteado como São ScbestLãotr (a.). No Domllt
go da Prscoelr celebnorr-so a nllca c contag,rotr-lo a
ücma ao Nazareno $Zl. O $anto Sacrtfíeio realtzado
clnco dLag depolo nercsu o aposoarnento do sq.lo parc
Crlato c paxe o Rel (ll).
O penoanento rallgloso omlpreeonte não so Be-
pÊrou da palôag€r, Â prlmelra nomenclatura revelaFo. I
orpeügão dc D. Ìürrno ì,ÍanoeJ.r en l5QL, nomeqr oe cabog
d,e S. Boq,r", Sto. lgoatlnhol S. Tonó I og riss d.e S. I,1J.
guÊI,, S. Jerôntmol S. trbancl,scs, das Vlrgms, de Sarrta
Luziat ae baÍas de Todog og Santocr do Salvador, dc âg
gn dos Relrl a lIha de são Sobastlãoi rio c porto de
São Vtosntcl aabo c rlo de santâ l{"rra (y-). Gmgalo
CoqLho d,etr nor. I bala de 9ão lbtiacl àg vl]'as d,e To -
doe oa Sant w o de Santo Ânaro 0il . L esqnadra d,o Ea-
tovão da Csna rcgLstou a lIhr da blndade. Ferrrão de

(3O) Oarta d,e Canlnha tn Corteaão, Jajner Op.clt., pgr

lAz.
(A) rd,o, p. L49.
$Zl ldcnp ff. 150.
(lg) Idcn, pg. 164.
bt) Vamhago, Prancisco ÂdolJor uHlstárla C,cral do
Bragl$ 7a. ed. Ir pB. 83.
(rl) rbtdcm.
 -14-

ueg{hão; tsrtou urdar pua, a b&la dc ganta rlrle o nou.

do Bto dc Janrlro gue r dtfurrdtr G6) . tìal.r noa€r naatl
vüx'a[Fgq. Oabrtcl $oaret co dcgcrevor a cogta r.egieta,-oa.
Wl trlabônavâFa€ a paJ"oagcn poleológtoa d,e quc fbt Hg
qr (38).
É ao riater Íluo sD ar.allacn aa d,nar para oüprl
qrddrcn-ac aF oivil{aagõea. I ooulnçÃo hunan d terra c
ara utlllragão form aoonpanhadac dc une orLtlaniragão à
palaagcn (3q). Dlmtc da tclra, e povoür oB hmema tl-ve -
ran, naturalrentc, ura atltude utllltária na egealÌË do
d.oa geus prlnelror núd.eoor mar atltudes de orrlu
"íttn
patcot6gt@. - soboretudo rq1,lgÍooat - Ievarar.nor r' rc -
mêar etmldar o oapalar, ondc, lnvocando o'c rentog de Íra
devogã,o, entregavaie-oo 66 naffioa homor i gu,rda doo pa-
trono; çelostlals.
Cr{.adal ar Capltanlra or doatírtor paroccn não

(36) Yarahagen, F.l. t Op. olt . r FB. 96.

@l llnrccen zutros noüÊB no neono teor, para agghelrr
or prq,rctüor da oçIoragio da cortt, oono ot da
balr dor Sqrrüoa, bate do noü, rlor dr Cmr, dc 8.
XlguL, dc $. Dmlngorr de Sto. lntolo Hclnt btl-
üìa de Santo llclro'
xlor c ponte da $to. lntonLolnl{ot{oh
norro do Sã,o Parüo, ete. I.n d,o Brreaür (oá"
PlnJí dn suva) I; p6. 8I r t5o.
(}8) Har(y, Ocorgcrr t[e gcographic pcychologlquer (Pa -
rÍ,c, .
1919 )
(!p) lr babltagõeo da ü.vúdadc aõo, parìa Deffontalnel ,
un d,oa prÍnclpalo teptommhol do Povoancnto dos hg
 -LJ-

tcrlr firgtdo i *g"a hocnr dc fó vhra, lnterel

ccnrtrúl
âerg.6c pale futtd^eio ôo lgreJrr do quc foran bafd.-
tonea (+O). Peratlbo, vtl^a frurdada por Duarte Coc1bo ,
omtorr logo con parfoott, cntroguo dçolc dt L545 ao
dlero rsstrlar (/.1). o nesno doatrírlo oogtnrLu r erql
de d Gragal depolo ertreguê por h" .o padre Plreg ,
da ConpanhJ.a U8\. Psro d.c Gs;npsp lourtnho alegou em
nra defera ao proceoso lnqdsl'torL&l en quo fol lncnrn-
Bor ter fclto eonstrulr lní"tag lgrcJas n&t povoagõee
qtre Í\ndara Url). l'ÍartÍn âfcnso ord,mou o. L533 sc Ia-
vantassc a lgreJa d.e Nossa Sonhora da CmcelgÃo.
lntonio Cardoao do Barrorr provedor-Ílor da fa-
gendn de.l Rct, vlaltando a coeta por artorldade prápnh
orLgiu dtrar prr6qulaar a de Sarrtos c a dc Scnto lna,nor
quo dcomenbran da exLrtente cn Sõo Vtaentcl prwmdo qg

( nena aobm a tcma. Defifmta"Ínor, P.r Op. elt.e

P8. 9.
(1O) ltnda ootá por Ér estudada a quertâo doo donatá,-
riot - d.etcntorer d,e granac partc d.o podc rrígro
- teron cnr não Jnt crvlndo nai tgreJea do sutr oap
pltrnlat; coürvancldor dc gozaren podar tn potrÂ.;
Ìanllbnrr.
(41) Vrn der Vat, frei. 0drrlfor rH,neÍplor da lgneJa
no Brarlli (prtnopoltrr L952)r pgr ê.
Uzl Caatro, Pe. Femand,o Pcd4ulrar (g.I.) r t'Cr&lea
dr lgr;Je no Bracll. paríodo pró-ansLletrnor (nro
do Jrnclro, L%9rt pg. L97.
(af) Yrn da Vatr orr op. c1ü. pgo 58.
 -16-

no vlg,erlo os padres !'6rnÃo Garapcto e JeronLmo var

,
rcrpretlvcnonte (/y1,),
cldados eurgiran cm ücrro de lgneJar (u). cllin-
da croaccu, por o(enplor ar tornro da fgneJa dc Nspra gg
nhora do l,íonte r
io asrtc d.o Horsa serüora do Monte, íg,rÊa vorteg
ter para toda a partee hrdo prd pare o eenrlgo
de vtla e poyo dela üJ.rando aqullo que rc achar
acr de casa de Nosga senhorra do l,Íonte çpo ô dc
IO0 bragao de oaga ao redor dc toda a partetr .
(t o\

(ulttlnturLo cardooo ds Barrosr prwedor;mor da fazm -

d der Rôl nogso oenhor negtes parteo do Brasll...
Fago caber aos que esta vlrom que por sentlr ss
aervlgo dc Doua e do dlto aenbor nestar par.tea do
Braall houve por bem gue na igrreJa deota Vt:le do
Porto dc santoa haJa um padre quo errva dc vlgírto
c sura das dltap tgnsJaa por ao prìesento nio estÂr
provldo o dlto cargo, s adnrlnlstm or -eantos sacry
mentoo ô pala nocessldade qro dlato há, @earrcgo
do dlto cêrg,o ao padro Fernão Lufq Garapetop poT
ror poÉsoa cdr aa gualldqdeo do dftg oargo neccrrl
rlar c conflar nole grp or tudo faró o quc Erunprc
lo rarrlgo do dlto asrhor o ben dog Íregucrea dr
dita ,.groJa ...o rn Docunentoe Hlrtórlcor r vql . ltrv
pB. 8O-84.
(4;sl xore.Ìararn-so Ëmpro paganento poü.ítico r ncll4ic.
too Para qr.ro ercleülagcn cLdadct doLa roqrrlaltoi a-
ran lndiap€nsÁvcJ.ar lgreJe c prlrão. grardc rÍn-
tosc rullgloca do ganto Agoatlnho rctrata
^ una ctdl
d,o rnoda,lor trA Cldadc dc Dcuatr.
(+6'l Foral dr Qtnda. tpud Van d.er Vetr 0p. olt.1 lr2 .

ii .
 -l?-

Rcpetla-EÊ no Brasü algo de comrn o Portugú - fll

cllnlncnte no ilorte - oüdc a vLde noltgLoôa ora cautl
prLnelra da vtda comuLtôl..
Iovanta,nan-se lgreJae. I cetedral da Behla, t-
ntcladr en L552 pelo pnlnelro Blopo foL postc tob a
tnvocaçÃo da Vlrgop Senhora das hravühas (47r.
los carmelLtas cotrbe a csrstmÉo m 160Ê da, I
grcJa ds Carnor eE Salvadon (48).
h São Vlaentcr ôr L5Y. erLglu-Ec a tgrcJa dÀ
lcoungã,o, destntldn depolg Por un mrenoto. I)ez anos
havla oe tenpl,oo dc Nosoa Ss'hora da Pratar no
"p6e;
Enbsró o do Santo lntonj.o (49).
ta utÍ-ì.lzagão ccmônlca dr terra duectlcada ,
06 oolotrsc não 8o deaproderan dar ldiiac raligLocaol
pafte tnlnrtantc d,e jelu pansa.mento. Ìfsoossldader matg
rLrlr c OOplrttuatr negc,lavan-se. rll ncceraldadcs
tio oonblnagõoe dc dcHJor o de orqrgto af,lmou Tqg
dt. S. o lntorccsc bunno conpÒIfr ì ooçrlate dos
prwcltoa da terre, e anguEüla da ralvagão - fato o[
úo pernltla e eguccer dg
"apíritor -
nipreamto noa
vlda ctcm,. ürrglnn et grandcs proPlrdadol -
farordar c ogerüoo - aJuüadnc o sultmtadas por
"ti
Q7) Santa ìLrla, hel lgoetlnho d,er "Sntúr1o Ì6 -
rlano c llLetorla dag Inagena Mllagroaaa de Ìfos-
la gsrhoratt (nanur L9lr9) t pB. P-34.
(4S) Idene FB, 41.
(+f)Caetrc, Pe. Ferlrarulo PereLra de: Op. clt'r PBJ2O
 -18

r:lgoa, quo nu capalao tratavan daa úmg d,or rmhoreg

c do; tìrt drpcndentes c tnLccutam-ror vlvondo €D co -
num oü ruao orelhaa, nor pfohlaneo do eotldlano. I dg
qtunentagão do tenpo oferecc r,n pnnhado de ocenplor dc
capetqg de engenhoa, dc quc poden acr rclaclonadolr o
crgenho de lndró Fernand,.s lLrgql ho, oü Taguaplnal con
a eapoLa de H.8ra. dot Pno".." (lo)l o dc \tonto dâ
Goeta, tenbcn cn Taouaplnar con a eapela dc Scnta CatÂ
rlna (:f). ou o de &rdró Lopes llhoa, €n Paragrragú, oon
a capela d,e s. Tomá (52) .
!Ío fin d,o s,foulo XYü, (Iuedo rFf etr:a.tlvo d,os no-
talg preoLoooo passaÂr a Lnpe.ll,r ì Ur"ca frenóütca do og
ror c@ a penetragÃ,o pelas terrar qus o produzLa.n - Ml-
rIâ,Ë1 Gorár, l&,to Criuq Bahla - transtta al,nda o eentl
nonto religioco. Hoeperece nÂs emLdaa, nar toscaa oapg
las depoJ.s tranautrdadar on lgrcJaa, er devogõer o or pl
droclrot dag terrar do aLán'.nar.
ro eulto pela Yt"g,et M"rh - â luguato de Llnr
JunLor ÍFron o anotq, - a qucn lfmso Henrlquea entrogcu
Portugal c or porürgneütt' peJr adnlrevc.ì, oragão gravl

Vloate, S. cit.r FB. 3O.

(5O) Erel
(n) Jrbsetio, op. olt.z pt. ll2 t 293 o 39L.
$zl Sogundr..Vlsltagão do Santo Qf{clo lf Partea do
do Brasll. Confissõer da Brbta (fAg). In tratr do
Ìfuseu Paullgta T XIIIIT L963.
 -19-

dr, no porgantJüo do .\lcobagor eparoceu deade logo oono o

rals dtÍìxrdldo nessas Íìrndagõ€s prlrLtivagi (5il .
É certo quô se nu.Ltlpllcaran noo topôntmos dos
lugaret o amaLats as J.nvocaçõeg I Vl"g"r, da Pledad,e, d.e
Glórfr, doa Predoor dop Csnpoca doo Canlnhot.
Depolae logo depoLr, moanor a tema nal oendo
povoada de acanpanentoo proviaónlog - oE &nraiaig - qus
crn eeguLd.a ganhan foros de estabtJ.ldade eom ê erecgão da
V1J.a e Oa Ctaaae. Estae terras Fassa.n ontão a furtegrar
fregue elas o parftuiaa .
úìlrloaa a lnsLstâncla da evocagão m,rlana dÊ
ConcelçÃop que dá *o*" t? freguesLaat Nosae Sshora
"
da Csncetgão dos Ca,nrgotr Nosss Senhora tla Concelgão d,e
Vlf tLca, Hocee Senhora ds Conc"f Éo dc lntcnLo Dtag ,
Noaga Sonhorr dr Concetgôo dor hradopr Norsa Sahore da
Cmcclgõo dor Rapoooa, lfoeea Senhora da ooneelgão dos Cqg
pos d,oc cerlJór, llooea Ssrhora da Corc"fÉo do llunrocat
Nogsa Sqrbora da Cs6sotgão de Carrârcagl t{ogg& Serüona
d Cocelgão da VItÊ do hÍnotpô, ilooËa $enhora da Cü -
celgÃo do lbto do Scmol Noesa Senhora da 0onoeigÃo Cs
Guaraplranga, tossa Senhona da ConoelgÃo daa Congmhae ,
Horse Scrhora da Concelgão da VÍJ.a Bea.[ de Srbarár Nooca
Sanhora da GoncclÉo daa Oatar 4Ltae do lâto Dmtro, XoÂ

(r3l 'irfuït;iltâ:"c Ì'Íínaa Geraipn (Belo HorLsontc

 -20-

rr 8ênhora da 0ocdgão dc lntolo Pcrelre, ìÍoarl Sô

-
nhora da omeelso do RLo das Pednaa o Nosga serrhora
dr Cmaelgõo da VILa do hínoipe.
Itnda dsdlcada" I vrrgcn fonm ar frcguecÍar do
Ìfosla senhora da trcungÃo do Engorüro, Noara smhora da
Perrha do Rio vermelÌro, Nossa serürora de Nazaró da ca
-
ohoelra, Noraa senhora de Nazaró ao rnflclonado, Nopaa
Sanbora do Pï[ar de Congmhas, Nosea Senhon do ]fus63
rat de Baependl., l{ooea senhora da B@ vlagen dc rtablra,
Noosa sonhora do Rosário do Sunldouro, Nossa senhora do
ÏLlar d.e Ouro Prctor Nossa senhora do Bon srceaso dr vl
la Nwa da Ralnha, Nocea senhca da Pledade da rgreJa
lfwa, ìÍomr Senhora da Boa VÍrgen do 6ìrrraì. dal Rêi, N€
ae Eenhora do PILar dn vl.Ln. dc Pltangrúr ilorsa Serüorr
do Pllar da Vtla de São foão del RôL.
SaRto lntonJ.oe o pqnrlar santo portrry,uâre !.tr -
vLa de onrrg,o ì fr.gucrlr dc $anüo lntonlo da VIIA do S.
Joeó, sa"nto lntmlo dc rtabanabar santo lntonlo da 0en-
panhr do R16 Vcrdc, Santo lntonLo do RLo lolna, Sento
lntcnlo do rtatlalar sartto lntonLo de Qrro Braneol $crr,-
to lntonlo da Casa Brcnca, Santo Intcnlo do R1511rrio de
$anta Blrbara o santo lntcnLo do Bou lottro dr Boga srql
do.
Rcapareeenoalnda santor contnr i pledadc do nog
te de PortugaÌ, cono 8. João (dovogão dc Braga), S. So-
ba;tlio, g. Ootano c 8. Dílguel.
 !2I-

Ifac nltaar para aodo aoomcrsn boncnô do tg -

dar ar puter o crostu.nca, aÍLonvr alndl a ru.Ltglortde-
de, nesno a dos ortstãos nouco. hdrcg c frad,ee havla -
-or en çranttdader de dtvcaqa hdol, esnolando ou os-
pearlando.
Nessa reglão qluroe todaa ae igreJaa paroqrriatc
tLveran orLgen em elnples emidaa que ttnhan ì frate um
cnrzclro c una catxa dc eama.las mde F aJuntave dlrheü
ro para a constnrgÃ.o do tenplo. E o dlnhelro faellnents
eregclae doado púoa noradone g doo amedces or pcloa
viaJantee, clue tentarram oom seus dmatlvos aca}nar f,taõ
cmgclãnelao acLcatadas pela nrdezr da rrlda iocal.
rUna nLstrra de nlstlclsno c naterlallpno gro!
ceJ.ro donlneve ossas nrrltidões trangrnLgradae, de rm -
ro nola"l enbotado no guc ocrcernla aos bug aostumer c
ao nopelto I p*oprtodade ì vlda qlhela, ... Todoc os
"
erLncl Bc coeüLan, todor or ahrcor oran toleradoa, 6s
oaultor, dsedc quo as ofercnd.r ì lgreJa, aoó oanto! c
sr d,mattvor ie fumndades a1üaeaccen oól"t" ülvrna o
"
I amoopgio ralfgioga no ronpro correoponara i rdáu ry
rtl . o o . Bqrbor, agratolnLor, opr ruõeg do vluvar, onãe
trllr vfohgõcr das dorzclaol dcacregtidedc em negó"lo ,
omoublnator, para tudo havla un meÍo dc rc cerogulr o
perdão na
"eânioa
eqrf,lgsão oblgatórh d ndeeobrí.gan
oon perltônota; dc donatl-vop de todar r,8 extensõerr ( 54|
I

(r4l Ltrn Jr.p tuguctol Op. Git.l pg. 9l-92. l

l

,'l
 -22-
Instâlada a par&rrta, cabla ao Rel a côngnn doo
píroooa - púo dlmlto do pedroado ,. Ìícla farlen-re es
llstaa dc ÍÏoguesos que pessava.n alí a tsr sua vlda cl,-
rü c rellgLota. Naa nlscarl ondo enan obfrlgad.or a conp
ItarcsGrr eabLe aoo eupcrl.ore a dar Lrmndadca, or aor fg
nrllares de rnqÌdatgão e delagão do nÃo or.nprlnmto de
algun doa devsoE raï.lgJ.osog, esperando a eomunidade &
Jutt lftaatLna p-,íbl t*o.
rr parfrular fora.m, arndae pmtoa de refer&rch c
de loealfuagão para oo colonoa, agânctae de eontno.le de-
*ográflGo - com asut regiotroo de banhos, oasamontos a
mortcr - r portor de abrlgo paÉ ac alnao Lnquletaa c
{g
corLmtadas. h*"orpalmente nun ner.o plodeiro, tc"rravnrn-
-sc Lnd,lssoluv€La or prohl-omaa nsla,oLonrdos eem e vLda
tenreatrc o com a cterna. Miaturava-D*gor portanto, rg
fimgõcr tenpcala c cepkltualr daa tgroJac, prlnoiper -
nento dre natrl^les
I obrLgagão de rrvânod.r nülglora tnprloando nr â
ooltegËo da faáfa da oouunidado gr.rebrwar de ccrta
ln**
o Lndl.vlduallsno tão acatundo ne nentrlldrdo do tenpo o
rndlvldrnlfurno quc dcclronôla o honcr do todos oo obrti
glüoc norak r rnpürronivìr-o r,o dosaGhocldol i d,erco
-
bcrtr, ì aventrrm. De nal.r r nalr atonuarra a idól1 de l,-
aolamcnto quo r ranefag'ão demgríflo. su oertoa g&tFtor
de vlda d,cevodalran aor orpírttor. OmatLtrúa-ac, de oet
ta forna, ntrn fmto ìr atltrdor c aoe coportanentoc.
â srbordlna$o às ord,me do padre obnlgava a' eotr-
 -23-

scrrar rüna ccta fdâla de hl,erarqule;

do ordln, o ÍIuE
cr de atrona laportância nrrm mrndo plone!.ro que arn
da egtava aendo ccnstml.do. nsunfda,s as almase aobrc
eiLas aglan oÊ paotoro a, reafLrnando oa pontoo Í\ndatncg
tato dà rol'ÍStãop vlglando o cunprl.ncnto dos suÊ d,t -
vorês úslcor. Viglando o Catol,Lcisno d,oa colonoa t zb
lanan os padres, embqra rndiretamentor pqla nanutengão
da sultura netrropolttanar Râ nedlda ü quo os valorec
do Crlattanismo con oa dessa culhrra se í.d.eutlficarran.
Ord,sranan ün o6us postoo nlnigtros o fleJ-si hlerarquJ.-
Bavarn nsdlanclroo e nedlatoc g lmpunbn una dleclpllna
do vtda c do ;ronearnmto. fudm. HLerarc1ula. DtoetpLlna
Valoros do bamocoo VaLcss llntropalltanos. Âs lgr.eJae
.trara oú"kos d.e europolzagÃor focol dc lber{.cidad.e e -
gtndo sobre a Golonla.
Ìíõo fot apüa! a vlda paroqutal quc Eencql o
portuguâp oo nrurdo braoíIico. la Ordoeo rcltglos&r' g
xaoendo o nLesi€narigno lcvaran oD lndLoo aor
"fdrq-
ucntoll ncLoa do pdmtarlzagão. C&ular cJ.vlllzadoras.
$edotarlzar o indto era nalo de athmr a acul-
ttrn,gão. &Lwar tenplor slnsrLnlsava o arralgarnmto à
tem, capáolc d.e ânoora de ealva$o brrcstro e trang
lúdontc, lnaontlvo o rufríSfo â,o mctno tcrryo pan e
grandc Luta pcla sobreÌrlvânelr.
O homers nencla a luta csrtra a naürreuat donog
tlcava a ücrrr, ortrata dala atra rLqugãÊo ì'Ías era tr{.
 .24,-

do palo oeu pr{pnio pcnsenonto, por eeu próprlo enü.-

nento, que se LnacrevLa nc pai.aagon atravóe d,e capeLae,
ernl"dag, igreJaa. pataegom não â oó c.nárlor ó nr"tó
-
r{.a. Hlgt,;rfa quc fl-cou a tcateÍnrnhar tragoc narcanteg
dr palcorq3la eoleülva, dc homo.r lntrrognadoa do nnti
nento reLLgloeo. Essa tema de que oa homcns tomavân
porus por lntermedl.o d,o divlno, âre" encheran do sagrg
do e do dlvlno.
constnrlrarn en torno deLa e teoefera d,c qus noo
fa.La ?elJlrard de chardtn. I hlrt6rra ao paÍr, nos ssug
prtmej-roa tempoo, ô, pelo rarorz un psragrafo da histó
rla do Grletlanlso c de oìra lgreJa.
II MTIGIOSDADE E INT(LËRÂNCIA
 - 26,

Povoa.mgnto g gontrole d4Ê c.ongciânclae.

No gáculo XVIII' cdÍr o octratlvisno dos nJná

rl,oe rneafirnaranp Be o E trúore g metropoJ,ltanog doe ság,t-
Ios )flfi e llVlf, a, começar pela reatlvação do slstema cg
lonla.L dsrtro dos esquernas-padrão 4s Ì'lercantülemoo i
tônlca flscal da poJ.ítlca portuguâsa passa a Ër mai.s
fortemente sentida em rolagão ao curor êr consequente -
mente, à lntO* da reglão d.ag rninas; prlnclpalsnnte pelo
tlpo de honsne que eorrian em hrsca da rlque"a "ápida.
Áos mlneLroa condena Antonü I acf,€^llenter c. I?tl
quando eonta que naa nj.nag Be

rr...usa.ram d,e trat$es lamentaveie e d'e morteg

mais que cnrelgl flcando egtes erJ'mes sem eas-
tlgor porqu€ nas minas Justtga tnrmana não tove
ainda trl blrnal I ÍIêfi o re speit o de que ern ou
tras partes gozarr ... $5)
E á o me$no Jesuita quom anota o ÍJ.u:co dernográ-
fleo para as minas, Ira.ra srde teriarn acorido rhomeng è
todag as pa.rtes e rle todag as cagtas" (56).

$>) Antcnrlt, Andró João: rrc\rltura e Oputânc4,go Bra -

g11 pelas su,as minas de ourotr cap. XVÏI (São Paulor
Lgb4\ pg o 6I .
(5ó) rdemr FB. 60. '
 -n-
Homeng de todas &g cagtas. Enan ôras eg cas-
taa origtentec no nnurdo tbórtco de emtãor a dos crLg
tãos velhog e a tlos crig l,ãos novoo , i .o r <r9 deseen-
"
d,entes dog antigos Judeus quê tlnham sldo obrigaclos
a receber o batlsmo sob D. Manuel (51).
Inventado o cristão novo, crtão ecm oe mBS -
rnos horl zortes e posslbllidades soelei e do re sto da
populaçãoe as ruaçõeo não tardaram. Rejeitou-se, por
gócuIos, a assfuniJ.agão do grupo tanto quanto este rE
J citou ser assiÍnllado. As implicânelas ruutuas leva

ram a radlca] l zações e muitos se reÍìrgiaraJn no erip-

to-judal smo .
Cristão novo e eripto-judeu não são ,.inôni -
rrÌooo O naseimento gora o primeiro, L vorrtade o gegq!
do. 0 crigtão novo esforçavaFsê por ser lgr'.rl aog dg
mais: tentava vencer as bameiras do meio e do sou lg
tino e aJustâr-Btr o 0 cripto-judeu contentava,-se em pÊ
recer tgual aos clemais, Reservarra-se o direlto de ccq
tlnuar serìd o j udem, de pernran ecer , àu ve ze s, hernolcg
mqrte fiel a sí *usmo, à religião herdada. Porlsso
"
tlnha duas rel1glõesl unÍr externa, soe jal., outra a rg
Iigtão da sua cansciâncial interlor, felta Ae prátt

W) Osórlo, D. Jeronimo: trlb vida ê feitos de FìL-

R€i D. Manuelrt (Portgr Lglrlr, '.f I Liv. I pg. 13;
rfCronica
Gois, tìârnião de: do Felleíeslmo Rel D.
Manoelrr (Coimìl:a , 1c12i>) p. I capr XX.
 -28-

car secrotas. odtava a socledade que o eonFel,Le a una

vldo dc elq'lagõec, gue rhe torhra a llüerdadc de ereg
sâ' ne,s guardava certa atl-tude preeavlda, eônsclo de str
o lado md.s debü. crd,stão norro 6 criptor Elementos d,e-
sl.gualmente nargtniltzadog na Socledadc do baru'oooo
A lnçletude paosara L ter dupla polarizagão r
tanto na á""a crietã q'anto na drea judárca. Na ár""
cri.stã sucpeltêva-Be da ocietàela de un crLpto- Judcrr
em cada nso-converoo. Na *í*" 3uaáica bi-partLâ.-B€ ar4,
da o grupo cristão novo que se esforçwa por ec aeelrqi
lar à Írua nova csrdlÉo eurtr.e o grupo eripto-Judeu ,
"
quc mantinha uma dupla faee rehgiosa, políüca e 8o -
cful. 0g crlpto-Judeus comprometlam a poolgão dos rrlg
tãos novosr pols mantinharn acôsa a dascmflâÌrgâr
0 crlpto-Judalsmo ocacorbava a inquietaçã,o rei
nante, prLnordlqlnent e, porque fal ssava o crl stãc.novi
moo Qualg og convergog que ge conserl/avan judeus? Ron-
plarn cleg às oerrltasl isto sabLa.m-no trem os erletãos rg
thosr a unidade espJ-rltual do Catoliclsmo e do Imperio
Portuguâs. Irrltavam aog eals atralndo c€m suâg here -
alas a oáI"o d.lvinar gue acabaria se abatEndo sobre !r
da a poprüação. Uspicegêvern, esseo Judeus d,lefargadosI
a consclôncta cle homens zqlosos de ilras crengas. Por
que s daslocava.m cql octr;mâ facilitiade, num migracig
nismo forgaclo ou não, 6ram srmpre adurentíelos am qua.I-
quer tlei.o socl-nl ]
 rn-

Porflavam m manter uÍuÌ fel$o nacimalr câ

racterizada pela lüguagem aprend.lda nag egeolagr eB
pregada nos sous rltose nos livros de swrs eontas ,
nto produgões de suÊ lLteratura (fg). lbadigões, u -
eoer crengas do organlmo soclal eram aeeLtag epideg
nl"eamonto. 0 ze.lo pelo pr6prlo patrinônlo inpedia u-
ma asslm{Jação corscl€nte e lntegral à eultura do
melo. Porlsso as naclonalidades que adotava.m era pa,-
ra elcs provlsórtag. Suas preocupagões eram a eonsog
vagão da mentatidade eonumr da herança pslcotfuica e
d,o patrfuônio hlstóti"o, úeno da busca tìe condigõeo
de realização ds melhores negócios. Seu Büpxâ-raclg
nalismo assegurarra-lhes una ausancia de cornpronio -
soe quo obJetlvanente sê traduzJ.a em plasticldade )
alargando ou r"egtrlogindo-Ihes horlzcnrtes, conformc
.^ do raomento. SentLan-se ieentos de
as eonvoni-enclas
leal.dadc para com Porttrgú. Eie porque Bo dlstancig
rran d,os l-dcals óttcog e dae aeplragões da nalorla da
coletLvldade e do tncnro.
No Relnor eristãos novog ê crlpto-Judeus coltl-
pallan ao desassocogor € imprüslonavaln aog bqnms -
lndtvldual c socia.lnente - à hrsca dc solugõeg de e-

( 58) A zeveclo, j oão Lúcio de : ttHigtória dos c rl stãos

novos portugn ãse gtr (Ltsboa, 1921), pg. fi.
 r7a-

çrttíUrto, ord.en. E tal bueca uuitaE vez66 ginonLnlza-

va evasão do gnrpo Judálcos para lugaree da Bru:opra oÌl-
dc havia tolerânclae ou para o urrndo de a.lón-mar, ondc
a colqrizaÉo se deflnla @,mo um fenfoeno tlplcamente
hrrguâar atralndo homena 6 capltata para tal srpresa .
Crtstãot no\ro.e o crtsüã,os velhos vleram para o
Brasü onde a eo.lonlzaéo adqutr{.ra um ca:rater cnprerg
rlúr â'longamento do tráfico oeeânt"o no nonento em
quo cstc túftco exlglu tt'a pnodugão regular do agucar
lnalgüentemcnte requisLtado pelos nercados €ltropout o
Dcsde o prl.neiro momento attnran na 0olonia sg
bre o Lnoongolente e o corscl,ente do reinoL forgaa no-
vEEo O mestJ.go foí. tua Lmpodgão genática. Sra aceita-
gão soaLal J;, fol uma ecndoecend6neta c o tníclo do prg
ecsso eivutratórto do Brasü.
ColorLraÍn-Ê€ epldermes en vá"tas I radagõca enQ'
rá,tt"*g. 0s manelucoo, nu-latos, pard,os e eaftrgor lnarr
gurìanrm un rnrndo do gincretLsmogt de usogr cootuncs c
Cr€nças. IlnlttdO-ge s.or ü9081 eoOtuncg e crmgaÉt aa Me-
tnípolo d,avan cmtinuidadc a âgse Processo aculturati-
Vor a€,ravando as deformagõCa dos nodelos culturals tE-
portadoo . âlgung depeeg modq,lor totnarnatlpao inadequ, -
d.og. Por lnuteie, tornaraÍl-flo degtecettá"log. Exttngul
rârn-Êê qr foran usadog com adaptagões.
A engla d.o Lmed1ato cortava ideallzaçõel. Bran
dônlo, nos üLá}ogog, r"eclanava dos colonoa a qu€n dols
 --I'-

crr tnor .no! parccLa rura eternldade (:g).

0 heroisno tlüa mrtiFllcadíagtnaa pocalbi-
lldades de rsarizagã,o, eÍn roupageng roeal,a. Entre g-
Iaa arnrrtava a oolonlzagão das cmsclânclar natlrras.
o prototlpo soclar Êo afastava do netroporttano i rn
doda quo r
posre da rl.queza era fator dtferenelador
da socledatlo (60) e via ,le ascengão nola.
.ô nocsssldade ala sohrovlvânob dlante do inl
mlgo úrbaro € antr.op6fago exlgLur pelo nenos nor
primelroa tompoep a atenuagão dos preemceitos entre
og homeng brancoso Og cristãos novos eran acoltog ccm
m,tor faclridade, lrnanados nor prohlenao cormlnÊ do
vlvc (61) . As descoürflangas, eatas, reealcarenDnao

(59) lg HríLogo. ID rDtíIogos daa Granderas do Brr -

aüi cd. Capletrmo de .lbreu (Salvadcr 1956) ,
pg. 39 .
(60) rt...la rlgueraa do Bnasll constituom em súe cql
Ea6 com as qualg trruE povoadoree se fazen rL -
eos, que são egtesr a prtmelra, a lavorrra do 1
gucar, a rgunda, a mereanoia; a tercelra, o
pqu a que chama"m de Brattlt a qÌ.u'rtar oE atgo-
dõcs o eg mado!.ras; I quinta, a lavoura de maA
tl-rnenlog i e sexta e últlma a eriagão de gadoen .
3e Dlalogo. 0p, elt.r pge. 149-150.
(61) rE oa fïLhos doa taÍa, Já enüroizadoe con e, nog
ma rlquoua d governo da terra desplan a pele dt
orrelha, como eobra, usando €m tudo de honraür
slmos termose como se aJwrtar a lsto o haverpn
vlndo depois a ests Estado nmitos homens nobL -
tísslmoa fi,lalgoe, os quale casaram nclee e ae
 - 32-

:s cr{gtãos valhosl no Ânrago de scuÍj <:oraçóes; onde

floaran nalo cnr mgÌo6 latentecl nao sem grande ten-
po otr oportunidad.e de se manifestaren. No ftm do
"é
sulo fJ.rm.ra-se a empresa brasl1elra. E a br:rguesLa
qlrs a grgtentava era om ana nal.or parte crietã nova.
ïmpunha-oe eerta tq.Lerâneia.
I flocttü"lldade das estrutuas eoclaLg o da
mental.ldadc dos hmme gue as havlan levantado não
{mIülcara na transfornagão total desEes homeng. Â -
queJ.eÉ'qtre aquí ae havJan inetalad.o ou que aquí no-
ravam por detertinados lapsoa de tonpo estavan aür-
d,a cmvencLdool no Í\mdo de suas consclÇncias - bem
1á no Íìnrdo mritas v€zse - da iqportâncla d.oa inte-
resoeo da alma no quadro dos vaLoree tenrenos.
O abrnndanento de prcblemas e precorceltog
nÃo olgniftcava qlre estes tlvessem deixado de oxl.g-
tlr. Desarmarârn-Bê r eü grande parte r tB rssistêneias
doe grupoe hebrálco a erlstão, Mag fLcaram os focos
do erLpto-Judalofior
l,Íarranos Judatzantes ho:ve-ose sets arivfaa ,
nesses prLmeLroo s6cu.Log cla vlda colonial. Setr pro-
gran ora, o mosmo çlue tlnham os Judaizantos do Relno.
Os erJ pto-Judeus ersn veíeulos ldeaLe para

,fÍIlaran on perentesco com os da terta, de sor-

te que se $á Í'e lto entne todog una mlgtura de
sangue assas nobre...n ldem, pgs. I?o-]7I.
 - 33-

nino d.c dceagregagão políttca.

Do tempoe en tempos reaeendlan-se aa deaeoq
ftarrçae contra os nóo-conversoor lgravamentog d.e into-
rerâncla relaclonador com a ascmgão eocial ou coonô,q1
GÊo

Ì{o gócÌflo XVïff, a psrspectlva do mrlquee!

mento rápido estlffrllou a.nrplamente a concomância, prÍg
ciparmente porquo nnritos foram os crigtãos novos - crl
pto ou não - que acorrer* à" mlnas. Msros pera fugtr
Ir prcsaõea lnqtrlsLtorLal g - guo já afroucavan na mctg
dc do uó"uLo, com a penotração dae ruzeg - cüo tangl-
doo pelo Beu críeotropl.sno.
Indiaeqluvelnente llgados à" fJ.nanças, eetg
rram tanbóm or Judeus batlzadoe ou não, llgados à, ri -

eüezatr Porque as rlqtrezas cÍrculavan com âl"s próprtoe

atravóa de todae a8 frmteLrâ.e - e eleg podarlarr nas
erLgcs elrcular con a.las oNl gerêm por elas anparadog.
O nlgracLonlso dos orlstãoo novos pcriodlcg
nente csrdLclcnad,o peLas vlelseltudea daa preeoõce Bo -
fridaa obgtando cnralzanentos tnpalla,.ol mals do çre a
otrtros trupos Eoolais à hrsea da rlgrroza como eondlçã,o
dc aobrevlvâneia.
Corto lnúereBEaran-gs os crletãog novo6 pê -

llaran on parenteeeo coÍn os da terra, de gorte gË

6e he felto entrs todos una nigtura de oangue êB -
gág nobrc...ft rdern, pgI. 170-171.
 r 34-

hr ntne; do Braall. ltest&-o E organlzagÃo dc Rotcúros

d,as nlnas o 3rls, dlnrlgaeão pots &rropa cltre Ecus oor -
rell8rmárÍ.ot. Exenp,lor? Âr informagõec ao nóareo Judeu
portuguôr Jaoob dc Cagtro Sarnento, csntldat na ilMate -
rla l,lodiea PhyrLeo Hlrt&fca llecânlco do Reino Ì'Íineral'r
( 6a) . Ot alnda o trabaLho prhlloado o Sevllha pelo crl8

tão ncrvo Ermclsco Tavareo dc Britor nltlnerôfo g"ogti

fleo con a vordadcJ.ra dcscrtgio doc camlnhos, eotradao,
rogate altlote povoagões' Iugareo, vllar rlogr montee c
rcrrar que ú da Ctdade do Rlo ds Janetro ató ag Mlnar
dc Ouroi. tcttc roteiro ú o nap d ncglão a sr pcr -
aorrld,a t o do tenpo ,rco"goárlo para atravessá-
"áI",rto
-la ( 63) . SG at lnfomagões de rhtonü fora.n cscanotea-
dae Logo apóe a tua prbltcagão, co L732 o rotelro dc
Tanares dc Brtto clrcúava anpì.anente apotar dee prolbf
gõca da Gmgurao
Orüravo! a eonpctlgõo entrc orfutãot nwot o
vühor. Ortra vet repcrrta.n no Brasür agora nesta nova
forna comôtioa quc É del.lncavar ll ltgagõea do trupo
nao-oonvorlor prÍnolpal,notc qlrândo lp pÊtgou a tretaf
do abagteelnento dar ninaa dc Aãneror c Ctcrsvolo

(62) Bdttado o lardretr cn I735o

($)
\--r Sevtlha, na oftclna de lntmlo da SLlva, L772r.26
per. gfúfiãt"oa Ì{aalona,l dq Ltaboa (nsp11radog) .
Treehos do reforldo ltlncrárlo fcan trm scritoa
por l'guato de 11n F. tn rgaplt en1 dc Mlnar qÊ
ralarielt. PB!. Ln a 140.
 - 35-

t proporgão qpro so tragaval or aanlnhol e É

ostabüLl-zava,n oc nuqleog de povc.nento, nanlfeetava-Ec
a tntolerânela. Into.lerÂncls confeaglonal allada i n"-
ccrsLdado dc rtatur que osoa populegão de pl.one!.roa
lenta.nentc pat;ard.a a buroarr nll aqrradanento çrando
o! achadoa d,c ouro e rUenantet deran baac ocorômioa pl
ra aa wlcldadea goel&lt.
Há, dsede ar prlmlraa dácadas do gáculo
nrIïI, üD nareante deseJo de dtferenotagão socla.l. g
tostenrnho dc lntontl ficou a conprona-rl,gt
n
..loo de cabcde.l,r {Fro tlveran nrlta gl&rlr
.
tldadc detr e í*J üt oatarp foü. crura do
sc bÊvcrcn oon al.t!.ver e anqânolrr dc ag
da ron s€npne aoonpanhador de tropar dÊ ct-
pingardol.rog o o .r
. ... ConvLdcu-ot o oure a Joger tio larya-
no,tc e a gartar cD ;ul)€rÍLuldader quantlae
octraord.lnór{.ar Ê@ ropero.. 'r (6*}
Eraa arplragão bcmo"t i dlforailagão, a1tô
de ir tdtostneraelas vlgentcs na ltetrópOe ooqtra oa üE
ranor perecan cxpllcar o gnndc Lntenctso nanlfeotado
ne elvllllagão do cnro pelo tngrcsoo not qrradror loq,tl
d.toriaio.

(64) 0p. olt. loe. clt. FBt. 60-61'

 - 36-

I In{ntolÉo, 619ão pâra-€clealágtlco e Fra,'

estetaL, vJ-gl,a no Belno d,esde o sóouto IIíI. I cavalcl-
ro do Trono quc tLvera a lnLelatLva de l-nstala-lar irr-
d,epend,ente nultaE vezEg da própnfa lgreJa, ttnha nras
crtruturat c guadroo prápntoe , c z1.lava pela honogme!
dadc da erenga aqtron e alen luro O Braalll não obstan-
tc estar gob a Jurtedl$o do frltrrnat da Inqulolgão do
Llsbo, não sontlu nuLto pcsadorcnte o Jugo do Santo Q
fíclo. CorÌdigõea pecullarea de Colmla assooLadas à pg
Iíttca rágh' ae não ocLmlran o paÍa de razLag üÍ€ÍÌ -
tualae tão porco P€rnltlran a lnatalagão de un Tlihr -
nal local cono acontecou en Côa (65\
ELos dc 1tgagão ccm o Santo OfÍcto pernitLran
quc sra autorldadc sobnepaLraetc a Coü.arlq oo oflclals
daquelc Trfhmú aquí r'eeidertes. Exerccran o amtrqlc
posgivol daa corsclãnclas agentea couto Oonigsárlos, Quâ
llfleadorss, Vlsltadoros das Naug e LLvrariaae Notárlos,
c Famtliarego
0s Fa.müiarea do Santo Ofíclo constlhalran pe-
gar essenclals do oüfíclo tnquisttorlú. Pessea Lai -
cas, em gerúr gue Én abandonar suas próprfaa ocupagõea
auxlllavam o ïbtbunal efetuando pnleões, partlclpando
dc bquárltogl pollclando ag crcngas e os conportsrÌo1 -

trInqulst$o
(65) V. a reepeitor Siquelra, Sonla â. de t
Porhrgucsa e a go"1" d,adE colonia.lr
(S .Parüo 119?8 ) .
 i37-

tor. Stgnütcava a Frticúpagão do laleato na rurlf cnL-.

srçôo dac nentatldadot mtfglosat.
Suae Í\rngõos obcd.ecLan à rigoroae csca.lmagão h!
cnírqutca cnro nscava toda a catnrtrrre do Flhrnal..
JurtúfloavaFso cra crlctàctr oon a ldóf^a trl' -
dmtlna ds lgrcJa dp Crlato cono o ,ittoo oanlnbo para o
trrangcend.ente, e pqla angustia dâ ealvagão - cmgtantc
dn ceptrltua$dadc nod,elsa. E aLnda nalcr paLa amrctâg
cla da rospon6abtltdadc dc cada un nt a"Itt Éo da cqlc-
tlvldadc, dc acârdo eon at deflügõce da Bcforna Catá[
Cêr
I Coroa Pctuguãea ooneedcu tot Fanlllarer do
Santo Ofído laogões c qccgõcs. Dcu o F*vtLóelor ü r
eando dc üras pr€rrog,ativaa abso[utLCtaa. Bra! casoo tgr
vlgalg dlepaeados dc servlr Por tcrra cu nar a ortraa
partce, dc tar gancho àg suas portae. lutorlzados 8 pol
te d,c arnrr d,sfenslvas c ofenttvag (66) . lg mrlhcrer e
fIlbor doc fanlllrrfosr oqrranto aob lcu poder podLant
l...traz€r om sctu! wstldos açluela cda quo por
ben de nlnhaa Qrdoagõea poden traser at pot -

(66) Prlvllegloc dos Fo'nlllarea c Oflclala d rrqulgl -.

oão. Ltiboa, L&5. Blhl,ioteoa iiaclona.l (neservadoe)
Sattto ofícló, T rNvII ng L537 pg. fuiJ vt $
iÂl ofsrslvaer eepada e punbl ou adag,e eomenter e
ag defeàgLvag todas ag que qulzererl...tr
h:lvllegÍ.os eit.
rï

- 78-

poas qu6 to cavqLoe, posto que eles não te -

nhanr (67r.
I nalor parte das concessõeg referla-ae à prs -
eenlagão dos hÊveros dog fanlliareg. Fonan ales lsotos
do paganmto d.e flnt"aa, talhaa, ped,tdos, enprágtlnos ou
cmtrog Lnpostos deternúnadog noe Lugarea en quo lror&! '
sono Isentoe da obtgação de ürtoria an curadoria, de g
xorceren ofídos nos Conselhos. Resguardadas flcara"n ag
rruag posseo sobre guas casas de noradlar adegas, cava -
ther{.gao, caoas onde esüivesgan pousando, pão, vtnho ,
noupaÉ, patlal cevada, lerüar Búlnhas, ovogl bestas de
seLa ou de albarda (6S ) o
I Postlla de 2O.3.L566 igentava os fanlliaree ò
aorvlgo d,e L0O.0O0 cmzadoe. Âos 18J.1580, o Cardeal b
fante lsentava-os da tupootgão do aposortadorla posta
aoÉ porogo loE 20 de Janelro do mesmo anor D. Henrlque
deu,-l.hes foro pr{vativo e aos 3I.L2.Lfrl+ Feltpe lff au-
torLzor que s passassen a seu favor tlvarás de fiangaa
(69). Dn João IV eonfLrnor todos essos prtvüógloe a
1J.t 686 (ZO1 .
(6?') Prlrrllegloe d,os FanlJ.lares cit. loc. clt. FB . 52.
(6S) Cmcogsão de D. Sebasttão, aos 1/+ J2.I562.
(69) B{btloteca Naslonal de tisboa (Regervadoe) Santo O
flci.oe T EnnIr De L537, pB. 53.
(ZO1 Btbllotess Nacional de Llsboa (Reser.tados) CoLegão
Morelra, T I, pB. 16.
 -39-

fsengões o axcegões aoabaran assoclando a fi.g

ç[o de famlllar à posse do prlvtláelo. E lsto tanbó n
estl'r'trlava os homens ao ped,ldo de patento. I ópoca g
ra do ba:roco. E barroco quer dizer dÍetanelae Eoaials.
Ter a ccrdlção de fanü:l,ar l"nlnrtava no rooo -
nheclnento príUff co d,e Ber o Ln&tvÍA.o diferent e cloe qe
meLg - dava-l he cutro .fl!ilblt.
Há, portantoe notlvagão goeia1 e rettgiooa, g
J.en de exigânclas ecoônlcag e cìúturals právtaa. fs-
to ocplice que os pedldoe de hab{ 1'l tagão tenham Bcotr-
panbado o apoesarnento da t elrar e, sobretrrd,o, à esta-
b{L{ zagão do povoamento.
Ingrassar nos qradros inqulsltorial,e era pols,
prtvü6gio emseguldo porquo o lnteressado pruaÌra ser
alfabetJ.aado, ter posses e sangue llnpo. InpJ.leava ,
portanto, nurn sonatórfa de atrlhntos qrre satisfizes -
sen àe ccrdi$es d,o banroco Trlbma.ï,.
Nas minasl solieltaran a l.Ísboa a patente de
fanrl.iar 385 peesoae do ftm do sócrüo Ïvtt àg duas prl
meLrrag dcadas XIf,.
d,o
, Curlogo â obgdvar a mareha do povoa$ento e a
d,oa pedldos.
A Conarra de VlJ.a Riea - Lura das qr:atro em que
Be dlvi&la a Capitarria das Ì,Ílnas Gerais - emtanar €tr
L776 con ?8.6L8 habitanteeo âbrrangla a vlta de vtra n
ca e a Cictade 4s ì&rtârÌar
 _ tf^-

Vlt RLea, erccta ao; 8.?J?Ll f,ol. aqftrnada

por Carta Rógla de 1,5J2.l7l2 e fol crpttal da Broçín -
eLa. lfurlana, edÍ.flcada ì narg€n ao Rtbelrão do Oemo t
foi creota Vüa a6 8.4J7Ite ocnflrnda 1nr D. João V
aor 14.4JTt2e GcE o t{tufo dc Lcat VfIa dc Xossa gcqhg
ra do Oarno. tbansforüoü-Bo en Cldadc peLa Carta Rágfe
de 23,1+pl7t+5. Cabega d.o Btopado ds lfu'1ma arlado pc -
1o ltvarí a" 2.5J747 expcdldo en vlrtrrde do ldohr pFo -
pr{o de Benedito }f,ll de LTlrb çgre lsqttou as terag mJ. -
nelraa'da Jurlsdtgão d,o búopado do Rb dc Janelro (?t).
lo longo do sóculo XWII sottcltara.n lrqgrecoo u)
Smto Qfíclo c foram aeeltog 95 hafv{duoa noradores de
VIla &loa1 61 ds !fu'6na. lcregcenten-ee nals fi quo aF
peÌrao deran como norad.l,a a Gomarca de vttr Rlea (lZl .
I eegrnda eonarca, Rlo dag Velhag ou Sabarí - ,
corn unn poprlagão cúdrlada en 99.576 moradoresl e@prg
mdla a VlJ'e RoaI de Sabarí (cabega da cmaroa, nrt nâf
gens do Rlo dag Vqlhaa, erlada a l?.?J7llr ectflrna -
da por Prortsão do Consolho de 9JJTI5) c a Vth Ì{ova
da nafnha de 0aetó, a Vl-la dc Pltangut o e Vtfr do PaPt

(a) Cf nldemórla da CapltanLa daa Ì'íÍnas OeraÍli egcrita

.
por Josó Vlelra Couto en l?99. Start Mss. lbruacritg
Departnont r IJILy Llbrary. Indlana lInlversLty.
Eloomlngtcn, IndÍana.
(lZ) âNTT, Sgrto Ofíclo1 Procegso3 d,e tlaUUftagão do 1[
bunal. de ld.sboa.
 -41 -

B{Íor aron dc dlwrror tulgador Oi! . loncara"o.co f1

.{rlalpr na vlJr n al do grbüi t LL hrH.trntcrf nr
Vlla tova dÊ Ralnba do Cert6, 3t na Couarca en gcúr
31 o ne Loealldadc dc 0mgmhas do ca.uqro, lr (l4l .
I Conaraa do &.o dar Uonter, co 82 .lT bab[
tentea cqtara ecn cr vllaa de 8ã,o João DoL Bolr Gap
bege da Oonarca, cr{.ada a I J2 J7t3 e a de São Jogó
do &[o das ]brteol crl.ada aos r9.LtJ?r8 t*lo govc-
nede D. Braz Baltücaar da srlvcLre ni). h são João
Del RrL hcnrve 28 batúlttagõerr Ìì4 VÍla de São üoaó do
ilo dag Morteal I o na Conarca t T (?6).
I
conarca do Semo do !ìd.o - que eeecntraya
ar aplmagõeo r;t{q,nntíferas - contava co 58.?g4 r41
naÊ oatóLroagn e abrgle a vüa do Prínclpc (cabogn
da 0oerca) e a vtJa do Bon sroegso daa ì{tnag Ìfovar.
tr nesa árca flcayr o lrralgl do rbJuco Wt. g
persoar oon8cgtrLnaE al{ a petantc de ftnÍltar (?g}.
I nedtda çro to poroevam oE canÍnbor çprc db
van toesao ì atragõo d,c netalg e d{omarrf,s3, ooucgar
nan tanbcn dalÍ a argtr ealleltagõeo ao rrrhmal lt

(1ll uonórra olt.

ft+) S8, proGle e1t.
(75, lten6rra oit.
(Ze1 Nffi, prooso olt.
Wl u,euórla cl.t.
(?8) &fÏ' Proes. c!.t.
 _ ta,-

tmpolttano para lntegrur squ quadroa.

Ertabelocllnentos hranoa elnda raloe c tnoúpüq
tes cstee, o clue torna malg cügnlfÍcatLvos or pedldoa
feÍtor à Inquletgãor
r0c eanlnbos porquo segulnos no Bragür sen ffc-
ocptuar rtihe e grude e ftequmtads egtrada do
RLo de Janelro são feltoe com a nalor neetieh
ela poeelvelr oÌlr para ne1hor dlzerl úo sc
tem opregado neiles outro artefioJ.ol qrre o dE
rognr o nator o dewlar algunae pedrae, e de
J'oge en logc fazer nlgunra pequ€na casatr (?9).

Peden o cargo dc fanÍllar 4 norqd,orea do canlnb

vel.ho e 3 noradones do novo eanlaho do Rlo para as üI -
oêlo Peden-no ncadores doa reglgtoa da; pagssgei!1 co-
no Manoal Cromcs da Cmz, ldlnlnlctrador do Cqrtrato de
Paaeagen do Canlnbo d,o Rlo para as Minag (gO) . 0ü alnda
o llfcres l{arrceL lopee da S:LLva Balros, do regleto do
canlrúo do Sõo Parüo para as nLnas de Gotás (gf ) .
'0rar a d,escragão feftn por lntorJl. do Canlntro
Valho, a propóslto da vlago do Covernador Ârtur de Sí
dltr

(79) uedru eit.

(Ao1 !Ì{TT, Sto, ofíclo, mÂgo L27 ne 2U5. Patente c@p
eeôlda a 20..4J71+l+.
(&) Idern, mago 16? ns L756. htente de 18 .3.L757.
 _l+3_

rPartin& aoô 23 d.e agoato da oldade do RLo de

de JaneLro foran a ParatÍ, do Paraül e Taubg
t6, de Taubató a Ptndarncnhangabal d,e Pinda -
mcnrhangaba a Qraratlnguetá, de Snratlnguetá
àE rogas d,e Garcta Rodrtguetl d.cstas rtgaË
ao Rlbelrão.n o.o (Sz)
0 caninlro de São Paúo para ag mLnas e para o
RLo dae Vel,haer
nNo prfuneLro dLa salndo da vlIa de São Paulo
vão orôLnarianente poueer on Nossa Senhora
da Penh por Ër (como eles dlzen) o ptnel
ro alraneo de easar e não eão mais que drrag
Iógues. oa{ vão à ara"ra de Taqragtrieetrrba,
caninho d.e u,m dla. Crasta.B da dita aldeLa a-
tá a vüa de ì{o91, dole ôlas. De Mogi vão às
Laranjeirael caninhando, qrratro ou cLnco
dLas atá o Jantar. Das LaranJelras at6 a vl
J.a cle Jacare{, um dla ató as tres horas. De
Jacareí ató a vlla de Taubatá, dole ütas a,-
tó o Jantar. Ds fhubató a Pindanmlrangaba ,
freguesia de Nossa Senhora da Coneeiçã,o, dir
ê meLo. Do Pindanmhangaba ató a Vila de
Qraratinguetáe eineo ou sels dlag at6 o jag

(sz) ântcmlJ., op. eit. I c8p o XI: rfRotelro do CamLnho

Ve1ho da CicÌde do Rlo do Janelro para as Mlnas
 _ lt4_

tar. ató o porto de 0uatpaot-

De Cruaratlnguotá
câ, amde fLca.u as nogat de Bento Sodrtguer )
dolt dÍaa a tó o Jantanr (ga) .
O ltlncrírd.o oeogrífloo, ca L732t ecrl"a doocrS
vo o Canlaho de Sentot Inra as Ulnasr
i...86 parte para as Mlnaoe paaeando pqlas Par-
tsr segulnteet l. Nossa Smhora da Psnhal B. Fa
rcnda d,os Padres da 0onpanhlai 0. Vttr de Mogll
D. llLa de Jaoare{ (palsa-ge, anteg de entrar na
VÍLa o Rlo dc Parqlba en cane) i E. Pr{.ncípto
da Oapão GnardeI F. Capel.aI G. VtLa de Tarbató;
n. VtlÊ de Qnratíngueüí. -l ,egta VtLa vom ttts -
bo dar o canlrúo do ParatL...! (S4)
Peratlr rbrrbatór Plndânanhangaba, Qrarattnguctí,
Lorenar ogtar c!.dades aio parte de doür dos trec canlntro
pcroolrldos pane so chegar ao ouroo Cono rooteeôu on og
tnoo pontoo dc trancaslel osut noradeel ta.nbcn r aott
ran atraldo; polo Santo Ofíelo. I preaoga dc Íantl.l.aror
c Corlrsáttos da Inqrrlddo nossao eLdadeal ó d,cgdobrr, -
nmto da necegrldadc de vlgIlânofe eunrta da nentaÌtdadc

do 8to de Janeiro pora ag Ì'Anas dc oatagúr' c d,o

Rlo das Velhag.r pgr 116.
(83) lntmtlr op. olt. Gtpo & ÜBotclro do eanlnho da Vl
la dc 8.Paulo pqra ag Ì'ÍJ-nar Coral're c pars. o &to das
Veilberr pg. ,jj Ã1.
(S4) rt{'1.#"i o a!.t ' loc. olt.
 -15'

dos novos poyoedores. Cono certanmte ó fmto da cog

feagada nceesaldede de ütfcreneia$o goelal eüc trsr-
cÊ esses amLvistag da fortunao
IrI -- rllQuJstclo llo JALE Do PÀRATBA
 HIERARQU'â OA
II|QTIISÍ'fOR ODn.AL

tNQut st çÃo meruc|uêsA

!RIBUIAIS
(ussr)
I
È
p
cEIgrrnÁ I

FArrLrehrs
 It l+9 -

Oa Apcrtos

geograflcarento no Vale d.o

Embona não esteJa
Parralbar ParatL egtá a eJ.e rrgado ecuomiea e sultu-
ralmente. Pcmto 'le passagem dos quo do Rlo de Janei-
ro demandava.ur ag miqagr ogteve, portarrto, em intlna
emexõo cdn a rrirlÊ degea reglão.
Cmoçanos por anotar os pedidos de hablltta-
gão ao cargo Ce farnl]laros da Inqulslgão dos ÇFlo a-
1í moravÍìn !
1. âpton{o Dlae, homom de neg&iosp con loJa
ds farseda eoca, soltelro, natu:nl da freguesLa d,e
Santa Marla d,o Verde, lugar do antlgo terno de lbntg
legro, arcobispado do Faga, morador na Vrra do Parg
tl, blspado do Rio de JaneLro. O habtlitando era fL-
tho ,ile Donlngos Dias de Flguelred,o e l&rla Oourgal.voa ;
neto pela parto do pai de Domlngos &lasp o Velho e Ì,l3,
ria Barrozo e pela parte da mão de Donlngos congalves
e senhorlnha Gonçalvea. $ra earta de famüiar data .ìe
26.2 J752 (95) .
2. João Álveg Carne{Io, morcad,orl soltelro ,
natural da freguesia de Santiago da Carneira, termo
da Vl.la de' Bareeloep arceblspedcl de Bragal morador na
Vl.].a de Nossa Senhora alss Remodios de Paratl, blspad,o
(8 5 ) ANlf , Sto. 0f {cfu, rnaço LLL. ne L}TZ .
 r ro-

do RLo do Janelro. Fübo dc Joio llves OarncLro c do

Catarlna Franclaca; neto paterno do .lntonlo llvea CaI
nolro o Catarlna FranoLeoa e naterno de Franolsoo Cos-
Lho e l{arla Erareisclo Scu tlor Doningc llws CsrnoLro
Jí ora fanLltar. Rsocbqr r pctontc aos 27.9J?fl. (86).
3. Jgão ltrvcp Oamc{ro1 hono dc neg&lolr oql-
tcinol nettrral da f,reguEsLa de S' Pedro do Ballror uog
brrpadó dc Braga, noradon nr VtJ.c do ParatLl bt apdo do
Rlo dc Janciro. Filho dc João Comcr de Garvalho o de
Ìhrla llver Canrelro, neto paterno dc Cwtóato Oomca c
dc lgabdl de CarnaLho c natcrno de João lJ.ws CarneLro e
Catarlna Frrslgca. Csgcgulu nn carta dB fanülar aoa
L6 do ualo de L792. Do rõu prooctao'ecnitan ol autos do
habüJftagõo de gua mü.5q' Mrr{.r Jorefa da Cmcel$or fl-
IJrr de lotmto do gqn1.r Porto o de nÍtn lhrh do Uascl
mentoe tmdo cong
-
paternor João dc Santoa c hrta
"oór
Josofe e natornoa Josó Pemlta Ranoc e Füanclgea llrar'cg
BE. trra natural da fregueala de Xorsa Senhora dos Ben -
{1or dc Paratlr btapdo do BLo dc Janelro. Sras .r{I18ân-
clrr fcan apronadao Jrnto co al do Ëu marldO. tctar
d,epucra"n a favor do caEal o capltão ìLnoql Fornandcp
Canpoe Guetra, profceeo da OrAen dc Or{.rto o faqrltir dÂ
InqrúslÉul Salvador 0a.nroÌ ho da 6\nbr Inaralr oapl.tio -
mor da V1l"a. de Paratt; João Plnenta doo Rele, capltão -

(ee1 INTT, santo Ofíctor Ego 95 ne L599.

 -1,-

nor da VILa de hgra dos Relg o alnda crrtro f arnülar,

de lngra, João &tbeüro da Foaeca (fl).
I poetgão d,os lnformantcg detxa gntrwer a pg
algão roolal de deataguo do hsbl1ltand.o.
4.4orííÍr'qejlgrps 0âlneÍro, honm de nqL
olool rqltelrc, naturú de 9. llago da Gartelral tor-
llo de Bareelog, noradc na vjla de N.Sra. dos Renedl,og
d,o ParatLp bÍ.spdo do Rto ds Janolro. Filho de Manoú
Àl.rrares ca.mel-ro e catartna franeLEcat aran Fue avóg
paternos João Àlvares ca:melro e catarlna hancÍgca e
maternos arst&io coelho do Padraeal, e Doningas rran-
clasa. Sobrlnho do fantltar João llvareg CanneLro, fd.
felto famlllar aoo l2.It 'J76j (SA1 ,
5. GreeorLo 4grdes üe Âtgeldar i1ro vlvta dc
srar fazendas e oegócior. Natural d,o tugar do Reguen-
8or Íleguesla da Vársca cülarca e búopado de Vlgzu ,
nonador na VLLa de Paratir blepado do &lo de Janelro.
Ffrbo de .ârrtcnLo Msrdeg e lntonJ.a dc lJ,metdq, neto por
parte de paL de l,Íanoel Mendes e Beatrlr Tavares e dÂ
nãe de João l&noel e lcrrenga Gongaï.vee. Jtrnüo egtâo
ol autog d gua mrlhc, catarlna Gago de Qllvelrar Íf
lba de lntqlo de Qllvelra lagartlrüo e Fbrla de I -
bneu de Brlüo. F.ran sug maternog sebasttão caso
"v6g
(gZ) .ôlüfl, Ssnto QfÍclo, nÊgo J,6? nq L434.
Carüa d6 fnm{lJ.ar aos L6.5.LWZ.
(8S) sTT, santo ofíctoe maço 3 ne lB.
 - n-

ds Abreu e Harla de Souza 9icuda. lprwada Junto com o

marido. {Liág era prlma clo fanüiar Franclsco de 011ve!
ra como ela natural e norador en Parati (89),
6. ìSnoe1 Fernandeg CgFpos dp gama homen de ng
g&b", sqltoLro, natural da Íbeguesla de Santo lntmlo
da llha da l&deLral norador na VlIa de N.Sra. dos Rene-
d1oE de Parafi.r bispado do Rlo de Jaleiro. Füho de Iog
rcngo da Gam e }4a,r1a Gomes, neto de l'lanoel, da Ga.ma nì-
ctrnhado o tripa, e de ìdaria Jorge, por parte de pa1 e
de Ì"íanoel Feruandes o gago, e Donlngas Goneg.
Suae dtl$âncÍas d.emorara.st un poueo maJ,s por
teren havldo dúvtdae sobre a llmpeza de su sangue. Cong
ta de Beu procogsor no fol . 2z ilDsclara quo na dlta VILa
cle Sto. lntonlo Uá,rn runor csrfesso de qre os Oana tên
o defeLto de erlstãos novosr ÉD dfctfngão da fanllta de
quem procede o dito defelto gendo eerto que o dito defet
to está Eó ros Gamas qu€ proeedem da eidade d.e TavJ.ra e
sendo naüural da d;ita ct<lade João Roiz ïavira casou n&
d1ta. Ilha da l4adelra com lntonla lop.s da Coata e s FB-

"t I5J J622 o

ceberão na Íbegueeia d.a Sá por esta &rto-
nla Lopes da Costa entrou na dita IIha o defelto de crlg
tão novo na ta.L fanllia dos Gamas quo 6 diettnta da dele
suplleanten. Áeeitas as explleaçõ"s, fol o habd.lltsndo

(S9 ) N ïr, Sto. of Íei o, mâço 4. no 56 .

 - 53-

feito fanütar aoa 8.9 J77o (gO).

?. Uange]. Marotxga de freltas Oanq. ueotro Et
falate, nahral da freguesla, de N.Sra. das Graçaa dae Â
rear, termo da VtJ.a das PJas, prelazla de Tonar, nora-
don na VILa do ParatLr bLcpado do BLo de Janelro. Sq,L -
tefurcp vlvLa de osus negóeloc. fllho de ìhnoeI da Me -
ta Carram o BrLteg de Eneitas, neto por parte do pat de
l{alta Grrran e BrLter de heltas e de nãe de João de
Fneltal e ântonla dE Fongôea. tra^mlll,ar aos L2.g.Lt58 .
(sr )
I habflltação ccrgistia lnlclalmento no podl-
do felto ao lbttunal de Lleboa para se procederen às
lnveetlgagões de sanguê, geragão e eoehmec do lntereg
eüdo. I eEtag lnfornaçõeg eram aereseldas ortras que d!
aLa.n respeLto a eabor J.er e cocrevor, guardar eegredo,
tcr posocr nrftctmtea para vlwr ccndtgnanente e tra-
Jen-n con edequagão.
Ten oangue Unpo srgntflcava estar Lsento de
oontenLnações JrrdaJ,caa, ltourla, nogras, urrlatac e lnd{
t€nar qr bcrátieaol ol sÍ, nos E€us palË, *v6s paten -
not c natsrno!' Ír8 geraÉo de rur múher otr das nuLhe-
roÉ oou qua wmtuaLnente tlvesse ttdo qualquer avôn-
turt.
(go) NTr, sto. Ofíclor nago 220 ne 1309.
(gr) Iden, mago L75 na L85l+.
 - 51 -

lar Dorsere crtodtr o Trfbuna;I, dcvcrlr colocar

o tnüví&o a cobrancelro dec tentagõee de cventuaLa eu -
bornoa.
Ser dtgcreto gcrla, lntegran-se nr nentatidade tg
quÍaLtorlalr toda c,la alle$gada no rgred.o.
Saber L€r e escrevorl eondlÉo fndfepensavel pg
ra roeeber ordol da hl.cranqula d.o Sto. Ofícfo e prestqX
-J,bc eontas d.as agõee pnatlcadar ou d,o que fossc de ssu
lnteresse caber. Os fant].laneg devlan Ber olhos e ouvidoc
do 1bfhrnql sn temag dl.gtantes. Prlnclpalnento no lfltr&-
l[8,f r
HabïLltadoo po.l,a Inqutalgão de Ltgboa para o(eX,
cor r8 ftngõea de fanIl:Lar tenoe notÍela de trts n@eg
de noradorea do Vale d.o Paratba: Jogó Corea lcltc, Joio
Vas Cardoso c ì&noel lntunes F .alho.
-Jogó
Conrea LeLtol homa de ncgóc{ooe oasado ,
naseldo na ParaÍba, ooerca de 9Ío Paul,oe htepado do Rlo
de Janelro, mcad.cr 6n Tatrbató. 0 toqtnrrente ora füho de
hrooa]. Lelte d.e ltranda, o .enr RLbdrat noto prterno de
ântonlo Rota d6 lílranda e Potencla Leitc do Prado e nateç
no de $cbacttão fernand,eg Oorea c lna filbe!.ra.
I flm de eonsogulr a patote de fantllerr tevc
de pedLr lnvestlgaçõee genoalfulcae dc arn rn'Ihotrr lgrbal
Cardoaa, natu&L da cLdade de $ão hulor füha do lntonlo
femág de ArauJ o e de \brta Plres hrenap tmdo cono
"v6g
paternooe Manoel Fcrráa de lrauJo c VcrstLca Dlrg lette ,
 - 55-

c nattrrrool Barüo.loneu Bueno e Isabql Cardosa.

lÃo battava çnrs o lntereasado pr€'varse nã,o tcr
ú seu sangue nanehao de ascerulenteg ou colaterrÍo Ju -
dcug ou msurog. 0rr uEgno d.c ncgrotr lndLog ou mrlato6.
Era de nlater guc sua eepoaa tanbo tlvcsge leençõer
de tate nácrüas; Fogae mbqa degcsndente dos d,esco -
brldoreg dao mLnas.
hocod,eranFeo às
lnvestfpgõer na oldade de S.
Farüo o nÊ de Tobat6 o o candLdato a aervlr ao Santo !
fíeto fol aprwado. Fol. fecmhecldo cono possoa dc bon
proced,er, cmfl-ança, capacldade de oegredor güe tanbm
sabü a ler o esonoverr poosÌrl beng con os quais vtrrta g
baatadanente (gZl. Sta patente fol expedlda en rnalo de
LIN.
Outro pretadents naturaL e norador de Tauba-
tór João Vág Cardotoe capltão, *llho de João vás da
GrnhÀ o de lna RdbeLra. Tlnha por avóc paternoE Cbrir
tovio d C\111h 6 !fu316 yi" e na bnor e Don{ ngoc 9tnã,o
de Toledo Ptza c Marta Pedroga. Sra mrlherr tanbfu ob-
Jeto dc lndagaçõea era trbanoisoa de heiüao' fttbr de
lnaro Cü c lârlaa de heltas, neta por parte d,e

pat de Sebagtião GtL e t&,rlana de trbeltaal e dc uãe de

Hanoet Fornandeg Edra e Marta Ctrbas. â earta de fent a
Ilar teu datÍl ds 2. LJ'?4LL (93).
(ça) Nrr, Sto. Ofícto, maço 32 ns f',lr.
gl) rden, Inago l+6 no 918.
 -ft-
Jí a Onrattnguctá, na rcgrnda dácade do róql
Lo nrun brb{Lftourse l,Íanoel btrrnee fillï hor nrtural da
VlLa do Pedrogão Grand,e, H"apado de Coinbral hmen dE
ncgóoiorl noradon na Vlf.a de 0uaratlnguetí, golteLro .
Scrg patr fcran Manoq.l. lntrnor c !ftrta FraLhat sollt *&
prtertorr João Ïemandct c Sebactlana lntunegr o mater-
Borl T*ó I'hrttns c MarLa l"iâLàa $41 . L patente ten de
te de ïL.tt Jln,
Dots homms de negóelo e un nllttar {trc nahr -
nlnente agtan mtrogad,os con ofLclaLe na18 graôrados da
Inquleigão no egtado d,as ì{inas. Ertreltavê .-8o 3á neeoa
ópo"" o Luter-rc]Âelona.nento do Vale prülatar f,Ltrnl-nm-
ce c m{nelro. No tenpo todo e.l,e estava vq.ltadO para & o-
eaaonla do ouro.
O pc. francl,sco da Oosta lbreJ.ra fol' un dos L36
Contrgárlos que o lbtbunal dc Llsboa haH.Iltou no Bracü.
Os Cmtsaárlor da InqÌltofgão eran posts avangl
do; do Santo Ofícto nae oabegar dos dlatrl'tor, provÍneias,
arcLprcstadoa. Denbo da htonarqtrla ocrllavan lqar dc dcg
taquel tendo de pregtar cmtas apurat aoo InqtrlsLdaor ,
aoa quaLo dwcla.ur Lnformar do estad.o d.aa cansct6nelar
noa lugar€B dt que vLvlam'
llen da eoshrmcd.ra lnvestfuagão do tanguor gerl
Eão e eootunes, ccndl$o para ocupar
tal poeto sra eer

(gt) l![lt, Sto. ofícto, nago 9t+ ns L792.

 -ï7-

saaerdote e ter cnrsa,Co na lhlverÉidade Cânmeg ou Tg

ologla.
Para pautar eÌr&s agõea tlntnn regimento espg
Reglnento d,os Conlsgôlos d,o Santo Ofício o
"íflaor
Escrtvães a seu carg,o íF5\, enbora por deterulnagão
d.cgta rneenìa tcl d,svegsen o(arar guns qtntões pecsodc
sobre os caeos de horesla ou de nrspolgão dala de quo
tLvegeen ccrhecLmento. Daí sua inportâncta en lugarea
afagtadog das gedes doa lblhnaLs.
0 pe. Frarrcleco Coeta Morel,ra d,eol.ôlu-se ha-
bl].ltarr Justtflcandol thão ha Comiará"to dentro da Cg,
rrarcaf, (g6) .
Fllho de hanctoco da Costa Moneira s da Jqg
na Rodrlguos da Costa, ttnha por parte d.o pal og avóg
Antonlo da Costa e ìLrLa de âraqf o o era neto pon IËìE
te rnaternal de Domingoe da Cogta 6 Maria Rodrlgues.
Seug aecendentes eralr todos lawad,orec, nrtll
ralr da freguesia do g. Tlago de Ì{orqrrlnr termo de
Bsroeloll arceblspado de Bragal onde tanben ora o pa,-
dre nagcldor tro lugar de Sarnado.
lo tqpo s gu6 se habülitou - s€tenbo do
UìOO - ttnba Í anog o ore T{árto Co1ado na Ì{atrlg da

(gl) Bibrloteca NaeLonal de ttsboa (Reser"adoe) CdLe-

gão ì{orelra f0 86? T I pe. 22-2).
(f 01 lilTT, Sto. Qf{clo, ma,go 130 ne Lg57 .
 fi-

Vüa dc Santo lntcnlo de Cuaratlnguetá, biepado de São

Faulo, e VÍgárlo da Vara da dLta V{tâ, s üoda a gua Co-
marca nque ten ?O leguae de âmblto conpresrd,end,o 25

'{L alnas e dtsta da cful,ade de São hulo {0 leguas n .

(sr)
Eatava no BragLl desd,e LW4. En Otraratlnguetá.
Esta VlLa foL vlnte anos depoie aesln descrltal
r...Esta lüLastnha ó nrlto nals conprída do qpe
J.arga, gtl88 ruag são estroltêEoor 88 cagagr PÈ
quenae na malorlae não eão ealadas e g6
"o "ás
do ctrão tân rótufas mrlto apertadag Qlrer eegüD-
d,o o trábito antlgo, se lflrentan ,çte úto a balxo
g,uarnecendo Janelao e portas... Â lgreJa paro -
$r1ú 6 grande c ne,La 8e veon tres altares bem

onranentad.oee nag conta cOm alenaO una togs o

Não á forrada c a nave não ten Janelaae gmdo ,

por o@segulnte, êBCllF&ro. Â Caga da Câmara atg
de não eetá acabad,a, osupa un doe I'ad'os da P€ -
glrena prega quadradn sltuada na parte nals brl-
xa da cldade. É neete mêsmo largo que desemboca
a ,ínica gra qrre gal dar ao r!.oe narglnada pel,as
mais mlgeravels ohorpanasl Nã,o ne peroceu babi-
tada eenão por rulbrcs de ná vldaÈ. (gg)

(gl) Proa. cit.

nsegunda VLrgen 4e R1o de
(98) So1ot-Hflctree .&rguste:
 -n-
---'-"--
rnLcia.ranFs€ as lnvestlgagõeÍr. NaE assatadag
feitrs sr sta. EuLr.lll d.o Rlo cor:vo1 ros L6Jo.l800, o
conlssário Francisco Josá Telxelre depols de dar boas
informrgões do habtritando e sìn fanrlta dlz que ele
nõo fol eegedo nporem he prhl,lco e notorl.o que Ji no
cgtedo dc sraerdote paceor l tratar-se rïllettamente
cm !fu'1a, soilteyrr, de que resultor ter fllhoel quo {
glrlo frlecerão, mas ocleten dorrs per nonn torrengo e
t{rgdnlor, da dita sÌn conlüece (slc) os queos o Padro
Hrbtlttrnd,o tomor à grn inspegs,n e qridad,oi poco he
eürstanter gue havqá dous ütnos fes transportar para
í âmerlca o Lourengor inda Menor; e por occaziÃo do
predlto Pedre Habilitando vLr da Anerlca ha quazi hu
anno r dlte fregueztr de Morquln de grn nattralldade â
ver oo geus parenteee feg vestir e preparar Ì,íagdalena,
Menorr e a levou consl-go na Ftl,radan (99).
Otrtrrag Lnvestlgaçõee foram feltas atnda em T.!
boai na BeaI Brmids da Carldade, fregueela d Sá, pelo
Conlssárlo Pe. Verísslno Ì,íanoel de lzevedo Serra, t@-
do por egcrlvão o Pe. Joeó Gava.ue, aoe ?J0J800. Degl
leran entãol
ì,Íanoel Joaquim GongaÌ.ves de lndrade t 32 anos,

Janeíro a Ì'llnas Geraee e a São Paulorr - L822

(Belo Horizonte, L97l+) pg r 72.
(99) Proc. d.s habïLltado clt.
 -60-

padre aeaular e arced,lago da gó de Sõo Paúo do Braall

qlrc dcc,larqr ccrhcoer o hald.litando tpo" o ter vkto c
tratado ü São Paulo...r Declarou não úcr cmhecldo
tour pala nae ter ouvido ôlrer a vártas p€ssoas, entre
qlae o Blapo do Maranhãor que oran bcn neprtadag e ro!
poltadas o do not6rlo proccd,er. Depor on t€guida, I.h, -
noel Bento DLas Ferreira, de 30 anosy caoadol con loJa
dc fanqrel,ro €n Lisboa. DLese conheqer o habïLttand,o
hr gela anog rnfl{.s oü mGoogl dc Lieboa e de Sto. lnto -
nlo dc.Qrarattnguetá. Tarnben ccrhecJa a sôÌrs pals, doo
qualc fora hóepedo be 3 anoo. Andró Josó de Sá, de 49
anot, caoado, nonador o Llsboa onde tlnh IoJa de fc3
ragens dec.Larou corheeer o habJJ.lt ando enbora não to -
nha oohecl.do 6€ug palc. Frgoúaco FiguoLredo e Incqr-
da, .{.( anoo, bsneflclad,o na lgreJa de Ì{.Sra. da Boaet
gão dog- lbolree, na Corte r disga cmheoer ha sele anos
o habllttando, flcand,o Eempro de.Le bo reprtagão polr
6 ac ercenplar pr.oced,Lnqrbo na vlda., Urnoel, Jogó Lcureq
go d,e Caatrol de 34 anoa, orvldo na pníprta caoa npor
so achar tnpoaelbilttado dc eaLr fora por canrta de no-
lcptianr padre secrllar da lgreJa & S. Ìârtlnho do Cq&
por no Porto, dlgse csrhqecr o habü.lttando ha quatno I
troir npor s ürataren com amtzade antes deÌe Lra para
a lmarieatt. E ftnalmente Josó PerELra de Caatro, preg-
bítero sEculqr, capelão e üescureLro da Rcal hmlda de
Nossa Sahora da Caridade r Do sltlo da Só Ae Lisboa ,
 _61 _

de 34 anaa, cmhecLa o habüLitando ha dca anos por te-

rer gldo eqrdlEctpuloe e aemprs s trataren con anlze-
d,ee úo có oo hasÏL eono en l.Lsboa.
[m]runa tegtemnha, a úo ger a prLmelna, fg
lan nog fühos naturaLsl nas eertanente a rnqutslgão a-
o quo não tolerarda - não a exlstônc ia doe fllhos
purcr,r
- nas sin a Lnpureza d.o Bangue da nãe. 0g re$Lltadoa qg
ysn ter sLdo favorarreic, pols não foi o fato eoneidera-
do lnFodlnento para a obtengÃo do que o padre so.lleLta-
VO..

lpuraran-se taebán suas posssss trten ouac teg

f8.61 e&8as e escravog t rarí d,e renda qrqr&lnmte un con-
to de reLsr pola cono vtgírto ae $ra lgreJa e da Vara ,
tlra d,e lucro baatante pana sa tratarn.
I mgrmda tosteannha deellalsu qre o habtllta&
do ten Ëna oua patrla patrtnfuto arru-ltado e Jrüga Sre ff,
rá enraturente de rmdaa tnes nLL cruzad,osr. .0 tereelra,
d1sse qu€ o habü.ttando ntlnha bens seus p"óp"los na f-
greJa a qro he coLlado - fará dc rend.a anualnente paa-
aanto dc trer rnrl orusad,osr. I qua.üta, ËJrúgr quc fará
de roda auualnente perüo de quatro mll cnrzados per 1ho
ter dLto o nofio habrlltando c de fora parte the ccnsta
tanto ben o mesnotr.
0 proeeggo ficou m IOt272 as euEtas - e
fol rapldarrentc concluldo, potc a patente d,e CorÉasá -
rd.o daüa de lO de novsnbro de 1800. Iha habtlltagão t4f,
 - 62 -

dla (fOo) e quando o Sarrto of{cro Já eetava no zenlte de

aua atuagõo (tot).
holonganrento do cmtrole quo se lnsta-lava Ìrã.9
,
l,Ílnas? PorLsso terla,n gldo tão pouco expreEsivag em Ìlll-
2
neros? Por qre então não terlan apareeido na ápoca &ll-
ree de rendÍ.nento dag exlüoragões do nlnórios?
âered,itainos que no s&túo flruIï essas cldad,es
do Va.Le do Paralba paullsta - raubatár Plndamorharrgaba
Guarattnguetá, Iorma - tlvegsen realnente vlvid,o en fug
gão da-q suas ligagõee com o cmpl-exo rplneLro. ÌtÍag era.u
ainda vLl*,r1 con poprlagão pouco etgnlfleatlva, onde o
aomtrole ee,ì,esÍástlco nrprla a vlglJ.âncl a lnqulgitorlal.
IbpoLsr n& ópoca do crÍâ, a InqrúslÉo tlnla 1á desepa -
recldor Fc obgqleta.
No entantor o controle ocietlu. Tardl-oar tanbent
ní aots processor de reug - uD de Plndamor,trarrgaba, outro
d.o fllho Taubató: ManoeJ. Slquelra do Prado, nmorador
d.e
nas nl,nar na VÍJ.a de Rtn.tanmbangabatr (do), fol, por bü.
g,anla autrrado en L7/Õ pela lrxïuiel$o de Lieboa OOa1. 0
outro, o d.e $úvador d,o Scrrzaz osoravo de lntonto Erfto
de Sorzal naturale batlzado na freguesla de Santo hto-
nLo d.e Taubatól bi.apado de 9ão Paulo.

(f oo) hoc. cita

(fOf) &cttnto pela Portarla da Regônda do 5.4.782J,r n4I
o Decreto da"e Corter.
dando cunpnlr
Om) nrm, Inqdsrgão dd Lisbe, proco Dg L55l+.
 r 63_

Un qrennlo da atrração lnqulsitetsf,,l

0 procegso de Selyador 49 Souza.

,'D
( ,:, y' , ,,1 {l.ít/í'í" /24 ,' '
 - 6lr-

Segula a InqrtelÉo, trih:nal çre orâ,1 o lcu prg

cceguâ.l, d.oeerLto en Ici, pela obecrr&lela de un eonJÌrl
to de atos e de fomag prieatabeleeldag.
Condtgâo absa.luta dos proceosor ordinárior era
rsroË recla,nadoape.La vlndlta púht t"", c nio aLqlcs c-
fcltos de apalxmadcr ou lnJuetas prvongõea. I oeorâg
ela d,e proeoosos no Santo Ofíclo egtava portanto rela -
olorda c6 o pníprlo neLo socLalr era obrlgagão d,or
erlstãos apoLaren a lgreJa o eürserraren lntaeta rua dqg
níttce; teólogoË c eanoLgtas havla,n anatenatizad,o ot
çrc octütaosen delitos deata naturoza.
Cqlaboravam os erentoa denuncLando o oB orlpadoe
emfessando seus ortrooo lrrtava-se pe.la apragão dos poqg
aos yúbficog pela olmplro razão dc ser o conporta,nento
rellgloso cntendldo corp nflfdnela c e unldadc ret.tglq-
ta nrperlor a todar ag qrtrac.
Eata, a tônlca goraLl prlnclpatnente nog aáeulor
X|\I:[-XVII. ]hg havLa excegõerr daqueteo c[rc dmunehnar
tangldoa por notlvos pessoaLrz e ontre elcrr a vlngangn.
lcred.ltalnop ter rido o çlue ocotran oom Ílalvadsr
do Soura, natnral da freguesla de Taubató, btopado & São
Paúo (to3).
0 reu, füho do eativo ì{tguel Rsng61 e de Joanr

(f03) INTT, Inqtrlalgão de Llsboa, proc. ro 9,753.

 - 65-

do Josus, ora escravo de ântonl,o Ptnto d,a S1h7s, d.cno

da fazenda são João. cagou-ser sn raubat6, eom a es -
crava Benta Marla, de çnren teve cl.nco flIhog. Depois
fugiu do cativelro, o Egtado do f,üo è
mudando-se parq,
Janelro onde mrdorr seu nffiô para Franelseo e foL preg
tar serrrlgos ao fabnLcanüe de anll Josá Jc.quLm de .â-
rauJo, morador ern Cabo Friol fregusgl.a da Sagnada Fa,-
m{Llar btspado do Rlo de Jarreiro.
Drrante Cois rulos senrlu ao fabrÍ.cante de antl
e oâle não podend.o psgar os seus jornals de tantos teq
pos fez que ele s casasse c@l ura escrava chanada Jog
n&r euJo sobrsncrne ignora o que com efelto e.le Rsl fez
Ievado de lnteregse de receber seus JonraLs e por ne-
d,o d,as aneagas ç1ue o dito Josó JoaquÍn de ÂrauJo the
fazl-a de que the havia d.e tirar a vlda no caeo de não
receber a dita sua escrava por sua legíttra ml.Lhern
(t041 .
Salvadon de Sorza na reaf.'l dade recebar em casg,
rento a eserarra Joanar nudand.o ant es de nore e não dg
clarando Já sr
easado. Cof,rftgur&-so o dolo, pols B€-
grrndo ele nesmo decl,âroÌrr sabia vlna sua prineLra mu-
Lher, moradora do blspado de São Paulo.
Elg os fatos! um ascravo fugldo que Lncorrzu na
cu.Lpa de bl gamla, descoberta porque Éu dono ttnlra ng

OO41 Proc. eit. emfissão d.o reu, foL. 27 v e 28.

 -66-

goeLos eorn o cmerciants de an{Lr ê I sua aparüncra de

tndlo aeabou por torna-lo notado.
Quatro ans ap6s nra firga, por teren brlgado lü-
üoLo ltnto da Süva e Josá Joaqtrln de ArauJo, o pr:tnef
ro donneiou a btgamÍa d,e Salvador de Soz" ao GmisE,í-
rlo do &1o de Janelro, Fallpe Rolz Femeira.
Certanente a$ú1 não m cofÍgrrra a preocupação
eon a tntelrldade doutrLnal, ou con a unidade da fó. 0
ó o Brasür ond.e a blgania nareou os prlneiros
"má"fo
estabeleei-mentos brancos e acor4panhqr ag prlsagõ"s & eg
Lontzagão não obstante o desespero Jeroítico. 0 tenpo g
ra a segunda metad.e do s6crüo Xltfïf, qr:ando já t stavam
se abalmdo as lnstitrúgões que pudessen etgrúflcat di-
ntnulgão dÊ ltberdade tnd,ivtduú en seu mels anplo Éxen-
tLdo. E qrrarrdo o Tolermtismo das Luzes obnlgavar pdlo
rnenosl a $ep€nsar a lhqursldo (tOl).

(fOf) Não s atacava, ó verdader .em Portugú, a Bellgrão

Revel,ada. Não acmtecia alí aqutlo qre Parú llasard
mogtra en outrae parteg do nundo europeÌr! rr . o r& -
brÍu-se Ìrn proeegso gem precedentee, o proceggo de
D"og. Tanto o Dsus dos protestonteg cono o Deus Ôs
catóL1eog estavan em eausa...tr n0 pensanento eurg
pal do gécrüo XIÍtfiü ïrad,. (Lrsuoa, Lï14) Ir pg ;
69.
úil obstante, o reformlsmo pombalino d.era iá à I[
qutstgão um novo Regirnentor eLaborad,o em consmq
eia em -o9 no\Íos temposr Çlterando um poueo a prg
cesgual,ístfua do Sanio Ofíclor Regimento d.e L77l*;
do CardeaL da Cturha.
 -611 -

hraso por orden do Tribuna-L lLgboeta aoE 5.9.

lÍtz5t Sa.lvador de %uza teve euá"to a" culpas ttrg
do peilo ca.rnellta Frei Fb.Llx de Santa Terezal Conlg
sá"lo tto Rlo d.e Janeiro.
0 Cmlgsá"to proeedeu a drlkâncÍao; tendo ott
vldo as te stenrnhae João lfthleLsco FemeÍ.ra, que VL
rrla de $ras fazendas, Joaqutn Josá Canplant, profeg
sor de prÍ-neiras letrao, Ântonlo Severlno de Souzae
e Bento Roiz Delgado, homens de neg6cios, Josó So -
bra,L Espada, pilantadorl Pes. DomJngos &las e Fran -
cisco ilves Elnto, pnegbÍteroE secuJareo, ì'lattas de
BrLto, fanlllar d.e Oltndap estante no R{.o de JaneL-
ro e a eriorLa Joana (f001 .
Os deposrtee errÍï:marm bJ.ganla. E com o
gurírfo foi remetido pa.ra os " d.a Inqulotgão
t'^etrópoJ.e, "ár""tus
na viajando pel,o navlo Santo xntonio - o
Voador - cuJ o capitão, lntonio Perelra, entregou- o
ao aLcá1de da prc.são do Santo Ofícto em Lisboa aos
29.LO.L795,
âos 5JL'L795 o reu confessou suas oúpas e pg
dlu delas perdão. Segtrir&In-oe ag segsões de interro-
gat6rto: genealogia, aoo ?.LL.L795t de genero, aos
L3.LL.LW5 e íx specie aos 23.tt',L795. DesarJ.pa-s6
dizendo ter sido obnlgado a contrair segundao nup -

(fo6) Proc. cit . f o,L.

 681 -

elas para podc garantlr seu salario. Na realtdader fol

obrlgado a cmtraL-Lai, pols ttnha a esecnder a nra ldeg
tLdsde. Eseravo firgtdol problema que a Inqrdslgão de Pog
tuga.l não tÍJúÊ ordlnarúnente r a,o çraL não cran sensú-
rreí.s ot seus Julzee. VeJa-eee por exemplo, o texto d.oe'
Interrogat6rí.oc (Anoro) ond.e se LnsJ.ste sobre a tengão
do ato pratLcado palo eseravo, Broeura'-se garantlr fos-
se dle posetrldc' de tna doutrlna ortodoxat un €ueeravo ,
analfabetol . ..
Os textos dery'lan alnda transpareeor a preoeupagão
dos Inqulsid.oreg en saber seatraz das fa.ltag havla fuv!
da e degcrenga nos dognas ou na t ltr:rgla catól-loa e se
maig pessoas partJllravun de tats convicções.
Súvador de Souza não cdrvmc"tt à }Íesa, que dzu
prosgegplnento ao proeêggoe paosando a adnoesta-}o eon
o l^lbeilo. Fol nolrarente aemgelÌsdo a fal,ar a verdade
lntelra. Gomo nada teve a dLzer, fot-J.he ltdo o tlbel'o
peIO Pronote. Ne]e era-1he reelanada a tcrção com que
conetera a bl.gqnla.
Tove vtsta dos autos a le de dezsnbro de 1-795 e
passqtr àe Contm.dltag, Não tmdo coÌwencldo à r"r6eê1 eg
ta deslnchou o pr@eoso no nesmo Le de dezembno.
Erarada a eentmgar fot e!.e lfd ao Ran em Auto
na Mega, aos 16J2 J795t müc Salvador de Sqrza abJu -
rcu de }errc nropett& na fó. Receban como pmltârntal rg
zar tod,ag as Émanas um tergo para Nossa Senhorar todas
 - @ -

ag sextag feLrase 5 padre-nogsog, 5 ave'marLag em

honra daE Cbagas de losso Senhor.
Cono pena por sua eu.lpa fol condenado a cig
eo mos de trabalhos forgad.os nas gaLás, alám de
agoltes púbtt.os eom p regão peLas Frlaoo
Âselnou o Tenmo de Soltrrra e Segredo, que lhe
darnr tlirelto d.e eair da pr{,são aoe L6.L2.L"195.
Característica do proeeeso inquisitoriaJ. ó pg
d.er sel: susfengo a qualqner momento, desde que o
rsu confe ssasge e a Ì{esa se conveneegse da verRclclg
de de flra aanfLssão.
Ao tenpo em guo Salvador do Scuza fol proeeg-
sado, Já o Regi.nento em vlgcr havie $lpresso L tor-
tgra e a pana de norte OgZ). Ì'lesmo assln não teve
seu procegso todas as etapas. ElUcJ-datlva a eonpa,-
ragão do esqrrena c}ásslco do processo inqulsltord.aL
e o egquera do procegso do reu taubate&rloo

OOZ) ;á rravfa sido suspeüÌso tanbám o sequeotro e o

confiseo dog bsrg.
V. Reglmento de LnÇ cit.
 70-
ESQUBtÀl Do PROCBSSO IìlQslgrtonIAl'

tconFrssTõl

l@
-,F
tJ Ja*L-
^'dr}ilã

Lr3El0

ugJÁÃv.rv
Sentenca nrélrraì

ssulE::çÂ

ãSPIRIIT'AIS
 ãir
- (L-

ESQUEnâ D:, Pnoce*ro o€ S+LVA0OA DE SOUZA

 ,72-

O pnoeesso de Sslvador de Scuza iniclor-se aos

5.9 JW5 eo era prlsão no alJube do Río de Janelro,
o terulncnr aos 1.6 J,?.JT95. fur?remdeartenente rápi
d,o.
fu tormoe de processo tnqtÉgltclal, lrn proeeg
go extrenbor Da' nedtda en qre o rstl era un oscravo ,
pertencend,ol portaoto, a un grupo soclal' lncontro,La.-
voil para os zeladoneg da ortodqla quo não tlvcan ,
ao Longo d.e tres sócu.Los aberüras para eontpreand.er o
mundo dos hon€ns d.e coro brtranho, alnd,ar €Ín ternos
,
de realldade netropolLtana - quand.o a Inquislgão Ja
agcnrizava - e eoLoniaL. Não gerla a blgenia de un eg'
cravo aralfabeto a eroèir a lntegrd.dada dortrC,na.L do
mrndo plmelro das mlrêEcor
l,Íandar rrn escravo por bigarnlar para tLsboa, €
arcar eom todos os gastos da vtagen e s.rtt ntação
do rzu pteto Pobre que erê; não paree€ gor procedl-
mento comm nun tenpo em ç1tre Já se anenizarra a agão
do Santo ofício.
No mtantor oB docrrnentm a{ estão1 a corptro-
var un Passado. âemtecsuo
A conlrreeneão tnteLra das trarnas dos homêns ,
que flearam encerredas negge Passado, não nos ó aa-
dâ . São h$rftcientes os dados para penetrar em
AeUg â.fCâIlO8o
 _73_

It

Os canÍnhos eontinuavan a ser abertos no séctúo

xr$rr lntegrando ao m,urdo ca,lonl"a.L outros horizqrtes.
Os agentes d,esse pwoamento estavan n{nda tangl
dos pelo mssmo espírito brnguãs dos prd.nei.roo eécrüog
do apresêmento da têrtrao No entanto não diferlâm nrÀ1,-
to esses homsrg em termos de procedâncla social, e cul
tural.
 rmioria dos pwedor:g das ninas destacou -se
do norte de Portuga.L donde cameou para ag novag ter-
ras que É abrlarì nais una vez, seus próprioo valores
ond.e a religtão contLntrava gendo {mpor:tanteo
.A civllização das ninas definida arrtes das grag
deg uud,angas da Oustração na Metrópo,le' recebeu âLn-
da a heranga d,o Baroco, com suas ldiosLncrasias e as
s.rag tntolerâneias. Entre qlae, a pnvunção com o er!
pto judou.
hando se inpoz Lnetailar a orderne dlscipllnar
os i-ndivíduos çnre desorclenadarnente acomiam atraz da
rÍ.qrrezae lnstalar€ÌÍì-s€ os primeiros agenter do Ssnto
Ofício. Nas terase nos eaminhog. Passaram a eücercer
a vf güância de que eraln capa.zeg e que o neio perml-
tla.
Porisso aprêceram alguns ofieiais da Inquisi-
çÃo no Vale do Paraiba pauliota, nas reglõee entrosg
 - 74_

das eom a vlda das catas e das gnrplaras. Decqrênda

da neeeagidade de eontrqle çpe so fazl,a sentl,rs cdr -
trole d,os eepíritos, dos conlnrtamentoo, da vída 8o -
elÂL.
?enos notícta do qeroíclo da censura gocl,al o
do omtrqle socl.al en processos cono o de Sa.Lvadq de
Souza.
Egsag esporá&t"ao msnife stagõeo irrguleJ.torials
en Taubatá, Plndnmorhangaba, &raratlnguetá, meÌÌos gue
um parágrafo da ll1stória d.a Inquislgão no Brasilr eão
partê d.e r.rn capítulo d.a histórta de Taubatá, Pinda.non-
ntrarrgaba e l{inas Cerais. HiEtór:fa que contlnuou a ser
vivida eom o fh:rco de nigragões para o Vale acentuad.o
no sóoflo XIX e que out ta vez tende a aunentar en eq
son;ncia eon a no\ra fcna ecmômica que a industrla
hoJe Lnsta.la.
il - FCI{TtsSE BTBIIOGzuFÏÂ
 -?7 -

FCI{BS MANUS{CRITAS

ÂIguivo Nadogal dq. Tome 9o_lonlg (LisUoa)

cart&io do Santo Of,ício:

Mago 127 ne 22lrj
Mago J.67 ns L756
ìaago LU ne L972
l4ago l, na 56
lbgo 167 ns L43l+
Mago 3 no lr2
Mago 95 no LÍ99
l{.go 2n no 13@
ì&ago L75 ne L85h
Ì'{ago 9/+ na Lnz
ì,lago 32 ne 5L4
Mugo 116 ne gl,8
Ibgo I30 ng L957
Inquisigão de lisboa.
Frocg. nQ 9.753 e L.554

Brrï.ag:
A.12n.3fnol
 -11-

(Reservados)
Prí-viJ.eglo dos Fanl-Liares e Ofictats da santa rnclulst-
gão (santo orído) T nnnr

Prlvlleglo dos conlsgárioE do santo 0f{cio e Esct'lvã

a seu cargo (cofeéo Moreita) T f .

Univer$!.jrr., BLqpgi,,ne to, Ir . Ilrdiana,

Memória d.a Capltania das Ì'iinas Gerals escrita
en l?99 por José vieira do corto, do Desembargo do pa-
90.

TONTES IMPNESSAS

.0nchieta, Pe. Josó d.e (s.ï. ) : rrrnformagões do BrasLl, e

de f,las Capitaniasn (S.pauJ.o, Lg5L).
BrLtoe Frarrciseo Tavares del nrtLnerárro geográfi"o eo-Ìì
a verdadeira descrigão dos canlnhos, estradasl
rogas, sitios, povoagões, }:gare s, vilas , rios I
montes e selras que há da Gtdade do lÌlo de Jsnql
ro atá as Ì"Ílnas de O:ron ( Sevftfra , L732) .
Brülartum Patronatus Portugal liae Regnurn (l,isUo 11868)
T I.
Certa de Caminha in Jalme Cortezã.o: ttfui.gens do hasiaft
 -79_

(Rlo de Janeiro, Lg44) .

ncartas dog PrLmeiros Jesuitas do BrasjJ,tt (são ffarüor
L954\ ,r.
nD[á3,ogos das Grand,ezas do BrasJln ed. Capistrano d,e
âbreu (Sa.lvador, L956) .
trForal de Olindatt in Hstória da Colonização Portu-
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elgcana de Sarrto Ántcnlo do Brasüratravós
de sues egtatístlcagn tn Sürdie (Liaboa,
L966') ne 18.
V. ANEXOS
 _94_

Gb]bIT]ATOGIII

rrlos 7 dias do neg

- de novenbo de L?95 anos orr
Li.aboar nos Estaogr e casa prineira das ardlenclas do
santo Oflcio egtando af.L d,e nsnhã o senhor rnquistdor,
Llcenelado JuEtlaiano Farrnha nandando vlr porante sl
satvador de souza reu preso nos dreer"s secretog des-
ta rnqulsigão e send.o presente rhe fol, dado jurauronto
dog santos EvangeLhos em quo poz sua não sob cargo do
qrc the fol. nandado dizer verdade e ter segredo no que
fosse perguntadol o que assim prometzu eunprir dobaixo
do nesno Juranento que dado tem.
Perguntado ee tm cnldado em suas eulpas e as
quer confessar deolarando a verd.adeira tengão eoa çIlre
aE eometera por sêr ist o o que JJre cmvem para descar-
go de sus. eonsoL€neÍar aalvagão de sÌra. úma e pronto
despacho de sua c&usar
DleEe çÍue gLm euidara e ercanlnara maie a sua
oogelenela e que nada nals era lembrado alem do quo
confesgad,o tem nem outra ten$o tivera de cometer ag
erüpao pertencentes ao conhecimento desta Ì'[eoal nalg
do qus aquela que declarou quanclr: esrfessou as mesmas
etüpaa e logo se passou à eessão de sua genealogia em
a qrral, reepondendo àr punguntas que the fizeram dlssel
 -85-

Queele sê chama Salvador de Scuzal escravo

de Ântonio Pinto da S{1r74, ncrador no Rlo de São Joãor
fregueoia da Sagrada Fam'i116.
Qre ele 6 eristão batlzado e o fea na fregug
Eia de Santo Antonio d,e Taubatá, biopado de São Parüo o
não sabe o nome do Pároco çtrtre o batizour eüe seus padrl
nlroe de batLemo foram Rayrnrndo Comea e Inách Maria,

Que seus pais se cha.mavan Miguel BangeJ. e Jog

na ìLria ambos falecidos que não sabe o norrn de eeus aF
*tóu paternos e sin dos maternos gue eram João de Je$rg
e Mrrria 6e Nasclnento todos naturalg da dlta Íbeguesia
d.e Santo Ântqrio d.e Taubató dord,e e].e reu foi oniund,o :
qtre ele não fo1 erLem,do: e logo çFre chegor aos anos d.a
dtscrlgão foi educado pelos ditos Éue pais na doutrlna
crigtã e preceitos de Ì{ossa Sarrta }bA"e lgreJa Catfutca
Ronarra rrtndo ouvir nlgsa às lgreJae o a pa.lalna de Deus
6 confessar e conungar eatl-sfazendo aggim ass preceLtoe
dn uesna rgreJa. E logo foi mandado por de Joe.Lhos e dj.
net Padro-llossor Ave-ì4arLar Sa1ve-Ralnhal Credor l{mda-
nentog da Lei de ileus e os da Santa "tdre ïgreJa que tg
do scnrbe.
Que ele 6 casado em faee da rgneJa com Benta
ì4arla escrava do dito seu senhor já deelarado por ccÍr-
sentimento deste na f reguesia deelarada na forma do qg
grado CmcíJ.fo Trid,entino e que do dlto geu metrlmonlo
 -86-

foran padrtnhos ou teetemunhos &rtonlo Barnardo e Jos6

Rodrlguee da m6s@, freguesÍa.

ele flzera v'lda narltal eom a d:ita sua prl

Que
mel-ra e legítina nulher por espço de 72 anos do qusl
tLvera e alnda ten vivog 5 fllhos.
Que eile passou para a freguegia de São Gongalo
do btopado do RLo de JaneLro e nela assistiu por êspago
de dols arpg eqrtraLnd.o o segr,rndo e nulo matrdrnonio quo
Já ten dedlarado e gue não tivera aus€ncia mals alguma.

Que qLe não sabe ler

nen eserever e só aprend.g
ra o ofício de senad.or d,e rnad.eLra d,o quaL eempre usa e
que não sabe nen lhe eongta que a}gUm seu parente fosse
preso ou peniteneiado pdlo Santo Ofício e somente eile
Reu agora prcsentemente pelas eulpas de bigamla qtre iá
tem emfegsado.

Elogo foi adrcostado para que continue a exa-

mlnar a sua eonsciânela para fazet uma conpleta eonfls-
são de suas crrlpao e declarar a verdadelra tangã'o com
que ae cometera e por dlzer que assin o farLa fol nandg
d.o a setr send.o-lhe primeiro lida esta sua eog -
"ár""* que
são de ge,nealogia sendo por e'Le ouvid.a o entendlda
disse estar escl{-ta na verdade o assLnou eom o Senhor Ig
Collaço iìanalho o
çisidor João Justiniano Farinha. João
.
"r"t"oío Asslnado em cruz Pelo Reu
 -87-

4 CENERE

ItÁos13 dlas do nes de Novembro de Ll95 anos em

LÍsboa noe Estaog e casa prLnelra da aud,lencia do Santo
Ofíclo eetand,o ali de manhã o Serüror hqulsldor João Jug
tlnlano Fapìnha nando.r vir perante si a Salvador de Sou-
ss Reu preso nos cárcenes seeretos desta InquislÉo, e
sendo preeente lbe foi dad.o juranento dos Santog Evange-
thos en que poz a st.a mão sob cargo do qtral promoteu dl-
zer verdade e ter oegredo no que fosge pergrrntado.
Porguntado se tem cuidado em suas culpas e as
cluor corfegsar para descargo de sua conscÍ.enela, sal.va -
ção de sua alna e com eile poder gozar de ptedade e nlse-
rd.eordia, como nnritae vezeo ne sta Mesa the tera sLdo re
oomendado declarando a verdadeira tengÃ,o com gue os eong
tera.
Ilisse quo nnrito ben tem guiclado em tudo o que na
pergrrnta se ccerton, e que nada mals tem que dizor al'em
do que declarad,o tern em sua configsão.
Perguntado sê els Reu em algum tempo se apartcm
cle nossa Santa r,'ó Cat6llca, ou duvídou de algrms do seus
divlnos miEterlos, ou cla lngtttul$o dos Santoe Sacramog
tog da Sergta Maüre lgreJ& acerca de zua institui.gão.
DLsse qu€ nunca jamaLe se apartou ele Reu do Nog
 -88 -

sa Surta fó ou ftrlrtd,ou d,e algun d.e ffiuB divJ:roe mlste -

rLoe e da lnstlhrf $o do saeranmtos da Santa Madre I -
grsJa que todos tem por tnfaltvel agslm como a dotrtrina
de Nosea Sarr1" Madre lgreJa Catâlica so*oa.

P. s eebe aLe neu A1e o Sacramento do Matrimg

nlo 6 rrm dos pte instlür1d.os por Cristo Sentror e que
dele nesulta rmrita obntgagão entre os emsortês I um vig
etúo lndlssoluvdl que jamate Bo pde dLssolver sen pre-
ced,er a norte d,e aLgu.m dog contraentes.

Dlsse que sabe muito ben e conherce sff venda-

de tudo o {fro na pergunta s contem.
P. se e1e Reu ouviu dlzer a alguna pessoa oF
possoag quo og eontraentes reeebldos na form do Sagre-
d,o Concü1o Trid.entÍno podlam al.guns deles prend.er Bê -
gundas nupcias sendo o outro vivo.
Dlsse que não ouviu a pessoa algtrma sene'Lhante
dqrtrina: está pela lnfaLiveL que nos eursjna a Santa t"Íâ
dre lgreJa d.e Rona que não pode aLgum dos eqttraenteg
p*rro àt eegpndas rnrpclas sendo vlvo seu pnimeiro o lg
gítl*o marid,o ou mulher.

P. Ë sendo assLm tudo verdade como eile confeg

sa ccmo ge atreìrqr e pagsaf a segUnclaS nupcl-as sendo ajg
da vlva sua prirneira e legttlma mtúher.
Dfsee quo por fira nLseria e fragJJ.idade calra
 _89_

ness& niser{.apor se Livrar de aneagas d,e norte que lhe

fizera Jcqulm Josó e para se Fgar d,os scrrrigos qre J-he
flzera por espago de tres anos no Feu oficio de serrador
de nadeirae ccmo emsua confiesão tem deelarado.

P. ge para s casar segwrda vez nrdara o rro-

me e fizera ortra algr.rrna dl.ligJncia eoncerrrente ao despg
cho dos seus papâis para este fin e se falara àu testemg
nhas para que depuzerão do seu estado rirne e quem são
esta,s e onde enristem.

Dlsse qre eJ,e sim mrdara rò none propnio que

ten de salvador €!n o de .rbmcisco nas isto o fizora logo
çe fi:glu da casa de seu senhor ântonlo Plnto aa strva pa
ra a fregueela de são Gongalo aonde assistlu, e se easou
segunda ver, e isto o dito seu legJ.timo senbor não tiveg
se notieLa alguna de.Le Rqu serxlo tanbem certo, què qle,
não ecsrcorreu d,e forma aLguna para se aprontarem os pa -
poio que senriu para e-Le efetnar o segundo easamento, nem
e].e falou a tsstenunhâ.s algumas para este fim nen a:inda
para asslstiren ao dito, segundo e ntúo Sacramento pois
tudo nanejou ê preparou o clto Joaquin Josó: e que de nq
da maLg é lembrad.o.

FoL-lhe dito que a1e Reu por nuitag vezes ton

sido admoestado eom torla a caridade nesta Mesa para que
eonfeese as suas culpas e deelare a rrerdaeire tenção que
tivera em coneter ag.ìuB confessatìo t.enn pois qu,? com fir
 -90-

e Dlrelto se pregtrne ter eiLe Reu para si ser certo ter

ôraa nrlhereg epartando-ge por ieao da dcutrlha de Nog
sa Sant* l!A"u fg*ja Catôtica Romana e mrito prinel -
palmente da instlttligão d,o Sacra.nento do l{atrimonio pg
1o que de novo o a&oestan com nuLta caridad'e para qus
eonfegge a verdad.elra tençã,o e d.ecLare a tengão con qre
cometeu ag que iá confesgado tern por ser isto o que mais
the eonven para descarg,o de gua conseiâneia e prcnto deg
pachO de sÌra cauga e por tornar a &izer qus nenhuma ou -
tra tengão tlvc.a ern eometer as or1-pas qìre eonfessado
ten alern da que Já deelarcu en sua confissão foi ortra
vez admoestadO em forma e mandado a s"o d""o" snd'o -
-rlhe prLnelro lida esta sua seseão que ouvlndo-a disse
sstar escrita na v,erd.ade e asslncf,l com o dlto Senhor In
qgtsldor. João CoïLaço Ramalho o escrgtrí.tt
AssiÌìa,turas do Inçieldc e em cruz do Rsu
 - 9J--

IN SPEC IE

rfAog vinte bes d.ias do mes de Novennbro de mi]-

seteeentog noventa e inco anos em Llsboa nos Estaos ,
e casa primeira das and,lencl.as clo Ssnf,e Ofl"io estando
a-11 de nanhã o Smhor Inqui sidor João Justiniano Farl-
nha em audLencia mandou vir perante sL Salnador de Sq1
za Rzu proso noe cá*cu""" secretog desta Inquisição e
sunde presente ali the fol dado o juramento dos Santos
Evangelhos em ç[re pou a sua mãor sob cargo do qr:o lhe
fol nandado d,lzer verdade no que fora perguntad,o e ter
segredo, o que assim prcmetetr curnpr{.r debaixo do d:ito
jurameurto que dado tem.

Pcgrurtado m ten cuidado en suas crrlpao e aÍt

quer acabar de corfessar, declarando a verdadeira ten -
gão com que a eoneteu por eer isto o que nats Lhe c@ -
ven para descargo de sua consciãlela satvação de seu
Pai e ponto deopacho eomo muitas vezes the tem sldo dg
e.larado nesta I'bsar Bordo adnoestad.o con nuita carldade
por esta Mesa para aggin o fazer.
Dlsse gue sim cuidara e que não tem mais culpas
que ecmfessar nem tivera outra tengão em ccmeter as que
tem confesgado pertorrcenteg ao c'cnheclmento dosta Mosêr
 -92-

nals que o que declarado tem.

FoÍ-lJre ôtto que nesta Mesa ha inforrnagão e ele

neemo o tem confessado que tondo e1e Reu reeebzu, sn fg
ee da lgreJa guardada a forna do Sagrado Coneüio Trt -
dentlno eon Benta laarta vlvend,o naritalnento por espego
de'de nove anog havend,o om este espago de tempo da dlta
mrLher clneo flJ"hcg e augentando-se da ccrnparrhia desta
para e freguesla de São Gong.al.o no Blspaclo d.o RLo de JA
nelro, e ne.La eqrtrafure observada a mesma fonna2 goglln-
do e nrüo matrimonio com um eserava d,e Jogó Joaqri-m de
ârauJo por nomo Joana con qÌxlm vivera naritalnente por
tenpo de doig meses Bcrnento, prezuninds-se de tudo lsto
ccrfome o dlreito grr ele easafa eegtmda ver ÉBdo rrL-
va ora primoLra e tegítima nulher, por entlr: mal. do sg
cramento d.o matri.noniol e ter para sf ser-lhe tícfto eg
mo mrLtos hereJes ter duas nr-lheres ao mosmo tempo e pcr
quanüo tern gldo mrLtag vezes adrnoestado nesta mesa parê
que lntolranente acabe de eonfegsar as guas culpasr 6 a,
verdadeLra tengão quo tlvera on cometer os que cmfessg
d.o tsn e e1e o não tem fetto; Ihe fazem saber que ó es-
ta s uftfja adnoestação que em nzão de suas culpas J.he
ha de sor feita antes do Libelo dg Justlga {re por elas
o pnetend.e acusar, e porque the se"á nqlhor e aleançará
maLs miserl-cordLa se dlsser tocla a serdade antes do qtre
depois de acusad.o; o admoestão da parte de Cristo Senhor
Nosso paJra que faça uma inteira e gLncera cqrflssãO de
 -93-

culpase declarando a verdadeira tengao com que as

eomotan para deseargo de sua cmsclência e pronto
d.espacho de su& causa e por tornar a dizer c1üe ÌÌatla
mais tem qne confessar nem tivera outra tengão mals
çgre a d.eclarada em ,ua cmflssão foi-Ihe outra vez
admoestado em forrna e mgtclado ao sou cá""e"" e ao
Promotor Fisca]. clo Santo OJ'ício que rrenha contra g
le com o seu Libelo Griminal acusatóri-o1 mndo-Ihe
outrosglur prlmeiro liria esta sua seesão que por e-
}e ouvlda e entendicla, disse es bar eserita na ver-
clade e assixou eom o dito .>nhor Inquisidff. João
Collaço Ramalho o eserevír o

Asslnado pelo InquisJ.dor e em cruz

pelo Reu.
 -91+-

SNlE!üGA

-b

ilAcordÃo oe Inqrriotdoreee
Ordinôlo, e Deúputa-
dog da Santa lrquisigão, qtre vietos estes autw e cu1
pas e confissõe,g de Salrrgd.or de Scrzae escravo d.e ântr6-
nio Elnto de Souzar casado eom Beata Ì'íarial officiat de
serrador, natural baptizado na fregr:esia de Santo Anto-
nio de Taubat6 Bis,oado de S,Parrlo, fllho legltlmo de Mj
gual Rangel e Joana lulariar morad,on em o Rio <le S. João,
freguesla da Sagrada Famllia, Reo que presente está:

Porque se mostra que sendo chrtstão baptizado ,

e eomo tal obrigado a ter e crer tudo o $tanto tem, crô
e ensixa a Ssnta tiare lgreja Catholica Romana, e agsim
male aguardar tod,os os ÍFus pr.eeeytose tratardo e res -
peltando com a dev:ida venerag,ão os Santos Sacramentos ,
da mesma lgrejal eLIe de certo tempo a e sta parto o tez
multo pelo contrario, pois çluo osqueeido de sua obriga-
gão como Catholt"o lbtoano, sem temor de Deos Senhor ,
nem da Justlga havenclo cazado com Benta I'hrla em face
de lgreJae e na forma determinada peLlo Ssgrado Consl -
Ito de trento segurrda vez send.o alnda vlva a. di-ta su&
ht.

95-

m,rlher se casou tambem em fase dÍì lgreja com ura egerg

ya d,e Joaquln Joeó por nome Joana tratando agslm deste
modo o Saeramento do lhtrimonio com evidents e gl?ve e
egcandalo dos fieis.
Porqr.ranto havendo l,nforrnação nesta llesa do

Santo 0fíclor eüe ele Reu passara a contralr seguldas

nupelas com a sobredita escrava Joana en froguesia de
São Gongalor bispa,io d.o RÍo de Janejroe sendo alnda
vLva sua primeira e legítima rmúher Benta |hriar ob -
servad,a tambsn neste egundo e nulo matrimonio a fon-
ma do me smo Conc iJ.io de 'lbeerto .
Pelas quaes eulpas sendo ele Reu preso nos cáf
ceres seeretos d.esta Inqulsição e na Mesa cla mesrna ad-
moestado eom muita caridade quizesse confessar as suas
cúlnsp d.eelaranclo jultamonte a tengão qrre tivera em
cometer ag mesnag por ser isto o que mais the convinha
para descarg,o d.e sua consciêneia e salvagão de sua al-
ma e maÍs pronto des$cho tle sua causa então tomanclo
bom conselho disse e confessou3

Que qle Reu escravo de antmio Plnto da "iJ-va

cas6ra a pnlmelra vez obServado em turlo a forrna clo Sa-
grad.o Concjlio Ïrjdentino com Bsnta lãria, escrava tlo
rnç,SrnO SeU genhOf e A eOntenüO c1.,S1", e COm e.La ViVeU

maritúmente por espaço de nove aJros pouco mais cu mg

nog na eesa e cativeiro do ,lit o senhorl tendo ,.lela 5
 -96_

fllbos que alnda s e fugindo ao cati-

congervan vivos
rreLro por algr:m lnpertürâncb do dtto seu senhor e o-
cupando-se do seu oficio de semador foi ultimamen'Le
trabalbar para a freguesJa de são Gongalo, bi.spado do
Rl,o de Janeiro, e na dita freguesia serviu por espago
de dois anos, poueo mais ou nenos, a um Jequfun Josá,
fabricante de aniL, e não querendo este p&gar-$16 os
seus Jomaes d,e tarto tempo, sen guo ele Reu easasse
com uma sua escra\ra charnada Joana /eüo sobrenoÍre ig-
nora / o que com efeito ele Reu fea levado do intereg
se de receber oB Éus jornaes e por medo das ameças
que o dito Josó Joaquim d,e Araujo the fazia de que lhe
bavia de tirer a vida no caso de não receber a dita
gua escrava por sua legtttma rÍru] her; e c ost ela sa re' -
cebeu em a dj.ta Íbeguesia de S. %nçaJ-o em os vinte e
doüg diss do mes de setembro de L792 anos, mudando o
nome de Súvador en o de Erancisco sem deelarar o ser
casado legitimanente com a dita Benta, sendo e sta sjn-
da viva eomo de pnesente 6 e se cmservava naeescravi-
dÃo com os dltos cinco filhos o que tudo ele Rzu come-
teu peil-os motivos q.ue declarado tem, e pela falta do
conhecimento do mal (l,ie operava a não Fror sentir mal da
no6sa Sarrta ró Católt.ca e dos seus Sacramentos qu que
Sempre viveU vive e p.atj-ca e protesta viver e norrer
pam salvar a sua alma, que de hrdo está sumament e aI
rependiclo s pede se use eom ele cÌe toda a piedade e rLi
 -97 -

serieordi.a eono se eostuna pratlcar nesta l'lesa com os

verdadelrog confitentes e anependldc e declara quo
o saber çÍue sa viva sua pri-meÍ.ra e leg{tfr" rn:lher
e a pre zungão confonne o Üireito re sulta dele eentl.r
nal dos Sacranentog da lgreJa especlqlmen to do Sacq
nnnto do l'latrinonio, tendo para st. gue lhe ena 1íci-
to casar sgunda vez gsrdo ao meõno tempo viva sua
prineira rnrlher pcntanto
Mandam que e.Le Reu Salvadc de $ouza ouga sua
eentença na }bsa do Santo Gficto perante os Inquioidg
Fer Deputados e un Notarj.o e nela faga Abjuragão de
Ierrl strspeito na fó que por tal, o declaran; seja agoi
tado pelas ruas publicas Ci$ra Smeulnls ef\rsionem e
d.egradado para as gal6g de qla Magestade por teurpo de
cinco arros, tenha penitencl,as eapl,ritusLs, e instm -
gão ordlnarla e pague as custag. Llsber ro Santo Ofi
clo 16 de dezembro de 1795.H

Assinaturas: João Justiniano Farinha

Josó Gui-marãe s
lPub.Lieada foi a sentenga supra ao Reu Salvad,or de
Souza no mesno dia nela deelerados penmte os Senho-
res Inquisidorosp trn Notario e duas testeÍnmhag na
forma ac ina di ta . João CoLLago Ramalho o uu""".rí tt.
 -98-

tlJ u ltÂ(;,AÕ D n r, E v [.
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qtrc prcfcïtc clìou tntc v<h , Scnhorcs Inquifidores cor

tÍa a h('rctica pravidadc, c apolìafia, iuro neftes Santos
Ernngclhos., cm quc tcnho minhas máã., que dc minha
proprie, c' livrc vónta.lc anarhcmarizo, c apano dc rnim
todÍÌ a clpccic dc hcrclìa , quc fr)r , ou fc lcvanrai c'onrra nolfa
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Sentr Fó Cetholica ,. c Sé Apoftolica efta$ ,. que
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hora _cm
hora cm minhr fcntcnça me Íbraó íìrraó lidas ,.'c
1. .lc gue
oue me houveiaó
F)r uc íirfpcit ni
dc lcvc tulPcrt na re as quâcs aqui hcy por repctidas, e
Fé , as
irradas. E.iuro,
dcclaradas-
dcclaradas. E iuro. e prometto
Drometto de fc'mprc
prometro tci, e guaidar
fc'mrrrc tcr. suardar asen-
aSan-
ta F-é Catholica , quc. enfina Santa Madre lgreja de R1,m.a, e
-a
que fcrey,/cmpre
rcrey .riruito obcdiente ao nolfo muy Santo Padre o
,cmPre -mu!
Papa , .;i -.--i hora Prefidente na
Igreja de Dcos, c a fcus íircccífores. E confellb ,. {rre Ìodos os
que contra cfta Santa Fé Catholica vierem , faó dignor de corr
dcnaçaó : e prometto de nunca com elles mc ajrmtar , e de os
perfeguir , c dcfcubrir as hercfias r Que delhs fouber, aos Inqui-
lìtlores , e Prclatlos da lgrcja.. E juro , e pr-ometto^' quanto em
mim for , cumprir as peniteucias r Quc Íìre fró , ou forem impol:
tas ; e fc contra ifto , ou parte dellas em algum tempo vle-r , (o
gue Dc<x naó permitta, ) quero cúir ne Pcm , (nrc por dlrettQ
dm tal cafo merccer , e me-íìúmetto à feveridade dos Sagrados
Cancrncs. E rcqueiro aos Notarios do Santo Officio , que difto
paífem ccnidâól e inftnrmento' e aos gue eíìaó prefcnies fejeó
ieÍÌemnnlras, c 4flìncm agü comigo. ; i,.. < ',,'7- t
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dc mil li:tc'èíntos c /tatzry i'L', ,,i ld aÍrxs
cm Lishlo rurs liltcos, c ctfa do dcfpncho da San-
ta lnquilìçaó, elÌanrlo ahi cm eúicriia ü 'rz^
.t ./ < os Scnhores li'rouilìdorcs- manlímó
iírlrrante fi do cercere da penirencia s .' ;zí J, ,1.- t
. ?L. / ^, R- pezTionúreurtz neíle proccÍIo, e fendo
piefentc, lh" f"y dado juramento doa Senms- Errengellrx , em
qul rol .3a1" r"u-J"'g" d.iÈ it*f"/Ã;J"Ã;:9*-,1*
"
muito fegredo e'm tudo o que vio , e ouvio míles caiceres , e
com ell fe prífou àcerce dô feu proceíIo, e n€m por patavra,
ncm elcrito o dcfc'ubra, ncm poÍ ourro qrr,rlqrrr vìe c[ue feje,
-proniet-
Ibbpena de fer gravemente cdtiged , o(rn-nÈ ell
tcu cump'rir, e lì* cargo do dito juramenro, dcçrc fefez eíìe
teroo dc Daldedo doc ditoe Seqbscs , lue . r. ,- a 2r aa ' lt 1/
t r ( ",""1. - (i' "".t.''.1n ".'.:':.7t' z .'

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