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SUSY KARINE SILVA DE ALMEIDA MARQUES

MATRÍCULA 2021014469

OS TRÊS TIPOS PUROS DE DOMINAÇÃO LEGÍTIMA

DOMINAÇÃO LEGAL

“Dominação legal em virtude de estatuto. Seu tipo mais puro é a dominação

burocrática. Sua ideia básica é: qualquer direito pode ser criado e modificado
mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma. A associação
dominante é eleita ou nomeada, e ela própria e todas as suas partes são empresas.”
(Gabriel Cohn, 2003, P.128)

Em primeiro plano é possível é evidente a dominação da lei nesta dominação, o carro

chefe na qual irá ser a base de ação será essa área jurídica, dessa forma tudo será
direcionado por meio desta ferramenta.

“O dever de obediência está graduado numa hierarquia de cargos, com

subordinação dos inferiores aos superiores, e dispõe de um direito de queixa
regulamentado. A base do funcionamento técnico é a disciplina do serviço.” (Gabriel
Cohn, 2003, P.129)

O sistema legalizado desta dominação terá uma questão hierárquica marcada, no

entanto, isso não velará o fato de cada um ter o ser o seu direito.

“1) Correspondem naturalmente ao tipo da dominação "legal" não apenas a estrutura

moderna do Estado e do município, mas também a relação de domínio numa
empresa capitalista privada...e, no que se refere ao quadro coercitivo, é totalmente
heterocéfala: são os quadros judicial e policial estatais que (normalmente) executam
essas funções...mas é autocéfala no tocante à organização administrativa, cada vez
mais burocrática, que lhe é própria.” (Gabriel Cohn, 2003, P.129)

Neste ponto, é dado relevância à questão de que a dominação legal se expande

também para o sistema capitalista. Esse âmbito será em geral heterocéfalo, ou seja,
não dependerá apenas de si mesmo, no entanto, também será autocéfalo na
circunstância de quadro administrativo, logo, ele terá mais controle e autonomia.
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“2) A burocracia constitui o tipo tecnicamente mais puro da dominação legal.

Nenhuma dominação, todavia, é exclusivamente burocrática, já que nenhuma é
exercida unicamente por funcionários contratados. Isso é totalmente impossível.”
(Gabriel Cohn, 2003, P.130)

A burocracia se mostra como o principal tipo de dominação legal, o controle

sistemático é predominante, no entanto, nunca integralmente é por si só burocrática.

“3) A burocracia não é o único tipo de dominação legal. Os funcionários designados

por turno, por sorte ou por eleição, a administração pelos parlamentos e pelos
comitês, assim como todas as modalidades de corpos colegiados de governo e
administração correspondem a esse conceito” .” (Gabriel Cohn, 2003, P.130)

Administração por parlamentos e pelos comitês, corpos colegiados de governo e

administração também entram no tipo de dominação legal, deixa-se claro que a
burocracia não tem papel único no permear desse assunto.

DOMINAÇÃO TRADICIONAL

“Dominação tradicional em virtude da crença na santidade das ordenações e dos

poderes senhoriais de há muito existentes. Seu tipo mais puro é o da dominação
patriarcal. A associação dominante é de caráter comunitário. O tipo daquele que
ordena é o "senhor", e os que obedecem são "súditos", enquanto o quadro
administrativo é formado por "servidores". Obedece-se à pessoa em virtude de sua
dignidade própria, santificada pela tradição: por fidelidade. O conteúdo das ordens
está fixado pela tradição, cuja violação desconsiderada por parte do senhor poria em
perigo a legitimidade do seu próprio domínio, que repousa exclusivamente na
santidade delas.” (Gabriel Cohn, 2003, P.131)

O contexto dessa dominação é como visto na sua própria nomenclatura o âmbito

tradicional, ou seja, tudo que convier nesse espaço será em relação ao que foi
construído durante a história de determinada sociedade ou grupo social, na qual
haverá um chefe que possuíra a posição de chefe sustentada por seu contexto
tradicional, por fidelidade àquilo que se sustenta naquele determinado espaço e
tempo.
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“Em princípio, considera-se impossível criar novo direito diante das normas e da
tradição. Por conseguinte, isso se dá, de fato, através do "reconhecimento" de um
estatuto como "válido desde sempre"” (por "sabedoria"). .” (Gabriel Cohn, 2003,
P.131)

A regra ou norma não será válida nessa área tradicional, pois o que será defendido
é o fato daquilo que sempre existiu, ou seja, a regra que a sociedade ou grupo social
terá como algo relevante serão aqueles ditames que sempre estiveram ali, logo não
tem como criar algo novo, pois tudo o que precisam já existe e provavelmente
apenas tenha que ser descoberto.

“No quadro administrativo, as coisas ocorrem exatamente da mesma forma. Ele

consta de dependentes pessoais do senhor (familiares ou funcionários domésticos)
ou de parentes, ou de amigos pessoais (favo ritos), ou de pessoas que lhe estejam
ligadas por um vínculo de fidelidade (vassalos, príncipes tributários).” .” (Gabriel
Cohn, 2003, P.131)

Ressalta-se a condição do quadro que será estabelecido, esse será composto

apenas pelo círculo próximo do senhor ou aqueles a qual tiveram que concretizar
algum laço de fidelidade.

“1) A estrutura puramente patriarcal de administração: os servidores são recrutados

em completa dependência pessoal do senhor, seja sob a forma puramente
patrimonial (escravos, servos, eunucos) ou extrapatrimonial, de camadas não
totalmente desprovidas de direitos (favoritos, plebeus).” .” (Gabriel Cohn, 2003,
P.132)

Uma característica da dominação é ela deter dessa parte pura, ou seja, em

dependência exclusivamente pessoal do senhor.

“2) A estrutura estamental: os servidores não o são pessoalmente do senhor, e sim

pessoas independentes, de posição própria que lhes angaria proeminência social.” .”
(Gabriel Cohn, 2003, P.132)
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A segunda, assim a dizer, é esses tais funcionário que acabam por deter uma
espécie de privilégio devido a essa proeminência que ganham devido a sua posição
independente

DOMINAÇÃO CARISMÁTICA

“Dominação carismática em virtude de devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus

dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente: a faculdades mágicas, revelações
ou heroísmo, poder intelectual ou oratória”( Gabriel Cohn, 2003, P.134 a 135)

A questão pessoal e afetiva é característica principal na dominação carismática,

logo, todas as circunstâncias se voltarão na direção ao que subjetivamente a figura
principal efetivará, essas ações conquistarão o povo.

”O quadro administrativo é escolhido segundo carisma e vocação pessoais, e não

devido à sua qualificação profissional (como o funcionário), à sua posição (como no
quadro administrativo estamental) ou à sua dependência pessoal, de caráter
doméstico ou outro (como é o caso do quadro administrativo patriarcal)”( Gabriel
Cohn, 2003, P.135)

A escolha o quadro administrativo é exclusivamente pessoal, logo se denotará pelas

questões sentimentais discorridas.

”A administração na medida em que assim se possa dizer carece de qualquer

orientação dada por regras, sejam elas estatuídas ou tradicionais. São
características dela, sobretudo, a revelação ou a criação momentâneas, a ação e o
exemplo, as decisões particulares, ou seja, em qualquer caso, medido com a escala
das ordenações estatuídas- o irracional...A forma genuína da jurisdição e a
conciliação de litígios carismáticos é a proclamação da sentença pelo senhor ou pelo
"sábio" e sua aceitação pela comunidade.” (Gabriel Cohn, 2003, P.135)

A regra será precisamente irracional, dessa forma não se resumirá a uma concisão
sistemática e objetiva, dependerá apenas da decisão do senhor

“O senhor carismático tem de se fazer acreditar como senhor "pela graça de Deus",
por meio de milagres, êxitos e prosperidade do séquito e dos súditos. Se lhe falha o
êxito, seu domínio oscila.” (Gabriel Cohn, 2003, P.137)
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Assim como o senhor é escolhido por meio pessoais, simpatia e carisma, essas
mesmas característica tem de ser constantes pois caso contrário a figura escolhida
será derrubada e irão em busca de outra que preencha os princípios

“A dominação carismática é uma relação social especificamente extra cotidiana e

puramente pessoal... no último caso citado quando não se extingue de imediato,
mas subsiste de alguma forma, passando a autoridade do senhor a seus sucessores
ocorrer: - tende a tornar-se rotineira, cotidiana.”(Gabriel Cohn, 2003, P.138)

No caso, o carisma tende a não se tornar rotineira já que depende do fato pessoal e
não do hereditário e afins, no entanto, caso a situação venha a inverter ela pode
transformar-se em rotineira, isso se ela ou se tornar tradicional, mudar ao quadro
administrativo legal, diretamente buscar por meio do oráculo, características
carismáticas, assim como também, pela designação do próprio líder carismático,
pelo séquito ou hereditário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COHN, Gabriel. Max Weber. 7.ed. São Paulo: São Paulo, 2003. P.128-141