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RESENHA CRÍTICA

No centro das condições sociais em conflito, Max Weber efetivamente vê as


ideias de dominação, sendo estas embasadas em monopólio econômico e regras
baseadas no poder, ou seja, o poder de emitir ordens. Por isso, acrescentou um tipo
específico de dominação a qualquer tipo de prática tradicional, emocional ou
racional. Segundo Weber (1999, p. 33) a dominção é conceituada da seguinte forma:
“a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo,
entre determinadas pessoas indicáveis”.

Antes de iniciar a análise sobre as diferentes formas de dominação, vale a


pena fazer uma breve observação sobre a sociologia de Weber. Da influência do
historicismo às contradições metodológicas de sua época, o sociólogo, alemão Max
Weber (1864-1920), do qual tem um panorama determinista da história e suas
afirmações sobre o assunto até sugerem um interesse filosófico, sugeriu o uso do
tipo ideal, que é uma ferramenta analítica na qual fatos puros conceituam e
comparam com suas realidades, através de aproximação e abstração. Sendo assim,
para Chaui (1995, p. 273):

A legalidade presente nos sistemas políticos alude a observância das leis,


ou seja, o procedimento da autoridade em consonância estrita com o direito
estabelecido. Ou em outras palavras traduz a noção de que todo poder
estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas
vigentes. Em suma, a acomodação do poder que se exerce ao direito que o
regula.

No livro Economia e Sociedade, de Max Weber,é apontado que há várias


formas de dominação, sendo que elas não seguem umas às outras em uma única
maneira linear, portanto, as mesmas são etapas posterior a uma evolução (WEBER,
1999).

1
Discente do (Em qual semestre você está?)o semestre no curso Bacharel em Direito, da disciplina
TAL, da Faculdade Tal.
Weber (1999) acredita que o poder pode ser legitimado de três maneiras:
estatuída, consuetudinária e emocional. Este mesmo autor aponta três tipos de
dominação, respectivamente às três formas de poder. São elas:

 Dominação Legal;
 Dominação tradicional;
 Dominação carismática.

Dessa forma, então, a situação dominante será uma situação em que uma
ou mais pessoas podem efetivamente controlar outras, o que corrobora com os
pensamentos de Weber (1999, p.191) do qual diz que a dominação é “poder de
mando autoritário”.

No que se refere a Dominação Legal, a mesma é embasada na ideia de que


quaisquer direitos podem ser criados e modificados por meio de um estatuto legal
(WEBER, 1999). Ademais, a "burocracia" como a forma mais pura dessa dessa
dominação. Os princípios básicos da burocracia, segundo Weber (1999) são os
seguintes: hierarquia funcional, gestão documental, necessidade de capacitação
profissional, formalização de atribuições, e as rendas de todos os profissionais têm
requisitos. A concessão da obediência a uma pessoa não se baseia nos seus
próprios direitos, mas sim na Regra, que, como é perceptível, tem o poder de
determinar quem e em que medida deverá ser obedecida.

O funcionário é a pessoa que concluiu a formação e a sua função é


determinada pelo contrato, desde que tenha direitos por um lado e obrigações por
outro, e isso está de acordo com todo o conteúdo da regulamentação, incluindo o
seu chefe. Tanto o empregado quanto o patrão atuam com imparcialidade no
trabalho (FRAGA, 2013).

O Estado moderno faz parte dessa forma de dominação, ou seja, o


governante eleito tem poder legal em seu cargo, não em sua personalidade, ao final
de seu mandato o poder não muda, fica na posição legalmente estabelecida e a
outra pessoa que assumir o cargo, terá a responsabilidade por esse papel e poder
(FRAGA, 2013).

Weber (1981) classifica essa forma de dominação como regular e constante


porque se baseia nas normas descritas acima, que foram elaboradas e
transformadas pelas leis, como mencionado alhures. O poder é garantido por lei.
A Dominação Tradicional, em que a autoridade só é sustentada quando há a
existência da lealdade tradicional (WEBER, 1981). O governante é o patriarca ou o
senhor, o governado é o súdito, o oficial é o servo; o patriarcado é o tipo mais puro
nesta regra. De acordo com a tradição, a obediência a uma pessoa é uma questão
de respeito e a dignidade pessoal é considerada sagrada. Devido às regras
tradicionais, a formulação da nova lei é fundamentalmente impossível (IDEM, 1981).

É uma força tradicional, a forma mais pura de ordem social, um sistema que
existe ao longo do tempo, e sua forma mais pura é o patriarcado. Nesta regra, o
senhor ordena e os súditos obedecem. Ao contrário do líder, quando o senhor
enfrenta problemas comuns que ameaçam seus aspectos consuetudinário, com o
tempo e os costumes, este, tendencia ao risco de perder a sua posição, haja vista
que, destrói sua fonte de legitimidade, isto é, a tradição (AZAMBUJA, 1973).

Ademais, para Weber (1981), esta dominação é considerada estável haja


vista que, há a constância do contexto social, que depende diretamente da minúcia
da tradição na compreensão da sociedade.

No que concerne à dominação carismática, a autoridade é sustentada por


meio da participação e admiração emocional dos dominados (WEBER, 1981).
Baseia-se na "fé" veiculada pelos profetas, no "reconhecimento" pessoal dos heróis
e instigadores, nas guerras e revoluções, fazendo da fé e do reconhecimento o seu
dever sagrado, do qual é pertinente aos governados (IDEM, 1981).

Nesta forma de dominação, obedecer a um indivíduo dependerá apenas de


suas qualidades pessoais. Dessa forma, não há um processo ordenado para a
alocação e substituição. Dessa forma, portanto, a exigência de formação acadêmica
ou especialização para o carismático não é necessária.

Com o fim da carisma, ocorre também o fim do poder, então o líder deve
mostrar constantemente suas próprias qualidades, já que o fracasso o levará ao
declínio de sua autoridade. Por exemplo, este foi o caso dos sacerdotes egípcios,
caso errassem nas previsões do tempo, seriam executados.

Para Weber (1981) a forma mais pura deste tipo de dominação é de índole
autoritária e compulsória. Porém, Weber classifica ainda, que esta dominação é
instável,haja vista que, não há garantia da eterna lealdade emocional do dominado.
As obras de Max Weber é de natureza instrutiva para analisar a história
humana, o surgimento da civilização e o poder dos líderes, o que o autor enfatiza em
certa medida e nos abre uma nova perspectiva histórica, bem como os fatos sociais
existentes.

Ademais, para finalizar a respeito dos tipos de dominaçao, Weber (1981)


destacou que a dominação legal cria o conceito de capacidade criativa em sua forma
de legitimidade, domianação tradicional cria a noção de privilégio, já a dominação
carismática, estende a legitimidade até que a missão do "dominador" corresponda a
seus atributos baseados no encanto pessoal.

REFERÊNCIAS

AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política. 2a Ed. Globo: Porto Alegre,1973.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática: São Paulo, 1995, p.273.

FRAGA, Vitor Galvão. Os três tipos de dominação legítima de Max Weber.


Revista Jus Navigandi, Teresina, 2013. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/25863. Acesso em: 8 julho de 2021.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 1981.

WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia


compreensiva. Brasília: UnB. 2 v, 1999.

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