A cada tipo de sociedade corresponde, para Weber, um tipo de autoridade. “AUTORIDADE
significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido.” A autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado. PODER implica potencial para exercer influência sobre as outras pessoas. Poder significa, para Weber, a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo contra qualquer forma de resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. O poder, portanto, é a possibilidade de imposição de arbítrio por parte de uma pessoa sobre a conduta das outras. A autoridade proporciona o poder: ter autoridade é ter poder. A recíproca nem sempre é verdadeira, pois ter poder nem sempre significa ter autoridade. A autoridade – e o poder dela decorrente – depende da legitimidade, que é a capacidade de justificar seu exercício. A LEGITIMIDADE é o motivo que explica porque um determinado número de pessoas obedece às ordens de alguém, conferindo-lhe poder. Essa aceitação, essa justificação do poder é chamada LEGITIMAÇÃO. A autoridade é legitima quando é aceita. Se a autoridade proporciona poder, o poder conduz à DOMINAÇÃO. DOMINAÇÃO significa que a vontade manifesta (ordem) do DOMINADOR influencia a conduta dos outros (DOMINADOS) de tal forma que o conteúdo da ordem, por si mesma, se transforma em norma de conduta (OBEDIÊNCIA), para os subordinados. A DOMINAÇÃO é uma relação de poder na qual o governante (ou DOMINADOR) – ou a pessoa que impõe seu arbítrio sobre as demais – acredita ter o direito de exercer o poder, e os governados ( DOMINADOS) consideram sua obrigação obedecer-lhe às ordens. As crenças que legitimam o exercício do poder existem tanto na mente do líder como nas dos subordinados e determinam relativa estabilidade da dominação. Weber, estabelece um tipologia de autoridade, baseando-se não nos tipos de poder utilizados, mas nas FONTES e TIPOS de LEGITIMIDADE APLICADOS. A DOMINAÇÃO requer um APARATO ADMINISTRATIVO, isto é a DOMINAÇÃO, principalmente quando exercida sobre um grande número de pessoas e um vasto território, necessita de pessoal administrativo para executar as ordens e servir como um ponto de ligação entre o governo e os governados. Para MOUZELIS, a LEGITIMAÇÃO e o APARATO ADMINISTRATIVO constituem os dois principais critérios para TIPOLOGIA WEBERIANA. * Max Weber, “A ética protestante e o espírito do capitalismo” , “Os três aspectos de autoridade legítima apud Chiavenato, Idalberto.
O princípio da autonomia privada à luz do Direito Sucessório contemporâneo: uma análise constitucional acerca da possibilidade da relativização da legítima